segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Azul financia seis aeronaves em operação de US$ 250 milhões

A Azul Linhas Aéreas, o Santander, a Embraer e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acabam de fechar um negócio de US$ 250 milhões para a comercialização de seis aeronaves. A operação inédita é um spanish leasing, no qual o Santander compra os jatos 195 da Embraer com 80% de financiamento do BNDES e os aluga à Azul. A garantia é da Sociedade Brasileira de Crédito à Exportação. Uma característica inovadora foi construir uma estrutura que permite financiamento de 100% do avião com custo competitivo.

De acordo com o modelo adotado, a companhia pagará aluguéis semestrais para o Santander por 12 anos, que é o prazo de amortização do empréstimo junto ao BNDES. Ao final desse período, o banco privado terá a opção de vender as aeronaves ou negociar com a Azul para continuar a alugá-las.

Nos financiamentos tradicionais, a companhia geralmente tem de desembolsar cerca de 20% do valor total, mas, com a participação do Santander, pôde financiar 100%. "O prazo alongado para o pagamento ao Santander e o fato de poder financiar 100% deixam o caixa da empresa mais livre para investir na expansão da frota, um dos seus objetivos no momento", afirmou John Rodgerson, vice-presidente financeiro da Azul Linhas Aéreas.

Fonte: Mercado & Eventos

Estrangeiro poderá ter 100% de empresa aérea brasileira

A engenharia financeira que as companhias aéreas LAN e TAM estão fazendo para demonstrar que a segunda continuará sob controle de brasileiros será dispensável caso seja aprovado o projeto de lei que amplia a participação de estrangeiros no setor.

O projeto, que já passou por comissões e aguarda votação na Câmara dos Deputados, permite que estrangeiros detenham 100% de uma empresa aérea nacional, desde que exista reciprocidade.

Hoje estrangeiros só podem deter 20% de uma empresa aérea brasileira. De autoria do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o projeto aumenta essa participação para 49%. Porém, um parágrafo menos conhecido do mesmo projeto prevê que o Brasil faça acordos bilaterais que permitam, mediante reciprocidade, que a participação estrangeira chegue a 100%.

A Folha apurou que o parágrafo foi incluído por pressão do Ministério da Defesa. O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) defende os 49%, mas é contra permitir que estrangeiros detenham o controle.

"Se você permite isso, amanhã a Solange [Vieira, presidente da Anac] faz acordos bilaterais com todos os países", diz José Márcio Mol- lo, presidente do sindicato.
Um dos argumentos usados para justificar a proteção é a soberania nacional. Sobretudo entre militares, acredita-se que o Brasil não deve depender de estrangeiros para se conectar com o mundo.

No caso do Chile, há sinais, no entanto, de que um eventual acordo bilateral poderá contar com a simpatia militar. Sinais surgiram com a visita do ministro Nelson Jobim (Defesa) a Santiago na terça da semana passada.

Na ocasião, Brasil e Chile celebraram um acordo para viabilizar a construção do cargueiro KC-390, um projeto da Embraer em parceria com a Força Aérea. Jobim foi recebido pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, que, até vencer as eleições, neste ano, era acionista da LAN.

Sem justificativa

Para Respício do Espírito Santo, professor de transporte aéreo da UFRJ, o argumento da soberania nacional não mais se justifica. "Quer algo mais estratégico do que telefonia e energia, setores em que não há restrição ao capital estrangeiro?"

A economista Lúcia Helena Salgado, do Ipea, também defende a liberação. "Precisamos de investimento, oferta e concorrência, e não há razão técnica para discriminar o capital estrangeiro, salvo a situação em que o capital brasileiro seja discriminado", ressalta.

Para Jorge Medeiros, professor da Escola Politécnica da USP, o Brasil já permite, na prática, que estrangeiros controlem o setor. "A lei, do jeito que está, não garante a soberania nacional", diz. "A cargueira ABSA tem 80% de capital nacional, mas todos sabem que é da LAN. A Varig foi comprada por um fundo americano. E agora temos a LAN comprando a TAM."

Fonte: Mariana Barbosa (Folha.com)

Congestionamento com cinco aeronaves causa tumulto no Aeroporto de Campo Grande (MS)

O caos se instalou domingo no Aeroporto Internacional de Campo Grande e só terminou pouco antes da meia noite.

A chegada, quase simultânea, a partir das 22h00 deste domingo, de apenas cinco aeronaves das companhias aéreas Tam e Gol, foi o suficiente para gerar um grande tumulto.

Diante da falta de estrutura do Aeroporto, cujo setor de recepção de bagagens tem só uma esteira, mais de setecentos passageiros se acotovelavam em busca de seus pertences.

Com a demora e a tamanha aglomeração, as equipes de servidores responsáveis pelo transporte das bagagens, dos aviões até a esteira, não conseguiram conter a fúria dos passageiros que invadiram a pista onde se encontravam as carretinhas com as malas. Foi um verdadeiro corre-corre, onde cada um vasculhava a procura de suas malas.

Imagem negativa

Rosane Xavier dos Santos, moradora em Maceió, que pela primeira vez visita Mato Grosso do Sul, achou a situação “um absurdo”. “Nunca vi nada igual em minha vida”, concluiu a alagoana.

O empresário José Ramos de Alencar, disse que sentiu vergonha de ser campo-grandense, diante dos amigos que tinham acabado de desembarcar vindos do Espírito Santo, para conhecer o Pantanal.

Não bastasse toda confusão, no lado de fora do Aeroporto mais tumulto. Veículos em fila trancavam todo fluxo do trânsito, impedindo a chegada dos poucos táxis que operam ali. Uma bagunça geral.

O responsável pelo estacionamento pago, que fica em frente ao Aeroporto, que pediu para não ser identificado, disse que “todo domingo e feriado é esta confusão. O pessoal reclama, mas ninguém faz nada”.

Providências

A reportagem de “A Crítica” procurou saber, nos balcões das companhias aéreas, de quem era a responsabilidade na organização da entrega das bagagens e obteve a informação de que “o pessoal da Infraero é que toma conta disso”. O superintendente do Aeroporto, Altemar Lopes, subordinado a Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros) não foi encontrado para falar sobre o ocorrido.

Fonte: A Crítica de Campo Grande - Fotos: Luiz Carlos Feitosa

Cinco ou seis coisas sobre o A380, o maior avião comercial da história

Para começo de conversa, é preciso dizer que o embarque num A380 não foi planejado. Tal qual um "turista acidental", só me dei conta de que estava diante do gigante dos ares quando, já no check-in, estranhei aquela quantidade de gente tirando fotos de um avião. E aqui vai uma constatação: o A380, e isso deve acontecer em qualquer aeroporto do mundo, rouba mesmo a cena, e faz os olhinhos de quem curte aviação brilharem. Impossível não notar o fascínio das pessoas diante dessa poderosa máquina construída pela Airbus, que carrega o aposto de "maior avião comercial da História" e faz outras aeronaves parecerem brinquedinho.

Admito: fiquei ali tentando entender o que passava pela cabeça daquelas pessoas todas com câmeras em punho e acabei não fazendo foto alguma. Mas também pode ter sido só para ser diferente, e não mais um na multidão que esperava para entrar no voo AF 1980, que parte às 10h05m de Paris para Londres. A Air France, que usa o A380 em seus voos para Johannesburgo, está extraordinariamente operando o grandão nesse trechinho europeu. Começou no dia 12 de junho e vai até o dia 30. Aqui vão cinco (o.k., seis) impressões dele.

1) Como não escolho voos por tipo de aeronave, mas por critérios como horário e duração, não tinha mesmo a menor ideia de que um A380 entraria no meu roteiro. O destino final era a capital inglesa e, como teria tempo de sobra para curtir Paris antes da volta ao Brasil, tudo o que eu mais queria era passar rapidinho pelo Charles de Gaulle, desembarcar em Heathrow e depois almoçar num restaurante reservado há semanas (se me permitem, uma dica: o Maze - Gordon Ramsay, no 10-13 Grosvenor Square; www.gor donramsay.com/maze/).

E aqui mais uma certeza: nada é rapidinho em se tratando de um A380. Com aqueles dois andares e capacidade para carregar uma população que vai de cerca de 550 a 800 passageiros, imagine como é o embarque numa coisa dessas. Não é suposição: levou mais tempo para acomodar todo mundo do que decolar e aterrissar em Londres.

2) Se o A380 tem poltronas-camas tão luxuosas como as que a gente cansou de ver nas fotos promocionais da Airbus, não vi. Estava na classe econômica, e o que me foi permitido observar na cabine principal foi aquele mar de poltronas, numa disposição que, se não me engano, era três-quatro-três. No upper deck, dizem que a coisa é diferente. Falando especificamente da poltrona, ela pode ser um pouquinho mais confortável do que em outros Boeings e Airbuses da vida, mas acho que tive essa sensação apenas porque tudo era, de fato, novinho.

3) Depois de instalado em meu assento, preciso dizer, parodiando vítima de acidente, que "foi tudo muito rápido". Mal tive tempo de experimentar todas as possibilidades daquele monitor individual e do controle remoto que, logo de cara, deixaram-me curiosíssimo. Telinha particular na sua frente não chega a ser novidade, mas a do A380 tem ótima definição e um cardápio que vai de filmes, seriados e games às imagens capturadas por câmeras instaladas em três pontos da aeronave: no bico, na parte inferior da "barriga" e na cauda. Até "Brothers and sisters" perde diante da possibilidade de assistir ao que se passa lá fora, mesmo quando as nuvens embaçam tudo. Na aterrissagem, então, torci para a "programação" não sair do ar.

4) Seja na aterrissagem ou na decolagem, não senti o peso de um bicho tão grande. Até achei que o processo todo foi "suave", se é que a gente pode chamar assim.

5) O desembarque também é lento, mas não se compara ao embarque. E, ao final da jornada, outra surpresa, esta para deixar os amigos morrendo de inveja: um certificado da Air France dizendo que tem a honra de atestar que seu dono voou num A380.

Uma funcionária, com uma plaquinha, orientava os passageiros que voltariam dali a pouco para Paris, e só estavam viajando para conhecer o A380. Acho que eles só queriam mesmo o tal certificado.

6) Ah, sim, a companhia parece tratar tão bem sua nova aquisição que quer poupá-la. Para que desperdiçar espaço e energia com bobagens, como bagagem? Pois é, a mala não chegou, só veio em outro voo, mais tarde. Vai que aqueles contêineres arranham o A380?

Fonte: Marcelo Balbio (O Globo) - Imagens: Divulgação

Nos EUA, não tem celular no avião - mas o Wi-Fi domina

O uso de celulares é proibido a bordo de aviões nos EUA, por determinação da FAA, a agência federal de aviação. Isso não quer dizer que os viciados em informação online tenham que viver em crise de abstinência durante os voos. As grandes companhias aéreas têm serviço de Wi-Fi em muitos de seus aviões, que permitem aos passageiros acessar emails, redes sociais e até conversar usando o VPN de sua empresa. Com os celulares sendo usados cada dia mais como computadores de mão, pode ser o bastante.

Quanto aos celulares propriamente ditos, por motivos de segurança, continua valendo a regra de que só é permitido falar até o fechamento das portas da aeronave, na decolagem, ou após o pouso. O Wi-Fi para laptops e smartphones é autorizado quando o avião chega a três mil metros de altitude.

A maior rede Wi-Fi para aviação é a da Gogo Inflight, que fechou contratos com várias das maiores empresas aéreas americanas: American Airlines, United Airlines, Delta, Virgin America, US Airways. Os aviões captam sinal emitido por um sistema de antenas espalhadas pelo território americano, o que garante boa cobertura nos voos domésticos. Mas o serviço não está disponível em todos os voos.

A Gogo cobra US$ 34,95 por um passe mensal com acesso ilimitado, para laptops, sendo que o preço cai para US$ 19,95 no caso de smartphones. Passes para um único voo ou para pacotes de voos também podem ser comprados, com valores entre US$ 4,95 para um voo de até 90 minutos e US$ 12,95 para voos com duração igual ou superior a três horas.

A JetBlue, a maior transportadora aérea doméstica nos EUA, oferece gratuitamente o serviço BetaBlue, a uma rede Wi-Fi, mas apenas a bordo de Airbus A320. Com o BetaBlue, os passageiros podem acessar, com seu notebook ou smartphone, suas contas de email, serviços de mensagem instantânea e fazer compras através da Amazon.

Fonte: André Machado (O Globo) - Foto: http://practicaltravelgear.com/

TAM vai inaugurar em breve no Brasil o serviço de telefonia móvel em seus aviões


A cada voo em que embarco, mais e mais pessoas falam ao celular e mandam mensagens até o último minuto possível, antes que se liguem os motores do avião. Ainda este ano, garante a TAM, será possível tagarelar ao telefone também durante os voos. A empresa já recebeu o ok da Agência Nacional da Aviação Civil para oferecer o serviço, e agora aguarda a orientação da Anatel. Além do serviço de telefonia celular a bordo de alguns de seus Airbuses, também será possível enviar SMS e MMS e acessar a internet nos smartphones.

- Mas isso não aumenta o perigo de um acidente? - pergunta o leitor.

- Não - diz José Nürmberger Racowski, gerente de unidades de negócio da voadora. - Vamos usar para o serviço o sistema da empresa OnAir, já certificado pela AESA (agência europeia de segurança aérea). O sistema tem uma antena que fica instalada dentro do avião e gera o sinal para os celulares. Ela também impede que eles se comuniquem diretamente com suas antenas usuais no solo, evitando assim um embaralhamento de sinais.

O sistema no avião se conecta com uma antena especial da OnAir, localizada em Mônaco, que por sua vez se comunica com uma rede de satélites ao redor da Terra. Esses satélites repassam o sinal para o avião, permitindo aos celulares fazer ligações e enviar dados.

Entretanto, na decolagem e na aterrissagem, os aparelhos deverão continuar desligados. Seu uso só será permitido quando o avião atingir altitude de cruzeiro, ou seja, três mil metros.

- Nesses momentos do voo, a inclinação da aeronave não permite uma comunicação a contento, porque a antena interna não captaria bem o sinal - afirma José. - Além do mais, do ponto de vista operacional, são momentos em que os comissários de bordo têm, assim como os passageiros, de ficar sentados com os cintos afivelados, e não poderiam auxiliar as pessoas quanto ao uso dos celulares. Assim, a altitude de cruzeiro é a hora mais recomendada para ligar os telefones.

Para enviar mensagens e dados, ou acessar a internet, não há limitação além da velocidade da conexão. O sistema funciona com celulares GSM (que as operadoras brasileiras usam) e - não fiquem tristes, heavy users - numa conexão mais para 2G (segunda geração de telefonia celular) do que 3G. A conexão será de aproximadamente 400Kbps (kilobits por segundo), compartilhados por todos os passageiros. Se todos usarem ao mesmo tempo, vai ficar lento, lentíssimo, mas é melhor que nada.

No caso das chamadas de voz, no entanto, haverá um limite. No máximo, poderão ser feitas ligações de 12 celulares ao mesmo tempo. Do décimo terceiro em diante, a pessoa ficará em espera.

- A experiência, nesse caso, será muito parecida com a que acontece no Réveillon, por exemplo, quando muitas ligações são feitas ao mesmo tempo e acabamos recebendo, por vezes, um sinal de que estamos em fila e não poderemos falar em determinado momento - lembra José.

Paciência, pois. A velocidade limitada na banda sem fio da OnAir também não permitirá uma navegação 3G na internet a contento em netbooks com modems wireless de operadoras, ou tablets como o iPad.

O motivo da limitação da velocidade, diz José, é que o foco do serviço está mais para os telefones celulares e smartphones que para qualquer outra coisa. Não é um serviço para navegação pesada na internet.

- Você poderá até navegar, mas terá dificuldade com os aplicativos multimídia online, como o Skype, e sites de vídeo, como o YouTube - pondera.

A opção da TAM faz sentido até porque é preciso lembrar que usar o celular no avião não vai ser muito barato, não. Com o sistema da OnAir, os aparelhos vão estar em roaming, isto é, acessando outras redes que não as suas originais.

- As tarifas para o uso dos celulares nos aviões vão depender de cada operadora, mas acreditamos que ficarão próximas dos preços do roaming internacional - esclarece José. - E essa tarifa será praticada mesmo que seja um voo doméstico, porque como se está usando um sistema de satélites, não faz diferença se você sobrevoa o Brasil ou a Inglaterra.

Por falar em preço, José informa que a OnAir ainda está em negociação com as operadoras brasileiras para o oferecimento do serviço. E quando ele estará funcionando, afinal?

- Já temos a aprovação técnica da Anac para o sistema, e falta apenas um ok da Anatel com relação à antena que ora instalamos nos aviões - diz José. - Uma vez que esse sinal verde seja dado e os contratos com as operadoras, firmados, poderemos começar. Nossa expectativa é oferecer o serviço já em setembro ou, no mais tardar, em outubro.

O sistema funcionará em caráter experimental durante seis meses a um ano, em voos domésticos, em pelo menos quatro aviões da TAM. No momento, ele já está instalado num Airbus 321, com 220 lugares, e há mais duas aeronaves na fila para recebê-lo - um Airbus 320 (174 lugares) e um Airbus 319 (144 lugares). A empresa tem no momento 145 aviões em sua frota.

Além da certificação europeia, o sistema da OnAir também é usado em linhas aéreas na Ásia e na Oceania. Nos Estados Unidos, o foco está mais voltado para o acesso à internet nos aviões do que para a voz, conta José. Segundo ele, a TAM tem ainda planos de criar aplicativos para serem usados futuramente nos smartphones (como o iPhone) durante os voos da empresa.

Fonte: André Machado (O Globo) - Fotos: AFP / Divulgação

Força-tarefa vai apurar acidente com avião da Embraer

A China está formando uma força-tarefa especial que reúne funcionários de seis agências governamentais diferentes para investigar o acidente aéreo envolvendo um avião da Embraer que ocorreu na semana passada, matando 42 pessoas. As informações são do veículo estatal China Daily. A equipe, que inclui profissionais das administrações de segurança do trabalho e de aviação civil, vão investigar a causa do acidente, ocorrido na província de Heilongjiang.

O objetivo é estabelecer a responsabilidade pelo acidente e assessorar o governo sobre como reforçar o setor aéreo para evitar futuros desastres, de acordo com o vice-diretor do conselho de segurança do trabalho, Liang Jiakun, citado pela reportagem. "A investigação envolve cada aspecto da aeronave - seu fabricante, operador, piloto, tripulação, registro de manutenção, controle de tráfego aéreo e autoridades do aeroporto", afirmou o vice-diretor da administração de aviação civil, Li Jian.

Na terça-feira, dia 24 de agosto, o avião modelo ERJ-190, fabricado pela brasileira Embraer e operado pela Henan Airlines, sofreu o acidente no momento em que tentava aterrissar, em meio a uma forte neblina, no aeroporto de Lindu, perto da cidade de Yichun, próxima à fronteira com a Rússia. Cinquenta e quatro pessoas sobreviveram e 42 morreram.

Uma investigação inicial e os relatos de sobreviventes indicam que o avião varou a pista e bateu, partindo a cabine e causando uma explosão, segundo informações da mídia estatal. Autoridades da província de Henan, na região central da China, pediram à companhia aérea que mude seu nome para evitar que sua imagem seja afetada ao ser relacionada ao acidente. Anteriormente, a companhia era conhecida como Kunpeng Airlines. O acidente foi o de maior proporção na China em cerca de seis anos e autoridades já ordenaram checagens da crescente frota da aviação civil do país, que já conta com 1,3 mil aeronaves. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Ligia Sanchez (Agência Estado)

Piloto francês é multado depois de fazer pouso de emergência no extremo oriente da Rússia

Um piloto de helicóptero francês - que fez um pouso de emergência no Extremo Oriente, na Península de Chukotka (mapa acima), no início de agosto - foi multado em 3 mil rublos (cerca de 100 dólares) em 03 de agosto por violar a fronteira russa.

O piloto Matthieu de Quillacq, com seu helicóptero de dois assento Heli-Sport CH-7 Kompress, prefixo F-PULM (foto acima), estava realizando uma viagem ao redor do mundo. Ele deixou a França em meados de julho e viajou para os EUA através do Reino Unido, Islândia, Groenlândia e do Canadá, e planejava voar para a Europa através do território russo.

O cidadão francês, porém, teve de realizar um pouso de emergência em uma área despovoada da Rússia na Península de Chukotka, porque, possivelmente, o combustível se esgotou.

Quillacq foi levado para o centro administrativo de Chukotka, mas seu helicóptero teve que ser deixado para trás.

O tribunal decidiu que o viajante viajou para a cidade de Pevek na Região Autônoma de Chukotka sem uma permissão para realizar esse voo sobre o espaço aéreo russo.

"Estava tentado resolver o problema e reparar o meu helicóptero e retomar a minha viagem. Mas, infelizmente, não tive sucesso, porque eu não tenho permissão para sobrevoar o território russo", disse Quillacq a RIA Novosti.

"Eu não posso ficar em Chukotka porque eu não tenho permissão para ficar em uma área de fronteira", disse ele. "Agora eu tenho que ir para casa em Anadyr a bordo de um avião e deixar o meu helicóptero para trás", acrescentou.

Fonte: Petropavlovsk Kamchatsky (RIA Novosti) - Foto: Johannes Herrmann (JetPhotos)

sábado, 28 de agosto de 2010

Foto do Dia

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A aeronave experimental Dassault Falcon 50, prefixo N789JC, no Aeroporto Regional Oshkosh-Wittman (OSH/KOSH), no Wisconsin, EUA, em 28 de julho de 2010, mostrando em primeira mão a tecnologia Spiroid Wingtip, no OshKosh Air Show.


Foto: Rui Alves - Madeira Spotters (Airliners.net)

Impressionante passagem baixa com um helicóptero Mi-26

Os franceses são mestres em fazer vídeos de passagens baixas com helicópteros. Mas essa dos russos também não fica atrás:

Vale lembrar que esse helicóptero que aparece no vídeo é o maior em operação no mundo.

Fonte: Voo Tático via Lista Fsim-br

Acidente com helicóptero deixa 10 militares mortos na Venezuela

Dez militares morreram no Estado venezuelano de Apure, na fronteira com a Colômbia, em um acidente de helicóptero durante uma operação de busca por narcotraficantes, informou neste sábado (28) uma autoridade de alta patente.

A aeronave acidentada era um helicóptero Mil Mi-17V-5 (Mi-8MTV-5) [similar ao da foto acima].

O comandante do grupo militar, Luis Alfredo Motta, disse à emissora estatal de televisão que a unidade GN10139 cobria a rota Buena Vista del Meta-Cararabo, região da fronteira ao oeste da Venezuela.

"Um helicóptero da Guarda Nacional que realizava operações de busca de um grupo de narcotraficantes, segundo informações que temos, depois de ter deixado a patrulha entre Buena Vista e Cararabo, sofreu este lamentável acidente", disse a autoridade.

"Morreram três oficiais e sete homens da Guarda Nacional", acrescentou.

O jornal local El Universal informou em sua página na Internet que durante a operação de busca um dos procurados foi capturado. A reportagem acrescentou que também foi localizada uma patrulha deixada em terra, mas não informou mais detalhes.

Fontes: Deisy Buitrago (Reuters) via O Globo / ASN - Foto via armyrecognition.com

Nasa e grupo de rock U2 lançam vídeo para comemorar colaboração

A Nasa e o U2 lançaram nesta sexta-feira um vídeo para comemorar um ano de colaboração entre os dois dentro da tournê "360 graus" do grupo de rock irlandês. No ano passado, os artistas abordaram a agência espacial americana com a ideia de incluir um diálogo entre eles e astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nos vídeos apresentados durante os shows.

Os astronautas que estavam na estação na época - Michael Barratt, da Nasa; Frank De Winne, da Agência Espacial Europeia; Bob Thirsk, da Agência Espacial do Canadá; Koichi Wakata, da Agência Aeroespacial do Japão, e Gennady Padalka e Roman Romanenko, da Agência Espacial da Rússia - concordaram em participar e conversaram por diversas vezes com o líder Bono e seus colegas.

Veja o vídeo:

Fonte: O Globo (com agências internacionais) - Imagem: NASA

Fly inn Cirrus

Nos dias 04,05,06 e 07 de setembro, Formiga sediará um importante evento na área da Aviação, o “Fly inn Cirrus”. O evento será no Furnaspark Resort, hotel recém inaugurado às margens do Lago de Furnas.

O encontro será promovido pela Cirrus Air Craft, uma fabricante internacional de aeronaves, pelo Bradesco e pela Cotia, em parceria com o Furnaspark e apoio de empresas como Land Rover, Viver Brasil, BR Aviation e outras.

Localização: Rodovia Arlindo de Melo, km 11 – Fazenda Estiva / Ponte Vila Formiga – MG

Fontes: noh.com.br / Cirrus News Brasil / planeaviation.com.br

Portugal: Aeroporto do Porto Santo comemora 50 anos

O Aeroporto do Porto Santo, situado na ilha do Porto Santo, na Região Autônoma da Madeira, em Portugal, está comemorando o 50.º aniversário.

O Aeroporto possui uma pista - a 18/36 - de concreto com 3.006 m (9.862 pés).

O principal aeroporto da Região Autônoma da Madeira é o Aeroporto Internacional da Madeira, também conhecido como Aeroporto do Funchal, localizado no município de Santa Cruz, na Ilha da Madeira.

Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações do Turisver e Wikipédia) - Fotos: Site Oficial do Aeroporto do Funchal

Infraero vai contratar para agilizar obras da Copa 2014

Cerca de 400 novos funcionários terão a missão de eliminar gargalos em sete dos 16 aeroportos principais na estrutura do evento esportivo

Aeroporto de Guarulhos receberá três módulos operacionais como paliativos até obras principais serem concluídas

A Infraero vai contratar até 350 funcionários especializados na corrida contra o tempo até a Copa de 2014. Segundo o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da empresa, Jaime Caldas Parreira, novos engenheiros, arquitetos, e técnicos ambientais fazem parte dos planos para agilizar as obras necessárias em aeroportos até 2014.

Destes profissionais, 259 já foram selecionados em 2010 e outros 150 serão contratados até o fim de 2011. A missão da equipe é complicada: Parreira afirma que dos 16 aeroportos envolvidos diretamente com o evento (12 nas cidades sede, e quatro auxiliares), sete têm gargalo com o excesso de passageiros nos horários de pico.

A situação vai ficar ainda pior durante o mês do evento esportivo, quando o movimento nos aeroportos vai aumentar em quase 11%, segundo estimativas da Infraero. "A Copa é um evento importante, mas temos que capacitar os aeroportos desde já, para atender à demanda extra com tranqüilidade", diz Parreira.

Para dar conta do recado sem comprometer o movimento atual nos aeroportos, algumas medidas devem ser tomadas pela Infraero além dos 5,5 bilhões previstos em investimentos até 2014. No aeroporto de Guarulhos, um dos mais comprometidos pelo excesso de movimento, o plano é suprir a demanda crescente com a instalação de três módulos operacionais.

Estes módulos são estruturas anexas às atuais instalações do aeroporto, que servirão como espaços de embarque e desembarque de passageiros. "A vantagem destas estruturas é que elas são flexíveis, ou seja, podem ser usadas depois que as obras principais forem concluídas, ou podem ser desmontadas e instaladas em outro aeroporto", afirma o diretor de Engenharia da Infraero.

As três estruturas, consideradas por Parreira um paliativo enquanto o principal não é feito, devem ficar prontas entre o fim deste ano (a primeira delas) e abril de 2013 (a terceira). Elas darão conta de um volume de cerca de seis milhões de passageiros por ano.

Os recrutados pela Infraero vão atuar em todo país, ajudando a empresa a desenvolver soluções não apenas de infraestrutura, mas também no aproveitamento adequado dos espaços já existentes. Além de Guarulhos, os outros aeroportos com situação crítica que receberão atenção prioritária são os de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Cuiabá e Natal.

Fonte: Exame.com - Foto: Wikimedia Commons

Cuba amplia terminal que recebe voos dos EUA em Havana

O governo cubano iniciou as obras para ampliar um terminal do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, que recebe voos procedentes dos Estados Unidos. Segundo informaram neste sábado meios oficiais cubanos, a partir de 1º de setembro os voos que regularmente operam pelo terminal dois do aeroporto José Marti serão transferidos temporariamente.

A Empresa Cubana de Aeroportos e Serviços Aeronáuticos (ECASA) está responsável pelos trabalhos e não sabe precisar quando a obra será concluída.

No ano passado, aproximadamente 50 mil americanos de origem não cubana viajaram ao país, além de cerca de 300 mil cubanos residentes no exterior, a maioria nos EUA, de acordo com dados do Ministério do Turismo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, aliviou em 2009 as restrições de viagem à ilha, embora os americanos ainda precisem fazer um requerimento ao Departamento de Estado devido ao bloqueio econômico e comercial que Washington aplica a Havana desde 1962.

Fonte: EFE via Terra - Foto: Krasivaja (Wikipédia)

Força Militar: Arquivos sigilosos

Um passo importante, dado de forma discreta esta semana, deu partida na abertura para sociedade civil dos arquivos da Aeronáutica guardados sob o selo de “sigilosos”. Portaria 579/GC3, assinada pelo comandante da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, criou grupo para avaliação interna de Documentos Sigilosos no Comando da Aeronáutica. Proposta é liberar parte para consulta pública e para pesquisa.

O grupo da FAB vai ficar responsável por “analisar e avaliar periodicamente a documentação sigilosa produzida e acumulada”. Vai “propor, à autoridade hierarquicamente superior competente para dispor sobre o assunto, renovação dos prazos para manutenção do sigilo ou alterar ou cancelar a classificação sigilosa”. Melhor: determinará o “destino final da documentação tornada ostensiva, selecionando documentos para guarda permanente”; e autorizará “o acesso a documentos” antes considerados “sigilosos”.

Com isso, a FAB se adequa ao Decreto 4.453 de 2002 da Presidência da República.

Ex-soldados acampam

Soldados especialistas da FAB que lutam pela reintegração aos quartéis começam amanhã acampamento em frente ao Senado, em Brasília. Brigam pela aprovação de projeto que os reintegra à Força.

Fonte: Marco Aurélio Reis (O Dia Online)

Legacy 450 & Legacy 500 ganham renomado Prêmio Idea/Brasil Design 2010

Os mais novos jatos executivos da Embraer, o Legacy 450 e o Legacy 500, respectivamente das categorias midlight e midsize, seguem os passos dos jatos executivos Phenom 100, entry level, e Phenom 300, light, bem como o ultra-large Lineage 1000, ganhando o prêmio IDEA/Brasil. O programa IDEA® (International Design Excellence Awards) é a principal competição internacional que premia a excelência em design de produtos, ecodesign, embalagens, estratégias, pesquisa e conceitos.

“A importância do design para a aviação executiva não deve nunca ser subestimada e, por essa razão, nós da Embraer sentimo-nos especialmente honrados pelo prêmio IDEA/Brasil, um reconhecimento da indústria do design”, disse Humberto Pereira, diretor de engenharia da Embraer – Aviação Executiva. “A Empresa continua trazendo produtos inovadores e diferenciados ao mercado, assim refletindo sua filosofia de engenharia e design.”

O IDEA/Brasil é a etapa que precede a edição nos EUA do IDEA Award, uma das mais importantes e conceituadas competições de design no mundo. A edição nacional é considerada a porta de entrada de projetos brasileiros no mercado internacional. A edição norte- americana do prêmio foi criada em 1980 pela Industrial Designers Society of America (IDSA) com o propósito de reconhecer e premiar o que há de melhor em produtos, embalagens, e conceitos de design industrial criados por profissionais de todo o mundo, bem como os protótipos preparados por estudantes.

Fonte: Portal Fator Brasil - Fotos: Divulgação

Pouso forçado na China

Com o futuro incerto no país comunista, a Embraer enfrenta o drama do primeiro grande acidente com jato de sua fabricação

Uma intensa neblina foi a última imagem que 42 passageiros e tripulantes da Henan Airlines puderam ver antes do acidente aéreo que tirou suas vidas na terça-feira 24, na cidade chinesa de Yichun, no nordeste do país.

Queda em Yichun: aeronave da Henan Airlines deixa 42 mortos e 54 sobreviventes,
na terça-feira 24. Três dias depois, outro avião idêntico sai da pista

Para outras 54 pessoas sobreviventes, a fumaça espessa e o fogo marcaram o começo de uma nova vida. As causas da tragédia ainda estão sendo investigadas pelas autoridades chinesas. Suas consequências podem atingir uma empresa brasileira, a Embraer, fabricante da aeronave que se partiu em dois ao pousar antes da pista do aeroporto.

Foi o primeiro acidente grave envolvendo a família de jatos da Embraer. Também foi o primeiro desastre aéreo com vítimas na China desde novembro de 2004, quando um CRJ-200, fabricado pela canadense Bombardier e comprado pela China Eastern Airlines, caiu num parque de Baotou, no norte do país. Depois de investir bilhões na construção e modernização dos aeroportos, a China viveu seis anos de acidente-zero, numa tranquilidade contrastante com seu tamanho e sua pujança econômica. Após a queda do Embraer 190, o governo de Pequim ordenou uma inspeção em toda a frota aérea e a revisão das condições de segurança – no caso da Embraer, o mais grave é que, três dias depois, outro avião idêntico saiu da pista em Nanning, no sul da China, mas desta vez sem vítimas.

Para a empresa brasileira, há duas questões importantes em jogo: a sua imagem e as negociações com os chineses para a continuidade dos investimentos da empresa naquele país.

No primeiro caso, a grande dúvida é até que ponto fatalidades aéreas afetam a imagem dos fabricantes. Geralmente, o dano na marca é contido quando se comprova falha humana, mas é certeiro quando surgem problemas de origem mecânica.

Em 1996, um defeito no reversor da turbina de um Fokker 100 da TAM vitimou 99 pessoas em São Paulo e praticamente acabou com a carreira do jato. Pelo sim, pelo não, na terça-feira as ações ordinárias da Embraer caíram 3,87% na Bovespa, recuperando-se parcialmente nos dias seguintes.

Até agora, o Embraer 190 é visto como uma aeronave avançada e segura. “É o melhor avião do mundo em sua categoria”, diz Gianfranco Beting, diretor de comunicação, marca e produto da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. A companhia tem 21 aeronaves Embraer em operação e diz que segue confiante na marca.

“Não é porque uma Ferrari capota na estrada que vamos perder a confiança no veículo”, compara. Há 30 jatos Embraer 190 voando na China. São 290 em operação em 39 países. As companhias aéreas internacionais já compraram e receberam 652 aeronaves da família dos E-jets da Embraer.

Para não deixar perguntas incômodas pairando no ar, a empresa de São José dos Campos (SP) enviou uma equipe de técnicos em segurança de voo para Yichun, na quarta-feira, para ajudar nas investigações.

No mesmo dia, outro time de emergência viajou para Vitória da Conquista, na Bahia, depois que um ERJ-145 utilizado pela companhia Passaredo pousou de barriga no aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo. Não houve vítimas. Segundo informações internas da Embraer, as duas aeronaves funcionavam normalmente antes dos acidentes.

Procurada pela 'IstoÉ Dinheiro', a empresa diz que só irá se manifestar publicamente sobre os acidentes após a conclusão das investigações. Os resultados podem interferir numa questão delicada: sua própria presença na China.

A Embraer investe há dez anos no país, onde fabrica o ERJ-145, modelo destinado ao segmento de 30 a 60 assentos.

O avião sai da unidade da Harbin Embraer Aircraft Industry, uma joint venture com a chinesa Avic, sediada em Harbin. Fundada em 2003, foi a primeira fábrica da Embraer fora do Brasil.

Hoje, a empresa tem 300 funcionários em Harbin e Pequim. Depois de entregar 20 aeronaves, a fábrica tem apenas mais cinco unidades para montar até o primeiro trimestre de 2011. Não há mais pedidos em carteira. Segundo uma fonte da empresa, “não tem mais mercado para o ERJ-145”.

A sócia Avic desenvolveu um modelo próprio de 70 a 90 assentos, o que colocou em dúvida a sobrevivência da parceria. A estratégia de Frederico Curado, presidente da Embraer, é negociar com os chineses a fabricação local do Embraer 190, usado para competir na faixa de mercado de 91 a 120 assentos. Se não sair a autorização de Pequim para o negócio ir adiante, a fábrica de Harbin estará com os dias contados.

Fonte: Milton Gamez (IstoÉ Dinheiro) - Fotos: STR / AFP / CCTV

Prefeitura de Americana (SP) inicia instalação de avião doado pela FAB

A Prefeitura de Americana, no interior de São Paulo, iniciou ontem a instalação de um exemplar do primeiro jato nacional, o AT-26 Xavante, na Praça Tiradentes. O caça de treinamento pesa 2,5 toneladas (sem motor), mede 12 metros de envergadura e 9,5 metros de comprimento e ficará em exposição permanente no local. O modelo doado pela FAB (Força Aérea Brasileira) no ano passado, e construído entre os anos de 1970 e 1981, saiu de uso em 2006, sendo substituído pelo caça bombardeiro AMX, produzido pelo Brasil em parceria com a Itália.

O avião é uma das aeronaves mais importantes para o desenvolvimento da indústria militar no país, e no total foram fabricados 182 exemplares no Brasil e outros 761 pelo mundo. Até sua instalação na praça, o AT-26 Xavante ficou armazenado no prédio do NAIA (Núcleo de Atendimento Integrado de Americana). Na época da doação, a prefeitura conseguiu que a Aeronáutica assumisse o transporte do avião, que veio do Parque Aeronáutico do Recife, em Pernambuco.

Fonte: Diego Juliani (oliberal.com.br) - Foto: José Roberto Bueno

Nasa lança missão inédita para estudar formação de furacões

Aviões especializados vão observar a temporada de tormentas de forma nunca vista

No próximo fim de semana, a Nasa (agência espacial americana) vai lançar uma missão de seis semanas para estudar a formação e a intensificação de furacões que ajudem a melhorar a previsão de tempestades tropicais.

Um avião não pilotado, chamado Global Hawk (fotos acima), vai se juntar a várias aeronaves, todas equipadas com instrumentos meteorológicos para observar a temporada de tormentas de uma forma nunca vista.

A missão foi projetada para aproveitar justamente o auge da temporada de furacões, que geralmente começa no meio de agosto no hemisfério Norte.

Chamado de Experiência GRIP (Processo de Origem e de Intensificação Rápida, na sigla em inglês), o projeto envolve mais de uma dúzia de instrumentos científicos a bordo do avião não tripulado Global Hawk, um bombardeiro WB-57 da época da Guerra Fria.

Ramesh Kakar, o chefe da Nasa para programas ligados à ciência, diz que o objetivo do programa é melhorar o conhecimento sobre os processos físicos que provocam a formação de um furacão.

Ele espera que os institutos de meteorologia usem os dados do GRIP em seus modelos, para que seja possível avisar com mais antecedência as comunidades que caminho dos furacões.

Bill Gray, um conhecido meteorologista da Universidade Estadual do Colorado, que não faz parte da missão GRIP, diz que os cientistas conseguem prever a trajetória de um furacão assim que ele se forma cada vez com mais precisão, mas é muito difícil dizer se uma perturbação tropical vai se transformar em uma tempestade e que tamanho irá ter.

O meteorologista explica que os furacões são fenômenos complexos, que exigem recursos em grande escala para que seja possível entender eventos de pequena escala - como por exemplo, a formação de nuvens, o vento e a condensação - para saber como esses elementos interagem uns com os outros. Ele conta que "não é fácil juntar todas essas peças".

O avião não tripulado leva instrumentos para medir vários elementos: os ventos (horizontal e verticalmente), a temperatura e a distribuição das gotas d'água dentro das nuvens, a pressão, a umidade e os relâmpagos.

O WB-57 (foto acima) também vai levar um novo instrumento que fará medições em alta resolução do perfil do vento, a partir do chão até a altura da aeronave (que ficará a 18 mil metros), dando aos cientistas uma boa ideia da velocidade do vento em volta do furacão.

Fonte: R7 - Fotos: NASA Dryden

Aeroporto de Resende volta a operar depois das exigências cumpridas

Próximo passo é adquirir instrumentos que permitam os voos noturnos

Neste sábado acontece a entrega das obras de melhorias no Aeroporto de Resende, interditado desde setembro do ano passado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Com os investimentos feitos recentemente, através de uma parceria com a Votorantim Siderurgia, o aeroporto volta a operar normalmente, estando capacitado para receber aeronaves de pequeno e médio porte. As obras que resultaram na reabertura do aeroporto estão estimadas em R$ 450 mil. Todas as exigências apontadas na época da interdição pela Anac foram cumpridas.

Em volta do aeroporto, foi construído um muro de alvenaria, com 600 metros de extensão, por dois metros de altura, e implantados 300 metros de alambrado, além de aproximadamente 1.200 metros de cerca de arame farpado. A realização destas ações tem como objetivo impedir o acesso de pessoas e a entrada de animais na pista de pouso e de decolagem. Entre outras melhorias, na área do aeroporto foi recuperada a drenagem, pintura e sinalização da pista, reforma do salão de embarque e desembarque, além das áreas livres destinadas ao trânsito de aeronaves.

Apesar da reinauguração do aeroporto marcada apenas para hoje, há alguns meses ele já funciona com aval da Anac. Há uma semana, aterrissou em Resende avião da Força Aérea Americana, vindo de Brasília, com convidados para a festa de entrega do Espadim, na Academia Militar das Agulhas Negras.

Fonte: O Dia Online - Foto: Wagner Alves (ACOM/PMR)

Aviação registra cada vez mais incidentes com pássaros

Foram registradas 316 colisões de aviões com aves em Portugal no ano passado, um aumento de 74% em relação a 2008

Em 2009 foram notificadas em Portugal 316 colisões de aviões com aves (bird strikes), indica o relatório estatístico do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), a que o DN teve acesso.

Comparativamente com 2008, o número de ocorrências aumentou 74 por cento, mas especialistas em aviação ligeira garantem não existir um "agravamento significativo" do problema. "O que passou a haver foi um maior empenho das pessoas envolvidas, pilotos e responsáveis pelos aeródromos, em notificar a ocorrência de incidentes mesmo que de pequena dimensão."

Esta é também a opinião do diretor do GPIAA, tenente- -coronel Fernando Reis, segundo o qual o registro de mais 134 casos entre 2008 e 2009 "pode não corresponder a um efetivo aumento" do número de ocorrências. "Não havia uma grande preocupação em notificar os bird strikes, consideradas ocorrências menores".

Tudo mudou em Janeiro de 2009 com o acidente no rio Hudson (Estados Unidos), quando um avião comercial com 155 pessoas a bordo foi obrigado a efetuar uma perigosa manobra de amaragem, poucos minutos depois de ter descolado do aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque. Não houve vítimas. Mas as imagens correram mundo e o fato de o acidente ter sido provocado por um embate com um bando de pássaros, do qual resultaram danos nos motores, veio "dar outra visibilidade e enfatizar" este tipo de ocorrências.

O número de notificações disparou ao longo do ano, acentuando uma tendência que se registra pelo menos desde 2006, quando foram registrados 106 casos de bird strike, uma situação qualificada como de "elevado perigo" por poder originar acidentes graves, como ferimentos na tripulação, problemas hidráulicos e elétricos ou dificuldades no controlo do avião.

Para além do acidente no rio Hudson, o crescimento exponencial de ocorrências está igualmente relacionado com as indicações transmitidas pelo GPIAA junto dos principais aeroportos do país para relatarem todos os casos do gênero. "Por vezes é difícil, mas estamos a conseguir que a informação nos chegue com regularidade", diz o tenente-coronel Fernando Reis, acrescentando que o objetivo é recolher o máximo de informação possível com base na qual será efetuada uma avaliação do risco existente. "Por se localizarem no litoral, os nossos aeroportos estão em zonas potencialmente de risco. Mas ainda não podemos tirar a ilação de que estamos a assistir a um aumento de ocorrências".

Segundo o diretor do GPIAA, o nível de risco só poderá ser calculado "quando se conhecer a realidade e para isso é muito importante analisar o número de notificações", cujo crescimento só deverá "estabilizar dentro de dois ou três anos". Só nessa altura será possível definir um conjunto de medidas de segurança que poderão passar, por exemplo, pelo controlo das aves em lixeiras localizadas nas proximidades das pistas.

Os dados do GPIAA indicam que o período mais crítico se prolonga entre Abril e Agosto, sendo que a maioria das notificações diz respeito ao aeroporto de Lisboa (130), seguido de Faro (84) e Porto (54). Nenhum dos casos resultou em acidente grave.

Fonte: Luiz Maneta (Diário de Notícias - Portugal)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 747-406M, prefixo PH-BFW, da KLM - Royal Dutch Airlines, pronto para a decolagem do Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX/KLAX), na Califórnia, nos EUA, em 24 de maio de 2010.


Foto: Marc Palliser (Airliners.net)

Jatinho mais rápido do mundo chega a 1.176 km/h e bate recorde

O jato Gulfstream G650 atingiu a velocidade de 0.995 Mach (aproximadamente 1.176 km/h) durante um voo de teste nos Estados Unidos, reforçando seu título de meio de transporte aéreo mais rápido do mundo, segundo informou a fabricante Gulfstream nesta sexta-feira.

Tom Horne e Gary Freeman comandaram a aeronave durante os testes. O avião conseguiu se sair bem, segundo os pilotos, durante os voos. "Este avião é muito estável. Muito fácil de controlar e foi muito preciso mesmo em alta velocidade", disse Horne.

A título de comparação, o modelo Lineage 1000, da Embraer, alcança até 0,82 Mach.

Os testes com o G650 começaram, oficialmente, em 25 de agosto de 2009. Quatro aviões são usados e mais de 170 voos já foram feitos, cerca de 580 horas de teste.

O avião pode transportar oito passageiros e a equipe de voo. O jato tem autonomia para fazer ligações diretas como entre Dubai a Nova York, Londres a Buenos Aires.

O G650 tem motor Rolls-Royce BR725. O avião pode ser configurado de várias formas, podendo levar mais pessoas ou até contar com um espaço para reuniões de até seis passageiros.

Os membros da tripulação do voo teste celebram a marca de Mach 0.995. A partir da esquerda: os pilotos de testes Gary Freeman e Tom Horne e o engenheiro de voo Bill Osborne

Fonte: Terra - Fotos: Divulgação