Ação semelhante deve ser feita no Aeroporto de Cumbica, na Grande SP.
A operação-padrão da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, nesta quarta-feira (14) gerou uma fila imensa no hall de embarque. Por cerca de 30 minutos, todos os acessos à sala de embarque foram fechados e os policiais federais faziam vistoria da documentação dos passageiros apenas em uma entrada. O ato faz parte da paralisação da Polícia Federal, que pede reajuste salarial.
A PF pede reajuste salarial de 24% e diz que essa primeira parada foi apenas um alerta. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os policiais prometem retomar a greve dia 28, por dois dias.
Na sede da PF, na Lapa, Zona Oeste da capital paulista, o trabalho foi retomado às 14h30 desta quarta-feira. Um pouco antes disso, houve um princípio de tumulto de pessoas que queriam ser atendidas.
Serviços
Apenas os serviços essenciais, como fiscalização nos aeroporto e a escolta de presos, não foram interrompidos. A emissão de passaportes para quem tinha agendamento foi mantida. Mas quem encontrou dificuldades em realizar o agendamento pela internet e procurou a PF, ficou sem atendimento. Na sede da corporação em São Paulo são oferecidos serviços relativos às questões de imigração, fornecimento de antecedentes criminais, registro de armas e cadastro de serviços de segurança privada.
Reivindicações
De acordo com Francisco Carlos Sabino, diretor de relações de trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais e vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal, o reajuste salarial pedido é de cerca de 24%. Segundo ele, de 2002 a 2009, o governo federal deu reajuste de 552% a algumas classe do Executivo, enquanto que a PF teve, no mesmo período, 83%.
“Nosso movimento pela reestruturação salarial é nacional. Queremos que seja dado a nós o que foi dado a eles. Nunca se trabalhou tanto na PF, mas não queremos apenas elogios”. Ele afirma que a expectativa é deixar os salários equivalentes aos da Receita Federal. “O salário inicial seria de cerca de R$ 12 mil”, afirma. “Em 2002, nosso salário era referência para os servidores”.
No Rio, tudo normal
A assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal do Rio informou que não houve nenhuma alteração nas atividades dos servidores da unidade regional nesta quarta-feira (14). De acordo com um agente da PF do Rio, não há qualquer informação de adesão à paralisação que reivindica aumento salarial, chama a atenção para a falta de uma lei orgânica e exige plano de carreira.
Fonte e foto: Débora Miranda (G1)