sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Aconteceu em 26 de agosto de 2003: A queda do voo 9446 da Colgan Air - Pouso Impossível


O voo 9446 da Colgan Air foi um voo de reposicionamento operado pela Colgan Air para a US Airways Express. Em 26 de agosto de 2003, o Beech 1900D caiu na água a 100 jardas da costa de Yarmouth, em Massachusetts (EUA), logo após decolar do Aeroporto Municipal de Barnstable em Hyannis. Ambos os pilotos morreram.


O voo 9446 foi operado pelo Beechcraft 1900D, prefixo N240CJ, pertencente a Colgan Air, e voando pela US Airways Express (foto acima). A aeronave tinha acabado de receber manutenção e estava sendo reposicionada em Albany, em Nova York, para retornar ao serviço. 

Os dois ocupantes do avião eram seus pilotos, o capitão Scott Knabe (39) e o primeiro oficial Steven Dean (38). O capitão Knabe estava na Colgan Air há dois anos e tinha 2.891 horas de voo, incluindo 1.364 horas no Beechcraft 1900. Dean estava na companhia aérea há menos de um ano e tinha 2.489 horas de voo, 689 das quais no Beechcraft 1900.

O voo 9446 partiu do Aeroporto Municipal de Barnstable em 26 de agosto de 2003 às 15h40. Logo após a decolagem, a tripulação declarou emergência e relatou um problema de equilíbrio. A aeronave fez uma curva à esquerda e atingiu uma altitude de 1.100 pés. 

Os pilotos solicitaram o retorno a Barnstable, e o controle de tráfego aéreo autorizou o vôo para pousar em qualquer pista. O avião continuou sua curva à esquerda em uma atitude de nariz para cima e, em seguida, caiu e caiu na água a 5 km (3,1 mls) ao sul de Hyannis, na costa de Yarmouth, em Massachusetts. Os dois pilotos morreram no acidente.


O National Transportation Safety Board (NTSB) investigou o acidente e determinou que o voo 9446 foi o primeiro voo após a equipe de manutenção ter substituído o cabo de acabamento do profundor dianteiro. O pessoal de manutenção havia pulado uma etapa do processo de manutenção. 

Além disso, o manual de manutenção da aeronave descreveu o tambor de compensação do elevador ao contrário. Como resultado, o sistema de compensação foi configurado de uma maneira que fez com que as abas de compensação na cabine se movessem na direção correta, mas a roda de compensação real (que controlava as superfícies de controle de voo) se movia na direção oposta direção.

O NTSB também determinou que os pilotos não notaram o erro de manutenção porque o capitão falhou ao executar uma lista de verificação de pré-voo, que incluía uma verificação de compensação do elevador. Os pilotos ajustam manualmente o compensador do nariz para cima antes da partida, mas devido à manutenção inadequada, isso na verdade define o compensador do profundor para a posição do nariz totalmente para baixo.


O NTSB determinou que seriam necessários 250 libras de força no manche de controle para os pilotos manterem o avião no ar, tornando um pouso seguro quase impossível. Os investigadores programaram um simulador de voo com ajustes de compensação inadequados e fizeram seis voos simulados. Cinco tentativas resultaram em acidentes logo após a decolagem; em uma tentativa, o piloto do simulador foi capaz de circular para um pouso, mas impactou o terreno ao tentar pousar.

O NTSB publicou suas conclusões e determinação da causa provável em 31 de agosto de 2004. O NTSB determinou que as causas prováveis ​​do acidente foram a substituição indevida da equipe de manutenção do cabo de guarnição do elevador dianteiro e a subsequente verificação funcional inadequada da manutenção realizada. O NTSB também identificou a falha da tripulação de voo em seguir os procedimentos da lista de verificação e a descrição errônea do fabricante da aeronave do tambor de compensação do elevador no manual de manutenção como tendo contribuído para o acidente.

Após a publicação do relatório final do NTSB, a Aero News Network observou que os manuais de manutenção do Beechcraft 1900D foram considerados fatores de acidente em dois acidentes fatais anteriores. No entanto, Raytheon, o proprietário do Beechcraft, negou a culpa pela queda do voo 9446, e um porta-voz da empresa disse que o acidente não teria acontecido sem os erros da tripulação de manutenção da Colgan Air.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, Code7700 e baaa-acro)

Aconteceu em 26 de agosto de 1981: Acidente com o voo 221 da Aeropesca Colombia


Em 26 de agosto de 1981, o avião turboélice quadrimotor Vickers 745D Viscount, prefixo HK-1320, da empresa Aeropesca Colombia (foto acima), realizava o voo regular de passageiros do aeroporto de Florencia para o aeroporto de Neiva, ambos na Colômbia, levando a bordo 44 passageiros e seis tripulantes.

A aeronave,  que voou pela primeira vez em 22 de fevereiro de 1956 no Reino Unido e foi entregue à Capital Airlines nos Estados Unidos em 3 de março de 1956, foi vendida posteriormente para Austrian Airlines e para Aloha Airlines, até ser comprada pela Aeropesca Colômbia em 1971.

Poucos minutos após a decolagem do Aeroporto Florencia-Gustavo Artunduaga Paredes, em um cruzeiro em más condições climáticas, o Vickers Viscount colidiu com o Monte Santa Elana, um pico da montanha andina, envolto em nuvens e localizado a cerca de 48 km ao norte de Florência.

Os destroços foram encontrados poucas horas depois. A aeronave foi totalmente destruída e todos os 50 ocupantes morreram.


A investigação das autoridades colombianas concluiu que a causa provável era "a continuidade da VFR em condições meteorológicas abaixo do mínimo estabelecido no Manual de Rotas Aéreas da Colômbia".

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Vídeo: Entrevista - Locutor voador com a cabeça no ar!


Antonio Viviani é locutor e piloto, uma figura divertida! Faz parte do seleto time de grandes vozes do rádio e da propaganda brasileira. Você vai se divertir e relembrar as vozes que ele fez no passado e continua fazendo até hoje!

Via Canal Porta de Hangar de Ricardo Beccari

Base de Alcântara: Maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro completa 19 anos

Lançamento do VLS-1 V02, em 1999; por falha no segundo estágio, o foguete foi destruído (Imagem: AEB)
Em 22 de agosto de 2003, um foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS) deu partida antecipada e matou 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara.

O maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro, que matou 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no norte do Maranhão, completou 19 anos na última segunda-feira (22).

No dia 22 de agosto de 2003, o foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS), que levaria para o espaço o primeiro satélite de fabricação nacional, passava por ajustes finais da Torre Móvel de Integração (TMI) quando uma ignição prematura de um dos motores resultou na explosão do protótipo de 21 metros de altura.

Maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro completa 19 anos (Foto: Arquivo)
A causa apontada pelo relatório final de investigação, concluído pelo Comando da Aeronáutica em fevereiro de 2004, foi um "acionamento intempestivo" provocado por uma pequena peça que ligava o motor.

O Ministério da Aeronáutica descartou a possibilidade de sabotagem, de grosseira falha humana ou de interferência meteorológica, mas apontou "falhas latentes" e "degradação das condições de trabalho e segurança", entre eles saídas de emergência que levavam para dentro da própria TMI, além de estresse por desgaste físico e mental dos tecnologistas.


O acidente levou à adoção de novas medidas de segurança no centro de lançamento. Inaugurada em 2012, a nova TMI promete ser mais segura. Ao redor da torre de 33 metros de altura e mais de 380 toneladas, uma extensa fiação garante corrente elétrica para um dos estágios da plataforma do veículo lançador de satélites.

A área foi projetada e construída com concreto armado, tudo para evitar problemas como o que ocorreu em 23 de agosto de 2003.

Novo foguete será lançado este ano


Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão (Foto: Reuters)
Em dezembro deste ano, a agência aeroespacial sul coreana Innospace planeja realizar seu primeiro lançamento suborbital a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Esse será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, um pequeno lançador de satélites capaz de transportar 50kg para uma órbita polar, que cruza os polos do planeta, a aproximadamente 500 km de altitude.

Desde que empresa norte-americana de foguetes Hyperion desistiu das negociações com o Brasil, a Innospace assumiu o lugar para se tornar a operadora da principal área de lançamento da base de Alcântara, comandada pela Força Aérea Brasileira.

Veja reportagem do Fantástico (TV Globo) quando dos 10 anos do acidente:


Via g1 e UOL

Veja por que você não deve construir um helicóptero em casa


No dia 30 de março de 2021, em Yekaterinburg, na Russia, um homem tentou construir um helicóptero em sua casa. Só que, ao tentar decolar, a gambiarra não funcionou como o esperado. Felizmente, ele teve apenas ferimentos leves.

Moradores sem-teto ameaçam segurança de aeroporto

Aeroporto de San Jose, na California, enfrenta problema com invasão de área de segurança por moradores sem-teto e autoridades avaliam solução.

Zona próximo da cabeceira foi invadida e coloca em risco moradores sem-teto e
 aeronaves em operação de decolagem e pouso - San Jose Airport
A invasão por moradores sem teto em uma área livre no aeroporto internacional de San Jose (KSJC), na Califórnia, se tornou um problema de segurança do transporte aéreo.

O acampamento de sem-teto, localizado ao sul do aeroporto, já chegou a reunir aproximadamente 5.000 pessoas, que passaram a viver próximo da área de aproximação das pistas 30L e 30R. Segundo a FAA, a agência norte-americana de aviação civil, a área foi criada para ampliar a margem de segurança operacional, oferecendo aproximadamente 40 acres de espaço livre para o caso de uma aeronave sair da pista. Os aviões passam sobre os moradores do acampamento há poucos metros de altitude.


Embora em nenhum momento os moradores da área tenham tentado invadir o perímetro de segurança do aeroporto, as autoridades enfrentam um desafio adicional para a segurança de voo, já que além do risco de um avião colidir com o acampamento, os sem-teto estão acumulando lixo no espaço, que passou a atrair bandos de pássaros.

Um dos temores das autoridades é que os pássaros possam colidir com os aviões, colocando em risco a segurança das aeronaves e seus ocupantes, e também das pessoas em solo.

No destaque área invadida por moradores sem-teto no auge da crise sanitária,
entre 2020 e 2021 (Imagem: Google Earth)
Note a mesma área do aeroporto em meados de 2018, antes da invasão (Imagem: Google Earth)
Embora a prefeitura de San Jose trabalhe com a FAA para tentar resolver a questão, nos últimos meses foram instalados banheiros portáteis e pias para permitir os moradores terem maior higiene, algo considerado ainda mais crítico no auge da pandemia.

Segundo reportagem do jornal Mercury News, a FAA queria a liberação do espaço tivesse ocorrido em meados do ano passado, mas a administração da cidade de San Jose pediu uma extensão do prazo, que já superou um ano.

Atualmente vivem aproximadamente 100 pessoas na área, e segundo a prefeitura dois terços do acampamento já foi desmontado. Um dos desafios é a grande quantidade de sucatas na área, incluindo diversos veículos sem condição de rodar.

Visando preservar a área de futuras invasões a cidade quer transformar a área em um parque, com espaço para cães, campo de golfe e um jardim público.

Avião dos EUA pousa em emergência com delegação do Congresso

Um KC-46 que transportava uma delegação do Congresso dos EUA pousou em emergência com a lança combustível estendida.

KC-46A Pegasus é um Boeing 767-200 modificado para operação de reabastecimento
em voo (Foto: Guarda Nacional Aérea dos EUA)
Um avião-tanque KC-46A Pegasus, da Força Aérea dos Estados Unidos, Usaf, na sigla em inglês), fez um pouso de emergência na tarde desta quarta-feira (24), após a lança que transfere combustível ficar estendida. O avião estava com uma delegação do Congresso norte-americano a bordo durante a falha.

A Usaf confirmou que nenhum das dezesseis pessoas a bordo ficou ferida ou mesmo que a falha pudesse comprometer a segurança da aeronave.

O KC-46 em questão pertence à 157ª Ala de Reabastecimento Aéreo da base da Guarda Aérea Nacional de Pease, no estado de New Hampshire. Após detectar o problema a tripulação optou por um pouso na base McGuire, em New Jersey. Imagens que circulam pelas redes socias mostram o pouso do KC-46 com a lança estendida.


“Durante o voo, um dos KC-46 teve um problema com o cabo de içamento da lança de reabastecimento, o que resultou na aterrissagem da aeronave com a lança estendida. Os serviços de emergência da 305ª Ala de Mobilidade Aérea responderam e protegeram o local com segurança, sem incêndio ou ferimentos na tripulação ou passageiros", publicou o 157º esquadrão.

Um outro KC-46 pousou na base McGuire e transportou a delegação do Congresso de volta para a base em New Hampshire.

A aeronave envolvida tem uma pintura especial com a bandeira dos Estados Unidos no estabilizador vertical e na fuselagem está escrito: Live Free or Die, algo como Viva livre ou morra.

O KC-46 embora seja um projeto recente, com menos de dez anos, ainda está passando por uma série de problemas em vários sensores, o que está causando um certo desconforto nas relações entre a Boeing e o alto comando militar da Usaf.

O Pegasus deverá substituir os veteranos KC-135 e KC-10. Atualmente a Usaf conta com cinquenta unidades do KC-46, espalhados por cinco bases aéreas nos Estados Unidos. Atualmente a aeronave já acumulou 6.000 missões de reabastecimento em voo.

Via André Magalhães (Aero Magazine)

Boeing 737 da United Airlines taxiou por tanto tempo no aeroporto de Newark que ficou sem combustível para o voo


Na segunda-feira (22), um avião B737 da United Airlines programado para voar de Newark a Denver taxiou por tanto tempo no aeroporto de Newark que acabou ficando sem combustível adequado para o voo.

O Boeing 737-900ER estava taxiando para voar para Denver. No entanto, o avião ficou na pista e nas pistas de táxi por mais de seis horas antes de o voo ser cancelado.

Os atrasos iniciais foram relatados devido a raios e tempestades. Inicialmente, a aeronave taxiou por cerca de 3 horas antes de retornar ao portão. No entanto, a aeronave continuou taxiando pelas próximas horas.

Conforme relatado pela Aviationa2z, em um anúncio, o capitão disse: “Além de taxiar por horas, o controle de tráfego aéreo nos deu uma rota de voo mais longa para Denver para evitar tempestades prolongadas. O que significava que não tínhamos combustível suficiente para chegar lá.”

Eventualmente, depois de permanecer na pista por mais 8,5 horas, o voo foi cancelado e os passageiros desembarcaram da aeronave.


“Oh meu Deus, depois de 8,5 horas na pista de Newark, e desembarque / reembarque / reabastecimento do avião, o voo não pode acontecer”, twittou o repórter do New York Times Hiroko Tabuchi.

“Estamos voltando para o portão pela última vez. Desta vez, é a tripulação – eles estão fora do tempo. 'Fiquei sem desculpas', o piloto acabou de nos dizer.

Pinturas externas de aeronaves rachadas devido a ondas de calor na Europa – um ponto de partida para mais problemas na fuselagem


Com as temperaturas extremas se tornando uma ocorrência habitual de verão na Europa – algumas regiões chegando a 45°C – as temperaturas sufocantes agora duradouras e mais frequentes são um problema bastante novo para as companhias aéreas europeias, bem como manutenção, reparo e revisão geral (MRO) que os provedores de serviços estão enfrentando. Como os danos graves estão sendo causados ​​às fuselagens das aeronaves, como a aviação baseada na Europa deve resolver o problema?

Embora as temperaturas duas vezes mais altas do que as atuais na Europa sejam notícias antigas para regiões como o Oriente Médio, isso se tornou um problema novo para o velho continente. O calor extremo tornou-se o principal culpado por danificar a pintura da superfície das fuselagens das aeronaves, resultando em potenciais riscos de segurança e aeronaves aterradas. Jan Brunstedt, CEO da Aviator Robotics AB e criador do Nordic Dino , o principal robô de limpeza externa de aeronaves, diz que, para evitar consequências tão intensas, a manutenção mais frequente do exterior da aeronave deve ser uma prioridade.

“Ninguém quer ter sua aeronave danificada tão severamente que precisa ser aterrada e sua fuselagem completamente repintada. Esse é, infelizmente, o resultado final do calor extremo que afeta as aeronaves. Por mais doloroso que seja, parece que esses tipos de ondas de calor podem muito bem ser uma coisa recorrente para a Europa, e as operadoras, fornecedores de MRO e fabricantes precisam aprender como evitar isso. Uma das maneiras, e a primeira linha de defesa, de certa forma, é uma lavagem mais regular do exterior da aeronave.”

Brunstedt observa que a maneira tradicional de limpar o exterior de uma aeronave – o que significa envolver uma equipe considerável de lavadoras, equipamentos e muito mais – só poderia aumentar o problema. Lavar manualmente uma aeronave, na maioria das vezes, significa uma chance maior de erros humanos e danos adicionais às pinturas, como raspar acidentalmente a fuselagem com um elevador de tesoura, por exemplo. Uma alternativa – soluções de lavagem semiautomáticas que requerem apenas uma pessoa para gerenciar e operar o robô de lavagem. A opção é mais econômica e economiza tempo e pessoal necessário para lavar uma aeronave.

Com as ondas de calor cobrindo a Europa, ressurgiram as discussões sobre o papel das tintas externas no aspecto de aeronavegabilidade da aeronave. Enquanto alguns fabricantes atribuem tintas lascadas e rachadas aos cosméticos e não necessariamente veem isso como um risco, várias operadoras, por outro lado, tratam isso como tal.

“É realmente uma discussão interessante e muito relevante”, Brunstedt reflete sobre o assunto. “Embora seja difícil saber o quanto a pintura rachada afeta a aeronavegabilidade e se ela deve ser vista apenas como parte da estética, uma coisa é certa – sem manutenção e sem tratamento, as partes levantadas da tinta absorvem sujeira, umidade, que, em por sua vez, pode causar problemas tão sérios quanto a corrosão. É um efeito de bola de neve quando se trata de cuidar adequadamente do exterior da aeronave. Um pequeno descuido pode levar a outro maior até se tornar um problema muito sério.”

Como as altas temperaturas do verão não parecem estar diminuindo tão cedo e voltando também no próximo ano, as companhias aéreas e provedores de serviços MRO na Europa precisam começar a tomar decisões e implementar soluções para evitar problemas graves que possam surgir pinturas externas levantadas.

Via aircargoweek.com

Perseguição aérea que começou no PR termina com avião incendiado em SP


Para se livrar de um flagrante por tráfico de drogas, suspeitos num bimotor, que fugiam de um caça da Força Aérea Brasileira (FAB), acabaram incendiando o avião que usavam assim que conseguiram pousar numa fazenda de Mirante do Paranapanema (SP), na tarde de quinta-feira (25). A aeronave era supostamente usada para transporte de drogas e vinha sendo perseguida desde a região Oeste do Paraná.

A Polícia Militar de São Paulo foi acionada pelos colaboradores de uma usina perto do local, que disseram ter ouvido o barulho dos aviões e de uma explosão. Em seguida, viram a coluna de fumaça negra que subia do avião em chamas no solo. Quando a PM chegou ao local, a aeronave dos suspeitos já estava completamente queimada.

Ainda não é certo se o incêndio aconteceu pela queda do avião ou se foram os próprios suspeitos que incendiaram a aeronave após pouso forçado. Os traficantes fugiram do local a pé. Equipes das polícias Civil, Militar e Federal fizeram buscas na região, porém ninguém foi localizado ou preso.

Segundo os policiais, a aeronave estava sendo perseguida por um caça da FAB desde o Estado do Paraná, pela suspeita de que estaria carregando drogas. O piloto não teria obedecido à ordem de pouso.

Via RICMais - Foto: Polícia Militar Ambiental

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Em fuga de caça da FAB, ocupantes abandonam avião usado no transporte de droga e incendeiam aeronave em canavial em Mirante do Paranapanema (SP)

Um maçarico foi encontrado próximo ao local onde a aeronave foi destruída pelo fogo. Policiais militares obtiveram informações de que ocupantes teriam jogado entorpecentes no Paraná.


Um avião bimotor pegou fogo em meio a um canavial em Mirante do Paranapanema (SP) na tarde desta quinta-feira (25).


A Polícia Militar foi chamada por funcionários de uma usina próxima que relataram ter ouvido uma explosão e encontraram a aeronave já em chamas no solo.

Não foi possível saber se o incêndio foi causado por uma eventual queda ou se o avião foi incendiado após o pouso. O piloto da aeronave não foi encontrado e, ainda de acordo com a Polícia Militar, não há, no local, vestígios de vítimas.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) foi visto sobrevoando a área logo após a ocorrência.

O g1 entrou em contato com a FAB, em Brasília (DF), às 14h57, por e-mail, e até a última atualização desta reportagem não havia recebido resposta.

Quando os policiais militares chegaram ao local, a aeronave estava no solo, em chamas, e já não tinha mais nenhum ocupante.

Os policiais obtiveram informações de que o avião estava sendo acompanhado por um caça da FAB desde o Estado do Paraná e que o piloto desobedeceu a uma ordem de pouso.

Ainda segundo a Polícia Militar, antes do pouso forçado no meio da plantação de cana-de-açúcar em Mirante do Paranapanema, os ocupantes do avião teriam jogado para fora da aeronave uma carga de entorpecentes quando sobrevoavam a região da cidade de Terra Rica (PR)..


A suspeita da polícia é a de que os ocupantes do avião tenham feito um pouso forçado em meio ao canavial em Mirante do Paranapanema e em seguida tenham incendiado a aeronave por conta própria, já que um maçarico foi encontrado nas proximidades de onde o aparelho foi destruído pelo fogo.

Maçarico foi encontrado próximo à área onde o avião pegou fogo (Foto: Paula Sieplin/TV Fronteira)
Os ocupantes da aeronave abandonaram o avião incendiado em meio ao canavial e fugiram a pé. Equipes das polícias Civil, Militar e Federal fizeram buscas nas proximidades, mas ninguém foi preso.


Via g1 - Fotos do local do acidente via Polícia Militar Ambiental (Atualizado às 18h33)

A história do perdido no Brasil em 1927: um jovem piloto americano desaparece na Amazônia

Depois de se tornar o primeiro a voar pelo Mar do Caribe, Paul Redfern desapareceu na selva amazônica, gerando uma dúzia de expedições de busca e um mistério não resolvido.

Paul Redfern (à direita) senta-se ao lado de Paul Varner, presidente do comitê que apóia
sua tentativa de voo sem escalas em 1927 para o Rio de Janeiro, em Sea Island, Geórgia
Mais de 3.000 espectadores alinharam-se nas dunas e na praia de areia compacta de Sea Island, Geórgia, enquanto Paul Redfern caminhava lentamente ao redor de um monoplano Stinson de cores vivas brilhando ao sol da tarde. Os repórteres se acotovelaram, disparando perguntas enquanto o jovem piloto verificava cuidadosamente a estrutura, os tanques de combustível e o motor pela última vez. Sua expressão era severa e focada, tentando parecer confiante sem a ansiedade óbvia que ele certamente sentia sobre seu voo sem escalas de 4.600 milhas através do Mar do Caribe e da selva da América do Sul para o Brasil.

A data era 25 de agosto de 1927, três meses desde que o histórico voo transatlântico solo de Charles Lindbergh de Nova York a Paris inspirou muitos aviadores de sua geração a buscar sua própria fama e glória. O Caribe ainda não tinha sido cruzado de avião, e fazer isso voando dos Estados Unidos para a América do Sul estabeleceria um novo recorde de distância. Voar sozinho na rota seria outro primeiro, mas ainda mais difícil com a fadiga potencialmente desempenhando um papel importante. Se o avião poderia transportar combustível suficiente para o voo sem escalas ou se seu piloto poderia permanecer alerta por mais de 48 horas eram questões ainda sem resposta.

Paul Rinaldo Redfern tinha 25 anos, a mesma idade de Lindbergh e a mesma constituição esguia. Quando adolescente em Columbia, SC, ele construiu e pilotou um pequeno planador. Durante seu segundo ano do ensino médio, ele construiu uma réplica de avião em tamanho real que foi exibida na Universidade da Carolina do Sul. Depois de completar seu segundo ano, Redfern largou a escola para trabalhar na fábrica da Standard Aircraft montando aviões para o Serviço Aéreo do Exército dos EUA durante a Primeira Guerra Mundial. Quando a fábrica fechou no final da guerra, ele voltou para casa para terminar o ensino médio. No verão seguinte, ele comprou um motor excedente e algumas peças de um avião destruído para construir seu próprio biplano e, após a formatura, começou a transportar passageiros e se apresentar em shows aéreos.

Redfern e sua esposa Gertrude posam com o biplano que ele construiu depois do colégio
Redfern percorreu todo o país e estabeleceu o primeiro campo de aviação comercial em Columbia. Mudando-se para Ohio, ele começou outro negócio de aviação e trabalhou como piloto para o rico empresário Charles Hillabrand. Em 1925, ele se casou com a filha de Hillabrand, Gertrude, e mudou-se para Savannah, Geórgia, onde voou para o Serviço de Alfândega dos Estados Unidos, detectando destilarias ilegais e navios contrabandeando bebidas alcoólicas.

Em 1927, as aspirações da glória da aviação estavam na mente de muitos pilotos, especialmente os jovens e ousados ​​como Redfern. O sucesso de Lindbergh apenas alimentou o fogo.

Não está claro se Redfern ou outra pessoa foi o primeiro a propor a ideia, mas quando a Junta Comercial de Brunswick, Geórgia, ofereceu um prêmio de US $ 25.000 por um voo sem escalas para o Rio de Janeiro, ele foi o único piloto a aceitar o desafio. A cidade de Brunswick esperava que o voo recorde atraísse novos investidores e ajudasse a tornar seu porto um importante centro de navegação da Costa Leste.

O voo de Brunswick para o Rio foi um empreendimento significativo. Quase metade da distância era sobre a água e a outra metade sobre a densa selva amazônica. Os locais de desembarque foram limitados a praias em algumas ilhas e áreas costeiras, a maioria bem fora da rota pretendida. Qualquer pouso de emergência no mar ou na selva deixaria o piloto com pouca esperança de resgate. O combustível seria crítico, exigindo navegação precisa. Nenhum rádio seria carregado para economizar peso e voar sozinho exigia ficar acordado durante todo o tempo. Muitos indivíduos da comunidade da aviação consideraram o voo perigoso e irresponsável.

Para a tentativa, Redfern escolheu um novo Stinson SM-1 Detroiter, um monoplano monomotor confiável. Alimentado por um radial Wright J-5 Whirlwind de 9 cilindros de 220 cv - o mesmo motor que Lindbergh usava - a velocidade máxima do SM-1 era de 122 km/h e velocidade de cruzeiro normal de 105 km/h. Redfern comprou a aeronave diretamente da fábrica de Detroit com tanques de combustível adicionais instalados na cabine, aumentando a capacidade de 90 galões para 525.

Durante seu voo sem escalas da fábrica para a Geórgia, Redfern testou o sistema de combustível com os tanques quase lotados. Ele estava acompanhado pelo proprietário da empresa Eddie Stinson, um aviador experiente por seus próprios méritos. O avião teve um bom desempenho, com média de 86 mph ao longo da rota de 780 milhas. Com base em um consumo de combustível de 10 galões por hora, a durabilidade da aeronave seria de cerca de 52 horas.

A única recomendação de Stinson a Redfern foi que outro piloto acompanhasse o voo, já que ele pensava que ficar sem dormir por um período tão longo “era mais do que um homem poderia suportar”. Redfern ignorou o conselho, convencido de que poderia lidar com segurança com a privação de sono por mais de 50 horas.

Em sua autobiografia 'The Spirit of St. Louis', Lindbergh relatou sua luta para permanecer acordado durante seu voo de 33 horas e meia para Paris. Ele descreveu adormecer várias vezes com os olhos abertos, períodos prolongados de sonolência e episódios de alucinação. Redfern estaria voando por muito mais tempo. Seu pai, Dr. Frederick Redfern, afirmou em termos simples, mas proféticos, o que pensava sobre a intenção do filho de voar para o Brasil: “É uma questão de perseverança, pura e simples; funcionamento contínuo por parte da máquina e do homem.”

Depois que Redfern chegou à Geórgia, o avião foi pintado de verde e amarelo - as cores da bandeira brasileira - com o Porto de Brunswick estampado em letras brancas em cada lado da capota. A inscrição “Brunswick to Brazil” foi adicionada à fuselagem.

Espectadores se reúnem ao redor do Stinson antes da partida de Redfern de Sea Island
Por mais imprudente que parecesse o esforço, Redfern foi meticuloso em seu planejamento de voo. Ele traçou a rota mais direta para o continente sul-americano, minimizando seu tempo na água enquanto passava perto o suficiente de ilhas maiores para auxiliar na navegação. Seu amigo e colega piloto Myron Hutchinson, que ajudou nos preparativos, disse aos repórteres: "Paul vai conseguir se alguém puder, ele possui uma espécie de sexto sentido para guiá-lo no ar."

A navegação seria feita apenas por cálculos mortos. Redfern obteve um relatório meteorológico detalhado e traçou um destino alternativo em caso de combustível baixo ou ventos inesperados. Ele também carregou equipamentos de sobrevivência - incluindo foguetes, bote salva-vidas, destilador solar de água, redes, armas e comida suficiente para 10 dias - no caso de uma vala de emergência no mar ou pouso forçado na selva.

Os ventos foram a maior preocupação durante o longo trecho sobre a água, já que mesmo uma ligeira variação na proa poderia forçar o avião para fora do curso. Cruzar a selva densa e as montanhas do interior à noite foi o principal desafio por terra. Redfern precisaria identificar sua posição exata ao chegar à costa da América do Sul e de lá navegar por mais 2.000 milhas de território inóspito, em sua maioria não mapeado, se ele esperava chegar ao seu destino.

Redfern estimou o tempo de voo de 50 horas para chegar ao Rio. Com a previsão de ventos contrários sobre o Mar do Caribe, no entanto, isso parecia excessivamente otimista. Mesmo com um vento de cauda favorável sobre a América do Sul, ele precisava de uma média de 92 mph para todo o voo. Na melhor das hipóteses, ele percebeu que tinha uma reserva de combustível de duas horas.

Dez horas de voo seriam à noite sobre o oceano, um ponto que artigos de jornais enfatizaram como tolos porque a lua estava em sua fase mais baixa de iluminação. A tentativa de Redfern também seria no meio da temporada de furacões, outro motivo pelo qual os jornais lançaram dúvidas sobre o voo. Relatórios e previsões do tempo em 1927 eram primitivos, dependentes de relatórios de navios no mar e observações locais em terra. Tempestades podem aparecer sem aviso prévio.

Se sua maratona de voo para o Rio de Janeiro tivesse sido bem-sucedida, Redfern teria se
juntado a Charles Lindbergh como um dos primeiros heróis da aviação
A rota de voo pretendida por Redfern da Geórgia manteria uma direção sudeste passando pelas Bahamas, Ilhas Turks e Caicos e cruzaria Porto Rico à noite depois de cobrir quase 2.100 milhas. Ele usaria as luzes da cidade de San Juan e os faróis costeiros para verificar sua posição antes de continuar a sudeste pelo Caribe, quase paralelamente ao arco interno de ilhas conhecidas como Pequenas Antilhas.

O trecho de mar aberto entre Porto Rico e Trinidad, cobrindo mais de 700 milhas, deveria ter o pior tempo e seria voado principalmente durante o dia. De Trinidad, ele continuaria para o continente sul-americano na Guiana Britânica (hoje Guiana), antes de virar para o interior ao longo da costa até Macapá, no norte do Brasil, perto da foz do rio Amazonas.

A essa altura, Redfern teria viajado quase 3.000 milhas e, dependendo do combustível restante e do clima, iria virar para o sul em direção ao Rio ou para sudeste em direção a Recife, na costa brasileira. Ele sinalizaria sua intenção quando sobrevoasse Macapá, lançando um sinalizador verde se seguisse para o Rio ou um sinalizador vermelho se desviasse para Recife. A distância até o Rio era de mais 1.674 milhas e Recife, 1.249 milhas.

Pouco antes de Redfern partir de Sea Island, um jornalista perguntou o que ele faria se seu motor parasse na selva. “Não perca a esperança de meu retorno por pelo menos seis meses ou mais.”, disse ele. “Se eu for forçado a descer sobre o Vale do Amazonas, acredito que posso viver meses com o equipamento que estou carregando.”

Uma brisa suave soprava na praia quando o Detroiter de Redfern foi cuidadosamente empurrado contra o vento em 25 de agosto. Todo o espaço disponível na cabine estava cheio de tanques de combustível e equipamentos de sobrevivência. Além da comida de emergência, ele carregava dois galões de água, duas garrafas térmicas de café e um grande pacote de sanduíches, todos guardados ao alcance do braço.

Nos dois dias anteriores, Redfern estivera ansioso para partir, esperando que um furacão ao largo das Bahamas se afastasse de sua rota de voo pretendida. No dia 25 já estava bem ao norte, proporcionando a janela de oportunidade de que ele precisava. Ele beijou e abraçou Gertrude antes de subir na apertada cabine e ligar o motor. Redfern acenou da janela aberta, empurrou o acelerador para a frente e correu pela praia antes de subir lentamente para o céu de verão às 12h46. A multidão aplaudiu quando o avião subiu e saiu sobre o Atlântico, desaparecendo de vista à distância.

O primeiro avistamento do avião de Redfern foi por barcos de pesca na costa da Geórgia, então nada por cinco horas até que um cargueiro 110 milhas a leste das Bahamas relatou ter visto o Stinson verde e amarelo voando a 2.000 pés na direção sul. Essa posição estava a 550 milhas de Sea Island, refletindo uma velocidade de solo de 105 mph - melhor do que o planejado, mas auxiliado por um vento favorável atrás do furacão. Nessa velocidade, Redfern passaria por Porto Rico antes do nascer do sol na manhã seguinte. Levando em consideração os esperados ventos contrários moderados sobre o Caribe, ele deveria ter chegado a Macapá no final da tarde.

Redfern nunca chegou a Macapá, mas fez contato com o navio a vapor norueguês Christian Krohg depois do meio-dia de 26 de agosto, 160 milhas ao norte de Trinidad, entre as ilhas de São Vicente e Barbados. Ele circulou o navio por 45 minutos, deixando cair cinco mensagens, a última pedindo ao capitão que apontasse a proa do navio em direção ao continente e agitasse uma bandeira uma vez para cada 100 milhas de distância. O capitão obedeceu virando para o sul e sinalizando duas vezes. Redfern balançou as asas em agradecimento e continuou na direção indicada.

A posição e o tempo do avistamento significavam que Redfern encontrou fortes ventos contrários ou saiu do curso por uma distância considerável depois de passar pelas Bahamas. Seu tempo total e distância desde que deixou a Geórgia refletiram uma velocidade de solo de apenas 69 mph. Mesmo com ventos favoráveis ​​na América do Sul, ele precisava fazer uma média de 160 km/h na distância restante até o Rio, sem reserva de combustível. Seu destino alternativo, Recife, era mais realista, exigindo uma média de 135 km/h. De qualquer forma, chegar em segurança por Macapá não deveria ser motivo de dúvida.

Mais tarde naquele dia, os residentes locais viram um avião voando para o interior perto da foz do rio Orinoco, na Venezuela, e o engenheiro americano Lee Dennison também o observou da cidade de Bolívar, 150 milhas rio acima. Dennison confirmou o avião como Porto de Brunswick pelo número de registro pintado em letras grandes na asa. Ele observou um rastro fino de fumaça preta saindo do motor enquanto ele circulava e seguia na direção sudeste.

A chegada de Redfern sobre o delta do rio Orinoco estava fora do caminho por mais de 160 quilômetros. Não havia razão para que ele tivesse se dirigido para o interior ao longo do rio Orinoco, a menos que tivesse identificado erroneamente sua posição. Georgetown, a capital da Guiana, ficava 320 quilômetros ao sudeste, e Macapá, outros 670 quilômetros. Se Redfern soubesse de sua posição exata, também poderia facilmente ter voado para Caracas, cerca de 400 milhas na direção oposta. Mas àquela altura ele já estava acordado há quase 40 horas.

Com a falta de sono prejudicando sua capacidade de raciocínio, Redfern provavelmente confundiu o Orinoco com o Amazonas, já que ambos se abriam em grandes deltas e fluíam na mesma direção. Presumindo falsamente que estava fora do curso para o sul em vez do norte, ele subiu o rio em direção ao que pensava ser Macapá. Depois de chegar à cidade de Bolívar, ele virou para sudeste na selva sem traços característicos, provavelmente ainda acreditando que estava sobre o Amazonas e rumo ao Rio de Janeiro. Se Redfern tivesse percebido seu erro, certamente teria voltado para a costa em vez de continuar para o interior.

Voar para o sudeste da cidade de Bolívar teria levado Redfern para as Terras Altas da Guiana, uma grande cordilheira que faz fronteira com a Venezuela e o Brasil com picos acima de 10.000 pés. Sua segunda noite no ar estava se aproximando rapidamente. Uma travessia bem-sucedida teria sido necessária com iluminação mínima e sob sintomas crescentes de privação de sono. Ele nunca chegou ao Rio ou a qualquer outra cidade e, em vez disso, desapareceu em algum lugar da selva sul-americana.

Uma busca limitada ocorreu em 28 de agosto, focada principalmente ao longo da costa depois que relatórios adicionais surgiram de um avião voando sobre o Delta do Orinoco e perto de St. Cuthbert's na Guiana Britânica no dia 27. Mais tarde, naquele mesmo dia, um avião também foi ouvido a 60 milhas ao sul da cidade de Bolívar, no rio Caroní. A essa altura, o combustível de Redfern estaria quase esgotado. Alguns aviões de busca voaram uma curta distância para o interior da Bacia Amazônica, mas o vasto território e a densa selva tornavam quase impossível avistar uma aeronave abatida.

Se os avistamentos no dia 27 foram do avião de Redfern ou não, não se sabe, mas se preciso, ele teria ficado sem dormir por quase 60 horas e no limite de sua resistência física. Encontrar um lugar para pousar teria sido uma prioridade. Os campos cultivados ao redor das poucas comunidades espalhadas eram adequados para pelo menos um pouso de emergência, mas àquela altura ele provavelmente estava passando por uma confusão mental extrema.

Ao longo dos anos, rumores e relatos de segunda mão falavam de um homem branco, considerado Redfern, vivendo com uma tribo de índios nas profundezas da selva amazônica. A maioria das histórias descreveu como um homem caiu do céu em um avião e estava sendo mantido em cativeiro pelos nativos. Outros relatos afirmam que o homem foi afetado por membros quebrados ou vivia pacificamente com uma esposa indiana que lhe deu um filho. Uma dúzia de expedições foram lançadas à Bacia Amazônica ao longo de um período de 11 anos, terminando em 1938, na tentativa de encontrá-lo e resgatá-lo, incluindo buscas patrocinadas pelo governo dos Estados Unidos e pelo Smithsonian Institution. Nenhuma evidência confirmada do destino de Redfern foi encontrada.

Avistamentos questionáveis ​​também foram relatados por dois pilotos que freqüentemente sobrevoavam a área onde Redfern provavelmente desapareceu. Enquanto conduzia uma pesquisa aérea nas montanhas de Tumuc Humac, no Brasil, em janeiro de 1936, o piloto Art Williams sobrevoou um vilarejo remoto e disse que os nativos se esconderam do som de seu avião, mas um homem branco permaneceu ao ar livre acenando animadamente enquanto circulava acima. Ele traçou a localização em seu mapa e mais tarde pegou um barco emprestado para viajar rio acima com um companheiro, mas na chegada vários tribais fortemente armados os forçaram a sair antes de chegarem ao assentamento.

O piloto Jimmie Angel , conhecido por sua descoberta das Cataratas Angel na Venezuela, afirmou que costumava passar por cima do avião acidentado de Redfern enquanto voava de um lado para outro das montanhas da Guiana. Ele até forneceu uma coordenada de latitude / longitude para o local que ficava a aproximadamente 120 milhas a sudeste da cidade de Bolivar. Infelizmente, por causa de sua tendência de esticar a verdade, nunca acreditou em Angel. Depois que ele morreu, sua esposa verificou a história, alegando que ela havia acompanhado o marido em dois voos durante os quais observou o Stinson verde e amarelo de Redfern submerso em um pântano. Ela disse que os destroços afundaram mais profundamente no pântano em cada ocasião, até que apenas o topo da cabana ficasse visível.

O piloto Art Williams (segundo a partir da esquerda) liderou uma busca no Brasil
por Redfern nove anos após seu desaparecimento
O piloto/autor Robert Carlin e o autor Dale Titler conduziram uma investigação completa e busca aérea pela aeronave de Redfern em 1982. Eles estavam convencidos de que o piloto havia morrido após bater na selva, onde Jimmie Angel disse. Eles sobrevoaram a área várias vezes em busca de evidências, mas nada era visível após 55 anos.

Por muitos anos após o desaparecimento de Redfern, sua esposa e família acreditaram que ele havia sobrevivido e vivia com índios na selva amazônica. Só depois que os pais de Redfern patrocinaram sua própria expedição em 1937, que não encontrou nenhuma prova verificável de seu paradeiro ou do avião, é que eles finalmente perderam as esperanças. Ele foi declarado morto em 1938.

Embora esteja quase todo esquecido, o legado de Paul Redfern continua vivo. Ele foi sem dúvida o primeiro piloto a voar sem escalas pelo Mar do Caribe. Uma rua da cidade do Rio de Janeiro e um campo de aviação na Ilha de St. Simons (hoje local do shopping Redfern Village) foram nomeados em sua homenagem. Um filme vagamente baseado no voo de Redfern, 'Too Hot to Handle', foi lançado em 1938.

Uma semana depois do desaparecimento de Redfern, ao referir-se às recentes perdas de aeronaves em tentativas de voo de longa distância, Eddie Stinson disse isso da melhor maneira: “O sucesso do Coronel Lindbergh não deve ser aceito como um padrão, os próprios homens que são bons o suficiente para tentar tais lúpulos são exatamente os homens que a aviação hoje não pode se dar ao luxo de sacrificar ”.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu - com Aviation History

Aconteceu em 25 de agosto de 1985: A queda do voo 1808 da Bar Harbor Airlines no Maine (EUA)

O voo 1808, operado pelo Beechcraft 99 Airliner, prefixo N300WPda Bar Harbor Airlines (foto abaixo), era um voo programado do Aeroporto Internacional Logan para o Aeroporto Internacional de Bangor, nos Estados Unidos, em 25 de agosto de 1985.

A bordo da aeronave estavam seis passageiros e dois tripulantes. Entre os passageiros estava Samantha Smith e seu pai, ela uma estudante americana de treze anos que se tornou famosa como uma "embaixadora da Boa Vontade" na União Soviética e que havia sido escalada para o programa de televisão Lime Street.

A estudante americana Samantha Smith foi convidada por Yuri Andropov para visitar a URSS em 1983
O voo 1808 normalmente parava em rota em Augusta e Waterville, Maine. A tripulação de voo era composta pelo capitão Roy W. Fraunhofer e o primeiro oficial David C. Owen. Os dois haviam voado com o avião de Bangor para Boston e de volta no início da tarde em um clima pior. 

Na segunda viagem, eles foram avisados ​​em uma parada em uma rota em Augusta que, devido aos atrasos do controle de tráfego aéreo em Boston, seu voo de volta 1788 via Auburn/Lewiston, Maine, estava sendo cancelado. Em vez disso, eles operariam o último voo 1808 com Auburn adicionado como uma parada para acomodar os passageiros do voo 1788.

O voo 1808 embarcou em Boston com 6 passageiros; dois para Auburn, três para Augusta e um para Waterville. Um quarto passageiro havia realmente feito o check-in para Augusta, mas não respondeu às chamadas de embarque, então o voo partiu sem ele. 

O voo 1808 decolou da pista 04L de Boston às 21h30 para um voo para Auburn. A liberação foi recebida de 7.000 pés e para entrar em contato com o Controle de Aproximação de Portland.

A Aproximação de Portland autorizou o voo 1808 às 21h58 para uma aproximação ILS na pista 04. Três minutos depois, o controlador notou que o voo 1808 estava a leste do curso e perguntou se estava recebendo o localizador Lewiston. 

O capitão respondeu que não e recebeu instruções para virar à esquerda na direção 340. Uma curva à esquerda para 354 deg começou e a aeronave passou o Lewie Outer Marker (LOM) a 165 nós, 2600 pés (30 nós rápido demais e 600 pés muito alto). 

Às 22h02, a aeronave saiu pelo lado esquerdo do localizador, ainda com rumo de 354 graus. A tripulação então tentou capturar o glide slope e entrar no localizador novamente até que ele entrasse no lado esquerdo do localizador (22h04m08s) e desceu pelo limite inferior do glide slope. 

Às 22h04m16s, a aeronave atingiu árvores a 4007 pés antes da pista e 440 pés à direita da linha central. A aeronave atingiu árvores a menos de 1 milha (1,6 km) do final da pista 4 e, em seguida, atingiu o solo a menos de 500 pés (150 m) à direita da linha central estendida da pista do Aeroporto de Aurburn, no Maine. Não houve sobreviventes.

Após o acidente, os investigadores foram prejudicados pela ausência de informações de um gravador de voz da cabine ou gravador de dados de voo. O Beech 99 não era grande o suficiente para que o FAA exigisse a instalação de qualquer um dos equipamentos. Também não houve registro de qual piloto estava pilotando a aeronave. 

Para aumentar a confusão, os dois pilotos usaram o rádio durante o voo. Normalmente, o piloto não voador lida com as comunicações. Demorou mais de três meses para transcrever as comunicações entre o avião e o controle de solo e fornecê-las aos investigadores.

O exame dos dados do radar de Portland mostrou que após o voo 1808 virar para a direção 340 para interceptar a aproximação, ele voou pelo curso de aproximação e teve que fazer uma curva de 60° a menos de uma milha do marcador externo para voltar ao curso. 

Dados de altitude do transponder da aeronave mostraram que o voo 1808 não começou sua descida para interceptar a aproximação de precisão antes de passar por Lewiston, quando o avião já estava acima da rampa de planeio para a aproximação. 

Isso pode ter feito com que a tripulação de voo apressasse a descida e a abordagem e descesse de forma muito abrupta. As configurações reais do altímetro em ambos os altímetros do capitão e do primeiro oficial não puderam ser determinados devido a incêndio e danos causados ​​por impacto aos instrumentos.

Em seu relatório, o National Transportation Safety Board observou que o controlador em Portland usou de "mau julgamento" enquanto auxiliava o voo. No entanto, concluiu que o capitão aceitou a grande correção de curso e a tripulação continuou voando em uma aproximação não estabilizada em vez de executar uma aproximação falhada. 

A tripulação de voo também tentou estabilizar a aproximação enquanto permitia que o avião voasse abaixo da inclinação da aproximação. A configuração dos altímetros do voo 1808 pode ter sido incorreta e contribuído para que a tripulação de vôo caísse abaixo da altura de decisão publicada para a aproximação. À noite e com baixa visibilidade, a tripulação pode não ter conhecimento de sua verdadeira posição.

O NTSB recomendou uma revisão dos procedimentos do controlador para aeroportos remotos sem radar de solo para alinhar com as melhores práticas. Por exemplo, a curva de 60° a menos de 1 milha (1,6 km) do marcador externo para a abordagem em Auburn foi feita dirigida pelo controlador de Portland, embora essa mesma manobra violasse as diretrizes de abordagem para chegadas assistidas por radar no Portland International Jetport. O NTSB recomendou ainda que as aeronaves de aluguel com capacidade para transportar seis ou mais passageiros sejam equipadas com gravadores de voo.

Três anos antes do acidente, Samantha Smith havia escrito ao secretário-geral soviético Yuri Andropov sobre seu desejo de paz entre os Estados Unidos e a União Soviética. Andropov, em sua resposta, convidou ela e sua família para um tour pela União Soviética.

Ao lado, selo memorial de Samantha Smith emitido pela URSS.

Em 1985, a ABC a contratou para ser atriz em seu novo show Lime Street , que foi filmado em Londres. Ela e seu pai estavam voltando para casa durante uma pausa nas filmagens, quando ocorreu o acidente fatal.

Jane Smith, a mãe de Samantha, abriu um processo de homicídio culposo contra a Bar Harbor Airlines. O caso foi posteriormente resolvido fora do tribunal por uma quantia não revelada. 

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Rússia afirma estar usando ‘caça invisível’ na Ucrânia, mas não prova

O governo russo confirmou vários boatos de que o seu avião de combate mais avançado, mas que ainda não havia entrando em operação efetivamente, está na Ucrânia, mas não provou.

(Imagem: Anna Zvereva via Wikimedia Commons)
O Sukhoi Su-57, denominado de Felon na OTAN, é o primeiro caça de 5ª geração a surgir fora dos EUA e se tornou, para muitos, uma prova de que a tecnologia russa estava acompanhando a americana após a queda da URSS. No entanto, seu contínuo atraso, desistência da Índia em colaborar com o projeto e poucas demonstrações práticas, tinham colocado dúvidas em analistas de defesa.

Na Invasão da Ucrânia, onde todo o tipo de aparato foi utilizado de ambos os lados e, após um combate mais intenso no início, com inclusive abatimentos confirmados do moderno Su-35S Flanker, pouco se falou do Su-57 ou chegada de novos aviões no front. Enquanto rumores circulavam e até vídeos mostrariam rasantes dos poucos Felon entregues à Força Aérea da Rússia (em torno de 15), o governo continuava em silêncio

Isso foi quebrado agora. Segundo o Ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, o caça “foi usado e estamos usando ele. O avião tem se mostrado brilhante, com alto nível de proteção contra vários sistemas de defesa antiaérea, com proteção contra mísseis, tem muita coisa ali, mais importante, armas poderosas. Nós também testamos estas armas, elas funcionam brilhantemente, não consigo achar outra palavra para isso”, conforme revelou a agência estatal TASS.

Porém, assim como em várias outras alegações russas como, por exemplo, no caso recente do suposto “incêndio no paiol” que destruiu partes de uma base aérea, faltam provas.

Ao mesmo tempo, a Força Aérea da Ucrânia supostamente continuaria a voar seus caças MiG-29, demonstrando que a furtividade do Su-57, a princípio, não estaria sendo o suficiente para manter os caças ucranianos no chão temendo um abate. No entanto, como “na guerra a primeira coisa que morre é a verdade”, apenas o tempo contará o restante desta história.


SP: estrangeiro é preso suspeito de assediar brasileira que dormia em voo

Funcionários da companhia aérea chamaram a polícia e homem foi preso pela
Polícia Federal do aeroporto (Imagem: João Nogueira/Futura Press/Folha)
Um homem de Bangladesh foi preso pela PF (Polícia Federal), ontem, por suspeita de assediar sexualmente uma brasileira de 23 anos, enquanto ela dormia em avião que vinha para São Paulo.

O suspeito de 46 anos foi levado à delegacia pelo crime de importunação sexual após testemunhas serem ouvidas ao desembarcarem no Aeroporto Internacional de São Paulo.

Durante o voo, a passageira relatou que estava dormindo e, quando acordou, gritou com o homem e foi auxiliada pela tripulação, que a colocou em outro lugar da aeronave.

A mulher alegou que, antes do ocorrido, já havia alertado uma pessoa ao lado sobre a atitude "inconveniente" do suspeito ao se movimentar no assento em que ele ocupava, esbarrando no corpo dela diversas vezes.

A polícia foi chamada pelos funcionários da companhia aérea e prendeu o passageiro.

Via UOL