quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Avião Canadair CRJ-200 da UVT Aero sai da pista na Rússia


Nesta quarta-feira (1), o Bombardier CRJ-200ER (CL-600-2B19), prefixo VQ-BOQ, da UVT Aero, realizando o voo RT-567 de Kazan para Chelyabinsk, na Rússia, com 32 passageiros e 3 tripulantes, pousou na pista 09 de Chelyabinsk às 02h32 (hora local), mas saiu da pista e parou a cerca de 10 metros da pista. Não houve feridos. A aeronave não sofreu danos e foi rebocada para o pátio pouco tempo depois.


O Ministério Público dos Transportes de Chelyabinsk está investigando a ocorrência. O aeroporto permaneceu fechado até cerca de 08h00 como resultado da ocorrência, em decorrência de uma falsa denúncia de que uma bomba havia sido plantada na pista.


Via The Aviation Herald

Vídeo: Piloto de avião da Latam filma balão na rota da aeronave

Um encontro raro e perigoso ocorreu na segunda-feira (29) no céus do Brasil, quando um Airbus da LATAM passou próximo de um balão a uma grande altitude.


A soltura de balões não controlados é crime no Brasil, porém a prática, que é de grande risco para a segurança da aviação, ainda é feita por criminosos em todo o país. Esta ação organizada é motivo de críticas no exterior, sendo o principal ponto levantado quando se trata da segurança da aviação no país.

O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra a indignação de um piloto da LATAM quando avista um balão a 37 mil pés de altitude (mais de 12 mil metros). O objeto não passa perto da aeronave por uma questão de sorte e casualidade, mas isso não diminui o tamanho do risco.


No momento da captura, os pilotos estão a 21 milhas náuticas (38 km) de distância da posição (ponto na aerovia) chamado ERISA. Segundo dados da plataforma de navegação e planejamento de voo SkyVector, este ponto está nas coordenadas S18°3.91′ W42°24.62′, na cidade de Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

Historicamente, não existem muitas ocorrências formalizadas de balões no interior de Minas Gerais, sendo que a maioria está concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro. Confira abaixo o vídeo na íntegra do encontro.

Caso uma pessoa aviste um balão sem controle ou alguém soltando balões, ela deve ligar imediatamente para a Polícia no número 190.

Trem de pouso falha e causa acidente em avião com 2 pessoas

Aeronave teve problema no trem de pouso no momento da decolagem (Foto: MS em Foco)
Acidente envolvendo uma aeronave de pequeno porte, mobilizou policiais civis no Aeroporto de Ponta Porã - a 323 quilômetros de Campo Grande -, na tarde desta terça-feira (30). Apesar do susto, piloto e passageiro que estavam no avião não se feriram.

A aeronave Embraer EMB-810C Seneca II, prefixo PT-ERB, teve um problema no trem de pouso dianteiro, no momento em que iria alçar voo o que obrigou o piloto a abortar a decolagem. Estragos foram causados na estrutura da aeronave, no entanto, ainda não foram divulgados os detalhes da dinâmica do acidente.

Imagem do local dá a impressão de que o avião derrapou na pista, após perder a sustentação das rodas. A aeronave precisou ser rebocada para um dos hangares do aeroporto e o local foi interditado até passar por perícia.

Conforme o portal MS em Foco, uma equipe da Polícia Civil de Ponta Porã esteve no local e fez os primeiros levantamentos. Contudo, o caso foi repassado ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Uma equipe da delegacia especializada deve chegar em Ponta Porã na manhã desta quarta-feira (1º) para dar continuidade nas investigações.

A aeronave Sêneca 810 C está registrada em nome de um empresário e conforme a Anac ( Agência Nacional de Aviação Civil) o avião está com toda a documentação em dia e apto para voos regulares.

Via Campo Grande News

Avião da Air Canada estoura dois pneus em pouso forçado nos EUA


Um voo da Air Canada que iria de San Diego a Vancouver, foi forçado a fazer um pouso de emergência na noite de segunda-feira (29), no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Segundo a tripulação, o avião sofreu um vazamento de combustível e um desligamento de motor perto de Santa Maria.


Havia 73 passageiros a bordo do jato regional Bombardier CRJ900, de acordo com um porta-voz do LAX. Os ônibus foram transferidos para a pista para levar os passageiros ao terminal. Nenhum ferimento foi relatado.

Queda de caça militar britânico no Mar Mediterrâneo foi filmada


Um analista naval compartilhou, na sua conta no Twitter, o vídeo do momento da queda do jato F-35 britânico durante operações de rotina no Mar Mediterrâneo, em meados de novembro.

O incidente partilhado nas redes sociais aconteceu no dia 17 de novembro, quando um caça F-35 da Marinha Real britânica caiu à água logo após a descolagem, obrigando o piloto a ejetar-se.

Na passada segunda-feira, o analista naval partilhou um vídeo do momento da decolagem do avião militar na sua conta do Twitter com a seguinte legenda "Bem, graças a Deus ele está conosco! Isto é tudo que posso dizer".

O vídeo foi captado pelas câmaras de vigilância do navio porta-aviões e mostra que o jato, em vez de ganhar velocidade à medida que sobe a rampa, perde potência e acaba por cair no mar. No vídeo também se consegue ver o piloto a ser ejetado.


Num comunicado da passada segunda-feira, o Ministério da Defesa admitiu ter conhecimento do vídeo que anda a circular nas redes sociais, mas que ainda é precoce comentar as causas que levaram à queda do jato.

Apesar de a investigação ainda estar a decorrer, acredita-se que a causa do acidente terá sido um erro técnico, quando uma capa para a chuva foi deixada no avião por esquecimento, segundo avançou o jornal "The Sun".

O F-35 de "quinta geração" é uma das plataformas de armas aéreas mais caras do mundo. O Reino Unido assinou um acordo no valor de nove mil milhões de libras (10,7 mil milhões de euros) para comprar 28 aeronaves até 2025.

Via Jornal de Notícias (Portugal)

Tanque de aeronave militar dos EUA cai em área urbana no Japão



Por volta das 18h10 desta terça-feira (30), um caça 
General Dynamics F-16 Fighting Falcon pertencente à Base Aérea militar norte-americana de Misawa (Misawa City, Prefeitura de Aomori), no Japão, fez um pouso de emergência no Aeroporto de Aomori (Aomori City), e a pista foi fechada.

De acordo com um funcionário do Ministério da Defesa, dois tanques de combustível foram descartados perto da estrada na cidade de Fukaura e ao redor do Monte Iwaki (cidade de Hirosak) antes do pouso. 


Perto da estrada ao redor da Prefeitura de Fukaura, um objeto de metal e um líquido que parece ser combustível foram encontrados, e a polícia municipal está investigando que pode ser um tanque de combustível. Não há informações sobre os feridos. 

Os militares dos EUA anunciaram que o caça F16 estava em uma emergência durante o voo e o piloto o jogou em uma área não residencial perto do Monte Iwaki. “Faremos uma investigação detalhada para investigar a causa”, disse o subcomandante da 35ª Ala Aérea de Combate na Base Aérea de Misawa.

Queda de helicóptero militar deixa 14 mortos no Azerbaijão

A queda de um helicóptero militar na região leste do país do Cáucaso nesta terça-feira (30) deixou 14 mortos, informaram as autoridades.


"O acidente com o helicóptero do serviço de fronteira provocou 14 mortes e deixou dois feridos", afirma um comunicado do organismo da ex-república soviética. Treze vítimas eram militares.

O aparelho Mil Mi-17 caiu às 10h40 locais (3h40 de Brasília) na base de Garajeybat, região de Jyzy, quando fazia um voo de treinamento. Uma investigação foi aberta para determinar a causa da queda do helicóptero.

O acidente aconteceu após duas semanas de confrontos violentos entre Armênia e Azerbaijão, que ameaçaram o cessar-fogo que acabou com uma guerra entre os dois países no ano passado, que provocou mais de 6.500 mortes.

Os últimos combates, que terminaram com seis mortos do lado armênio e sete no lado azeri, terminaram após a mediação da Rússia. Yereva e Baku se enfrentaram durante anos pelo controle do território de Nagorno-Karabakh.

Habitada majoritariamente por armênios apoiados por Yerevan, esta região montanhosa se separou do Azerbaijão após a queda da URSS, o que provocou uma primeira guerra na década de 1990 que deixou quase 30.000 mortos.

As tensões aumentaram em maio, quando a Armênia acusou o Azerbaijão de violar suas fronteiras para assumir o controle da área ao redor do lago Sev, compartilhado pelos dois países.

Via AFP / ASN

Moça invade pátio para tentar parar avião parado e é levada para avaliação psicológica


Uma jovem passageira foi encaminhada para uma avaliação de saúde mental nesta terça-feira, 30 de novembro, depois de ser presa na noite anterior no pátio do Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX), nos Estados Unidos.

A mulher, cuja identidade não foi revelada, saiu sem autorização por uma porta do Terminal 1 por volta das 18h30 de segunda-feira e invadiu o pátio, o que disparou um alarme de segurança. Funcionários de equipes de solo a impediram de ir mais longe na área operacional.

Segundo a CBS Los Angeles, a moça, que tinha uma passagem aérea em sua posse, disse à polícia de LAX que estava tentando fazer sinal para o avião parar, porém, o jato ainda estava estacionado na área do portão de embarque.

O vídeo abaixo, postado nas redes sociais e repercutido pela mídia local, mostra que ela carregava o que parecia ser uma mochila em um braço e vários itens no outro braço, e insistia em tentar passar pelos funcionários do aeroporto em direção ao pátio:


Após o incidente de segurança, a polícia do aeroporto liberou a área e informou que nenhum voo ou operação foi atrasado devido à ocorrência.

A mulher foi levada a um hospital para tratamento de um ferimento leve e depois encaminhada para a avaliação de saúde mental.

O que causou queda de avião que matou duas pessoas em Guarapari (ES)


A Polícia Civil concluiu as investigações sobre o acidente de avião que matou o piloto Luciano Ferreira Souza e o copiloto Fabiano Luiz Gonçalves, em fevereiro do ano passado, em Guarapari. O inquérito apontou duas falhas do comandante do voo: a omissão em efetuar a drenagem nos tanques de combustível e a decisão por continuar com a decolagem, apesar dos problemas no motor.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o equipamento "apresentou sinais de falha enquanto a aeronave percorria a parte inicial da pista" do Aeródromo de Guarapari. Neste cenário, a decolagem deveria ter sido abortada. Além disso, foi identificada falta de manutenção no bocal de entrada do tanque de combustível, "o que teria permitido a entrada de umidade e água no compartimento".

As investigações foram feitas pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais e Outras (Dipo) de Guarapari e concluídas no último dia 28 de outubro — cerca de 1 ano e oito meses após a queda do monomotor em galpões do bairro Aeroporto. Como o piloto morreu no acidente, a Polícia Civil sugeriu o arquivamento do caso ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).


Sem o objetivo de apontar culpados, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também realizou uma investigação para identificar quais atitudes ou problemas contribuíram para o acidente. O relatório final foi concluído no dia 8 de julho deste ano. Abaixo, você confere os principais fatores que levaram à queda do avião em Guarapari, segundo o órgão:
  1. Desde o início, o voo foi presenciado por dois funcionários do Aeródromo de Guarapari. Ambos afirmaram que "a aeronave deu sinais claros de falha do motor já durante a decolagem". Quando o avião já estava fora do solo, eles relataram "variação do ruído produzido pelo motor, evidenciando perda abrupta de potência". O motor, então, passou a acelerar e apresentar falhas de forma alternada, evidenciando que "a aeronave decolou em condições precárias".
  2. Em casos de falha de motor durante a decolagem na pista 6 do Aeródromo de Guarapari, o procedimento informal preconizado é fazer uma curva suave à esquerda, se dirigindo para um setor com menos edificações e algumas áreas descampadas, "proporcionando melhores condições para a realização de um pouso de emergência bem-sucedido". No entanto, o piloto efetuou uma curva acentuada para a direita — procedimento, este, que configurou "uma decisão equivocada".
  3. No local do acidente, junto aos destroços, foram coletadas amostras do combustível para serem analisadas em laboratórios do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. O resultado apontou a presença de água e de um polímero fluorado. Ou seja, "evidenciou que o combustível estava, de fato, contaminado". Dessa forma, ele pode ter entrado nas linhas de alimentação do motor e provocado as falhas de funcionamento.
No relatório final do Cenipa também consta que a aeronave ficava no pátio de manobras, exposta às chuvas intensas dos dias anteriores — fato que pode ter colaborado para a entrada de água no tanque de combustível, apesar das condições meteorológicas propícias ao voo no dia do acidente.


Antes de falecer, o piloto da aeronave também teria dito, a duas pessoas que prestaram os primeiros socorros a ele, que o avião apresentou falha de suprimento de combustível para o motor e tentou reacendê-lo. "Sendo essa, portanto, a conclusão a ser considerada", afirmou o órgão.

O plano de voo feito junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicava que o piloto Luciano Ferreira Souza e o copiloto Fabiano Luiz Gonçalves sairiam do Aeródromo de Guarapari e pousariam no Aeroporto Eurico de Aguiar Sales, em Vitória. No entanto, a aeronave caiu logo após a decolagem.

Na queda, o monomotor modelo Cherokee 180 atingiu dois galpões do bairro Aeroporto, a cerca de 145 metros da pista. Nos estabelecimentos, trabalhavam cerca de 100 pessoas. Na época, o proprietário Thiago Taves contou que duas chegaram a ficar presas na parte de cima do galpão.


Em decorrência do acidente em 19 de fevereiro de 2020, o copiloto do avião morreu ainda no local. Já o piloto chegou a ser socorrido com 80% do corpo queimado para o Hospital Estadual Doutor Jayme dos Santos Neves, na Serra, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã do dia seguinte (20).

Por Larissa Avilez (A Gazeta) - Fotos:  Ascom/CBES

Queda de avião em Ubatuba: Corpo de Bombeiros vai solicitar ao governo federal sonar capaz de encontrar destroços

Parentes do copiloto acompanham buscas (Foto: Rafael Nascimento)
No final da manhã desta terça-feira a mãe, o pai e a irmão de José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, copiloto do avião, modelo PA-34-220T e prefixo PP-WRS, que caiu no mar entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), na última quarta-feira, encontraram com o secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Leandro Monteiro, em Paraty, na Costa Verde Fluminense. Aos familiares do aviador, Monteiro informou que, ainda hoje, enviará um ofício solicitando à Marinha do Brasil um sonar para vasculhar o oceano.

Os bombeiros acreditam que o avião esteja intacto no fundo do mar. Naquela região, a profundidade pode chegar a 65 metros. Monteiro também pontuou aos pais do copiloto que a corporação trabalha para que ele e o passageiro, o empresário Sérgio Alves Dias Filho, de 45, sejam encontrados com vida.

— Ainda hoje vamos solicitar a Marinha um sonar para que possa ser incorporado as buscas do avião. Estamos empenhando todo o nosso pessoal e os equipamentos para que eles sejam encontrados com vida — disse Monteiro ao piloto José Porfírio de Brito e a empresária Ana Regina Agostinho, pai e mãe do copiloto.

Helicópteros do Corpo de Bombeiros estão mobilizados nas buscas por desaparecidos em
queda de avião bimotor em Ubatuba (Foto: Divulgação)
No encontro, que aconteceu em um condomínio fechado de Paraty, os pais de José Porfírio cobraram um empenho da Marinha com embarcações para auxiliarem nas buscas.

Ana Regina Agostinho disse ao GLOBO que acredita que o filho esteja vivo. Desde a última quarta-feira a família tem peregrinado entre Rio e Paraty.

— Eu acredito que o meu filho está vivo. Sinto isso no coração de mãe — disse ela.

Nessa segunda-feira, a Marinha do Brasil informou que, no último sábado, o Navio-Patrulha "Guajará" — que atua nas buscas — localizou e recolheu uma mochila com pertences supostamente relacionada a um dos tripulantes da aeronave. A família criticou a Marinha por não informá-los sobre o resgate dos objetos.

– Soubemos (do achado) pela imprensa. Isso é um desrespeito com a família – reclamou Ana Regina.

Operação envolve ao menos dez motos aquáticas, incluindo mergulhadores, que fazem
varredura na região de Paraty (Foto: Divulgação)
Ao GLOBO, o pai do copiloto disse que o avião bimotor em que o filho e outras duas pessoas estavam havia sofrido uma pane nos dois motores antes de cair no mar. De acordo com ele, um Boeing da empresa Gol que passava pela região teria recebido o alerta no rádio de comunicação e o seu comandante teria orientado como o piloto do bimotor deveria proceder no momento da avaria. Ainda de acordo com José Porfírio, ele teria recebido a localização do acidente. Foi nesse local que os militares encontraram uma poltrona e outros objetos que eles acreditam ser dar aeronave.

– Quando chegamos no local (da queda) tinha óleo, gasolina e o nariz do avião. O Controle Rio me ligou e disse: "Comandante, a aeronave caiu nessa rota". Começamos a calcular as coordenadas. Traçamos todas as rotas e desde então estamos rodando em alto mar. Eu fui até São Paulo fazendo buscas pelo meu filho — disse José Porfírio.

Questionado sobre a possível causa do acidente, o pai do copiloto afirmou que o acidente pode ter sido causado por uma pane em decorrência da gasolina.

— Acredito que a pane foi por conta de combustível. Acredito que ele (o combustível) estava batizado e ou que tenham feito uma má mistura no abastecimento. Tinha muito combustível no local — disse.


Uma comandante do Corpo de Bombeiros é uma das líderes das equipes de buscas

A major Gisele Bonfim, que comanda o 26º Grupamento de Bombeiros de Paraty, é uma das responsáveis por comandar as buscas pelas duas vítimas. Ele conta que foi disponibilizado psicólogos e assistentes sociais para manterem contato com os familiares. Diariamente, os pais do copiloto vão ao ponto de encontro e recebem informações sobre o andamento das buscas.

— Temos uma série de militares especializados. Ao todo são 65 militares por dia. Temos mulheres na operação. Nós, as mulheres, temos uma sensibilidade e um acolhimento maior. Conseguimos fazer um alcance maior e o próprio familiar consegue identificar na gente um ponto de apoio — diz Gisele Bonfim.

Segundo a Defesa Civil, até agora a aeronave do Corpo de Bombeiros já percorreu 3.941 quilômetros quadrados entre São Paulo e Rio. Ao todo, desde quinta-feira, são mais de 10 horas de voo.

O Condomínio Laranjeiras, em Paraty, emprestou um ponto de apoio no local. Ao todo são 65 homens e 21 equipamentos - aeronaves, barcos, moto-aquáticas e etc. Uma equipe de psicólogos foram disponibilizados para ajudar os familiares.

Via O Globo

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Queda de avião em Ubatuba: comandante teria orientado piloto a fazer pouso de emergência

Um Boeing da empresa Gol que passava pela região teria recebido o alerta no rádio de comunicação e o seu comandante teria orientado como o piloto do bimotor deveria proceder no momento da avaria.

O piloto Gustavo Carneiro
O pai do copiloto José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, o piloto de avião José Porfírio de Brito, de 60 , informou ao Corpo de Bombeiros do Rio que o avião bimotor em que o filho e outras duas pessoas estavam havia sofrido uma pane nos dois motores antes de cair no mar entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ).

De acordo com ele, um Boeing da empresa Gol que passava pela região teria recebido o alerta no rádio de comunicação e o seu comandante teria orientado como o piloto do bimotor deveria proceder no momento da avaria. Ainda de acordo com os Bombeiros, o pai do copiloto teria recebido a localização do acidente. Foi nesse local que os militares encontraram uma poltrona e outros objetos que eles acreditam ser dar aeronave .

No bimotor estavam o piloto, Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos; o copiloto, José Porfírio de Brito Júnior, de 20; e o empresário Sérgio Alves Dias Filho, de 45. A aeronave modelo PA-34-220T e prefixo PP-WRS ainda não foi encontrada após seis dias de buscas . Na tarde da última quinta-feira, equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) encontraram o corpo do piloto em mar aberto já em Paraty . O jovem foi cremado no último sábado, no Cemitério da Penitencia, no Caju, no Rio. Suas cinzas serão levadas para Corumbá (MS), sua cidade natal.

Os outros dois tripulantes ainda estão desaparecidos, e uma força-tarefa de parentes e amigos navegam em alto-mar para auxiliar os órgãos oficiais nas buscas.

"O que ele me relatou é que, como a aeronave estava em pane, tem um canal que eles pedem socorro para aeronaves que estão próximas, eles conseguiram um contato com um Boeing e o piloto dessa aeronave deu todas as dicas. Teria dito para mirar na costa. No relato do piloto da aeronave ele disse que o primeiro e o segundo motor pararam. O piloto do Boeing orientou que ele seguisse para a costa e destravasse as portas. Porque num contato com a água elas poderiam travar. Aí, o Boeing já acionou o Serviço Salvaero. Como o pai é piloto, ele partiu para lá e encontrou o acento e miudezas", disse na manhã desta quinta-feira o coronel Rodrigo Bastos, comandante do Corpo de Bombeiros da Área Marítima.

"Acreditamos que esse avião ainda esteja inteiro no mar", acrescentou ele.

O pai do copiloto afirmou, por sua vez, que foi até São Paulo fazendo buscas pelo filho : "Quando chegamos no local (da queda) tinha óleo, gasolina e o nariz do avião. O Controle Rio me ligou e disse: 'Comandante, a aeronave caiu nessa rota'. Começamos a calcular as coordenadas. Traçamos todas as rotas e desde então estamos rodando. Eu fui até São Paulo fazendo buscas pelo meu filho", disse José Porfírio ao Extra.

A empresária Ana Regina Agostinho, mãe do copiloto, também participa das buscas. "Eu acredito que o meu filho está vivo . Sinto isso no coração de mãe", disse ela.

Questionado sobre a possível causa do acidente, o pai do copiloto afirmou que o acidente pode ter sido causado por uma pane em decorrência da gasolina: "Acredito que a pane foi por conta de combustível. Acredito que ele estava batizado e ou que tenham feito uma má mistura no combustível. Tinha muito combustível no local."

Na manhã desta terça-feira, o secretário da Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Sampaio Monteiro, seguiu para Paraty para acompanhar as buscas.

"Aqui é um trabalho complicado de busca. Brigamos com o mar e o vento todo dia. Montamos um posto avançado de busca para acompanhar essa operação que está acontecendo 24 horas por dia. Já fizemos mais de três mil e quinhentos quadrado de sobrevoo na região. Estamos trabalhando e acreditando que essas vítimas estejam vivas. Jamais vou permitir que estamos aqui em busca de corpos. Não permito. Estamos em busca das vítimas vivas. Estamos fazendo a varredura até no estado de São Paulo. Estamos aqui para ajudar. O Corpo de Bombeiros está trabalhando e jamais vai abandonar os famílias. Psicólogos e assistentes sociais estão dando o suporte."

Por Agência O Globo

Conheça 10 caças de combate muito estranhos

A maioria dos caças é normal. Mas alguns são tão incomuns que são estranhos. Aqui estão 10 deles que achamos os mais estranhos!

O único critério aqui é a estranheza absoluta do design - quanto mais não convencional, melhor. Os caças são definidos como aviões a jato projetados para enfrentar outras aeronaves no ar. Embora, como regra, os aviões a jato tendam a ser menos convencionais do que os movidos a hélice, os caças a hélice mais estranhos são uma história para outro dia. Além disso, apenas aqueles que tinham protótipos voadores são contados aqui.

Menção honrosa: Saab 35 Draken

Saab 35 Draken (Imagem: Alan Wilson/Wikipedia)
A totalidade desta lista consiste em designs que nunca foram para a produção em massa e nunca foram adotados. Mas devemos incluir pelo menos um jato que foi realmente usado para manutenção, e este design sueco - com seu corpo combinado e asas delta - não tem concorrência.

10. Nord 1500 Griffon


Nord 1500 Griffon (Imagem: Roland Turner/Wikipedia)
Há algo estranho e um pouco assustador nos jatos de combate que têm uma grande entrada de ar logo abaixo da cabine. Provavelmente por causa da semelhança com o rosto humano, e nesse caso, esse protótipo de interceptador francês dos anos 50 parece querer engolir você inteiro.

9. Boeing X-32

Boeing X32B (Imagem: USAF/Wikipedia)
Continuando com o tema das estranhas entradas de ar, este caça a jato de quinta geração - que perdeu a competição para o que mais tarde se tornou o F-35 - parece estar sorrindo. Alguns dizem que essa aparência incomum na verdade contribuiu para sua perda, já que os militares tendem a preferir aeronaves de aparência enfadonha. Por mais interessante que possa ser, é improvável que esse mito seja baseado na realidade.

8. Yakovlev Yak-38U

Yakovlev Yak-38U (Imagem: Wikipedia)
Versão de dois lugares de um avião de caça soviético de decolagem e pouso vertical um tanto infame (VTOL), parece que Harrier foi espancado por um buraco negro. E mordido por uma abelha ao mesmo tempo. 

7. Republic XF-91 Thunderceptor

Republic XF-91 Thunderceptor (Imagem: USAF/Wikipedia)
Todo mundo conhece o Sukhoi Su-57 Berkut e o Grumman X-29, aeronaves que pareciam ter as asas colocadas de maneira errada. Mas o XF-91 foi um passo além: suas asas eram inversamente cônicas, como se estivessem presas pelo lado errado. Ou talvez a Republic Aviation apenas tentou reinventar uma borboleta.

6. Lockheed YF-12

Lockheed YF-12 (Imagem: USAF/Wikipedia)
Não é sobre como parece, mas sobre o que faz. YF-12 é essencialmente SR-71 Blackbird (avião espião mais rápido do mundo), mas um lutador. Projetado para perseguir bombardeiros soviéticos a velocidades superiores a Mach 3, era um pouco exagero, para dizer o mínimo.

5. Rockwell HiMAT

HiMAT (Imagem: Arquivo Nacional dos EUA/Wikipedia)
E eis que entramos na zona onde todas as aeronaves parecem algo de Star Wars. O primeiro deles é o HiMAT, uma tentativa de tornar um caça a jato o mais manobrável possível. Se não fosse pelo esquema de pintura altamente incomum, pareceria um F-16 do mundo de Mad Max.

4. Ryan X-13 Vertijet

Ryan X-13 Vertijet (Imagem: Wikipedia)
Ele faz o que diz: Vertijet é um jato projetado para decolar verticalmente, um dos muitos projetos semelhantes experimentados pelos Estados Unidos nos anos 50. Surpreendentemente, nenhum dos dois protótipos caiu.

3. Rockwell XFV-12

Rockwell XFV-12 (Imagem: Rockwell/Wikipedia)
Protótipo de jato supersônico VTOL dos anos 70, poderia muito bem ter sido a tentativa de Rockwell de entrar no gênero de ficção científica. Que pena, a aeronave era muito ruim para voar.

2. Northrop XP-79B

Northrop XP-79B (Imagem: USAAF/Wikipedia)
Desta vez não se trata apenas de aparência esquisita, e não apenas de desempenho estranho. São ambos. Bem conhecido entre os geeks da aviação, o XP-79 tem uma reputação que é bem merecida. Sim, foi projetado para atacar bombardeiros inimigos colidindo com eles. O que não amar?

1. Convair F2Y Sea Dart

Convair F2Y Sea Dart (Imagem: US Navy/Wikipedia)
Hidroaviões são legais. Interceptadores supersônicos também são legais. Por que não casar com essas ideias?

Embora por algum tempo parecesse que os caças aquáticos eram uma coisa do passado, houve tentativas de fazê-los no início da era do jato. O barco voador de caça a jato Saunders Roe SR.A/1 era um deles, parecia ridículo (bem, talvez não o suficiente para fazer esta lista), e todo mundo se esqueceu disso. 

Mas Convair tinha outros pensamentos. Eles pegaram seu interceptor F-102 Delta Dagger, mexeram um pouco nele e o colocaram em esquis aquáticos. Nos anos 50, a ideia de jatos supersônicos decolando de porta-aviões parecia um pouco futurística demais, então, esta foi uma tentativa de usar tecnologia comprovada. Caças supersônicos decolando e pousando na água. Por que não?

Cinco protótipos foram construídos e amplamente testados, pelo menos um deles com, tem, consequências bastante explosivas. Outros foram fundamentados e esquecidos sem merecimento.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com informações de AerotimeHub

Aconteceu em 30 de novembro de 2007: Voo 4203 da Atlasjet - Queda de um DC-9 na Turquia

Em 30 de novembro de 2007, o voo 4203 da Atlasjet foi um voo doméstico regular de passageiros do Aeroporto Atatürk, em Istambul, para o Aeroporto Isparta Süleyman Demirel, na Província de Isparta, também na Turquia. A aeronave que operava o voo caiu nas proximidades de Keçiborlu entre as aldeias de Yenitepe e Çukurören durante a aproximação, aproximadamente 12 quilômetros a oeste do aeroporto de destino. Todos os 57 ocupantes morreram no acidente.

A aeronave que operou o voo 4203 foi o McDonnell Douglas DC-9-83 (MD-83), prefixo TC-AKM (foto acima), que a Atlasjet havia alugado da World Focus Airlines apenas cinco meses antes. O avião foi fabricado em agosto de 1994 com o número de série 53185. Estava equipado com dois motores turbofan Pratt & Whitney JT8D-219.

A aeronave havia sido inicialmente implantada para serviço na Reno Air em setembro de 1994, onde operou até agosto de 1999, até sua fusão com a American Airlines, onde serviu até março de 2001. Posteriormente, a companhia aérea turca Freebird Airlines comprou a aeronave e a operou até maio de 2005. Finalmente, a World Focus Airlines adquiriu a aeronave e a registrou como TC-AKM em maio de 2005. 

O MD-83 foi alugado para a Turkish Airlines no final de novembro do mesmo ano e foi devolvido sete meses depois em junho de 2006. A World Focus Airlines sublocou a aeronave para a Atlasjet no final de junho de 2007 por um período de cinco meses.

A tripulação era composta por dois pilotos, um técnico e quatro comissários de bordo. O capitão Serhat Özdemir, de 48 anos, era o piloto que comandava a aeronave. Tahir Aksoy, um ex-piloto da Força Aérea Turca, era o primeiro oficial. Ele ingressou na World Focus Airlines apenas três meses antes do acidente e acumulou cerca de 14 horas no MD-83, o que estava bem abaixo das 100 horas mínimas exigidas pelos regulamentos turcos. 

Dos sete membros da tripulação, três comissários de bordo eram funcionários da Atlasjet, assim como ambos os pilotos. O técnico e um comissário de bordo eram contratados pela World Focus Airlines.

Todos os 50 passageiros, dos quais um era um bebê de seis semanas, eram cidadãos turcos. Entre os que estavam a bordo estava o renomada física nuclear Profa. Dra. Engin Arik. Ela estava acompanhada por cinco outros cientistas prestes a participar de uma conferência na Universidade Süleyman Demirel em Isparta sobre o Projeto do Centro de Aceleração da Turquia. 

Os seis cientistas trabalharam em diferentes universidades da Turquia e tiveram papéis decisivos no projeto. A Profa. Arik também estava trabalhando para a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN) nos experimentos ATLAS e CAST. 

O voo 4203 decolou de Istambul às 00h51 levando a bordo 50 passageiros e sete tripulantes. Com vinte e sete minutos de voo, o capitão Özdemir disse ao controle de tráfego aéreo (ATC) que eles estavam se aproximando do aeroporto de Isparta usando o alcance omnidirecional VHF, que é um tipo de sistema de radionavegação de curto alcance que permite às aeronaves determinar sua posição e permanecer no curso. O aeroporto relativamente pequeno, que serve principalmente voos domésticos, não estava equipado com o sistema de pouso por instrumentos mais sofisticado.

À 01h36, a tripulação fez seu último contato de rotina com o ATC - na ausência de qualquer anormalidade - dizendo que eles "estavam chegando". O controlador de tráfego aéreo reconheceu a mensagem que constituiu a última troca de palavras entre a tripulação e o ATC. 

Pouco depois dessa transmissão, a aeronave caiu. Outras tentativas de contatar a tripulação foram inúteis.

Passado o tempo estimado de chegada do voo 4203 e sem dar sinais do destino da aeronave, o controlador de tráfego aéreo decidiu estabelecer contato com outras aeronaves da área, solicitando que cuidassem do voo condenado. 

No entanto, não houve resultados e o ATC declarou oficialmente o desaparecimento da aeronave e os esforços de busca e resgate liderados pela Gendarmaria turca foram iniciados. 

Devido à escuridão predominante e ao terreno montanhoso, as operações terrestres iniciais mostraram-se difíceis, então a Força Aérea Turca despachou um helicóptero equipado com câmeras térmicas a fim de vasculhar o suposto local do acidente e localizar a aeronave. 

Nas primeiras horas da manhã, logo após as 06h00, os destroços foram localizados pelo helicóptero na colina Türbetepe de 1.830 metros (6.000 pés) de altura, cerca de 12 quilômetros (7,5 milhas) a oeste do aeroporto e 6 quilômetros (3,7 milhas) a sudoeste da cidade de Keçiborlu. 

Todas as outras equipes de busca e resgate, incluindo um helicóptero da polícia e a ambulância, foram imediatamente encaminhadas para aquele local.

Na chegada, no entanto, não havia sobreviventes entre os 57 ocupantes. O campo de destroços se estendeu por uma grande área de 5.000 metros quadrados (54.000 pés quadrados).

As observações iniciais do Governador de Isparta Şemsettin Uzun chamaram a atenção para o local onde a aeronave caiu, que ele declarou não corresponder à trajetória de voo oficial, implicando que o voo nunca deveria ter realmente estado em qualquer lugar perto do local do acidente.

Imediatamente após a queda, o CEO da Atlasjet, Tuncay Doğaner, garantiu em uma entrevista coletiva que "o acidente foi causado por um erro do piloto, e que não houve falha técnica na aeronave". 

O gerente geral da DGCA, Ali Arıduru, compartilhou a opinião de Doğaner e declarou que "não houve nenhum problema com a manutenção técnica da aeronave, é evidente que a aeronave caiu devido a um erro do piloto". 

Essas declarações foram amplamente criticadas pela mídia e por especialistas, uma vez que foram feitas em um momento em que era impossível saber tão rapidamente o que aconteceu sem poder avaliar adequadamente a situação ou conhecer os fatos.


A investigação do acidente foi conduzida pela Diretoria Geral de Aviação Civil da Turquia (DGCA, turco: Sivil Havacılık Genel Müdürlüğü, SHGM), que imediatamente mobilizou uma equipe de quatro investigadores para o local do acidente. Feridun Seren foi nomeado chefe da equipe de investigação responsável por estabelecer a causa do acidente.

Ambos os gravadores de voo, o gravador de voz da cabine (CVR) e o gravador de dados de vôo (FDR) foram recuperados na tarde seguinte ao acidente e posteriormente enviados aos laboratórios da Lufthansa Technik na Alemanha para análise.

No entanto, de acordo com um relatório investigativo do diário turco Sabah em fevereiro de 2012, citando correspondência interna, os gravadores de voo nunca foram realmente entregues à Lufthansa Technik. 

Em vez disso, os gravadores de voo foram enviados ao Bureau Federal Alemão de Investigação de Acidentes de Aeronaves (BFU), onde foram abertos e investigados por Feridun Seren e sua equipe. O BFU afirmou ter afirmado que o painel de investigação turco conduziu a própria investigação e que o BFU não interferiu no processo.

Ao contrário das notícias iniciais, que afirmavam que ambos os gravadores de voo foram lidos com sucesso, a equipe de investigação determinou que os gravadores de voo não puderam ser analisados ​​porque o CVR estava inoperante por nove dias antes do acidente e o FDR descobriu-se que, misteriosamente, registrou apenas os primeiros 14 minutos do voo.

Em outro relatório investigativo apresentado por Sabah, foi alegado que a aeronave estava voando sem permissão no dia do acidente. O contrato de subarrendamento entre a World Focus Airlines e a Atlasjet para a operação do MD-83 foi assinado em 25 de junho de 2007 por um período de cinco meses, que terminou em 25 de novembro de 2007, cinco dias antes do acidente. 


Em uma conferência de imprensa no entanto, Atlasjet refutou a alegação de que a aeronave estava voando sem permissão, garantindo que um contrato de curto prazo com duração de três dias foi assinado em 29 de novembro de 2007, um dia antes do acidente.

Embora a aeronave tenha sido equipada com um sistema de alerta de proximidade do solo (GPWS) que alerta os pilotos se a aeronave está em perigo imediato de voar para o solo ou um obstáculo, os investigadores determinaram que ela não estava funcionando corretamente durante pelo menos 85 dos últimos 234 voos da aeronave. 

A unidade foi instalada anteriormente em outra aeronave MD-83 da Atlasjet (registrada TC-AKN), mas havia sido trocada uma semana antes do acidente. Embora o mau funcionamento da unidade GPWS fosse conhecido da companhia aérea e da DGCA, ele não foi devidamente registrado nos registros de manutenção para não ser detectado.


Uma vez que a análise do CVR e FDR era impossível, os investigadores voltaram sua atenção para as gravações de radar que indicavam que o voo condenado estava se aproximando do Aeroporto de Isparta em sua trajetória de voo prevista para sudoeste, sul do aeroporto e paralelo à pista e desceu a 2.600 metros (8.500 pés). 

Após essa etapa, a aeronave deveria girar 180 graus para a direita e se alinhar com a pista 05 para a aproximação final. No entanto, ao virar em direção à pista, a aeronave desviou-se de sua trajetória de voo em 30 graus e acabou voando para longe da pista em direção ao norte ao invés de nordeste. Supondo que eles estivessem no curso, a tripulação desceu mais, mas pouco tempo depois atingiu a colina Türbetepe de 1.830 metros (6.000 pés) de altura.

O tempo foi imediatamente descartado como uma possível causa, pois as condições meteorológicas eram boas e a visibilidade não estava limitada no momento do acidente. Os investigadores também determinaram que os motores estavam funcionando no momento da colisão com o terreno, que o trem de pouso e os flaps foram acionados corretamente, que não houve fogo, nem pré-acidente nem pós-acidente e que os testes de álcool e drogas da tripulação retornaram resultados negativos.

Muitas incertezas surgiram quanto ao que pode ter contribuído para ou causado o acidente. Porque o local onde a aeronave parou de forma verificável não correspondia à trajetória oficial do voo - o voo terminou a noroeste do aeroporto enquanto se aproximava pelo sul - e o controlador de tráfego aéreo conta que a tripulação também não solicitou um desvio nem declarada qualquer outro inconveniente, como emergência, foi apurado que houve algum tipo de erro de navegação por culpa da tripulação.

O relatório final foi lançado em novembro de 2008, um ano após o acidente. Foi determinado que o acidente foi causado por erro de navegação dos pilotos. O ministro turco dos Transportes, Binali Yıldırım, afirmou que o acidente foi um “ voo normal controlado para o terreno por culpa da tripulação”. 

O relatório afirma que o GPWS não foi capaz de produzir alarmes sonoros devido a um defeito. Tanto o capitão quanto o primeiro oficial eram bastante inexperientes e foi a primeira vez que se aproximaram de Isparta. Eles não entraram na Partida por Instrumentos Padrão de Istambul nem na Rota Padrão de Chegada do Terminal e no procedimento de abordagem de Isparta no sistema de gerenciamento de voo.

Em 3 de dezembro de 2007, o conselho provincial de Isparta decidiu erguer um mausoléu perto do local do acidente para homenagear as vítimas.

Em fevereiro de 2008, a World Focus Airlines mudou sua imagem corporativa para "Ankair" como resultado da publicidade em torno do acidente. Sua licença de operação foi suspensa pelas autoridades turcas pouco tempo depois.

Em outubro de 2011, o chefe da equipe de investigação, Feridun Seren, foi preso junto com seis outros réus em conexão com o controvertido acidente Medair Bell 206 de 2009 que matou o líder do BBP Muhsin Yazıcıoğlu - em cuja investigação ele também estava envolvido - por permitir os gravadores de voo devem ser adulterados, obscurecendo as evidências e criando protocolos falsos.

A ação judicial sobre o acidente foi iniciada em dezembro de 2009 no 1º Tribunal Penal Pesado de Isparta. O tribunal anunciou sua decisão final cerca de cinco anos depois, em janeiro de 2015: o proprietário da World Focus Airlines, Yavuz Çizmeci, foi considerado culpado em primeiro grau por permitir que uma aeronave imprópria para voar e com falhas de manutenção conhecidas fosse alugada. 

O principal executivo das companhias aéreas, Aydın Kızıltan, e o chefe técnico İsmail Taşdelen foram considerados culpados em segundo grau pelo mesmo motivo. Todos os três réus foram condenados coletivamente a 11 anos e 8 meses de prisão por homicídio culposo.

O chefe de manutenção da World Focus Airlines, Fikri Zafer Dinçer, também foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por homicídio culposo. O ex-gerente geral da DGCA Ali Arıduru e o gerente geral assistente Oktay Erdağı foram condenados a 1 ano e 8 meses de prisão por negligência. A 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Cassação ratificou a decisão do Tribunal Penal Pesado em março de 2016.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Aconteceu em 30 de novembro de 1962: Voo 512 da Eastern Air Lines - Acidente fatal durante o pouso

O voo 512 da Eastern Air Lines era um voo regular de passageiros domésticos de Charlotte, na Carolina do Norte, para a cidade de Nova York, que caiu em 30 de novembro de 1962, matando 25 das 51 pessoas a bordo. 

O Douglas DC-7B N836D da Eastern Air Lines, similar ao acidentado (HR Planespotter)

A aeronave era o Douglas DC-7B, prefixo N815D, que foi fabricado em setembro de 1956 e tinha o número de série do fabricante 45084. O avião tinha um tempo total de voo de 18.411 horas no momento do acidente. Era equipado com quatro motores de hélice a pistão Wright, modelo 972TC18DA.

O capitão do voo era Edward Bechtold, de 43 anos. Ele estava empregado na Eastern Air Lines desde abril de 1945 e registrou um total de 15.644 horas de voo, incluindo 2.700 na aeronave tipo DC-7. Em 1943, ele recebeu a Medalha Aérea por conquistas meritórias do Tenente General George C. Kenney , comandante das forças aéreas aliadas no sudoeste do Pacífico. Ele era o presidente do Comitê de Segurança Aérea de Nova York. 

O copiloto era Julius Wagner, de 45 anos. Ele trabalhava na companhia aérea desde março de 1951 e acumulou um total de 9.042 horas de voo, incluindo 1.610 horas no DC-7. 

O engenheiro de voo era Robert Voorhees, de 31 anos. Ele havia acumulado um total de 4.080 horas de voo, que incluía 149 horas como engenheiro de voo e 718 horas como piloto em uma aeronave DC-7. Ele estava empregado na companhia aérea desde agosto de 1957. 

As duas comissárias de bordo eram Helen Fournier, de 21 anos, e Patricia Richards, de 22 anos. Fournier havia começado seu emprego na Eastern Air Lines em abril de 1962, e estava em apenas seu terceiro voo no momento do acidente.

Todos os 45 passageiros eram dos Estados Unidos, exceto um, que era do Canadá.

O voo saiu do Aeroporto Municipal de Charlotte às 19h41 a caminho do Aeroporto Idlewild, na cidade de Nova York, levando a bordo 45 passageiros e seis tripulantes. 

Notificações da Agência Federal de Aviação (FAA) alertaram a tripulação de que o sistema de radar de aproximação de precisão do aeroporto estava fora de serviço. A previsão do tempo indicava céu claro ou nuvens dispersas.

Enquanto o voo estava em andamento, manchas de névoa no solo começaram a se desenvolver em Idlewild. Às 8:57 PM, os pilotos foram avisados ​​de que haveria um atraso de duração indeterminada devido ao nevoeiro. O voo entrou em espera até 21h33, quando foi instruído a entrar no caminho de aproximação à pista 4R. 

Outra aeronave, pousando antes do voo 512, relatou neblina densa ao nível do solo com visibilidade extremamente baixa; os pilotos de um voo que havia sido liberado para decolar solicitaram um atraso porque a névoa era densa demais para uma operação segura. 

Instrumentos de alcance visual da pista do escritório no aeroporto do United States Weather Bureau,  registrou que a visibilidade havia caído para praticamente zero pouco antes de os instrumentos falharem completamente, mas essa informação não foi comunicada ao pessoal da torre. 

Como resultado, os pilotos das aeronaves que chegaram não foram informados da redução da visibilidade. Em vez disso, a torre relatou visibilidade de uma milha (um vírgula seis quilômetros), embora as tripulações de voo provavelmente tenham ouvido o tráfego de rádio de outros pilotos descrevendo as más condições. As regras que estavam em vigor no aeroporto exigiam uma visibilidade de pelo menos 2.000 pés (610 m) pés para uma pista permanecer aberta.

Conforme o voo 512 se aproximava da pista, os pilotos desceram até 25 pés acima do solo, cerca de 1.000 pés (300 m) além do ponto de toque na pista, quando a tripulação decidiu abandonar a abordagem. 

Eles retraíram o trem de pouso e mudaram a configuração dos flaps de 40 graus para 20 graus e giraram o nariz da aeronave entre 3 e 5 graus acima da posição nivelada. Como eles retraíram os flaps sem adicionar potência adicional ao motor, a aeronave perdeu sustentação e atingiu o solo.

A fuselagem se separou das asas em um monte de terra de aproximadamente 1 metro de altura, localizado a 3.600 pés (1.100 m) na pista. 

Os tanques de combustível na asa esquerda se romperam, provocando um incêndio no solo. A fuselagem se partiu aproximadamente na divisória entre as seções turísticas e de primeira classe. 

Às 21h45, o pessoal da torre viu um flash laranja brilhante e iniciou os procedimentos de emergência. O voo 8 da American Airlines, que estava se aproximando imediatamente após o voo 512, foi instruído a sobrevoar a pista para ver se eles podiam ver o que havia acontecido. O voo 8 informou que eles puderam ver um incêndio à esquerda da pista.

Após o acidente, veículos de emergência foram despachados para o local do acidente, mas foram atrasados ​​pela névoa densa e pelo terreno pantanoso onde a aeronave parou. Um motorista de ambulância relatou que a visibilidade era tão baixa quanto dois metros, o que dificultou a localização das vítimas do acidente. 

A chegada de alguns dos veículos de emergência foi atrasada pelo tráfego lento nas estradas próximas. A polícia impediu que todos, exceto o tráfego de emergência, entrassem na área, mas curiosos ainda causaram congestionamento na região. Muitos foram vistos caminhando ao redor do perímetro do aeroporto, deixando seus veículos nas estradas vizinhas. O aeroporto ficou fechado ao tráfego aéreo até as 7h10 da  manhã seguinte.

Sobreviventes disseram que o avião pegou fogo imediatamente após a queda. Enquanto a seção traseira da fuselagem permaneceu relativamente intacta, outras seções da fuselagem, peças do motor e pedaços quebrados de hélices, foram espalhados pelo local do acidente. 

Muitos dos sobreviventes foram lançados para longe da aeronave quando ela atingiu o solo, ainda presos aos assentos. Outros escalaram a fuselagem quebrada e foram auxiliados pelos dois comissários de bordo até estarem em segurança. 

As duas comissárias de bordo, Helen Fournier e Patricia Richards, sobreviveram ao acidente e ajudaram na evacuação dos sobreviventes, se arriscando, pois o incêndio consumiu a aeronave logo após a queda. 

As vítimas foram levadas ao centro médico do aeroporto, ao Peninsula General Hospital ou ao Queens General Hospital. Duas vítimas sofreram ferimentos graves, enquanto outras ficaram feridas com menor gravidade.

Vinte e um passageiros e quatro tripulantes morreram, entre eles os dois pilotos e o engenheiro de voo.

Uma equipe de 80 especialistas em voo, incluindo uma equipe de 24 pessoas do Civil Aeronautics Board (CAB), iniciou uma investigação, supervisionada por G. Joseph Minetti e assistida por George A. Van Epps, investigador supervisor de segurança aérea para a região de Nova York. A investigação geral foi dirigida por Arthur E. Newsmann, responsável pelo escritório de Denver.

Em 10 de outubro de 1963, o CAB divulgou seu relatório final do acidente. Nele, constataram que a causa provável do acidente foi a técnica empregada pela tripulação durante o abandono da aproximação da aeronave em condições inesperadas de nevoeiro. 

O conselho concluiu que se a tripulação tivesse girado a aeronave para uma posição de nariz mais alto para cima ou tivesse usado mais potência do motor, a descida do avião teria sido interrompida e o acidente evitado.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Hoje na História: 30 de novembro de 1944 - Boeing B-17 Flying Fortress é abatido durante a 2ª Guerra Mundial

Boeing B-17G-75-BO Flying Fortress 43-37877 pegando fogo e caindo perto de
Merseberg, na Alemanha (Foto: American Air Museum in Britain UPL 30040)
Em 30 de novembro de 1944, em fotografia icônica da Segunda Guerra Mundial, o Boeing B-17 Flying Fortress, B-17G-75-BO 43-37877, do 836º Esquadrão de Bombardeio (Pesado), 487º Grupo de Bombardeio (Pesado), é retratado após ser atingido por artilharia antiaérea logo após o lançamento da bomba perto de Merseberg, Sachsen-Anhalt, Alemanha, às 1314 GMT, 30 de novembro de 1944.

O 43-37877 foi tripulado pelo 1º Tenente Lloyd W. Kersten, Piloto; 1º Tenente Henry E. Gerland, Co-Piloto; 1º Tenente James Hyland, Navigator; 1º Tenente Warren R. Ritchhart, Bombardier; Sargento Técnico Arnold R. Shegal, Engenheiro de Voo / Artilheiro; Sargento Everett S. Morrison, Artilheiro da Torre de Bola; Sargento Joseph M. Miller, Artilheiro; Sargento Maurice J. Sullivan, Tail Gunner.

O B-17 caiu perto de Halle, Sachsen-Anhalt. Sete membros da tripulação morreram. Dois, os tenentes Hyland e Richart, foram capturados e mantidos como prisioneiros de guerra.