A piloto de caça Daniele Lins tem 22 anos, é carioca e contrariou a família para virar oficial da Força Aérea Brasileira. Algum tempo depois o pai, funcionário de um restaurante no Rio, e a mãe, dona de casa, apoiaram a decisão.
Agora, a irmã adolescente quer segui-la na carreira militar. Um dia, espera, estará no comando de um F-5EM, o Tigre, principal supersônico de combate da FAB, revitalizado por um consórcio da Embraer com a israelense Elbit. Voa a quase 2 mil km por hora e tem um radar que acompanha vários alvos ao mesmo tempo, indicando qual deles é o mais perigoso. No ataque ao solo, pode lançar uma bomba orientada por laser a grande distância - e errar o alvo por menos de meio metro. De quebra, leva ainda um canhão de 20 milímetros municiado com projéteis variados: perfurantes, de fragmentação ou traçadores.
Daniele está a três anos de distância do cockpit do Tigre. É tenente-aviadora do Esquadrão Flecha, formada na primeira turma da Academia da Força Aérea, a AFA de Pirassununga. Ela voa todos os dias no turboélice A-29 Super Tucano. Jamais hesitaria, de acordo com a doutrina para essa situação, se tivesse de apertar o gatilho em uma interceptação. Em 2011, ano da designação para um dos grupos de caça, a formação de Daniele Lins terá custado cerca de US$ 2,5 milhões.
Pouca gente sabe disso tudo. Ela não conta o que faz para a maioria das pessoas que conhece fora da base aérea. Diz que sua profissão intimida. "Só falo quando percebo que o interlocutor tem capacidade para compreender."
Na cidade, ela freqüenta o shopping, vai ao cinema, aos bares da moda e sai para dançar - exatamente como fazem os jovens urbanos de 22 anos. Depois de viver no interior de São Paulo e em Natal, Daniele reconhece que "não houve nenhum problema de adaptação em Campo Grande".
Seu dia começa bem cedo. A roupa de trabalho é o macacão de vôo, verde escuro. Cabelos presos e nenhuma maquiagem, ela enfrenta a rotina de vôos e aulas teóricas desde março. Ainda não entra na escala do alerta, em que o oficial fica pronto para decolar em 10 minutos a partir do toque de uma campainha na sala de espera, porta aberta na boca da pista. Quando estiver na lista, fará a interceptação e levará uma voz feminina ao processo de interrogação do piloto interceptado. "Vai ser estranho", admite.
O que ela não comenta é o risco do trabalho. Segundo o comandante do esquadrão, coronel Leonardo Faria, não convém expor a identidade dos aviadores. Há algum tempo, os traficantes, sabendo do trabalho conjunto da FAB com a PF, andaram insinuando ameaças.
Fonte: estadão.com
Agora, a irmã adolescente quer segui-la na carreira militar. Um dia, espera, estará no comando de um F-5EM, o Tigre, principal supersônico de combate da FAB, revitalizado por um consórcio da Embraer com a israelense Elbit. Voa a quase 2 mil km por hora e tem um radar que acompanha vários alvos ao mesmo tempo, indicando qual deles é o mais perigoso. No ataque ao solo, pode lançar uma bomba orientada por laser a grande distância - e errar o alvo por menos de meio metro. De quebra, leva ainda um canhão de 20 milímetros municiado com projéteis variados: perfurantes, de fragmentação ou traçadores.
Daniele está a três anos de distância do cockpit do Tigre. É tenente-aviadora do Esquadrão Flecha, formada na primeira turma da Academia da Força Aérea, a AFA de Pirassununga. Ela voa todos os dias no turboélice A-29 Super Tucano. Jamais hesitaria, de acordo com a doutrina para essa situação, se tivesse de apertar o gatilho em uma interceptação. Em 2011, ano da designação para um dos grupos de caça, a formação de Daniele Lins terá custado cerca de US$ 2,5 milhões.
Pouca gente sabe disso tudo. Ela não conta o que faz para a maioria das pessoas que conhece fora da base aérea. Diz que sua profissão intimida. "Só falo quando percebo que o interlocutor tem capacidade para compreender."
Na cidade, ela freqüenta o shopping, vai ao cinema, aos bares da moda e sai para dançar - exatamente como fazem os jovens urbanos de 22 anos. Depois de viver no interior de São Paulo e em Natal, Daniele reconhece que "não houve nenhum problema de adaptação em Campo Grande".
Seu dia começa bem cedo. A roupa de trabalho é o macacão de vôo, verde escuro. Cabelos presos e nenhuma maquiagem, ela enfrenta a rotina de vôos e aulas teóricas desde março. Ainda não entra na escala do alerta, em que o oficial fica pronto para decolar em 10 minutos a partir do toque de uma campainha na sala de espera, porta aberta na boca da pista. Quando estiver na lista, fará a interceptação e levará uma voz feminina ao processo de interrogação do piloto interceptado. "Vai ser estranho", admite.
O que ela não comenta é o risco do trabalho. Segundo o comandante do esquadrão, coronel Leonardo Faria, não convém expor a identidade dos aviadores. Há algum tempo, os traficantes, sabendo do trabalho conjunto da FAB com a PF, andaram insinuando ameaças.
Fonte: estadão.com
2 comentários:
Ela so podia ser do meu esquadaro !!!!
BACG
agradece
A Daniele é uma grande profissional.
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