segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Aconteceu em 4 de outubro de 1960: Eastern Air Lines 375 - Ataque de pássaros na tragédia com o Electra


O voo Eastern Air Lines 375 era uma linha aérea da empresa homônima e ligava os aeroportos de Logan, em Boston a Atlanta, na Geórgia, com escalas em Filadélfia e Charlotte.

Um  Lockheed L-188 Electra II da Eastern Air Lines, similar ao avião acidentado
Na terça-feira, 4 de outubro de 1960, o Lockheed L-188 Electra, prefixo N5533, realizava essa linha aérea levando a bordo 67 passageiros e cinco tripulantes.

Após realizar o voo 444 entre Nova Iorque e Boston, o N5533 foi preparado nos hangares do aeroporto Logan para a realização do voo 375 entre Boston e Atlanta, com escalas previstas em Filadélfia e Charlotte.

Após os 67 passageiros serem embarcados, os 5 tripulantes assumiram seus postos e iniciaram o voo 375 da Eastern Air Lines.

O Lockheed Electra correu os 2.134 metros da pista 09 do aeroporto Logan, decolando às 5h39 min, rumo a Filadélfia. 

Cerca de seis segundo após a decolagem, o Electra cruzou com um bando de estorninhos, de forma que alguns se chocaram com a aeronave. Subitamente, os motores 1, 2 e 4 do Electra entraram em pane. 

A tripulação tentou retornar ao aeroporto Logan, porém o único motor em funcionamento não conseguiu manter o Electra no ar, de forma que o mesmo mergulhou nas águas da Baía de Boston. 

Com o forte impacto, a fuselagem se dividiu em duas partes. 

Oito passageiros e dois comissários de bordo na seção traseira foram atirados para fora de seus assentos e rapidamente recolhidos por barcos que já estavam na baía. 

A seção dianteira afundou até o fundo da baía, levando a maioria dos passageiros e a tripulação de voo com ela. 

Um comandante da reserva da Marinha que chegou ao local do acidente logo depois, afirmou que muitos passageiros ficaram presos em seus assentos e não conseguiram sair antes de afundar na baía. Toda a sequência de acidentes, desde o início da decolagem até o impacto na água, levou menos de um minuto.

A cauda da aeronave flutuou por algum tempo e permitiu o resgate de 10 ocupantes por barcos de resgate enquanto que o resto do Electra afundou matando 62 ocupantes da aeronave, sendo vítimas 59 passageiros e três tripulantes.

As investigações, conduzidas pelo Civil Aeronautics Board, foram facilitadas pelo recolhimento de grande parte dos destroços. 

Durante a análise dos motores, foram descobertos restos de pássaros no interior dos mesmos. Assim, foi determinado que após a decolagem do aeroporto Logan, o Electra colidiu com um bando de estorninhos (cujos restos foram identificados por peritos em ornitologia do Museu Nacional de História Natural). 

Dezenas de aves foram sugadas pelos motores 1,2 e 4 que sobrecarregados, entraram em pane. Com apenas o motor nº 3 em funcionamento, o Electra mergulhou sem controle nas águas da Baía de Boston. O forte impacto com as águas separou a fuselagem em duas partes, de forma que os sobreviventes da queda estavam concentrados na cauda da aeronave.

O acidente com o voo Eastern 375 foi um divisor de águas na história da aviação comercial dos Estados Unidos. Pela primeira vez, o risco aviário foi estudado com atenção pela FAA, de forma a minimizar novas ocorrências.

O acidente também contribuiu para prejudicar ainda mais a imagem do Electra. Alguns meses depois, a Lockheed encerrou a linha de produção da aeronave.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, Time, baaa-acro)

Hoje na História: 4 de outubro de 1958 - Lançado o primeiro serviço transatlântico regular de passageiros com aeronaves a jato

Este é o primeiro BOAC DH.106 Comet 4, G-APDA. Fez seu primeiro vôo em 27 de abril de 1958 (Foto: BOAC)
Em 4 de outubro de 1958 teve início o primeiro serviço transatlântico regular de passageiros com aeronaves a jato começou quando dois aviões comerciais British Overseas Airways Corporation (BOAC) de Havilland DH.106 Comet 4, registros civis G-APDB e G-APDC, saíram quase simultaneamente de London Heathrow Airport (LHR) para Idlewild Airport (IDL), Nova York, e de Nova York para Londres.

O voo oeste-leste (G-APDB) comandado pelo Capitão Thomas Butler (Tom) Stoney, DFC, partiu de Nova York às 7:01, hora local, com Basil Smallpiece e Aubrey Burke, diretores administrativos da BOAC e de Havilland, respectivamente, a bordo. Beneficiando-se de ventos mais favoráveis, o voo para o leste levou apenas 6 horas e 12 minutos, com média de 565 milhas por hora (909 quilômetros por hora).

Os passageiros embarcam no Comet 4 DH.106 da BOAC, G-APDC, no Aeroporto Heathrow
de Londres, 4 de outubro de 1958.(Foto: Telegraph.co.uk)
O avião leste-oeste, G-APDC, partiu de Heathrow às 8h45, horário de Londres, sob o comando do Capitão RE Millichap, com Sir Gerard d'Erlanger, presidente da BOAC, e 31 passageiros a bordo. O voo para o oeste levou 10 horas e 20 minutos, incluindo uma parada de combustível de 1 hora e 10 minutos no Aeroporto Gander (YQX), Newfoundland.

Esses dois aviões comerciais foram entregues à BOAC em 30 de setembro de 1958. Ambos foram configurados para transportar 48 passageiros.

Os dois primeiros aviões de passageiros do Havilland DH.106 Comet 4 são entregues à
BOAC em Heathrow, 30 de setembro de 1958 (Foto: Daily Mail Online)
O DH.106 Comet 4 foi operado por uma tripulação de voo de quatro: piloto, co-piloto, engenheiro de voo e navegador / operador de rádio. Ele pode transportar até 81 passageiros. O avião tinha 33,985 metros de comprimento e uma envergadura de 115 pés (35,052 metros) e 29 pés e 6 polegadas (8,992 metros) até o topo da barbatana vertical. Peso máximo de decolagem de 156.000 libras (70.760 kg).

A energia foi fornecida por quatro motores turbojato Rolls-Royce Avon 524 (RA.29), avaliados em 10.500 libras de empuxo (46,71 kilonewtons) a 8.000 rpm, cada. O RA.29 foi o primeiro motor turbojato comercial da Rolls-Royce. 

Era um motor a jato de fluxo axial de carretel único com compressor de 16 estágios e turbina de 3 estágios. A variante do Mk.524 tinha 10 pés, 4,8 polegadas (3.170 metros) de comprimento, 3 pés, 5,5 polegadas (1.054 metros) de diâmetro e pesava 3.226 libras (1.463 quilogramas).

O Cometa 4 tinha uma velocidade máxima de 520 milhas por hora (837 quilômetros por hora), um alcance de 3.225 milhas (5.190 quilômetros) e um teto de 45.000 pés (13.716 metros).

O Comet 4 G-APDB (“Delta Bravo”) De Havilland DH-106 fez seu voo final em 12 de fevereiro de 1974, tendo voado 36.269 horas, com 15.733 pousos. Faz parte da coleção British Air Liner da Duxford Aviation Society na RAF Duxford, Cambridgeshire, Inglaterra.

O G-APDC não se saiu tão bem. Foi desfeito em abril de 1975.

De Havilland DH.106 Comet 4 G-APDC, Aeroporto de Christchurch, Nova Zelândia (Foto: VC Brown via AussieAirliners)

Capitão TB Stoney


O capitão Stoney (foto ao lado) serviu na Royal Air Force Volunteer Reserve durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1942, como Piloto Oficial designado para o Esquadrão nº 58, Comando de Bombardeiro, foi condecorado com a Cruz Distinta de Voo e promovido a Oficial de Voo. 

Dez anos depois, o capitão Stoney estava no comando do Canadair DC-4M-4 Argonaut da BOAC, Atalanta , G-ALHK, quando trouxe a Rainha Elizabeth II do Quênia para ascender ao trono.¹ O capitão RE Millichap também era membro do equipe de bordo. 

Mais tarde naquele ano, Stoney levou a nova Rainha de volta à África a bordo de um DH.106 Comet 1. TB Stoney foi nomeado Oficial da Ordem Mais Excelente do Império Britânico em 1960.

Fonte: thisdayinaviation.com

Hoje na História: 4 de outubro de 1957 - Lançado o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial do mundo

Sputnik foi o nome do programa, desenvolvido pelos soviéticos, responsável por enviar o primeiro satélite artificial, nomeado Sputnik 1, para a órbita terrestre em 1957. Esse acontecimento foi resultado de anos de estudos realizados por cientistas do país e um marco histórico, porque é considerado o evento que iniciou a corrida espacial.

Contexto

O lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial produzido pelo programa soviético, aconteceu em 4 de outubro de 1957 e deu início à corrida espacial. Esse acontecimento foi um dos capítulos que marcou a Guerra Fria, a disputa político-ideológica travada por norte-americanos e soviéticos a partir de 1947.

Durante essa guerra, norte-americanos e soviéticos disputaram a hegemonia mundial, e essa disputa resultou na polarização do mundo e no surgimento de grandes blocos de apoio para cada um desses países. O resultado dessa polarização e da busca pela hegemonia foi que norte-americanos e soviéticos disputaram o domínio em diferentes áreas.

A disputa pelo poder bélico foi uma dessas áreas e levou americanos e soviéticos a investirem no desenvolvimento de mísseis e de armamentos mais potentes, como bombas nucleares e termonucleares. A produção de novos mísseis e foguetes acabou também repercutindo no investimento tecnológico para a exploração espacial.

Os soviéticos, assim como os norte-americanos, tiveram contato com os detalhes de um programa alemão que resultou na produção do primeiro míssil balístico da história e usaram isso para desenvolver seus próprios programas. Isso levou a grandes avanços na área de produção de mísseis e foguetes após a Segunda Guerra Mundial.

Sergei Korolev foi o cientista responsável pelo projeto que levou os soviéticos
a lançarem o primeiro satélite
No caso dos soviéticos, grande parte desses avanços foi realizada pelo cientista ucraniano Sergei Pavlovitch Korolev, que, a partir de 1946, dedicou-se a programas que produziam mísseis nucleares e foguetes espaciais. Da pesquisa conduzida por Korolev, nasceu o Semiorka, um foguete que conseguia transportar um peso de até 1300 kg.

O Semiorka foi aprovado para lançar o primeiro satélite soviético, em 1956, pela Academia de Ciências da União Soviética. No entanto, esse acontecimento só se deu, primeiramente, pela contribuição científica de Korolev para o desenvolvimento tanto do satélite quanto do foguete e, principalmente, porque ele foi o responsável por convencer o governo soviético da importância de investir nesse programa.

Korolev utilizou de um estudo sobre satélites realizado por Mikhail Tikhonravov e conseguiu convencer o alto escalão do governo soviético de que investir no desenvolvimento de satélites poderia ter relevante papel nas questões militares. Além disso, foi do conhecimento do governo soviético que os norte-americanos já promoviam estudos na área.

Projeto Sputnik

Em 1952, um projeto internacional de cientistas anunciou que 1957 seria o Ano Geofísico Internacional, com o objetivo de que diferentes países do planeta reunissem esforços a fim de realizar estudos importantes para o entendimento dos fenômenos terrestres. Os soviéticos estipularam que seu satélite deveria ser lançado antes do início desse marco.

Veículo de lançamento do Sputnik 1
Entre 1955 e 1956, os soviéticos realizaram uma série de estudos para viabilizar o projeto de envio do satélite para o espaço, e, em 30 de janeiro de 1956, foi aprovado pelo governo a criação desse satélite que, a princípio, recebeu o nome de Objeto D. Esse projeto, no entanto, sofreu inúmeros atrasos, e Korolev resolveu reformulá-lo.

Em vez de lançar um satélite com mais de 1000 kg, Korolev convenceu o governo soviético a lançar dois satélites com um peso menor de 100 kg, sob o argumento de que era necessário enviar o satélite primeiro que os norte-americanos. Apesar de três fracassos iniciais, Korolev conseguiu dois testes de sucesso e obteve autorização para lançar o PS-1, que ficou depois conhecido como Sputnik 1.

O lançamento do Sputnik 1 ficou marcado para o dia 6 de outubro de 1957, mas, como Korolev estava temeroso de que os norte-americanos lançassem seu satélite primeiro que os soviéticos, ele optou por antecipar o lançamento para o dia 4. O Sputnik 1 foi lançado da base localizada em Tyuratam, no Cazaquistão, às 22h28m no horário de Moscou.

O Sputnik 1 tinha 83,6 kg, com um diâmetro de 58 cm, e foi produzido de uma liga de alumínio. As antenas do Sputnik 1, responsáveis por enviar o sinal de rádio, tinham 2,4 m e 2,9 m de comprimento.

Réplica do Sputnik 1, primeiro satélite enviado pelos soviéticos

Repercussão nos EUA

O lançamento do Sputnik 1 foi um grande feito científico e surtiu grande repercussão no mundo e na própria União Soviética. A princípio, a maior repercussão deu-se nos Estados Unidos, e a opinião pública voltou-se contra o presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, acusando-o de permitir que os EUA fossem tecnologicamente ultrapassados pelos soviéticos.

Os norte-americanos pretendiam responder o feito soviético com o lançamento de um satélite do projeto Vanguard. O primeiro teste feito por eles aconteceu em 6 de dezembro de 1957 e foi um desastre, pois o foguete que transportava o satélite explodiu. Só em janeiro de 1958 que os norte-americanos conseguiram lançar seu primeiro satélite: o Explorer 1.

Depois do lançamento do Explorer 1, o primeiro satélite norte-americano, o governo dos Estados Unidos ordenou a criação da National Aeronautics Space Administration, mais conhecida como NASA. É essa agência que coordena todas as atividades relacionadas com o espaço desde 1958.

Fonte: Daniel Neves (brasilescola.uol.com.br) / thisdayinaviation.com - Imagens: Reprodução

FAB recebe caças Gripen para operação no primeiro semestre de 2022

Dois aviões estão sendo finalizados e chegam no começo do ano para certificação militar.

Os quatro primeiros caças Gripen para uso operacional pela FAB (Força Aérea Brasileira) estão em processo de finalização para entrega até o fim do ano.

Dois deles serão embarcados até dezembro em um navio da Suécia para o Brasil, e a previsão é que todos estejam em ação até o final do primeiro semestre de 2022.

 O primeiro Gripen operacional da Força Aérea Brasileira é apresentado
em Linköping, na Suécia (Foto: Saab/Divulgação)
Segundo a fabricante Saab, os dois primeiros devem chegar ao país no início de 2022, sendo levados para o Centro de Ensaios de Voo do Gripen, na unidade que a empresa sueca tem em conjunto com a Embraer no parque de Gavião Peixoto (SP).

Ali, pilotos da FAB, da Embraer e da Saab farão ensaios de voo para dar ao modelo o Certificado de Tipo Militar, a autorização para a entrada em uso de fato pelo 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea), em Anápolis (GO).

"As outras duas aeronaves serão enviadas para a Base Aérea de Anápolis no primeiro semestre de 2022, onde técnicos da FAB irão executar atividades em solo a fim de desenvolver uma familiarização precoce com as aeronaves, para que estejam prontas para operar assim que a certificação militar estiver concluída", disse Mikael Franzén, chefe de marketing e vendas aeronáuticas da Saab.

A expectativa inicial era que os quatro aviões chegassem ao Brasil no fim deste ano. "Planejamos entregar as 36 aeronaves até 2026", afirmou Franzén.


"Não obstante, com um contrato tão amplo e complexo, precisamos sempre trabalhar com flexibilidade para administrar o tempo de resposta de acordo a necessidade dos clientes e eventuais ajustes requeridos", completou.

Franzén não citou isso em suas respostas por escrito, mas a questão que sempre se coloca nos contratos militares brasileiros é o risco de atrasos devido à falta de verbas. O Gripen já sofreu com isso no passado, mas por ora o cerca de R$ 1 bilhão anual que o programa consome nesta etapa está garantido.

Observadores da indústria apontam que a FAB resolveu passar a tesoura em outra joia de sua coroa, o cargueiro militar KC-390 Millennium, da Embraer. A encomenda de 28 aeronaves foi reduzida para talvez 13, e os valores estão sendo renegociados, um movimento que desagradou muito a empresa brasileira.


Entre militares, corre uma especulação de que a redução de gasto com o KC-390 pode prenunciar o anúncio da compra de uma nova leva de Gripen, como é o desejo da FAB desde os anos 2000. Não há indícios concretos disso ainda.

O Gripen venceu uma longa competição, dividida em duas licitações, que durou de 2001 a 2013. Em 2014, o contrato para a aquisição de 36 aviões foi fechado por 39 bilhões de coroas suecas (cerca de R$ 24 bilhões hoje), a serem financiados por 25 anos —os valores orçamentários gastos agora entram como crédito.


Segundo Franzén, a expectativa é que a certificação esteja pronta já no primeiro semestre do ano que vem. Ela é concedida pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar da Suécia e pelo Instituto de Fomento e Coordenação industrial, órgão militar subordinado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da FAB).

"Estas duas autoridades são instituições independentes, que realizam seu trabalho para garantir que a aeronave atenda a todos os requisitos de qualidade, navegação e segurança de voo", afirma o executivo.

O primeiro Gripen de uso operacional, já na camuflagem em dois tons de cinza do GDA, foi apresentado pela Saab na semana retrasada.

Ele já traz o IRST, unidade de rastreamentos de alvos por infravermelho, uma pequena bola que fica à frente da cabine do piloto que não estava presente no primeiro modelo que foi enviado ao Brasil, em setembro do ano passado. O instrumento é vital para o combate moderno.


Aquele avião serve à campanha de testes da FAB, e só deverá ser incorporado à frota ao fim deste ciclo, que pode durar anos. Tanto ele quanto os outros quatro ganharam a denominação F-39E, sendo o E a designação de avião para um piloto desta geração do Gripen.

O modelo F, de dois lugares, está sendo desenvolvido em conjunto pela Embraer e pela Saab. Serão oito deles. Ao todo, o plano é fazer 15 aviões da encomenda integralmente no Brasil.

O projeto garante uma transferência tecnológica à Embraer e a outras empresas nacionais, além da FAB, e poderá fazer o país ser parte da cadeia produtiva do avião. Hoje, as principais concorrências que o Gripen disputa são no Canadá (88 aviões), Finlândia (64) e Colômbia (15).

A geração E/F é a terceira do avião sueco, que voa desde 1988 e está em ação desde 1996. Foram feitas 271 aeronaves, usadas em seis países.


No Brasil, o plano é que gradativamente a frota de combate a jato seja unificada no Gripen, substituindo o os caças F-5 e os aviões de ataque a solo AMX. O GDA hoje usa de forma provisória o F-5, que não foi desenhado para missões de interceptação, principal objetivo do chamado Esquadrão Jaguar.

Por Igor Gielow (Folha de S.Paulo)

Embraer recebe encomenda de 'carros voadores' feita por empresa brasileira de compartilhamento de aeronaves

O pedido, que prevê até 100 unidades, foi feito pela Avantto, uma empresa brasileira de compartilhamento de aeronaves. As entregas estão programadas para começar em 2026; leia mais sobre esse tipo de veículo.

Conceito do eVTOL da Embraer que poderá tornar realidade uma nova era de mobilidade
A Eve Urban Air Mobility, empresa da Embraer, recebeu uma encomenda para entregar até 100 unidades do eVTOL (veículo conhecido como "carro voador"), informou neste domingo (3) a assessoria de imprensa da companhia.
O pedido partiu da Avantto, uma empresa brasileira de compartilhamento de aeronaves. As entregas estão programadas para começar em 2026. A frota da Avantto já conta com diversos tipos de aeronaves, incluindo os jatos executivos Phenom 300 e Phenom 100, da própria Embraer.

O veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) é uma aeronave que lembra um helicóptero, mas que faz menos barulho e usa mais hélices para voar. Veja, no infográfico ao fim desta reportagem, as diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico.

O despacho da Avantto foi noticiado na edição deste domingo do jornal "O Estado de S.Paulo", que citou como fonte o presidente-executivo da Avantto, Rogério Andrade. Nem a publicação nem a assessoria de imprensa da empresa citaram o valor ao pedido.

Este foi o maior pedido já recebido pela Eve Urban Air Mobility de um cliente no Brasil. Foi a segunda vez em menos de um mês que a empresa anunciou uma grande encomenda de eVTOL.

As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico (Imagem: Daniel Ivanaskas/Arte g1)
Em 23 de setembro, a Eve Urban Air Mobility anunciou o grupo de locadores Bristow encomendou até 100 eVTOLS, com entregas também previstas para começar em 2026.

Por Reuters / G1

Biplano Stearman tenta decolar de rodovia no Texas, mas o resultado não sai como esperado

Uma aeronave Boeing PT-17 Stearman, da Segunda Guerra Mundial, caiu na rodovia em Winnie, Texas, em uma tentativa fracassada de decolagem.


Milagrosamente, não houve feridos quando o pequeno avião de treinamento da época da Segunda Guerra Mundial caiu quando tentava decolar da rodovia 124 no final da manhã de sábado (2).

De acordo com o Departamento do Xerife do Condado de Chambers, o avião estava em um trailer e participava do Winnie Rice Festival Parade. O departamento do xerife disse que o tempo começou a melhorar e o piloto temeu não conseguir levar o avião de volta ao aeroporto antes que a chuva chegasse. Então, o piloto decidiu remover o avião do trailer e decolar na Rodovia 124 com o departamento do xerife bloqueando o tráfego.

Vídeos de diferentes ângulos mostram o avião inicialmente tendo uma boa rolagem de decolagem, mas a cauda desceu e jogou o avião para o canteiro central. 


O piloto então conseguiu tirar a aeronave do solo, mas as asas esquerdas atingiram dois postes de luz e todo o avião passou por um par de semáforos. Em seguida, ele caiu no chão e parou de cabeça para baixo.


O incidente envolveu a aeronave Boeing B75N1 (N2S-3) Stearman, prefixo N4106Y, também conhecido como biplano Stearman, que foi usada como treinador principal para pilotos de caça da Segunda Guerra Mundial antes de passarem para o treinador avançado, o T-6 “Texan”.


Não foi divulgado ainda sobre quem era o dono do avião ou a identidade do piloto.

Por Fernando Valduga (Cavok) / ASN

Avião bate em pássaro, motor pega fogo e jato precisa ser evacuado nos EUA

Um jato Airbus A320neo acabou atingindo um pássaro durante a decolagem, o que causou um problema no motor e fogo, fazendo com que a saída fosse abortada e a aeronave evacuada.


O caso aconteceu no sábado (2) na cidade de Atlantic City, em Nova Jérsei, de onde o voo 3044 da low-cost Spirit Airlines iria decolar para Fort Lauderdale, cidade ao norte de Miami, na Flórida. 

No momento da corrida decolagem, a aeronave Airbus A320-200N, prefixo N922NK, da Spirit Airlines, acabou ingerindo um pássaro com o seu motor esquerdo, levando a problemas de empuxo e fogo.


Ainda correndo a uma velocidade abaixo da V1 (velocidade de decisão), os pilotos decidiram abortar a decolagem e mantiveram o jato, do modelo A320neo, sobre a pista de pouso após a parada.

Os bombeiros se aproximaram e controlaram o fogo, enquanto as escorregadeira infláveis já haviam sido acionadas e cumpriam seu papel de apoiar na evacuação.


Os vídeos abaixo foram gravados por passageiros e mostram que a evacuação relativamente ordenada e sem pânico, como mandam os protocolos para este tipo de situação. Nenhuma pessoa foi reportada ferida no processo.


Dados do aplicativo de rastreamento de voos FlightRadar24 apontam que o jato chegou a atingir 57 nós de velocidade, que é relativamente baixo para esta aeronave, facilitando a rápida parada.

Por Carlos Martins (Aeroin) / The Aviation Herald

Vídeo mostra momento em que avião fica entalado debaixo de passarela na Índia

Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra um avião da companhia aérea Air India entalado debaixo de uma passarela na rodovia que conecta a capital Nova Deli à cidade de Gurgaon.

O episódio incomum ocorreu próximo do Aeroporto Internacional de Nova Deli, segundo os relatos compartilhados nas redes sociais.


De acordo com a Air India, trata-se de uma aeronave antiga, que foi vendida pela companhia aérea e que, no momento do incidente, estava sendo transportada para seu novo proprietário.


​Um avião da Air India ficou entalado próximo do aeroporto de Deli, na região de Gurgaon na noite passada.

"Este é um avião antigo, que foi retirado da frota e que foi vendido. Não há informações adicionais, já que diz respeito ao comprador", afirmou um porta-voz da companhia aérea ao jornal Times of India.

Um representante do aeroporto de Nova Deli confirmou que a aeronave envolvida no incidente não é uma aeronave em serviço, revelando que o avião, inclusive, não possui asas, que foram removidas justamente para facilitar seu transporte.

"Parece ser um avião retirado de serviço e o condutor pode ter cometido um erro ao transportá-lo", afirmou o representante do aeroporto.

Via Sputnik Brasil

Saiba o que fez avião da Azul voar em círculos antes de pousar em Chapecó (SC)

Aeronave deu voltas e rasantes antes de pousar no aeroporto Serafin Enoss Bertaso por volta da meia-noite deste sábado (2).

Avião deu várias voltas antes de pousar (Imagem: Reprodução/Flight Radar)
Um avião teve dificuldades para pousar na noite deste sábado (2) no Aeroporto Serafim Enoss Bertaso em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O voo AZU4387 da Azul Linhas Aéreas, que saiu de Campinas, sobrevoou o aeroporto várias vezes antes de conseguir pousar. A dificuldade teria sido causada pelas condições meteorológicas, segundo a companhia aérea.

A previsão de pouso era 23h40, o que ocorreu somente às 00h10. O avião saiu de Campinas às 22h10, ou seja, permaneceu cerca de 30 minutos sobrevoando até conseguir pousar.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Aeroporto Serafin Enoss Bertaso, não houve alteração nos voos e todos ocorreram normalmente sem nenhum cancelamento.

No site Flight Radar, que permite o acompanhamento em tempo real de voos, foi possível identificar as voltas dadas pelo airbus, o que assustou passageiros e moradores do entorno do aeroporto.

Kassima Michelon, mora no loteamento Colato, no bairro Efapi, e ouviu de forma nítida o barulho do avião. Cerca de cinco minutos depois do primeiro barulho, ela relata que ouviu novamente um rasante. Ela e o marido se preocuparam ao perceber que o avião estava, aparentemente, com dificuldades para pousar.

“Foi um susto. Precisamos estar atentos, os aviões passam bem perto aqui. Ontem o tempo estava muito feio e eles arremeteram o que causou preocupação”, disse.

“A Azul esclarece que, por questões meteorológicas, o voo AD4387 (Campinas-Chapecó) precisou aguardar melhores condições para pouso no aeroporto catarinense. A companhia destaca que, em seguida, o pouso e o desembarque ocorreram normalmente. A Azul lamenta eventuais aborrecimentos causados e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações”, informou a companhia aérea em nota.

Avião bate em edifício vazio em Milão; oito pessoas morrem

Bilionário romeno e família morrem após queda de avião em Milão, na Itália.

Prédio atingido pelo avião pegou fogo
Oito pessoas, incluindo piloto e copiloto, morreram neste domingo (03/10) na queda de um avião privado, na localidade de San Donato, nos arredores de Milão, segundo os bombeiros. A aeronave se chocou e devastou um edifício vazio de dois andares.

O avião Pilatus PC-12/47E, prefixo YR-PDV, de propriedade da  Aviroms Rent A Car, caiu por volta de 13h10 (hora local), provocando também a morte dos dois tripulantes e seis passageiros, incluindo uma criança.


Entre as vítimas estava Dan Petrescu, de 68 anos, considerado um dos homens mais ricos da Romênia. Ele pilotava a aeronave que se chocou contra um prédio vazio que passava por reforma em San Donato Milanese.

A mulher do empresário, Regina Petrescu, de 65 anos, e o filho do casal, Dan Stefan Petrescu, de 30 anos, morreram no acidente. Amigos da família que estavam a bordo do Pilatus PC-12 também foram identificados entre as vítimas. 

São eles: Julien Brossard, amigo de Stefan, Filippo Nascimbene, a mulher dele, Claire Alexandrescou, o filho de um ano do casal, Raphael e a mãe de Claire, Miruna Anca Wanda Lozinschi. As famílias se reuniram após a celebração do batismo da criança.

Segundo a imprensa romena, Petrescu também tinha nacionalidade alemã e era conhecido como um homem discreto. Dono de uma rede de hipermercados e shoppings, tinha uma fortuna estimada em mais de um bilhão de euros.

As autoridades informaram que estão investigando as causas que levaram o avião privado, que tinha acabado de decolar do aeroporto de Linate, na região metropolitana de Milão, com destino a Olbia, na ilha da Sardenha, a se chocar contra o prédio.


O edifício de dois andares, que pegou fogo após ser atingido pela aeronave, estava desocupado por causa de uma reforma, disse o prefeito de San Donato, Andrea Cecchi, ao canal Skytg24. As chamas foram extintas após intervenção dos bombeiros. Vários carros estacionados nas proximidades também ficaram destruídos.

De acordo com o jornal Corriere della Sera, a procuradora adjunta Tiziana Siciliano confirmou que a caixa preta do avião foi recuperada e que uma investigação sobre o caso foi instaurada. A suspeita inicial é de uma falha mecânica no motor.


Em 2002, Milão foi palco de outro acidente aéreo envolvendo uma aeronave de pequeno porte. Em abril daquele ano, um avião modelo Rockwell Commander 112 se chocou contra a Torre Pirelli, um enorme edifício de 32 anos que é um marco arquitetônico de Milão.

Na ocasião, o piloto e duas pessoas que estavam no edifício morreram. O episódio foi amplamente abordado pela imprensa por ocorrer poucos meses após os atentados do 11 de Setembro. No entanto, não surgiram provas de motivação terrorista . As causas do acidente ainda permanecem em aberto, com autoridades apontando um ato de suicídio do piloto - que tinha problemas financeiros - como explicação mais provável.

Poucos meses antes desse episódio, o aeroporto de Linate, que serve Milão, foi palco de um acidente entre dois aviões que colidiram em solo. A tragédia ocorrida em outubro de 2001 deixou 118 mortos. Na ocasião, um Cessna Citation II privado erroneamente entrou na pista principal do aeroporto e colidiu em cheio com um McDonnell Douglas MD-87 da Scandinavian Airlines que decolava.

Via DW, AP, OTS, Lusa, G1, ASN, O Globo

domingo, 3 de outubro de 2021

Conheça 10 aviões desengonçados da Segunda Guerra Mundial


O uso de aviões na guerra começou no início do século 20, tendo se popularizado, de certa forma, na Primeira Guerra Mundial. Porém, a humanidade só veria o céu como um dos principais palcos de batalhas durante a Segunda Guerra, iniciada no fim da década de 30.

Na iminência da grande batalha e do uso massivo das aeronaves, é natural que as nações resolvessem conduzir alguns experimentos aeronáuticos. Eles permitiram, entre outras coisas, o uso em escala de aviões a jato e o desenvolvimento de novos materiais na construção dos veículos. Em outros casos, no entanto, as coisas não deram tão certo assim.

Listamos aqui 10 situações em que a engenharia aeroespacial não foi tão bem-sucedida, produzindo aviões um tanto quanto bizarros e desengonçados – por sorte, a maior parte deles nunca chegou a voar realmente. Confira:

10 – Kokusai Ki-105



Faltando pouco mais de um ano para o fim efetivo da Segunda Guerra, o Japão enfrentava maus bocados. O país não dispunha de combustível, já que o avanço dos aliados fez com que muitas instalações utilizadas para a produção de óleo tenham sido tomadas ou estavam desativadas por falta de recursos. Os japoneses até tentaram criar alguma coisa a partir de sementes de árvores, mas a experiência não deu certo.

Como fazer aviões voarem sem gasolina, então? Adaptando dois motores a uma aeronave do estilo "glider", um planador gigante que era rebocado por bombardeiros. Foi aí que surgiu o Kokusai Ki-2015: os japoneses pegariam esta aberração e voariam com ele até Sumatra para pegar combustível e trazer de volta para o país.

Só tinha um porém: por ser muito grande e ter motores muito fracos, ele acabaria utilizando muito combustível, sendo necessário reabastecê-lo para que pudesse voltar. Na prática, isso significava que o "avião" consumia 80% do combustível que ele deveria levar para o Japão. Se não bastasse a catástrofe logística, a aeronave era extremamente lenta e difícil de pilotar, tornando-a um alvo fácil para os caças aliados.

O programa, no entanto, nunca foi colocado em prática em grandes escalas – para a sorte dos pilotos japoneses.

9 – Henschel Hs-132



Os alemães foram pioneiros em produzir e utilizar caças a jato em combate durante a Segunda Guerra – com os temidos Messerschmitt Me 262 –, então não é surpresa que eles queriam expandir a tecnologia para outros tipos de aeronaves, como os bombardeiros.

A aplicação das turbinas, no entanto, era pouco convencional no caso do Hs-132: o motor ficava na parte superior do estreito avião, fazendo com que os pilotos tivessem que ficar de barriga para baixo dentro do cockpit que ficava diretamente no bico do veículo.

Apesar de estranha, a posição favorecia muito o piloto na hora dos mergulhos para bombardeio, pois ela ajudava a amenizar os efeitos da força G. A aeronave nunca chegou a voar, e, apesar do visual bizarro, o Henschel Hs-132 poderia ter sido uma pedra no sapato das forças aliadas caso tivesse sido colocado em produção.

8 – Blohm & Voss Bv 40



Criado pelo engenheiro Richard Vogt para ser extremamente simples de ser construído e montado, o Bv 40 deveria ter sido uma alternativa barata para os alemães combaterem os frequentes bombardeios vindos das forças aliadas.

Ele era um planador dotado de dois canhões de 30 milímetros, e o protótipo seria carregado por dois caças Bf 109 até uma altura superior à que voavam os bombardeiros, para só então ser solto. A partir daí começava um processo de, no máximo, duas passagens para tentar fazer o maior estrago possível.

Com a criação dos caças a jato, no entanto, o projeto do Bv 40 foi descartado e o planador nunca chegou a ser utilizado em combate.

7 – Hafner Rotabuggy



Este é um dos mais bizarros da lista, de longe: o Rotabuggy foi concebido para solucionar um problema logístico dos aliados, o de colocar veículos de combate no front. Os russos chegaram até a criar um tanque com asas (batizado de Antonov A-40), mas os britânicos resolveram colocar hélices de helicópteros em todo tipo de veículo – entre eles, um jipe.

Como se não bastasse, Raoul Hafner, o criativo engenheiro por trás da proposta, criou também uma "cauda" para que o Rotabuggy ficasse ainda mais parecido com a aeronave que lhe deu origem. Não é necessário dizer que ele mal conseguia voar e que logo o projeto foi descartado.

6 – Boeing YB-40



Um dos bombardeiros aliados mais conhecidos da Segunda Guerra foi o B-17, apelidado de "Fortaleza Voadora". Não é para menos: eram 13 metralhadoras espalhadas por toda a estrutura do avião.

Mas a Boeing e a Força Aérea norte-americana não estavam contentes, então resolveram criar uma nova aeronave, batizada de YB-40, com 16 metralhadoras. As bombas que o B-17 carregava foram descartadas e em seu lugar entrou mais munição – triplicando a quantidade original.


Contudo, o peso maior fez com que o YB-40 ficasse substancialmente mais lento que os demais bombardeiros, fazendo com que o novo avião mais atrapalhasse do que ajudasse de forma efetiva nas missões.

5 – Interstate TDR



Aviões não tripulados começaram a ser utilizados pra valer nas últimas duas décadas, mas alguns já foram lançados durante a Segunda Guerra. Enquanto os alemães fizeram uso massivo de mísseis guiados mas não pilotados, a Marinha norte-americana resolveu investir em bombas voadoras autoguiadas – uma delas foi o TDR, apelidado de "torpedo voador".

Ele era controlado com o auxílio de um transmissor de televisão que foi instalado na "aeronave". Como o intuito era de lançá-lo em navios, ele era feito de materiais baratos e sua construção era supersimples. Foram 50 missões com 31 bombardeios bem-sucedidos.

Os japoneses ficaram absolutamente chocados, achando que os americanos também estavam adotando táticas kamikaze para eliminar seus inimigos. De qualquer forma, o TDR deixou de ser utilizado nos idos de 1944, quando os Estados Unidos já detinham a superioridade aérea no Pacífico e não havia mais a necessidade de armas complexas como o torpedo voador.

4 – Douglas XB-42 Mixmaster



A Douglas decidiu, próximo do fim da guerra, colocar seu foco no desenvolvimento de novos tipos de bombardeiros: mais rápidos e ágeis, divergindo da premissa das "fortalezas voadoras" como um dos exemplos que mostramos acima.

Uma das criações da empresa foi o XB-42 Mixmaster, um bimotor que tinha suas hélices localizadas na parte de trás do avião. Embora não fosse exatamente uma novidade, já que esse esquema era utilizado em alguns modelos de caças, era a primeira vez que um bombardeiro era feito dessa forma.

E se o objetivo da Douglas era a velocidade, a nova aeronave fez isso muito bem: ela era capaz de atingir 660 km/h, mesmo carregando mais de 3 toneladas de bombas – o dobro do que levavam os B-17.

O protótipo, no entanto, chegou tarde: apesar de ser excelente, a guerra já havia terminado quando o projeto estava finalizado e pronto para ser produzido em grande escala.

3 – General Aircraft G.A.L. 38 Fleet Shadower



O G.A.L. 38 trouxe o desenho dos saudosos biplanos de volta para a Segunda Guerra. Ele foi criado para voar em altitudes altíssimas enquanto fazia pouco (ou nenhum) barulho e espiar a movimentação da frota marítima alemã – daí o nome "Fleet Shadower", ou "sombreador de frotas".

Pouco tempo depois de ser idealizada, com a criação dos radares, a aeronave acabou se tornando inútil, já que seu uso era extremamente específico. Com isso, ela nunca chegou a ser efetivamente colocada em serviço.

2 – Messerschmitt Me-328



Se alguns aviões sofriam por serem específicos demais, outros acabaram não sendo utilizados pelo motivo contrário: ninguém sabia o que fazer com eles. O Me-328 foi um deles: os alemães criaram uma base, mas não tinham ideia do que fazer com ela.

Os motores a jato eram fortes demais para a estrutura de madeira, o uso dele como planador de combate também não era o melhor e para todas as utilidades possíveis, havia uma opção melhor. Sendo assim, ele nunca chegou a sair efetivamente do papel.

1 – Caproni Campini N.1



Parece um avião a jato, soa como um avião a jato... Mas não é um avião a jato. Em 1940, a Alemanha já havia começado a testar aeronaves movidas por turbinas e a Itália resolveu ter uma para chamar de sua. Foi aí que o Caproni Campini N.1 nasceu.

Só havia um detalhe: ele não tinha uma turbina. O avião foi equipado com um motor de hélice convencional na parte da frente da fuselagem, que sugava o ar para dentro do duto e fazia com que ele fosse expelido na parte de trás por uma espécie de compressor. O princípio de funcionamento é bem parecido com o de uma turbina, mas os componentes não tinham absolutamente nenhuma relação.

Um item interessante, no entanto, é que havia um dispositivo na parte de trás da aeronave que permitia que o combustível fosse despejado e aceso – uma função muito parecida com o "pós-combustor" dos jatos atuais.

O peso do avião (devido ao sistema de propulsão), no entanto, fazia com que ele fosse extremamente lento e não chegasse a ser produzido para entrar em combate.