Apesar de ter vivido uma queda na demanda mundial na casa dos 13%, durante o período auge da crise mundial, a DHL Express, do grupo Deutsche Post (correio alemão), está otimista em relação à recuperação econômica, especialmente em mercados como o brasileiro. "No primeiro trimestre, o nível de remessas saltou 41% no mercado doméstico", revelou, ao DCI, Sérgio Fonseca, diretor de Vendas da DHL, confirmando a tendência de aquecimento nos próximos meses. Hoje, a entregadora expressa atua em 50 pontos- de-venda espalhados pelo País, tendo planos de ampliá-los.
O atual patamar do dólar tornou atrativos os negócios da DHL em relação às importações, o que deve se refletir nos resultados do novo produto, denominado "DHL Customs Service", que presta assessoria aos clientes em processos alfandegários para entregas porta a porta. "A expectativa é de que o volume de remessas de importação formal aumente 20%", comentou Joakin Thrane, presidente da DHL Express. O serviço deve facilitar especialmente as atividades das pequenas e das médias empresas.
Nos próximos dois anos, a DHL Express tem planos de aportar US$ 200 milhões na América Latina, sendo que no Brasil foi investido recentemente R$ 1,5 milhão na área de call center (atendimento telefônico) da corporação, além de um incremento de 25% na frota de veículos e um salto de 800 para 900 funcionários.
Ao todo, o alcance regional da companhia é de mais de 1,5 mil cidades brasileiras - o equivalente a mais de 90% do Produto Interno Bruno (PIB) nacional, com cerca de 13 mil clientes. A frota tem aproximadamente 250 veículos para entregas. Mundialmente, a DHL somou uma receita de 54 bilhões de euros, no ano passado, ao atender 120 mil destinos, espalhados por 220 países e 8 milhões de clientes.
Doméstico
A norte-americana UPS lançou este semestre o serviço de remessas porta-a-porta em 16 países, divididos entre Europa, África, Oriente Médio e América Latina. No Brasil o produto acaba de chegar a alguns estados, e, segundo a empresa, demonstra bom fôlego.
"Posso afirmar que a demanda no surpreendeu e está 10% acima do esperado", revelou Christiano Rihan, diretor de Vendas da UPS no Brasil. Ele explicou que o portfólio de clientes conquistados para o serviço foi bastante diversificado - a empresa não abre nomes, mas pontua segmentos como o de alta tecnologia, o de varejo e o de envio de documentos como sendo fortes em atuação.
Além disso, Rihan colocou que a posição do Brasil em relação à atividade mundial da empresa tem sido destacada. "O nosso mercado está em crescimento e temos sido consultados para desenvolver aqui novos projetos", disse o executivo.
A UPS mantém oito saídas aéreas semanais em conexão com o Brasil (aeroporto de Viracopos) e, em relação à queda de demanda, a empresa observou que a diversificação dos setores os quais atende tem ajudado a manter o equilíbrio das operações. "O setor farmacêutico é um dos que têm demanda contínua, por exemplo", argumentou o diretor de Vendas. Aqui, a companhia atua com 81 veículos, entre vans, carros e caminhões. Mundialmente, a UPS oferece o serviço de entrega de encomendas a mais de 200 países.
Outra gigante que atua em território brasileiro, a FedEx Express, usou um artifício muito comum nas companhias aéreas para fidelizar seus clientes: o cartão de fidelidade. O programa, denominado "Purple Card", existia em outros países e está disponível agora na América Latina e no Caribe.
Com ele, as corporações que utilizam os serviços FedEx poderão obter descontos no envio de remessas. "Nós o desenvolvemos com o objetivo de incentivar o consumidor a usar cada vez mais os serviços FedEx", disse Mike Murkowski, vice-presidente de Marketing e Atendimento ao Cliente da FedEx Express.
Nacional
Correndo por fora, a nacional JadLog vai ampliando espaço no segmento de encomendas expressas. Agora a companhia estreia um nova rota, com destino a Blumenau, que marca a retomada de voos comerciais na cidade. Para colocá-la em operação, a empresa adquiriu um avião cargueiro da marca Cessna, com capacidade para 1,5 tonelada. Ele, que é a 27ª aeronave da empresa, foi negociado por US$ 1,3 milhão em arrendamento mercantil.
Ronan Hudson, presidente da JadLog, mencionou que "com a utilização do aeroporto em Blumenau, nossa expectativa no curto prazo é aumentar em 100% o volume de encomendas nessa rota", projetou.
Especializada em cargas expressas fracionadas, a JadLog tem a meta ousada de crescer 80% em 2009. No mercado há cerca de 4 anos, atingiu em 2008 faturamento de R$ 60 milhões, um incremento de 120% em relação ao ano anterior.
Fonte: DCI - Imagem: uniship.com.br