segunda-feira, 15 de março de 2010

Publicidade proporcionava visão extravagante do futuro espacial

Os anos entre 1957 e 1962 foram uma era de ouro da ficção científica, bem como de paranoia e entusiasmo em escala cósmica. O futuro ainda era o futuro, então, e alguns dentre nós sonhavam com fazendas na Lua e foguetes de aletas heroicas decolando de paisagens extraterrestres. Já outros se preocupavam com a possibilidade de bases russas na Lua.

Os cientistas estavam debatendo se a exploração espacial deveria ser realizada por robôs ou seres humanos. Satélites e transistores eram emblemas moderninhos de tecnologia do pós-guerra, e estávamos a ponto de deslindar os segredos do universo e domar o átomo (se ele não nos matasse primeiro).

Algumas das mais extravagantes dessas visões de futuro não vinham de romances baratos, mas de empresas que desejavam lustrar suas credenciais tecnológicas e recrutar engenheiros de talento, nos inspiradores dias em que orçamentos cada vez mais altos para a defesa e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) propiciavam uma corrida do ouro espacial.

Nas páginas de revistas como Aviation Week, Missiles and Rockets e até mesmo Fortune, empresas, algumas das quais famosas e outras hoje obscuras, se envolviam em um duelo de sonhos. Assim, por exemplo, a Republic Aviation, de Farmingdale, Nova York, "projetista e fabricante do incomparável Thundercraft", usou a revista "Aviation Week and Space Technology" para um anúncio sobre experiências de jardinagem lunar que estava realizando em 1959 para uma futura base da força aérea na Lua.

Ou podemos citar a American Bosch Arma, que exibiu na Fortune a sua ¿borboleta cósmica¿, um veículo elétrico carregado por energia solar que poderia transportar passageiros e cargas por todo o Sistema Solar.

A maioria dos americanos jamais viu essas engenhocas ou sua publicidade, mas agora os anúncios foram recolhidos e dissecados por Megan Prelinger, historiadora independente e entusiasta da exploração espacial, em um novo livro, "Another Science Fiction: Advertising the Space Race 1957-1962", que chegará às livrarias em 25 de maio.

Prelinger e seu marido, Rick, são proprietários da Prelinger Library, uma biblioteca privada de pesquisa em San Francisco, cujo acervo enfatiza a história da mídia, tecnologia e paisagismo.

Em mensagem de e-mail, Prelinger diz que cresceu "sob uma dieta cultural de ficção científica e exploração espacial", e que lembranças das missões lunares e da série "Jornada nas Estrelas" se misturam em sua mente. "Como resultado", afirma, "cresci acreditando ser integrante juvenil de uma sociedade tecnologicamente avançada".

O livro, ela conta, foi inspirado por uma carta de velhas publicações que foi adquirida pela biblioteca, incluindo revistas como Aviation Week & Space Technology e Missiles and Rockets. "Eu não imaginava que a publicidade em suas páginas despertaria minha atenção, se comparada aos artigos", ela escreve na introdução do livro. Os anúncios estão repletos de energia modernista e de uma iconografia rica, e Prelinger parece se divertir muito ao discorrer sobre os temas associados.

O final da década de 50 foi a era do chamado "Organization Man". A ilustração de capa do livro, extraída de um anúncio de seguros, mostra um homem de terno cinzento que parece sósia perfeito de Dan Draper, o publicitário confuso existencialmente da série "Mad Men", flutuando com expressão de susto e admiração em meio a planetas e estrelas. As montanhas e vales da Lua são repetidamente retratados como se fossem as montanhas, cânions e desertos do oeste dos Estados Unidos, o que tornava o programa espacial simplesmente um novo capítulo na marcha do progresso americano.

Em uma das ilustrações, as mãos de Deus e de Adão, extraídas dos afrescos de Michelangelo para a Capela Sistina, se transformam em um par de gigantescas luva espaciais que se aproximam para contato. Em outro, a silhueta de uma espaçonave forma uma cruz.

"Essas imagens sugerem que a dimensão mais ampla daquilo que a humanidade esperava encontrar no espaço era a essência mesma do infinito", escreve Prelinger. Folhear o livro é como um passeio pelas minhas memórias pessoais.

Cresci em Seattle, na época uma cidade industrial dominada pela sua maior empresa, a Boeing. Quase todo mundo trabalhava para a companhia, mais cedo ou mais tarde. O pai do meu melhor amigo ajudou a projetar o foguete Saturn V, que levou os seres humanos à Lua.

Depois de conquistar aos trancos e barrancos o meu diploma em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), no final dos anos 60, eu também trabalhei para a empresa por um ano, jogando uma espécie de guerra espacial - minha função era disparar bolas de alumínio em alta velocidade contra estruturas de alumínio montadas para simular aviões ou espaçonaves, para descobrir que danos eram causados em cada conjunto de circunstâncias.

No final do dia, minha mesa de trabalho terminava soterrada sob pilhas de chapas de alumínio retorcidas e amassadas, e eu tinha de contar o número de buracos em cada uma. É difícil determinar o que deveria causar mais nostalgia, se todos aqueles sonhos infantis de uma ópera espacial ou se o otimismo de uma era na qual a imaginação e a tecnologia estavam florescendo e metade dos anúncios terminava com um convite para que o leitor procurasse emprego em uma próspera "companhia do futuro".

"Se você deseja avançar profissionalmente, deveria se tornar membro de uma dessas equipes. Escreva aos cuidados de N. M. Pagan", diz um anúncio típico, publicado pela Martin, hoje parte do grupo Lockheed Martin. Não é mais o tipo de convite que estejamos acostumados a ouvir.

Na época, qualquer um podia ser herói espacial, mesmo que passasse o dia sentado a uma prancheta, em uma baia perdida entre dezenas de baias idênticas, desenhando antenas ou parafusos autovedantes. E os anúncios, é claro, mostravam quase que exclusivamente figuras masculinas. Uma exceção é um anúncio da NCR para uma nova máquina eletrônica para encaminhar cheques -"e o que a Post-Tronic faz de modo eletrônico, a operadora não pode fazer errado - simplesmente porque ela não faz coisa alguma!", afirma o anúncio, que mostra uma mulher flutuando no espaço diante do console de comando de uma máquina.

Naturalmente, todos esses anúncios de recrutamento tinham lá seus truques, como Prelinger revela. O negócio real de todas essas companhias aerospaciais não era viajar pelo espaço, mas sim a produção de equipamentos de defesa - caças, bombardeiros, mísseis e outros artefatos da guerra fria, e também, claro, jatos comerciais de passageiros. Para muitas dessas empresas, o programa espacial mais atrapalhava que ajudava em termos de lucros, e servia como um projeto vistoso, ainda que deficitário, usado para atrair os maiores talentos.

Ocasionalmente, como reporta Prelinger, o lado negro desse trabalho se deixava entrever em anúncios publicados em revistas especializadas, como por exemplo quando a Marquardt, que fabricava pequenos foguetes de controle para satélites, mostrou um satélite espião com a câmera apontada para a Terra.

Se a febre espacial começou em 1957 com o Sputnik, por volta de 1962, quando o plano básico para as missões lunares Apollo já estava definido, a situação já se havia aclamado e não restava tanto espaço para imaginação descontrolada. Além disso, àquela altura, o orçamento da Nasa já tinha deixado de crescer furiosamente a cada ano.

Prelinger afirma que, durante esse período, cerca de meio milhão de engenheiros, cientistas, desenhistas técnicos e outros profissionais atenderam ao convite e dedicaram seus talentos à nova era, participando de um avanço que engordou em mais de um milhão de pessoas as fileiras de trabalhadores do setor aerospacial.

Algumas dessas pessoas podem ter acabado da mesma maneira que eu. Quando o grupo de "mecânica de impacto" foi eliminado devido a um corte de custos, fui transferido ao grupo de "pesos e medidas". Nosso trabalho era estudar as plantas de foguetes e determinar a posição e peso de cada parafuso, porca, rebite e qualquer outro item presente em um pequeno propulsor de estágio superior que teria por missão colocar em órbita uma cara desconhecida. A informação era inserida em um programa de computador que calculava o centro de gravidade e outras propriedades dinâmicas do pacote de propulsão.

Era um trabalho importante, mas imensamente tedioso, e aprendi muito sobre guerras de elástico, porque travávamos uma delas quase todas as tardes.

Mas foram homens e mulheres como esses, trabalhando em baias, que salvaram os astronautas da Apollo 13 em 1969, ao descobrir como trazê-los de volta da Lua vivos, em uma espaçonave semidestruída. Depois das missões lunares e do final da guerra fria, muitos desses empregos - inspiradores ou não - desapareceram, e o mesmo se aplica a muitas das empresas que os ofereciam. O que não desapareceu, ao longo de todos esses anos e décadas, foi o anseio pelo espaço, e a discussão sobre ele.

Continuamos a debater o que a Nasa deveria fazer, em termos de exploração tripulada do universo, e, em modo coletivo, estamos cada vez mais parecidos com o executivo atônito que flutua pelo espaço na capa do fascinante livro de Prelinger. É uma discussão que durou minha vida inteira. Depois que aqueles anúncios foram publicados, a guerra do Vietnã foi decidida, a União Soviética desabou e a China ascendeu; e os Estados Unidos inteirinhos deixaram de fumar. Mas nunca encontramos a essência do infinito - pelo menos não até agora.

Fonte: The New York Times - Tradução: Paulo Migliacci - Via Terra - Imagem: ceticismo.net

Sagento da Força Aérea dos EUA perde emprego nos EUA depois que polícia denunciou que ela era lésbica

Jene Newsome afirmou que seguia a política do 'don't ask, don't tell'.

Ela processou a polícia, que disse que não teve intenção de a expor.

Jene Newsome, sagento da Força Aérea dos EUA, foi demitida depois que policiais da cidade de Rapid City, em Dakota do Norte, denunciaram ao seu comando que ela era lésbica.

Até então, Jene, de 28 anos, seguia as regras do 'don't ask, don't tell' (não pergunte, não conte), legislação que obriga os homossexuais no Exército americano a sconderem sua inclinação sexual e também impede o comando de perguntar a eles sobre o assunto.

Mas policiais descobriram, na casa de Jane, um certificado de casamento emitido em Iowa (um dos estados americanos que permitem o casamento entre homossexuais) e fizeram a denúncia para o comando da Base Aérea de Ellsworth, que a demitiu.

Agora, Jane e a organização União Americana pelas Liberdades Civil apelaram contra a polícia, argumentando que os agentes violaram a privacidade dela.

O caso joga luz sobre o problema de terceiros que "delatam" militares gays, em um momento em que, a pedido do presidente Barack Obama, o Pentágono está revisando a legislação sobre o tema.

"Eu jogava pela regra do 'don't ask, don't tell'", disse Jane à Associated Press. "Eu não concordo com o que a polícia fez. Eles violaram uma série de políticas internas, e eu sinto como se a minha privacidade tivesse sido violada."

A polícia disse que Jane não "cooperou" quando eles entraram na casa dela, com um mandado de prisão contra sua companheira, que era acusada de furto em Fairbanks, no Alasca.

Jane estava em serviço na base e se recusou a voltar para casa imediatamente para ajudar os policiais a encontrarem sua companheira, com quem ela se casou em outubro do ano passado.

Os policiais disseram ter visto o certificado de casamento na mesa da cozinha. Segundo a polícia, o documento era relevante para a investigação, porque provava que as duas tinham um relacionamento e moravam juntas. O chefe de polícia Steve Allender lamentou o fato de Jene ter perdido o emprego e disse que não era a intenção da polícia expor a inclinação sexual dela.

Um porta-voz da Força Aérea disse que a base de Ellsworth seguiu a legislação vigente e que não iria comentar o caso específico de Jane.

Jane, que é natural de Harrisburg, na Pensilvânia, está viajando para o Alasca. Ela disse que esperava pelo momento em que as Forças Armadas dos EUA revisariam sua política sobre gays e lésbicas. Mas a mudança não veio a tempo de salvar o seu emprego.

"Eu sentia que estava perto", disse ela. "Eu estava realmente esperançosa."

Fonte: AP via G1 - Foto: álbum de família

Infraero impede no Rio voo da TAM em direção a Guarulhos

Cerca de 300 passageiros foram impedidas de embarcar no voo 3961 da Tam que sairia do aeroporto Santos Dumont em direção à Guarulhos, na noite deste domingo, no Rio.

De acordo com passageiros, o voo que estava programado para sair às 20h40 teve sua decolagem impedida pela Infraero. Eles informaram que no momento em que estavam entrando na cabeceira do avião, houve o aviso da empresa.

Este impasse também ocorreu com a Gol Airlines, no entanto, a companhia direcionou seus passageiros para o Galeão, criando um novo voo para suprir a eventualidade.

A Tam ainda não decidiu como fará para remanejar os passageiros que, até o momento, estão sem saber para onde ir. Famílias que estavam programadas para viajar não tiveram uma posição da companhia - no caso, se haverá um novo voo para Guarulhos, em escala pela madrugada.

Ainda não foram confirmados pela Infraero os reais motivos para o cancelamento dos voos.

Fonte: JB Online

Aeroporto Regional de São Benedito (CE) começa a ser construído

Através do Governo do Estado mais um sonho, iniciado por João Almir, começa a se tornar realidade na administração de Junior Brandão e Agnes Gonçalves. Teve início dia 1º de março as obras de construção do Aeroporto Regional de São Benedito que custará mais de 5 milhões de reais e permitirá pousos e decolagens noturnas, pista de 1500 x 30 metros, apta a receber aeronaves de pequeno e médio porte, além da instalação da Seção contra Incêndio (Corpo de Bombeiros).

Segundo o Prefeito Junior Brandão, que esteve reunido com o Governador Cid Gomes, o Aeroporto Regional de São Benedito tem previsão de conclusão em 180 dias e alavancará o desenvolvimento econômico e turístico de São Benedito e da Ibiapaba.

Ainda de acordo com Junior Brandão mais obras já foram garantidas, frutos da aliança firmada com o governador Cid Gomes, com benefícios para nossa população, que serão anunciadas nos próximos informativos.

Fonte: Rádio Tabajara

Asfaltamento no acesso ao Aeroporto de Cabo Frio começa esta semana

A Coordenadoria-Geral de Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca de Cabo Frio anunciou o asfaltamento da estrada que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio. Devido ao crescimento do número de trabalhadores embarcados na Petrobrás, em Macaé, do aumento da frota de aeronaves neste município e do projeto de reestruturação do espaço aéreo da Bacia de Campos, a companhia tem como objetivo utilizar o aeroporto de Cabo Frio no primeiro semestre de 2010.

As obras de asfaltamento pela Fundação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) começam na quarta-feira, dia 17 de março, na estrada de chão que tem aproximadamente 1 km de extensão, e devem ser finalizados em 15 dias. As mudanças no aeroporto, no que diz respeito ao embarque e desembarque de profissionais offshore, estão previstas para iniciar no dia 5 de abril.

- Como havíamos falado anteriormente, a parceria com o governo estadual foi efetivada com o município, através do que tínhamos como objetivo nessa vinda da Petrobras: o asfaltamento da via que leva ao aeroporto – afirmou o Coordenador-Geral de Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca, Ricardo Azevedo.

A Prefeitura Municipal de Cabo Frio acredita que o aumento de aeronaves no aeroporto terá um reflexo bastante positivo para a economia local, gerando aumento de receitas como é o caso do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), através da vinda de novas empresas e do aumento da arrecadação das que já estão fixadas no município.

Fonte: Vivian Milazzo/PMCF - Foto: Divulgação

BAA atribui contrato à HETco para construir novo terminal em Heathrow

A BAA, gestora de aeroportos no Reino Unido detida pela Ferrovial, atribuiu o contrato para a construção do novo terminal em Heathrow à HETco. A construtora será responsável pelo novo terminal 2, um contrato que ascende aos 800 milhões de libras (882 milhões de euros).

A BAA, gestora de aeroportos no Reino Unido detida pela Ferrovial, atribuiu o contrato para a construção do novo terminal em Heathrow à HETco. A construtora será responsável pelo novo terminal 2, um contrato que ascende aos 800 milhões de libras (882 milhões de euros).

Este será o maior contrato individual para construção naquele aeroporto, incluirá escavações, construção das fundações do terminal e a estrutura principal que terá uma área de 40 mil metros quadrados, noticiou a Bloomberg, citando comunicado.

A HETco é uma joint-venture entre a Ferrovial Agroman e a Laing O’Rourke. A empresa será responsável ainda pela construção de um parque de estacionamento.

O actual terminal 2 de Heathrow irá encerrar em Novembro, após 54 anos de actividade.

Fonte: Ana Torres Pereira (Jornal de Negócios - Portugal) - Imagem: Daily Mail

Governo viabiliza pista paralela para o Aeroporto de Ji-Paraná (RO)

O Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER) está finalizando o processo para a contratação da empresa que executará o projeto de uma pista paralela no Aeroporto José Coleto, em Ji-Paraná, região Central do Estado. O processo para licitação do projeto – de acordo com o diretor operacional do Departamento, Ubiratan Gomes - será encaminhado à Superintendência Estadual de Licitação (Supel) nos próximos dias. “O DER aguardava a publicação da nova tabela de preço de serviços, que sofre reajuste anual. Agora, após a adequação dos preços o processo será encaminhado à Supel para licitação”, detalhou o diretor.

O diretor lembra ainda, que a construção de uma pista paralela foi uma decisão da comunidade jiparanaense em audiência pública realizada em dezembro do último ano. “Realizamos a audiência pública com a classe política e empresarial da cidade, na qual esteve presente o diretor-geral do DER, engenheiro Jacques Albagli. O tema (Aeroporto de Ji-Paraná) foi amplamente debatido. Ouvimos os anseios da população e agora o Governo do Estado agiliza a contratação da empresa para a execução do projeto.

Ressaltou também que, a escolha pela construção de uma pista paralela é para que o aeroporto de Ji-Paraná não pare de operar enquanto a nova pista é construída ao lado. Ubiratan Gomes destacou o empenho do Governo do Estado em manter as operações no José Coleto. “O governador Ivo Cassol tem atendido aos pedidos da direção do aeroporto e determinou ao DER que preste total apoio na conservação da pista daquele aeródromo”, afirmou.

Fonte: Rondoniaovivo.com

Justiça à atuação de pracinhas

Reconhecimento. Câmara dos Deputados irá homenagear ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial

Parte da população desconhece esse capítulo da história; evento ocorre hoje

Memória. Na capital, a Associação dos Veteranos de Guerra do Brasil conta com um museu da FEB; ex-combatentes esperam por reconhecimento

Brasília. Sessenta e cinco anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito ainda é um capítulo ignorado por boa parte da população do país. Ao todo, 25.334 homens da FEB se arriscaram na Europa, principalmente em terras italianas, para, ao lado dos exércitos dos Aliados, derrotarem as forças do Eixo, composto pela Alemanha (de Adolf Hitler), Itália e Japão.

A campanha brasileira envolveu Exército, Aeronáutica e Marinha com as primeiras tropas sendo transportadas para o continente europeu em 2 de julho de 1944. Os soldados brasileiros permaneceram 239 dias em combate. Essa história da FEB ainda reside na memória dos ex-combatentes, a maioria acima dos 90 anos, mas agora deve ser recontada por um grupo interessado em fazer justiça com os militares envolvidos naquela campanha.

"Essa história precisa ser recontada, e da forma correta. Quem sabe desses feitos hoje? Esse material não faz parte do conteúdo da maioria das escolas públicas", lamenta o deputado Ciro Pedrosa (PV-MG), autor de um requerimento para homenagear e relembrar na Câmara a história dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra.

Conforme o deputado, a sessão de homenagem aos ex-combatentes na Câmara dos Deputados irá ocorrer hoje e deve reunir mais de 50 ex-integrantes da FEB. "Aproveitamos esta data, dos 65 anos do fim da guerra, para trazer os pracinhas ainda vivos e também homenagear uma maioria já morta", conta Pedrosa. Os militares de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro serão transportados para a solenidade por um aviação da Força Aérea Brasileira (FAB).

A ideia da homenagem partiu do parlamentar, após um grupo, do qual faz parte João Barone, integrante do conjunto "Paralamas do Sucesso", pedir ajuda para recontar a história dos pracinhas. "Há muita injustiça e muitos casos contados de forma equivocada. A participação brasileira foi muito importante e decisiva para o fim da guerra. A campanha brasileira ainda é lembrada na Itália", comenta Pedrosa.

A homenagem feita na Itália ocorre nos meses de abril, durante as comemorações anuais da Tomada de Montese, uma das batalhas mais sangrentas da guerra. A Tomada de Montese está entre as principais conquistas da FEB e é atribuída aos mineiros, que estavam, naquela estratégia específica, na frente de ataque.

Dados. Estima-se que estejam vivos atualmente cerca de 2.500 ex-combatentes brasileiros. Desses, cerca de 220 são mineiros. Mas, como a média de idade é de 88 anos, não há um acompanhamento exato dos registros mensais de óbitos.

Símbolo. Um detalhe curioso é sobre um dos símbolos e lemas da FEB naquela guerra: "a cobra está fumando."

Segundo historiadores, a origem do símbolo foi em razão da demora do Brasil para tomar partido no conflito e se aliar contra o Eixo. A polêmica rendeu a expressão de que "era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".

Resultado

Mais de 400 morreram na guerra

Os livros de história não contam, mas a Força Expedicionária Brasileira (FEB) trouxe o melhor resultado proporcional de todas as tropas que foram para a Segunda Guerra Mundial. Os brasileiros capturaram 20.573 alemães e os colocaram em um único campo de confinamento. Por outro lado, 35 integrantes da FEB foram aprisionados pelo inimigo. Ao fim da guerra, todos foram libertados. Retornaram ao Brasil 2.722 feridos, e 457 morreram.

Mas, até hoje, nossos ex-combatentes estão à espera de reconhecimento. “Nós não nos julgamos heróis. Fomos privilegiados por ter tido oportunidade de servir à pátria numa época tão difícil para os brasileiros”, contou, com elevado patriotismo, o tenente Geraldo Campos Taitson.

Aos 88 anos, Taitson lembrou que, até ser convocado, em junho de 1944, ele não sabia muito bem de que lado poderia lutar. “O presidente Getúlio Vargas era um ditador, amigo de Mussolini e admirador do Hitler. Mesmo sabendo que eram alemães que estavam afundando navios na costa brasileira, alguns governantes queriam nos convencer de que poderiam ser armadilhas dos norte-americanos”. De acordo com Taitson, foi a pressão popular que obrigou o governo a tomar um posicionamento.

Várias histórias do conflito podem ser ouvidas nas Associações dos Veteranos de Guerra do Brasil, que funcionam em dezenas de cidades e têm matriz no Rio de Janeiro.

Em BH, alguns ex-combatentes passam o dia na sede, localizada na região Centro-Sul. Lá, trabalha o capitão Divaldo Medrado, 88, que foi comandante de grupo de combate na Itália.

Ao receber os visitantes, Medrado faz questão de contar suas experiências pessoais e mostrar objetos. Do conflito, ele traz cicatrizes dos 13 tiros que levou na Tomada de Monte Castelo, em 12 de dezembro de 1944.

Fonte: Murilo Rocha / Tereza Rodrigues (O Tempo) - Foto: Cristiano Trad

Greve dos pilotos da TAP causa receios

As agências de viagens antecipam “efeitos desastrosos” da greve dos pilotos da TAP prevista para as férias da Páscoa, de 26 a 31 de Março, como referiu o presidente da associação do sector.

João Passos receia que todos saiam prejudicados, desde a transportadora, aos clientes das agências, tendo em conta a coincidência do protesto com um dos picos anuais do turismo, sendo que, em termos de viagens de e para o exterior, “a TAP detém 50 por cento do share”.

A própria TAP assumiu, no sábado, que a greve vai colocar a empresa numa “situação muito difícil”, prevendo um custo de 30 milhões de euros (cinco milhões por dia), disse o porta-voz da companhia, António Monteiro, citado pela Agência Lusa.

Com a paralisação de seis dias, os pilotos reivindicam aumentos superiores a 1,8 por cento proposto pela administração da TAP, apesar de o governo ter dado indicações de congelamento salarial para todo o sector empresarial do Estado, embora prevendo algumas excepções não especificadas.

Os pilotos da TAP têm um salário mensal de 8.600 euros, mas rejeitam a proposta da administração da companhia, considerando-a “insuficiente, desequilibrada e discriminatória” em relação aos demais trabalhadores da empresa.

A greve foi aprovada com mais de 70 por cento de votos a favor, numa assembleia que demorou quase dez horas. Criados em 14 de Março de 1945 por Humberto Delgado, que, na altura, dirigia o Secretariado da Aeronáutica Civil, os Transportes Aéreos Portugueses inauguram a primeira linha comercial em 19 de Setembro de 1946, entre Lisboa e Madrid.

Fonte: Jornal de Angola

Passageiros se revoltam e se recusam a sair de avião no Afonso Pena

Atrasos e desencontros

Voo para capital catarinense foi cancelado e eles teriam que seguir de ônibus. PF foi acionada para negociar com os passageiros


A viagem de Viracopos (Campinas) para Florianópolis (SC) foi bastante cansativa para um grupo de 42 passageiros. Atrasos e desencontros de informações irritaram os passageiros que se negaram a sair do avião da Gol no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região de Curitiba. A Polícia Federal (PF) teve de ser chamada para negociar e encerrar a confusão no aeroporto paranaense.

De acordo com o estudante de Engenharia Mecânica Pedro Henriques Mantelli, que às 9 horas desta segunda-feira (15) permanecia no Afonso Pena, o voo da Gol saiu às 20 horas de domingo (14) de Viracopos. A previsão de chegada em Florianópolis era às 0h45. O voo antes passaria pelo aeroporto do Galeão (RJ) e depois no Afonso Pena.

A forte chuva com ventos na noite de domingo fecharam o Galeão para decolagens. O voo saiu do Rio de Janeiro com 6 horas de atraso. “Quando chegamos aqui (Afonso Pena) ficamos sabendo que todos fomos realocados para um ônibus para continuar até Florianópolis”, afirmou Mantelli. A partir daí começou uma confusão, irritação e desencontro de informações.

O voo que sairia do Afonso Pena para Florianópolis, às 2h30, foi cancelado. “O problema é que você ligava para o aeroporto de Florianópolis e lá falavam que o voo já tinha pousado. E nós ainda estávamos no Afonso Pena. Esse voo não existia, era um voo fantasma?”, indagou, indignado o estudante.

Após serem informados que seguiriam de ônibus para a capital catarinense, os 42 passageiros se negaram a descer do avião da Gol na pista do Afonso Pena. “Perdi um pouco a noção do tempo, mas acho que ficamos cerca de uma hora dentro do avião. O piloto ligou o ar quente para que saíssemos do avião. Fomos tratados como cachorros. Um passageiro passou mal, porque tem pressão alta, e teve que receber atendimento médico”, disse o estudante, que às 9 horas, enquanto falava por telefone com a reportagem fazia um lanche no Afonso Pena.

Um funcionário da Polícia Federal e outro da Gol começaram a negociar com os passageiros. Depois da conversa eles foram convencidos a deixar o avião e a negociação continuou na sala de embarque do Afonso Pena. “Depois de muita insistência conseguiram arranjar um voo para nós, que deve chegar às 9h50 aqui no Afonso Pena. Não acredito que chegarei antes das 13 horas em Florianópolis”, disse Mantelli. Dos 42 passageiros, apenas um desistiu e seguiu de carro para Florianópolis.

Os outros 41 conseguiram embarcar por volta das 10 horas para a capital catarinense. "Fizemos uma reclamação coletiva na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e em Florianópolis vamos fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Hoje todos já perdemos o dia”, definiu Mantelli.

A reportagem tenta o contato com a assessoria de imprensa da Gol para comentar o assunto.

Fonte: Adriano Kotsan (Gazeta do Povo)

Aerolíneas Argentinas inicia voos ao Brasil do aeroporto central

A Aerolíneas Argentinas começou ontem a realizar voos ao Brasil a partir do aeroporto central de Buenos Aires. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização para o período de 14 a 27 de março para todas as rotas que a Aerolíneas havia solicitado, inclusive Guarulhos. Com essa permissão, a companhia transfere ao Aeroparque Jorge Newbery, a cerca de 15 minutos do centro da capital argentina, os voos que eram realizados pelo terminal de Ezeiza, a 40 minutos de distância e cujo acesso possui dois pedágios.

Embora tenha obtido a permissão provisória, a companhia argentina continua proibida de vender passagens para voos em outras datas, como informou a Agência Nacional de Aviação (Anac). A Aerolíneas enfrenta ainda um processo administrativo, em andamento, pelo fato de ter vendido passagens antes de estar autorizada. O processo pode resultar em multa contra a companhia. A agência autuou a companhia na última terça-feira.

Segundo a Anac, as passagens só podem ser vendidas após a obtenção prévia de "hotrans", que são faixas de horário para pousos e decolagens. A decisão argentina de abrir o Aeroparque para voos internacionais com cidades do Mercosul foi tomada há um mês pela Secretaria de Transportes. A Aerolíneas enviou o pedido à Anac no final de fevereiro e a análise demora cerca de 30 dias.

TAM e Gol negociam com o governo argentino a mesma autorização para seus voos desde que a Aerolíneas Argentina anunciou que voaria para Guarulhos, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador a partir do Aeroparque. Mas o secretário argentino de Transportes, Juan Pablo Schiavi, ainda não deu sinais de que o pedido será atendido. O governo também demora em conceder a abertura de operação similar para a chilena LAN.

As empresas acusam o governo de discriminação, já que a Aerolíneas é estatal. Contudo, na secretaria, o argumento é que o pedido foi feito somente há 30 dias, enquanto a Aerolíneas o teria feito há seis meses.

Fonte: Marina Guimarães (Agência Estado)

Voos cancelados nos Açores

O mau tempo que se faz sentir, fez com que a Sata tivesse de cancelar já oito ligações aéreas.

A transportadora aérea açoriana Sata, viu-se hoje forçada a cancelar oito ligações aéreas para as ilhas Terceira e Pico.

Em causa estão 300 passageiros, que permanecerão em terra até ao final da tarde de hoje, altura em que a transportadora regional conta normalizar as ligações. No entanto, destes 300 passageiros afectados, 86 têm como destino a ilha de S. Jorge, pelo que só poderão embarcar amanhã.

Também o voo para a ilha das Flores está atrasado, mas, a Sata espera uma melhoria do estado do tempo para poder realizar ainda hoje a referida ligação.
Recorde-se ainda que os grupos Ocidental e Central do Arquipélago se encontram hoje em alerta amarelo, devido ao vento forte a muito forte, que atinge rajadas que podem atingir os 100 quilómetros por hora, mas, tornar-se-á fresco de 30 a 40 Km/h.

Fonte: JornalDiario

Anac obriga reembolso imediato para passageiros por atraso em voo

Resolução aumenta direitos dos passageiros.

Novas regras passam a vigorar em 90 dias.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aumentou os direitos dos passageiros em casos de atrasos e cancelamento de voos ou prática de overbooking pelas companhias aéreas, quando são vendidos mais bilhetes que a capacidade da aeronave. Uma resolução foi publicada nesta segunda-feira (15) no Diário Oficial trazendo as novas regras, que passam a vigorar em 90 dias.

Uma das alterações diz respeito ao reembolso aos passageiros. Antes, as empresas tinham até 30 dias para fazer o ressarcimento. Pelas novas regras, o reembolso será imediato caso a passagem já tenha sido quitada. Caso haja parcelamento em cartão de crédito, a companhia aérea fará o reembolso de acordo com a política da administradora do cartão.

Têm direito a reembolso passageiros que desistirem do voo após atrasos ou cancelamento de voos que levem a atrasos de embarque superiores a quatro horas. O reembolso também deve ser feito a passageiros prejudicados por práticas de overbooking das companhias aéreas.

Outra mudança nas regras obriga as companhias a dar assistência material aos clientes em um prazo mais curto. Antes, somente após quatro horas de atraso as empresas eram obrigadas a fornecer comunicação, alimentação e hospedagem aos passageiros. Com a resolução, o acesso a comunicação (telefone e internet) deve ser providenciado em uma hora. A alimentação deverá ser oferecida em caso de voos com atrasos de duas horas. Somente a questão da hospedagem continua com o prazo de quatro horas.

A resolução da Anac dá ainda prioridade para os passageiros de voos com problema em outros voos da companhia. Só será liberada a venda de bilhetes para o mesmo destino após todos os clientes vítimas de atraso serem realocados. A companhia poderá ainda ser obrigada a endossar a passagem para outra empresa mesmo quando não houver convênio entre elas.

Outra mudança é que o passageiro passa a ter direito expresso a informação. As companhias terão de informar o atraso, justificar o motivo e divulgar a previsão do novo horário de partida do voo. As companhias terão ainda de distribuir aos passageiros panfletos informando seus direitos.

Fonte: Eduardo Bresciani (G1)

Empresas aéreas terão de oferecer refeição se voo atrasar mais de 2 horas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União, uma série de medidas de proteção ao consumidor que entrarão em vigor em 90 dias. Entre as resoluções, estão novas regras que as companhias aéreas deverão tomar em caso de atraso no voo.

Veja a integra da resolução da Anac (em .pdf)

A partir de junho, de acordo com as normas, após 1 hora de atraso no voo, as companhias terão ainda de oferecer facilidade de comunicação, como ligação telefônica e acesso gratuito à internet. Após duas horas, as empresas terão de providenciar alimentação para os passageiros. Pelas regras atuais, qualquer medida é feita a partir de quatro horas de atraso.

Em atrasos de superiores a 4 horas, os passageiros terão que ter disponibilizado uma acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem. A companhia aérea só poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade do aeroporto de origem.

"A mudança representa um avanço significativo dos direitos dos passageiros do transporte aéreo. Buscamos compatibilizar a racionalidade do Código Brasileiro de Aeronáutica com os princípios e normas presentes no Código de Defesa do Consumidor, uma vez que existe relação de consumo entre o transportador e o passageiro” – explica o diretor de Regulação Econômica da Anac, Marcelo Guaranys.

Em casos de atrasos, cancelamentos ou preterição, a companhia aérea passa a ser obrigada a comunicar os direitos do passageiro, inclusive entregando a ele um folheto com essa informação. Caso solicitado, a empresa também terá que emitir uma declaração por escrito confirmando o ocorrido – para o passageiro que perdeu um compromisso por atraso de voo, por exemplo.

Além disso, a nova regulamentação prevê que a companhia possa oferecer outro tipo de transporte (rodoviário, por exemplo) para completar um voo que tenha sido cancelado ou interrompido, desde que o passageiro concorde. Caso contrário, ele poderá aguardar o próximo voo disponível ou mesmo desistir da viagem, tendo direito ao reembolso integral do bilhete.

Quanto ao prazo de reembolso, ele passa a ser solicitado imediatamente nos casos de preterição, cancelamento e quando houver estimativa de atraso superior a 4 horas. A devolução do valor será feita de acordo com o meio de pagamento. Por exemplo, se a passagem já está quitada, o reembolso será imediato, por transferência bancária ou mesmo em dinheiro. Já no caso de um bilhete financiado no cartão de crédito e com parcelas a vencer, o reembolso terá de obedecer à política da administradora do cartão.

Outras medidas são a exigência de endosso de passagem para outra companhia mesmo quando não houver convênio entre elas e, ainda, a obrigação de suspender as vendas de bilhetes para os próximos voos da empresa para o mesmo destino até que sejam reacomodados todos os passageiros prejudicados por atrasos, cancelamentos ou preterição.

O descumprimento das normas configura infração às condições gerais de transporte e podem resultar em multas às companhias de R$ 4 mil a R$ 10 mil por evento.

Fonte: iG

Passagem barata não torna cliente ‘fiel’, diz presidente da TAM

Líbano Barroso conversou com o G1 sobre os desafios da aviação.

Empresa quer conquistar classe C em horários ‘alternativos’.



Maior companhia aérea do Brasil, a TAM viu sua fatia do mercado nacional “encolher” no ano passado. Em janeiro de 2009, a empresa detinha 49,51% do mercado. Em fevereiro deste ano, a participação recuava para 42,42%.

Segundo o presidente da companhia, Líbano Miranda Barroso, a redução foi resultado da entrada de novas companhias nessa disputa, ganhando espaço com passagens de baixo custo. O foco da TAM, no entanto, não é vender barato; é tornar o cliente fiel, afirmou o executivo em entrevista ao G1.

“Nós não optamos apenas pelo preço, porque nós entendemos que o cliente ele quer ter uma experiência de uma viagem. Porque nós entendemos que a busca apenas pelo preço ela não fideliza, o que fideliza é um serviço de qualidade“, disse Barroso.

Mas a TAM não está alheia à expansão da classe C, e também está atrás do seu quinhão nesse novo público. Hoje com cerca de 85% vindos das classes A e B, a empresa quer ganhar novos passageiros em horários alternativos, oferecendo aos novos passageiros passagens mais baratas em voos fora dos horários de pico.

Com mais passageiros da classe C voando, e o aumento do tráfego esperado na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, os próximos anos trarão uma série de desafios à aviação brasileira. O maior deles, segundo ele, será manter a qualidade do serviço oferecido para um público cada vez maior.

Barroso vê necessidade de incrementar a infraestrutura aeroportuária brasileira, especialmente em São Paulo, para acomodar essa expansão. Mas ele vê como passado o caos aéreo, vivido nos aeroportos brasileiros nos últimos anos.

O executivo também falou sobre os planos da TAM para outros negócios, e sobre a reabertura do museu da companhia, que deve ocorrer até o meio deste ano.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista do G1 com Líbano Barroso.

Desafios para atender a demanda crescente

– O desafio principal é como manter a qualidade do serviço. É como fazer para atender os clientes cada vez melhor em uma indústria que tem crescido 15% nos últimos anos.

Hoje nós temos no Brasil uma infraestutura aeroportuária de qualidade. Porém, especialmente no terminal São Paulo, nós já vemos que em três anos, provavelmente, já teremos os aeroportos no limite da sua utilização. Então é necessário que nós tenhamos investimento para aumento dessa capacidade.

A experiência de gestão tem sido muito coordenada. Nós tivemos no final de ano agora, de 2009, uma operação muito coordenada, que funcionou bem, fluiu bem, mesmo com a adversidade climática que nós tivemos. Isso foi uma mostra de uma coordenação entre os vários entes dessa cadeia, que souberam coordenar esse sistema que é muito interligado.

Conquista da classe C

– Em termos de classes nós temos uma abrangência maior nas classes A e B, provavelmente cerca de 85%, 90% dos nossos clientes são das classes A e B. E nós queremos cada vez mais atrair o cliente da classe C. Nós temos visto que os centros médios, as cidades de médio porte, assim como a classe C, têm demonstrado um crescimento muito acima da média, da classe A e B e dos grandes centros.

E como fazer isso? Nós temos capacidade de, nos horários fora do pico, entre 10 da manhã e 5 da tarde, e das 8 da noite até as 6 da manhã, de sermos extremamente competitivos em preço, inclusive com os ônibus. Acima de mil quilômetros de uma viagem, nós somos competitivos com ônibus.

Tarifas em alta

– Nós tivemos uma correção das tarifas no quarto trimestre. As tarifas ainda ficaram cerca de 20% abaixo, ano sobre ano. Existe uma tendência de uma recuperação nos preços sim, mas essa questão de preço é muito dinâmica.

Nós estamos muito otimistas com o ano, acreditando que é um ano que o Brasil cresce, nosso setor cresce, e nós estamos estimulando o tráfego. Nós estamos acreditando que, dado que tem essa possibilidade de crescimento, [que] provavelmente nós conseguiremos aumentar os preços, mas mantendo a competitividade e o estímulo de viajar.

O preço ele é uma conseqüência de um serviço adequado. Nós não optamos apenas pelo preço, porque nós entendemos que o cliente ele quer ter uma experiência de uma viagem. Porque nós entendemos que a busca apenas pelo preço não fideliza, o que fideliza é um serviço de qualidade.

Planos de expansão

– Para o ano de 2010 nós receberemos mais dois aviões A 330, que num primeiro momento nós vamos atender a Copa da África do Sul em [cerca de] 40 voos fretados. Depois disso, esses aviões serão utilizados num novo destino, que nós estamos em processo de definição, e que será no Hemisfério Norte ou na África. Vamos divulgar nos próximos meses, mas pode ser um novo destino ou uma nova frequência onde nós já estamos voando.

A partir de abril seremos um membro Star Alliance (aliança mundial de empresas aéreas). Com isso nós estaremos oferecendo, para os brasileiros e também para os estrangeiros mais de mil destinos, mais de 170 países e também a integração com cerca de 26 companhias aéreas no mundo. Nós estimamos que com a entrada na Star Alliance nós teremos, de forma conservadora, no mínimo um aumento de US$ 60 milhões nas nossas receitas internacionais.

Participação de mercado

– No mercado doméstico, nós tivemos crescimento do número de passageiros em torno de 17%. Nós acompanhamos esse crescimento, mas tivemos novos entrantes. E aí é uma questão mais matemática mesmo. Essa diluição é uma diluição natural. Não perseguimos o market share [participação de mercado] pelo market share. Nós queremos sim é uma posição de mercado forte, para atender bem o cliente, oferecer destinos, e com rentabilidade.

Outros negócios

– Nossa visão de longo prazo para o grupo é que a espinha dorsal do grupo, o negócio principal, é a companhia aérea. E será [...] nos próximos dez a quinze anos. Mas nós, ao longo do tempo, estamos desenvolvendo algumas áreas de negócio que têm uma vocação ligada à aviação, mas que têm uma vocação e dinâmica própria.

Nós temos a nossa operadora de turismo, a TAM Viagens. Outro exemplo é a nossa área de carga, muito complementar à área de passageiros, porque nós utilizamos o porão das aeronaves para transporte de carga. E o outro exemplo é o Multiplus, que é o programa de fidelidade da TAM.

Então esses são exemplos de áreas que nós vamos desenvolver, ligadas à aviação, mas sempre tendo como visão estratégica que o negócio principal é a companhia aérea.

Multa por descumprimento das regras do call center

(A TAM foi multada este mês pelo Ministério da Justiça por descumprir as regras de atendimento telefônico)

– Nós investimos no call center, nós temos hoje uma capacidade de atendimento, dentro do que preconiza a legislação, de forma rápida, com toda a tecnologia, com toda a cortesia, atendimento humano. Nós temos o Fale com o Presidente, [com] pessoas preparadas para atender ao longo da semana, inclusive no final de semana.

Museu da TAM

– Nós estamos reabrindo nosso museu em junho, nessa reabertura nós mostraremos um investimento muito importante, patrimônio para os brasileiros, de cultivo à história da aviação brasileira. E vai ser reaberto com um acervo quase que o dobro do que tinha. Estamos investindo tanto em edificação quanto acervo, e teremos uma plataforma de tecnologia pra permitir interatividade. Estamos planejando os últimos detalhes.

Fonte: Laura Naime (G1)

Companhia aérea ‘abandona’ grupo de alagoanos no Rio de Janeiro

Um grupo de mais de 50 alagoanos está sentindo na pele as agruras da aviação comercial no Brasil. O grupo, que deveria ter embarcado no voo 1388, da Gol Linhas Aéreas, passou a madrugada no Aeroporto Tom Jobim, porque a tripulação da aeronave alegou ter excedido as horas de trabalho.

Em contato com a reportagem do Alagoas24horas, uma passageira disse que a madrugada foi de caos, falta de informação e bate-boca entre os passageiros e os funcionários da companhia. Segundo a passageira, eles obtiveram a informação do cancelamento do voo apenas cinco horas após o horário de embarque, e pelo guichê da companhia em Maceió.

Passageiros denunciaram, ainda, a ausência de policiais federais, civis ou de funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para prestar queixa sobre o caso.

O grupo afirma que o voo deveria ter decolado às 21h10 deste domingo, dia 14, com destino a Maceió, mas devido a um temporal o aeroporto foi fechado para pousos e decolagens. Após a pista ser liberada, com os passageiros já dentro do avião, os passageiros foram orientados a desembarcar, uma vez que o comandante alegou o fim do horário de trabalho da tripulação.

Após cinco horas no saguão do aeroporto, os passageiros entraram em conflito com funcionários da Gol, que teriam se recusado a dar informações. Os passageiros permaneceram no check in durante toda a madrugada, sem que a companhia providenciasse o traslado para um hotel, conforme prevê o Estatuto de Defesa do Consumidor.

“Quando finalmente resolveram nos transferir, não havia táxis suficientes para levar os passageiros ao hotel”, afirmou uma passageira.

Ainda segundo o grupo, a companhia afirma que os passageiros só poderão embarcar no voo com saída prevista para as 21h10 de hoje, 15 - exatas 24 horas após o primeiro embarque. Contudo, a esposa de um passageiro teria conseguido comprar uma passagem para o voo da companhia que sai às 11h.

O grupo juntou fotos, vídeos, além de documentos e pretendem ingressar na Justiça contra a companhia por danos morais.

Fonte: Cláudia Galvão (Alagoas 24 horas)

Desmilitarização do controle aéreo não sai do papel

A desmilitarização do controle aéreo — proposta que surgiu em meio à crise que parou aeroportos brasileiros e deixou milhares de passageiros sem voo — está cada vez mais distante. Três anos depois do caos, o governo deixou de lado as promessas feitas durante as negociações. Projeto apresentado aos operadores de voo aponta que o início desse processo só será feito em 2017. Primeiro, nos destacamentos (torres de controle). E, depois, em 2025, nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas). A data não foi escolhida por acaso. A partir daquele ano, o controle aéreo mundial será feito por satélites e o Brasil é signatário do acordo de implantação do sistema Comunicações, Navegação, Vigilância e Tráfego Aéreo (CNS/ATM).

A troca de militares por civis continua sendo a maior reivindicação dos controladores. De acordo com a assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica, até o fim do ano, 4 mil militares estarão em atividade no país. A remuneração prevista é de R$ 3,1 mil e a preparação dura até dois anos. A nota não informa quantos foram contratados depois do apagão aéreo. Além da desmilitarização, o acordo com os profissionais feito pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em 30 de março de 2007, prometia não punir participantes do movimento que suspendeu pousos e decolagens em todo o país naquele dia e levou caos aos aeroportos.

Na semana passada, integrantes da Auditoria Militar da 11ª Região começaram a ouvir os 51 controladores do Cindacta I, em Brasília, denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM). Até agora, apenas três falaram. Os demais permaneceram em silêncio. Na quinta-feira, o sargento Wellington Andrade, na época presidente da Associação Brasileira de Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA), falou durante mais de três horas. “O ministro redigiu o documento quando procurava solucionar o problema, mas nem tudo aconteceu”, disse, destacando a criação de uma gratificação e a desmilitarização.

Na denúncia, a procuradora militar Ione de Souza Cruz diz que o acidente com o avião da Gol 1907, que se chocou contra um jato Legacy, em 2007, foi a brecha que os controladores encontraram para pôr em pauta suas reivindicações. Segundo o relatório do MPM, “apesar da comoção causada pela grande tragédia, 154 vidas e respectivas famílias e amigos inconsoláveis com a irrecuperável perda, os controladores de tráfego aéreo perceberam na colisão a oportunidade para alavancar um movimento classista”. Segunda ela, os militares reverteram normas de hierarquia e promoveram a indisciplina, colocando em risco a vida de brasileiros.

A procuradora afirma que a data da rebelião foi escolhida com antecedência e por motivos pontualmente analisados. “Trata-se de uma sexta-feira em que era comemorado o Dia do Meteorologista, além de haver formatura e um churrasco em homenagem aos especialistas de voo. Coincidentemente, o presidente Lula, o vice e o ministro da Defesa não se encontravam na capital. A ministra da Casa Civil e o procurador-geral militar também não. O comando da Força Aérea acabara de ser trocado e o próprio Cindacta estava mudando de chefia”.

Nada foi premeditado, diz militar

O sargento Wellington Andrade, presidente da Associação Brasileira de Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA), em 2007, tentou derrubar, em depoimento, a acusação de que o movimento foi planejado. “Sabíamos que havia um descontentamento e temíamos reuniões. Mas não tinha noção do que exatamente estava sendo discutido naquele dia”, disse. Em compensação, ele garante que o comando da Aeronáutica já sabia desde cedo o que aconteceria. “Houve conivência do próprio comando, que sabia, a partir das 7h da manhã, que aconteceria algo. Poderia ter evitado. O comando da Aeronáutica já sabia e nada fez para impedir”.

Apesar das negativas dos controladores, o Ministério Público Militar usou gravações feitas no dia do motim para defender a tese de que tudo foi planejado. Em uma das gravações telefônicas obtidas pela Justiça, o controlador Cristiano Cavalcanti Lopes diz em 30 de março de 2007: “Até que se prove o contrário, ganhamos a primeira batalha”. Em seguida, ele garante ao interlocutor que Paulo Bernardo tinha se comprometido a revogar as punições de seis meses atrás e daquele dia, se ocorressem.

As escutas revelam também como o movimento foi ganhando corpo ao longo do dia e como a situação ficou fora de controle. Em outra ligação, o controlador Alberto diz para Edivaldo, apontado pelo MPM como um dos líderes do movimento: “Seguinte, tô de supervisor na região. A gente tá suspendendo todas as decolagens aqui na região do centro de Brasília”. A partir daí começaram os intervalos de 30 minutos entre os pousos e decolagens. Às 18h44 daquele dia, os controladores decidiram paralisar todas as operações aéreas, inclusive o monitoramento do avião presidencial.

Fonte: Alana Rizzo (Estado de Minas) via Portal UAI - Arte: Folha Online

TAM terá voo extra para Orlando na alta temporada

A TAM Linhas Aéreas programou um voo extra de ida e volta entre São Paulo e Orlando, nos Estados Unidos, para atender à demanda da alta temporada, no período de 29 de junho a 6 de agosto. A companhia é a única aérea a voar sem escalas e diariamente do Brasil para o destino norte-americano.

O voo será operado por uma moderna aeronave Airbus A330 configurada para 223 passageiros, 4 na Primeira Classe, 36 na Executiva e 183 na Econômica. Diariamente, o JJ 9354 partirá às 14h30 do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, e chegará a Orlando às 22h10 (hora local). No sentido inverso, o JJ 9355 decolará de Orlando às 1h45 (hora local) e pousará em Guarulhos às 11h35.

Fonte: Jornal da Mídia

Anac prevê que setor aéreo terá crescimento de 10%, no mínimo

O mercado aéreo deve crescer "na casa de 10% para mais" este ano em número de passagens, previu a diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira. Ela analisa também a forte demanda, que tem deixado abarrotados os maiores aeroportos do País, e que a Infraero, empresa responsável pela administração dos aeroportos brasileiros, começará a construir ainda este ano terminais provisórios no aeroporto de Guarulhos, para suprir o crescimento da demanda, até que obras de expansão fiquem prontas.

Em fevereiro, o crescimento do setor foi de quase 43% em relação a fevereiro de 2009. No entanto, de acordo com Solange Vieira, o aumento do movimento de passageiros este ano deve ser como o do ano passado, em que a alta foi de 17%. No ano passado, porém, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,2% e para este ano as expectativas para o PIB são de crescimento entre 5% e 6%.

A executiva citou os preços das passagens para explicar o motivo de a Anac não esperar expansão maior do número de passagens aéreas em 2010 devido ao aumento do PIB. "Tem uma variável que a gente não controla que é o preço", disse. A diretora presidente da Anac também disse que a Agência está fazendo estudos em aeroportos com maior volume de passageiros para "agir preventivamente" e verificar "quais estão próximos do limite".

Aeroportos

O presidente da estatal, Murilo Marques Barboza, informou que três módulos provisórios serão instalados no aeroporto paulista de Guarulhos, para atender a forte demanda do setor, podendo receber até 3 milhões de pessoas.

"A licitação está na rua. A construção de cada módulo leva cerca de dez meses. Teremos um primeiro módulo pronto ano que vem", disse, após participar de cerimônia relativa à assinatura de protocolo de intenções para a instalação de unidades judiciárias nos aeroportos das 12 cidades sede da Copa de 2014.

Mais dois terminais estão previstos no aeroporto de Brasília (DF), e um ou dois no aeroporto Tom Jobim, no Rio. Barboza não detalhou os investimentos nessas construções provisórias, mas destacou que estão programados investimentos de R$ 8 bilhões nos aeroportos brasileiros até 2014, sendo R$ 6 bilhões somente nas 12 cidades que abrigarão jogos da Copa do Mundo que será realizada no Brasil. Os módulos poderão ser transferidos para outros aeroportos. A medida da Infraero visa se antecipar ao aumento da demanda previsto para os próximos anos, especialmente em função da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 no País.

Fonte: DCI

A companhia aérea mais admirada nos EUA

Revista Fortune volta a premiar Continental

Pelo nono ano consecutivo, a revista Fortune elegeu a Continental como a companhia aérea mais admirada nos Estados Unidos.

Num “ranking” baseado em inquéritos a executivos e diretores e analistas da indústria aérea, a Continental voltou a distinguir-se, este ano entre 14 companhias aéreas globais.

As companhias são avaliadas de acordo com critérios de inovação, gestão de pessoas, uso dos atributos corporativos, responsabilidade social, qualidade da gestão, estabilidade financeira, investimentos a longo prazo, qualidade dos serviços e produtos e competitividade global.

No item “gestão de pessoas” a Continental foi a mais bem classificada, além de na geral. “A cultura de trabalho conjunto da Continental ajuda-nos a dar um serviço líder na indústria e um excelente produto”, afirma Jeff Smisek, presidente e CEO da Continental. “Estou orgulhoso e honrado por ver reconhecido o árduo trabalho dos meus colegas”.

Fonte: Turisver

domingo, 14 de março de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 737-3Y0, prefixo LN-KKR, da Norwegian Air Shuttle, no Aeroporto Oslo-Gardermoen (OSL/ENGM), na Noruega, em 26 de dezembro de 2004, sob o sol da manhã que brilha iluminando a fuselagem coberta por uma fina camada de gelo.


Foto: Jorgen Syversen - AirTeamImages (Airliners.net)

Popular Mechanics investiga como sobreviver a um acidente aéreo

Neste relatório especial, o site Popular Mechanics apresenta uma análise baseada em 36 anos de relatórios e gráficos de assentos do NTSB. A melhor maneira de sobreviver à uma catástrofe no céu? Correr para a parte de trás do avião.

Uma grande parte da fuselagem deste Boeing 737 explodiu durante um acidente em 1988 no voo 243 da Aloha

Sentar-se na parte de trás pode fazer diferença?

"É um lugar tão seguro quanto qualquer outro."
-Site da Boeing

"É uma velha questão. Não há como confirmar."
-Porta-voz da Federal Aviation Administration

"Não há um lugar mais seguro."
-Airsafe.com

Realidade: É mais seguro na parte de trás.

A coisa engraçada sobre todos os pareceres dos peritos: elas não são realmente baseadas em dados concretos sobre os acidentes de avião. Um olhar sobre as estatísticas dos acidentes aéreos no mundo, no entanto, sugere que quanto mais você se sentar para trás, melhor serão suas chances de sobrevivência. Passageiros perto da cauda de um avião têm cerca de 40 por cento mais probabilidades de sobreviver a um acidente do que os dos primeiros assentos na frente.

Essa é a conclusão de um estudo exclusivo da Popular Mechanics, que examinou cada acidente na aviação comercial nos Estados Unidos, entre 1971 e 2007, que teve mais de dois mortos e com sobreviventes. Os dados brutos a partir desses acidentes estavam definhando há décadas nos arquivos do National Transportation Safety Board esperando para serem analisado por qualquer pessoa curiosa o suficiente para olhar e disposta a fazer o trabalho estatístico.

E foi trabalhoso. Durante várias semanas, nos debruçamos sobre os relatórios de acidentes apresentados pelos investigadores do NTSB. Foram estudados os gráficos dos assentos que mostravam onde cada passageiro estava sentado e quais saíram do acidente vivos ou mortos. Calculamos em primeiro lugar a média dos assento de popa nos casos de sobreviventes e óbitos em cada acidente.

Nós também comparamos as taxas de sobrevivência em quatro seções da aeronave. Ambas as abordagens analíticas claramente apontaram para a mesma conclusão: é mais seguro nos fundos.

Em 11 dos 20 acidentes analisados, os passageiros da parte traseira claramente se saíram melhor. Apenas cinco acidentes favoreceram aqueles que se sentaram na frente. Três foram descartados por não haver um padrão específico de sobrevivência. Em um caso, as posições nos assentos não puderam ser determinadas.

Em sete dos 11 acidentes favorecendo assentos traseiros, sua vantagem foi impressionante. Por exemplo, tanto no acidente em 1982 com a Air Flórida, em Washington, DC, quanto no acidente de 1972 com um Boeing 727 da Eastern no Aeroporto JFK, em Nova York, o punhado de sobreviventes estavam todos sentados nas últimas fileiras últimos. E quando um DC-8 da United ficou sem combustível perto de Portland, no Oregon, em 1978, todos os sete passageiros que morreram estavam sentados nas primeiras quatro fileiras.

Curiosamente, os cinco acidentes que favoreceram a posição da frente na cabine de passageiros, ocorreram entre 1988 e 1992. Em 1989, no acidente com um DC-10 da United, em Sioux City, Iowa, por exemplo, a maioria dos 175 sobreviventes estavam sentados à frente da posição da asa.

Houve apenas um acidente em que os passageiros da frente tiveram uma pronunciada vantagem na sobrevivência. As únicas duas mortes em um acidente em 1989 com um avião da USAir, na pista do Aeroporto La Guardia, estavam ambos sentados na fileira 21 das 25 fileiras do Boeing 737-400.

Onde haviam gráficos detalhando a disponibilidade dos assentos, calculamos também as taxas de sobrevivência nas várias partes da cabine de passageiros. Novamente, a tendência foi clara: a parte traseira da cabine (cadeiras localizadas atrás da borda posterior da asa) tiveram a maior taxa de sobrevivência, em média, 69 por cento. A seção das asas, tinha uma taxa de sobrevivência de 56 por cento, assim como a seção da classe econômica à frente da asa. A primeiro classe e a classe executiva (ou em todos os aviões com classe econômica, os 15 por cento da frente) tinha uma taxa de sobrevivência média de apenas 49 por cento.

Assim, quando os "especialistas" disserem que não importa onde você se senta, dê uma risada e vá para a parte traseira do avião.

Taxas de sobrevivência

Porcentagem de sobrevivência de várias partes da cabine de passageiros, com base em uma análise de todas os acidentes na aviação comercial nos Estados Unidos entre 1971 e 2007, onde haviam gráficos detalhados sobre os assentos

Fonte: popularmechanics.com - Tradução/Edição: Jorge Tadeu da Silva - Foto: AP/Wide World Photos - Gráfico: Gil Ahn (Cortesia do site seatguru.com)

O fim do mundo vem do espaço

Meteoritos, buracos negros ou supernovas podem ditar a extinção da humanidade

Se olhar para o céu à noite, o espaço infinito é salpicado por pequenos pontos de luz. Um refúgio de paz nas alturas. Mas esta imagem serena é uma grande ilusão. A Terra está imersa num ambiente hostil, à mercê das grandes forças cósmicas. À volta do nosso plante explodem estrelas colidem galáxias inteiras e os buracos negros devoram tudo pela frente.

Asteróide Apophis poderá colidir com a Terra

O livro “Death from skyes – These are the ways the worls will end” (A morte vem dos céus – Estes são os modos do mundo acabar) , da Robinbook Editorial, explica que a destruição da Terra é uma questão de tempo. O volume apresenta uma dúzia de cenas assustadoras e relata numa linguagem rigorosa e informativa como estas se podem tornar reais, como afetariam a vida na Terra e se podemos fazer algo para evitá-las.

O autor é o astrônomo Philip Plait, que trabalhou sete anos na NASA e outros tantos como professor. É também o criador do reconhecido blog Bad Astronomy, cujo objetivo principal é refutar questões como a astrologia, o criacionismo ou a conspiração lunar.

Meteoritos

O impacto de um meteorito de grandes dimensões sobre a Terra há 65 milhões de anos acabou com o que eram os reis e senhores do planeta − os dinossauros. A história pode repetir-se e nessa ocasião extinguir-se-ia a raça humana.

Tal como sentencia o livro, “a Terra está situada numa galeria de tiro cósmica e o Universo tem-nos como alvo”. O golpe de um destes projéteis não só afetaria a zona em que caísse. Nesse ponto nasceria uma gigantesca onda sonora que daria várias voltas ao planeta, varrendo tudo o que encontrasse.

O asteróide Apophis, de 250 metros de diâmetro, é uma das rochas extraterrestres com mais probabilidades de acertar na Terra.

Data de impacto: 13 de Abril de 2029.

Como evitar: lançar uma bomba a uns cem metros de distância do asteróide, para desviar a sua trajetória.

Buracos Negros

Nascem da morte de uma estrela, concentram muitíssima massa, um volume muito pequeno e a sua força de atração gravitacional é gigantesca. São, definitivamente, poços sem fundo que devoram tudo aquilo que encontram.

Estima-se que na Via Láctea há dez milhões de buracos negros. Se um se aproximar da Terra o suficiente para haver danos, o primeiro efeito que notaríamos seriam as alterações do efeito gravitacional.

Inicialmente, as sensações seriam subtis, mas acabariam de um modo brutal, causando inundações e tsunamis.

Buracos negros podem vir a engolir o planeta

Em um dado momento, a gravidade do buraco e da Terra estariam similares e começaríamos a flutuar.

Poderia ser uma lufada de ar fresco no meio de tanto caos, mas talvez o medo não nos deixasse desfrutar desta experiência rara. Uma hora depois, a gravidade do buraco negro seria superior à do nosso planeta para crescer e engoli-lo. Isso seria o fim da humanidade e do planeta Terra.

Supernovas

O nascimento de uma supernova só pode ser motivo de emoção e alegria entre os astrônomos. Enquanto observam o seu brilho especialmente intenso no céu noturno, sacam dos seus preciosos telescópios para ver a recém-chegada. Mas se este evento cósmico acontecer demasiado perto da Terra (a menos de 25 anos-luz), a alegria deve converter-se em preocupação.

A explosão dispara uma grande quantidade de raios gama. Se alcançarem a atmosfera da Terra, isto destruiria em metade os níveis de ozônio. Antes disto, ainda atravessariam a Estação Espacial Internacional e matariam os astronautas a bordo. Com a chegada do dia, começaria a pior parte: os raios ultravioletas atravessariam a atmosfera sem que nada os travasse. A luz queimava-nos − a nossa pele não está preparada para suportar estes raios.

Mas este seria o menor dos problemas num planeta onde a base da cadeia alimentar, o fitoplâncton, está morta. Começa assim uma extinção massiva. A estrela mais próxima da Terra com possibilidades de se converter numa supernova é a Betelgeuse, uma supergigante vermelha em Orion, a 430 anos-luz. Não se sabe exatamente quando explodirá, mas acontecerá.

A extinção do Sol

O Sol vai morrer, mas não sozinho. Levará a Terra consigo. A estrela aumenta pouco a pouco de tamanho. Um dia será tão grande que o seu brilho será insuportável, o calor na Terra sufocante e tão extremo que a atmosfera se perderá nos cosmos. Assim será até ao planeta estar tão quente que literalmente derreta.

Falta muito tempo para isto suceder − seis mil milhões de anos.

Até então e entretanto, o astro rei pode dar guerra lançando chamas solares. Estas libertam milhões de partículas subatômicas. Sucedem com frequência e podem causar danos nos satélites artificiais que orbitam o nosso planeta.

O sol pode aquecer tanto ao ponto de derreter com o planeta

Estas labaredas podem ser muito mais violentas, ao ponto de terem consequências catastróficas. Poderiam provocar o caos eletromagnético e destruir os satélites por excesso de calor. Em terra, os cabos de transmissão sofreriam uma sobrecarga repentina de corrente elétrica, quebravam e cairiam que nem chicotes. Os transformadores explodiam. Centenas de milhares de pessoas ficariam sem luz, e numa sociedade onde o bem-estar depende desta energia, muitos morreriam de frio.

Ataque alienígena

A probabilidade que isto suceda é desconhecida porque ainda não se conhece o número de civilizações avançadas que podem existir numa galáxia nem as probabilidades de serem hostis. E muito menos se sabe, mesmo que existam e sejam hostis, se desloquem à Terra para nos aniquilar.

Apesar disto, a probabilidade existe. Plaint imagina alienígenas com uma grande destreza de construção tecnológica em busca de matérias-primas ou um ataque em forma de bactérias ou vírus, mas há que esperar que os avanços da astrobiologia tragam respostas a este assunto, porque ainda não está claro que seriam capazes de sobreviver a uma viagem espacial ou atravessar a nossa atmosfera.

Fonte: Ciência Hoje (Portugal)

Mais de 22 mil itens aguardam seus donos nos aeroportos do sul da Flórida

Setor de Achados & Perdidos nos aeroportos do sul da Flórida estão abarrotados de produtos curiosos

Aparelho de televisão, bíblias, carrinhos de bebê, anel de diamantes e até um refrigerador. Não, não se trata de um bazar ou garage sale: estes são alguns dos mais de 22 mil itens que aguardam seus donos na seção de Achados & Perdidos dos três principais aeroportos do sul da Flórida – Miami, Ft. Lauderdale e Palm Beach. O valor de todas estas mercadorias está em torno de 250 mil dólares, pelos cálculos dos diretores de operação nos três pontos.

“Essa é a prova de quanto estamos ocupados e distraídos nos dias de hoje. Como alguém pode simplesmente esquecer alguns destas mercadorias no avião ou na esteira das malas?”, indaga Brad Hawkins, da Southwest Airlines, companhia que coleta cerca de 12 mil itens abandonados nos voos. O procedimento da empresa é guardar os produtos por 90 dias em seus galpões, mas depois costuma doá-los para instituições de caridade.

Nos aeroportos de Fort Lauderdale e Miami, os bens encontrados nos banheiros, corredores e áreas comuns são levados à leilão e o dinheiro é dado aos condados ou mesmo distribuído entre os estabelecimentos que têm ponto no local.

Mas nem só os itens curiosos são abandonados nos aeroportos: o número de laptops, casacos, óculos, medicamentos e celulares deixados para trás é surpreendente. “Muitas vezes as pessoas preferem largar seus pertences apenas para não pagar excesso de bagagem ou passar pela área de segurança”, acredita Estelle Mastrogiovanni, que trabalha na seção de Achados & Perdidos em Palm Beach.

Fonte: acheiusa.com

Artigo: Clima ruim para os aviões franceses

Como nos bons velhos tempos, antes de Obama, a Europa blasfema os Estados Unidos. Principalmente a França e Alemanha, ou seja, os dois países que criaram a EADS, sociedade que fabrica os aviões Airbus.

E qual é a briga? Os europeus estavam em concorrência com a Boeing para fornecer aviões-tanque para o Exército americano. Um negócio gigantesco: 179 aviões-tanque por US$ 35 bilhões, e essa seria apenas a primeira fatia de um mercado ainda mais vasto, 500 aviões-tanque no valor de US$ 100 bilhões. Trata-se de um negócio que se arrasta há 10 anos. Num primeiro momento, em 2003, o Exército americano preferiu a Boeing. O negócio foi anulado. Cinco anos depois, foi a EADS que venceu a concorrência, em detrimento de uma tradição que reserva o fornecimento de material para o Exército americano às empresas americanas. Uma nova anulação e uma nova licitação. E, novamente, a Boeing ganhou o contrato.

Como a Boeing conseguiu? Para obter esse contrato mirabolante, os europeus se aliaram a uma firma americana, a Northrop Grumman. Mas o edital de concorrência do Exército dos Estados Unidos foi concebido de tal maneira que se adaptou exatamente à oferta da Boeing, e de modo nenhum à proposta da EADS-Northrop. A Northrop, então, desistiu. Por isso, os europeus, perdendo seu aliado americano, abandonaram a disputa. E a Boeing ficou sozinha na concorrência.

A Europa está em cólera. O ministro da Economia alemão, Rainer Brüderle, vociferou: "Nesta atual crise, os menores sinais de protecionismo são perniciosos. Mesmo no campo da defesa, a livre concorrência não deve ser travada." Em Paris, o Quai dOrsay anunciou que "a França, a Comissão Europeia e os parceiros comerciais envolvidos, vão realizar um exame desses novos acontecimentos".

Os jornais foram ainda mais duros. O Le Figaro implicou Obama no caso: "Os democratas que controlam o Congresso passaram essa mensagem, que era preciso deixar o campo livre para a Boeing, que tem necessidade desse contrato para permanecer no campo da aeronáutica militar; a Boeing, cuja sede é em Chicago, feudo de Obama. A Northrop recebeu garantias de que pode conseguir outros contratos. Além disso, ela não podia criar inimizade com seu principal cliente, o Pentágono."

Para a EADS e a Airbus, o revés foi grande, tanto mais que a EADS vem registrando péssimos resultados. Em 2009, a empresa perdeu 763 milhões por causa de problemas com o projeto do Airbus A400M e os efeitos do câmbio euro-dólar, que custaram 1 bilhão à empresa. Aliás, sobre isso, o presidente da EADS, Louis Gallois, disse: "Certo, o euro barateou. Está valendo US$ 1,35. Mas mesmo a esse preço, ele continua muito forte. Não é porque caiu de US$ 1,50 para US$ 1,35 que o problema foi resolvido."

Um outro avião também preocupa os franceses. Não é um Airbus, mas um Dassault, e é precisamente esse Rafale que se espera seja comprado pelo Brasil. Nesse caso também, a França culpa pelo atraso na venda do Rafale os Estados Unidos que, com a oferta do porta-aviões nuclear Carl Wilson e o apoio de Hillary Clinton, tentam fazer vender seus F/A 18. Seria, digamos, uma perspectiva atroz para os americanos ver a França penetrar no mercado aeronáutico brasileiro graças ao Rafale e se propagar, por meio do Brasil, para toda a América do Sul.

Caro Rafale! Há tanto tempo ele está terminado. Crescemos juntos, o Rafale e nós. Foi nos "bons velhos tempos". E há muito tempo tentamos vendê-lo para o mundo inteiro, sem sucesso. E há muito tempo, desde quase a escola primária, foi nos ensinado que ele é o melhor avião do mundo. E nós o apreciamos muito, esse Rafale que jamais alguém quis.

São uns invejosos, uns rancorosos, eis o que são, esses países que não gostam do nosso Rafale.

Hoje, ele é um velho conhecido nosso. Crescemos juntos. É um amigo com quem vivemos algumas aventuras, na época da nossa juventude louca e gostaríamos muito que, antes de morrer, ele tivesse um pequeno prazer, que finalmente conhecesse a gloria planetária que merece, que conseguisse voar pilotado por outros soldados que não os recrutas franceses. É por isso que nós adoramos Lula quando ele disse a Sarkozy que o negócio estava "no bolso".

Além disso, despachamos esses horríveis americanos. E todos esses financistas e contadores, com suas calculadoras, mas tentamos acalmá-los fazendo um desconto de 20%. Mas, agora, um novo "desastre". O rei da Suécia vai passar as férias no Brasil, de 22 a 28 de março, com sua mulher, a rainha Silvia. O que nos faz lembrar, bruscamente e com angústia, que o Rafale não é somente o concorrente do americano F/A 18, mas também de um sueco, o Gripen. Além disso, soubemos que a rainha Silvia é brasileira. Vocês não devem se surpreender, diante disso, porque nós, amigos de infância do Rafale, estamos com o coração um tanto oprimido.

Fonte: Agência Estado via iG

Aeroportos têm tráfego intenso para plataformas

Em Macaé, aeroporto registra 1,5 mil voos, com 25 mil passageiros, por mês Transporte. Helicópteros na pista do aeroporto de Macaé

A cada cinco minutos, os alto-falantes do aeroporto anunciam o próximo voo. Os destinos, porém, não são cidades, mas códigos alfanuméricos, como P-48 ou SS-73. O ritmo do embarque é rápido, mas insuficiente para desafogar o saguão, lotado já nas primeiras horas da manhã por centenas de homens de várias nacionalidades. Conta-se nos dedos o número de mulheres no local.

A cena repete-se todos os dias no saguão reservado à Petrobrás no Aeroporto de Macaé, principal ponto de partida para as sondas e plataformas petrolíferas da Bacia de Campos. São seis guichês de companhias de táxi aéreo que movimentaram, em janeiro, 25.525 passageiros em 1.557 voos - números que contribuem para colocar Macaé, no Rio de Janeiro, à frente de aeroportos de algumas capitais, como Boa Vista e Palmas.

O crescimento das atividades na região e a descoberta do pré-sal levou a Petrobrás a promover mudanças em seu sistema de transporte aéreo. Primeiro, está realocando voos para desafogar Macaé e reduzir risco de acidentes. O Aeroporto de Cabo Frio, por exemplo, vai receber pousos e decolagens para plataformas localizadas mais ao sul da Bacia de Campos. Outras rotas serão deslocadas para a base de Cabo de São Tomé, mais ao norte.

A outra alteração diz respeito à frota de helicópteros, que precisará de aeronaves de grande porte. Seis já chegaram ao Brasil e outras seis são esperadas este ano. "Com o pré-sal, a Petrobrás passou a pedir helicópteros que transportem mais passageiros e tenham mais autonomia", conta o presidente da Líder Táxi Aéreo, Eduardo Vaz.

A empresa encomendou três modelos S-92, fabricado pela americana Sikorsky, que pode transportar até 22 pessoas. Sua frota dedicada ao segmento quase dobrou em cinco anos. No ano passado, a gigante americana Bristow comprou 42,5% do capital da Sikorsky, numa operação que envolveu US$ 180 milhões.

Fonte: Nicola Pamplona (O Estado de S.Paulo) - Foto: Divulgação

Diretores da Saab integram a comitiva sueca que desembarca no país dentro de uma semana

A Suécia se define como um país pacífico. Não participou em nenhuma das duas guerras mundiais do século 20: manteve-se neutra. Nunca se envolveu em confrontos internacionais. No entanto, uma das forças de sua economia é a indústria militar. O país não entra em guerras, mas vende para os outros equipamentos de defesa e ataque. A justificativa é que, para manter a neutralidade, foi preciso investir muito no setor, de modo a não ficar vulnerável. Em outras palavras: proteger-se para não ser atacado. Não toma partido, mas garante lucros no mercado de material bélico.

É o caso, por exemplo, do projeto Gripen NG, da empresa sueca Saab, que concorre na licitação aberta pelo governo brasileiro para a compra de 36 aviões de caça.

Para ganhar a licitação, que envolve bilhões de reais, a Suécia vai insistir no argumento de que, para ser uma potência respeitada, o Brasil precisa ter domínio sobre a tecnologia militar. E isso será assegurado com o desenvolvimento em parceria do Gripen NG. Os suecos prometem partilhar todo o conhecimento que já têm com o Brasil. Acenam até com autonomia, no futuro, para que o nosso país produza e exporte o avião para outros países. Os escandinavos insinuam que, com os franceses e os americanos, concorrentes na licitação da Força Aérea Brasileira (FAB), o Brasil não terá tanta facilidade para absorver tecnologia.

Enfim, é com a esperança de convencer o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que a direção da Saab desembarca mais uma vez no Brasil, na próxima semana. Dessa vez, integrando uma grande comitiva de 35 empresários suecos que acompanhará o rei Carl Gustaf e a rainha Silvia na visita oficial ao Brasil, entre 23 e 26 de março.

Expectativa

A Suécia está preocupada com a preferência declarada de Lula pelo avião francês, o Rafale. Há grande expectativa pelo resultado da licitação, que ainda não tem data certa para ser divulgado. O anúncio é esperado para abril, já que todas as etapas foram cumpridas. Os suecos pretendem insistir, como ponto a favor, na proposta de financiamento integral do projeto. O Rafale tem componentes produzidos pela Saab e também pelos americanos.

Apostando alto no projeto em parceria com o Brasil, o Ministério da Defesa sueco demonstra incômodo com a possibilidade de a Saab perder para os franceses. E sinaliza que a frustração poderá se converter em falta de interesse por novos projetos com o país. Especula-se sobre a intenção da Saab de comprar ações da Embraer, para fortalecer ainda mais a parceria entre a indústria aeronáutica dos dois países.

Olho para os investimentos

Outra preocupação dos suecos é com o preço e o fornecimento do etanol brasileiro. A Suécia é a maior consumidora do biocombustíveis na Europa e vem importando menos do Brasil, por causa principalmente das oscilações da produção e, consequentemente, do preço. As montadoras de veículos Volvo e a Scania têm interesse direto no assunto, porque investem na produção de ônibus movidos a etanol. Depois do Brasil e da Letônia, a Suécia é o país que mais usa o álcool combustível no mundo.

A agenda dos empresários que acompanham o casal real prevê também uma visita à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde examinarão as dificuldades para a liberação de novos produtos suecos no mercado brasileiro.

O fato de ter se mantido neutra nas guerras mundiais ajudou a Suécia a conseguir uma das maiores taxas de crescimento econômico do mundo entre 1870 e 1970. No século 19, o país escandinavo já esteve entre os mais pobres da Europa. Depois de 100 anos, atingiu o maior PIB per capita do mundo. Antes uma economia fundamentalmente agrícola, tornou-se referência em indústria de ponta e desenvolvimento de tecnologias.

Hoje, a Suécia tem centenas de multinacionais espalhadas pelo mundo, muitas delas atuando no Brasil, como a Ericsson, no setor de telecomunicações. O interesse das empresas suecas pelo Brasil aumentou ainda mais depois que o país foi escolhido para sede da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O crescimento nos últimos anos e o impacto relativamente ligeiro da crise econômica internacional, em 2008 e 2009, são fatores que reforçam o potencial brasileiro.

Fonte: Samanta Sallum (Correio Braziliense)