terça-feira, 20 de abril de 2010

Cinco companhias aéreas - ou mais - arriscadas a falir em razão do caos aéreo europeu

Mais de cinco companhias aéreas correm o risco de abrir falência na sequência do encerramento prolongado do espaço aéreo europeu, devido à erupção de um vulcão glaciar na Islândia, afirmou a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

"Mais de cinco companhias de pequena e média dimensão arriscam-se a desaparecer devido à sua falta de liquidez", afirmou, num entrevista televisiva citada pela agência italiana Ansa, Giovanni Bisignani, presidente da IATA.

As companhias aéreas "não têm mais dinheiro" depois do encerramento do céu europeu, sublinhou, acrescentando que pretende pedir à União Europeia para que autorize os governos dos Estados-membros a reembolsarem o custo da imobilização dos aviões das empresas de aviação.

Na sequência de uma crise crescente, devido a quase uma semana de imobilização dos aviões, as companhias aéreas europeias perderam perto de 200 milhões de dólares por dia, de acordo com a IATA, que agrupa aquelas empresas.

A Comissão Europeia anunciou na segunda feira que está pronta a autorizar os Estados-membros a ajudarem as suas companhias nacionais, com a condição de que estas ajudas não se transformem em subsídios dissimulados.

A erupção de um vulcão do glaciar Eyjafjallajokull, na passada quarta feira, no Sul da Islândia, originou uma nuvem de cinzas de grandes dimensões, que provocou o encerramento de vários aeroportos do Norte da Europa, criando graves perturbações no tráfego aéreo.

Fonte: i-online (Portugal)

Mato Grosso terá mais dois helicópteros a disposição da Segurança Pública

Mato Grosso vai poder contar com mais dois helicópteros que vão reforçar o quadro de equipamentos da Segurança Pública Estadual. Na manhã desta terça-feira (20.04), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, assinou o contrato de aquisição de um helicóptero modelo Alfa Serra 350 P3 que será destinado para as ações do Ciopaer. “O respaldo do contrato de aquisição da aeronave está no convênio firmado entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)”, ressaltou o secretário.

Segundo Diógenes o governo do Estado já garantiu recursos para compra de um outro helicóptero, que será adquirido com contrapartida do Governo Federal. “Vários problemas com relação à criminalidade, poderão ser solucionados em Mato Grosso com a chegada dessas aeronaves. Sendo colocadas em lugares estratégicos, elas vão agir em ocorrências como assaltos a bancos, questões ambientais e combate ao tráfico de drogas na fronteira”, disse.

A assinatura para aquisição da aeronave foi na manhã desta terça-feira (20.04), durante a Aula Inaugural do 4° Curso de Tripulante Operacional Multi Missão (TOM-M) oferecida pela Sejusp, por meio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), no auditório do Comando Geral da Polícia Militar e contou com a presença dos alunos e autoridades.

Em sua fala aos alunos o secretário afirmou que não basta só adquirir aeronaves, mas que o Ciopaer necessita de um pessoal qualificado, daí a importância do curso que eles vão iniciar. “A formação de um piloto ou tripulante não é fácil. Este curso vem formar novos servidores que irão contribuir para o Estado,”explicou.

Estão participando do curso 39 alunos sendo 17 policiais militares, cinco bombeiros, um policial civil daqui de Mato Grosso e 16 militares dos Estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Goiás, Rondônia, Paraná e Alagoas. O curso terá a duração de 60 dias e será realizado em Várzea Grande, no hangar do Governo do Estado, onde ficam as instalações do Ciopaer, no Aeroporto Internacional Marechal Rondon.

Segundo o coordenador do Ciopaer, tenente coronel Heverton Morett de Oliveira, durante as aulas, os alunos receberão todas as disciplinas típicas das ações de tripulante no sistema de segurança pública entre elas a matéria para a atuação dos militares na área de fronteira. “O curso é bastante intenso eles terão uma gama de matérias teóricas e atividades de cunho prático associadas às atividades áreas transportadas. Será uma série de atividades na água, em montanhas, tiros e também de legislação de área de fronteira”, explicou.

O coordenador informou ainda, que após o término do curso os novos tripulantes serão extremamente úteis já que a Sejusp pretende expandir as atividades do Ciopaer para região de fronteira entre o Brasil com a Bolívia. “Os participantes vão ganhar experiência, conhecimento e desenvolver um trabalho junto com os demais profissionais para compor nosso efetivo e oferecer um trabalho com maior qualidade”, afirmou.

Ainda na solenidade, os alunos puderam assistir a uma palestra do assessor especial de Aviação da Força Nacional de Segurança, major PM Josilei Gonçalves, com o tema “A Força Nacional sobre a atividade aérea da Segurança Pública”.

Fonte: O Documento

Nasa estende contrato de administração do Hubble até 2013

A Nasa estendeu o contrato com a Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia para a administração do centro de operações do telescópio Hubble, em Baltimore, nos Estados Unidos. Na prática, a renovação significa que o Hubble vai funcionar por pelo menos mais 36 meses, até 30 abril de 2013, por um valor de aproximadamente US$ 113 milhões.

De acordo com a Nasa, cabe à associação ser responsável por prover produtos e serviços necessários para executar o programa; processar, arquivar e distribuir dados científicos; manter e calibrar o telescópio; manter as operações científicas a partir da Terra; administrar as bolsas de estudo e ações educacionais; realizar pesquisas astronômicas durante os anos restantes da missão do Hubble.

O substituto do Hubble, o telescópio James Webb, está previsto para entrar em operação em 2013. A Nasa afirma que o novo equipamento permitirá observar as galáxias formadas na infância do universo, os planetas e as possíveis formas de vida em outros sistemas solares.

Clique aqui e veja fotos tiradas pelo Hubble.

Fonte: Terra - Foto: NASA

Nasa já voou sobre fumaça vulcânica; veja estragos

Voo da agência num DC-8 há 10 anos causou uma série de danos às peças do avião

Ao acompanhar as notícias do Eyjafjallajökull (caso não tenha entendido, este é o nome do vulcão islandês), você deve se perguntar por que as cinzas emitidas por ele atrapalham tanto os voos na Europa e até alguns no norte do Canadá se aviões podem operar com a ajuda de instrumentos em meio a tempestades, neblina e outras tantas intempéries.

A fumaça quente pode prejudicar a parte externa das aeronaves. E a dificuldade para visualizar com as cinzas no ar faz com que os pilotos não saibam exatamente onde está o objeto que eles deverão evitar. As cinzas vulcânicas causam uma série de problemas diferentes, principalmente para o motor das aeronaves. Isso tudo já foi testado na prática por um voo da Nasa.

Peça do motor do avião da Nasa ficou recoberta com camada de silicato

Sem querer, a Agência espacial Americana testou os efeitos há 10 anos, quando uma aeronave DC-8 passou por uma nuvem de fumaça de outro vulcão islandês, o Mt. Hekla. A tripulação não conseguiu enxergar a fumaça antes de entrar nela, mas conseguiu retirar o avião de lá e chegar ao destino sem danos aparentes.

Componentes do DC-8 grande desgaste após serem atingidos pela fumaça

No entanto, uma inspeção mais minuciosa, revelou todo o desgate causado pelas cinzas e o perigo que elas representam. As pás da hélice foram drasticamente esculpidas, os componentes de refrigeração foram obstruídos por fuligem viscosa e a parte interna do motor foi coberta de silicato (um mineral que sai do vulcão).

O relatório do voo mostrou que o motor chegou a atingir mais de 1.000ºC graus, o que seria suficiente para derreter o silicato, ou seja, ele voltaria a ser lava vulcânica. Mas, para a sorte da tripulação a bordo do DC-8, a quantidade relativamente pequena de cinzas que atingiu o avião melhorou o desempenho do motor. As cinzas poliram as peças do motor permitindo que o ar circulasse mais livremente nele.

No entanto, se a aeronave permanecesse mais tempo envolta nas cinzas, o efeito seria inverso e o motor iria falhar a 9 mil metros de altura. Atualmente um grupo de caças F-16 finlandeses sobrevoa as regiões atingidas pela fumaça para avaliar os riscos nesses locais. Além disso, algumas empresas aéreas também fazem suas análises.

No relatório sobre o incidente com o DC-8, a Nasa dá ainda algumas instruções de como proceder caso o avião entre em uma nuvem de fumaça vulcânica. Confira algumas das dicas:

- Imediatamente reduzir a propulsão, o que fará com que menos cinza entre em contato com as partes do motor;

- Desligar o controlador automático de combustível para que ele não aumente a propulsão;

- Tentar sair da fumaça vulcânica o mais rápido possível;

- Iniciar a unidade de potência auxiliar;

- Toda a tripulação deve utilizar máscara de oxigênio;

- Fechar válvulas de saída

Fonte: Revista Galileu - Fotos: NASA

OACI: não há normas internacionais de aviação em casos de cinzas vulcânicas

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) anunciou, esta terça-feira, na ONU, que por enquanto não há normas internacionais sobre a concentração de cinzas vulcânicas que possam representar um risco para os aviões.

"Atualmente não há normas apra a concentração de cinzas que possam ter uma incidência" sobre as turbinas dos aviões, disse o diretor da OACI, o mexicano Roberto Kobeh González, interrogado sobre a segurança do transporte aéreo desde a erupção de um vulcão islandês na semana passada, que paralisou o tráfego na Europa.

"Devemos trabalhar nisso com o setor", disse o diretor da OACI, cuja sede fica em Montreal.

A resposta corresponde, sobretudo, aos cientistas, explicou.

A Europa começou a levantar, esta terça, a restrições aéreas, o que permitiu uma retomada dos voos, mas novas cinzas do vulcão ameaçavam prolongar o caos, enquanto milhões de passageiros continuam sem poder voltar para casa.

A Eurocontrol, agência europeia para a Segurança da Navegação Aérea, calculou que 14 mil voos saíram esta terça-feira, dos 27 a 28 mil programados habitualmente.

Fonte: AFP

Monumento aos aviadores em Lisboa

Hoje, o cidadão comum embarca em um avião no Brasil, desliga o celular e acorda em Lisboa, depois de uma viagem de cerca de 10 horas. Há 88 anos, o aparelho de telefonia móvel era ficção científica, e o avião, uma criança de colo. Na época dos primórdios da aviação, dois portugueses resolveram percorrer os céus – de Lisboa ao Rio de Janeiro – e empreender a travessia do Atlântico Sul, façanha até então inédita.

Para tanto, usaram o hidroavião Lusitânia, que saiu da capital portuguesa em 30 de março e chegou à então capital brasileira em 17 de junho de 1922, depois de vários sufocos e muitas escalas. Os militares Artur Freire Sacadura Cabral (1881-1924) e Carlos Viegas Gago Coutinho (1865-1959) foram os heróis da travessia, coisa de louco para os padrões da época.

Apesar de o avião ter saído das pranchetas alguns anos antes, pelas mãos e pelo cérebro do brasileiro Santos Dumont, a navegação aérea ainda era um problema, principalmente para longas distâncias. Contudo, a persistência e os conhecimentos científicos de Gago Coutinho deram o pontapé inicial para a solução.

É claro que toda a empreitada não ocorreu em céu de brigadeiro e que eles tiveram muitos problemas mecânicos. Mais importante é que os dois gajos realizaram a primeira travessia do Atlântico Sul e legaram ao mundo importante contribuição científica e tecnológica: o aparelho de navegação aérea capaz de demonstrar uma precisão até então desconhecida.

Em novembro de 1924, Sacadura Cabral desapareceu no Mar do Norte quando voava para Lisboa em missão militar. Seu corpo nunca foi encontrado, somente poucos destroços do avião.

Fonte: Zero Hora - Foto: Divulgação/Visit Lisboa

Nasa autoriza retorno do Discovery à Terra

A Nasa autorizou o retorno à Terra do ônibus espacial Discovery que, com sete astronautas a bordo, levou provisões à Estação Espacial Internacional (ISS).

A aterrissagem havia sido adiada por um dia devido às condições meteorológicas nas proximidades do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida (EUA). Mas esta manhã, o diretor de voo Bryan Lunney autorizou o comandante do Discovery, Alan Poindexter, a iniciar o retorno.

Às 9h03 (de Brasília) serão ligados os motores que reduzirão a velocidade da nave. O Discovery, então, seguirá o destino de volta à atmosfera terrestre rumo ao Centro Espacial Kennedy, onde deve pousar às 10h08 (de Brasília).

Fonte: EFE via iG - Foto: Matt Stroshane/AFP

Voos de teste não detectaram nada anormal, afirma Airbus

A construtora aeronáutica europeia Airbus afirmou nesta terça-feira que dois voos de teste realizados na tarde de segunda-feira por um avião gigante A380 e um A340 para avaliar o perigo das cinzas do vulcão islandês para o tráfego aéreo não detectaram "nada anormal".

"As tripulações dos voos de teste não perceberam nada anormal e as inspeções posteriores aos voos não revelaram nenhuma irregularidade", afirma um comunicado da Airbus.

"O A380 fez um voo de três horas e cinquenta minutos no espaço aéreo francês e o A340-600 um voo de cinco horas sobre a França e a Alemanha", destaca a Airbus.

As duas aeronaves decolaram do aeroporto de Toulouse-Blagnac (sudoeste da França).

"Transmitimos a informação aos fabricantes dos motores e às autoridades responsáveis por verificar a qualidade do ar para ajudar na avaliação das condições de voo", completa a Airbus no texto.

O objetivo dos voos de teste era observar a reações das turbinas e, ao fim do voo, medir a presença de partículas nos motores para ver, se, realmente, nas camadas baixas (da atmosera) o avião recolheu poeiras de cinzas ou não e qual o efeito nos motores.

Fonte: AFP

Motores de aviões não estão certificados para resistir às cinzas

Os motores dos aviões são sensíveis às cinzas expelidas pelos vulcões, mas a certificação atual não leva em consideração este fenômeno, considerado muito raro, explicou nesta terça-feira o presidente da Safran, uma das maiores empresas do mundo responsáveis pela produção de motores.

"Os motores são protegidos de elementos como chuva, granizo, areia. As cinzas de vulcões são acontecimentos muito raros e variáveis", explicou Jean-Paul Herteman, presidente da Safran, empresa matriz da produtora de motores de aviões Snecma.

"Os motores são máquinas que aspiram uma quantidade extraordinária de ar. São sensíveis a partir de um certo nível de ingestão de cinzas", disse Herteman.

No entanto, a resistência às cinzas vulcânicas não entra nos critérios de certificação de motores impostos pelas autoridades.

"É um tema não tratado pelos regulamentos de certificação aérea e civil", explicou.

Fonte: AFP via UOL Notícias - Arte/Folha de S.Paulo

Tráfego aéreo é liberado aos poucos na Europa, apesar de novas ameaças do vulcão islandês

Os aeroportos europeus voltaram a funcionar parcialmente nesta terça-feira (20), depois de vários dias fechados por conta das cinzas do vulcão islandês que invadiram o espaço aéreo europeu. Apesar da volta gradual do movimento aéreo, a incerteza permanece pela possibilidade de formação de novas nuvens de cinzas oriunda do vulcão, que voltou a apresentar forte atividade.

De acordo com a polícia da Islândia, três crateras do vulcão islandês em erupção expeliram cinzas na manhã desta terça-feira, mas em menor volume que nos dias anteriores. "A atividade vulcânica continua sendo considerável no local, e três crateras aparentemente separadas seguem em erupção", afirma um comunicado da polícia. "Mas, a coluna que se eleva acima do vulcão é menor e mais clara, o que significa que não há muitas cinzas no interior", completa a nota.

Segundo o Nats (Centro de Controle do Tráfego Aéreo britânico), os novos dados demonstram a dificuldade de se fazer prognósticos e tomar uma decisão definitiva sobre a retomada dos voos. Mais cedo, geólogos islandeses que monitoram o vulcão Eyjafjallajoekull afirmaram que a erupção havia entrado em uma nova fase, na qual mais lava estaria sendo produzida, em vez de cinzas e pó. Mas, eles também alertaram que o vulcão ainda estava bastante ativo e poderia causar novas erupções em vulcões próximos.

Nesta terça-feira, o caos aéreo na Europa completa seis dias e afeta milhões de passageiros. O prejuízo estimado pela interrupção do tráfego aéreo é de US$ 250 milhões diários.

Veja a situação do tráfego aéreo em cada país europeu:

Noruega: As autoridades norueguesas fecharam às 3h40 (pelo horário de Brasília) o tráfego aéreo no sul do país. A Noruega tinha decretado na segunda a abertura total de seu espaço aéreo pela primeira vez após quatro dias. Autoridades temem aumento da nuvem de cinzas.

Dinamarca: A proibição de decolar e aterrissar se estende até 21h desta terça, pelo horário de Brasília. Desde as 3h, porém, é permitida a passagem de aviões acima de seis mil metros.

Suécia: Fechado o tráfego aéreo da zona situada ao sul da linha imaginária entre as localidades de Strömstad e Nyköping, incluindo as cidades de Gotemburgo e Malmoe.

Finlândia: A Autoridade Finlandesa de Aviação Civil (Finavia) anunciou que o espaço aéreo finlandês permanecerá totalmente fechado pelo menos até 12h (de Brasília). Na segunda, a situação melhorou, mas voltou a piorar e à noite o aeroporto de Helsinque voltou a ser fechado.

Reino Unido: O Centro do Controle do Tráfego Aéreo (NATS) informou durante a noite que, em consequência de a atividade do vulcão ter aumentado, uma nova nuvem de cinza estava se movendo em direção ao sul e a leste, rumo ao Reino Unido. Por enquanto está aberto o espaço aéreo na Escócia, Irlanda do Norte e no norte da Inglaterra, mas os aeroportos internacionais de Londres seguem fechados.

Holanda: Praticamente todos os voos que iam decolar do aeroporto de Schipol antes de 7h (de Brasília) foram cancelados, assim como as aterrissagens previstas. Segundo o site do aeroporto, o tráfego aéreo será reaberto "por fases", e os primeiros voos vão acontecer durante o dia, com capacidade limitada.

Alemanha: O espaço aéreo alemão seguirá fechado até as 9h (Brasília), embora com exceções seguindo as direções estipuladas pela União Europeia, que estabeleceu três áreas distintas de poluição. A companhia Lufthansa, maior do país, anunciou que espera poder realizar cerca de 140 voos nesta terça.

França: O tráfego aéreo está sendo retomado progressivamente. Nos aeroportos de Paris, a Air France decidiu privilegiar os voos intercontinentais e as linhas que ligam a capital a outras cidades francesas em detrimento dos trajetos com outros países europeus.

Bélgica: Na Bélgica, aterrissou às 5h40 de Brasília o primeiro voo desde o fechamento total de seu espaço aéreo, segundo um porta-voz do aeroporto de Zaventem, quem também indicou que os aeroportos do país funcionarão com 50% de sua capacidade nesta terça.

Suíça: A Suíça reabriu seu espaço aéreo às 5h (de Brasília), em virtude de uma decisão tomada na noite de segunda pelo Escritório Federal de Aviação Civil (OFAC), que concluiu que não mais há risco procedente das cinzas do vulcão islandês.

Itália: O tráfego aéreo do norte da Itália voltou à normalidade às 3h (de Brasília), depois que os aeroportos foram fechados no sábado passado. O Enac, que controla o espaço aéreo no país, anunciou que seriam retomadas em primeiro lugar as rotas nacionais norte-sul e vice-versa e depois serão autorizados os demais voos, de forma progressiva.

Bálticos: Letônia e Lituânia abriram seu espaço aéreo.

Polônia: A Polônia decidiu manter restrições sobre o tráfego aéreo, informou a Agência Polonesa de Navegação Aérea. As limitações também se estendem à faixa sudeste. Embora aterrissagens e decolagens de voos continuem proibidas, são permitidos voos de passagem sobre o espaço aéreo polonês.

Fonte: UOL Notícias (com informações das agências internacionais)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Foto do Dia

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O Antonov An-225 Mriya, prefixo UR-82060, da Antonov Design Bureau, fotografado em 8 de janeiro de 2005, no Aeroporto Internacional Sharjah (SHJ/OMSJ), nos Emirados Árabes Unidos.
Foto: Sven De Bevere (Airliners.net)

Passageiros da Virgin Blue são atendidos com problemas respiratórios

Das 150 pessoas a bordo do voo doméstico DJ-558 da Virgin Blue, de Perth para Sydney (ambas na Austrália), nove foram tratadas em razão de problemas respiratórios, depois de seu avião ter sido desviado para Adelaide, devido a um odor - presumivelmente - tóxico na cabine.

Uma mulher com idade na casa dos 50 anos está em estado estável no Royal Adelaide Hospital, mas ainda com falta de ar.

Os outros oito passageiros - que se queixavam também de náuseas - foram atendidos no aeroporto de Adelaide, onde o Boeing 737-8FE, prefixo VH-VOT, aterrissou às 15:14 (hora local) desta segunda-feira (19) (foto acima via Twitpic: @bronwen).

Equipes de bombeiros e engenheiros de voo liberaram - mais tarde - o Boeing para continuar em seu voo para o aeroporto de Sydney, informou um porta-voz do aeroporto de Adelaide.

Ele não pode dizer o que causou o forte cheiro, nem se era tóxico.

"Eles estão retorno a bordo da aeronave para continuar a sua viagem", disse ele.

"Os engenheiros da Virgin averiguaram o avião e consideraram a aeronave segura para continuar".

"Não houve nenhuma indicação do que causou o odor alegado."

Os 150 passageiros do avião foram avaliados para verificação de que não haviam outros passageiros doentes.

Inicialmente, os paramédicos suspeitaram que a mulher (foto acima por: Michael Marschall) internada pudesse ter sofrido intoxicação por monóxido de carbono. "Os serviços de emergência verificaram a aeronave e não encontraram nada anormal", disse Amanda Bolger, porta-voz da companhia aérea.

O Boeing retomou a viagem para Sydney uma hora mais tarde.

Fontes: Sydney Morning Herald / ABC News / Adelaide Now / Aviation Herald - - Pesquisa: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação)

Avião mata duas pessoas sobre motocicleta em aeroporto da Indonésia

Durante a aterrissagem de uma pequena aeronave de treinamento de uma escola de aviação, às 8:30 (hora local) desta segunda-feira (19), em um aeroporto nos arredores da capital da Indonésia, dois motociclistas foram atingidos e morreram na hora. Eles atravessavam a pista como um atalho.

As duas pessoas andavam de moto por toda a pista do Aeroporto Budiarto, em Tangerang, nos arredores de Jacarta e morreram instantaneamente, enquanto os dois ocupantes do avião monomotor Socata TB-10 Tobago, prefixo PK-AGU (foto acima), registrado para Sekolah Tinggi Penerbangan Indonesia (STPI), ficaram feridos e foram levados para um hospital local para tratamento, disse Bambang Ervan, porta-voz do Ministério dos Transportes da Indonésia.

O Ministério está investigando o acidente, mas a pista do pequeno aeroporto é muitas vezes usada como um atalho ilegal por moradores de uma vila próxima, disse Ervan.

"Há cercas de arame e uma zona de restrição em torno do aeroporto, mas as pessoas ainda conseguem encontrar formas de quebrá-la," acrescentou Ervan.

O aeroporto é usado principalmente por pequenos aviões a partir de uma escola de aviação local.

Fontes: The Jakarta Post / ASN - Pesquisa: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação) - Foto: indoflyer.net

SATA recebeu primeiro A310 como novo esquema de pintura

A SATA recebeu na passada sexta-feira (16), o primeiro avião Airbus A310-325/ET com o novo esquema de pintura da companhia, informou a transportadora aérea em comunicado.

O avião, de matricula CS-TKN, é o primeiro de um conjunto de quatro aparelhos A310 com a nova imagem a chegar aos Açores, onde aterrissou na sexta-feira, no aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

“O novo símbolo da SATA, a quem simbolicamente se chamou BIA - BLUE ISLANDS AÇOR (imagem acima - Reprodução/BNSA), pretende representar as nove ilhas dos Açores, unidas num desafio comum”, refere a companhia em comunicado, explicando que o novo símbolo foi criado “a partir da raiz histórica da marca SATA e enriquecido por incontornáveis referências simbólicas ao Arquipélago dos Açores”, a que se juntam as palavras “Fly Azores”.

Além dos A310, a nova imagem da SATA está também já patente no novo A320 que a companhia recebeu no último semestre de 2009, bem como nos dois Bombardier Q200 adquiridos recentemente.

“De referir que, para além da oportunidade económica que surgiu por ocasião da renovação integral de frota, os novos esquemas de pintura, por fazerem uso dos avanços técnicos recentemente verificados nas indústrias da aeronáutica e da química industrial, permitem que as aeronaves apresentem um peso optimizado, com inerentes vantagens ao nível do ambiente”, explica ainda a companhia.

Fonte: Turisver (Portugal) - Foto: Tiago Palla - Portugal Spotters (Airliners.net)

Europa retoma voos, mas nova nuvem assusta

Grande parte da Europa deve retomar o tráfego aéreo na terça-feira, conforme um acordo definido pela União Europeia, após quatro dias de transtornos por causa das cinzas expelidas por um vulcão islandês.

Uma nova coluna de cinzas chega à Grã-Bretanha

Mas a nuvem continua se espalhando, e há poucos detalhes sobre como as autoridades irão retalhar o espaço aéreo em áreas onde aviões podem ou não voar, enquanto outros governos adotam posturas mais cautelosas.

"A partir de amanhã cedo poderemos ver mais aviões voando", disse o comissário (ministro) europeu dos Transportes, Siim Kallas, a jornalistas na segunda-feira, após uma teleconferência entre ministros europeus do setor.

As restrições começaram na quinta-feira, afetando milhões de passageiros, e as empresas aéreas estimam que o prejuízo global do setor esteja sendo da ordem de 250 milhões de dólares por dia.

Kallas disse que pelo acordo, que entra em vigor às 3h (hora de Brasília), a região imediatamente em torno do vulcão continuará fechada. Mas os aviões poderão entrar em uma área onde a concentração de cinzas é menor, dependendo de avaliações de segurança e de aconselhamento científico, segundo nota da Eurocontrol (agência europeia de tráfego aéreo).

A agência estimou que 9.000 voos operaram na segunda-feira na Europa, o que equivale a um terço do normal.

As empresas haviam feito vários voos-teste nos últimos dias, declarando que não havia problemas, mas especialistas discordaram a respeito de como medir as cinzas e sobre quem deveria decidir que é seguro voar.

A segunda-feira continuou sendo de transtornos nos aeroportos. "Estou muito feliz", dizia com lágrimas nos olhos, na noite de segunda-feira, um homem que corria para embarcar em um avião com quase 800 passageiros a bordo, em Amsterdã. O aeroporto local de Schiphol teve apenas três voos, para Nova York, Xangai e Dubai.

O ministro holandês dos Transportes, Camiel Eurlings, disse que o governo está empenhado em reabrir seu espaço aéreo, mas pode voltar a restringi-lo se as cinzas se intensificarem.

A vizinha Alemanha manterá praticamente intacta a zona de exclusão aérea até as 9h de terça-feira (hora de Brasília). Na Grã-Bretanha, alguns aeroportos do norte - mas não os principais terminais internacionais londrinos - devem reabrir às 3h (também pela hora de Brasília), embora o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo tenha alertado que "a erupção vulcânica na Islândia se fortaleceu e uma nova nuvem de cinzas está se espalhando para o sul e para leste, na direção do Reino Unido".

A França decidiu reabrir alguns aeroportos, criando corredores aéreos até Paris. O espaço aéreo da Itália será reaberto também às 3h (horário brasileiro).

A nuvem original atravessou o Atlântico e se aproximou na segunda-feira da costa leste do Canadá. O governo do país disse, no entanto, que a nuvem por ali é difusa, avança lentamente e não deve afetar o tráfego aéreo.

Fonte: Greg Roumeliotis (Reuters) via O Globo - Foto: AFP

Avião faz pouso de emergência na Noruega

Com apenas um motor em funcionamento aeronave fez um pouso de emergência em Bodø, na Noruega, esta manhã.

"Atravessar a nuvem de cinzas, proveniente da Islândia, foi uma experiência desagradável" experiência ", disse Asbjorn Røiseland (foto: Leif Inge Larssen), um dos 17 passageiros que estavam envolvidos em um pouso de emergência em Bodø, na Noruega, nesta segunda-feira (19).

A aeronave de Havilland Dash 8-100, prefixo LN-WIU, da empresa Wideroe, realizava o voo doméstico WF-702 entre Sandnessjoen e Bodø, quando os pilotos notaram uma baixa na pressão de óleo no motor esquerdo do avião. Os passageiros foram imediatamente informados sobre o problema.

O pouso de emergência em Bodø - Foto: Bjørnflaten, Thomas/Scanpix

A aeronave recebendo atendimento no aeroporto - Foto: Leif Inge Larssen

"Eu entendo que as pessoas estão ansiosas durante estes dias, mas posso garantir-lhes que não houve qualquer risco", disse o chefe do setor de informações da Wideroe, Siw Sandvik.

Baixa pressão de óleo

Sandvik diz que o piloto desligou o motor esquerdo e realizou um pouso de emergência controlado.

"A luz indicadora que mostra a indicação da pressão do óleo começou a piscar durante a abordagem. O procedimento normal é, então, que se desligue o motor e aterrisse com o outro. O pouso ocorreu sem drama", disse Sandvik.

Nenhuma relação com as cinzas vulcânicas

Sandvik não soube explicar o porquê do problema com o avião, mas excluiu que havia relação com a questão de cinzas vulcânicas no motor.

"Isso é algo que acontece com carros e aviões. A fim de não destruir os motores, eles devem ser desligados", disse ele.

O incidente será investigado.

Fontes: Susanne Lysvold (nrk.no) / ab24.no / tv2nyhetene.no / ASN / Aviation Herald - Pesquisa: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação)

Quando um vulcão retira aviões do ar

Prejuízo diário de US$ 250 milhões

Seguradores que cobrem passagens de pessoa física terão prejuízos "incalculáveis"

A nuvem de cinza vulcânica na Islândia que cancelou diversos vôos na Europa desde a última quinta-feira (15), deve gerar impacto na indústria aérea maior que os ataques do 11 de setembro nos Estados Unidos. A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) revisou os custos diários em termos de receita perdida de US$ 200 milhões para US$ 250 milhões.

O fechamento do espaço aéreo já começou a levantar preocupações sobre o impacto na economia da região. O temor é de que o caos se prolongue, com prejuízos para o turismo e os negócios. Ainda é difícil calcular qual seria exatamente o efeito dessa paralisação no setor aéreo sobre a economia e ainda não há previsão para a normalização total das operações nos aeroportos.

O presidente da Iata, Giovanni Bisignani, criticou a forma como as autoridades européias estão lidando com a situação, classificando-a como "embaraçosa" para a Europa. Já de acordo com o comissário de Transportes da União Européia, Siim Kallas, "as companhias aéreas não estão prontas hoje para enfrentar essas perdas", mas que a UE não pode comprometer a segurança dos passageiros.

As companhias aéreas insistem que as restrições estabelecidas até o momento, que levaram ao cancelamento de mais de 63 mil vôos, precisam ser reavaliadas depois que diversos vôos de teste bem-sucedidos feitos durante o final de semana indicaram menor risco de danos às aeronaves do que o que se temia antes. "É embaraçoso, porque eles tomaram a decisão sem fatos ou números, apenas usando um modelo matemático teórico, e isso não faz sentido", disse Bisignani, destacando que os governos não tentaram avaliar a quantidade de cinzas vulcânicas corrosivas na nuvem, o que é "inaceitável".

Bisignani pediu que os governos e as autoridades da aviação civil permitam que as aeronaves operem em corredores específicos e implementem procedimentos especiais de pouso e decolagem. Até a nuvem desaparecer, as companhias aéreas podem levar de três a seis dias para que voltem a operar normalmente, o que significa enfrentar pelo menos 10 dias de turbulência.

Previsões

Segundo o Goldman Sachs, a queda das torres gêmeas do World Trade Center significou perda de US$ 1,4 bilhão para as companhias aéreas norte-americanas, que precisaram de um pacote de resgate de US$ 15 bilhões do governo. O economista-chefe para a Europa do Goldman Sachs, Erik Nielsen, calcula que, se a interrupção dos vôos durar até a próxima quarta-feira, quando então completaria uma semana, o impacto sobre a economia será mínimo, até porque a situação acaba compensada pelo aumento de viagens por meios alternativos de transportes.

"Mas se o cancelamento dos vôos se estender por semanas (ou meses), então esperamos ver um impacto muito sério sobre o PIB do segundo trimestre antes que as conferências de negócios e as férias sejam remarcadas para lugares mais próximos de casa", prossegue Nielsen.

Outro problema apontado, desta vez pelo estrategista-chefe do Deutsche Bank, Jim Reid, é o abastecimento de produtos (como remédios e frutas) por vias aéreas. "O efeito do vulcão está certamente começando a se tornar um evento macroeconômico, principalmente se a erupção continuar". A última erupção do Eyjafjallajökull durou de dezembro de 1821 a janeiro de 1823.

Corredores

O ministro de Ecologia da França, Jean-Louis Borloo afirmou que a França pretende abrir corredores de tráfego aéreo na Europa o mais rápido possível, de forma a permitir alguma movimentação. As autoridades francesas decidiram deixar o espaço aéreo aberto no sul do país, medida que está permitindo às companhias repatriarem viajantes que estavam bloqueados no exterior.

Em erupções vulcânicas anteriores nos Estados Unidos, destacou Borloo, a Administração Federal de Aviação enviou diversos aviões para avaliar o risco e desviou os aviões comerciais da nuvem de cinzas provocada pelo vulcão. "Você não fecha toda a Europa sem fazer testes apropriados", criticou o ministro, afirmando que a decisão de fechar o espaço aéreo foi tomada "por provedores de serviços de navegação sem consultar as companhias aéreas e sem uma avaliação de risco, coordenação ou liderança".

Cinzas preocupam seguradoras

A Munich Re e a Allianz afirmaram que a indústria não terá muitos prejuízos, pois as companhias aéreas não contratam seguros de lucros cessantes ("business interruption"). No entanto, aquelas que têm seguros viagem celebrados com pessoas físicas que garantem esse tipo de evento, como a Tokio Marine, terão prejuízos "incalculáveis".

Apenas para efeito de comparação, o professor da Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e especialista em aeronáutica, Gustavo Cunha Mello, ao lembrar a recente greve de pilotos da British Airways, disse que para cada dia de greve as perdas chegaram a 13 milhões de libras esterlinas e que, dependendo do que ocorrer com as cinzas — se vão se dissipar na atmosfera ou se depositar sobre plantações e ativos em solo — os prejuízos podem aumentar.

O risco de voar com este tipo de nuvem foi revelado com um caso concreto. No dia 15 de abril, um caça da Força Aérea da Finlândia sobrevoou a nuvem de cinzas, a uma altitude acima de 50 mil pés, teve suas turbinas danificadas e apagadas em vôo. O piloto só conseguiu ligar os motores graças a perícia. Em solo analisaram e perceberam os danos pela selagem das partes internas do motor.

Fonte: Monitor Mercantil Digital - Imagem: blog.campe.com.br

Fotógrafo e cientista italiano registra erupção de vulcão na Islândia

Fumaça expelida pelo Eyjafjallajökull paralisou sistema aéreo da Europa

A bordo de um helicóptero, o fotógrafo e cientista italiano Marco Fulle registrou as imagens que devem ser as mais impressionantes vistas até agora do vulcão islandês Eyjafjallajökull, responsável pelo caos aéreo na Europa nos últimos dias.

A especialidade de Fulle é registrar atividade vulcânica. É próximo do perigo tem sido caçar vulcões em erupção para fotográfa-los. É na proximidade com o perigo que ele diz se sentir em casa.

Clique aqui para conferir as fotos e ver as imagens ampliadas.

Fonte: Diário Catarinense - Imagem: Reprodução/swisseduc.ch

Senadores franceses vêm ao Brasil fazer lobby pelos caças Rafale

Com a iminência do anúncio da decisão do governo brasileiro do vencedor da disputa pela venda de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), o presidente do Senado da França, Gérard Larcher, e mais 18 senadores fazem nesta terça-feira uma visita de cortesia ao Congresso Nacional.

A aeronave Rafale, da francesa Dassault, é franca favorita na disputa, segundo declarações públicas do ministro Nelson Jobim (Defesa) e do próprio presidente Lula, que chegou a anunciar a vitória do caça francês no ano passado, mas depois voltou atrás.

O ministro desconsiderou o ranking da Aeronáutica em que o caça sueco Gripen NG ficou em primeiro lugar para renovar a frota da FAB e mandou de volta aos militares um relatório sucinto desqualificando as possibilidades de transferência de tecnologia tanto do caça sueco quanto do norte-americano F-18, afunilando a escolha para o francês Rafale.

A base da justificativa de Jobim, conforme a Folha antecipou em 4 de fevereiro, é que o F-18 é americano e o Gripen NG tem componentes dos EUA, como o motor, e ambos deixariam o Brasil vulnerável.

Os franceses oferecem a melhor política de transferência de tecnologia, de capacitação da indústria nacional e de redução de dependência de fornecedores estrangeiros, segundo avaliação do ministro. O pacote da Dassault deve ficar em cerca de R$ 18 bilhões.

Jobim já entregou seu relatório ao presidente Lula, que deve anunciar o vencedor nos próximos dias.

Fonte: Noeli Menezes (Folha Online)

Delta quer dar quatro frequências do Norte para a American

A disputa entre Delta e American Airlines pelas frequências (ou parte delas) que serão distribuídas pelo governo americano para uso a partir de 1º de outubro entre o Brasil e os Estados Unidos ganha novos rounds. As 14 frequências poderão ser utilizadas em Guarulhos (SP), mas apenas quando a Anac derrubar as restrições de aumento de capacidade para o aeroporto. Mesmo com essa restrição, a concessão é considerada nobre, já que as obras em Guarulhos devem começar em breve.

A American Airlines pediu que o DOT negasse o pedido da Delta, que queria cinco dessas frequências para operar entre São Paulo e Detroit (duas outras ela realocaria de suas rotas já autorizadas).

Em resposta, a Delta sugeriu pegar quatro de suas dez concessões de voos com retrição (Norte/Nordeste do País) e dar para que a American usasse entre Miami e Brasília, que também está na área de restrição. Em contrapartida, ganharia 4 das 14 não restritivas, sabendo que usaria Guarulhos somente quando a ANac autorizasse. Outras sete seriam dadas para a American fazer Rio-Nova York, apesar de achar que a rota está bem servida atualmente, e ainda sobrariam três frequências para outras companhias.

Segundo a argumentação da Delta, a American tem "a parte do leão", ou o filé mignon dos voos no Brasil: 47 voos não restritivos (que incluem Rio e São Paulo) e a Delta apenas 23.

Fonte: Portal Panrotas - Foto: abcnews.com

Piloto morre em queda de pequeno avião em Indiana, nos EUA

Uma pessoa morreu em um acidente de avião de pequeno porte no sudeste do Indiana nesta segunda-feira (19).

A polícia do estado de Indiana disse que o avião caiu perto de Lancaster, Indiana, nos EUA, pouco antes do meio-dia.

Aos policiais, uma testemunha disse-lhes que o avião parecia estar subindo quando deu um forte solavanco, ficando invertido e, em seguida, caindo direto para o chão.

O avião impactou o solo com tanta força que não foi possível determinar o tipo de aeronave, informaram os serviços de resgate. Não houve incêndio, como resultado do acidente.

O piloto foi identificado como o médico Henry Schirmer Riley, de 81 anos de idade, que era o único ocupante da aeronave.

Mais tarde a aeronave também foi identificada. Era o Piper PA-24-250 Comanche, prefixo N5425P, de propriedade do médico (foto acima). O piloto não foi liberada, mas os policiais disseram que o ocupante foi identificado como um residente na área.

Fontes: wave3.com / wlwt.com / ASN - Fotos (acidente): whas11.com - Foto (avião): abpic.co.uk

Motor de avião pega fogo após colisão com pássaro na Nigéria

Um avião da companhia aérea privada nigeriana Dana Air fez meia volta pouco depois de ter decolado da pista L18 do Aeroporto de Lagos, no sudoeste da Nigéria, devido a um incêndio em um dos seus motores, causado pela ingestão de várias eagrets (foto abaixo - espécie de garça), às 9h20 (hora local) desta segunda-feira (19).

O som incomum do motor da aeronave fez com que as pessoas vizinhas ao aeroporto saíssem de suas casas e escritórios para ver o que acontecia.

Bolas de fogo emanavam do motor esquerdo do McDonnell Douglas MD-83, que levava 97 pessoas a bordo do voo 9J-995 que ia para Abuja, a capital federal da Nigéria.

O dano no motor criou dificuldade em prosseguir a subida, mas o piloto já tinha chegado a um ponto sem retorno. A aeronave prosseguiu até os 5 mil metros e permanceu nessa altitude cerca de 25 minutos.

A apreensão das pessoas a bordo aumentava, já que era esperado um retorno imediato ao aeroporto, uma vez que não seria aconselhável para o piloto continuar o voo para Abuja com apenas um motor.

Exatamente às 9h45, o piloto conseguiu aterrissar o avião na pista 18R, do aeroporto Murtala Mohammed (foto abaixo), utilizada para as operações internacionais, e foi escoltado por uma equipe integrada por bombeiros e membros de outras agências de segurança aeroportuárias até o novo terminal doméstico do aeroporto, o MMA2.

"Todos os 97 passageiros e tripulantes desembarcaram da aeronave em segurança, e o avião foi levado para o hangar. A maioria dos passageiros foram acomodados em voos alternativos da Dana Air para Abuja, enquanto alguns que preferiram a restituição do valor gasto na passagem", informou a companhia aérea.

Fontes: Panapress / All Africa.com / Aviation Herald - Foto (aeronave): Lamidi Bamidele - Foto (Eagret): Munzir Khan

Webcam registra meteoro nos EUA

Uma webcam instalada em um telhado na Universidade de Wisconsin-Madison capturou os segundos finais de uma bola de fogo cruzando o céu.

O flagra aconteceu no dia 14 de Abril, em Wisconsin, quando o meteoro entrou na atmosfera.

Noticiários reportaram que, pouso depois das 22h, os call-centers do telefone de emergência 911 dos Estados Unidos foram inundados de chamados que reportavam o acontecimento.

Segundo a NASA, testemunhas oculares informaram que ele estava se movendo do oeste para leste e se partiu em muitos pedaços. Não se sabe se algum vestígio do corpo celeste sobreviveu ao intenso calor da entrada na atmosfera.

Ainda segundo a NASA, detritos com tamanho suficiente para formar uma bola de fogo entram na atmosfera uma ou duas vezes ao dia.

Dados coletados pelo Centro de Voo Espacial Marshall, no Alabama, indicam que a bola de fogo tinha aproximadamente um metro de comprimento e não estava associada à chuva de meteoros Gamma Virginids, que aconteceu simultaneamente à entrada do meteoro.

Provavelmente, a pequena rocha do espaço surgiu no cinturão de asteróides.

Quando o corpo se desintegrou na atmosfera, liberou energia equivalente à detonação de 20 toneladas de TNT.

A NASA monitora esse tipo de objeto tanto com instrumentos do espaço como com satélites espaciais. O Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra descobre estes corpos e analisa suas órbitas para determinar se algum deles é potencialmente perigoso.

Fonte: Paula Rothman, de INFO Online - Imagem: University of Wisconsin - AOS/SSEC

Balão da NASA regressa a Terra, depois de coletar dados no Espaço

Um balão de 300 metros da NASA regressou a Terra, uma semana depois de ter sido lançado no Espaço, onde esteve a coletar dados sobre o Universo. A "aterrissagem" aconteceu esta segunda-feira (19), em Queensland, na Austrália.

Os cientistas da NASA tinham enviado o aparelho para o Espaço na semana passada, a partir da base da Australian Defence Force Academy (ADFA), no Norte do país. Para já, ficam apenas as poucas fotografias disponibilizadas pela University of North South Wales, porque ainda não foram reveladas informações sobre os dados recolhidos pelo balão.

Fonte: IOL Diário (Portugal) - Foto: EPA/University of North South Wales

Na Base de Porto Velho, FAB recebe primeiros helicópteros russos de ataque

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a aquisição seguiu os preceitos da Estratégia Nacional de Defesa

A Base Aérea de Porto Velho recebeu na manhã do sábado (17) os três primeiros helicópteros russos MI-35 de ataque que farão parte da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Negociados com a estatal russa Roboronexport, responsável por toda venda de material de defesa daquele País, os 9 helicópteros restantes serão entregues até o final de 2011.

A compra, formalizada em outubro de 2008, envolve um pacote formado por 12 helicópteros mais armamentos e suprimentos para manutenção por cinco anos, ao custo de US$ 363,9 milhões. Mas, como compensação comercial (off-set), os russos investirão metade do valor da compra na instalação de ferramentas, bancadas e treinamentos parta manutenção, que será feita majoritariamente no Brasil, e treinamento de pilotos e mecânicos, além de um simulador de voo. O valor dessa compensação, no entanto, quando multiplicado por pesos aplicados de acordo com a relevância de cada tecnologia transferida, sobre para mais de 100% do valor da compra, segundo parâmetros da FAB, devendo chegar a 160%.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, comemorou a incorporação do novo equipamento ao seu arsenal. “É uma plataforma guerreira, com capacidade furtiva, armamento de alta precisão e letalidade”. Segundo Saito, as aeronaves estão preparadas para missões de superioridade aérea (domínio aéreo da área de conflito) e de interdição, tanto diurnas quanto noturnas.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a aquisição seguiu os preceitos da Estratégia Nacional de Defesa, ao prever a capacitação nacional na manutenção dos equipamentos, embora a quantidade comprada tenha sido pequena para a negociação de fabricação local.

“Os nossos pilotos, engenheiros e mecânicos já estão e continuarão treinamento de últimas técnicas de empregos. Este é o Brasil não comprador líquido. É uma quebra de paradigma. Somos internalizadores de tecnologia, conhecimento e treinamento para o desenvolvimento nacional”, afiremou Jobim.

Com o parque de manutenção instalado, o governo poderá repassar o conhecimento a empresas privadas que possam ampliar a clientela, cuidando inclusive da manutenção de aeronaves de outros países da América do Sul - como Peru, Colômbia, e Venezuela - e da África.

Os helicópteros russos foram batizados pela FAB com a denominação AH-2 Sabre. Na cerimônia de batismo, em vez de champanhe, foi utilizado um cálice de cachaça Faysca, lançada pelo ministro Jobim na fuselagem da aeronave. Foi uma homenagem à própria FAB, pois a bebida é produzida na fazenda da FAB em Pirassununga (SP), onde são produzidos alimentos consumidos pelos alunos da academia da Força Aérea, inclusive industrializados (queijos, iogurtes, embutidos, etc.). A Faysca é muito usada como brinde, em encontros oficiais com forças de outros países.

Fonte: Rondônia Dinâmica - Foto: Diário da Amazônia

Veja a lista dos países da Europa onde há restrições ao tráfego aéreo

Veja abaixo a lista dos países onde ainda havia restrições ao tráfego aéreo nesta segunda-feira devido a nuvem de cinzas expelidas por um vulcão na Irlanda.

Alemanha: nenhum pouso ou decolagem está autorizado pelo menos até 0h de terça-feira (21h de segunda-feira no horário de Brasília)

Bélgica: o espaço aéreo permanece fechado pelo menos até as 18h (15h no horário de Brasília)

Bulgária: reabriu o espaço aéreo apenas para voos acima de 26 mil pés (8 mil metros)

Dinamarca: aviões só podem cruzar o país voando a mais de 35.500 pés (10.800 metros), pelo menos até 0h de terça-feira (21h no horário de Brasília) e pousos não estão autorizados

França: os aeroportos de Paris e da maior parte do país continuarão fechados pelo menos até a manhã de terça-feira. No Sul, aeroportos de Nice, Tolouse, Bordeaux e Marselha foram reabertos

Holanda: o espaço aéreo permaneceria fechado pelo menos até as 12h (9h no horário de Brasília). Todos os voos na Europa partindo ou chegado ao aeroporto de Amsterdam estão cancelados até as 18h (15h no horário de Brasília)

Irlanda: o espaço aéreo ficaria fechado pelo menos até as 12h (9h no horário de Brasília)

Itália: espaço aéreo no Norte do país fechado até 6h de terça-feira (3h no horário de Brasília)

Noruega: algumas partes do país ainda estão sob restrições

Polônia: quatro aeroportos, incluindo Varsóvia e Cracóvia, foram reabertos

Reino Unido: espaço aéreo fechado pelo menos até 0h (22h no horário de Brasília)

Suécia: os aeroportos Arlanda, em Estocolmo, e Landvetter, em Gotenburgo, reabriram com tráfego aéreo limitado

Suíça: espaço aéreo aberto apenas para voos a menos de 21 mil pés (6.400 metros)

Fonte: O Globo (com Agências internacionais)

Como as cinzas prejudicam os aviões

Uma nuvem de cinzas vulcânicas que se desloca para leste a partir da Islândia paralisou a aviação comercial por razões de segurança no norte da Europa, causando amplos transtornos.

Vários aviões comerciais têm feito testes voando através da nuvem de fumaça. Embora não tenham sido notados danos às aeronaves, um caça F-16 da Otan sofreu acúmulo de vidro em seu motor, o que é um dos maiores riscos causados pela poeira vulcânica.

A seguir, algumas explicações sobre essas ameaças:

- O que é a cinza vulcânica?

As colunas de poeira cuspidas pelos vulcões habitualmente contêm minúsculas partículas de vidro, rocha pulverizada e silicatos. O resultado é uma nuvem de material potencialmente letal, como uma lixa.

- Qual é o risco à aviação?

O efeito abrasivo da cinza pode arranhar superfícies aerodinâmicas letais e paralisar o motor da aeronave. Sistemas eletrônicos e de navegação também podem ser prejudicados. Há risco também para os tubos de pitot, sensores de velocidade cujo funcionamento sob gelo ou outros detritos passou a despertar suspeitas depois do acidente com um jato da Air France na rota Rio-Paris, em 2009.

A cinza vulcânica também pode deixar o parabrisas da cabine opaco, dificultando a visão, além de gerar nuvens de ácidos sulfúrico e hidroclorídrico.

- O que acontece dentro da turbina?

As incríveis velocidades e temperaturas dentro de uma turbina moderna geram um problema quando o espaço é invadido por poeira vulcânica. "Os fragmentos de cinza vulcânica têm poucos milímetros de largura, são muito duros e muito afiados. Eles podem entrar no motor e em outras partes do avião e desgastar tudo aquilo com que entrarem em contato", disse Jacques Renvier, diretor técnico da fábrica francesa de motores aéreos Snecma.

Primeiro, a cinza abrasiva pode danificar os compressores que "apertam" o ar, preparando-o para a combustão. Isso já os torna menos estáveis do ponto de vista aerodinâmico.

A partir daí, o ar pressurizado é empurrado para a câmara de combustão, que em altitude de cruzeiro fica a uma temperatura de 1.200C a 2.400C - sob tais condições, os fragmentos se derretem, e esta rocha líquida escorre para as partes mais frias e se solidifica como vidro resfriado.

Bocais projetados para jogarem ar nas turbinas, o que aciona as partes móveis do motor, começam a engrossar por causa da lava. Com isso, a ventilação fica bloqueada, e o bocal se superaquece. Finalmente, os pedaços de lava vedam o escape do ar, podendo fazer com que o motor pare de funcionar e cuspa fogo pela traseira. "Você basicamente sufoca o motor", diz Renvier.

- Por que os aviões não podem simplesmente evitar a nuvem de cinzas?

A cinza vulcânica é invisível para os radares dos aviões, e nem sempre é imediatamente notada pelos pilotos, diz Paul Hayes, diretor de segurança aérea da consultoria britânica de aviação Ascend. "O primeiro alerta é um odor sulfúrico e talvez algum fogo de são Elmo (brilho causado por um tipo de descarga elétrica)."

- Já houve acidentes desse tipo?

Dezenas de pequenos casos já foram relatados, mas ao que se saiba nunca um avião caiu por causa das cinzas vulcânicas. Mas houve pelo menos dois salvamentos miraculosos.

Em 24 de junho de 1982, o piloto de um jumbo da British Airways na rota Kuala Lumpur-Perth calmamente avisou os 247 passageiros, a mais de 10 mil metros de altura, que todos os quatro motores haviam parado de funcionar.

Num incidente que entrou para a história da aviação, o capitão Eric Moody conseguiu fazer o avião planar numa descida de mais de 6.000 metros, e a pouco mais de 4.000 metros conseguiu reativar os motores, um após outro, segundo a Fundação da Segurança de Voo (aviation-safety.net).

Posteriormente, descobriu-se que a combinação da falha das turbinas, do estranho brilho visto em torno do avião e da irritante fumaça sentida dentro da cabina havia ocorrido porque o avião atravessara uma nuvem de cinza resultante da erupção do vulcão Galunggung.

O avião conseguiu pousar com três motores, mas o incidente levou a novos procedimentos aéreos e a exercícios internacionais.

Em 15 de dezembro de 1989, todos os quatro motores de um jumbo da KLM procedente de Amsterdã pararam por causa da ação de cinzas vulcânicas durante os preparativos para o pouso em Anchorage, no Alasca. Novamente, o piloto conseguiu reativar as turbinas, e o avião pousou com segurança, mas fortemente danificado. A Fundação da Segurança Aérea diz que os tripulantes não haviam recebido informações adequadas.

- Como os controladores de voo agem nesses casos?

Em parte por causa dos incidentes da década de 1980, a Organização Internacional da Aviação Civil, ligada à ONU, mantém detalhados planos de contingência, que foram ativados na quinta-feira. Mas a Grã-Bretanha diz que a escala da reação foi algo inédito.

Dentro de seis semanas, as autoridades europeias realizariam o primeiro de dois testes em 2010 sobre como o setor aéreo deveria reagir a erupções vulcânicas.

Fonte: Tim Hepher (Reuters) via O Globo - Imagens: BBC / Wikimedia Commons

Ações de empresas de aviação brasileiras caem na Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a operar em queda nesta segunda-feira, mais uma vez influenciada pelas acusações de fraude envolvendo o Goldman Sachs, divulgadas na última sexta-feira. No entanto, o ritmo de queda diminuiu no final do pregão.

Segundo a Bloomberg, o humor melhorou devido à divulgação de que a decisão de investigar o banco não teria sido unânime dentro da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão equivalente à nossa Comissão de Valores Mobiliários).

Depois de cair na mínima a 68.378 pontos, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, fechou com queda 0,47%, aos 69.098 pontos, com giro financeiro de R$ 11,5 bilhões, inflado pelo vencimento de opções. O dólar comercial operou com volatilidade e fechou com queda de 0,40% a R$ 1,755.

Entre as quedas, destaque para as ações de companhias aéreas, que recuaram devido à suspensão de voos na Europa. TAM PN, que chegou a cair mais de 4%, fechou com queda de 2,82% a R$ 31. A ação PN da Gol, companhia com menor número de voos internacionais, também recuou 2,20% a R$ 22,69. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) estima que as empresas aéreas têm prejuízo de US$ 200 milhões por dia com caos aéreo.

Fonte: Mariana Schreiber (O Globo - com agências)

Ministros da União Europeia chegam a acordo para reduzir restrições ao tráfego aéreo

Com mais de 63 mil voos cancelados e a previsão de que o tráfego aéreo nesta segunda-feira seria equivalente a 30% dos dias normais, países europeus afetados pelas cinzas vulcânicas que provocaram um caos aéreo no continente começaram a anunciar medidas para tentar conter a crise. sob pressão das companhias aéreas pela reabertura do espaço aéreo, ministros do Transporte de países da União Europeia chegaram a um acordo para reduzir gradualmente as restrições impostas aos voos. Segundo o acordo, em uma área os voos ficariam completamente suspensos, em outra todo o tráfego aéreo seria autorizado e em uma terceira área alguns voos seriam permitidos. Espera-se que até a terça-feira sejam operados entre 8.000 e 9.000 voos na Europa.

- A partir da manhã de amanhã (terça-feira) nós deveremos ver mais aviões voando - disse o comissário europeu de transportes, Siim Kallas, acrescentando que os ministros vão discutir os impactos econômicos da crise, que já causou prejuízo estimado em mais de US$ 1 bilhão para as companhias aéreas.

Como resultado a reunião de ministros do Transporte europeus, o representante da Holanda, Camiel Eurlings, disse que partidas do aeroporto de Amsterdam seriam autorizadas na noite desta segunda. O escritório do primeiro-ministro francês, François Fillon, informou que a França também está entre os países onde o espaço aéreo será aberto para alguns voos, sob rigorosas medidas de segurança, em "zonas de precaução", onde o risco é menor. De acordo com o escritório de Fillon, o país também planeja criar, na terça-feira, corredores aéreos para Paris, onde os aeroportos permanecem fechados.

Do outro lado do Atlântico, a Casa Branca afirmou que está estudando com o Departamento de Estado um plano para retirar cerca de 40 mil americanos em vários pontos do Reino Unido.

Em mais uma tentativa de contornar a situação dos cerca de 6,8 milhões de passageiros que já foram afetados, a Lufthansa conseguiu autorização de autoridades da Alemanha para realizar 50 voos com o objetivo de levar 15 mil passageiros de volta ao país, onde o espaço aéreo deverá ficar fechado pelo menos até 0h de terça-feira. A Finlândia também anunciou que abriria uma exceção, permitindo a retomada das operações no aeroporto de Helsinque por oito horas, aproveitando que um buraco havia se aberto na camada de cinzas expelidas pelo vulcão sob a geleira Eyjafjallajokull, na Islândia.

Air France oferece ônibus e navios de guerra resgatam britânicos

O aeroporto internacional de Budapeste também reabriu parcialmente nesta segunda-feira. O primeiro avião a decolar da pista do Ferihegy One pertence à empresa espanhola Canaria Travel Service. O espaço aéreo húngaro, entretanto, permanecerá com restrições, disseram autoridades locais. Enquanto os voos não são liberados, medidas paliativas foram adotadas. A companhia aérea francesa Air France ofereceria ônibus para transportar passageiros dos aeroportos no Sul do país, já reabertos, para a capital.

O governo do Reino Unido mandou navios de guerra da Marinha para resgatar os cidadãos britânicos que ficaram impedidos de atravessar o Canal da Mancha. Autoridades britânicas também anunciaram que as restrições de voos no espaço aéreo escocês serão suspensas na manhã de terça-feira. Outros aeroportos britânicos também poderão ser reabertos ao longo do dia.

UE estuda pacote de compensação financeira

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) criticou a resposta dos governos europeus à crise. Em entrevista à BBC, o diretor-geral da organização, giovanni bisignani, havia classificado a crise como um "vexame" e uma "bagunça". Segundo Bisignani, o impacto ecônomico da crise atual já supera as perdas sofridas pelas companhias aéreas após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Diversas grandes companhias aéreas fizeram voos de teste no fim de semana, sem levar passageiros. Segundo as empresas, os voos mostraram que as autoridades europeias podem ter exagerado na reação à ameça imposta pelas cinzas vulcânicas. A Comisão Europeia estuda um pacote de compensação financeira às companhias aéreas por suas perdas durante este período.

Fonte: O Globo (com Agências internacionais)

MotoGP: Grande Prêmio do Japão adiado por conta de caos aéreo

Foi oficialmente confirmado que o Grande Prêmio do Japão da temporada 2010 da MotoGP, que aconteceria originalmente neste fim de semana no circuito de Motegi, foi adiado devido à erupção do vulcão na Islândia.

O evento será reprogramado devido às sérias dificuldades de transporte das equipes e equipamentos para o outro lado do mundo, já que a erupção vulcânica provocou grandes nuvens de cinzas pelo céu da Europa, dificultando a visibilidade dos pilotos de avião.

Já que estas nuvens de cinzas que ainda ocupam o céu, as companhias aéreas estão se recusando a voar por razões de segurança, e esta situação levou o Gabinete Permanente de Grandes Prêmios, composto pelo Presidente da FIM, Vitto Ippolito, e o Diretor Executivo da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, entrar num acordo com o Promotor do GP, a Mobilityland Corporation, a adiar a etapa do Japão.

O acordo diz que a etapa será movida para o dia três de outubro, no intervalo do Grande Prêmio de Aragon, no dia 19 de setembro, e do GP da Malásia, no dia 10 de outubro, em Sepang.

Fonte: Equipe MOTO.com.br

Passageiro prejudicado por caos na Europa deve remarcar viagem

Segundo o Procon, remarcação deve ser feita sem cobrança de taxas.

Companhias aéreas têm que se responsabilizar por passageiros em trânsito.


Os passageiros com viagens para a Europa e que não puderem embarcar por conta do caos aéreo naquele continente devem procurar a agência de viagens ou a companhia aérea e remarcar ou cancelar suas passagens, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Se houver desistência do voo, de acordo com a Anac, a companhia aérea tem até 30 dias para fazer a devolução do valor do bilhete.

De acordo com a Fundação Procon de São Paulo, o turista que não conseguiu realizar sua viagem em função de fenômenos naturais, terremotos e outras catástrofes naturais tem o direito de trocar o pacote ou passagem para outra data ou local, sem pagamento de tarifas ou taxas; ou de cancelar o contrato, com direito a restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, sem pagamento de multas.

A Anac informa, no entanto, que a cobrança de taxa de remarcação deve ser negociada com a empresa aérea. Desde sexta-feira, 79 voos foram cancelados só no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, segundo a Infraero.

O Procon orienta o consumidor a procurar a empresa de quem adquiriu o pacote de viagem ou a passagem para compor um acordo. Tudo o que for combinado verbalmente deverá estar documentado e assinado pelas partes.

Outra recomendação dos órgãos de defesa é a de que o consumidor a procure a agência de viagem responsável pelo pacote e passagens adquiridas, que também são responsáveis por dar informações e assistência ao passageiro.

“Quem tirou a passagem por agência de turismo, tem que procurar a agência de turismo para deixar o v=bilhete em aberto”, afirma a coordenadora da Pro Teste, Maria Inês Dolci.

Procurada pelo G1, a TAM informou que está fazendo a remarcação sem cobrar taxas ou diferenças tarifárias. Só no final de semana, a empresa cancelou 24 voos por conta o caos aéreo, para e de Frankfurt, Londres, Paris e Milão. Para a Europa, apenas os voos com destino a Madri estão partindo normalmente.

Passageiros em trânsito

Nos casos em que o passageiro já estiver em trânsito, é preciso procurar a companhia aérea, que deve se responsabilizar pela hospedagem e alimentação até que seja possível embarcar para o destino final. A empresa aérea também pode, alternativamente, oferecer ao passageiro o retorno ao local de origem. A orientação vale também para os passageiros que estão na Europa sem conseguir retornar ao Brasil.

De acordo com o Procon, em casos em que o passageiro já estava em trânsito e ficou preso em um aeroporto, por exemplo, é obrigação da companhia oferecer assistência como alimentação, local para dormir e comunicação.

Se o passageiro se sentir prejudicado, a recomendação da Anac é procurar o Procon, a Justiça, ou a própria Anac. A agência, no entanto, só pode autuar a companhia, mas não indeniza o passageiro.

Informações

De acordo com a Anac, as companhias aéreas têm que informar os passageiros sobre atrasos e cancelamentos, seja por internet ou telefone. Caso isso não aconteça, o passageiro deve reclamar à Anac, pelo telefone 0800 725 4445, que vai checar o ocorrido e pode autuar e até multar a companhia.

Fonte: G1

Europa é criticada por precaução excessiva no fechamento do espaço aéreo

A decisão de fechar quase por completo o espaço aéreo europeu em consequência da nuvem de cinzas vulcânicas gerou críticas de companhias aéreas e especialistas, que questionam se os governos não levaram longe demais o princípio de precaução, como com a gripe H1N1.

O lobby das companhias aéreas, que calculam as perdas em 200 milhões de dólares por dia, foi o estopim das críticas, questionando ainda os argumentos científicos sobre o perigo das partículas que fundamentaram a decisão de manter em terra os aviões e, com isso, centenas de milhares de passageiros.

"Os europeus ainda utilizam um sistema baseado em um modelo teórico, ao invés de adotar uma decisão baseada em fatos e em uma análise dos riscos", declarou em Paris o diretor da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Giovanni Bisignani, que manifestou a insatisfação das companhias com a gestão dos governos ante a crise.

Com a nuvem de cinzas expelida pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajojkull, sul da Islândia, 63.000 voos foram cancelados no espaço aéreo europeu desde quinta-feira.

Passageiro aguarda no aeroporto Fiumicino, perto de Roma

As dúvidas sobre as medidas rígidas europeias surgiram no fim de semana, depois que duas companhias aéreas alemãs realizaram voos domésticos sem passageiros e afirmaram que as aeronaves não apresentaram nenhum dano.

"As companhias aéreas e os transportes europeus consideram que a segurança é uma prioridade absoluta, mas questionam a proporcionalidade das restrições impostas atualmente", advertiu a AIEA, principal associação das linhas aéreas europeias e dos administradores aeroportuários.

Aos questionamentos sobre a pertinência de fechar o espaço aéreo europeu, com um alcance sem precedentes desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, se somaram outros sobre a falta de coordenação na resposta dos países europeus, que mantêm a soberania na área de gestão aérea.

Alguns países como a República Tcheca decidiram reabrir nesta segunda-feira o espaço aéreo, mas outros mantêm as restrições.

"É um problema para a Europa. É um caos europeu. Foram necessários cinco dias para organizar uma teleconferência entre os ministros dos Transportes da União Europeia (UE)", reclamou um indignado Bisignani à BBC.

A Iata reúne 230 companhias aéreas, que representam 93% do tráfego comercial internacional.

O presidente da Fundação Schuman, um centro de pesquisas sobre assuntos europeus, Jean Dominique Giuliani, falou de uma "decisão mais motivada pelo medo do que pela ciência".

"O verdadeiro culpado seria este famoso princípio de precaução, este símbolo do medo que aterroriza os que tomam decisões e transfere toda a responsabilidade a uma potência pública?", questionou.

O recurso crescente deste princípio, que já fez os governos adotarem medidas de proibição em casos de dúvidas para não criar problemas, em particular nas áreas da saúde e meio ambiente, já provocou várias polêmicas na Europa.

Um exemplo recente foi a gestão da pandemia de gripe suína (H1N1) em 2009, que resultou em, por exemplo, campanhas de vacinação gigantescas que se mostraram inúteis em muitos casos, já que o vírus era menos contagioso que o previsto.

A crise do mal da vaca louca ou do perigo dos alimentos transgênicos também já passaram por este tipo de debate.

No caso do vulcão islandês, as autoridades justificam a decisão.

"Não acredito que as precauções sejam demasiadas. Aplicamos um método regulamentar, mas antes de mais nada de segurança", afirmou Patrick Gandil, da Direção Geral de Aviação Civil da França.

Um oficial americano informou nesta segunda-feira, em Bruxelas, que foram encontrados restos de vidro na turbina de um avião de combate F16 da Otan durante um voo na Europa ao ser indagado sobre o impacto da nuvem de cinzas vulcânicas na aviação militar.

Fonte: Yacine Le Forestier (AFP)