domingo, 16 de maio de 2010

Procuradoria líbia defende independência da Comissão de inquérito sobre acidente aéreo

O procurador-geral da República da Líbia, Abderrahalmane Moussa Al-Abbar, declarou sábado em Tripoli que a recém-criada Comissão de Inquérito sobre o acidente aéreo de quarta-feira goza de independência em relação a todas as instituições executivas líbias.

O procurador falava numa reunião sábado, na capital líbia, com a Comissão de inquérito encarregue de determinar as causas do despenhamento do avião da Companhia Afriqiyah Airways que fez 103 mortos e um único sobrevivente.

Segundo ele, a comissão que foi formada pelas autoridades da Aviação Civil líbia em conformidade com a lei da Aviação Civil vigente no país é um órgão independente para com todos os serviços executivos líbios dos quais o Gabinete da Aviação Civil, as comunicações e as autoridades aeroportuárias.

O procurador-geral da Líbia insistiu na vontade de que o inquérito se realize na transparência e que inclua todos os aspectos e com todos os serviços interessados a fim de chegar às verdadeiras causas deste acidente.

Al-Abbar precisou que o objetivo da reunião de sábado foi sublinhar a importância dos trabalhos da nova comissão presidida pelo diretor da Segurança da Aviação Civil junto do Gabinete da Aviação Civil, Nagi Dhaou.

A comissão tem como membros peritos e especialistas da companhia Afriqiyah Airways, do Bureau Francês de Inquéritos e Análises (BEA), do Gabinete Neerlandês da Segurança Aérea, do Gabinete de Investigação da África do Sul, do Gabinete Norte-americano da Segurança do Transporte e da construtora aeronáutica Airbus.

Ele indicou que o advogado geral e ele vão acompanhar os trabalhos desta comissão para facilitar a sua tarefa no quadro das competências que lhe foram atribuídas em virtude da lei da Aviação Civil e a legislação que rege a Aviação.

"A lei deu competências jurídicas e judiciais a esta comissão e espero que ela exerça a sua missão com vigor e informe-nos de qualquer obstáculo ou problema encontrado e da existência de actos que relevem da competência do procurador- geral", disse.

Logo após a ocorrência do despenhamento, explicou, a Procudoria-Geral deslocou-se ao local e observou o acidente. Filmou tudo o que devia e acompanhou o trabalho dos médicos legistas nos hospitais, estando a identificação dos corpos a ser feita por intermédio dos laboratórios.

Fonte: Panapress - Imagem: O Tempo

Aparente ataque aéreo dos EUA no Paquistão mata 5

Ataque com mísseis de um avião não tripulado foi feito na região tribal paquistanês de Jaiber

Segundo fontes administrativas e de inteligência citadas pelos canais de televisão "Geo" e "Dawn", entre cinco e 15 pessoas morreram neste ataque, perpetrado ontem à noite no distrito de Landi Kotal, considerado um reduto da organização Lashkar-e-Islam (LeI), alinhada com os talibãs.

O chefe administrativo de Jaiber, Shafirula Khan, disse à "Dawn" que tinha informações "contraditórias" sobre se se tratava de uma bomba colocada na estrada, um ataque de um avião espião dos EUA ou um combate entre membros do LeI e de outros grupos fundamentalistas.

Mas no terreno fontes oficiais e de inteligência, sob condição de anonimato, asseguraram aos meios de imprensa que um "Predator" americano lançou dois mísseis contra uma casa e dois caminhões repletos de insurgentes.

O Paquistão não reconhece publicamente os ataques com mísseis dos EUA em seu território por temor a uma reação negativa de sua população, mas existe um pacto tácito para efetuá-los e desde a chegada de Barack Obama à Casa Branca sua frequência aumentou e já são feitos uma média de dois ou três por semana.

Apesar de a região tribal do Waziristão do Norte, um reduto talibã, ser constantemente atacada pelos aviões dos EUA, jamais vazou a informação para a imprensa de um ataque deste tipo em Jaiber, onde fica a principal passagem estratégica entre Paquistão e Afeganistão, algo que alimenta a confusão em torno do fato.

Obama decidiu dar um impulso ao programa de ataques com mísseis de aviões espião, uma espécie de "guerra encoberta" contra a insurgência talibã e a rede terrorista Al Qaeda nas zonas tribais paquistaneses, onde Washington não tem tropas regulares desdobradas.

O segredo ao redor destes ataques, pelo menos nos círculos oficiais já que a imprensa dá conta deles, faz com que nunca se fale de vítimas civis e na maioria das vezes se desconheça a identidade dos mortos.

Fonte: EFE via iG - Foto: watchingamerica.com

Fabricantes fretam aviões para trazer componentes da Ásia

A coreana Samsung também contratou transporte rodoviário expresso para entregar TVs antes da Copa

Na corrida para atender ao consumo das TVs com monitor de cristal líquido (LCD, na sigla em inglês), que aumentou 50% desde janeiro em relação a igual período de 2009, os fabricantes de televisores pisaram fundo no acelerador para contornar a falta de componentes.

A coreana Samsung, por exemplo, fretou aviões cargueiros que, na segunda quinzena do mês passado, desembarcaram diariamente em Manaus (AM), trazendo componentes da Ásia.

"Estamos vendendo o que conseguimos trazer", afirma Marcio Portella Daniel, diretor de eletrônicos de consumo da Samsung. Ele conta que, por causa da dificuldades de desembaraço dos componentes, em alguns momentos as linhas de produção ficam paradas.

A decisão da companhia de fretar aviões com exclusividade foi tomada para acelerar as importações de componentes, que normalmente vêm de navio.

Para tirar o atraso, a empresa também decidiu atuar em duas frentes. Contratou transporte rodoviário expresso de Manaus para São Paulo para itens que vão direto ao armazém da loja.

Em caminhões tradicionais, a viagem de Manaus para São Paulo dura 12 dias e, no transporte expresso, entre 7 e 8 dias. A outra estratégia para acelerar as entregas foi despachar por avião uma parcela menor de itens que seguem para o centro de distribuição da própria indústria. "Estamos correndo para entregar tudo antes da Copa", diz Daniel, ressaltando que os custos adicionais não serão repassados ao consumidor.

Fonte: Márcia De Chiara (O Estado de S.Paulo)

Avião com 3 pessoas a bordo cai sobre casa na Flórida

Um pequeno avião com três tripulantes a bordo caiu neste domingo (16) em uma área residencial de Clearwater, na Flórida, segundo a imprensa local.

O avião tinha decolado do aeroporto dessa cidade, no litoral oeste do estado, e caiu por causas ainda desconhecidas contra uma casa da avenida Patricia.

Caminhões de bombeiros contiveram as chamas no local do acidente. As autoridades ainda não deram detalhes do acidente e não confirmaram se houve vítimas.

Fonte: Terra - Fotos: Frank Barrera (ABC News) / 10connects - Mapa: Eric Gaba (Wikimedia)

Avião pousa escoltado por jatos militares após ameaça em Vancouver

Voo era da aérea Cathay Pacific e vinha de Hong Kong.

Avião foi levado a área isolada da pista do aeroporto.




Jatos militares do Canadá escoltaram neste sábado (15) o Cathay Pacific Airbus A340-313X, prefixo B-HXD, da Cathay Pacific Airways, realizando o voo CX-838, vindo de Hong Kong, na China, após uma ameaça a bordo, segundo o Comando Norte-Americano de Defesa Aeroespacial (NORAD).

"Caças CF-18 Hornet controlados pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) interceptaram um voo da Cathay Pacific nesta tarde, depois de receber informação sobre uma potencial ameaça associada à aeronave", disse a porta-voz da Norad, Holly Apostoliuk, à AFP.

Quando a aeronave estava em voo, a Cathay Pacific recebeu um telefonema indicando que havia uma bomba a bordo. Quando o avião entrou no espaço aéreo canadense os dois jatos militares (CF-18 Hornet) interceptaram a aeronave e a acompanharam até o Aeroporto de Vancouver.

"Como forma de precaução, os caças do Norad escoltaram a aeronave até que esta pousasse com segurança no aeroporto de Vancouver por volta das 13h40 locais", afirmou.

Segundo a polícia local, houve uma ameaça de que haveria uma bomba no avião. O avião foi interceptado pelos jatos militares e acompanhado por eles até o aeroporto de Vancouver, onde pousou.

O avião foi então levado a uma parte isolada da pista de pouso. Os jatos militares não pousaram junto com o avião e voltaram à sua base.

Os passageiros desembarcaram e ninguém se feriu, segundo a polícia. O avião e as bagagens foram examinadas, mas não foi encontrada nenhuma bomba.

O avião foi liberado e partiu para o voo de regresso com um atraso de cinco horas.

A cavalaria canadense e autoridades aeroportuárias "estão investigando o incidente envolvendo o voo da Cathay Pacific", informou a polícia federal canadense em comunicado.

Fontes: G1 (com informações da AP) / Aviation Herald - Fotos: Patrick Beaton(AP) / Reuters / AFP

Avião cai ao tentar pousar no aeroporto de Cáceres (MT)

Fazendeiro de 69 e neto de 19 anos sofreram ferimentos leves; Aeronáutica vai apurar as causas

Um monomotor, modelo Cessna 182, caiu, no final da tarde de sábado (15), em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), Mato Grosso, quando tentava pousar no Aeroporto Nelson Dantas (foto).

As duas pessoas que estavam a bordo, o pecuarista João Barranco Ladeia, 69, e o neto dele, Pedro Henrique, 18, tiveram apenas ferimentos leves.

Os dois foram socorridos por uma unidade do Corpo de Bombeiros e levados ao Hospital São Luiz.

Neste domingo (16), militares da Aeronáutica, de Várzea Grande, estarão em Cáceres para apurar as causas do acidente.

Eles querem saber quem estava pilotando o avião e quais as causas da queda.

Segundo as informações, o pecuarista João Ladeia costumava pilotar a aeronave, que aparentava ter muitos anos de uso e pouca manutenção.

O avião era usado para Ladeia se deslocar até sua fazenda, que fica a 100 quilômetros de Cáceres.

O aeroporto de Cáceres foi construído em 2000 e é considerado o maior aerodromo da região Oeste do Estado. A písta conta com balizamento noturno e farol rotativo de localização. A písta tem 1.600 metros. O aeroporto leva o nome de Nelson Martins Dantas.

No ultimo dia 8, um outro acidente com avião de pequeno porte aconteceu em Mato Grosso. Foi na cidade de Lucas do Rio Verde. Um monomotor plotado pelo empresário Cezar Augusto da Silva caiu em procedimento de decolagem a partir da rodovia MT-449. No avião se encontrava também Régis Adriano Desordi Porazzi. Os dois ficaram feridos.

Fontes: Midia News (com informações do Jornal Oeste, de Cáceres) / Sinézio Alcântara (24 Horas News) - Foto: circuitomt.com.br

Pequeno avião cai no Suriname matando os 8 ocupantes

Um pequeno avião caiu neste sábado (15) no Suriname. As oito pessoas a bordo morreram, disseram as autoridades.

O acidente ocorreu em uma densa floresta de cerca de 200 milhas (300 quilômetros) a sudeste da capital, Paramaribo, disse o Diretor de Serviços de Tráfego Aéreo, Kenneth Dors.

O piloto relatou más condições meteorológicas pouco depois de decolar de uma pista pequena perto Godo Holo e dirigia-se para Paramaribo. Pouco depois, o contato por rádio foi perdido.

As buscas para encontrar o piloto, o co-piloto e os seis passageiros começarão neste domingo pela manhã, pois já estava escurecendo na região, também atingida por uma pesada chuva. Várias comunidades indígenas nas proximidades disseram que iriam tentar chegar ao local e prestar ajuda, se necessário, Dors acrescentou.

A aeronave era o Antonov An-28, prefixo PZ-TSV, era operado pela transportadora do Suriname Blue Wing.

Os nomes e nacionalidades dos tripulantes e dos passageiros ainda não haviam sido disponibilizadas pela companhia aérea.

A Blue Wing relatou um acidente similar há dois anos com o mesmo modelo de aeronave, onde 19 pessoas morreram em abril de 2008, quando o avião caiu ao se aproximar de uma pista de pouso na região Benzdorp, perto da fronteira com a Guiana Francesa.


Fontes: Fox News / ASN / Aviation Herald - Mapas: Cortesia/AVH/Google Earth - Foto (03.05.10): Xavier Van Ravenswaay (Airliners.net)

sábado, 15 de maio de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 777-381/ER, prefixo JA732A, da All Nippon Airways - ANA, após partida do Aeroporto Naryan-Mar (NNM/ULAM), em Naryan-Mar, na Rússia, em 13 de março de 2010, com o Airbus A340 da Finnair voando próximo.


Fonte: Petr Gorbunov (Airliners.net)

Anac define mudança para nova sede em Brasília

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está de casa nova. O novo espaço funciona no Edifício Parque da Cidade Corporate no Setor Comercial Sul (foto acima, de 2008), em Brasília, e tem custo mensal de R$ 1,1 milhão em locação.

Em comunicado, a Anac pontua cinco motivos para mudança: Unificação das três unidades em uma única sede da Anac, recomendada pelos órgãos de controle; A Infraero – como proprietária do imóvel – solicitou por ofício o prédio onde hoje está parte da Anac.

A área ocupada hoje já não permite a instalação de centro de processamento de dados, arquivo, almoxarifado, depósito de bens móveis, biblioteca, auditórios, salas de reunião e de treinamento; Espaço maior para receber novos servidores do último concurso público; Unificação das três unidades em uma única sede vai gerar mais eficiência e qualidade no trabalho da Agência.

Fonte: Mercado & Eventos - Foto: rodrigocr (2008- SkyscraperCity)

Aeroporto de Porto Alegre (RS) já fechou por 26 horas em maio

Equipamento que permite pousos e decolagens com pouca visibilidade só deve operar em 2013

Sem equipamento antineblina para os dias de baixa visibilidade, a pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho completou ontem 26 horas fechada em apenas 14 dias deste mês. É como se o aeroporto tivesse ficado um dia inteiro impedido para pousos e decolagens por um problema que poderia ser amenizado se Porto Alegre já tivesse o equipamento ILS-2.

No acumulado de 2010, a pista já totaliza 43 horas fora de operação, sem contar as paradas ocasionadas por obras de ampliação realizadas na madrugada. Em 2009, foram 134 horas de paralisação devido ao clima.

Ontem, passageiros enfrentaram quase cinco horas de suplício por causa da forte neblina que cobriu grande parte da Capital e da Região Metropolitana. A pista foi fechada às 5h26min, quando controladores de voo depararam, de uma hora para outra, com visibilidade inferior a 50 metros.

Sem saída, viajantes lotaram os saguões buscando alguma distração. Às 9h8min, o aeroporto foi reaberto para decolagens e, às 10h20min, para pousos. Uma fila de aviões se formou junto à pista principal. O transtorno resultou no cancelamento de 22 voos (11 de partida e 11 de chegada) e em atrasos superiores a 30 minutos em 61 voos (37 de partida e 24 de chegada).

A situação poderia ter sido amenizada se o Salgado Filho contasse com o ILS-2 (Instrumental Landing System, categoria 2), que possibilita operações com pouca visibilidade. Para a instalação, é preciso remover as vilas Dique e Nazareth, junto a uma das cabeceiras da pista. A previsão é de que o aparelho só esteja em operação em 2013.

Tradicionalmente, a temporada de neblina prejudica deslocamentos entre maio e agosto, mas pode ocorrer em outros meses na Capital. Neste ano, maio lidera o ranking dos fechamentos, com 25 horas e 58 minutos sem pousos e decolagens.

A Infraero, estatal que administra os principais aeroportos do país, minimiza o problema e diz que as interrupções representam apenas cerca de 1% do total de horas de funcionamento. Para o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo, Cláudio Candiota Filho, a neblina não afasta a responsabilidade das companhias na assistência aos passageiros, com alimentação e hospedagem.

– Dá prejuízo para todos: Infraero, companhias e usuários – afirma.

Fonte: Maicon Bock (Zero Hora) - Foto: Ronaldo Bernardi/ZH

Aeroporto de Jales (SP) é liberado ao tráfego aéreo

O 1° Tenente Engenheiro Robinson Samuel Boschetti, do IV – COMAR – Comando Aéreo Regional, comunicou oficialmente na última quinta-feira, 13 de maio de 2010 ao Prefeito do Município de Jales, em São Paulo, Humberto Parini, que o Aeroporto Municipal “Antonio Alonso Rodrigues” está liberado ao trafego aéreo, exceto às aeronaves movidas a turbina a jato.

A liberação do aeroporto ocorre após a realização de investimentos na infra-estrutura realizados pelo município de Jales em função do novo momento vivido pela cidade. Uma série de novos investimentos está chegando à Jales que necessitam do aeroporto. A Administração municipal continuará os trabalhos para adequar o aeródromo em relação à Segurança de Operações Aéreas, na conformidade do Código Brasileiro de Aeronáutica, com relação “às propriedades vizinhas, edificações, instalações e tudo o mais que possa embaraçar as operações de aeronaves ou causar interferência nos sinais dos auxílios a radionavegação ou dificultar a visibilidade de auxílios visuais”.

Dentre as melhorias também previstas está o recapeamento total da pista e uma nova sinalização em toda a área de pouso e decolagem. O pedido destes recursos está encaminhado junto a Ministério do Turismo e o processo de liberação destes já está em andamento. A liberação de recursos para o aeroporto de Jales foi assumida pessoalmente pelo Ministro Luís Barreto quando esteve em Jales no ato de inauguração do Portal da Cidade.

As restrições apontadas em relatório aplicam-se “a quaisquer bens, quer sejam privados ou públicos, bem como a autoridade aeronáutica poderá embargar obra ou construção de qualquer natureza que contrarie os Planos Básicos ou os Específicos de cada aeroporto e exigir a eliminação dos obstáculos levantados em desacordo com os referidos planos, por conta e risco do infrator, que não poderá reclamar qualquer indenização”.

Fonte: www.regiaonoroeste.com - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu (Wikipédia)

Companhia é multada por não ajudar passageiros em caos aéreo europeu

A Itália multou neste sábado a companhia aérea Ryanair em 3 milhões de euros (cerca de R$ 6,8 milhões) por não ajudar os passageiros que tiveram seus voos cancelados devido ao caos aéreo europeu do mês passado, provocado pelas cinzas de um vulcão na Islândia.

A agência de aviação civil da Itália (Enac) disse que 178 passageiros não receberam assistência da empresa - como refeições, por exemplo - que é obrigatória, de acordo com regras europeias.

Os casos ocorreram entre 17 e 22 de abril. Naquela semana, as cinzas expelidas por um vulcão na geleira de Eyjafjallajokull provocaram um caos aéreo na Europa.

A Enac acusa a Ryanair de não providenciar refeições e hospedagem aos passageiros que não conseguiram embarcar no aeroporto de Ciampino, em Roma. Segundo a Enac, a maioria das outras companhias aéreas conseguiu cumprir com essas obrigações, apesar das circunstâncias difíceis.

A Ryanair ainda não se manifestou sobre a multa. A companhia aérea opera voos com preços baixos.

Durante o caos aéreo, a Ryanair chegou a manifestar que apenas reembolsaria os passageiros no valor das passagens, em casos de voos cancelados.

O presidente da empresa, Michael O'Leary, afirmou na época que seria um "absurdo" se sua empresa tivesse que gastar centenas de euros com um consumidor que havia pago pouco pelas suas passagens.

"Nós esperamos vê-los [os passageiros] na Justiça, porque sinceramente eu acho que esta é uma grande oportunidade para as companhias aéreas exporem esta bobagem", disse ele na época.

No entanto, a companhia voltou atrás e anunciou que arcaria com todos os custos considerados "razoáveis".

Segundo as leis europeias, se um voo é cancelado, os passageiros de companhias aéreas da União Europeia têm direito de exigir reembolso ou de serem colocadas em voos alternativos. Se o passageiro optar por ser colocado em uma rota alternativa, ele tem direito a refeição e hospedagem, se necessário.

Fonte: BBC Brasil via O Globo

Importações em alta e falta de pessoal sobrecarregam aeroporto de Manaus

O reaquecimento da economia brasileira trouxe um problema de logística para a Zona Franca de Manaus. Grandes importadoras de insumos, as indústrias de eletroeletrônicos da região dependem do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que tem capacidade para movimentar 12 mil toneladas por mês. Sobrecarregado com o aumento das encomendas, o aeroporto sofre agora com a falta pessoal para despachar as cargas que chegam para a Zona Franca. A demora na liberação das importações provoca atraso na linha de montagem das fábricas, que estão com a produção aquecida.

Terceiro aeroporto do país em movimentação de cargas (atrás apenas de Guarulhos-SP e Campinas-SP), o Eduardo Gomes tem três terminais de carga (foto acima) que registraram, nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 242% no volume movimentado. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), foram importadas, no período, 26.050 toneladas, contra 7.612 no mesmo período de 2009.

Além do aumento da demanda, contribuíram para agravar o problema greves em portos da Europa e da Ásia. Com a redução da participação do transporte marítimo/fluvial, o modal aéreo ficou sobrecarregado. Outro problema, segundo a Infraero, é a baixa capacidade de carga do Porto de Manaus para atender a demanda crescente das indústrias da região.

A Infraero admite que o aumento da produção na Zona Franca de Manaus foi subdimensionado pelo setor industrial. Em reunião no início do ano com técnicos da estatal, os empresários estimaram um crescimento das importações de apenas 40%. O superintendente adjunto de Projetos da Infraero, Oldemar Ianck, diz que a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), atendendo solicitação dos empresários, levou o problema à direção da autarquia, em Brasília. Procurada pela Agência Brasil para falar sobre o problema, a Suframa mandou, por correio eletrônico, uma nota informando que “a Infraero respondeu com a convocação de mais funcionários e disponibilização de mais armazéns, além de aumentar a terceirização de serviços. A autarquia considera que as medidas caminham para a resolução dos problemas”.

Entre as medidas adotadas pela Infraero está a transferência de 20 técnicos de outros aeroportos, principalmente Viracopos (Campinas), para reforçar a equipe em Manaus. Também foi aprovada a contratação imediata de 10 empregados concursados e o reforço de 175 pessoas nas empresas terceirizadas. Com os armazéns lotados, foram instaladas, em caráter emergencial, grandes tendas de lona para aumentar a capacidade de estocagem.

Fonte: Agência Brasil via Correio Braziliense - Foto: Infraero

Anac lança Carta de Segurança Operacional sobre melhores práticas na aviação civil

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) lança uma publicação para divulgar os procedimentos de segurança operacional da aviação civil, promover a troca de experiências e aprimorar as melhores práticas de segurança operacional gerenciadas pela Agência. A primeira edição da Carta de Segurança Operacional já está disponível na página da Agência na Internet. O mesmo conteúdo será enviado por e-mail para cerca de 500 provedores de serviço da aviação civil (aeroclubes, escolas, empresas de táxi aéreo, aviação agrícola, aeródromos e empresas de transporte aéreo regular).

O boletim eletrônico é gratuito, terá três edições por ano e é editado pela Gerência Geral de Análise e Pesquisa da Segurança Operacional da Agência. A primeira edição traz três artigos de especialistas da Anac, um sobre "A importância da equipe de solo na redução dos riscos na operação aeroagrícola", outro sobre "Fatores humanos na aviação civil" e outro sobre "Gestão de risco". Além disso, há também uma entrevista sobre a revisão do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica 137 (RBHA 137), que estabelece os requisitos para a aviação agrícola.

Fonte: Mercado & Eventos

MAIS

Os interessados em receber a Carta de Segurança Operacional devem enviar um e-mail para cartaso@anac.gov.br, solicitando o cadastramento.

Clique aqui para conhecer a Carta de Segurança Operacional (em .pdf).

Leia aqui a Carta ao Leitor, sobre primeira edição da Carta de Segurança Operacional.

Senadores querem saber quando a Anac instalará equipamentos de segurança nos aeroportos

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) vai ouvir nesta quarta-feira (19), a partir das 11h, a diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, sobre o cronograma do órgão para instalação de equipamentos de segurança nos aeroportos do país que ainda não os possuem. Será em audiência pública, quando também estarão presentes a secretária de Aviação Civil do Ministério da Defesa, Fabiana Todesco, e o especialista em segurança aérea Ronaldo Jenkins de Lemos, diretor-técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.

A audiência foi solicitada pelo senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), que apresentou à CDR requerimento inconformado com o elevado número de acidentes aéreos no Brasil - quatro vezes superior à média mundial, como admite a própria Anac em relatório. O senador cita o aeroporto de João Pessoa (PB), que não conta com instrumentos de segurança para aterrissagem em condições adversas, os quais "custam entre R$ 700 mil e R$ 1,5 milhão".

"Afinal, será que a vida dos passageiros de um voo não vale R$ 1,5 milhão?", questiona Roberto Cavalcanti em seu requerimento.

Durante a audiência, comandada pelo presidente da CDR, senador Neuto de Conto (PMDB-SC), os senadores querem ainda discutir os problemas da aviação regional no país.

Fonte: Eli Teixeira/Agência Senado

Aeromodelos enfeitam o céu de Guaramirim (SC)

Representantes de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Itajaí, Blumenau e Joinville participaram do primeiro encontro do ano na região

Fernando Bartolomeu é instrutor de aeromodelos de Itajaí

Cerca de 20 aeromodelistas se encontraram na manhã deste sábado na sede do Clube Aerolibélula, na estrada Jacu-Açu, em Guaramirim, em Santa Catarina, para fazer o que mais gostam: pilotar pequenos modelos de aviões e helicópteros através de um controle remoto.

Representantes de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Itajaí, Blumenau e Joinville participaram do primeiro encontro do ano na região. O resultado foi divertimento para os aeromodelistas e um show de acrobacias no ar para quem estava apenas observando a "brincadeira".

Em um clima descontraído regado a muita conversa e troca de ideias, os participantes exibiam, um de cada vez, suas manobras no céu. No encontro em Guaramirim, apenas aeromodelistas homens estavam participando, mas, a modalidade esportiva não é exclusividade deles.

Praticantes de todas as idades, desde 20 anos até os mais experientes da casa dos 50, garantiam manobras e truques difíceis, como voar de cabeça para baixo com o helicóptero e pousar o pequeno avião no chão de terra firme.

Além das voos, os aeromodelistas aproveitaram a reunião para trocar e implantar novas peças e até fazer pequenos reparos nos aeromodelos. O presidente do Clube Aerolibélula e organizador do evento deste final de semana, Luiz Jaime Hansh, 42 anos, pretende realizar mais um encontro em Guaramirim até novembro deste ano.

— Ainda não temos data definida, mas a ideia é fazer o encontro em nossa sede pelo menos duas vezes ao ano — revela.

O Clube com pouco mais de um ano de existência, possui apenas seis sócios, das cidades de Guaramirim e Jaraguá do Sul, mas, os associados buscam por novos adeptos.

— O evento tem justamente esta intenção: a confraternização entre os aeromodelistas e a divulgação do esporte em nossa região — conta.

Dicas para os iniciantes

O aeromodelismo exige prática, muita paciência e bons reflexos do operador do controle. O instrutor de aeromodelos de Itajaí, Fernando Bartolomeu, 40, que pratica o aeromodelismo há sete anos, orienta os iniciantes a nunca praticar o esporte sozinho.

— A pessoa pode perder o controle do avião e deixá-lo cair no chão. Ou pior, até atingir alguém com ele — fala.

Fonte: Caroline Stinghen (A Notícia) - Foto: Lucio Sassi/clicRBS

O ônibus espacial Atlantis

O Ônibus Espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto veículo deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis, em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos EUA, com o mesmo nome.

Beneficiando da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade, em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção foram mais tarde utilizadas no Endeavour.

O primeiro voo do Atlantis, realizou-se em outubro de 1985, numa missão militar secreta. Desde então lançou várias sondas, e tem participado na construção da ISS.

O Atlantis será o primeiro ônibus espacial a se aposentar. E o último a se aposentar será o Endeavour, provavelmente em 2010, quando serão substituídos pelos novos veículos de exploração da NASA: ÓRION e ARES.

O Atlantis junto com os outros ônibus espaciais serão aposentados em 2010 para dar espaço aos novos veículos da NASA (Orion e Ares). O novo presidente dos EUA esta estudando também uma forma de manter as missões dos ônibus espaciais, para não depender das naves russas.


Fonte: Wikipédia - Fotos: NASA

Bye, bye Atlantis

Por Carlos Orsi

Dia 13 de maio de 2010. O ônibus espacial Atlantis parte em sua última missão ao espaço. Trata-se do primeiro ônibus espacial a ser aposentado dentro da diretriz fixada após o desastre do Columbia, em 2003, de retirar toda a frota até o fim de 2010.

O ônibus espacial entrará para a história como uma promessa não cumprida. Concebido num momento de inflexão da política espacial americana — que, no início dos anos 70, abandonava a pretensão de seguir explorando a Lua e de levar astronautas a Marte, optando por concentrar-se na órbita terrestre — o veículo, muitas vezes chamado de “a mais complexa ferramenta já construída pelo homem” foi apresentado como algo que viria a banalizar e democratizar as viagens espaciais.

A pretensão era realizar um voo por semana, e abrir a “fronteira econômica” da órbita terrestre e do espaço ao redor do planeta. O físico e visionário americano Gerard O’Neill criou uma proposta detalhada para a construção de hábitats orbitais, grandes cilindros giratórios onde seres humanos poderiam viver, cultivar alimentos, criar indústrias, tudo viabilizado pelos ônibus espaciais.

Estudos foram realizados para que os grandes tanques de combustível vazios das naves fossem reaproveitados como protótipos dessas colônias celestes. A ficção científica da época — era o início da onda cyberpunk — abraçou ambos os conceitos, da vida em órbita e do desenvolvimento econômico espacial: indústrias em órbita, linhas privadas de ônibus espaciais partindo de Tóquio e Paris, colônias em cilindros povoaram o imaginário do período.

Até James Bond se envolveu com ônibus espaciais e colônias orbitais administradas por empresários gananciosos, num dos episódios menos ilustres da série cinematográfica.

A ideia parecia tão boa na época que os próprios soviéticos tentaram criar o ônibus espacial deles, mas o Buran (foto)realizou apenas um voo. Teleguiado, ainda por cima.

No fim, a Nasa nunca foi capaz de viabilizar a realização de um lançamento por semana, a iniciativa privada não se animou a investir em cidades e indústrias orbitais — a despeito das tão decantadas virtudes da microgravidade — e os ônibus espaciais acabaram se mostrando, como os desastres de Challenger e Columbia evidenciaram, muito menos seguros do que havia sido prometido.

A Estação Espacial Internacional (ISS) e o Telescópio Hubble acabaram, no fim, se tornando a raison d’être da frota. Uma piada frequente diz que o ônibus espacial existe para ligar a Terra à ISS; e a ISS existe para o ônibus espacial ter para onde ir.

O fim dos ônibus espaciais será o fim de uma visão de expansão da presença humana no espaço e de desenvolvimento econômico da órbita terrestre que nunca se concretizou. Nesse aspecto, as naves são como um martelo criado para bater um tipo muito específico de prego — um prego que nunca chegou a ser fabricado.

Ironicamente, a única tecnologia que restará, ao menos por algum tempo, para levar seres humanos ao espaço será a das velhas naves russas Soyuz, produto do país derrotado duas vezes em corridas espaciais: a para a Lua e a pela nave reutilizável. Até mesmo as cápsulas chinesas Shenzhou são derivações do antigo design soviético.

No entanto, nem mesmo os russos estão satisfeitos com a Soyuz: novos designs, como o Kliper, estão em estudo, e há até mesmo defensores da ressurreição do Buran. Vai ser interessante ver se as empresas americanas encarregadas de projetar e construir a próxima geração de veículos orbitais do país conseguirão vencer essa nova corrida.

Fonte: Estadão

Detalhes da missão do Atlantis

A nave espacial americana Atlantis e seus seis astronautas levam à ISS o pequeno módulo russo de busca MRM-1 (Mini Research Module-1) e a plataforma de carga não pressurizada ICC-VLD.

Esses são os principais dados da missão:

- Nave Espacial: Atlantis, uma das três naves da frota americana junto com Endeavour e Discovery.

- Duração prevista para a missão: 11 dias, 18 horas e 23 minutos.

- Aterrissagem: quarta-feira, 26 de maio, às 12h44 GMT (09h44 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy ou, se o clima não permitir, nos dias seguintes na base de Edwards (Califórnia, oeste do país) ou White Sands (Novo México, sudoeste).

- Altitude de inserção em órbita: 225 km.

- Altitude de encontro com a ISS: 350,84 km.

- Tipo de missão: entrega do módulo russo pressurizado de oito toneladas MRM-1, da plataforma de carga externa ICC-VLD e de outros equipametnos, além de víveres.

Além de fornecer espaço extra de armazenamento e experiências, o módulo Rassvet tem sua própria porta de atracação, passando a servir como uma alternativa para a conexão das naves Soyuz e Progress

- Saídas ao espaço: três, com duração de seis horas e meia cada, previstas para os dias 4, 6 e 8 da missão.

- Tripulação: seis astronautas. O comandante de bordo Ken Ham, 45 anos, o co-piloto Tony Antonelli (idade não informada) e quatro especialistas de missão: Garrett Reisman, 42 anos, Michael Good, 47 anos, Steve Bowen, 46 anos, e Piers Sellers, 55 anos.

Fontes: AFP / Site Inovação Tecnológica - Fotos: NASA / Spacehab

Vídeo do lançamento da Atlantis

Aos 25 anos, o ônibus espacial Atlantis partiu para sua missão final

Ônibus espacial decolou em seu voo final, levando novo laboratório à ISS

O ônibus espacial Atlantis partiu, às 15h21 desta sexta-feira, 14, para sua última missão oficial. Ele será o primeiro ônibus espacial a ser aposentado dentro da programação, definida na administração Bush, de retirar toda a frota ainda em 2010. Nos próximos meses, Discovery e Endeavour realizarão também suas missões finais e encerrarão o programa de ônibus espaciais da Nasa, iniciado em 1981 com o primeiro voo do Columbia, a mesma nave que foi destruída na reentrada da atmosfera terrestre em 2003.

No entanto, ao retornar de sua viagem de 12 dias à Estação Espacial Internacional (ISS), o Atlantis não será imediatamente enviado a um museu. Ele ficará como reserva para um eventual resgate dos astronautas que farão a missão final do Endeavour, em novembro. A Nasa aguarda, nos próximos meses, autorização da Casa Branca para aproveitar o fato de que o Atlantis estará posicionado e em prontidão na base de lançamento para enviá-lo num voo final de adeus após o retorno do Endeavour.

Na expectativa desse possível voo derradeiro em novembro, na decolagem o controle de missão desejou boa viagem à "primeira última tripulação do Atlantis". Após a decolagem, o comentarista da TV Nasa descreveu a partida como "um voo rumo a um histórico pôr-do-sol, em sua 32ª missão". Dez minutos após o lançamento, a nave já estava em órbita, com todos os sistemas funcionando.

O Atlantis realizou, em 25 anos, 31 voos, passando 282 dias em órbita. Percorreu 186 milhões de quilômetros, completou 4.462 órbitas da Terra, e abrigou 185 astronautas. A missão desta semana acrescentará 12 dias, 186 órbitas, 7 milhões de quilômetros e quatro astronautas a esse total.

O Atlantis estreou em 1985 como o quarto ônibus espacial da Nasa. Entre os pontos altos de sua carreira estão o lançamento ao espaço a sonda Magalhães, que estudou Vênus; a Galileu, para Júpiter; e o Observatório de Raios Gama Compton. Voou sete vezes até a estação espacial soviética Mir e dez vezes para a ISS. Realizou a última manutenção do Telescópio Espacial Hubble, em maio do ano passado.

A tripulação do voo desta sexta é composta por seis astronautas, todos veteranos.O comandante é Ken Ham. Esta é a segunda missão de Ham num ônibus espacial - ele já havia voado no Discovery em 2008. A missão atual é levar novas baterias e um novo aposento à ISS. Mais de 4.000 espectadores - a maior multidão em anos - foram ao Centro Espacial Kennedy e às estradas ao redor para assistir ao lançamento.

O novo compartimento da ISS é um módulo de 6 metros de comprimento, de fabricação russa, mas repleto de suprimentos de origem americana - incluindo computadores e comida. Há tanto material no aposento que ele só começará a ser esvaziado depois que o Atlantis partir da estação. O módulo, chamado Rassvet ("aurora", em russo) será usado como laboratório.

O comandante Ken Ham brinca a bordo do Atlantis, antes do lançamento

Os astronautas do ônibus espacial realizarão três caminhadas espaciais para trocar baterias da ISS, além de instalar uma antena e outras peças. Eles também farão a instalação do novo módulo.

Mesmo com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a ISS, cuja construção se completa neste ano, deve continuar em uso pelo menos até 2020. Enquanto uma nova geração de naves espaciais americanas não chega - o presidente Barack Obama tomou a polêmica decisão de cancelar o programa de desenvolvimento da nave Órion pela Nasa e convocar a iniciativa privada a criar alternativas de acesso à órbita - o único meio de trânsito para a estação serão as cápsulas russas Soyuz.

O cancelamento do programa Constellation, que previa a criação da Órion e de uma nova geração de foguetes, a Ares, atraiu forte oposição na sociedade americana. Durante esta semana, o primeiro e o último homem a pisar na Lua - Neil Armstrong e Gene Cernan, respectivamente - depuseram no Senado americano condenando o plano.

Cernan referiu-se aos planos do presidente, que preveem uma Nasa dedicada à criação de novas tecnologias para levar astronautas a Marte dentro de 25 anos, como uma "missão para lugar nenhum". Defensores da proposta de Obama dizem que o Constellation já estava atrasado demais para fornecer uma nova nave à Nasa em tempo hábil, e que o uso de naves privadas devolverá aos EUA o acesso independente ao espaço mais depressa do que a agência espacial seria capaz.

A decisão de aposentar os ônibus espaciais foi tomada em 2004, como parte da resposta do governo americano ao desastre do Columbia. Em 1986, outro ônibus espacial havia sido destruído com os astronautas a bordo: o Challenger, que explodiu 73 segundos após a decolagem.

Ao todo, a Nasa já teve cinco ônibus espaciais. O primeiro, Columbia, foi entregue à agência espacial em 1979 e voou pela primeira vez em 1981. O Challenger foi entregue em 1982, e estreou no mesmo ano. O terceiro ônibus espacial, Discovery, chegou à Nasa em 1983 e fez seu primeiro voo em 1984. O quatro é o Atlantis, entregue e usado pela primeira vez em 1985. Endeavour, o mais novo, chegou à Nasa em 1991 e fez seu voo de estreia em 1992.

Antes do primeiro voo do Columbia, a Nasa contou com um protótipo de ônibus espacial, o Enterprise, que recebeu o nome após uma campanha de fãs do seriado de TV Jornada nas Estrelas. Essa nave foi usada em uma série de testes, a partir de 1978, incluindo alguns voos dentro da atmosfera da Terra, mas nunca chegou ao espaço. Em 1985, o Enterprise foi entregue à Smithsonian Institution.

Fonte: Carlos Orsi (estadao.com.br com Associated Press) - Fotos: Nasa TV/Divulgação / AP / AFP

Dor nas costas salva político de queda de avião no Amazonas

Uma consulta médica salvou a vida de João Lidanio Cavalcante, secretário de Educação de Maués, cidade a 276 quilômetros de Manaus. De passagem pela capital do Estado para resolver pendências administrativas esta semana, ele estava escalado na comitiva que levaria a secretária de Educação do Estado, Cinthia Régia Gomes do Livramento, para a apresentação de um painel escolar em Maués ontem (13) à noite.

Por conta de “fortes dores nas costas” causadas por uma hérnia, ele foi obrigado a cancelar a viagem. Tudo para conseguir uma consulta com um massagista e acupunturista em Manaus. “Desde segunda-feira, estava combinado. Fui convidado pela secretaria estadual e já tinha programado de voltar para Maués com o grupo do governo na quinta-feira”, conta ele.

Ontem de manhã, no entanto, as pontadas nas costas pioraram. “Normalmente, as decolagens são à ‘tardinha’, no começo da noite. Então marquei a consulta para às 16h. Mas fui avisado que a partida tinha sido adiantada para às 15h. Então comuniquei, mesmo em cima da hora, que não poderia ir. Estava com muita dor”, lembra ele.

A aeronave que partiu do aeroclube de Manaus caiu logo após iniciar o voo, matando todos os passageiros e o piloto. “Quando recebi a notícia, minhas pernas começaram a tremer. Senti uma palpitação no coração. Foi muito estranho”, diz. “Ao mesmo tempo que estava aliviado, sabendo que poderia estar morto, fiquei extremamente triste em saber do falecimento de nossa secretária e das outras pessoas”, afirma ele, que hoje compareceu ao velório organizado em Manaus.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira (14) que a documentação da aeronave, assim com a do piloto, estavam em dia. A Aeronáutica está no comando de uma investigação que irá apontar as causas do acidente – tal análise tem um prazo inicial de 90 dias para ser concluída.

Localmente, um inquérito policial também foi aberto na Delegacia Especializada de Ordem Pública e Social do Amazonas. Amanhã, a delegada responsável pelo caso, Catarina Saldanha Torres, deverá ir até o local da queda do avião ouvir testemunhas. “Vamos juntar os relatos aos laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Corpo de Bombeiros para saber o que de fato aconteceu. Estamos atuando junto com o Ministério Público para esclarecer o ocorrido”, disse ela.

Como explica a autoridade policial, na imprensa da região foi noticiado que vizinhos do local da tragédia chegaram a ver sobreviventes. “Eles disseram que viram gente saindo engatinhando. Mas que uma explosão teria impossibilitado qualquer resgate.” A investigação, iniciada hoje, deverá durar 30 dias.

A CTA Taxi Aéreo, empresa contratada pelo governo para a viagem, emitiu uma nota informando que a aeronave acidentada era emprestada de outra empresa do ramo. Segundo a CTA, a aeronave - um Sêneca II, fabricado pela Embraer, e com prefixo PT-EUJ - “estava regular e possuía todos os requisitos para voar, portando sem nenhum impedimento legal de ser utilizada”.

Segundo a firma, “a prática de terceirização de aeronaves entre empresas de táxi aéreo é permitida pelas normas da aviação civil”. A empresa afirma que, “mesmo não sendo proprietária da aeronave, assume as responsabilidades profissionais pelo acidente”. A CTA diz ainda que o piloto do avião, Miguel Vaspeano Lepeco, tinha 25 anos de experiência e já tinha voado diversas vezes na aeronave, sem nenhum incidente.

Fonte: Arthur Guimarães (UOL Notícias)