O cockpit do Boeing 787-8 Dreamliner, prefixo N787BX, em 18 de julho de 2010, em exposição no Farnborough International Airshow 2010, realizado no Aeroporto Farnborough (FAB/EGLF), em Hampshire, na Inglaterra.
Foto: Andres Ramirez (Airliners.net)
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O avião "Zephyr aterrissou às 7h4 local (11h4 de Brasília), o que significa que esteve no ar durante 14 dias e 21 minutos. Esperamos a confirmação oficial de recordes mundiais da Federação Internacional de Aviação", disse, em Londres, a porta-voz do grupo, Claire Scotter.
O Zephyr, com 22,5 m de envergadura e 50 kg, iniciou o voo em 9 de julho, sobre a base de testes militares do exército americano em Yuma (Arizona).
Construído com fibra de carbono, o Zephyr funciona graças a painéis solares fixados em suas asas, que captam a energia durante o dia e a armanezam em uma bateria que prolonga o funcionamento da areonave durante a noite.
O recorde mundial anterior, também registrado por um Zephyr do QinetiQ, era de 30 horas e 24 minutos de voo, alcançado em 2001.
Segundo o QinetiQ, o Zephyr pode ser utilizado para observar o solo ou transmitir comunicações durante operações militares.
Fonte: AFP via Terra
Nos Estados Unidos, esta realidade já está mudando: a empresa tecnológica ITT está construindo um sistema baseado no GPS integrado num programa maior, o NextGen, para melhorar o controle de sistemas de tráfego aéreo.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (Federal Aviation Administration), que adjudicou o contrato à ITT em 2007, diz que o novo sistema de GPS vai ser 10 vezes mais apurado do que o radar, permitindo aos controladores terem uma noção mais precisa da localização dos aviões e aos pilotos saberem onde estão outros aviões no espaço aéreo.
"Há várias vantagens em ir para um sistema baseado no GPS, incluindo economia de combustível, menos emissões de gases poluentes e melhor controle das decolagens e aterrissagens. Os pilotos vão mesmo ter uma melhor perceção na cabine, vão ter mais informações sobre o tráfego aéreo e sobre o clima", afirmou à CNN David Meltcher, responsável da ITT.
O desaparecimento do voo 477 da Air France e dos seus 228 passageiros no Oceano Atlântico em 2009 ativou uma onda de críticas ao sistema de radares de controle de tráfego aéreo e trouxe para a discussão a implementação de redes de GPS que possam detetar com precisão os aviões.
Com o sistema atual, os controladores não conseguem ver no radar um avião sobrevoando o oceano até que esteja a cerca de 200 milhas da terra. Por isso, muitas vezes, têm de estimar a localização do avião com base no plano das rotas e nas horas de partida, situação que – defendem os especialistas – pode tornar os aviões vulneráveis, sobretudo se tiverem de aterrissar de emergência.
Segundo a ITT, a infraestrutura do novo sistema de localização de aviões, através de GPS, vai começar a ser implementada no terreno no início de 2012, mas vai levar o resto da década até ser completamente introduzida em todo o sistema de aviação.
Em 2020, este sistema vai conseguir diminuir atrasos. Atualmente, alguns aviões têm de fazer rotas mais longas nos Estados Unidos para serem detetados nos monitores dos radares.
Além disto, a utilização de GPS no controle do tráfego aéreo vai significar economia de combustíveis: a FAA afirma que o NextGen poderá reduzir os atrasos de aviões em 21 por cento, em 2018, o que representará poupanças de 22 bilhões de dólares em voos de serviço público, operadoras aéreas e da própria FAA.
O processo não é fácil: há ainda muitas questões por responder e há quem defenda que o GPS ao serviço dos aviões não pode ser visto como a cura para todos os problemas de congestão da indústria.
Mas o progresso está seguindo o seu caminho em todo o mundo. A Europa tem o seu próprio sistema e estabeleceu um acordo com as autoridades norte-americanas, recentemente, para que os dois sistemas trabalhem em conjunto e a ITT está procurando soluções para permitir a intercomunicação entre os sistemas.
Veja a reportagem da CNN (em inglês):
Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações do i-online e CNN)