Na primeira década do século XX, mediante acordo governamental, o Brasil contratava militares franceses com o objetivo de treinar pilotos da Marinha e do Exército, visando a implantação de uma Força Aérea Brasileira. Essa iniciativa deu origem à Escola Brasileira de Aviação,sediada no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro. Mais tarde ela seria transferida para Pirassununga, SP, onde as condições topográficas eram mais favoráveis.
Às Forças Armadas cabe a defesa da Pátria através da garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e a participação em operações de paz. A Aeronáutica, especificamente, desempenha o importante papel de vigiar o espaço aéreo brasileiro, controlando o tráfego e as atividades em geral da Aviação Civil.
Contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional, estabelecer, equipar e operar a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária também se constituem em algumas das tarefas dessa Instituição.
Fonte: Afa e Fab do Brasil
O Dia da Força Aérea Brasileira é comemorado no dia 22 de abril por ter sido esta a data em que o 1º Grupo de Aviação de Caça realizou o maior número de missões durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesse dia, o grupo chegou a realizar 11 missões, envolvendo 44 decolagens com apenas 22 pilotos. A primeira missão começou às 8:30 e o último avião retornou à base às 20:45.
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A FAB
Junto com o Exército e a Marinha, a Força Aérea Brasileira (FAB) compõe as Forças Armadas brasileiras, subordinadas ao Ministério da Defesa. Entre tantas outras atribuições, a FAB é responsável, no ar, pela defesa do território brasileiro, realizando vôos de observação ou ataque. Também serve à sociedade, orientando, coordenando e controlando a aviação civil, e emociona as pessoas com as manobras radicais da Esquadrilha da Fumaça.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, cabe à Força Aérea Brasileira:
- orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil;
- prover a segurança da navegação aérea;
- contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional;
- estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
- operar o Correio Aéreo Nacional.
A Constituição também determina o efetivo da Força Aérea Brasileira. Atualmente, são 65 mil militares, dos quais 1.300 são mulheres.
O contingente de máquinas da FAB conta, hoje, com cerca de 700 aeronaves, incluídas aí as de caça, transporte, busca e salvamento, patrulha e helicópteros.
Um Pouco de História
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Santos-Dumont influenciou a construção de aeroplanos no início do século XX. O que ele não esperava era a utilização dos aviões na Primeira Guerra Mundial, deflagrada em 1914. Muitas invenções que, de início, tinham finalidades pacíficas tornaram-se poderosos instrumentos de guerra, e Santos-Dumont assistiu a tudo isto horrorizado.
Foi também por causa da Primeira Guerra Mundial que o Brasil começou a investir na indústria aeronáutica. A estruturação nacional em torno da aviação foi gradativa.
O primeiro treinamento para uma missão militar utilizando aeronaves se deu no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Como ainda não fora criada a Aeronáutica, os pilotos eram militares da Marinha e do Exército. A partir desta missão, foi criada em 1914 a Escola Brasileira de Aviação, com primeira sede no Campo dos Afonsos.
Durante a Primeira Guerra, a Escola foi fechada. Em julho de 1919, no mesmo lugar passa a funcionar a Escola de Aviação Militar, sob comando da Marinha e Exército, que formava pilotos- aviadores, observadores, aéreos, mecânicos e operários especializados.
Como se pode perceber, a coincidência do ano de criação da Escola com o início da Primeira Guerra não foi em vão. Durante os confrontos, os aviões serviam como observadores do campo de batalha e, posteriormente, passaram a participar ativamente dos ataques - surgindo aí a Aviação de Caça. Inicialmente, atiradores na parte traseira do avião disparavam contra aeronaves inimigas em missão de observação no território. Depois, os próprios aviões, a partir de aparatos mecânicos, passaram a projetar bombas - cada vez com mais controle do piloto e com maior poder de destruição.
No Brasil, as aeronaves estavam, na maior parte do tempo, voltadas a missões de treinamento de guerra e, portanto, nascia o debate: seria a aviação um ramo da Marinha e Exército ou deveria tornar-se um novo setor militar?
A resposta a essa disputa foi a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, cujo titular designado fora Joaquim Pedro Salgado Filho. A atividade aérea no Brasil tornou-se independente e, a partir de então, o setor aeronáutico do país atravessou grandes avanços.
Em 1999, os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica se tornaram, respectivamente, Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Todos os três formando o Ministério da Defesa, e cada um sob a responsabilidade de um Comandante.
A Esquadrilha da Fumaça
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Máquinas militares operando com graça, harmonia e segurança. A Esquadrilha da Fumaça também é um elo que aproxima as Forças Armadas da população civil, em momentos de adrenalina, longe da imagem da guerra.
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Curiosidades
Além da Guerra, outra deixa para o desenvolvimento da aviação no Brasil foram as expedições aéreas de reconhecimento no interior do país. Numa época em que a navegabilidade aérea não contava com quase nenhum recurso, foi importante a participação dos municípios, que pintavam o nome da cidade sobre o telhado das estações ferroviárias para orientar os aviões.
O Correio Aéreo Nacional surgiu em 12 de junho de 1931. Foi quando dois Tenentes da Aviação Militar levaram do Rio de Janeiro até São Paulo a primeira mala postal via aérea. O conteúdo: duas cartas.
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Aeronaves de caça
Mirage F-2000
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O evento teve a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do Ministro da Defesa, Waldir Pires, do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, e de outras autoridades. As aeronaves foram conduzidas até o local da solenidade pelo Major Marcelo Grolla e Capitão Antonio Mione, que estão realizando treinamento na nova aeronave na França.
Em discurso, o Presidente da República destacou a importância das novas aeronaves e do trabalho realizado pela FAB em prol do país. “Nesta ocasião em que a Força Aérea Brasileira recebe os seus mais novos aviões de combate, faço questão de registrar publicamente o respeito e a admiração que sinto por todos os profissionais da Aeronáutica. Sua dedicação à defesa da soberania nacional, à eficiente guarda do espaço aéreo brasileiro e à proteção de nossas imensas fronteiras é certamente um fator de segurança com o qual todos os brasileiros podem contar”, disse.
Ele enfatizou que o País continuará reestruturando a Força. “Com os Mirage, eliminamos uma lacuna em nosso dispositivo de defesa aeroespacial. Mas o planejamento estratégico de nossa defesa inclui a chegada futura do FX, imprescindíveis elementos de avanço tecnológico para a Força Aérea”.
De acordo com o cronograma inicial de entrega, estão previstas outras duas aeronaves em outubro, mais quatro em 2007 e outras quatro em 2008. As aeronaves já incorporadas participaram do desfile aéreo da FAB no dia 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), ao lado de outros dois caças franceses do mesmo modelo.
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Um traslado de mais de 9 mil quilômetros
Os aviões de caça Mirage F-2000 chegaram ao Brasil após um longo traslado entre a cidade de Orange, na França, onde os militares brasileiros realizam o treinamento na nova aeronave, e a Base Aérea de Anápolis (GO). Foram mais de 9 mil quilômetros e um tempo de vôo superior a 11 horas.
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Um dos pilotos brasileiros que participou do traslado, o major Marcelo Grolla, diante do momento histórico, fez questão de levar a Bandeira Nacional para dentro do avião. “Foi um momento muito emocionante. Essa aeronave vai operar pela defesa do Brasil”, disse logo após pousar em Dakar