- Ações de controle insuficientes por parte da tripulação, o que fez com que a aeronave entrasse em um ângulo de ataque supercrítico seguido por um estol e um giro;
- Violação de interações da tripulação em relação à separação de responsabilidades para pilotagem estabelecida pelo piloto em comando;
- Falta de controle adequado para manter os parâmetros de voo durante a aproximação, em referência ao manual de operações de voo TU-154;
- Interações fracas da tripulação.
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quinta-feira, 4 de julho de 2024
Aconteceu em 4 de julho de 2001: Queda do voo 352 da Vladivostok Air na Rússia deixa 145 mortos
Aconteceu em 4 de julho de 2000: Incidente com o voo 262 da Malev Hungarian Airlines - Pouso de Barriga
A aeronave normalmente utilizada neste serviço da Malév Hungarian Airlines era o Boeing 737-300. No entanto, no dia do incidente, a aeronave pretendida, a de matrícula HA-LES, teve um problema de motor e foi substituída pelo Tupolev Tu-154B-2, prefixo HA-LCR (foto acima), no último minuto. A bordo estavam 86 passageiros e oito tripulantes.
Na primeira tentativa de pouso, a barriga da aeronave chegou a raspar ao longo da superfície da pista por cerca de 650 metros |
- Aeronave não alinhada com a pista a tempo (aproximação não estabilizada).
- A atenção da tripulação do cockpit foi exclusivamente dedicada à realização de manobras bruscas em baixa altitude, a fim de alinhar o avião com a pista.
- Falha ao abaixar o trem de pouso de acordo com os procedimentos aplicáveis para esta fase de voo.
- A aparente inativação do aviso sonoro quando o material rodante não foi acionado.
- Falta de Gerenciamento dos Recursos do Cockpit.
O HA-LCR ao lado do corpo de bombeiros do Aeroporto Internacional de Thessaloniki em 2018 |
Aconteceu em 4 de julho de 1966: Queda fatal em voo de treinamento da Air New Zealand
Aconteceu em 4 de julho de 1948: A colisão aérea de Northwood, em Londres, deixa 39 vítimas fatais
Voos
Um Avro 685 York C.1, semelhante à aeronave acidentada |
Colisão
Investigação
Uma semana após o acidente, foi anunciado que um inquérito público seria realizado sobre o acidente, apenas o terceiro inquérito desse tipo realizado no Reino Unido para um acidente aéreo. O inquérito foi presidido por William McNair e aberto em 20 de setembro de 1948.
Vista aérea da área ao redor da RAF Northolt durante a década de 1940 |
Afinal, um raio pode derrubar uma aeronave?
Os aviões modernos são desenvolvidos para não sofrerem com os raios. Eles passam por revisões de segurança cada vez que isso ocorre. Milhares de aviões são atingidos por raios anualmente. Estima-se que cada um dos mais de 27 mil aviões comerciais espalhados pelo mundo seja atingido pelo menos de uma a duas vezes por ano.
Quem está dentro de um avião não sofre com a descarga elétrica de um raio devido ao conceito da Gaiola de Faraday. De maneira simplificada, a fuselagem metálica do avião forma um invólucro que conduz a eletricidade à sua volta, mantendo quem está dentro seguro.
O raio é conduzido pelo lado de fora da aeronave. Quem está dentro deve sentir só o incômodo do clarão e do som (se for o caso).
Sistema funciona até em aviões cuja fuselagem é feita de materiais que não são tão bons condutores de eletricidade. Nessas situações, materiais, como a fibra de carbono encontrada na fuselagem, são cobertos com uma fina camada de cobre, além de serem pintados com uma tinta que contém alumínio.
Nariz do avião não costuma ser de material metálico, mas também conduz eletricidade. Nessa parte da aeronave, ficam sensores e o radar meteorológico. Se o nariz fosse metálico, isso atrapalharia os sinais dos equipamentos. Por isso, ele conta com fios para conduzir a eletricidade para o corpo do avião e dissipá-la no ambiente.
Nariz do avião possui fios condutores para não ser afetado caso seja atingido por raios (Foto: Alexandre Saconi) |
Precisa pousar?
O piloto decide pousar o avião na maior parte das vezes em que é atingido por um raio durante o voo para inspeções de segurança. São os tripulantes que definem se será possível continuar voando até o destino ou se será preciso colocar o avião no solo o quanto antes.
O ponto onde o raio atinge o avião não costuma ser grande. A dimensão pode ser a mesma da cabeça de um lápis. Isso é detectado pelas equipes de manutenção no solo, que observarão se não há danos.
Raio pode causar pequenos danos no rebite, na tinta e um ponto mais escurecido na pintura. Dependendo do tamanho do dano, o avião pode continuar a voar normalmente por um tempo, ainda que alguma pequena parte tenha sido danificada.
Inspeção usa até drones com câmeras. Para inspecionar todo o contorno do avião, algumas empresas usam esses equipamentos para observar, em partes mais difíceis de serem alcançadas, se houve algum dano.
Avião já caiu por raio (mas isso é coisa do passado)
Em dezembro de 1963, o avião que fazia o voo Pan Am 214 caiu em decorrência de um raio, matando todas as 81 pessoas a bordo. O Boeing 707 se aproximava do aeroporto internacional da Filadélfia (EUA) quando um raio atingiu sua asa.
Queda pode ter sido causada por uma explosão da mistura de combustível com o ar dentro da asa, que teria sido induzida pelo raio, segundo apontou um relatório do acidente.
Após essa tragédia, foram feitas algumas recomendações de segurança, entre elas:
- Instalação de descarregadores de eletricidade estática nos aviões que ainda não os possuíam.
- Utilização apenas de combustível Jet A nos aviões comerciais, já que esse gera menos vapor inflamável em comparação com outros combustíveis.
- Mudança de peças e sistemas nos tanques das asas para evitar a formação de vapores que possam entrar em ignição com tanta facilidade.
Os computadores dos aviões modernos também são blindados para evitar qualquer tipo de problema. Somando-se a isso, pilotos tendem a evitar regiões com nuvens mais carregadas, onde há mais chance de esse tipo de descarga ocorrer.
Fontes: Consultoria Oliver Wyman; Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos, na sigla em inglês), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Blog da KLM e Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos.
*Com informações da reportagem Raio pode derrubar um avião? O que acontece com a aeronave nessa hora?, de Alexandre Saconi, publicada em 6 de abril de 2022.
Por que Putin gosta de viajar em aviões russos antigos?
O gosto de Putin por aviões russos
Curiosidade: O gigante helicóptero Russo com capacidade para 196 passageiros
O Mil V-12 possui um comprimento impressionante de 37 metros, uma envergadura de 67 metros e uma altura de 12,5 metros (Foto: Getty Images) |
Medidas extremas
Poderia ter mudado o jogo
A aeronave foi projetada para ter um Peso Máximo de Decolagem (MTOW) de 231.485 lb (Foto: Alan Wilson via Wikimedia Commons) |
Estratégia revisada
Um protótipo está em exibição em Monino, Moscou desde 1975 (Foto: Clemens Vasters via Wikimedia Commons) |
quarta-feira, 3 de julho de 2024
O que aconteceu com a Pan Am, uma das mais icônicas companhias aéreas do mundo
1. O começo
Um Boeing 314 "Clipper" em voo (Foto cia aerocorner) |
Horário do Clipper de São Francisco a Manila e Hong Kong (Imagem: Domínio Público) |
2. Os anos 50 e a Idade de Ouro
Pan Am DC4 Clipper em Trinidad na década de 1950 (Foto: John Hill) |
3. Os anos 60, Beatlemania e o Boeing 707
A Pan Am lança o Boeing 707-22 Stratoliner, N707PA, o 'Clipper America (Foto: Tim) |
4. Os anos 70 e os problemas começam
Um DC 10-30 da Pan Am (Foto: Aero Icarus) |
5. 1985: A greve dos mecânicos
O Boeing 747-212B, N730PA, da Pan Am (Foto: Axel J.) |
6. 1986 a 1988: Colapsos, terrorismo e problemas no exterior
Em primeiro plano, o malfadado Boeing 747-100 Clipper 'Maid of the Seas' em uma visita a Manchester pouco antes de cair em Lockerbie em dezembro de 1988 (Foto: Mark Murdock) |
7. 1991: A Guerra do Golfo e o Fim do Pan Am
Airbus A310 324 Pan Am (Foto: Lewis Grant) |