quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Avião de passageiros é desviado da rota para localizar barco no Pacífico

Pilotos de Boeing 777 com 270 passageiros voaram 400 km a mais.

Navegador da embarcação estava sumido há uma semana e passa bem.


Um avião de passageiros que viajava entre o Canadá e a Austrália ajudou a localizar um veleiro à deriva no Oceano Pacífico com a ajuda de binóculos emprestados por um passageiro.

O Boeing 777-233(LR), prefixo C-FIUJ, da Air Canada, que saiu de Vancouver com destino a Sydney (voo AC-33),  fez um desvio de 400 km de sua rota original a pedido da Autoridade de Segurança Marítima Australiana (AMSA, na sigla em inglês) após um farol de emergência ser avistado no Mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia.

Os pilotos também reduziram a altitude da aeronave a 1,8 mil metros para ajudar na localização visual do barco. A altitude de cruzeiro de um voo de longa distância é de 11 mil metros.

O barco, com um único ocupante, foi encontrado cerca de 500 km a leste de Sydney.

O navegador havia deixado a área de Sydney havia duas semanas e estava à deriva por cerca de uma semana após perder seu mastro e ficar sem combustível.

Resgate

Segundo a AMSA, o aviso luminoso de emergência do barco foi avistado por volta das 8h15 de terça-feira (18h15 de segunda-feira em Brasília).

O voo com 270 passageiros e 18 tripulantes a bordo, que já durava 12 horas e estava próximo ao seu destino, foi então desviado em busca do barco.

Segundo um porta-voz da Air Canada, a aeronave pousou com 90 minutos de atraso em Sydney.

"Estamos realmente satisfeitos de poder ter ajudado", afirmou o porta-voz Peter Fitzpatrick ao jornal canadense The Globe and Mail.

Posteriormente, um avião da Air New Zealand que viajava entre Auckland e Sydney também foi desviado, antes da chegada de uma aeronave de resgate australiana que lançou um bote salva-vidas e um telefone por satélite para o navegador à deriva.


Um navio mercante também protegeu o barco dos fortes ventos até a chegada de uma embarcação de resgate.

Localização remota

Um porta-voz da AMSA afirmou à rede Australian Broadcasting Corporation (ABC) que a ajuda dos aviões de passageiros foi necessária por causa da localização remota do veleiro. "A localização do sinal de emergência estava dentro da rota de voo, então precisávamos avaliar a situação, e o Boeing 777 era o mais próximo do local", afirmou o porta-voz Jo Meehan.

Segundo as autoridades, o navegador foi resgatado com segurança e passa bem.

Fontes: BBC via G1 / Aviation Herald - Fotos: Australian Maritime Safety Auth

Concessionária de Viracopos estuda comprar kit de remoção de aviões

A concessionária Aeroportos Brasil, que venceu o leilão de concessão do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), passou a estudar a compra de equipamento para o resgate de aeronaves de grande porte, como o utilizado no acidente do MD-11 da americana Centurion Cargo, que interditou a pista do terminal por quase 46 horas entre sábado e segunda-feira. Segundo a empresa, a decisão da aquisição do chamado recovery kit, que custa cerca de US$ 2 milhões, e a adoção de medidas complementares de segurança só serão anunciadas após a concessionária assumir definitivamente a operação do aeroporto, previsto para o dia 14 de fevereiro de 2013.

Kit de recuperação de aeronave do Aeroporto Internacional de Ostrava, na República Checa

De acordo com a Infraero, estatal que ainda divide a operação de Viracopos com a Aeroportos Brasil, o equipamento usado no caso do MD-11 (composto de carretas, guinchos e colchões de ar) foi alugado da TAM, única empresa aérea a dispor do kit no país. Ou seja, caso o acidente aconteça em outro estado, o equipamento terá que ser transportado até o terminal com problemas. Sobre a construção de uma segunda pista, a operadora reafirmou que as obras devem começar no segundo semestre de 2014, com início das operações de pouso e decolagem em 2017. O investimento previsto é de R$ 500 milhões.

Depois de um fim de semana e de uma segunda-feira de caos, em que o aeroporto ficou fechado até 17h35m, Viracopos voltou a funcionar normalmente ontem. Pelo balanço da Infraero, dos 119 voos previstos até as 19h, quatro atrasaram e sete foram cancelados. Segundo a Azul, empresa que tem 85% das rotas do terminal, as vendas das passagens foram retomadas ontem e até o fim do dia de hoje 80% da malha já estarão normalizadas.

'Nós vamos pagar esta conta'

O cargueiro da Centurion Cargo passou o dia ontem estacionado em uma área para manobras, ao lado da pista principal. O diretor para o Brasil da empresa americana, Vanderlei Morelli, disse que técnicos da companhia e da fabricante Boeing estão preparando a troca do trem de pouso e do pneu, que causaram o acidente, trabalho que deve ser concluído até sexta-feira. Com isso, a aeronave de 130 toneladas poderá ser removida para uma área onde serão avaliados os danos.

O executivo afirmou que os valores gastos com a remoção do avião serão fechados até o fim da semana e envolvem, além do aluguel do equipamento, as horas trabalhadas por cerca de 70 técnicos envolvidos na remoção da aeronave.

- Nós é que vamos pagar essa conta - disse Morelli.

Fonte: Lino Rodrigues (Agência O Globo) via Yahoo! Notícias - Foto: Divulgação

TAM investiu R$ 2 milhões em equipamento para remoção de aeronaves

Companhia criou grupo especializado no resgate de aviões, o único em operação no Brasil e apto a atender empresas em toda a América Latina

A TAM concluiu em agosto de 2011, a criação de seu Recovery Team, um grupo formado por 26 profissionais especializados na remoção de aeronaves danificadas em qualquer tipo de situação. Esse grupo, o único do Brasil, foi especialmente capacitado para operar o Recovery Kit, conjunto de equipamentos capazes de remover qualquer aeronave comercial do solo, avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

O grupo foi submetido a um extenso processo seletivo, que incluiu avaliações físicas e psicológicas para lidar com situações adversas. O time passou por uma série de treinamentos, como curso de sobrevivência na selva e marinharia, além de um treinamento específico com a fabricante do Recovery Kit na Alemanha. No total, são 25 toneladas de equipamentos, além de roupas e mochilas especiais para que a equipe possa atender qualquer tipo de ocorrência, mesmo na neve.

A TAM é a única companhia certificada pela International Airlines Technical Pool (IATP), associação que reúne empresas aéreas de todo o mundo, para utilizar seu Recovery Kit em resgates na América Latina. Pelo acordo firmado com a IATP, todas as associadas contam com o auxílio do equipamento e da equipe da TAM na região. As demais companhias também podem solicitar o serviço, que será negociado de acordo com as características do evento.

Veja fotos da apresentação do trabalho desse grupo da TAM realizado em 15 de agosto de 2011 demonstrando o uso do Recovery Kit. O simulado foi realizado no Centro Tecnológico da companhia, localizado em São Carlos. 





Fonte: Aviation e Cruising via Claudionei Citadin (AeroBlogJoi) - Editado por Jorge Tadeu - Fotos: Rigo Fotografia via Blog Aerospacebrasil

Fechamento de Viracopos abre discussão: quem é o responsável?


As mais de 40 horas pra retirar um avião quebrado da única pista do Aeroporto Internacional de Campinas provocaram uma cobrança da sociedade. De quem é a responsabilidade pelos transtornos?

O tamanho do problema: 130 toneladas paradas na pista. Quase 500 voos cancelados. E 25 mil passageiros sem ter como voar.

“Ficar esperando quase 10 horas para definirem se vamos embarcar ou não”, disse um senhor.

A remoção do cargueiro da Centurion demorou 46 horas. E só foi feita depois que a empresa americana alugou da TAM um equipamento específico pra rebocar o avião. Durante esse período, o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, ficou fechado. E a Azul impedida de operar.

O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que se por algum problema um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Tanto em Viracopos quanto na maioria dos aeroportos brasileiros, a responsável pela operação é a Infraero.

O problema é que a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte, o chamado Recovery-Kit, que custa R$ 2 milhões.

O Recovery-Kit é um conjunto de ferramentas que, somadas, chegam a 25 toneladas. Ele é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço, que podem levantar até 200 toneladas.

Se a situação de Viracopos se repetir, a Infraero terá que recorrer ao único aparelho disponível no país, que está em São Carlos, no interior de São Paulo.

Mas, e lá fora, como é? Os Estados Unidos têm regras parecidas com as brasileiras. A diferença é que lá há mais equipamentos de prontidão. E na Inglaterra, a responsabilidade também é da empresa aérea. Mas a companhia só pode voar se tiver um contrato com alguma empresa que cuide da remoção.

Ocorrências como essa são raras. Mas, para o engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, nada justifica a falta de estrutura nos aeroportos brasileiros.

“Faz falta o planejamento tanto por parte da agencia, quanto por parte da própria Secretaria de Aviação Civil, no sentido de prever situações como essa e minimizar o impacto. Como? Obrigando as operadoras aeroportuárias que, hoje em dia, principalmente a Infraero que elas tenham um equipamento a ser usados entre todos”, afirmou Jorge Leal Medeiros, professor da Poli-USP.

A Infraero declarou, ao Jornal Nacional, que o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga e erguer o motor. Segundo a Infraero, a operação foi executada de forma segura para garantir a reabertura do aeroporto sem danos à pista.

A Anac reconheceu que, no Brasil, as companhias aéreas não são obrigadas a ter contratos com empresas especializadas na remoção de aviões quebrados. A agência também declarou que o Brasil é o único país da América Latina a ter uma empresa que possui o equipamento para a remoção de aviões grandes.


Fonte: Jornal Nacional (TV Globo) - Imagem: Reprodução

Montagem de avião em praça deve favorecer turismo de Araras, SP

Caça Mirage III, também conhecido como F-103, foi doado pela FAB.

Processo de montagem deve ser concluído em um mês.


O caça Mirage III, também conhecido como F-103, está sendo montado na Praça Roberto Mercatelli, em Araras (SP), e deve favorecer o turismo da cidade. O município ganhou o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e a montagem deve ser concluída em um mês.

Uma equipe da FAB está montando todas as peças da aeronave e ficará em um espaço que esta sendo preparado na região do Lago Municipal, um dos cartões postais da cidade.

O monumento vai ficar em cima de uma base de concreto. O Mirage III foi um dos primeiros caças a integrar a FAB e começou a chegar no país em 1972, participando das principais operações militares e treinamentos até dezembro de 2005. Foram 33 anos de defesa aérea, agora a serviço do Turismo de Araras.

“O Lago Municipal tem a vocação de trazer pessoas do entorno da cidade. São pessoas, principalmente no fim de semana, que vem aproveitar. A gente espera que essa questão venha atrair mais ainda o turismo na cidade”, disse o secretário de Planejamento, Fábio Franco.

Não há uma estimativa do retorno financeiro que o novo monumento pode trazer pra cidade. Apesar disso, a comerciante Sueli Ignácio, que tem um quiosque em frente à praça, está otimista. “Melhora mais o quiosque da gente, mais pessoas, dá para ganhar um pouquinho mais”, disse.

Mirage III ficará am praça na região do Lago Municipal de Araras


Fonte: G1 São Carlos e Araraquara - Fotos: Reprodução / Ronaldo de Oliveira (EPTV)

Lei impõe multa de até R$ 1,2 milhão para quem atrair aves a aeroportos

Texto cria área de segurança de 20 km ao redor de pistas e autoriza abate.

Objetivo é reduzir risco de acidentes aéreos pela colisões com pássaros.

Em caso recente, ave se chocou contra turbina de avião da Azul, no Recife

Uma lei publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (17) busca diminuir o risco de acidentes entre pássaros e aviões e prevê multa de até R$ 1,2 milhão a quem cometer infrações que ponham em risco a segurança de aeroportos, como implantar atividades que atraiam os animais ou não cumprir orientações que cessem o perigo.

Pelo texto, fica criada uma Área de Segurança Aeroportuária (ASA), com um raio de 20 km ao redor da pista.

Nesta região, qualquer atividade para o uso do solo deve ser previamente analisada pelas autoridades ambientais e de segurança operacional da aviação.

Só em 2011, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram registrados 1.379 choques entre aves e aeronaves no país. Houve outras 81 colisões de aviões com animais em geral e mais 364 casos de quase colisão. Pilotos reportaram ao Cenipa ainda o avistamento de aves em 1.124 oportunidades, colocando em risco o voo. A colisão com aves pode provocar danos estruturais no avião, interferir em sistemas e prejudicar a visão dos pilotos.

Remoção e abate

Também fica criado pela lei o Plano de Manejo da Fauna em Aeródromos (PMFA), que tem como objetivo reduzir o número de colisões com pássaros nos aeroportos e pistas de pouso em geral.

O plano autoriza o manejo de animais ou de partes deles na área ao redor dos aeroportos, a captura ou deslocação de aves e animais, a coleta e destruição de ovos e ninhos e também o transporte de material coletado.

O abate será permitido nos casos em que ficar comprovado que o manejo da “espécie-problema” não gerou resultados que reduzam o risco e que o impacto ambiental e o custo-benefício não justifiquem a translocação dos animais para outros locais.

Urubu entrou em turbina de avião que decolava em Ribeirão Preto

A lei considera como infração quem implantar ou operar atividade que possa atrair aves ou animais para próximo de aeroportos e também estimula ou desenvolva meios para isso.

Estão sujeitos a lei ainda quem não cumprir orientações dos órgãos públicos para cessar o risco ou desrespeitar prazos estabelecidos para adequação do risco, como no caso de lixões, que poderão de ser removidos de áreas próximas a aeroportos.

Multa e interdição

Entre as infrações previstas a quem descumprir a lei estão multa simples (que varia de R$ 1 mil a R$ 1,2 milhão, no máximo), multa diária (de R$ 250 a R$ 12.500), suspensão de atividades, interdição do local e embargo de obras.

Caberá às autoridades da aviação civil e militar supervisionar as atividades nos aeroportos e à administração municipal fiscalizar e aplicar as multas. O valor arrecadado será destinado a programas que busquem reduzir o risco de acidentes aéreos no país.

A Lei nº 12.725, assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros da Defesa, Celso Amorim, do Meio Ambiente, Isabela Mônica Teixeira, e da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, entra em vigor 180 dias após a publicação.

Fonte: Tahiane Stochero (G1) - Fotos: Reprodução (TV Globo e EPTV)

Regras para novas concessões de portos e aeroportos só após eleições

Ministro do Desenvolvimento diz que solução dos problemas logísticos é uma ‘angústia’ do governo

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse ontem que, logo após o segundo turno das eleições municipais, no dia 28, o governo anunciará as regras para as novas concessões de aeroportos e portos. Pimentel afirmou que a resolução dos problemas logísticos do país é uma “angústia” do governo. Segundo analistas do setor, se o governo fizesse o anúncio antes, o tema poderia ser explorado politicamente.

— Nós vamos acelerar os programas de concessões. Logo depois das eleições, passado o segundo turno, a presidenta (Dilma Rousseff) deve anunciar o final daqueles aeroportos que está para ser anunciado e portos também. Isso já dá um alívio — afirmou Pimentel, que participou de evento promovido pela revista “Exame”, da Editora Abril. A declaração veio como resposta a uma indagação de um executivo de uma grande empresa sobre a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e sobre os problemas que persistem no setor, como o incidente que deixou o aeroporto de Viracopos, em Campinas, fechado por quase dois dias no último fim de semana.

Fernando Pimentel afirmou que o governo também prepara uma “grande mudança” na Infraero, para dar “mais funcionalidade” à estatal que dirige a maioria dos aeroportos do país. Ele não quis dar mais detalhes, mas fontes do Palácio do Planalto dizem que é a criação da subsidiária Infrapar, conforme já prevê o novo estatuto da estatal.

Soluções em caráter emergencial

A Infrapar deve ser criada independentemente do modelo de concessão a ser escolhido pela presidente Dilma para os aeroportos. Um dos objetivos é que esta nova empresa seja responsável pelas participações da Infraero nos aeroportos já concedidos: Viracopos, Brasília e Guarulhos. Mas a nova empresa também deve ter participação importante nas futuras concessões.

— Desde que se pensou as concessões (de aeroportos), o governo decidiu fazer uma adaptação na Infraero para ela ficar mais funcional nas novas tarefas dela — disse Pimentel.

Essa mudanças, contudo, não passarão pelas participações — de 49% do capital das concessionárias — que a Infraero tem nos consórcios que venceram os leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Pimentel disse estar confiante de que o país conseguirá resolver os problemas logísticos a tempo da Copa, mas admitiu que algumas das soluções tendem a ser improvisadas.

— Algumas coisas vão ter que ser feitas em caráter emergencial, mas a maioria das coisas já está encaminhada. É uma angústia que nós temos. O tempo agora é nosso inimigo, por assim dizer. Cada dia que passa sem que alguma coisa seja feita é um dia a menos. É a batalha que estamos travando.

Até o fim do ano o governo também enviará ao Congresso um projeto de lei para regulamentar a compra de terras por estrangeiros no país. 

Fonte: Ronaldo D'Ercole (O Globo - Colaborou Geralda Doca)

Prejuízo por incidente em Viracopos é de R$ 10 milhões, estima aérea Azul

Cálculo da companhia é inicial após o cancelamento de 470 voos.

Empresa realiza 85% das operações domésticas do aeroporto de Campinas.

Passageiros da Azul em balcão de check in de Viracopos

Após o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ficar fechado durante 45 horas entre sábado (13) e segunda-feira (15), a Azul Linhas Aéreas estima que o prejuízo da empresa com o incidente é de pelo menos R$ 10 milhões. Segundo o diretor de comunicação companhia, Gianfranco Beting, os cálculos são iniciais e não levam em conta, por exemplo, os processos judiciais que devem ser movidos por clientes.

O aeroporto de Campinas foi fechado às 20h de sábado, quando um avião cargueiro da Centurion Cargo teve problemas no trem de pouso e ficou parado na única pista de Viracopos. Os primeiros equipamentos para a remoção da aeronave vieram de São Paulo (SP) e a tentativa inicial de liberação da pista falhou no domingo (14).

O processo de retirada do cargueiro, realizado na segunda-feira, foi complexo por causa do peso médio da aeronave, de 130 toneladas. O lado esquerdo do avião ficou sustentado por uma carreta, que abrigava um material inflável semelhante a um colchão, que auxiliou no nivelamento. A locomoção do avião durou 30 minutos, até ser levado para um recuo fora da pista usada para pousos e decolagens.

Clientes afetados

A estimativa da companhia é que pelo menos 25 mil clientes tenham sido afetados pela situação. As normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) preveem uma série de direitos aos passageiros prejudicados por atrasos de voos, como alimentação, hospedagem, ter o transporte terrestre custeado pela empresa, entre outros.

Segundo Beting, a venda de passagens no site da empresa foi paralisada e há ainda custos como taxa de remarcação de voo em outras companhias aéreas e até helicóptero custeado pela Azul para um cliente. Em outra situação citada por ele, uma van foi alugada para uma viagem de Vitória (ES) a Brasília (DF). 

Processo contra a Infraero

O diretor de comunicação da Azul disse que um possível processo contra a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ainda não foi colocado em pauta na companhia, portanto não há nenhuma definição sobre o assunto.

 A Azul foi a empresa mais afetada com a paralisação de Viracopos pois é responsável por 85% dos voos domésticos do aeroporto. Foram cancelados 470 voos até as 17h de segunda-feira, segundo informações da companhia.

A Anac instaurou um procedimento administrativo na segunda-feira para investigar o incidente que deixou o Aeroporto de Viracopos fechado por 45 horas. O orgão irá apurar se plano de emergência foi cumprido pela companhia Centurion Cargo e pela Infraero.

Responsabilidade

O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que se por algum problema um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Em Viracopos, é a Infraero a responsável pela operação.

Contudo, a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte, o chamado Recovery-Kit, que custa R$ 2 milhões. O Recovery-Kit é um conjunto de ferramentas que, somadas, chegam a 25 toneladas. Ele é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço, que podem levantar até 200 toneladas.

Segundo a Infraero, o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga e erguer o motor. A estatal informou que a operação foi executada de forma segura para garantir a reabertura do aeroporto sem danos à pista.

Avião da Centurion permanece na área de manobras em Viracopos, em Campinas

Fonte: G1 Campinas e Região - Fotos: Reprodução (Globo News) / Reprodução (EPTV)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Avião militar cai em área residencial durante voo de rotina na Indonésia

Acidente aconteceu nesta terça (16) na província de Riau.

Piloto conseguiu se ejetar e banco foi encontrado dentro de casa.

Equipes de resgate trabalham na área onde caiu um avião militar da Força Aérea da Indonésia

O banco do piloto, que conseguiu se ejetar, foi parar dentro de uma casa

O avião militar BAe Hawk 209, prefixo TT0212, da Força Aérea da Indonésia, caiu durante um voo de rotina na província de Riau, na Indonésia, nesta terça-feira (16). A queda ocorreu em uma área residencial, mas não há informações de feridos.

Segundo o governo, o piloto conseguiu se ejetar. O banco onde ele estava só parou dentro de uma casa da região de Pekanbaru.

Fontes: AFP via G1 / ASN - Fotos: AFP

Força Aérea dos Estados Unidos está aprendendo com os pássaros

Novo projeto prevê mais voos em formações, tudo para economizar energia.


O homem já é capaz de voar há mais de um século. Os pássaros, em compensação, estão pelos ares há milênios, sempre voando em bandos e mostrando muito mais classe do que qualquer aeronave é capaz de fazer. E apesar de tanta experiência acumulada por anos de evolução, parece que só agora a Força Aérea dos Estados Unidos resolveu dar a devida atenção ao fato.

Os pilotos militares já sabem voar em formações, entretanto, tal artifício sempre foi utilizado exclusivamente em apresentações e em combates, trazendo táticas de ataque e defesa em grupo. Contudo, a ideia agora é outra: economizar energia.

Um novo projeto norte-americano chamado de $AVE (ou Surfing Aircraft Vortices for Energy) prevê a utilização de formações de voo para outros objetivos, como economizar combustível em grandes trajetos. E a inspiração vem diretamente dos animais.

Segundo o Dvice, a ideia prevê voos de aeronaves cargueiras em formações parecidas com aquelas utilizadas pelos pássaros. Assim, graças à aerodinâmica, os vórtices criados pelas asas do avião na dianteira tornariam a locomoção das aeronaves que vêm atrás e compõem a formação bem mais fácil, pois estas lançariam mão de uma energia cíclica para se locomover e encontrariam menos atrito.



Os testes iniciais são bastante promissores. De acordo com o Network World, testes com aviões C-17 Globemasters (fotos acima) modificados já conseguiram atingir a marca de 10% de economia em combustível. Pode parecer pouco, contudo, se você levar em conta que a USAF realiza mais de 80 mil voos por ano, trata-se de uma enorme diferença.

Fonte: Network World, Dvice e USAF via Lucas Karasinski (Tecmundo) - Fotos: Reprodução

Hamas adquiriu instalações anti-aéreas portáteis


O exército israelense publicou a informação de que os extremistas palestinos do grupo Hamas estão na posse de instalações anti-aéreas portáteis.

Na semana passada, contra um avião de combate israelense foi disparado da faixa de Gaza um míssil “terra-ar”, que falhou. Segundo informam fontes militares, trata-se do míssil SA7 (Flecha) ou de um outro míssil, análogo, capaz de abater aviões e helicópteros.

Mísseis anti-aéreos nas mãos do Hamas provocam legítimos receios em Israel, já que mísseis deste tipo podem ser disparados também contra aviões de passageiros.

Fonte: Rádio Voz da Rússia - Imagem: Reprodução

Fedex tem a segunda maior frota de aeronaves do mundo

São 677 aviões que fazem entregas em mais 220 países de cerca de 3,5 milhões de pacotes por dia.


A Fedex é a maior empresa de entregas rápidas do planeta. A corporação fatura anualmente, em média, US$ 40 bilhões, hoje tem a segunda maior frota de aviões do mundo e entrega 3,5 milhões de pacotes por dia.

O aeroporto de Memphis, no estado do Tenesse, nos EUA, entre as onze horas da noite e as cinco da manhã, é exclusivo da Fedex. São 677 aeronaves da empresa - a segunda maior frota do mundo -, e dez mil funcionários que são levados por 1200 mini tratores para retirarem os contêineres dos aviões.

Os contêineres são descarregados no armazém da empresa, e os pacotes retirados vão para as esteiras, que têm 67 quilômetros de cintas que não param de rodar.

“Parece um caos organizado. Quando o pacote desliza, os empregados que ficam no final das esteiras viram o pacote de cabeça para cima para o scanner ler automaticamente o código de barras e informar para qual área o pacote irá”, explica William Turner, fiscal de rampa do centro de distribuição de Memphis.

A Fedex faz entrega rápida em mais de 220 países. “Para poder coordenar de uma forma eficiente todo o fluxo de nossos caminhões, o movimento das mercadorias dentro dos armazéns e o tráfego aéreo, é imprescindível ter uma logística no nosso dia a dia”, diz Alexandre Cecolim, diretor de logística responsável pela América Latina e Caribe.

Investindo no Brasil

Este ano, a Fedex fez uma grande aquisição no Brasil: comprou a pernambucana Rapidão Cometa, uma das maiores empresas de transportes do país. Agora, a empresa vai passar de duas mil para mais de cinco mil cidades brasileiras cobertas pelo sistema de entrega.

“Somos atraídos pela forte demanda doméstica brasileira. Queremos ser um serviço de entrega direta para nossos consumidores no Brasil, o que significa necessidades de remessa dentro do país e, claro, remessas internacionais dentro e fora do Brasil”, declara Raj Subramanian, vice-presidente da Global Marketing.

Um começo difícil

A Fedex foi idealizada por Frederick Smith. Apaixonado por aviação, aprendeu a pilotar aos 15 anos. Em meados da década de 60, quando estudava na Universidade de Yale, escreveu uma tese sobre as dificuldades logísticas que as empresas na época enfrentavam e a solução para resolver o problema: a criação de uma companhia de entrega expressa. O projeto ganhou nota “C” do professor.

Mesmo assim, Smith decidiu seguir em frente com a ideia inovadora e, aos 28 anos, depois de captar US$ 90 milhões e adquirir 14 aviões, iniciou as operações da Federal Express. O objetivo era transportar itens de pouco peso de um dia para o outro.

Era abril de 1973, exatamente o ano da crise do petróleo, o preço do combustível aumentou mais de 300%. Nos dois primeiros anos de vida a companhia perdeu 29 milhões de dólares. Somente em 1975 veio o primeiro resultado positivo. A companhia cresceu e, no ano passado, o conglomerado teve uma receita de US$ 42 bilhões de dólares.


Fonte: Globo News - Foto: Reprodução da TV

Técnicos iniciam conserto de avião que fechou Viracopos por 45 horas

Reparos em trem de pouso de cargueiro começaram na manhã desta terça.

Remoção de aeronave de 130 toneladas foi concluída na tarde de segunda.


A Centurion Cargo, empresa responsável pelo avião de carga que ficou parado na única pista do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), por quase dois dias, iniciou nesta terça-feira (16) o conserto do trem de pouso da aeronave, vinda de Miami, nos Estados Unidos. A previsão é de que os reparos sejam concluídos até o fim do dia, quando o cargueiro será levado para a área de estacionamento de aviões do terminal, onde será feita a manutenção geral da aeronave. A informação é do gerente de operações, Iran Duque. Técnicos da cidade do Rio de Janeiro (RJ) participam dos trabalhos.

Desde a retirada da pista, a empresa também iniciou uma investigação das causas e dos danos causados com o incidente do estouro de um dos pneus na aterrissagem na noite de sábado (13). Na operação de remoção, 70 homens da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e de uma empresa terceirizada contratada pela Centurion trabalharam no nivelamento do cargueiro, que ficou inclinado para a esquerda por conta do pneu estourado e danos na turbina.



O processo de deslocamento foi complexo por conta do peso médio da aeronave, de 130 toneladas. O lado esquerdo do cargueiro ficou sustentado por uma carreta, que abrigava um material inflável semelhante a um colchão, que auxiliou no nivelamento. A locomoção do avião durou 30 minutos e o avião foi levado até um recuo, fora da pista usada para pousos e decolagens.

Após a retirada, houve a remoção dos equipamentos que deram apoio na operação, seguida de limpeza da pista e, depois, a vistoria de segurança feita pela Infraera para liberação das operações. O processo todo levou uma hora e meia aproximadamente. Fechado desde as 20 de sábado (13), o Aeroporto de Viracopos reabriu para pousos e decolagens às 17h35 de segunda-feira (15). A primeira decolagem ocorreu às 18h11, pela empresa Azul Linhas Aéreas, com destino a Salvador (BA).

O número de voos cancelados no aeroporto de Campinas chegou a 495 no período de fechamento, sendo 235 partidas e 260 chegadas, segundo balanço divulgado pela Infraero após a liberação da pista. A estatal considera o maior período de fechamento de Viracopos nos últimos dez anos.

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Fonte: G1 Campinas e Região - Fotos: Reprodução (EPTV) / Lana Torres (G1)

Empresa mantém prazo de entrega da 2ª pista de Viracopos para 2017

Incidente com cargueiro interditou durante 45h pista única do aeroporto.

Concessionária diz que obra começa no segundo semestre de 2014.

Perspectiva do plano de ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP)

Após a série de prejuízos e transtornos causados pela interdição da única pista de voo do Aeroporto Internacional de Viracopos, a concessionária que assumirá a gestão do local a partir de novembro informou que o incidente não acarretará no adiantamento da construção de uma nova pista. A assessoria de imprensa do consórcio Aeroportos Brasil Viracopos informou, na tarde desta segunda (15), que será mantido o prazo de entrega da obra para o início de 2017.

O Aeroporto de Viracopos ficou fechado para pousos e decolagens desde a noite de sábado, quando um avião cargueiro, vindo de Miami, nos Estados Unidos, apresentou problemas no trem de pouso no momento da aterrissagem e ficou parado na pista durante 45 horas, até ser removido. O incidente acarretou no cancelamento de 495 voos, sendo 235 partidas e 260 chegadas, segundo balanço divulgado pela Infraero. 

Por meio da assessoria de imprensa, a Aeroportos Brasil Viracopos disse que em setembro já anunciou a antecipação da construção da pista extra, que estava prevista para 2023 no projeto original de ampliação do aeroporto. Pelo cronograma, as obras devem começar no segundo semestre de 2014 e conclusão três anos depois.

Infraero

Uma segunda pista de operação ou a remoção mais rápida da aeronave com problema teria evitado o número de cancelamentos e atrasos. Apesar disso, a Infraero informou que não poderá autuar ou multar a empresa proprietária do cargueiro porque, segundo a assessoria do órgão, o que ocorreu foi um “incidente” e a empresa Centurion fez o necessário para agilizar a retirada da aeronave.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em contrapartida, instaurou um processo administrativo para apurar se o plano de emergência foi cumprido pela Infraero e pela Centurion Cargo durante o incidente. A empresa pode ter as operações suspensas no país, caso seja constatada alguma irregularidade no processo. 

Durante a tarde desta segunda, a Azul, responsável por 85% dos voos domésticos de Viracopos, informou por meio do seu diretor de comunicação, Gianfranco Beting, que já prevê um volume alto de processos indenizatórios por parte de passageiros contra a aérea. Apesar disso, Beting não fala ainda em processar a empresa de transporte de cargas.

Fonte: Lana Torres (G1 Campinas e Região) - Imagem: Reprodução

Companhia aérea chinesa oferece passagens de graça para Japão


Spring Airlines oferece ida e volta entre Xangai e Saga. Demanda reduziu após disputa por ilhas entre os dois países. A companhia aérea chinesa de baixo custo Spring Airlines está oferecendo passagens grátis para o Japão em uma tentativa de impulsionar a demanda, após dezenas de chineses terem adiado ou cancelado viagens em consequência de uma disputa territorial pelas ilhas do mar da China Oriental.

A maior companhia privada comercial de baixo custo da China está oferecendo passagens de ida e volta do aeroporto de Pudong, em Xangai, ao município de Saga, uma área rural no sul do Japão perto da cidade de Fukuoka, até 20 de dezembro, afirmou o porta-voz da companhia aérea Zhang Wuan.

Os voos da Spring Airlines para Saga, que ocorrem três vezes por semana, agora estão quase 50% vazios em comparação com 90% de ocupação antes da disputa pelas ilhas.

Protestos violentos e pedidos de boicote a produtos japoneses em toda a China começaram em meados de setembro, depois que o Japão comprou duas das ilhas do mar da China Oriental, conhecidas como Diaoyu na China e Senkaku no Japonês, de seus proprietários privados japoneses.

A oferta de passagens grátis surgiu depois de uma autoridade de Saga visitar a Spring Airlines em Xangai, expressando a esperança de que a empresa continuaria com a rota com o apoio do governo local de Saga, disse Zhang. Ele não quis comentar sobre que apoio está sendo oferecido.

Um bilhete de ida e volta da companhia no trajeto Pudong-Saga pode custar de 239 a 3.000 iuanes (US$ 38 a US$ 480), dependendo em parte das promoções em oferta, e os passageiros pagam normalmente um adicional de 1.030 iuanes em impostos e taxas.

O acordo significa que os clientes agora só pagam impostos e taxas e a mesma oferta deve ser estendida para outra rota do Japão, entre Xangai e Kagawa, na ilha japonesa de Shikoku, disse Zhang.

A briga pelas ilhas também forçou a Spring Airlines, assim como outras rivais chinesas, a reduzir o número de voos para o Japão.

Fonte: Reuters via G1 - Foto: Divulgação

Ataques de aviões não pilotados continuam sem respostas

Sobre artigo de Margaret Sullivan, de Nova York (EUA); tradução de Jô Amado


Compreender os ataques de aviões americanos não pilotados (os chamados “drones”) é algo como uma versão mortal da velha brincadeira de telefone sem fio: você sussurra alguma coisa, alguém sussurra para você e, por fim, perde-se todo o significado das palavras, comenta, em sua coluna [14/10/12], a ombudsman do The New York Times, Margaret Sullivan. Você começa com alguma informação incerta de uma fonte duvidosa. Passa-a adiante, joga-a no liquidificador da mídia, acrescenta alguns especialistas e você tem o que pode ser, ou pode não ser, algo próximo da verdade.

Quantas pessoas foram mortas nesses ataques da CIA, por aviões não pilotados, no Iêmen e no Paquistão? Quantos dos mortos identificados como “militantes” seriam, na verdade, civis? Quantos seriam crianças? A organização sem fins lucrativos britânica The Bureau of Investigative Journalism avaliou que, nos primeiros três anos do governo de Barack Obama, entre 282 e 535 civis foram provavelmente mortos em ataques por aviões não pilotados – inclusive 60 crianças. O governo dos EUA diz que o número de civis mortos é muito inferior.

É difícil conseguir informações precisas. O governo Obama e a CIA são reservados em relação ao programa dos aviões não pilotados, que vem crescendo rapidamente. Os ataques no Paquistão vêm ocorrendo em áreas inacessíveis aos repórteres, ou de acesso extremamente perigoso. De qualquer maneira, tudo isso está acontecendo numa hora em que o público americano está cansado de ouvir falar desse lugar do mundo.

Quem critica ataques é “simpatizante de terroristas”

Como entra o NYTimes nesse quadro nebuloso? Algumas das reportagens mais importantes sobre os ataques de aviões não pilotados foram feitas no NYTimes, em especial o artigo sobre a lista de terroristas a serem mortos, escrito por Scott Shane e Jo Becker no mês de maio.

Embora original e inovador, esse artigo deixou várias perguntas sem resposta. O NYTimes e a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês), ONG que atua na defesa de liberdades conferidas na constituição americana, entraram com pedidos para saber mais sobre o programa de aviões não pilotados - até agora sem sucesso. O jornal e a organização também querem saber mais sobre a morte de um adolescente americano, Abdulrahman al-Awlaki, no Iêmen, por aviões não pilotados, que também vem sendo mantida em segredo.

Mas o NYTimes também errou. Desde o artigo no mês de maio, seus repórteres não questionaram agressivamente o que o governo descreveu como a morte de “militantes” – por si só, uma expressão vaga. O jornal também foi criticado por ter dado anonimato às autoridades do governo que sugeriram que quem critica os aviões não pilotados é simpatizante de terroristas.

“Nunca houve um debate sério sobre o assunto”

Segundo pesquisas, os americanos têm uma opinião positiva sobre os aviões não pilotados, mas os críticos dizem que isso é porque os noticiários não os informam direito. O uso de aviões não tripulados vem aumentando o ressentimento contra os EUA em várias partes do mundo e, potencialmente, sabota as democracias frágeis, disse Naureen Shah, que dirige a organização Human Rights Clinic, da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia. “Eles apresentam o tema como se fosse localizar os vilões a partir de um avião”, disse ela. “Mas na realidade é vigiar comunidades inteiras, localizar comportamento que possa ser suspeito e atacar grupos de indivíduos com base nas informações do vídeo, que podem ou não ser corroboradas pela visão que se tem no solo.” No domingo (14/10), a organização de Naureen divulgou um relatório que levanta questões importantes sobre a exatidão das notícias em relação aos ataques de aviões não pilotados. Mas a exatidão foi apenas uma das preocupações que foram levantadas sobre a cobertura do assunto.

“A abordagem é muito estreita”, disse David Rohde, colunista da Reuters que foi sequestrado pelo Talibã em 2008, quando era repórter do NYTimes. “O que está faltando é o custo humano e um quadro estratégico ampliado.” Glenn Greenwald, advogado que já escreveu muito sobre o tema e agora está no Guardian, disse que vê “uma aversão por parte da mídia ocidental em focalizar as vítimas do militarismo americano”. Rohde levantou outra objeção: “Se um presidente republicano fosse responsável por todos estes ataques de aviões não tripulados de uma maneira tão sigilosa, haveria muito mais investigação”. Scott Shane, repórter do NYTimes, acha o tema espinhoso e o sigilo difícil de penetrar. “Esta categoria ainda é de informação pública secreta”, disse. “É impossível manter sigilosos os ataques propriamente ditos, mas nunca houve um debate público sério sobre o assunto no Congresso.” No mês passado, a ProPublica fez uma excelente abordagem da questão num artigo intitulado “Como o governo fala sobre um problema de aviões não tripulados do qual não reconhece a existência”.

Aprofundar a cobertura e pressionar por transparência

Quanto aos custos humanos, Sarah Knuckey, investigadora de direitos humanos que agora leciona na Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, diz que sentiu muito medo diariamente durante os 10 dias que passou recentemente no Paquistão. “Fiquei impressionada com o medo que as pessoas têm da presença constante de aviões não tripulados”, disse. “Eles sentiam que podiam ser atingidos como danos colaterais a qualquer momento.” Ela também está preocupada com a falta de transparência do governo. “Os EUA estão criando um precedente ao realizarem esses ataques secretamente e sem que alguém se responsabilize”, disse. “E se todos os países fizessem o que os EUA estão fazendo?” 

O Talibã e a al-Qaeda são problemas muito maiores para os paquistaneses e iemenitas do que os ataques dos aviões não pilotados americanos. Porém, o reconhecimento disso não responde às questões morais e éticas de um combate que se faz por pressão numa tecla e é conduzido sem qualquer prestação de contas ao público.

Com seu enorme talento e recursos, o NYTimes tem a responsabilidade de liderar o caminho na cobertura deste tema da maneira mais agressiva possível, assim como continuar pressionando por transparência de modo que os americanos possam compreender exatamente o que seu governo está fazendo.

Fonte: Observatório da Imprensa - Foto: Tom Tschida/Agence France-Presse — Getty Images

Rússia: Aviões “veteranos da Guerra Fria” serão substituídos brevemente


Afasta-se gradualmente o tempo dos aviões de combate de quarta geração, cujos protótipos levantaram voo ainda no anos 70, embora estas máquinas continuem a servir na Força Aérea de diferentes países ainda durante várias dezenas de anos.

Porém as principais potências aéreas do mundo, inclusive os Estados Unidos, a Rússia e a China, apostam em caças de quinta geração, que hoje estão a ser desenvolvidos intensamente.

Nova geração: subida dos preços

O desenvolvimento de novos equipamentos de combate carateriza-se habitualmente por uma subida no custo do sistema. A cada nova geração, o preço de um avião de combate cresce consideravelmente, duplicando aproximadamente desde a apresentação da encomenda técnica até o primeiro voo de um modelo experimental. A quinta geração não é uma exceção. No início dos anos 2000, um F-22 produzido em série custava cerca de 300 milhões de dólares, ou seja em 10 vezes superior ao preço de um F-15 em meados dos anos 70. O aumento no custo é impressionante, mesmo levando em consideração a inflação da moeda norte-americana.

Desde o início da elaboração em dezembro de 1965 até o primeiro voo experimental em julho de 1972, o desenvolvimento do F-15 levou pouco menos de sete anos, enquanto o F-22 exigiu 16 anos para começar a ser produzido em série. Tal aumento de despesas, de tempo e de meios devem te explicação. Nos anos 80, a explicação para os Estados Unidos e a União Soviética foi a guerra fria e o fato de o adversário não estar parado.

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Base Aérea de Natal faz exposição gratuita em shopping da cidade

Evento acontece no Natal Shopping (dias 20 e 21) com entrada gratuita.

Exposição comemora Dia da Força Aérea e Dia do Aviador.

Fotografias farão parte da exposição 

A Base Aérea de Natal (Bant) está preparando uma exposição no Natal Shopping em homenagem ao Dia da Força Aérea Brasileira e Dia do Aviador. O evento acontece nos dias 20 e 21 deste mês, com entrada gratuita.

Segundo a assessoria de comunicação do shopping, a exposição contará com equipamentos utilizados na aviação militar, itens de segurança terrestre, painéis com o histórico da Força Aérea Brasileira, demonstração de uniformes de voo, filmes institucionais sobre a FAB e apresentação da Banda de Música da Base Aérea de Natal.

No dia 20 de outubro também é comemorado o Dia do Controlador de Voo. Por isso, os visitantes também poderão conhecer uma completa aparelhagem de controle de tráfego aéreo utilizado nas torres de controle, saber como funcionam as carta aeronáuticas e visualizar as aerovias do espaço aéreo brasileiro.

Serviço

A exposição acontece no segundo piso do Natal Shopping, das 13 horas as 22 horas. O Natal Shopping fica na Av. Senador Salgado Filho, 2234, bairro de Candelária. Fone: (84) 3209-8189.

Fonte: G1 - Foto: Cedida/Assessoria

Piloto pousa avião em aeroporto errado na Indonésia

Investigadores querem saber por que a aeronave terminou a 12 km do destino original.


Um piloto do avião Boeing 737-4Y0, prefixo PK-CKD, da Sriwijaya Air foi suspenso na Indonésia por ter aterrissado sua aeronave com cerca de 100 passageiros no aeroporto errado.

As autoridades da Indonésia anunciaram que vão investigar o incidente. O voo SJ-21 da companhia aérea Sriwijaya Air partiu no sábado (13) de Medan, no norte da ilha de Sumatra, com destino à cidade de Padang.

O piloto estava em contato constante com os controles aéreos do aeroporto de Padang. No entanto, o avião aterrissou na base aérea de Tabing, a 12 km do destino original.

Os investigadores disseram que, em nenhum momento, os passageiros a bordo correram perigo.

Um porta-voz do ministério dos transportes da Indonésia disse à BBC que a aterrissagem foi completamente normal, no entanto, no local errado.

Fontes: BBC via G1 / Aviation Herald - Foto: AFP

Aumento de ataques com laser contra pilotos preocupa Grã-Bretanha

Houve aumento de casos de 'brincadeira' de crianças e adolescentes.

Uso de canetas de laser pode trazer perigos à aviação.


Autoridades e pilotos de avião e de helicóptero da Grã-Bretanha estão preocupados com o aumento de ataques com canetas de laser contra as aeronaves, o que já foi descrito pelo governo como um "grave problema".

Nos últimos três anos, houve mais de 4.500 registros desse tipo de ataque, quando uma pessoa em terra direciona um feixe de laser contra as aeronaves, o que pode afetar a visão dos pilotos.

Entre 2007 e 2009 os casos somaram menos de mil ocorrências.

Conhecidos como canetas de laser, os objetos emitem um facho de luz e são normalmente usados para apresentações em empresas e escolas, como instrumento para apontar determinados pontos à distância, mas, nos últimos anos, vêm sendo empregados por crianças, adolescentes e adultos para brincadeiras e usos indevidos.

A Autoridade de Aviação Civil britânica (CAA, na sigla em inglês) destaca que a luz do laser pode deixar os pilotos confusos durante os procedimentos de decolagem e aterrissagem.

"Há uma tendência crescente nos últimos anos e estamos trabalhando duro para lidar com isso. Acreditamos que essa onda esteja relacionada à diminuição do custo dessas canetas de laser e um melhor registro das ocorrências", diz Mark Eley.

Glasgow e Manchester

Os aeroportos de Glasgow, na Escócia, e Manchester, no centro da Inglaterra, têm registrado um grande número de casos desse tipo e são vistos pelo governo britânico como duas das áreas de maior risco no país. 

Ainda no início deste ano, a CAA passou a realizar exames oftalmológicos nos pilotos para determinar se eles necessitavam de tratamento após terem contato com o laser das canetas em seus olhos.

Os lasers verdes são os mais perigosos, já que o olho humano é muito sensível à luz desta cor.

Um piloto de 29 anos, que preferiu se identificar apenas como Matt, disse que já passou por um ataque do tipo.

"Notamos uma luz verde muito intensa entrando na cabine de comando. Fiquei chocado, era como se eu estivesse olhando para um flash de uma câmera, porque tudo que eu conseguia enxergar quando pisquei era um ponto branco. Me distraiu e, se eu estivesse prestes a aterrissar, poderia ter sido catastrófico", conta. 

Brincadeira perigosa

Em 2010, uma nova lei deu maior importância ao assunto e destacou a gravidade desses ataques.

A legislação permite que autores desses ataques sejam acusados por 'direcionar um facho de luz a uma aeronave para confundir os pilotos'.

A lei pode aplicar uma multa de £ 2 mil (cerca de R$ 6.500) e já foi posta em prática em 23 casos em 2010 e 60 em 2011.

Para o policial Scott Gibbons (foto ao lado), que lida com o problema no aeroporto de City, em Londres, as crianças e adolescentes precisam se conscientizar da gravidade do problema.

"Com frequência, são jovens fazendo isso como uma brincadeira, sem a noção do quão perigoso é direcionar a luz contra as aeronaves. Pode parecer uma brincadeira na hora, mas as pessoas estão sendo condenadas por esse crime e, no fim das contas, é algo muito perigoso", alerta.

Fonte: BBC via G1 - Fotos: AP / BBC

Análise: O 'aeroporto do futuro' fechou porque não tem segunda pista

Por Respicio A. Espirito Santo Jr. * - Especial para a Folha

Quando criança, meu avô me levava ao Galeão para ver os aviões decolarem e pousarem. O Rio era, à época, o portão de entrada do Brasil.

Mais de 40 anos se passaram e, até as portas do leilão da concessão de Viracopos, Guarulhos e Brasília/JK à iniciativa privada, em fevereiro último, várias autoridades não cansavam de afirmar que Viracopos seria "o aeroporto do futuro" para a Grande São Paulo e até para o Brasil.

Interessante, não? O "aeroporto do futuro" era aquele mesmo de 40 anos atrás, sem tirar nem por...

Agora, Viracopos voltou às manchetes, mas como o principal aeroporto fechado do país. Como tem só uma pista e uma aeronave cargueira de grande porte teve seu pneu furado, o aeroporto foi interditado por mais de 40 horas.

Sim, Viracopos fechou porque não tem uma segunda pista Mesmo tendo um "gatilho" de investimento obrigatório após atingir um determinado nível de serviço, ninguém se lembrou de prever no edital de concessão a urgência da segunda pista.

Em outras palavras: uma segunda pista não foi considerada absolutamente necessária para o bem-estar da sociedade e o bom funcionamento da economia, no curto prazo. Assim, ficou de fora do edital da concessão.

Então cabem as perguntas: quem elaborou e revisou o edital? Por que as empresas que operam em Viracopos, em especial as que têm base lá, não pressionaram efetivamente os envolvidos para que a segunda pista fosse prioridade de curtíssimo prazo?

Por que prefeitura e Câmara de Campinas não ombrearam com as empresas aéreas para que a pressão tivesse resultados práticos e efetivos?

Os principais responsáveis pelos transtornos em Viracopos o leitor encontrará nas respostas a essas questões.

* Respicio A. Espirito Santo Jr. é professor-adjunto do Departamento de Engenharia de Transportes da UFRJ (Especial para o jornal Folha de S.Paulo) 

Retirada de avião de Viracopos poderia ter demorado 15 h a menos


A falta de experiência prática em remoção de aeronaves pode ter atrasado em pelo menos 15 horas a operação de retirada do avião cargueiro da Centurion em Viracopos, que durou 45 horas.

Segundo apurou a Folha com um alto executivo do setor, ainda que a equipe da TAM, dona do equipamento usado na remoção, esteja bem treinada, o kit de remoção foi adquirido há apenas um ano e esta foi só a terceira vez que foi utilizado.

O diretor comercial de um dos maiores fabricante de kits de remoção de aeronaves, a Resqtec Zumro, da Holanda, afirmou que na Europa o avião teria sido removido da pista em "até dez horas".

"Foi uma operação complexa, mas longe de ser rara", disse Dennis Beck. "Pelo menos uma vez por semana, em algum aeroporto, acontece de um avião obstruir uma pista, por diferentes motivos."

A operação começou 12 horas após o incidente, pois foi preciso esperar o amanhecer. Foram tomados cuidados adicionais para não danificar a pista, o que poderia fazer com que o aeroporto ficasse fechado ainda por mais tempo.

Responsabilidade

A Organização Internacional da Aviação Civil, entidade ligada às Nações Unidas e que estabelece diretrizes de operação e segurança, recomenda que cada aeroporto tenha um "plano de remoção". Mas a compra do equipamento não é obrigatória.

Como são caros --custam de R$ 2 milhões a R$ 13 milhões--, as empresas aéreas fazem "pools" regionais, em que uma adquire e presta serviço às demais. Existem 11 equipamentos espalhados pelo mundo nesses acordos. A TAM, que investiu R$ 2 milhões na compra do equipamento há um ano, é a representante da América Latina.

O Brasil ficou sem cobertura de 2005, quando o da Varig deixou de operar, até 2011. O equipamento da Varig foi leiloado recentemente, como sucata. Já a equipe da Varig de remoção de aviões está hoje quase toda na Azul. Na Europa 25 aeroportos têm equipamentos próprios, diz Beck.

O Código Brasileiro da Aeronáutica estabelece que a responsabilidade por remover aviões em caso de acidente é da companhia aérea, mas diz também que, se a empresa não tiver condições ou não providenciar "tempestivamente" a remoção, a responsabilidade é do aeroporto.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz que cobra dos operadores de aeroportos um plano de emergência no qual devem constar "procedimentos a serem executados e responsabilidades, ações e funções" dos órgãos e funcionários envolvidos.

O cargueiro da Centurion, um MD-11 que voou com as cores da Varig de 1991 a 2000 transportando passageiros, sofreu acidente similar, com fratura de trem de pouso, em Montevidéu, há três anos. 

Equipes trabalham para retirar o cargueiro MD-11 da Centurion Cargo, 
que teve um pneu estourado durante o pouso

Fonte: Mariana Barbosa (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Marcelo Justo (Folhapress)

Justiça reduz pena de pilotos do Legacy envolvidos em acidente com avião que deixou 154 mortos

Acusados cumprirão três anos em regime aberto; é proibida troca por penas alternativas

A Justiça decidiu, nesta segunda-feira (15), reduzir a pena dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que comandavam o jato Legacy, que se chocou contra o avião da Gol há seis anos. No acidente, morreram 154 pessoas.

Com a nova decisão, da TRF1 (Terceira Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da Primeira Região), os pilotos terão que cumprir pena de três anos, um mês e dez dias no regime aberto. A Turma definiu ainda que está vetada a substituição da pena por penas alterativas. Durante o período, eles não poderão pilotar enquanto estiverem cumprindo a pena.

Rosane Gutjahr, da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, comemorou a decisão. A decisão [da Justiça] conforta a família, apesar de não trazer as pessoas de volta. Isso mostra que o Brasil tem Justiça. Não vai deixar dois americanos virem aqui e matar brasileiros por negligência.

Histórico


O acidente ocorreu em 29 de setembro de 2006 quando o avião da Gol, que fazia o percurso de Manaus (Amazonas) a Brasília, chocou-se com o jato executivo Embraer Legacy 600. Com o choque, o avião da Gol desapareceu dos radares aéreos. Em abril do ano passado, os pilotos foram condenados em primeira instância pelo juiz Murilo Mendes, de Sinop, em Mato Grosso, e condenados a quatro anos e quatro meses de prisão.

Porém, o juiz substituiu a pena por serviços comunitários prestados nos Estados Unidos e a perda do brevê apenas nesse período. A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 recorreu, na tentativa de reverter a pena. A entidade diz que os pilotos devem ser presos e que os brevês sejam cassados permanentemente para evitar que tragédias se repitam.

Os pilotos norte-americanos sofreram um processo administrativo, pois foram autuados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Os órgãos advertiram que ambos voaram em espaço aéreo de separação vertical reduzida sem autorização, desligaram o transponder e o equipamento Tcas 2, impedindo assim que o avião da Gol percebesse que o jato estava na rota errada e causaria a colisão.

No entanto, parentes informaram que, apesar das advertências, os dois pilotos se mantêm na ativa. Um trabalha na American Airlines e o outro na Excel Aire. A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 foi fundada em 18 de novembro de 2006, em Brasília, pouco depois da tragédia.

Fonte: R7 via Midia News - Foto: Reprodução

Procon-SP autua Trip e notifica Azul, TAM e Gol após atrasos de voos

Empresas terão dez dias para explicar como realizaram atendimento

O Procon-SP autuou ontem a Trip Linhas Aéreas por fornecer informações incompletas sobre o atendimento aos passageiros de voos cancelados, desde o acidente na pista do aeroporto de Campinas. O órgão também notificou Azul, TAM e Gol, que terão dez dias para informar como foi feito o atendimento a seus consumidores prejudicados.

Equipes do Procon-SP realizaram ontem fiscalização nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e de Viracopos, em Campinas, para verificar se os direitos dos passageiros estavam sendo respeitados.

A técnica em enfermagem gaúcha Audrei Pires, por exemplo, tinha compromisso em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, e correu para Viracopos ontem, quando soube que o aeroporto reabriria às 15h. Perdeu a viagem. Teve de voltar para a casa de amigos, porque a empresa não ofereceu hotel ou condução.

- Nem hotel, nem refeição, nem táxi. Deram uns telefones para eu tentar embarcar amanhã (hoje) - disse. 

Na capital paulista, o Procon-SP monitorou dez voos da TAM, entre 10h e 14h, e os atrasos foram de até 40 minutos. O voo com mais problemas foi o de ida a Ribeirão Preto (SP), com saída prevista para 12h e decolou às 13h36. Não foram registradas reclamações.

A Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina os deveres da empresa e os direitos dos passageiros em casos de atrasos e cancelamentos de voos. Nessas ocorrências, o passageiro deve procurar informações com o responsável pela aviação civil no aeroporto ou no balcão da companhia. 

Se o atraso for de uma hora, o passageiro tem direito a canais de comunicação, como internet e telefone. Após duas horas, a companhia deve oferecer alimentação. Com mais de quatro horas, o consumidor tem direito a acomodação, traslado, hospedagem (se necessário), reacomodação em outro voo e direito a receber de volta dinheiro da passagem.

Fonte: Luiza Xavier (Agência O Globo) via Yahoo! Notícias