sexta-feira, 28 de maio de 2021

Aviões supersônicos e carros voadores: como será futuro da aviação comercial

Projetos em andamento começam a dar os primeiros sinais de como será o mercado de aviação comercial nas próximas décadas.

A busca por formas mais eficientes de voar e transportar passageiros pelos céus emitindo menos gases poluentes (ou até zerando) é o grande desafio da indústria aeronáutica para os próximos anos. Essa alteração exigirá a uma reformulação tecnológica dos aviões e nos hábitos dos passageiros.

Como será o futuro da aviação comercial? Essa é uma pergunta com muitas respostas e que levará o setor aéreo por diferentes caminhos, sendo que alguns desses movimentos já começaram. Há estudos sobre aviões elétricos, viagens supersônicas, carros voadores, entre outras inovações que mudarão em muitos sentidos o nosso acesso e a interação com o voo.

Veja abaixo as principais tendências para aviação comercial no futuro.

Aviões elétricos


Avião elétrico Heart Aerospace ES-19 da Finnair (Foto: Divulgação)
A solução do avião elétrico é linda na teoria, mas ela ainda não funciona em aeronaves de grande porte. O que podemos construir, por ora, são aviões elétricos com capacidade um pouco acima de 10 passageiros e alcance de voo em torno de 300 km. Outra opção avaliada nessa área é a propulsão híbrida, combinando motores convencionais e fontes elétricas.

Os aviões elétricos não devem evoluir tão rapidamente ao ponto de tomarem o posto dos jatos no curto ou médio prazo. No entanto, a tecnologia já é bem-vinda nos segmentos de acesso da aviação. Já existem, por exemplo, aviões elétricos usados em escolas de pilotagem, e companhias aéreas da categoria sub-regional cogitam adotar aeronaves elétricas ainda nesta década.

As empresas aéreas Finnair, da Finlândia, e a Widerøe, da Noruega, anunciaram recentemente planos de introduzir aviões elétricos de passageiros em suas frotas até 2026. As aeronaves, para até 19 ocupantes, serão empregadas inicialmente em trechos curtos, algo comum na região da Escandinávia. No Canadá, onde o uso de aviões comerciais pequenos também tem boa adesão, a Harbour Air está testando hidroaviões adaptados com propulsores elétricos.

Avião da Harbour Air (Foto: Divulgação)
O processo de eletrificação da aviação é algo que vamos acompanhar em pequenas doses. As baterias elétricas, o “combustível” desse novo tipo de avião, são pesadas demais e pouco eficientes, comparado à alta potência dos motores a jato e turboélices. Outra fonte elétrica em estudo são os geradores a hidrogênio, tecnologia que ainda precisa amadurecer até se tornar realmente viável. Até lá, um passo de cada vez.

O fim dos quadrimotores


Quadrimotores A380 e Boeing 747 (Foto: Kiefer/Creative Commons)
Num passado não muito distante, o conceito do avião quadrimotor era sinônimo de segurança e grande capacidade. Hoje em dia, essas máquinas eternizadas na forma dos gigantes Boeing 747 e Airbus A380, estão caindo em desuso no transporte de passageiros. Eles são caros demais de operar, exigem mais cuidados de manutenção e consomem enormes quantidades de combustível.

A alternativa a esses gigantes com quatro motores são os novos widebodies (aviões de fuselagem larga) bimotores de última geração, como o Airbus A350 e o Boeing 787. Não são tão capazes como os quadrimotores 747 e A380, mas também não deixam a desejar, sobretudo em autonomia. A Boeing ainda está trabalhando no novo 777X, o maior avião bimotor de todos os tempos –e o substituto definitivo do lendário 747.

Jatos pequenos para voos longos


A321XLR da Airbus (Foto: Divulgação)

A expectativa de embarcar num grande jato comercial e seguir viagem até o outro lado do mundo logo será algo tão trivial quanto um voo doméstico, numa aeronave “normal”. Jatos widebodies já podem ser substituídos por aviões menores, como os tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, adaptados para voos transoceânicos.

O avanço nas tecnologias de motores e novas soluções aerodinâmicas contribuíram para reduzir significativamente o consumo de combustível dos aviões comerciais, abrindo a possibilidade de rotas cada vez mais longas. Se aproveitando dessa evolução, aviões menores, antes restritos a voos domésticos, partiram para a carreira de viagens internacionais entre continentes.

A Airbus já atua com firmeza nesse mercado com o A321LR. O modelo é uma versão de longo alcance do A321neo, com alcance ampliado para 7.400 km. Outra evolução do A321neo, o A321XLR, terá um desempenho ainda mais impressionante, de até 8.700 km. Significa poder voar de São Paulo ou do Rio de Janeiro para Nova York ou Lisboa sem paradas, rotas hoje executadas somente por widebodies. O lançamento da aeronave é programado para meados de 2024.

Os jatos da série 737 MAX da Boeing também apresentam bons números de autonomia. O menor modelo da família, o MAX 7, tem alcance de 7.130 km, o suficiente para voar sem escalas de São Paulo para Miami. O emprego de aviões pequenos e menos onerosos em relação aos widebodies abre um novo nicho no mercado de viagens internacionais com a oferta de passagens mais baratas.

O retorno dos aviões supersônicos de passageiros


Aerion AS2 (Foto: Divulgação)
Quando o Concorde foi aposentado, em 2003, foi como se a aviação tivesse regredido. Deixamos de voar em regime supersônico para nos deslocarmos em velocidades módicas. Esse fato ainda foi atenuado pela ausência de um substituto à altura do raro avião que voava de Londres a Nova York em três horas, ou de Paris para o Rio de Janeiro em cinco –voo hoje realizado em quase 12 horas.

Esse alívio no acelerador dos aviões, porém, logo será liberado e disponibilizado para todos nós (ao menos para quem puder pagar). Nos Estados Unidos, duas startups, a Boom Technologies e a Aerion Corporation, estão trabalhando em projetos de novos aviões supersônicos de passageiros.

A Boom tem a proposta que mais se aproxima do que foi o Concorde, o conceito Overture. Trata-se de um jato supersônico capaz de alcançar Mach 2,2 (2.355 km/h) e transportar 55 passageiros em voos de até 8.000 km. Um protótipo da aeronave em escala reduzida será testado ainda neste ano. A empresa programou a estreia comercial do aparelho para 2029.

Boom Overture (Foto: Divulgação)
Disputando em outro campo, a Aerion quer emplacar o primeiro jato executivo supersônico do mundo, o AS2. O modelo de luxo é projetado para receber 12 ocupantes e voar na faixa de Mach 1,4 (1.730 km/h), com autonomia transatlântica de 7.000 km.

As fabricantes também garantem que vão solucionar os problemas que acompanharam a carreira do Concorde, como o altíssimo consumo de combustível e o efeito do “sonic boom”, o incômodo estrondo sônico gerado pela passagem de um avião em velocidade supersônica.

Aviação executiva compartilhada


Jato executivo Gulfstream (Foto: Divulgação)
A aviação executiva também está passando por um momento de reformulação. A tendência nesse segmento são os voos compartilhados sob demanda, modalidade que permite ao cliente reservar um voo executivo e seu destino e, em seguida, disponibilizar os demais assentos da aeronave para outros passageiros, diluindo os custos da operação. Esse tipo de serviço, uma espécie de “Uber da aviação”, está avançando rapidamente no mundo todo, inclusive no Brasil.

A companhia de voos compartilhados mais popular no Brasil é a Flapper. A empresa oferece seus serviços por meio de aplicativos de smartphones, onde os viajantes podem reservar assentos em voos já programados. Outra possibilidade é fretar um avião (ou um helicóptero) e marcar um novo voo compartilhado para um determinado destino. Em alguns casos, pode ser mais barato viajar de jato executivo do que comprar uma passagem de companhia aérea.

Outro movimento observado no setor da aviação de negócios é a disseminação da propriedade compartilhada, que consiste na venda de uma aeronave para um grupo de pessoas. A primeira empresa a oferecer essa modalidade no Brasil foi a Avantto, criada em 2011. Ela negocia as aeronaves com os cotistas e gerencia a frota e a escala de trabalho dos pilotos.

A invasão dos eVTOLs


eVTOL da Embraer (Foto: Divulgação)
Chamados de “carros voadores” ou “táxis aéreos”, os veículos eVTOL (sigla em inglês para Aeronaves Elétricas de Pouso e Decolagem Vertical) estão próximos de seu batismo comercial. As pequenas aeronaves são propostas como uma alternativa de transporte urbano. Cidades na Austrália e nos Estados Unidos já estão se preparando para receber o novo modal, numa iniciativa liderada pela Uber em parceria com importantes nomes da indústria, entre eles a Embraer.

Os eVTOLs serão operados entre estações em centros urbanos, e as viagens poderão ser reservadas pelo aplicativo da Uber, combinando as viagens aéreas com deslocamentos de carro. Futuramente, prevê-se que essas aeronaves deixarão de ter pilotos e serão comandadas de forma autônoma.

Via Thiago Vinholes, colaboração para o CNN Brasil Business

MD83 da Laser Airlines sofre falha de motor ao se aproximar da Venezuela


O McDonnell Douglas MD-83, prefixo YV3465, da Laser Airlines, fez um pouso de emergência nesta quinta-feira (27), no aeroporto de Maiquetia, na Venezuela, após a falha de um de seus motores.

A aeronave construída em 1987, fazia a rota do voo QL-1903 de Porlamar a Caracas com um total de 116 pessoas a bordo.

Os passageiros a bordo teriam dito que o Pratt & Whitney JT8Dengine do lado esquerdo pegou fogo devido a uma colisão de pássaros durante a abordagem em Caracas.


A aeronave pousou com segurança na pista 28 de Caracas e todas as pessoas a bordo foram evacuadas por meio de escorregadores. Os serviços de emergência do aeroporto foram posicionados de prontidão e atenderam rapidamente a aeronave.

A companhia aérea disse que sua tripulação executou os procedimentos estabelecidos tanto nos manuais do fabricante como nos manuais operacionais da empresa, aprovados pela autoridade aeronáutica venezuelana durante a evacuação.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Superlua: o voo do Boeing 787 da Qantas

O voo especial do 787 da Qantas para ver a lua super e o eclipse lunar ocorreu à noite, após o sucesso dos voos "conceituais" anteriores da companhia aérea.

O Boeing 787-9, VH-ZNE msn 63391, partiu de Sydney às 7h47 como o voo QF1250 e sobrevoou o Tasman antes de retornar para casa duas horas e 45 minutos depois.

A Qantas disse que os 180 passageiros incluem um estudante de 14 anos, promotor público, fotógrafo amador e ex-comissário de bordo de 90 anos.

O eclipse lunar total começou às 21:11 AEST, e os pilotos diminuíram as luzes da cabine quando a lua cruzou para a parte mais escura da sombra da Terra.

O piloto técnico chefe da Qantas, capitão Alex Passerini, disse que o maior desafio em voar no voo panorâmico da Supermoon são as variáveis ​​do clima e do tráfego aéreo, bem como coordenar a rota de voo ideal em consulta com a Air Services Australia.

“Havíamos designado espaço aéreo reservado para nós a cerca de 465 quilômetros da costa de Sydney e mapeamos a trajetória de voo com base na trajetória da lua nascendo e no momento do eclipse total”, disse Passerini.

“Executamos uma série de curvas para garantir que os passageiros em ambos os lados da aeronave tivessem excelentes vistas da lua em vários momentos.”

A bandeira cobrava US$ 499 pela economia, US$ 899 pela economia premium e US$ 1.499 pela empresa para o voo, que pairou sobre nuvens a 43.000 pés.

A Qantas escolheu o 787 Dreamliner porque possui as maiores janelas em sua frota, e o cronograma foi projetado em colaboração com a astrônoma da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO), Dra. Vanessa Moss, que trabalhou para garantir que os passageiros tivessem a rota de voo ideal.

Uma supermoon ocorre quando uma lua cheia está em seu ponto mais próximo da Terra em sua órbita, fazendo com que pareça maior e mais brilhante.

A lua tem uma leve “excentricidade” em sua órbita, o que significa que às vezes pode estar mais perto ou mais longe - variando entre 360.000 e 400.000 quilômetros da Terra.

Às vezes, esse fenômeno pode coincidir com um eclipse lunar, conhecido como “super lua de sangue”. A última ocorreu em janeiro de 2019.

Durante um eclipse lunar, o sol, a Terra e a lua estão em alinhamento perfeito, mas com um pouco de luz chegando à Lua pelas bordas da Terra.

A diretora de atendimento ao cliente, Stephanie Tully, disse sobre o anúncio: “Achamos que este voo tem um grande apelo para qualquer pessoa apaixonada por astronomia, ciência, fotografia espacial, aviação ou apenas ansiosa por fazer algo um pouco 'fora deste mundo'.

“Estamos absolutamente maravilhados com a popularidade de nossos voos especiais. Os voos misteriosos recentes esgotaram em 15 minutos, com centenas de pessoas em listas de espera e eles continuam nos dizendo que querem mais.”

O 'voo inicial para lugar nenhum' da Qantas  viajou pela Austrália em 12 de outubro de 2020 com Passerini mergulhando tão baixo quanto 4.000 pés enquanto voava por marcos históricos como a Grande Barreira de Corais, sobre as Whitsundays e Uluru.

O voo panorâmico da 'Great Southern Land' inicialmente voou até a costa NSW antes de cruzar a fronteira de Queensland para um sobrevoo da Gold Coast e, em seguida, subiu a costa de Queensland até a Grande Barreira de Corais.

O 787-9 então seguiu pela Austrália para realizar sobrevoos de baixa altitude em Uluru e Kata Tjuta antes de retornar a Sydney para um sobrevoo do porto de Sydney e da praia de Bondi.

A Qantas seguiu com  voos panorâmicos pela Austrália , incluindo uma viagem a Uluru que envolveu uma pernoite em um hotel cinco estrelas. Isso foi seguido por  voos para locais misteriosos .

A aviação australiana pode revelar os voos misteriosos: Um 737-838, VH-VZU msn 34187, que partiu de Brisbane às 8h56 em 27 de março como o voo QF1255 e pousou em Orange às 11h38; um 737-838, VH-VZX msn 34188, que partiu de Sydney às 8h43 como o voo QF1254 em 18 de abril e pousou na Ilha de Hamilton às 11h09; e um Boeing 737-838, VH-VZU msn 34187, partiu de Melbourne às 8h52 como o voo QF1251 em 1º de maio e pousou em Launceston às 9h44.

Via australianaviation.com.au

Criminosos furtam avião da área do aeroporto de Ourilândia do Norte, no PA

Aeronave prestava serviço para a Secretaria Especial da Saúde Indígena do município.

Avião furtado da área do aeroporto de Ourilândia do Norte, no PA (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Bandidos com armamento pesado furtaram, na madrugada desta quinta-feira (27), um avião monomotor que prestava serviço para a Secretaria Especial da Saúde Indígena de Ourilândia do Norte, no sul do Pará. O crime aconteceu na área do aeroporto da cidade.

De acordo com a PC, os criminoso têm amplo conhecimento na área da aviação, porque tiveram o cuidado de calibrar os pneus, completar o tanque e até colocar óleo no motor. Ainda segundo a polícia, o aeroporto tem vigilância noturna, mas os hangares que ficam nos fundos são particulares e os portões ficam aberto, o que pode ter facilitado o furto da aeronave.

Polícia Civil suspeita que a aeronave tenha sido furtada para ser usada pelo narcotráfico na Bolívia.

O avião pertence a uma empresa de táxi aéreo, que está oferecendo recompensa para quem tiver qualquer informação que leve até aeronave. Para quem tiver informações que possam ajudar no trabalho da polícia, o Disque-Denúncia é o 181. O sigilo é garantido.

Por G1 PA

Relatório contabiliza helicópteros agrícolas no Brasil

Ao todo, o Brasil conta com 2.352 aeronaves agrícolas, sendo 2.330 aviões e 22 helicópteros.


O relatório Frota Brasileira de Aeronaves Agrícolas 2020 teve acrescentado em maio uma tabela sobre os modelos de helicópteros que atuam em lavouras no país. O documento elaborado pelo consultor Eduardo Cordeiro de Araújo havia sido lançado em abril, pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

Baseado em dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o levantamento apontou um crescimento de 3,16% da frota aeroagrícola do país no ano passado. Ao todo, o Brasil conta com 2.352 aeronaves agrícolas, sendo 2.330 aviões e 22 helicópteros. Um acréscimo de 72 aeronaves, correspondendo a 3,16% sobre 2019.

Desse total, 1.459 aeronaves são operadas por 278 empresas aeroagrícolas (que prestam serviços para fazendas), enquanto 869 aparelhos são de propriedades de cerca de 700 produtores rurais ou cooperativas. No ranking de frota por Estados, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás encabeçam a lista de 24 unidades da Federação com aeronaves agrícolas registradas junto à Anac.

Nos helicópteros há dificuldades para identificar com precisão os certificados especificamente para operação agrícola, tornam o número ora apresentado como provisório, ficando a expectativa de que possa ser o método aperfeiçoado até a próxima edição ou revisão deste estudo. O parâmetro utilizado para classificar um helicóptero como agrícola foi o fato de seu proprietário ou explorador ser uma Empresa de Aviação Agrícola.

O uso de helicópteros para pulverização serve como opção para os agricultores que pretendem investir em pulverizações aéreas precisas e em locais de difícil acesso. O helicóptero consegue voar mais baixo e mais lentamente, conseguindo ser mais preciso do que os aviões agrícolas. A não dependência de pistas agrícolas também pode ser vista como uma vantagem do uso. Propriedades com pistas distantes podem ter um aumento considerável dos custos de pulverização pela perda de combustível. Geralmente, a operação com o helicóptero de pulverizador é feita com a ajuda de um caminhão com um tanque de combustível, facilitando a reposição dos defensivos.

Por: Eliza Maliszewski (Agrolink)

Aconteceu em 27 de maio de 2017: A queda do voo 409 da Summit Air no Nepal

Em 27 de maio de 2017, um Let L-410 Turbolet operando o voo 409 da Summit Air, caiu perto da pista enquanto tentava pousar no Aeroporto Tenzing-Hillary, no Nepal. o avião estava na aproximação final quando a aeronave atingiu árvores perto da pista e, subsequentemente, deslizou por um declive antes de parar cerca de 200 metros (656 pés) abaixo do nível da pista e 130 pés antes da pista. O capitão e o primeiro oficial morreram no acidente, enquanto outro tripulante ficou ferido.

Aeronave



A aeronave envolvida no acidente era o Let L-410UVP-E20, prefixo 9N-AKY, da Summit Air (foto acima), construída em 2014 para a  empresa. A aeronave se envolveu em um acidente menor anterior em 2 de junho de 2015, quando o voo de Jomsom pousou em Pokhara com o trem de pouso retraído. Todos os 18 passageiros a bordo escaparam em segurança, mas a aeronave sofreu danos no nariz.

Tripulação


O capitãoParas Kumar Rai, de 48 anos, tinha mais de 9.000 horas de voo registradas e, desde que ingressou na companhia aérea, voou mais de 1.900 horas em aeronaves L-410. Ele morreu pouco depois de ser retirado dos destroços. 

O copiloto Srijan Manandhar morreu às 21h30, horário local, na terapia intensiva do Hospital Lukla. O tripulante de cabine sobreviveu ao acidente e logo foi evacuado por motivos médicos para Katmandu para tratamento posterior. Além deles, a bordo estava a comissária de bordo Pragya Maharjan, que sobreviveu ao acidente.

Acidente


Por volta das 14h04, horário local, a aeronave estava em aproximação final à Pista 06 do Aeroporto Tenzing-Hillary, em um voo de rotina do Aeroporto de Katmandu, quando desceu abaixo da altitude mínima de segurança logo na saída da pista e colidiu com uma árvore e contatou chão três metros abaixo da pista. Em seguida, deslizou mais de 200 metros por uma ravina.

Imagens de CCTV divulgadas pelo aeroporto mostraram a aeronave mergulhando abaixo do nível da pista e fumaça subindo dos destroços.


Testemunhas afirmaram que as condições meteorológicas estavam enevoadas e que a visibilidade era bastante baixa. O aeroporto não possui nenhum tipo de equipamento de navegação, obrigando os pilotos a pousar por abordagem visual.

A pista de declive ascendente 06 não possui nenhuma orientação de aproximação por instrumentos. No momento do acidente, a visibilidade local foi substancialmente reduzida pelo nevoeiro no solo.


Investigação


Após o acidente, suspeitou-se que a causa provável do acidente foi um estol aerodinâmico provocado pela baixa velocidade de aproximação. Devido à pista anormalmente curta em Lukla, as aeronaves são obrigadas a se aproximar do aeroporto em velocidades muito baixas, tornando a aeronave extremamente vulnerável a correntes descendentes repentinas e ventos fortes que ocorrem nas montanhas. Os fatores contribuintes podem incluir pouca visibilidade na abordagem final e a inexperiência e falta de tecnologia disponível para o controle de tráfego aéreo.


Em dezembro de 2017, um comitê de investigação da Autoridade de Aviação Civil do Nepal apresentou seu relatório final sobre o acidente e concluiu que "visibilidade muito baixa" foi a causa do acidente. Como a aeronave estava voando em meio a uma densa névoa por vários minutos antes da abordagem, ela errou a pista do Aeroporto de Lukla. 


O relatório revelou ainda que tanto o controle de tráfego aéreo do Aeroporto de Lukla (que não fechou o aeroporto apesar do tempo nublado) e a tripulação do voo 409, que também são suspeitos de estar estressados ​​e fatigados, violaram os procedimentos operacionais padrão. 


Por último, a comissão sugeriu que fosse considerada a extensão da pista do aeroporto de Lukla, o que tornaria o aeroporto, onde ocorreram vários acidentes no passado, mais seguro.

Consequências


Ao contrário das práticas comuns na aviação, a Summit Air não retirou o voo número 409 e ainda opera o voo de Kathmandu para Lukla com este número.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Aconteceu em 27 de maio de 2016: O dramático incêndio do Boeing 777 no voo 2708 da Korean Air em Tóquio


Em 27 de maio de 2016, um Boeing 777-300 da Korean Air, operando o voo 2708 do Aeroporto de Haneda, em Tóquio, no Japão. para o Aeroporto Internacional Gimpo, de Seul, na Coreia do Sul, estava acelerando para decolar quando seu motor esquerdo sofreu uma falha incontida e um substancial o fogo se seguiu. 

A tripulação abortou a decolagem e, após a parada da aeronave, o incêndio foi extinto pelos serviços de emergência do aeroporto. Todos os 319 passageiros e tripulantes foram evacuados, sendo que 12 ocupantes ficaram feridos.

Aeronave e tripulação


O Boeing 777 HL7534 visto em 2009
A aeronave que operava o voo 2708 era o Boeing 777-3B5, prefixo HL7534, da Korean Air (foto acima), equipado com dois motores Pratt & Whitney PW4000, número de série 27950. Esse foi 120º Boeing 777 produzido e voou pela primeira vez em 4 de fevereiro de 1998, tendo sido entregue novo à Korean Air em 28 de dezembro de 1999.

O capitão, de 49 anos, registrou um total de 10.410 horas de voo, incluindo 3.205 horas no Boeing 777. O primeiro oficial, de 41 anos, teve 5.788 horas com 2.531 delas no Boeing 777.

Acidente


Enquanto a aeronave decolava da Pista 34R em Tóquio Haneda, com 302 passageiros e 17 tripulantes, quando vibrações incomuns foram sentidas em toda a aeronave e fumaça foi vista do motor esquerdo (PW4098). os pilotos ouviram um grande estrondo vindo da esquerda. A tripulação rejeitou a decolagem em baixa velocidade e parou a aeronave a cerca de 1300 metros antes do final da pista. Grandes chamas foram vistas no motor esquerdo, a aeronave foi evacuada.


Todos os ocupantes escaparam, mas 12 passageiros ficaram feridos e foram levados para um hospital perto do aeroporto. 

Os voos de chegada foram desviados para o Aeroporto Internacional Narita de Tóquio e para Osaka. Os bombeiros do aeroporto rapidamente extinguiram o incêndio. 


A aeronave teria viajado 700 metros abaixo da pista antes de vir para uma parada, com motor de peças espalhadas a 600 metros do ponto em que a aeronave começou a acelerar e pneu-marcas de 700 metros a partir desse ponto.


Investigação


O Conselho de Segurança de Transporte do Japão (JTSB), o Conselho de Investigação de Acidentes de Aviação e Ferrovia da Coréia do Sul (ARAIB) e o Conselho de Segurança de Transporte Nacional dos Estados Unidos (NTSB) investigaram o acidente, com a assistência de especialistas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. 

Em 30 de maio de 2016, os investigadores revelaram que as lâminas da turbina LP no motor Pratt & Whitney PW4098 esquerdo (número um) "estilhaçaram", com fragmentos perfurando a tampa do motor, com fragmentos posteriormente encontrados na pista. As lâminas da turbina HP do motor e o compressor HP estavam intactos e sem anormalidades, e os investigadores não encontraram evidências de colisões com pássaros. 


A aeronave foi reparada e voltou ao serviço com a Korean Air em 3 de junho de 2016.

O relatório investigativo final do JTSB, divulgado em 26 de julho de 2018, discutiu um número significativo de problemas relacionados à falha e a resposta da tripulação e dos passageiros a ela. 

Isso incluía padrões de manutenção inadequados que negligenciavam uma rachadura crescente no disco da turbina LP no motor criada pela fadiga do metal que eventualmente falhou, a falha da tripulação em localizar a lista de procedimentos de emergência para uso em tal emergência, iniciando a evacuação da aeronave enquanto os motores ainda estavam girando, havia o risco de os passageiros serem levados pelos motores e os passageiros ignorando as instruções para deixar a bagagem para trás ao usar os escorregadores de evacuação, arriscando-se a perfurá-los.


Como resultado do incêndio, a FAA emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade exigindo a inspeção dos motores do tipo envolvido no incêndio para avaliar a condição dos componentes que falharam no voo 2708.


Por Jorge Tadeu (com ASN e Wikipedia)

Aconteceu em 27 de maio de 1977: A queda do voo 331 da Aeroflot em Cuba



Em 27 de maio de 1977, a aeronave Ilyushin Il-62 M, prefixo CCCP-86614, da Aeroflot (foto acima), realizava o voo 331, levando a bordo 59 passageiros e 10 tripulantes. 

Em uma escala em Lisboa, Portugal, uma nova tripulação assumiu o comando da aeronave. A tripulação de cinco homens consistia no capitão Viktor Orlov, no copiloto Vasily Shevelev, no navegador Anatoly Vorobyov, no engenheiro de voo Yuri Suslov e no operador de rádio Evgeniy Pankov. Cinco comissários de bordo estavam na aeronave.

Às 03h32, o voo 331 decolou do aeroporto de Lisboa e subiu para 35.000 pés (10.670 m), tendo o voo transcorrido sem intercorrências.

Durante a aproximação a Havana, a tripulação relatou ter visto leituras falsas de altitude e pressão do ar. Eles então receberam permissão para descer de 35.000 para 15.000 pés, seguido por uma descida para 3.000 pés. 

Naquele momento, as nuvens cúmulos estavam presentes, a visibilidade era de 8 km com uma névoa densa a 40 m, a pressão atmosférica era de 758 mm Hg (ou 0,99737 atm) e a temperatura era de 21° C. 


Às 8h45m28s, ainda a 1.270 m da pista, a tripulação avistou quatro cabos de transmissão a 28 m de altura e tentou evitá-los levantando o nariz da aeronave. No entanto, a 23-25 ​​m, eles cortaram todas as quatro linhas, cortando o estabilizador e cortando a asa externa direita. 

O dano fez com que a aeronave fizesse uma inclinação acentuada de 70° para a direita nos três segundos seguintes. A aeronave então atingiu o solo com a asa direita e o nariz e pegou fogo, destruindo-o. Apenas a seção da cauda permaneceu.

Apenas dois dos 70 ocupantes a bordo sobreviveram. Os únicos dois sobreviventes do acidente foram uma mulher da Alemanha Ocidental e um homem soviético. Uma das vítimas foi José Carlos Schwarz , poeta e músico guineense.

Uma investigação revelou graves erros cometidos pela tripulação nos últimos momentos do voo. A principal causa do acidente foi uma violação flagrante do procedimento de abordagem, erros no cálculo da altitude que resultaram em leituras incorretas de altitude que levaram a uma descida prematura e a tentativa da tripulação de uma abordagem visual em meio a nevoeiro denso. Também foi citado o uso incorreto do rádio altímetro pela tripulação.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Voo solo: Google investe em avião com sistema autônomo de pilotagem


É possível criar um avião autônomo? Aparentemente, esse é o objetivo da Merlin Labs, uma startup que apresentou nesta quarta-feira uma tecnologia que permite que aeronaves voem sem piloto! A idéia audaciosa conseguiu o investimentos de várias empresas, incluindo o Google, que colocou 25 milhões de dólares no projeto.

A Merlin Labs faz questão de mostrar que o avião em testes realiza o voo completamente sozinho, sem o auxílio de pilotagem remota.


O objetivo é utilizar a frota de 55 aeronaves King Air da Dynamic Aviation para testar a direção autônoma, provavelmente nas instalações de voo da empresa na Califórnia.

Se a ideia tiver sucesso, pode ser uma virada de jogo revolucionária nas viagens aéreas. E aí, quem tem coragem de entrar em um avião sem piloto?

FAB anuncia corte de encomenda de cargueiros militares da Embraer

Num primeiro grande efeito da restrição orçamentária sobre um programa estratégico militar no governo Jair Bolsonaro, da FAB (Força Aérea Brasileira), anunciou que vai reduzir a encomenda de seu novo cargueiro militar, o KC-390 Millennium, fabricado pela Embraer.

Em contrato assinado em 2014 por R$ 7,2 bilhões (R$ 10,44 bilhões hoje, em valores corrigidos pela informação), a Força se compromete a comprar 28 aviões. Agora, quer reduzir isso a talvez menos de 20 unidades.

O cargueiro KC-390, fabricado pela Embraer, durante um voo de teste no interior de SP (Foto: Embraer)
Alegando restrição fiscal devido à crise econômica decorrente da pandemia, a FAB afirmou em nota que "os recursos de assistência ao setor de defesa sofrendo restrições que causam limitações nos projetos estratégicos das Forças Armadas".

"O número previsto de 28 aeronaves do contrato atual, o qual, neste momento, tem se necessário superior à realidade orçamentária da Força, tanto para aquisição, quanto ao suporte logístico ao longo do tempo", afirmou a Força, elogiando na sequência o desempenho dos 4 aviões entregues desde 2019.

A FAB propõe uma repactuação para que sejam entregues dois aviões por ano. Se isso passar a valer já neste ano e o prazo inicial para o fim da encomenda, em 2027, por mantido, a frota pode cair até para 16 aviões.

Isso não está certo ainda, e será objeto de derivação. "A Embraer informa estar com todas as suas obrigações contratuais em dia, bem como reitera sua capacidade de cumprimento de obrigações futuras", afirmou a fabricante em nota.

A notícia é péssima para a Embraer, que conta com o robusto contrato inicial no Brasil para alavancar as promissoras vendas do KC-390 e sua versão sem capacidade de reabastecimento aéreo, o C-390, no mercado internacional.

O avião já foi adotado por dois países da Otan , uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos, com 5 unidades vendidas em Portugal e 2, à Hungria.

Além disso, embora não haja dados oficiais divulgados, a nota da FAB necessariamente que os custos operacionais da aeronave são maiores do que os cálculos boletins, o que deve ser explorado pela principal rival na mira da Embraer, americana Lockheed Martin.

A empresa americana fabrica desde os anos 1950 o C-130 Hércules, um turboélice quadrimotor cargueiro que leva até 19 toneladas. O KC-390 é bastante mais avançado, um bimotor a jato com capacidade de transporte até 26 toneladas.

Sua maior eficiência sempre foi um dos principais pontos de venda da Embraer. O avião é considerado o mais promissor produto militar brasileiro desde o bem-sucedido turboélice de treinamento e ataque do Super Tucano.

Não é a primeira vez que o KC-390 sofre com a inconstância do gasto militar brasileiro. Com a recessão de 2015-16, o programa sofreu atrasos - a primeira aeronave foi entregue em 2019, quando o plano original previa já cinco aviões com a FAB.

"Cabe ressaltar que em ocasiões passadas de restrições orçamentárias impostas pela União aos contratos de desenvolvimento e produção do KC-390 Millennium, a Embraer sempre planejada seus recursos com vistas à continuidade deste de grande nacional e internacional, prezando pela parceria com a FAB e pelo desenvolvimento da indústria nacional ", disse a empresa paulista.

Como é usual no mercado militar em todo mundo, a encomenda governamental inicial é vital para qualquer novo produto.

A FAB colocou, desde 2008, cerca de R $ 5 bilhões (valor sem correção ao longo dos anos) no desenvolvimento do KC-390, que será reembolsado por pagamento de 3,2% de royalties nas exportações.

Como a Folha mostra no começo do mês, o Ministério da Defesa voltou ao seu padrão de gasto usual, ancorado na despesa de pessoal acima de 80% do seu orçamento, em 2020.

No primeiro ano da gestão Bolsonaro, manobras fiscais permitiram um incremento no nível de investimento a 14,5% do total do gasto, valor que caiu a 7,4% no ano passado. O Ministério da Defesa tentou, sem sucesso, ampliar o orçamento militar de 1,5% do Produto Interno Bruto para 2%.

Até aqui, programas como o KC-390 vinham sendo preservados: com R $ 720 milhões pagos em 2020, o cargueiro foi o segundo maior recebedor de recursos de defesa no ano.

Com o bloqueio de R$ 1,4 bilhão do total do gasto militar neste ano, ainda avaliado por programa, a situação ficou complexa.

Na sua nota, divulgada na noite de quarta (26) , a Força ressalta que manterá a Embraer como sua parceira prioritária, inclusive em novos programas, como o de uma aeronave não-tripulada.

O fabricante paulista também é sócia da fabricação no novo caça brasileiro, o sueco Saab Gripen, que terá de seus 36 aviões encomendados feitos na unidade da Embraer de Gavião Peixoto.

Via Folha de S.Paulo

Câmara aprova MP que permite terceirização dos tripulantes de aeronaves alugadas pelo governo

Texto vai para o Senado. Se aprovado, vínculo empregatício poderá ser firmado com empresa dona do avião, e governo não precisará ter os próprios pilotos e mecânicos.

(Foto: carlosphotos/DepositPhotos via Agência Câmara de Notícias)
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (26) uma medida provisória que permite a terceirização dos tripulantes das aeronaves alugadas pelo governo para missões institucionais — o texto agora será analisado pelo Senado.

De acordo com a legislação atual, os órgãos públicos necessitam ter contrato direto com os pilotos e mecânicos que vão operar os voos de aeronaves alugadas pelo governo.

Se aprovada a MP, poderão contratar o avião e o pessoal para operá-lo da própria empresa proprietária do avião.

Segundo a exposição de motivos enviada pelo Executivo, sem a alteração, fica "completamente inviabilizada a realização de operações aéreas por órgãos e entidades da administração pública que não detenham no seu quadro de pessoal servidores habilitados em número suficiente para compor a tripulação das aeronaves".

Ainda de acordo com o governo, isso traz "impacto direto em missões de segurança pública, urgência e emergência médica, preservação do patrimônio indígena e, especialmente, de proteção ao meio ambiente".

A MP é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

No ano passado, uma medida provisória com o mesmo conteúdo perdeu a validade por não ter sido apreciada a tempo pelo Congresso — que tem 120 dias para aprová-la, a partir da publicação, para tornar a regra legislação vigente.

Se uma MP perder a validade, o governo só pode reeditar proposta de mesmo conteúdo no ano seguinte.

Sessão


A oposição se dividiu. PSOL e PT votaram contra. PDT e PSB votaram a favor. O deputado Rogério Correia (PT-MG) disse que a medida provisória “retira direitos” dos trabalhadores aeronautas.

"É uma medida provisória que retira direitos dos aeronautas. Impressionante como esse governo retira direitos dos trabalhadores. Isso vem acontecendo desde o início. É desconstrução da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], da aposentadoria, das políticas públicas”, afirmou o deputado.

O partido Novo e partidos da base de apoio do governo defenderam a matéria. O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) afirmou que o setor de aviação civil precisa ser desburocratizado.

“A medida provisória traz avanços importantes na contratação da administração pública em relação a serviços aéreos", declarou o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG).

Por Elisa Clavery e Luiz Felipe Barbiéri, TV Globo e G1 — Brasília

As aeronaves soviéticas e russas mais vendidas

A Rússia é um país fascinante quando se trata de produção de aeronaves. Com o passar dos anos, designs interessantes para aeronaves comerciais e militares surgiram do país, tanto em sua forma atual quanto historicamente como a União Soviética. Veja quais aeronaves russas e soviéticas obtiveram mais vendas.

Antonov


Começaremos em ordem alfabética explorando algumas das aeronaves mais vendidas do lendário fabricante soviético (e agora ucraniano) Antonov. Um dos designs mais vendidos desse fabricante foi o An-12 , que voou pela primeira vez em dezembro de 1957.

O An-12 é um dos vários aviões Antonov que vendem mais de 1.000 unidades. Alguns
exemplos permanecem ativos até hoje (Foto: Felix Goetting via Wikimedia Commons)
Embora tenha sido planejado principalmente como uma versão militar do An-10, várias companhias aéreas também o operaram. Como pode ser visto na foto acima, um deles era o porta-aviões russo Aeroflot. No geral, Antonov produziu 1.248 An-12s entre 1957 e 1973.

O An-24 superou o An-12 em mais de 100 unidades. Isso ocorreu apesar de entrar em serviço
após o An-12 (Foto: Dmitriy Pichugin via Wikimedia Commons)
Acontece que o final da década de 1950 também viu o primeiro voo do que se tornaria a segunda aeronave do Antonov a vender mais de 1.000 unidades. Isso veio na forma do An-24 de 44 lugares, que voou pela primeira vez em outubro de 1959. Ele entrou em serviço três anos depois.

Como o An-12, o An-24 encontrou uso militar e comercial. Outro paralelo é que ambos permanecem em serviço limitado em certas partes do mundo. No geral, 1.367s foram produzidos, incluindo exemplos do chinês Xian Y7 com engenharia reversa.

O An-74 é uma versão civil do militar An-72 (Foto: Dmitry A. Mottl via Wikimedia Commons)
Quando se trata de aeronaves a jato, o Antonov não foi capaz de atingir as alturas alcançadas por seus projetos de turboélice de quatro dígitos acima mencionados. No entanto, na forma do An-72 e -74, está se aproximando da marca de 200 unidades. Esses dois jatos de aparência curiosa servem tanto para funções militares quanto comerciais, com 195 unidades produzidas desde 1977.

Ilyushin


Passando para Ilyushin, este também é um fabricante que produziu com sucesso mais de 1.000 unidades de uma determinada aeronave. Isso veio na forma do Il-14. Ao lado de suas funções militares, voou para companhias aéreas como a Deutsche Lufthansa (não deve ser confundida com a atual companhia aérea nacional da Alemanha) e a Interflug .

Um Il-14 da Aeroflot em Estocolmo em 1970 (Foto: Lars Söderström via Wikimedia Commons)
No geral, Ilyushin produziu 1.348 Il-14s. A aeronave era um desenvolvimento do Il-12, que por si só se provou muito popular. Ilyushin conseguiu vender 663 unidades do Il-12. Isso apesar da aeronave estar em produção apenas entre 1946 e 1949.

Outro projeto Ilyushin que atingiu a marca de 600 em termos de vendas foi o Il-18, que voou pela primeira vez em 1957. A empresa produziu 678 desses turboélices de quatro motores entre 1957 e 1985, com seus principais operadores sendo Aeroflot, Air Koryo e Rossiya.

A transportadora de bandeira romena Tarom foi uma das companhias aéreas a voar o Il-18 (Foto: kitmasterbloke)
Em termos de aeronaves a jato, o campeão de vendas de Ilyushin foi o Il-62. Ele designou esta aeronave como a sucessora do Il-18 acima mencionado, e produziu 292 exemplos dele entre 1963 e 1995. Seus quatro motores montados na parte traseira apresentavam semelhanças com o Vickers VC10. Na época de seu primeiro voo, o Il-62 ainda tinha a honra de ser o maior avião a jato do mundo.

A LOT voou com seus IL-62s para lugares como o Aeroporto Heathrow de Londres (Foto: Tim Rees)

Sukhoi


Em seguida na lista está a Sukhoi, fabricante tradicionalmente com foco mais militar. No entanto, o século 21 também viu mergulhar seus pés no mundo da aeronave comercial. De fato, em maio de 2008, o Sukhoi Superjet 100 cinco em linha com o avião fez seu primeiro voo.

O tipo entrou em serviço três anos depois com o ex-porta-bandeira da Armênia Armavia. Desde então, o Superjet vendeu 172 exemplares e continua em produção.

A companhia aérea de bandeira russa Aeroflot tem atualmente 30 Superjets em sua frota (Foto: Getty Images)

Tupolev


Ao contrário de Antonov e Ilyushin, Tupolev, com sede em Moscou, é um fabricante que conseguiu produzir um avião que vendeu mais de 1.000 unidades. A aeronave em questão é o Tu-154, cujos três motores montados na parte traseira são comparados com aeronaves britânicas e americanas, como o Hawker Siddeley HS-121 'Trident' e a família Boeing 727.

A produção do Tu-154 só foi encerrada em 2013 (Foto: Dean Morley via Flickr)
No geral, a Tupolev produziu 1.026 exemplares do Tu-154 entre 1986 e 2013. Era uma aeronave particularmente útil quando se tratava de condições de inverno nas pistas de pouso não pavimentadas ou de cascalho nas regiões mais remotas da Rússia no norte e leste do país.

O Tu-134 foi o predecessor desta aeronave. Também vendeu relativamente bem, totalizando 854 unidades entre 1966 e 1989. No entanto, em contraste com o Tu-154, este projeto apresentava apenas dois motores montados na traseira. A transportadora de bandeira soviética/russa Aeroflot era a maior operadora do tipo.

A Tupolev produziu mais de 850 Tu-134s (Foto: kitmasterbloke via Flickr)
Os primeiros jatos da Tupolev não atingiram números de vendas tão altos como os já mencionados Tu-134 e Tu-154, mas ainda assim merecem uma menção rápida. A empresa produziu 201 Tu-104s entre 1956 e 1960. Em seguida, desenvolveu esta aeronave no Tu-124, do qual vendeu 164 exemplares. O Tu-104 foi o segundo jato do mundo, depois do de Havilland Comet.

O Tu-104 foi o único jato comercialmente ativo do mundo entre 1956 e 1958, quando o de Havilland Comet foi aterrado por razões de segurança (Foto: Lars Söderström via Wikimedia Commons)

Yakovlev


Por fim, chegamos a Yakovlev, que tem um exemplo de aeronave que ultrapassou 1.000 vendas. Isso veio na forma do Yak-40, com fontes colocando o número produzido em 1.011 ou 1.013 exemplos - uma grande conquista de qualquer maneira. O Yak-40 voou pela primeira vez em outubro de 1966 e entrou em serviço com a Aeroflot em outubro de 1968.

O Yak-40 de três motores normalmente acomodava cerca de 32 passageiros (Foto: Aero Icarus via Flickr)
Mais recentemente, Yakovlev também produziu um estreito de três motores maior, conhecido como Yak-42. Ele tem uma capacidade na faixa de 100 a 120 assentos, e 185 foram produzidos entre 1979 e 2003. Não é novidade que foi um desenvolvimento direto do Yak-40 acima mencionado.

Avião passa em frente à lua em Guarulhos e proporciona belíssima imagem; veja vídeo

Na terça-feira (25), uma linda imagem foi registrada por câmeras de alta resolução do canal SBGR Live, que registra a movimentação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, captou o momento exato em que um avião passa em frente ao satélite natural da Terra. 

Via radiojornal.ne10.uol.com.br


Pai e filho transformam avião da 2ª Guerra em trailer


Um trailer com formato de avião tem chamado a atenção nas redes sociais. O idealizador, Gino Lucci, construiu o veículo com seu filho Giacinto, usando a carcaça de um avião da Segunda Guerra Mundial.

Chamado de 'The Fabulous Flamingo', o trailer tem por fora a carcaça de um aeronave Douglas R4D modificada para serviços da Marinha norte-americana.

Construído em 1943 e usado a partir de 1944, o avião trabalhou para o governo dos Estados Unidos na América do Sul durante a Segunda Guerra como transporte executivo.

O Douglas R4D decolou pela última vez na década de 1980. Ele estava estacionado antes de ser danificado seriamente por um furacão. A partir daí, foi aposentado.

O modelo foi comprado pelos proprietários atuais em 2019. O avião foi montado sobre a estrutura de um caminhão equipado com motor diesel.


Por dentro, o veículo tem o que se espera de um trailer: camas, banheira, ar-condicionado, pia e todo o resto. O conjunto básico de direção do caminhão não foi mexido, por isso a cabine é igual a do antigo avião, porém tem volante e pedais.

Via Yahoo! Notícias

Programa de voos humanos para a Lua com foguetes russos Angara custará mais de US$ 5 bilhões

O segundo lançamento de teste do Angara-A5 no Plesetsk Cosmodrome
Um programa para enviar humanos à Lua com quatro lançamentos de foguetes Angara custará 400 bilhões de rublos (cerca de US$ 5,4 bilhões), disse o Diretor Executivo de Programas de Longo Prazo e Ciência da Roscosmos, Aleksandr Bloshenko, na segunda-feira. Isso relatado por TASS.

"Uma versão de um esquema de quatro lançamentos [para o voo] para a Lua está disponível. Isso exigirá um Angara movido a hidrogênio, que iremos criar de qualquer maneira. Distribuindo os custos financeiros, obtemos a cifra de cerca de 0,4 trilhão [rublos] ", disse Bloshenko.

Este programa prevê o uso de uma versão mais leve da espaçonave Oryol chamada Orlyonok. O subprograma relevante foi desenhado e será apresentado ao governo russo em junho, disse o funcionário da Roscosmos.

Esta versão do programa é uma tentativa de "otimizar ainda mais o custo e, subsequentemente, canalizar os fundos para o desenvolvimento de um sistema de transportadora superpesada com base em outros princípios tecnológicos", disse Bloshenko, acrescentando que a Roscosmos teve que usar as tecnologias existentes em sua transportadora pesada atual versão como foi pressionado pelo tempo.

Voo da American Airlines foi forçado a desviar porque o telefone celular não carregava na tomada no assento

Uma passageira, aparentemente irada porque o carregador do telefone em seu assento não funcionou, causou tal perturbação que o capitão foi forçado a fazer um pouso de emergência.


Um voo da American Airlines de Tóquio para Dallas Fort Worth foi colocado no “Nível Três Lockdown” e desviado para o Aeroporto de Seattle Tacoma depois que a mulher supostamente agrediu um comissário e bateu na porta da cabine de comando.

Isso tudo porque seu celular não carregava na tomada de seu assento, de acordo com o blog de aviação Paddle Your Own Kanoo.

O incidente aconteceu na quarta-feira, 19 de maio. Waka Suzuki, uma cidadã japonesa, estava se conectando através de Dallas com sua mãe a caminho de Cancún, no México, onde a dupla planejava passar 10 dias de férias.

Mas ao vasculhar os documentos do tribunal, o blog revelou que a Suzuki enlouqueceu quando os comissários de bordo não conseguiram descobrir por que o carregador do telefone em seu assento parou de funcionar cerca de quatro horas depois do início do voo de 11 horas.

Suzuki gritou com os comissários de bordo e tornou-se “cada vez mais hostil e beligerante” com os membros da tripulação. A certa altura, ela saiu correndo de seu assento econômico pelo corredor, empurrou um membro da tripulação para o lado e começou a bater na porta da cabine em busca de ajuda para resolver o problema do carregador do telefone.

Ela acabou sendo presa com algemas de plástico, e o piloto desviou o avião para Seattle, onde pousou sem maiores interrupções.

Suzuki é acusada de intencionalmente interferir com os membros da tripulação de voo. O FBI está investigando.

Latam recontrata 750 tripulantes e prevê quase 100% da oferta doméstica


A Latam Airlines Brasil se prepara para aumentar a oferta de voos domésticos, acompanhando a retomada da economia, mesmo que, na avaliação da empresa, “ainda em um patamar abaixo do nível pré-pandemia”. Os sinais de recuperação vêm do aumento da procura por viagens aéreas dentro do Brasil. A companhia acredita que com a aceleração da vacinação no País, esses sinais ficarão mais evidentes.

A estimativa da Latam é chegar a dezembro deste ano com 90% da malha pré-pandemia reativada. A empresa está operando, em maio, 49% do que operava no mesmo mês em 2019, com 250 voos por dia. Em abril, a companhia operou 38% do pré-pandemia. A previsão para junho é chegar a 60% do pré-pandemia, com 340 voos/dia e para julho é alcançar 400 voos por dia.

Com esse aquecimento, a empresa prevê a recontratação de 750 pilotos e comissários, já a partir de amanhã, para acompanhar a retomada gradual da oferta. No ano passado, a companhia desligou 2,7 mil colaboradores por conta da redução da demanda. Adicionalmente, estão chegando ao Brasil sete Airbus A320 para fortalecer a malha doméstica. A Latam também anunciou, por conta desse cenário, o fim do codeshare com a Azul Linhas Aéreas, em 90 dias.

Com informações do Portal Panrotas

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Falha humana causou queda de helicóptero com vacinas no Uruguai


Uma falha humana foi a causa do acidente de um helicóptero Bell 212 da Força Aérea do Uruguai, em 25 de março deste ano, no departamento de Rocha, no sudeste do Uruguai, quando transportava vacinas contra a Covid-19, relataram autoridades da Força Aérea Uruguaia (FAU) nesta terça-feira. O comandante-chefe da FAU, general Luis De León, declarou em entrevista coletiva que o acidente se deveu à quebra de uma engrenagem que transfere a potência da aeronave.

"Acreditamos que, por razões humanas, havia muita pressão sobre aquela engrenagem, que não deveria ter sido aplicada e que causou a quebra. É o que assumimos com base no fato de que houve um erro na gestão da manutenção daquela inspeção em particular", afirmou o general.

A FAU vem trabalhando atualmente para mudar os procedimentos, segundo com De León, e para analisar se os técnicos estavam em condições de fazê-lo e se eles tinham supervisão adequada.


Nas primeiras horas da manhã de 25 de março, o piloto do helicóptero Bell 212, ao detectar uma falha, fez um pouso de emergência em um campo próximo a uma estrada, onde a aeronave imediatamente pegou fogo, causando perdas totais. Entretanto, os tripulantes do voo, que foram hospitalizados, estão em boas condições desde o incidente.

O carregamento que levavam consistia de cerca de 180 doses do laboratório americano Pfizer que a Força Aérea estava levando de Montevidéu para Rocha para seguir o plano de vacinação para pessoas com mais de 80 anos de idade planejado naquela época pelas autoridades sanitárias. O lote foi completamente perdido, mas imediatamente substituído - os novos imunizantes foram transportados por terra.

Via: EFE