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Fonte: Terra - Imagens: 123 / Terra / Reuters / Armageddon (Rex Features)
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A sonda Cassini, da Nasa (agência espacial dos EUA), que viaja pelos arredores de Saturno, vai fazer nesta segunda-feira (21) seu maior "mergulho" na atmosfera de Titã, uma das luas do planeta. O equipamento vai chegar a cerca de 880 km da superfície da lua, o que é 70 km mais baixo do que o "recorde anterior".
De acordo com a Nasa, a atmosfera de Titã aplica uma força sobre os objetos que a atravessa, gerando um efeito parecido com o do ar sobre a mão de quem coloca o braço para fora da janela do carro. Por isso, a sonda foi colocada em um ângulo que permita que ela chegue a essa altitude sem se danificar. Como a antena da Cassini vai estar apontada para a Terra, os técnicos da agência vão poder acompanhar o procedimento em tempo real.
No começo do ano, a Nasa resolveu estender a missão da sonda. O equipamento, que foi lançado em 1997 e chegou ao planeta em 2004, iria parar de operar em setembro deste ano, mas ganhou sobrevida até 2017.
Fonte: R7 - Imagem: Divulgação
O governo do Equador decidiu reduzir em seis unidades a encomenda de 24 aviões Super Tucano, da Embraer. O contrato, estimado em US$ 270 milhões, está sendo cumprido desde março de 2009. O corte é avaliado em US$ 57 milhões.
O presidente Rafael Correa anunciou a compra em maio de 2008, como resposta ao bombardeio, pela aviação da Colômbia, contra um acampamento do comando das Farc montado na fronteira equatoriana. Super Tucanos armados com bombas inteligentes foram usados na ação.
O avião brasileiro de ataque leve é utilizado pelas forças de cinco nações - Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Um dos 170 aviões já vendidos é operado pela empresa Blackwater, prestadora de serviços militares terceirizados. Com sistemas eletrônicos de última geração e capacidade para levar até 1,5 tonelada de mísseis, bombas e foguetes - além de duas metralhadora .50 -, o turboélice é empregado pesadamente pela Força Aérea Brasileira, a FAB, que dispõe de 95 aviões. Com uma carteira acumulada próxima de US$ 1,5 bilhão, é o produto militar de maior sucesso da Embraer.
Segundo o general Leonardo Barreiro, comandante da força aérea do Equador, a decisão foi tomada há um mês. "Antes da oficialização, tentamos vários tipos de manobras financeiras, infelizmente frustradas", disse. A situação da aviação de combate chefiada por Barreiro é crítica. Sua frota, formada por 12 caças Kfir, israelenses, e 13 Mirage F-1, franceses, não tem condições de uso efetivo.
Doação de Chávez. No final de 2009, a Venezuela, de Hugo Chávez, doou ao Equador seis supersônicos Mirage 50, todos com mais de 25 anos de uso. Foram entregues revisados, sem programas de revitalização. A Força Aérea do Equador vai usar o dinheiro disponível com a redução na negociação com a Embraer para atualizar a tecnologia das aeronaves cedidas pela Venezuela - o que é considerado pouco provável, considerados o alto custo e o resultado pouco expressivo obtido por países como o Paquistão, que se empenharam em empreendimentos semelhantes com o mesmo tipo de avião.
Um assessor técnico do Ministério da Defesa disse que o governo do Equador está considerando a possibilidade de comprar até 12 supersônicos Cheetah, da África do Sul, usados e revitalizados. Trata-se de uma versão avançada criada em 1986 pela companhia Denel Aviation, então conhecida como Atlas, do modelo francês Mirage III. A Espanha entrou na disputa pela escolha com um lote de Mirage F-1, mais modernos, que chegariam com sistemas digitais de navegação e combate.
O mercado regional de equipamentos militares está em alta, e o segmento da aviação é um destaque. Dados de organizações que monitoram os gastos bélicos dos países indicam que a América do Sul é uma região cada vez mais armada. Segundo o Centro de Estudos Nueva Mayoría, em 2008 os países da região gastaram US$ 51,1 bilhões em defesa, 30% a mais do que em 2007. A Rede de Segurança e Defesa da América Latina estima que foram US$ 48 bilhões.
Mas o volume dos gastos pode ser superior. A Venezuela, por exemplo, contabiliza a Defesa em um orçamento secreto.
Fonte: Roberto Godoy (O Estado de S.Paulo) - Imagem: Divulgação/Embraer
Castellini - Milhas: valor emocional
O consultor de aviação da Bain & Company, André Castellini, observa que esse tipo de parceria se tornou viável porque a possibilidade de viajar de graça ainda tem um valor emocional muito maior do que oferecer outros brindes. “A companhia área funciona mais ou menos como uma loja âncora em um shopping center: tem forte poder de atração e ajuda a produzir movimento para outras lojas.”
Um dia viajar de graça poderá deixar de ter o apelo que tem hoje. Mas esse dia parece distante e, enquanto isso, os programas de milhagem continuarão sendo muito mais do que uma simples oferta extra oferecida ao passageiro. São, mais que tudo, enormes fontes de receita e de lucro para as companhias aéreas.
O Programa Fidelidade da TAM é exemplo disso. Em junho de 2009 foi criada uma unidade de negócios dentro da própria empresa somente para administrá-lo. Em outubro passado tornou-se uma empresa independente chamada Multiplus Fidelidade, que abriu capital na Bolsa em fevereiro deste ano. Com poucos meses de vida, a Multiplus teve um lucro líquido de R$ 7,5 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, contabiliza 6,9 milhões de participantes e já ultrapassou o até então líder do setor, o Smiles, da concorrente Gol, que soma 6,8 milhões.
O Smiles também pretende crescer, mas não deve, pelo menos por enquanto, separar-se da Gol. Murilo Barbosa, diretor de marketing da companhia, avisa que o momento é de consolidação e recuperação do programa herdado da Varig e também de buscar um foco: “Queremos atrair os executivos, os chamados frequent flyers, ou seja, aquele público que voa com frequência.”
Falta saber até que ponto essa briga vai trazer algum benefício para o usuário, que nem sempre consegue agilidade nas trocas de crédito de milhagem por passagens aéreas. A resposta quem dá é o analista do setor de aviação do Credit Suisse, Luiz Otavio Campos. A expansão dos programas vai facilitar a acumulação de pontos e, consequentemente, a troca deles por passagens ou outros produtos.
Mas ele diz que as esperadas promoções dependem mais de como o mercado está. “As companhias só fazem promoção quando os aviões estão vazios e não é o que está acontecendo agora”, explica. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, em relação ao mesmo período de 2009, a demanda por voos domésticos cresceu quase 30% de janeiro a maio deste ano.
Fonte: Celso Ming (O Estado de S.Paulo com Isadora Peron) - Foto: Heitor Hui/AE
A cápsula Soyuz aproxima-se do corpo principal da ISS
Com três astronautas a bordo, a nave russa Soyuz foi acoplada ontem à Estação Espacial Internacional, que pela primeira vez terá duas mulheres como moradoras. Depois de dois dias da decolagem do Casaquistão, a nave se acoplou à estação quando as duas estruturas estavam a cerca de 350 quilômetros sobre o Oceano Atlântico, acima da Argentina.Shannon Walker (foto ao lado), física de Houston, se juntou a Tracy Caldwell Dyson (foto abaixo), química nascida na Califórnia que está na estação espacial desde abril. Quatro homens também estão a bordo: três russos e um norte-americano. Cada um vai permanecer no local por seis meses e depois voltar com a Soyuz.
A Nasa tem usado foguetes russos para levar astronautas para a estação espacial para missões prolongadas. Assim que os ônibus espaciais dos Estados Unidos forem aposentados, o que deve acontecer no final deste ano ou no início de 2011, os veículos da Rússia serão os únicos disponíveis. Empresas privadas como a Space Exploration Technologies, que lançou com sucesso, de Cabo Canaveral, um foguete de teste para a órbita terrestre duas semanas atrás, esperam explorar o setor.
Pioneirismo
Na quarta-feira foi comemorado o 47º aniversário de lançamento da primeira mulher ao espaço, a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova. Hoje também marca o 27º aniversário da viagem ao espaço da primeira norte-americana: Sally Ride. Quatro mulheres estiveram em abril na estação espacial, mas apenas por uma semana e meia.
Fonte: AP/Agência Estado - Fotos: NASA - Atualizado às 19:33 hs. de 19.06.10 com foto da Soyuz
O debate para construção de um aeroporto regional em Venâncio Aires (em destaque no mapa acima) começou ontem durante reunião com a participação do diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Fernando Coronel, representantes do aeroclube local e de técnicos da administração municipal e o prefeito Airton Artus. Após constatar as dificuldades de operação e a incapacidade de expansão do atual aeródromo, Artus propôs parceria com o Estado, através do Programa de Modernização e Integração de Aeroportos Regionais do Rio Grande do Sul (Proar), para construção de um novo aeroporto na Capital do Chimarrão. Com pré-projeto definido, o município estuda a destinação de uma nova área para o empreendimento.
Com indicação do governo do Estado, a Prefeitura poderá buscar linhas de crédito e financiamentos do governo federal para concretizar o projeto. Fernando Coronel lembra que a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil abrirão grandes oportunidades para a modernização de aeroportos e aeródromos em todo o território nacional. “No Rio Grande do Sul, o governo gaúcho já fechou parceria com a empresa norte-americana T.Y. Lin/H. Ross para projetos de melhoramento em 27 aeroportos e construção de 10 novos. Os estudos iniciam em julho e poderemos incluir Venâncio Aires nessa avaliação de viabilidade”, revela.
O prefeito Airton Artus lembra que a construção e manutenção de um aeroporto no município é uma preocupação política sua de muitos anos. Apesar de alertar para o avanço habitacional próximo à atual área do aeródromo, nada foi feito e o problema atualmente é irreversível. “O Estado já foi parceiro quando da transferência daquela área ao município. No entanto, aquele terreno servirá para um novo loteamento habitacional e a criação de um minidistrito industrial. Teremos que buscar uma nova área para comportar um projeto de aeroporto que leve em conta o crescimento da aviação comercial e executiva”, esclarece o prefeito.
Alternativa
O projeto apresentado pela administração municipal para construção do novo aeroporto tem como base o trabalho de conclusão do estudante de Arquitetura e Urbanismo, Anderson Schiefferdecker. Conforme o secretário municipal da Administração, Leandro Pitsch, a maquete contempla ampla área para pousos e decolagens e um prédio para abrigar a administração do aeroporto, salas comerciais e áreas de embarque e desembarque. Pitsch destaca que, em parceria com o aeroclube local, várias áreas já foram sobrevoadas para abrigar o audacioso complexo.
O vice-prefeito e secretário municipal do Planejamento, Giovane Wickert, lembra que o projeto prevê um aeroporto regional, pois esse poderá servir como alternativa para os aeroportos de grandes centros, que sofrem com o tráfego aéreo e a falta de capacidade de expansão. “Como sexto município exportador do Estado, Venâncio Aires já teria mercado para abrigar voos executivos de toda a região. Além disso, a apenas 120 quilômetros de Porto Alegre, o aeroporto local seria alternativa para outros voos comerciais e turísticos”, completa Wickert. O vice-prefeito destaca que a proposta de um aeroporto regional em Venâncio Aires não compete com propostas de outros municípios que também almejam o empreendimento.
Fonte: Otto Tesche (Gazeta do Sul) - Mapa: Wikipédia - Imagens: Divulgação
O Aeroporto Internacional de Beja, que se previa estar operacional em setembro deste ano, deverá receber a certificação do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para a realização de voos civis sem tráfego, ou seja, sem passageiros e carga, nas próximas semanas.
Ou seja, segundo apurou o Expresso, num espaço de um mês, as companhias aéreas já poderão estacionar as suas aeronaves nos 10 lugares que o aeroporto alentejano deverá ter previstos para esse efeito: quatro posições para aviões grandes (wide-body) no aeroporto e seis na base aérea.
Esta decisão significa mais uma alternativa de estacionamento para as empresas que têm aviões parados no Aeroporto de Lisboa. Desde Julho do ano passado que a ANA - Aeroportos de Portugal passou a cobrar uma sobretaxa pelas paragens prolongadas (acima das 18 horas), o que tem levado à transferência de algumas aeronaves para outros aeroportos nacionais e internacionais.
Euroatlantic, White, Hifly e Luzair podem ser clientes
A maioria das empresas de voos não regulares tem optado por parar os seus aviões noutros aeroportos nacionais, como Porto e Faro. A Euroatlantic, por exemplo, companhia aérea cuja dívida à ANA relativa à taxa extra ascende a €2,4 milhões, deslocou oito das suas aeronaves para o aeroporto de Faro, e um cargueiro para Châteauroux, em França.
Também a White, com sete aeronaves Airbus, teve de transferir um avião executivo para o aeroporto do Porto por falta de espaço em Lisboa, manter um no aeroporto de Hamburgo, Alemanha, e ir estacionando outro em vários aeroportos, consoante os destinos de voo. A Hifly terá deslocado algumas aeronaves para o aeroporto Francisco Sá Carneiro e para os arredores de Paris, e a Luzair também optou por estacionar o Boeing 767-300ER com que opera no Porto.
Apesar da menor capacidade de resposta e dos custos acrescidos com a deslocação das tripulações para outros aeroportos, esta certificação do INAC é mais uma solução que as companhias passam a ter para responder à falta de espaço no aeroporto da capital.
Fonte: Margarida Fiúza (www.expresso.pt) - Imagem: Beja Hoje
- A responsabilidade de qualquer incidente que envolva a segurança no aeroporto recai sobre a Infraero. Se isso não for resolvido extrajudicialmente, vou propor uma ação civil pública contra a Infraero, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
A Infraero se limitou a informar que aguarda as investigações da PF. Procurada pelo 'Globo', a Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos não se pronunciou até a noite desta quarta.
Em resposta a um ofício, enviado em abril por Ordacgy, a Secretaria estadual de Segurança se comprometeu a instalar um posto da PM dentro do aeroporto. No documento, de 10 junho, o secretário José Mariano Beltrame informa que uma área para a construção da unidade policial já foi definida em reunião entre o comando do Batalhão de Apoio ao Turismo (BPTur) e a Infraero.
Beltrame ainda esclarece que, em caráter provisório, o BPTur implantou policiamento diário no aeroporto.
Câmeras de vídeo não estavam funcionando
O assalto ocorreu no início da manhã. De acordo com policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes), três bandidos roubaram R$ 10 mil em dinheiro. Quatro funcionários, dos cinco que deveriam estar trabalhando na hora, foram imobilizados com algemas de plástico e mantidos reféns. De acordo com as vítimas, elas foram deixadas trancadas na agência enquanto os ladrões, todos bem vestidos, escapavam caminhando normalmente. Ninguém ficou ferido.
O roubo será investigado pela Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio (Delepat), da Polícia Federal. O delegado Deuler Rocha, chefe da Delepat, ficou desolado ao saber que as câmeras de segurança da agência dos Correios não estavam funcionando e que as outras, que monitoram o saguão do aeroporto, estavam apontadas para outro local na hora do roubo.
Os funcionários e testemunhas do assalto serão ouvidos a partir desta quinta-feira, entre eles um técnico da área de segurança dos Correios.
Apesar de o crime ter ocorrido por volta de 10h30m, a Polícia Militar informou que só foi comunicada depois das 13h pela firma de segurança que presta serviço aos Correios. Em frente à agência, funcionários colocaram um aviso improvisado com os dizeres "Por motivo de força maior não abriremos hoje".
O tenente-coronel José Guilherme Xavier, comandante do 13º BPM, prometeu intensificar o policiamento no entorno do Santos Dumont. Xavier classificou o assalto como um "caso isolado".
- As estatísticas não apontam aumento do índice de criminalidade na área do aeroporto. Mas, de qualquer forma, o patrulhamento no perímetro do Santos Dumont vai ser intensificado, inclusive com o apoio do serviço de inteligência para tentar identificar as fragilidades do sistema de segurança do terminal.
Em abril, um laudo do Conselho Regional de Engenharia do Rio (Crea-RJ) feito a pedido da Defensoria Pública já apontaba a necessidade de aumentar o número de seguranças desarmados no terminal, a instalação de 15 câmeras de vídeo para monitorar veículos que transitam na área externa ao aeroporto, a ampliação do efetivo do policiamento nas imediações e o limitar o acesso ao terminal de desembarque.
Fonte: Luiz Gustavo Schmitt (O Globo) - Foto: Gabriel de Paiva/O Globo
Diferente da tradicional disputa de preço que as companhias aéreas travam todos os anos, a competição do setor em 2010 deve ser marcada pela oferta de serviços diferenciados. De acordo com analistas do setor de aviação ouvidos pelo site da EXAME, a tendência é que as líderes do setor, TAM e Gol, facilitem o pagamento de passagens, por exemplo, em vez de baixar suas margens para ganhar em escala.
O que sustenta a avaliação dos analistas é a mudança do cenário em relação ao ano passado. Em 2009, quando a procura por transporte caiu por conta da crise financeira mundial, as companhias aéreas optaram por baixar preços no segundo semestre do ano para, assim, garantir a procura por vôos domésticos e internacionais.
"Não havia saída, era preciso acirrar a guerra de preços para atrair consumidores que deixaram de optar pelo transporte aéreo em tempos de crise", afirma Felipe Rocha, analista do setor aéreo da Link Investimentos. A queda de demanda, a alta da moeda americana e a consequente elevação do preço do combustível tornaram a situação das empresas ainda mais delicada.
Recuperação
Os problemas das aéreas, no ano passado, podem ser medidos em números. Em maio do ano passado, por exemplo, o total de passageiros das rotas domésticas caiu 5,5% sobre o mesmo mês de 2008. A TAM e a Gol foram bastante afetadas, com recuos de 13,87% e 12,21%, respectivamente, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A situação deste ano é a oposta. Maio encerrou com um crescimento de 20,2% sobre o mesmo mês do ano passado. A demanda da TAM subiu 9,39%, e a da Gol, 14,89%. "Agora, elas querem voltar a ganhar e crescer no mesmo ritmo de 2008 e, para isso, abaixar muito os preços é prejudicial", diz Rocha.
A disputa das companhias ficaria então concentrada apenas na oferta de serviços diferenciados. Uma das propostas da TAM é o parcelamento das passagens em até 48 vezes sem juros. Já a Gol investe na abertura das lojas Voe Fácil para a venda de passagens para a classe C. "Trata-se de um modelo de baixo custo, com cerca de três atendentes, e com potencial de retorno alto", afirma Brian Moretti, analista de transporte da Planner Corretora.
O armistício entre as maiores companhias do país só deve ser quebrado no ano que vem ou no próximo. Os especialistas esperam uma desaceleração no crescimento do mercado doméstico nesse período. Se, neste ano, o volume de passageiros das rotas domésticas pode crescer 30,6%, de acordo com a consultoria Lafis, a taxa para 2011 e 2012 pode recuar para 7,3% e 7,1%, respecitvamente. "Aí sim haverá uma forte disputa de preço, tanto das grandes quanto das médias e pequenas companhias aéreas", afirma Jonas Manabu Okawara, analista setorial da Lafis.
Fonte: Tatiana Vaz (Exame.com)
Há exatos 70 anos, em 18 de junho de 1940, Winston Churchill, que assumira apenas seis semanas antes o posto de primeiro-ministro britânico, ante a ameaça de invasão vinda do território francês ocupado pelos nazistas, subiu ao pódio da Câmara dos Comuns e, em 36 minutos de altaneira oratória lutou por reanimar seus compatriotas, com um discurso que ganhou lugar na história como "o discurso do melhor momento".
O discurso - encerrado pelas palavras: "Preparemo-nos, assim, para cumprir os nossos deveres, e de tal maneira que, se o império e a Commonwealth britânicos durarem mil anos, as pessoas continuem a dizer que 'aquele foi o seu maior momento'" - vem ecoando desde então. Dos dois lados do Atlântico e em muitas outras regiões do planeta, foi saudado como o momento no qual a Grã-Bretanha redescobriu sua resolução de continuar lutando, depois da queda da França, para, com ajuda futura do poderio militar norte-americano e soviético, derrotar os exércitos alemães que haviam ocupado a maior parte da Europa.
O rascunho datilografado original do discurso, pesadamente alterado por Churchill com anotações em tinta azul e vermelha, está guardado em uma das 2,5 mil caixas de documentos e artefatos - um total de mais de um milhão de peças- que lotam os pavimentos superiores cuidadosamente vigiados do Churchill Archives Center, na Universidade de Cambridge, uma instituição criada em 1960, cinco anos antes da morte do líder.
Agora, o discurso e outros documentos referentes ao período - entre os quais trechos do diário de John Colville, o secretário do primeiro-ministro, e uma carta de reclamação quanto ao temperamento ranzinza de Churchill para com seus subordinados escrita pela mulher dele, Clementine - foram reunidos e colocados em exibição para estudiosos visitantes, jornalistas e outros observadores, com o objetivo de ajudá-los a compreender de que maneira Churchill escreveu o discurso - revisado extensamente até o momento em que ele subiu ao pódio para proferi-lo - e a descobrirem o quanto ele estava irritável e disperso naquele período.
O momento da exposição se relaciona primordialmente ao aniversário do discurso e a uma série mais ampla de celebrações que estão sendo realizadas em todo o Reino Unido para comemorar aquilo que Churchill, falando aos seus colegas do Parlamento naquela tarde de primavera de 1940, descreveu como uma batalha que "determinaria a sobrevivência da civilização cristã".
Apenas duas semanas antes do discurso, navios de guerra britânicos e uma frota de pequenas embarcações privadas haviam concluído a evacuação de 338 mil soldados britânicos, franceses e de outros países aliados, que corriam o risco de ser aniquilados pelas forças alemãs nas praias de Dunquerque - um feito que foi reproduzido para comemoração no final do mês passado, com a participação de muitos dos barcos envolvidos na operação original.
Cerca de um mês depois do discurso, tal como Churchill previu para seus colegas, os caças da força aérea britânica começaram a enfrentar a Luftwaffe alemã no confronto que se tornou conhecido como a Batalha da Inglaterra, outra saga que está sendo celebrada ao longo deste ano por caças Spitfires e Hurricanes da era da guerra, em voos realizados de muitas das bases aéreas britânicas.
A atenção renovada que a liderança de Churchill em tempo de guerra vem recebendo também ecoa de certa maneira na cena política atual, tendo em vista o fato de que o Reino Unido volta a enfrentar uma crise nacional, desta vez na forma de uma recessão econômica e de uma dívida nacional que atinge níveis alarmantes. Uma vez mais, a tarefa de reanimar o país e iniciar a restauração cabe a um novo primeiro-ministro, David Cameron, representante, como Churchill, do Partido Conservador, e também no poder há pouco mais de um mês ¿à frente, como o ilustre predecessor, de um governo de coalizão formado em eleição parlamentar, o primeiro governo de coalizão a chegar ao poder no Reino Unido desde o gabinete de união nacional a que Churchill presidiu entre 1940 e a derrota de seu partido na eleição geral de 1945.
Que Cameron venha a obter sucesso semelhante ao de Churchill, e conduza o Reino Unido de volta às "amplas e ensolaradas planícies" que Churchill previu em seu discurso como recompensa da vitória contra Hitler, é algo em que muitos britânicos parecem relutantes em acreditar, talvez com mais motivos do que o grande número de céticos que escutaram sem se deixar convencer ao discurso histórico de Churchill em 1940.
Churchill, afinal, já era uma figura muito conhecida, se bem que controversa, ao assumir o posto, e há muito tem estabelecida a sua posição no panteão da história britânica. Em uma pesquisa que envolveu mais de um milhão de telespectadores britânicos em 2002, ele foi escolhido como a maior figura da História inglesa, superando, entre outros dos 10 primeiros colocados, Isaac Newton, a princesa Diana e John Lennon.
O que revelam os documentos preservados no Churchill College, de maneira talvez surpreendente para aqueles que se acostumaram com o estilo de abrangente confiança da oratória de Churchill, é até que ponto ele alterava seus discursos mesmo no último minuto, acrescentando sentenças em determinados pontos, reescrevendo trechos e realizando outras alterações de improviso, em meio às suas falas.
No famoso trecho final do discurso, a frase que ele usou para descrever o mundo ao qual Europa e os Estados Unidos seriam arremessados caso Hitler saísse vitorioso - "o abismo de uma Era das Trevas, tornada ainda mais sinistra, e talvez mais longa, pelas luzes da ciência usada indevidamente" - foi emendada em tinta vermelha, talvez no último minuto, em busca de uma aliteração mais perfeita.
Igualmente intrigante é que o rascunho datilografado final do discurso, ao menos no trecho final que culmina com "seu maior momento", toma a forma de versos brancos, com parágrafos de cinco linhas em blocos com forma de estrofe, uma estrutura que Allen Packwood, o diretor do Churchill Archives Center, compara à do Livro dos Salmos no Velho testamento, visto por muitos estudiosos da literatura como influência decisiva sobre o estilo literário e retórico de Churchill, em companhia dos trabalhos de Shakespeare.
Packwood tem uma teoria pessoal sobre o motivo para que o rascunho adote a forma de versos brancos: "Porque o texto tomava a forma de poesia, na página, creio que isso lhe propiciasse o ritmo que dava vida à sua oratória. Temos ali um homem que elevou a arte do discurso público ao patamar da mais elevada literatura".
Outra característica dos discursos de Churchill que surge do estudo de seus papeis, de acordo com Packwood, é que, ao contrário de muitos políticos contemporâneos, era ele mesmo que redigia suas falas. "Ainda que houvesse pessoas que lhe davam ideias, ele não contava com redatores de roteiros, no sentido moderno do termo", disse Packwood. "Aquele discurso, como os demais, era criação isolada de um homem".
Mas o primeiro-ministro tinha ajuda vinda de outros quadrantes, na forma de uma correspondência com sua mulher que pode tê-lo ajudado a conter os momentos de profunda depressão que muitas vezes o afligiam e podiam prejudicar o tom de otimismo e determinação que procurava exprimir em seus discursos.
"Meu querido", escreveu Clementine a Churchill pouco antes do maior discurso da carreira de seu marido, "espero que você me perdoe se lhe digo algo que creio você deva saber. Um dos homens de sua equipe, e seu amigo dedicado, me procurou e disse que havia o risco de você perder o afeto de seus colegas e subordinados devido aos seus modos brutos, sarcásticos e autoritários". Ela acrescentou: "Irascibilidade e rudeza não lhe propiciarão os melhores resultados, e resultarão em que as pessoas próximas deixem de gostar de você, ou adotem uma mentalidade de escravos".
Fonte: John F. Burns (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci ME - Foto: The New York Times
Prestes a completar três anos do acidente com o Airbus da TAM que matou 199 pessoas, continua abandonado o terreno no número 7.305 da Avenida Washington Luís, no Campo Belo, zona sul, onde havia o prédio da empresa no qual o avião se chocou. A área, com tamanho de um campo de futebol, é usada como banheiro por moradores de rua e as calçadas do entorno viraram ponto de descarte de entulho.
No dia 17 de julho de 2007, as 187 pessoas a bordo do voo 3054 da TAM e outras 12 que estavam no prédio da empresa morreram quando, ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, o Airbus derrapou, atravessou a avenida e bateu contra a edificação. Hoje, não há no local sinal da praça ou do memorial prometidos pela Prefeitura em homenagem às vítimas. "Desde a demolição do prédio, a Prefeitura não fez mais nada no terreno. É normal ver carroceiros jogando lixo nas calçadas e moradores de rua passando pelos tapumes (que cercam a área)", afirma Tiago Gomes Beneduce, de 28 anos, que trabalha na vizinhança.
Além disso, os moradores e pessoas que trabalham na região também reclamam da falta de segurança, principalmente à noite, pois o terreno não é iluminado nem dispõe de vigilância. "Antes, ainda havia um poste de luz dentro do terreno e um guarda. Mas já faz um bom tempo que os holofotes (em 2008) foram roubados e a segurança foi embora", diz a corretora de imóveis Célia Mara de Souza, de 46 anos.
Há relatos de furtos em carros estacionados no quarteirão formado pela Avenida Washington Luís e pelas Ruas Otávio Tarquínio de Sousa, Baronesa de Bela Vista e Barão de Suruí. Como o da dona de casa Marli de Dias, de 58 anos, moradora da Tarquínio de Souza. "Não pode deixar nada à mostra." A Secretaria da Segurança Pública não informou o número de ocorrências na região.
"Esse terrenão baldio e as incertezas do que será feito da área desvalorizam as residências", diz Célia. Há seis meses, ela tenta vender um imóvel na Tarquínio de Sousa. Para Hubert Gebara, vice-presidente do Sindicato das Administradoras de Imóveis, a desvalorização ocorre pelo "efeito psicológico da tragédia". "A Prefeitura precisa revitalizar a área para atenuar as lembranças", afirma.
Fonte: Felipe Oda (O Estado de S.Paulo) - Foto: Filipe Araujo/AE
Um caça F-5 da Coreia do Sul (similar ao da foto acima) caiu nesta sexta-feira (18) na costa da província de Gangneung, 237 km a leste de Seul, por volta das 10h30 locais (22h30 de quinta, 17, em Brasília), segundo a agência local "Yonhap". Um piloto e um tripulante morreram.
A aeronave desapareceu do radar cerca de 2 Km de distância da base de Gangneung, 50 minutos após a decolagem. A causa do acidente não foi divulgada.
Os corpos do piloto e do tripulante foram localizados. Um deles foi encontrado amarrado a um paraquedas, o que indica que ele tentou ejetar. Equipes sul-coreanas tentam recuperar os destroços do jato espalhados nas águas.
O caça F5 é um modelo que começou a ser utilizado no mundo nos anos 60 e ainda cumpre normalmente as funções de treino de novos pilotos.
Fonte: EFE via G1
A compra de aviões Boeing 707 (similar ao da foto acima) permitiu à transportadora investir nos seus próprios voos para o Brasil e outros destinos. "Essa aquisição veio beneficiar a ligação com o Brasil, mas o motivo imediato foi o desenvolvimento da guerra em África", que exigia o transporte rápido de tropas, explica António Monteiro, director de comunicação e Relações Públicas da TAP.
As razões da aposta da TAP eram, portanto, mais "políticas" do que comerciais. Nos anos 1960, viajar de avião era ainda "coisa de ricos" ou tinha motivações de Estado. É nas décadas de 1970 e 1980 que se dá a "grande democratização do transporte aéreo", com a concorrência entre operadoras a ditar a abertura de novas ligações.
Apesar do contexto político, o voo Lisboa-Rio, que surge 20 anos depois da primeira linha comercial da TAP (Lisboa-Madrid), respondeu ao interesse da comunidade de emigrantes portugueses no Brasil, diz António Monteiro.
Nos primeiros anos, o voo Lisboa-Rio era semanal. Eram tempos em que a TAP transportava ainda um número reduzido de pessoas – só tinha atingido um milhão de passageiros em 1964. Só em 2009 a TAP transportou 1,2 milhões de pessoas unicamente para o Brasil.
Hoje, há 70 voos por semana para o Brasil, o que atesta o "grande reforço" da oferta da TAP para este destino. "Pela importância, pelas potencialidades e pela ligação entre Portugal e o Brasil, esse crescimento era inevitável", refere o porta-voz.
Fonte: Rádio Renascença (Portugal) - Foto: Divulgação/TAP
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