sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diretor de Avatar ajuda Nasa a construir câmera 3D para sonda marciana

Jipe Curiosity deve ser lançado no ano que vem

Depois de se envolver na questão da proteção da Amazônia e implorar para que o governo brasileiro desista de construir a usina hidrelétrica de Belo Monte, James Cameron, diretor do filme Avatar, deu entrada também na área espacial. O cineasta está ajudando o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), da Nasa (agência espacial dos EUA), a desenvolver uma câmera 3D de alta resolução para um jipe espacial chamado Curiosity, que será mandado para Marte no ano que vem.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, o JPL tinha desistido do equipamento 3D em 2007, porque o orçamento para a criação do Curiosity estava estourado. Mas Cameron foi conversar com Charles Bolden, administrador da Nasa, e o convenceu a rever os planos. O cineasta usou o argumento de que uma câmera melhor, que mostre imagens em três dimensões, vai atrair melhor a atenção do público para a missão.

Agora, Cameron foi colocado na lista de pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do equipamento.

Fonte: R7 - Imagem: Nasa

Nasa pode dividir em 3 a missão para trazer amostra de Marte à Terra

Cada etapa do processo seria uma missão diferente, para aproveitar melhor o orçamento

A Nasa está estudando um plano para contornar as limitações orçamentárias e esticar missões destinadas a trazer para a Terra amostras do planeta Marte, disse um pesquisador.

Pode ser possível dividir a complexa missão em três partes, disse Steve Squyres, astrônomo que lidera a missão de robôs para a exploração de Marte.

"Isso torna o programa mais fácil de pagar, porque estica o custo ao longo do tempo", disse ele a jornalistas numa entrevista coletiva por telefone. "Reduz o custo anual de fazer a coisa".

Modelo dos robôs Spirit e Opportunity, que estão em Marte realizando pesquisas

A agência espacial obteve US$ 6 bilhões a mais no mais recente orçamento do governo federal, como parte de uma reforma nas prioridades da política espacial determinada pelo presidente Barack Obama. Squyres disse que as mudanças não afetam seu trabalho de estudar Marte com robôs.

Ele descreveu uma missão "infernal" na qual um robô, semelhante aos bem-sucedidos Spirit e Opportunity, retira uma amostra da superfície marciana. "A missão seguinte seria uma sonda fixa que pousaria ao lado", disse Squyres. Esse veículo iria lançar a amostra na órbita de Marte, onde uma terceira missão a recolheria e traria para a Terra.

Fonte: Reuters via Estadão - Imagem: Divulgação/Nasa

Piauí tem aeroportos internacionais, mas perdeu o posto da ANAC

O Piauí entrou na era dos aeroportos internacionais. Segundo o governo, são dois: os de Parnaíba e de São Raimundo Nonato. Enquanto se faz barulho em torno deles - que até agora não receberam um só voo internacional - o Piauí perde o posto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A TV Cidade Verde divulgou ontem que a portaria decretando a desativação do posto da Anac no Piauí já foi publicada no Diário Oficial da União. A previsão é de que em 60 dias os serviços da agência sejam interrompidos no Aeroporto Petrônio Portela. A partir daí, os usuários só poderão fazer reclamações pelo telefone, através de um número 0800.

O posto da Agência Nacional de Aviação Civil que funciona no Aeroporto de Teresina era muito utilizado para reclamações sobre a prestação de serviços das companhias aéreas. Agora o superintendente da Infraero, Wilson Estrela, teme que os usuários cobrem do órgão e não encontrem solução de problemas que antes eram resolvidos pelo posto.

Custa crer que a aviação do Piauí vá dar um salto, como apregoa a propaganda oficial, se não consegue manter um posto da Anac.

Fonte: Zózimo Tavares (180 Graus)

Céu de brigadeiro na aviação regional em Minas

Com crescimento de 30% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, o mercado de aviação abre perspectivas de incremento também para as rotas regionais, ocupadas principalmente em ligar as capitais às cidades do interior do estado.

Fugindo à regra das empresas que não mantêm capital aberto, sem, portanto, ter balanço obrigatório, a Trip linhas aéreas abriu suas contas, apontando crescimento de 43% no ano passado, com faturamento de R$ 450 milhões e lucro líquido de R$ 28,5 milhões. A perspectiva para este ano, segundo informou o presidente da empresa, José Mário Caprioli (foto), é de atingir faturamento de R$ 750 milhões, crescimento estimado superior a 60%.

A estratégia da empresa é se manter na aviação regional, crescendo sua escala de passageiros. Este ano, mais 12 aviões serão incorporados à frota da companhia somando 40 aeronaves, entre elas nove jatos E-175 fabricados pela Embraer. Com o incremento, a Trip vai aumentar a frequência dos vôos ofertados para o interior do estado, com decolagem partindo do aeroporto da Pampulha. Caprioli disse que há espaço para redução de preços ao consumidor, mas não precisou percentuais. Segundo ele, novas aquisições não estão nos planos da empresa.

O mercado brasileiro de aviação é dominado pela TAM (44%), seguida pela Gol Varig, com 41% de participação. Disputar uma fatia nesta indústria, que exige escala, com custos pesados, envolvendo tecnologia e renovação da frota é um desafio e tanto. “Mesmo com a perspectiva de crescimento da economia, gerar e administrar o caixa, mantendo investimentos é um grande desafio para as empresas com menor participação no mercado”, ressalta o analista-chefe da SLW consultoria, Pedro Galdi. Segundo ele, as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao ritmo de 5% nos próximos cinco anos, abre grande espaço para fusões e aquisições no mercado de aviação, especialmente se houver abertura para o investimento externo.

Esta semana, a companhia OceanAir que também atua no mercado regional, anunciou que vai abandonar o nome atual, passando a usar a marca colombiana Avianca em toda sua comunicação. “Não acredito que esse movimento trará grandes mudanças ao mercado, porque não foi uma mudança fora do padrão, faz parte de um processo previsível”, apostou Caprioli. Segundo o executivo, a empresa que apresentou Ebitda (lucros que precedem juros, impostos, depreciação e amortização) com volume de R$ 59,3 milhões e margem de 13,65%, está pronta para enfrentar a concorrência.

O crescimento da economia, acompanhado pelo avanço da renda das famílias anuncia um céu de brigadeiro para o crescimento da aviação nacional. “Da frota agrícola ao transporte regular”, garante o especialista e professor do curso de ciências aeronáuticas da universidade Fumec, Deusdedit Carlos Reis. Ele lembra que o Brasil, ao lado México disputa a segunda colocação no mercado mundial com uma frota de 14 mil aviões. “Em terras contínuas o Brasil é um grande país, são 4 mil quilômetros de reta de Norte a Sul, sendo que menos de 10% da população utiliza o transporte aéreo.” Ele aponta que a recuperação da indústria americana e a fila de espera de até três anos para quem encomenda um avião no Brasil são sinais da retomada do mercado, depois da crise financeira mundial. A turbulência fica por conta da mão de obra qualificada. "O grande desafio agora é a formação de profissionais, pilotos e mecânicos. O mercado já está no limite."

Fonte: Marinella Castro - Estado de Minas via Portal UAI - Foto: Emmanuel Pinheiro (DAPress/EM)

Embraer vê empresas aéreas mais dispostas à compra de aviões

A Embraer está sentindo uma melhora gradual no ambiente para venda de novos aviões, mas o processo de recuperação ainda é lento, afirmou nesta sexta-feira o vice-presidente financeiro da fabricante de jatos, Luiz Carlos Aguiar, durante apresentação do lucro trimestral da empresa.

A Embraer registrou lucro líquido de R$ 44,1 milhões nos três meses até março, contra R$ 38,3 milhões um ano antes, pelas regras brasileiras de contabilidade.

Pelo US Gaap, padrão contábil dos Estados Unidos e mais olhado por analistas que acompanham a Embraer, o lucro da fabricante foi de US$ 35 milhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de US$ 23 milhões em igual período de 2009.

"Nossa percepção é que (a procura por novas aeronaves) vem melhorando gradativamente, num processo lento de melhoria, por conta da quantidade de campanhas de vendas. Temos clientes em contato querendo ver preços, querendo fazer negócios", disse Aguiar.

"Tivemos um aumento substancial desse movimento, isso é um importante indicador de que (vendas) vão acontecer", completou.

Nos comentários no demonstrativo do resultado da Embraer de janeiro a março, a empresa informou que o total de campanhas de vendas em andamento está 2,5 vezes maior que nos último trimestre de 2009.

No ano passado, a demanda por aeronaves em todo o mundo foi fortemente abatida pela crise econômica global. Diante disso, a Embraer reduziu em cerca de 20% seu quadro de empregados no início de 2009, para readequar suas operações à realidade do mercado.

A Embraer fechou a venda de apenas 22 novos aviões comerciais no último ano, um dos piores desempenhos da história da fabricante, que é a terceira maior produtora mundial de jatos civis depois de Airbus e Boeing.

Aguiar destacou que até aqui em 2010, com quatro meses do ano transcorridos, a Embraer já fechou contrato com a companhia aérea Austral, da Argentina, por 20 aeronaves.

Ainda conforme o executivo, não houve cancelamentos de pedidos no segmento de aviação comercial neste ano até abril. "Não teve nenhum movimento desse tipo nos primeiros quatro meses do ano. É um outro indicador muito diferente do que ocorreu no ano passado, quando o início do ano foi a fase mais aguda de postergações e cancelamentos de encomendas", disse ele.

Fonte: Reuters via Terra

Fortaleza poderá proibir voos a partir das 18h

Estudo técnico sobre os impactos causados pelos ruídos dos aviões na cidade embasará Ação Civil Pública do MPF

Desde que se mudou para o bairro Lagoa Redonda, situado a dez quilômetros do Aeroporto Internacional Pinto Martins, o artista plástico Hélio Rôla não dorme nem produz direito. O barulho dos aviões, em particular dos Boeings 727 e 707, trafegando dia e noite muito próximos de onde mora e tem seu ateliê, influencia negativamente em seu cotidiano.

Incomodado pelo barulho das turbinas das aeronaves, formalizou denúncia junto ao Núcleo de Meio Ambiente, ao Patrimônio Histórico e Cultural, e ao Ministério Público Federal pedindo alteração no horário dos voos e a proibição do tráfego aéreo a partir das 18 horas.

A ideia é seguir o que já foi deliberado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que funciona apenas das 6 às 23 horas. O processo está com o procurador da República Alexandre Meireles Marques, que está apurando os fatos e deverá entrar com Ação Civil Pública (ACP) para que a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) altere os horários dos voos.

Por entender que, se uma pessoa morando a uma distância razoável do aeroporto, como o caso de Hélio Rôla, sofre com as consequências do barulho dos aviões, quem reside nas proximidades, em bairros como Montese, Vila União ou Serrinha, recebe um impacto muito maior.

Para ter fundamentação técnica, o procurador recomendou a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), estudo sobre a questão. Segundo o chefe de Combate à Poluição Sonora da Semam, Aurélio Brito, o trabalho resultará na Carta Acústica de Fortaleza, pensada há quatro ano, mas somente agora, implementada.

"O documento mapeará os locais de maior ruídos na cidade e nos dará suporte para planejar qualquer intervenção seja no trânsito terrestre, ferroviário ou aéreo, seja na construção de equipamentos públicos ou privados", salienta Brito.

Segundo ele, a poluição sonora não compromete apenas o aparelho auditivo como todo o sistema endócrino. "O barulho suportável para os seres humanos é de 35 decibéis (dB)",diz.

Já a partir de 55 dB pode-se considerar uma fonte sonora como incômodo. Se este nível de ruído permanecer por um período de tempo longo, a produção pessoal pode cair e a sensação de mau-estar de quem está submetido a esta fonte sonora pode aumentar enormemente. Emissões sonoras entre 60 a 75 dB produzem estresse físico.

Este tipo de poluição sonora pode determinar uma hipertonia arterial (aumento da pressão sanguínea) e provocar doenças circulatórias, como o enfarte do miocárdio (ataque do coração) e serem a causa de úlceras estomacais. "A zoada de uma turbina de avião chega a 120 dB, imagine isso o tempo todo no seu ouvido?", questiona.

O superintendente da Empresa Brasileira de infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Baltoré, confirma o estudo requisitado pelo MPF sobre a curva de ruídos no entorno do Pinto Martins. Entretanto, afirma que apenas se houver nova deliberação por parte do Governo Federal e Anac, o horário dos voos noturnos será mantido. "Somente uma pessoa reclamou com o barulho", diz.

Enquete

Retrocesso

"Será muito ruim para Fortaleza tanto para o turismo como para a economia. A ideia deveria ser mais bem avaliada"
Mauro Nunes, 35 anos, Administrador

"Os aviões passam tão baixo que dá até para acenar e paquerar os passageiros, mas se tirá-los será retrocesso"
Francisca Bezerra, 73 anos, Aposentada

DETERMINAÇÃO

Mudanças já a partir de 2011

A Carta Acústica de Fortaleza está em fase de formatação e será apresentada no dia 18 de junho, durante o Congresso Internacional de Acústica, a ser realizado no Cairo (Egito). A meta é que, baseado nesse estudo, as mudanças no espaço aéreo da cidade entrem em vigor a partir de 2011.

A proposta é polêmica, reconhece Aurélio Brito, no entanto, importante para a Capital que se prepara para a Copa do Mundo e também precisa investir na qualidade de vida de sua população. O estudo, informa, é pioneiro na América Latina. "Apenas os Estados Unidos e Europa possuem algo semelhante e fundamental para a população.

Trânsito

Além dos aviões, o trânsito de veículos também incomoda e muito a e causa poluição sonora assim como outras fontes de ruídos pela cidade afora, como as casas de shows, atividades industriais e ferrovias.

As informações constantes na Carta Acústica, destaca ele, permitirão a integração da informação importantes no Plano Diretor de Fortaleza. Elas servirão de base a decisões sobre as estratégias de intervenção ou mesmo sobre políticas legislativas para redução da poluição sonora".

O trabalho recebe assessoria técnica do engenheiro eletrotécnico português Bento Coelho. Segundo ele, por meio de um programa de computador de predição acústica, os técnicos da Semam poderão monitorar o volume do som produzido em toda a Capital. "Vamos criar um mapa sonoro a partir da definição das áreas mais ruidosas de Fortaleza", pontua.

Fonte: Lêda Gonçalves (Diário do Nordeste) - Foto: Miguel Portela

Vídeos: Guerra do Vietnã













Guerra do Vietnã: 35 anos da derrota dos Estados Unidos

30 de abril de 1975

Relato de um correspondente de guerra


Há 35 anos, em 30 de abril de 1975, os tanques das Forças Armadas Populares de Libertação do Vietnã penetraram os muros exteriores do antigo Palácio Presidencial de Saigon e seus combatentes içaram as bandeiras vitoriosas do Governo Revolucionário Provisório e da Frente Nacional de Libertação.

A guerra e a ocupação militar e política dos Estados Unidos, terminaram nesse dia, definitivamente.

Tinha passado mais de uma década desde que, em agosto de 1964, o governo dos Estados Unidos, presidido então por Lyndon B. Johnson, tinha cometido a grande fraude do auto agressão a um navio norte-americano.

O fato foi conhecido como "acontecimentos do Golfo de Tonkín" e serviu de pretexto para iniciar a guerra aérea de destruição contra o Norte do Vietnã e justificar a guerra especial no Sul.

Na realidade, desde 1971 os estadunidenses tinham começado a perder a guerra quando não puderam controlar as fronteiras entre Vietnã, Laos e Cambodja pela estrada 9 e o Pentágono tinha sido derrotado em sua guerra meteorológica que tinha como objetivos atingir os diques e represas do Norte.

As forças de Lon Nol e Sirik Matak, em Cambodja, estavam na bancarrota, as áreas libertadas abarcavam mais de 50 por cento dos cenários da guerra, e uma forte ofensiva militar dos patriotas do Sul obrigou à Casa Branca a assinar os acordos de Paris de 27 de janeiro de 1973 para restabelecer a paz no Norte.

Mas Estados Unidos não se rendeu e o presidente de então, Richard M. Nixon, mantinha sua febril e veemente ideia de dominar e acabar com as forças de libertação.

Os ocupacionistas tinham despregados nas cinco zonas militares em que dividiram o Sul do país a um milhão 200 mil soldados saigoneses agrupados em 13 divisões, sem incluir ao pessoal da marinha e a aviação, esta última dotada com mil 800 aparelhos táticos, a metade deles helicópteros, mil 400 unidades de superfície, duas mil embarcações fluviais sofisticadas equipes de comunicações e de outras especialidades.

Contavam também com cinco super portos, numerosas bases aeronavais, como as de Da Nang, a maior do mundo então, Cam Ranh, 10 aeroportos de envergadura como o de Tan San Nhut em Saigon e 200 médios e pequenos.

Diante do evidente deterioramento da situação do inimigo, e as flagrantes violações dos acordos de Paris por parte de Washington, o comando político vietnamita instruiu o Estado Maior de suas forças armadas, a preparar a batalha final pela libertação quando mal começava no ano 1974.

Um helicóptero Bell UH-1D americano pulverizando a vegetação com o agente laranja - Foto: Brian K. Grigsby, SPC5 (Wikipédia)

A primeira prova produziu-se com a batalha contra a base de Phuoc Long onde tinha localizados cinco mil soldados do regime saigonês.

A essa vitória sucederam outras muitas as quais determinaram que o Comitê Central escolhesse o 10 de março de 1975 como a data para lançar a grande ofensiva final.

O ponto de partida foi a cobiçada Buon Me Thuot, nas mesetas centrais, onde as forças de libertação, em lugar de atacar a periferia como acostumavam, se concentraram na cidade e desde ali arremeteram contra as bases exteriores às que deixaram isoladas.

Dessa maneira, deixaram dividido o país à metade debilitando às tropas inimigas, o que possibilitou que fossem caindo gradativamente os baluartes militares como Pleikú, Che Réu, Hue, Dá Nang, Nha Trang, Luang Tri e muitos outros.

A longa e fortificada corrente de bases e acampamentos militares saigoneses em toda a extensão do país foi caindo como um dominó a uma velocidade surpreendente.

Assim o percebíamos que nesse momento estávamos em Hanói e corroborávamos com os especialistas militares que nossos anfitriões do Norte punham a nossa disposição para ter em primeira mão notícias do que acontecia e fazer reportagens fiéis para nossos meios de comunicação.

Durante os dias 26, 27 e 28 de abril a ofensiva patriota generalizou-se por toda a faixa costeira e permitiu consolidar o domínio das regiões militares I e II.

Aquilo determinou a decisão do Comitê Central de ordenar a Operação Ho Chi Minh pela libertação de Saigon, que originalmente não estava no plano, segundo nos explicaram ulteriormente os chefes da ofensiva.

A batalha final iniciou-se com combates encarniçados em Long Binh, Xuan Loc, Bem Hoa e Cu Chi, casa por casa e polegada a polegada, para romper o famoso cordão sanitário que protegia militarmente à capital sul.

A Operação Ho Chi Minh foi fulminante e durou menos de 48 horas.

No dia 28, vendo já indefectivelmente perdido o regime de Nguyen Van Thieu, o embaixador estadunidense Graham Martin fugiu de Saigon do sótão da sede diplomática em um helicóptero, vexatória cena que ficou impressa para a história em jornais, revistas e filmes (foto acima - Hubert van Es/AFP/Getty Images).

Às 13.30 do 30 de abril de 1975, três tanques PT76 e dois tanquetas norte-americanas repletas de jubilosos combatentes revolucionários, baixavam a toda velocidade pela rua Pesteur para o rio Mekong no meio de aclamações; chegaram ao Palácio Presidencial e irromperam nele derrubando durante a sua passagem uma parte do muro exterior que o rodeava.

Poucos dias depois, quando o mundo já tinha festejado o Primeiro de Maio, dia dos Trabalhadores, e com a grata coincidência de ser o mês de nascimento e homenagem ao herói eterno do país, Saigon foi batizada para sempre com seu nome: Cidade Ho Chi Minh.

O general Vo Nguyen Giap, a quem encontramos de maneira fortuita nas praias de Nha Trang rumo ao Saigon ainda com cheiro de pólvora, nos confirmava o sucesso rotundo e definitivo da guerra de todo o povo.

Em 30 de abril de 1975 não somente caiu o regime fantoche saigonês e com ele a ocupação do então Vietnã do Sul que o governo dos Estados Unidos tinha sustentado a um preço desmesurado desde a derrota dos colonialistas franceses na década dos anos 50 do século passado.

Caiu um regime despótico, cruel e sanguinário, instalado pelo imperialismo no Vietnã do Sul a sangue e fogo, com o que tinham estancado no paralelo 17 a revolução nacional democrática liderada por Ho Chi Minh.

Foi avariada uma estratégia depurada dos imperialistas para produzir o neocolonialismo estadunidense em série, e sepultada a expansão norte-americana no Sudeste da Ásia. E, naquele tempo, foi frustrada a possibilidade de que a experiência estadunidense em Indochina fosse aplicada na América Latina, África e outras áreas de influência norte-americana.

No plano corporativo, também ficaram para traz as ambições desmedidas das multinacionais de arrancar até as últimas riquezas naturais da Península.

No estratégico: saiu derrotada a repisada e doentia sede de vitória por meio das armas que propugnava o chamado "mundo livre".

Vietnã, realmente, deve ter marcado o limite até o qual podia chegar o expansionismo norte-americano.

Com Afeganistão e Iraque, e com o estabelecimento de bases militares na Colômbia, as últimas administrações estadunidenses, inclusive a de Barack Obama, demonstraram que eles não querem aprender as lições da história.

Por isso mesmo, a experiência do Vietnã não pode ser desaproveitada por América Latina nestes tempos de tanto perigo, ameaças e aventureirismo.

Fonte: Luis Manuel Arce (O autor é editor da Prensa Latina e foi correspondente de guerra no Vietnã)

Leia mais

Guerra do Vietnã (Wikipédia)
Guerra do Vietnã (Terra)
Agente Laranja (HowStuffWorks)
Fotos da Guerra (About.com)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Foto do Dia

Clique sobre a foto para ampliá-la

O Boeing 377-10-26 Stratocruiser, prefixo N1040V, da Pan American World Airways - PAA, no Aeroporto John F. Kennedy International (Idlewild) (JFK/KJFK), em Nova York, nos EUA, em 19 de setembro de 1959. O "Clipper Invincible" esteve em serviço de 1949 a 1960.

Foto: Bill Armstrong (Airliners.net)

Balão da Nasa que levava equipamentos milionários se acidenta na Austrália

O balão levava telescópios sofisticados capazes de conduzir pesquisas científicas na atmosfera. Ninguém ficou ferido.

Telescópios transportados pelo balão estão avaliados entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões.



Um balão espacial da Nasa, que levava equipamentos científicos avaliados em vários milhões de dólares, caiu nesta quinta-feira (29). O equipamento havia decolado poucos minutos antes da base de Alice Springs, no centro da Austrália.

O balão decolou por volta das 8h (horário local, 19h em Brasília). As condições meteorológicas eram favoráveis, mas mesmo assim o aparelho despencou, atingindo um carro que estava estacionado, sem passageiros em seu interior. Cientistas e curiosos que acompanhavam o lançamento correram assustados após o acidente, mas não houve maiores problemas.

O Centro de Lançamento de Balões participa de um projeto com a Nasa, com aparelhos que transportam telescópios que recolhem informações sobre raios xis e gama e pesam entre duas e três toneladas, com valor entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões.

O centro, que seguirá realizando outras operações semelhantes em maio, realizou outros lançamentos nas últimas semanas, o último deles de um balão do tamanho de um estádio de futebol. Ele viajou até o limite exterior da atmosfera a 50 metros por segundo e aterrissou sem problemas no estado de Queensland, nordeste do país.



Fontes: EFE via Zero Hora / Bom Dia Brasil (TV Globo) - Fotos: STR/ AFP / Getty Images / Emma Sleath / ABC TV

Pescador encontra bombas da II Guerra a 14 metros da casa de George Clooney

Militares foram chamados para resgatar um arsenal de bombas encontrado no lago Como, a apenas 14 metros da casa de veraneio de George Clooney, em Laglio, na Itália.


Os artefatos incluem granadas de mão, morteiros e bombas aéreas. Segundo informações do jornal "Daily Mail", Clooney não estaria na casa.

A área no entorno da mansão foi interditada pelos soldados italianos enquanto os mergulhadores da marinha resgatavam o material e o levavam para uma caverna, onde seria detonado.

As armas estiveram no fundo do Lago pelo menos durante os últimos 60 anos, e podem ter pertencido ao Exército italiano durante a Segunda Guerra Mundial. Quem descobriu o "tesouro" foi um pescador, que encontrou uma das bombas no leito do Lago.

Como parte da operação, foram proibidos a navegação e o banho em um raio de 100 metros em torno do local da descoberta. Os moradores foram orientados a permanecer em casa, longe das janelas.

Com a aquisição da Vila Oleandra, Clooney provocou um "boom" imobiliário na região. Antes de abrigar uma das casas do ator, o metro quadrado de Laglio era vendido por 1 mil euros. Depois do ilustre morador, o valor subiu.

Fonte: O Globo - Fotos: Mavrixphoto.com via TZM

Saúde pública de Alagoas vai contar com os serviços aeromédicos a partir de maio

Aeronave é totalmente equipada para o transporte de pacientes, em cumprimento a determinações do Ministério da Saúde e vai garantir agilidade em casos graves e em locais de difícil acesso

O Corpo de Bombeiros de Alagoas e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passam a trabalhar juntos no salvamento de vidas e no atendimento médico de emergência. A partir do mês de maio a saúde pública de Alagoas vai contar com os serviços aeromédicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O helicóptero, que é totalmente equipado, cumpre as determinações do Ministério da Saúde e vai atender os casos de saúde mais graves e em locais de difícil acesso com agilidade.

De acordo com o tenente-coronel André Medeiros, do Corpo de Bombeiros, o veículo compreende as necessidades de locomoção e conforto dos pacientes. O helicóptero é composto por maca, rádio, máscaras de oxigênio, entre outros equipamentos. Mas seu diferencial é ser o primeiro helicóptero do Nordeste com dois motores trabalhando simultaneamente. Ou seja, caso ocorra de um interromper seu funcionamento, o outro continua em operação até chegar ao destino.

“É possível notar a vontade do governador Teotonio Vilela em investir na junção dos trabalhos exercidos pelos bombeiros e pela equipe de médicos do Samu. O uso do helicóptero em casos extremos vai possibilitar mais agilidade nos serviços dos dois órgãos, por ter um atendimento mais rápido. Isso é um ganho fenomenal para o Estado e para toda a população alagoana”, frisou o tenente-coronel, que é o piloto da aeronave.

O helicóptero ficará disponível para atender situações rápidas de afogamento, desaparecimento de pessoas em campo aberto, acidentes graves nas rodovias estaduais, transporte de crianças para estados vizinhos, entre outros. Apenas o piloto, um paciente e dois médicos cabem dentro do veículo, que foi locado por seis meses, tempo necessário para sair a licitação para aquisição de duas aeronaves definitivas para o governo de Alagoas.

Segundo o coordenador do Samu e diretor de Atenção Pré-hospitalar da Sesau, Iracildo Camelo, médicos e enfermeiros do Samu receberam capacitação teórica e prática, em solo, para o resgate aeromédico. “Já foram treinados mais de 60 profissionais para garantir atendimento ágil, eficiente e seguro durante as ocorrências graves em locais de difícil acesso e distantes de hospitais”, destacou ele.

Pioneirismo

Os trabalhos aeromédicos no Estado de Alagoas foram implantados a partir de um projeto piloto executado durante o Carnaval deste ano, para agilizar os procedimentos de socorro em casos delicados. Para o período, o Governo contratou duas aeronaves para servir à população. Está previsto para os próximos seis meses a conclusão de um processo licitatório para a aquisição de duas aeronaves que garantirão a oferta permanente do socorro aeromédico no Estado.

Fonte: Luana Nunes (Agência Alagoas) - Fotos: Olival Santos

Líbia inaugura fábrica de montagem de helicópteros

A Companhia Líbio-Italiana de Tecnologia Avançada (LIATEC), uma joint-venture entre a empresa líbia de indústria aérea e o construtor aeronáutico italiano AgustaWestland, abriu quarta-feira, em Abu Aïcha, na municipalidade de Tarhouna (sudeste de Tripoli), uma fábrica especializada em montagem e manutenção de helicópteros.

Dotada dum capital de 10 milhões de euros, a LIATEC é uma empresa líbio- italiana criada em 2006 numa parceria entre três empresas, designadamente, a Empresa Líbia de Indústria Aérea (50 porcento), a Finemeccanica (25 porcento) e a AgustaWestland (25 porcento).

O emprrendimento foi inaugurado pelo secretário do Comité de Direcção da Autoridade Líbia de Transferência da Propriedade e Investimento, Jemal Lemouchi, e pelo vice-ministro italiano do Desenvolvimento Económico, Adolfo Urso.

O acto ocorreu na presença do vice-administrador da Finmeccanica, Pier Fransesco Guarguaglini, do secretário da Empresa Líbia de Indústria Aérea Ali Al-Attrab e do presidente do Conselho de Administração de AgustaWestland Amedeo Caporaletti.

As actividades da fábrica cuja construção durou 18 meses cobrindo uma superfície de mil metros quadrados englobam a formação de quadros e técnicos em manutenção de helicópteros e aviões de transporte e em gestão de sistemas de navegação e electrónica de alta tecnologia.

Segundo o secretário da Autoridade Líbia de Transferência de Propriedade e Investimento, a Líbia goza actualmente de um clima adequado aos investimentos "caracterizado pela segurança e pela estabilidade", pelo que os investidores italianos são convidados a "estabelecer parcerias com os seus homóglos líbios ao serviço dos interesses dos dois países".

Numa declaração à PANA, o vice-ministro italiano do Desenvolvimento Económico, afirmou, por seu turno, que a Líbia se tornou hoje numa porta de entrada geográfica, política, tecnológica e industrial da Itália.

Depois da entrada das grandes empresas, disse, é a vez das pequenas e médias empresas italianas de se instalar na Líbia.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da AgustaWestland, revelou que a sua empresa concedeu investimenos preliminares de 30 milhões de dinars líbios (1,270 dinar líbios equivale a 1 dólar americano).

Segundo ele, a capacidade de produção da nova fábrica é de quatro helicópteros anualmente no primeiro ano, passando depois, a partir do segundo ano, para um helicóptero todos os dois meses.

Ele indicou que a fábrica actua igualmente no domínio da construção de compósitos, da produção de cabos e tubos e que ela tenciona abrir-se ao mercado africano através da construção de helicópteros monomotores e bimotores que poderão servir as necessidades dos países africanos, devido à sua adaptação ao ambiente do continente.

Fonte: Panapress

Portugal: Defesa evita multa se tiver quem fique com os 'NH90'

Helicópteros

Exército tem indicações de que vai receber aeronaves a partir de 2012. Mas adiamento está na mesa devido às exigências do PEC

Portugal não pagará multas em caso de adiamento na chegada dos 10 helicópteros NH90 (foto) para o Exército, a partir de 2012, se encontrar quem ocupe a sua vaga no calendário de entregas daqueles aparelhos.

Fontes do sector ouvidas pelo DN têm alertado para o pagamento de multas de milhões de euros a que Portugal estaria obrigado, perante o consórcio fabricante, na eventualidade de se voltar a adiar a chegada dos NH90, agora devido às exigências do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).

No caso da Defesa, o PEC impõe um corte de 40% - correspondendo a cerca de 165 milhões de euros no corrente ano - nas verbas da Lei de Programação Militar (LPM) até 2013, além da proibição de fazer novas compras de material militar.

O problema é que os restantes 60% do dinheiro da LPM são insuficientes para pagar os contratos já assinados. Acresce que 10% dessas verbas podem legalmente ser afectas às rubricas de manutenção e operação das Forças Armadas (o que também faz adivinhar novas dificuldades a esse nível para os três ramos).

O Exército, segundo fontes do ramo, não tem qualquer indicação de que o programa dos NH90 venha a ser adiado. Mais, uma alta patente assegurou mesmo haver sinais da tutela nesse sentido. Daí estar em curso, como já anunciou o chefe do Estado-Maior do ramo, um conjunto de iniciativas para acelerar a formação dos quadros (pilotos, mecânicos) naqueles aparelhos.

No entanto, outras fontes do sector adiantaram ao DN que a reavaliação dos programas da LPM (por causa do PEC) inclui o possível adiamento dos NH90 - cuja renda anual, a partir de 2012, será, grosso modo, equivalente à de dois programas navais já em curso, observaram. Seja como for, seriam algumas dezenas de milhões a libertar para pagar as facturas dos concursos já em vigor.

Porém, nessa hipótese, Portugal só evitaria o pagamento das multas se outro país ocupasse o seu lugar na lista de entregas dos NH90, recebendo os helicópteros destinados ao Exército e assumindo as inerentes facturas, observaram algumas das fontes ouvidas pelo DN.

A actual crise financeira internacional não parece criar as condições para viabilizar esse cenário, apesar da apetência que a qualidade do aparelho tem suscitado (já há estimativas para a produção de 1000 unidades, contra a previsão inicial de 600).

Portugal integra esse programa cooperativo com mais quatro países (Alemanha, França, Itália e Holanda) através da empresa aeronáutica OGMA, que tem a seu cargo uma quota de 1,2% da pro- dução de todos os helicópteros - correspondendo a pelo menos 5% da facturação anual (uns 10 milhões de euros) da fábrica de Alverca, que o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, visita amanhã à tarde.

O Exército, cuja Unidade de Aviação Ligeira viu novamente adiado o programa dos helicópteros ligeiros com o PEC, tem calendarizada a recepção dos 10 NH90 (os primeiros dois em 2012 e os restantes até 2015) no aeródromo militar de Tancos - mas, com as últimas notícias sobre a crise, corre o risco de continuar com os hangares vazios.

Fonte: Manuel Carlos Freire (DN Portugal)

Lufthansa vai retornar à Colômbia, Singapore e Emirates querem entrar

Enquanto a Avianca expande-se pela América do Sul e aposta novas fichas em seu ingresso no Brasil via OceanAir, além de projetar um aumento de 30% no seu movimento de passageiros deste ano, o mercado da Colômbia também se apresenta como bastante atrativo para outras empresas internacionais.

A Lufthansa, por exemplo, deverá retomar vôos em outubro e até o final do ano Singapore Airlines e Emirates também. A confirmação de que os contratos estão próximos de finalização foi dada por Fernando Sanclemente, diretor da Aeronáutica Civil do país.

A Avianca que se retirou do mercado alemão desde janeiro de 2001 também poderia retomar novamente a rota entre Frankfurt-Bogotá.

Fonte: Brasilturis

TAP retoma voos diários Recife-Lisboa em 11 de junho

De acordo com o gerente regional de Vendas da Tap em Recife, Gilberto Sabino, a companhia aérea retoma, a partir de 11 de junho, o voo diário Recife-Lisboa, que será feito com um Airbus A330, com capacidade para 263 passageiros.

O voo ruma a Lisboa deixa a capital de Pernambuco às 5h45, com chegada prevista para 7h30. No sentido inverso, o voo sai de Portugal às 11h e pousa em Recife às 14h50. A viagem tem duração de aproximadamente 7h50 minutos.

Fonte: Portal Panrotas

Raio laser completa 50 anos

Em maio de 1960, o raio laser foi descoberto pelo físico americano Theodore Maiman (foto). Ele trabalhava numa empresa de aviação em Los Angeles, quando desenvolveu um aparelho com pedras de rubi capaz de suportar a alta energia do laser. O objeto é um cilindro de rubi com as extremidades polidas para funcionar como espelhos. A descoberta do laser não aconteceu da noite para o dia, já era teorizada desde o começo do século. A saga para o perfeito funcionamento da luz começou em 1917, com o físico Albert Einstein.

Ele descobriu a emissão estimulada – quando fótons incidem sobre átomos, gerando feixes de luz com alta quantidade de energia, propagada em apenas uma direção. “É a diferença entre a luz incoerente e luz coerente. No caso de uma lâmpada, a luz tem milhares de direções, o que chamamos de incoerente. Já a luz coerente é a do laser, uma luz comportada onde os fótons se movem igualmente”, explica o professor Júnio Márcio Rosa Cruz, do Instituto de Física da UnB.

Depois de Einstein, outros físicos seguiram em busca do raio laser. Na década de 1950, os físicos Charles Hard Townes, em Nova York, Aleksandro Prokhorov e Nicolai Basov, em Moscou, atuavam em pesquisas semelhantes e chegaram à mesma descoberta: a amplificação de microondas por emissão de radiação estimulada. Era uma forma de raio laser, porém mais fraco, invisível a olho nu. A dificuldade estava em achar um aparelho que fosse capaz de suportar muita energia. Foi então que Maiman desenvolveu o aparelho de rubi.

Aplicações

Uma das aplicações do raio laser mais revolucionárias dos últimos 50 anos é usada comumente nos supermercados. São os leitores de código de barra. O raio laser também é usado em cirurgias de alta precisão, em impressoras, leitores de CD e DVD, nas telecomunicações, em luminárias, e também na indústria, para soldar ou furar o aço.

O professor José Leonardo Ferreira, do Departamento de Física da UnB, conta que o laser transformou a física óptica. “Antigamente dependíamos do telex, rádio, fax e telefone. Hoje em dia a transmissão de informações é feita através de fibras ópticas.” Os cabos ópticos são responsáveis pela comunicação entre bancos, por exemplo. A luz do laser carrega as informações por entre os cabos.

Na medicina, a dermatologia foi uma das áreas que mais se beneficiou com o laser. Tanto para corrigir cicatrizes e remover tatuagens e pêlos, quanto para o tratamento de câncer de pele. “Inegavelmente, para terapia dermatológica, o laser trouxe muitos avanços. O principal é tratar sem causar lesões”, disse a professora Gladys Campbel, coordenadora do Ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília.

O que antes era resolvido com cera, lâmina descartável ou eletrólise, passou a ser substituído pelo laser. A remoção de pêlos é feita entre quatro e seis sessões. O preço de cada sessão chega a custar R$ 500. “Hoje em dia não dizemos que é uma depilação definitiva, mas que resolve bastante”, conta Gladys.

A terapia fotodinâmica é utilizada no tratamento de câncer de pele, lesões pré-cancerosas, acne inflamatória e rejuvenescimento. Essa terapia consiste em aplicar ácido aminolevulínico na pele para deixar o local fotossensível. A pele passa a captar o laser que destruirá o tecido doente da região. Em apenas uma aplicação resolve de 80 a 100% dos casos de ceratoses actínicas (pré-cancer). O laser melhora em até de 60% a acne inflamatória.

O professor Júnio Márcio conta que cientístas estão trabalhando para desenvolver aparelhos mais potentes e precisos. "Teremos outras aplicações para o laser que facilitarão mais a nossa vida." O professor cita aplicações principalmente para a realização de diagnósticos por imagens.

Fonte: UnB Agência via Planeta Universitário - Imagens: magnet.fsu.edu

Embraer vai promover famílias de jatos executivos em exposição na Suiça

A indústria aeronáutica brasileira estará participando em Genebra, Suiça, no período entre 4 e 6 de maio, da 10ª Convenção e Mostra de Aviação Executiva Européia (European Business Aviation Convention and Exhibition – EBACE), evento que vai ocorrer no Centro de Exposições Genebra Palexpo.

Na oportunidade, o Brasil, representado pela empresa Embraer vai promover a sua linha completa de jatos executivos na exposição estática. A empresa brasileira vai ocupar o stande número 7040, localizado no Hall 7. Na exposição, serão exibidos o Phenom 100, Phenom 300, Legacy 600 e Lineage 1000, das categorias entry level, light, super midsize e ultra-large, respectivamente, juntamente com um modelo em tamanho real do midsize Legacy 500.

O Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Executiva, Luís Carlos Affonso, vai participar de uma conferência de imprensa no Hall 7 (Sala 1), às 15 horas, no dia 3 de maio, onde apresentará os avanços recentes dos produtos e soluções para suporte ao cliente.

A Embraer obteve várias conquistas este ano, como por exemplo, a consolidação da produção dos jatos Phenom, com a entrada em operação do Phenom 300. Em pouco mais de um ano, a empresa aeronáutica brasileira fabricou e entregou 100 aeronaves Phenom 100.

Fonte: Agora Vale - Imagem: Ilustração

Trip lucra R$ 28,5 mi e quer faturamento 60% maior

A Trip Linhas Aéreas anuncia faturamento bruto de R$ 450 milhões em 2009, o que representa um crescimento de 43% comparado ao ano anterior. O lucro líquido da empresa foi de R$ 28,5 milhões. A expansão acelerada também é esperada para o ano de 2010, com a previsão de faturamento em cerca de R$ 750 milhões, ampliando mais de 60% suas receitas.

“O crescimento agressivo, porém com foco em resultados, nos permite melhorar as margens, além de aprimorar a integração e expansão da nossa malha. Estamos muito orgulhosos pelos resultados em um ano atribulado como este, mas ainda temos muita lição de casa para melhorar nossa produtividade”, disse o presidente da aérea, José Mario Caprioli.

Já em janeiro, a empresa recebeu três novas aeronaves modelo ATR 72, e dois modelos ATR 42. Ao final de 2010 a companhia totalizará 40 aeronaves na frota.

Fonte: Portal Panrotas

Aérea canadense compra parte da uruguaia Pluna

A companhia aérea canadense Jazz Air é a nova investidora da companhia uruguaia Pluna. A informação está no site da empresa canadense, que adquiriu 25% da uruguaia Pluna por US$ 15 milhões depois de um acordo com o sócio privado Leadgate da Pluna .O acordo será concluído em Montevidéu na próxima semana, assim que encerrados os aspectos formais da transação. Com a entrada da Jazz Air no capital da Pluna, a Leadgate passa a ter 50% de participação na Pluna e o governo uruguaio, outros 25%.

Para o presidente da Jazz Air, Joseph Randell, o investimento possibilita que a companhia canadense comece a participar em “um dos mercados aéreos de crescimento mais rápido em todo o mundo”. Segundo diz o comunicado publicado no site da Jazz Air, “trata-se do primeiro investimento da empresa fora do Canadá e, para tomar a decisão, consideramos a boa reputação do Uruguai no mercado internacional”, diz. O gerente geral da Pluna, Matias Campiani, defendeu a venda de parte da empresa como o melhor para o desenvolvimento da Pluna, “tendo como novo sócio que aporta experiência no desenvolvimento do mercado de voos regionais.”

Fonte: Portal Panrotas

Embraer tem lucro de R$ 44,1 milhões no 1o trimestre

A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, teve lucro líquido de 44,1 milhões de reais no primeiro trimestre, contra ganho de 38,3 milhões de reais um ano antes, pelos padrões brasileiros de contabilidade.

Uma pesquisa da Reuters com seis analistas previa lucro de 78 milhões de reais no trimestre.

A companhia apontou receita líquida de 1,78 bilhão de reais de janeiro a março, queda diante dos 2,66 bilhões de reais um ano antes devido a "um menor número de aeronaves entregues" no período.

A Embraer informou ter entregue 41 aeronaves no primeiro trimestre de 2010, sendo 21 jatos comerciais, 19 executivas e uma para o transporte de autoridades no segmento de defesa.

Fonte: Reuters via O Globo

Aeroporto de Marília (SP) tem várias de irregularidades, diz MPF

Vistoria comprova falta de condições de segurança no local

A falta de ferramentas para uso em resgates, tais como lanternas manuais, gancho ou garra para salvamento, manta à prova de fogo, corda, além da ausência de sistema de alarmes (sonoro e luminoso), estão entre as irregularidades constatadas nesta quinta-feira em vistoria realizada pelo MPF (Ministério Público Federal) no Aeroporto de Marília.

Segundo o MPF, a vistoria técnica foi baseada em portarias da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), órgão que regulamenta o setor de aviação civil no país.

As condições de segurança para funcionários e passageiros do terminal aeroviário foram postas em dúvida quando o MPF recebeu denúncia anônima, há quase dois meses.

Entre as irregularidades constatadas por servidor do MPF, também está a ausência de sala exclusiva para comunicação (rádio e telefone) e visão da área de pouso, decolagem e taxiamento, além de não haver equipamento de proteção respiratória.

De acordo com o procurador da República responsável pelo caso, Jefferson Aparecido Dias, o relatório da vistoria será encaminho à Anac para que agência aprecie. Só a partir da resposta da Anac, segundo o procurador, o MPF poderá tomar providências.

Dias entende que, além da prefeitura, o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) também tem responsabilidades sobre o local. A prefeitura não foi notificada oficialmente da vistoria, por isso não quis comentar o assunto. Ninguém no Daesp foi encontrado.

Fonte: Talita Zaparolli (Agência Bom Dia) - Foto: Daesp

Bombeiros retiram destroços de monomotor que caiu no Rio

O Corpo de Bombeiros deu início na noite de terça-feira à retirada dos destroços do avião monomotor, prefixo PR-EBM, utilizado em combate a incêndio florestal, que caiu por volta das 16 horas do mesmo dia na Vila Santa Isabel, após decolar do Campo de Aviação da cidade. O acidente aconteceu na Rua José Estevan da Motta e matou o major Jasper Sanderson, 31 anos, piloto do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros, e o aspirante Guilherme Augusto Rocha Neto, 28, do 23º Grupamento de Bombeiro Militar de Resende, que ficaram carbonizados.

Até o fechamento desta edição homens do 23º Grupamento prosseguiam com o trabalho de remoção dos destroços da aeronave, modelo AT 802F, fabricada pela AIR Tractor, com o apoio de outros órgãos de segurança pública. Os corpos dos tripulantes foram retirados por volta das 23h30min, após técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica (Cenipa) realizarem uma perícia preliminar no local do acidente. A necropsia foi realizada no Instituto Médico Legal (IML) de Resende. As vítimas foram enterradas às 16 horas de ontem, no Rio.

Na manhã de ontem, uma comissão de três investigadores, designados pela Aeronáutica, ainda atuava na cena da tragédia que abalou os bombeiros e os moradores do Residencial Thomaz Fonseca. A partir das informações obtidas pela equipe um Relatório de Ações Iniciais deverá ficar pronto em 30 dias. O Relatório Final tem o prazo de até 12 meses para ser concluído.

As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas o coordenador operacional do aeroporto de Resende, que está interditado, Nélio Silva Sampaio, aponta que os pousos e decolagens do monomotor foram realizados irregularmente. “O monomotor saiu do aeroporto não-comercial Jacarepaguá, no Rio, e pousou no Campo de Aviação, no início da tarde. O piloto, responsável pelo plano de voo, tinha consciência de que o aeroporto estava interditado. Existem dois ‘x’ pintados em amarelo nas cabeceiras da pista que indicam essa situação. Recebemos uma notificação 45 minutos antes da decolagem em Jacarepaguá. Eu avisei ao piloto sobre as condições do aeroporto, quando ele chegou. Perguntei se era uma missão oficial e ele negou. Era apenas um reconhecimento da área. Não constava do plano de vôo essa informação. Entrei em contato com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que confirmou que, nessas condições, o pouso e a decolagem no Campo de Aviação são irregulares. Se não era missão, é irregular. Nesses casos, eu não tenho o poder de policiamento, somente de coordenação e informação. Em sequestros, por exemplo, eu posso intervir e chamar a polícia”, acrescenta o coordenador.

De acordo ainda com Nélio Silva Sampaio, que também exerce a função de piloto, o aeroporto de Resende está interditado desde setembro de 2009, para corrigir algumas falhas de segurança.

Moradores fora da rotina

O estrondo da queda do avião assustou os moradores do Residencial Thomaz Fonseca, na Vila Santa Isabel. O avião caiu entre uma casa e o prédio. De acordo com a subsíndica, a psicóloga Andréa Brandão, o prédio estremeceu na hora do acidente. “Estava com a minha filha de dez anos no apartamento quando escutei a explosão. Vi muita fumaça e o prédio tremeu. A sensação era de que a colisão tinha sido no prédio. Todo mundo descendo a escada e gritando ‘fogo’ e ‘avião’. Poderia ter atingido o meu bloco. Eu moro no Bloco 3. Só que é o lado inverso do acidente.

Ficamos preocupados, o prédio tem encanamento de gás. Além disso, vários carros poderiam ter explodido com o alastramento do fogo. Imagine se tivesse colidido?!”, conta.

Guilhermina Oliveira, 71 anos, chorou ao relembrar o desespero na hora de sair do Bloco 3. “Moro do outro lado, no quarto andar. Mas fiquei apavorada com o barulho da queda e a fumaça. Estou usando bengala, pois tenho artrose e dificuldade para me locomover. Desci a escada desesperada. Moro sozinha e tenho pressão alta. Ainda bem que tive a ajuda da babá da minha neta que mora no terceiro andar”, diz emocionada.

A síndica Érica Coutinho da Rocha fala sobre os danos causados no prédio. “Estamos esperando a perícia da seguradora Marítima. A equipe deve vir esta semana ainda. De acordo com informações de um bombeiro, eu devo pegar o registro de ocorrência e abrir um processo no Corpo de Bombeiros para avaliar um possível ressarcimento. A Defesa Civil disse que está tudo perfeito por aqui. No primeiro andar, os dois apartamentos tiveram grandes prejuízos nas salas e nos quartos”, revela.

Até a conclusão desta edição a Ceg-Rio foi informada sobre um provável rompimento na tubulação de gás próximo ao acidente, e já havia mandado uma equipe para verificar a situação.

Fonte: A Voz da Cidade - Foto: Celso Sellmer

Aeroporto de Maringá (PR): Choque entre aviões e aves é maior este ano

A proporção é de duas vezes em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.

Superintendente do aeroporto descarta que a causa seja a proximidade do lixão.


Os choques entre aves e aviões, registrados no Aeroporto Regional Silvio Name Junior, de Maringá, nos quatro primeiros meses de 2010 já são duas vezes mais numeros que as ocorrências de todo o ano passado.

A informação é do Centro de Controle de Perigo Aviário (CCPAB), órgão do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e confirma a preocupação manifestada pelo 5º Comando Aéreo Regional (Comar), publicada ontem por O Diário, de que a instalação do aterro sanitário na Pedreira Ingá, dentro da Aérea de Segurança do Aeroporto (ASA), põe em risco a segurança dos voos.

Para o superintende do aeroporto, Marcos Valêncio (foto), o aumento dos casos não tem relação com o aterro mas com o crescimento no volume de pousos e decolagens.

“Nosso aeroporto foi o terceiro que mais cresceu no Brasil, e este crescimento, caso realmente houvesse problemas com os urubus do aterro, certamente já teria provocado algum acidente de grande monta”, acredita Valério. Segundo ele, nenhum dos casos de choques entre aves e aviões, registrados em Maringá, envolveu urubus ou aves de grande porte.

“Os casos registrados foram com pombinha-amargosa, quero-quero e corujas, aves pequenas que vivem no entorno do aeroporto. E são ocorrências sazonais, por ser época de colheita. Pode ser que até o final do ano não tenhamos mais ocorrências”, justificou.

Autorização

Valêncio também lembrou que o 5º Comar, que está pedindo providências à prefeitura sobre o aterro, foi o órgão que autorizou a instalação do aeroporto naquele local. “O lixão já estava lá. Está lá há 30 anos ou mais. Naquela época já havia o vazadouro instalado onde está”, disse.

Apesar de contestar a advertência, o superintendente afirmou que a Prefeitura de Maringá resolverá o problema com o aterro para evitar futuros problemas. “A prefeitura vai tomar as medidas cabíveis a fim de colaborar com a aplicação das normas internacionais de aviação, pois é parte do esforço constante do poder público para o bem estar de todos, principalmente dos usuários do Aeroporto Regional de Maringá”, completou.

Fonte: Edmundo Pacheco (O Diário Maringá)

RS: Repórter sobre susto no helicóptero: "Em poucos minutos, neblina tomou conta"

"Em 14 anos, nunca enfrentei nada parecido", afirma Mauro Saraiva Júnior

A neblina que tomou conta da Região Metropolitana assustou a equipe de reportagem da Rádio Gaúcha que cobre o trânsito nesta manhã. O helicóptero deixou o Aeroporto Salgado Filho às 6h55 e partiu em direção à Avenida Assis Brasil, na Zona Norte.

— Não conseguimos visualizar nada e fomos até o acesso da ERS-040, mas também não havia visibilidade. Em poucos minutos, a neblina se tornou mais espessa e tomou conta da cidade — descreve o repórter Mauro Saraiva Júnior.

Apesar da dificuldade na visualização das vias, o comandante do helicóptero se dirigiu à Avenida Ipiranga, nas proximidades do acesso à Silva Só. De lá, o repórter transmitiu um boletim com as informações sobre o trânsito e partiu em direção ao Parque Marinha do Brasil, onde seria realizado o pouso.

— O aeroporto estava fechado e precisávamos pousar no parque, mas também não havia visibilidade. Em 14 anos, nunca enfrentei nada parecido — conta.

Minutos depois, auxiliado por controladores de voo, o comandante Ivan Faral conseguiu pousar o helicóptero com segurança no Aeroporto Salgado Filho.

Fonte: Rádio Gaúcha via Zero Hora - Fotos: Mauro Saraiva Júnior

Insumos acumulados no aeroporto de Manaus causam prejuízos de R$ 500 milhões à indústria

O impacto sofrido por pelo menos 30 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) por conta de insumos acumulados no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, foi discutido ontem (28) entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares (Sinaees).

A reunião com parlamentares da bancada amazonense no Congresso Nacional aconteceu em Brasília. Na ocasião, o presidente da Infraero, Murilo Barboza, admitiu que a empresa enfrenta um momento atípico devido ao aumento em 200% nas cargas direcionadas ao Estado do Amazonas.

O motivo para tantos pedidos seria a Copa do Mundo deste ano, que aqueceu principalmente o setor de eletrônicos, em especial a produção de televisores de LCD, Plasma e Led.

Segundo o presidente do Sinaees, Wilson Périco, os prejuízos à indústria local somam R$ 500 milhões, e atingiram principalmente a linha de produção das empresas Samsung, LG, Semp Toshiba, Nokia, Panasonic e Thomson.

Para solucionar o problema, o presidente da Infraero exigiu que as empresas passem a informar, por meio de relatório completo, a movimentação dos próximos seis meses das encomendas no Terminal de Cargas (foto acima).

Murilo Barboza não soube informar um prazo para a regularização da liberação das cargas.

Fonte: Portal Amazônia - Foto: Infraero

Editora de listas telefônicas indenizará empresa aérea, diz STJ

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu indenização à empresa aérea Lufthansa AG por uso indevido de seu nome pela Listel – Listas Telefônicas – e pela Via Jajah Turismo.A decisão a favor da empresa aérea foi da 4ª Turma do Tribunal de Justiça.

A Lufthansa havia entrado com uma ação de indenização contra a Listel e a Via Jajah por apropriação irregular de seu nome. A empresa de turismo usou o nome da empresa aérea associado ao seu telefone em anúncio na lista telefônica (Listel). Desse modo, desviou clientela da empresa.

Em primeira instância, decidiu-se parcialmente a favor da Lufthansa. O juiz concedeu indenização por danos materiais pelo desvio de clientela, mas não concedeu os danos morais por entender que pessoas jurídicas não poderiam sofrer esse tipo de dano.

Todas as empresas recorreram. A Lufthansa afirmou que haveria possibilidade de receber reparação moral. Já a Via Jajah sustentou a inexistência da alegada vinculação de seu nome ao da empresa aérea, alegando, ainda, que estava tacitamente autorizada a trabalhar em favor da Lufthansa.

A Listel, por outro lado, afirmou não poder ser parte no processo já que a irregularidade foi cometida só pela Via Jajah e que não haveria nenhum dispositivo legal obrigando vigilância na inserção de nomes em listas telefônicas, tendo em vista que a responsabilidade é dos anunciantes.

O TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) rejeitou os pedidos das empresas.

A Listel e a Lufthansa recorreram ao STJ. A Listel insistiu que não há norma legal que obrigue a editora a checar regularidade de cada nome utilizado, até porque seria inviável. Também afirmou que seria impossível para pessoa jurídica sofrer dano moral.

Já a empresa aérea reafirmou a possibilidade de receber reparação por prejuízo moral, havendo inclusive jurisprudência no STJ sobre o tema.

O ministro Fernando Gonçalves considerou que a conduta da Listel foi o suficiente para obrigá-la a compensar a empresa aérea. Afirmou que os autos do processo indicam que a editora teria o dever de recusar o anúncio.

Ele destacou ainda que a editora estava ciente do uso irregular de marca pela Via Jajah, por ter sido informada por duas vezes pela própria Lufthansa e também pela Varig, outra empresa vítima do esquema.

Os autos também apontaram com clareza o uso indevido dos nomes das companhias aéreas no anúncio. Por fim, apontou que já havia anúncio da própria Lufthansa na lista telefônica, indicando a irregularidade.

Sobre a questão dos danos morais, o ministro apontou que, apesar de apenas pessoas físicas poderem pleitear reparação de danos à honra subjetiva, houve proteção legal à honra objetiva de uma empresa, que incluiria a sua reputação perante a sociedade.

Com essa fundamentação, o magistrado determinou que fosse arbitrado o valor da indenização por danos morais.

Fonte: Última Instância

Anac fecha postos de atendimento em aeroportos

Os passageiros que tiverem alguma reclamação não poderão fazê-la no aeroporto. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está fechando os postos de atendimento que mantinha nos aeroportos do país. As informações são da colunista do BandNews FM Mônica Bergamo.

De agora em diante, as queixas deverão ser enviadas pela internet ou feitas pelo telefone. A agência alega que a baixa demanda pelo serviço não é suficiente para que arque com os custos da operação.

No entanto, manterá dez postos, nos aeroportos de Brasília, Guarulhos, Congonhas, Galeão, Curitiba, Porto Alegre, Confins, Salvador, Recife e Fortaleza.

Fonte: Helton Gomes (eBand)

“Até julho, liberamos a cabeceira para a nova pista do aeroporto”

Foto: Jorge Dusso, diretor-geral substituto do Demhab

A pior parte da novela de ampliação do aeroporto Salgado Filho, com desapropriações empacadas e licitações contestadas, passou. Quem garante é Jorge Dusso, diretor-geral substituto do Demhab e encarregado da remoção de duas vilas situadas na cabeceira da pista de aviação, cujas casas impedem a instalação de equipamentos necessários para voo sob neblina. Sem essa aparelhagem, atrasos são constantes em Porto Alegre. Até agora, foram transferidas apenas 152 famílias, das 2,9 mil que devem ser removidas.

Zero Hora – Desde 1997 autoridades projetam a ampliação do Aeroporto Salgado Filho. Passados 13 anos, menos de 10% das casas situadas na área destinada ao aumento da pista e terminais de carga foram removidas. Qual o motivo?

Jorge Dusso – Por diversas razões. Em qualquer obra, leva-se mais tempo no planejamento, orçamento e licitação, do que na construção em si. Dia desses, para retirar uma árvore situada onde planejávamos uma casa, levamos mais de seis meses. Hoje, todo projeto arquitetônico de grande porte exige demorada análise de licenciamento ambiental. A escolha de um terreno depende disso e muitas vezes não existe essa área livre de empecilhos. Um segundo ponto é o orçamento. Para remover a Vila Dique, tivemos de refazer três vezes a licitação. É que orçamos as obras de acordo com uma tabela de gastos exigida pela Caixa Econômica Federal (CEF), considerada defasada pelos construtores, já que o mercado está aquecido. O resultado é que os interessados não apareceram para disputar a concorrência ou se retiraram, após participar. Só depois de três tentativas chegamos ao preço final e as obras começaram, em outubro passado. Depois de iniciar as primeiras 152 novas casas, orçadas em R$ 33 milhões, ainda tivemos de aditar mais R$ 6 milhões para construção de muros e chapas no lugar de estacas, porque o dinheiro orçado inicialmente não as contemplava.

ZH – Mas dinheiro existe? E não existia antes?

Dusso – Dinheiro existe e acho que nunca foi o problema, porque o governo federal sempre se comprometeu com repasses. Afinal, o aeroporto é obra federal. Toda a remoção deve sair por menos de R$ 500 milhões. O que mais atrapalha, realmente, são os licenciamentos e as licitações, tudo muito demorado e tudo muito contestado. Para dar uma ideia, uma das vilas situadas nas proximidades de onde construiríamos as novas residências da Dique se levantou contra a remoção do pessoal para aquele lugar. E tivemos de mudar o lugar. Agora pretendemos concluir a remoção das 1.469 casas da Dique até junho de 2011.

ZH – Isso é metade das remoções previstas. Como fica a outra metade? Até a Copa sai?

Dusso – Sai, com certeza. Já temos três áreas, perto do limite de Porto Alegre com Alvorada, que serão destino de 1,3 mil famílias da Vila Nazareth. Até o fim deste ano, vamos começar a licitação para construir as casas. Quando a Nazareth for removida, será ali o terminal de carga da nova pista do aeroporto. E aí o Estado terá de remover outras casas, boas, do Jardim Floresta. Tudo estará terminado em 2013, pode anotar.

ZH – O senhor sabe que a população ouve essa promessa há 13 anos. Que garantias existem?

Dusso – Como eu disse, o problema é muito maior no início, para deslanchar projetos, licenças, áreas e licitações. As áreas são densamente povoadas, desapropriações têm de ser pagas aos donos dos terrenos que foram invadidos por essas vilas...Tudo findo, fica fácil. As obras são rápidas. E até julho liberamos a cabeceira para a nova pista do Salgado Filho, pode anotar. É o miolo das vilas, aí a ampliação do aeroporto pode começar.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)

Por que é importante

- Ao retirar casas de vilas e liberar a cabeceira, será possível ampliar a pista do aeroporto em 920 metros

- Ao ampliar a pista, será possível instalar equipamentos mais modernos para voo em neblinas que compõem o ILS-2

“Abortamos o voo para não bater no muro do trensurb”

Bruno André Kohlrausch, um dos pilotos do avião que teve paneApesar de ter levado ontem o maior susto desde que decidiu se tornar piloto, Bruno André Kohlrausch, 22 anos, pretende continuar a voar. O quanto antes, pois essa é sua paixão. Ele e o colega do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS Guilherme Bilche tinham começado a decolagem no Cessna 152, para um giro pelo Interior, quando o motor perdeu força.

Abortaram o voo, antes que o avião se espatifasse na cabeceira da pista. A aeronave se partiu, mas os dois conseguiram sair apenas com escoriações da aventura não-planejada. Nessa entrevista a Zero Hora, feita por telefone, Bruno relata o que ocorreu:

Zero Hora – O que aconteceu?

Bruno Kohlrausch – Íamos a Vacaria, Capão da Canoa e depois voltaríamos a Porto Alegre. Ao contrário do que tem sido dito por aí, não percorremos a pista até o fim. O avião decolou. O problema é que, assim que começamos a voar, ainda sobre a pista, o motor perdeu muita potência. Estávamos a 300 pés (cerca de cem metros de altitude). Aí abortamos o voo para não bater nos muros do trensurb (situados próximo à cabeceira da pista).

ZH – Quem estava nos controles, você ou o Guilherme?

Bruno – Os dois. Ambos temos o brevê, ambos cursamos Ciências Aeronáuticas. Eu me formo logo na faculdade e estou me preparando para ser piloto de linha aérea, aí faço essas horas de voo. Eu pago por elas.

ZH – Por que o avião perdeu potência?

Bruno – Não tenho ideia. Agora será feita investigação.

ZH – O senhor pensou em desistir de voar?

Bruno – De maneira alguma pensei em desistir de voar. Fiquei só com um corte na boca e um braço machucado, nada demais. Eu decidi ser piloto, sou piloto, não faço outra coisa na vida. Vou continuar.

Fonte: Zero Hora - Foto: Fernando Gomes

Mais sobre o avião que fechou o Salgado Filho ontem

Problema no motor fez Cessna se arrastar pela grama, quebrando cauda

Um acidente com um avião monomotor deixou o Aeroporto Internacional Salgado Filho fechado na manhã de ontem. A pista foi liberada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) 50 minutos após o episódio, ao meio-dia, apenas para decolagens. Os pousos só foram autorizados às 12h35min, uma hora e meia após o incidente.

O avião, o Cessna 152 prefixo PT-WQP, ultrapassou o ponto de decolagem e se arrastou pela grama, quebrando parte da cauda. A aeronave percorreu toda a pista, mas não conseguiu decolar e parou na cabeceira, perto do sistema de iluminação e da cerca que separa o aeroporto da Avenida dos Estados. O motivo da abortagem do voo seria uma falha no motor.

O Cessna era usado em treinamentos. Quem recebia lições de voo eraBruno André Kohlrausch, 22 anos, aluno do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, acompanhado pelo colega Guilherme Bilche. Ambos sofreram escoriações leves. Eles pretendiam se deslocar para o Interior.

Conforme familiares de Bruno, os dois têm brevê de pilotos, mas estavam adquirindo mais horas de voo, necessárias ao currículo de quem pretende se tornar piloto comercial.

A aeronave pertence à Escola de Aviação Born to Fly, que emitiu nota oficial, dizendo que o pouso forçado ocorreu em função de perda de potência do motor. Assegura também que a manutenção da aeronave está “rigorosamente em dia”, e que o relatório definitivo sobre causas do acidente só ocorrerá após investigação da Aeronáutica. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que é normal o uso da pista do aeroporto por aviões destinados a treinamento.

O acidente provocou atrasos em nove voos e cancelamento de três.

Fonte: Zero Hora