No último capítulo de sua disputa com a Airbus, a Qatar Airways alegou que defeitos nos vários Airbus A350 da companhia aérea podem causar a ignição dos tanques de combustível, de acordo com arquivos legais vistos pela Bloomberg.
A transportadora com sede em Doha levantou preocupações de que falhas na superfície da fuselagem do A350 possam atrair poluentes, como sal ou fluidos hidráulicos, e danificar a proteção contra raios da aeronave.
No final de 2021, a Qatar Airways processou a Airbus por deterioração da superfície da fuselagem de seus A350, buscando mais de US$ 600 milhões em indenização. A Qatar Airways, que tem 53 A350 em sua frota, afirma que teve que remover um total de 22 aeronaves da lista de voos.
In a further development, Qatar Airways regrets to advise that its regulator, the Qatar Civil Aviation Authority (QCAA) has now revoked the Airworthiness Review Certificate in respect of an additional A350 aircraft resulting in a total of 22 Airbus A350 aircraft now grounded.
— Qatar Airways (@qatarairways) February 28, 2022
Em retaliação, a Airbus tentou rescindir um contrato separado para entregar 50 aeronaves A321neo que a Qatar Airways tinha encomendado. No entanto, esta decisão foi congelada por um tribunal britânico, aguardando a decisão do juiz com vencimento em abril de 2022.
No processo judicial, a Qatar Airways divulgou que Cathay Pacific, Etihad, Air France e Finnair relataram o mesmo problema com a aeronave.
Uma investigação da Reuters confirmou que o problema que a Qatar Airways tem com o A350 não é um caso isolado. Um quadro de mensagens de manutenção privado, usado pelos operadores da Airbus e A350 e revisado pela Reuters, mostrou que a Finnair havia levantado preocupações sobre a pintura já em 2016 e relatou em outubro de 2019 que os danos na superfície se espalharam para a malha anti-relâmpago abaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário