sábado, 10 de abril de 2010

Embraer considera abrir nova disputa com a Bombardier

O governo brasileiro a e Embraer consideram abrir uma nova disputa contra o Canadá, diante dos anúncios de que a Bombardier receberá subsídios para lançar sua nova série de aviões, competindo com a empresa brasileira, Boeing e Airbus em um mercado mundial já afetado pela crise financeira. A Embraer entrou em fevereiro com uma queixa contra a União Europeia, em Bruxelas por estar ajudando de forma ilegal na construção do jato da Bombardier. Agora, a empresa confirma que está em discussão com o governo para decidir quais serão os próximos passos da disputa.

A empresa canadense espera colocar no mercado, em três anos, sua nova série de jatos, com maior capacidade - 130 lugares. BNSA. A companhia garante já estar negociando com 60 empresas de todo o mundo e que a Lufthansa já teria comprado 30. Na diplomacia brasileira, a movimentação da Bombardier está sendo cuidadosamente analisada. Políticos canadenses têm sido claros em anunciar que a produção dos novos modelos terá a ajuda financeira do governo.

O projeto de um novo avião custaria cerca de US$ 3,4 bilhões, dos quais o governo canadense já prometeu, há dois anos cerca de US$ 328 milhões, além de mais de US$ 298 milhões do governo britânico, já que parte da produção ocorreria no Reino Unido. Foi isso que levou a Embraer a apresentar a queixa. A preocupação é de que um novo pacote esteja sendo usado.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

As principais personalidades polonesas mortas no acidente de aviação na Rússia

Segue a lista das principais personalidades polonesas mortas no acidente com um avião presidencial neste sábado em Smolensk, na Rússia:

- O presidente Lech Kaczynski e sua esposa, Maria Kaczynska

- O ex-presidente polonês no exílio durante o período comunista, Ryszard Kaczorowski

- O vice-presidente da Dieta (câmara baixa) e candidato da esquerda à presidência, Jerzy Szmajdzinski

- O vice-presidente da Dieta, Krzysztof Putra

- A vice-presidente do Senado, Krystyna Bochenek

- O presidente do Banco Central da Polônia, Slawomir Skrzypek

- O chefe do Estado-Maior polonês, general Franciszek Gagor

- O comandante do Exército, general Tadeusz Buk

- O comandante da Aeronáutica, general Andrzej Blasik

- O comandante da Marinha, almirante Andrzej Karweta

- O comandante das Forças Especiais, general Wlodzimierz Potasinski

- O chefe das Forças operacionais polonesas (OTAN), general Bronislaw Kwiatkowski

- O capelão católico do Exército Polonês, Tadeusz Ploski

- O capelão ortodoxo do Exército polonês, Miron Chodakowski

- O chefe do governo civil, Wladyslaw Stasiak,

- O chefe da segurança nacional da presidência, Aleksander Szczyglo

- Os secretários de Estado Mariusz Handzlik e Pawel Wypych

- O vice-ministro da Defesa, Stanislaw Jerzy Komorowski

- O vice-ministro das Relações Exteriores, Andrzej Kremer

- O vice-ministro da Cultura, Tomasz Merta

- O presidente do Instituto da Memória Nacional, que investiga os crimes contra a nação polonesa, Janusz Kurtyka

- O chefe do Conselho encarregado de zelar pela memória nacional, Andrzej Przewoznik

- O ombudsman dos direitos cívicos, Janusz Kochanowski

- O presidente da Associação das Famílias de Katyn, Andrzej Sarjusz-Skapski

- O presidente da Associação de Soldados do Exército (AK, Resistência), Czeslaw Cywinski

- A presidente da Câmara nacional dos advogados, Agata Agacka-Indecka

- A ex-heroína das greves nos canteiros navai de Gdansk em 1980, Anna Walentynowicz

Vários deputados, senadores, representantes de diferentes Igrejas e associações.

Caminhão carregado de caixões se dirige à entrada do aeroporto de Smolensk: tragédia nacional na Polônia

Fonte: AFP

Governo brasileiro decreta luto oficial pelas vítimas do acidente na Rússia

Presidente Lula e ministro Celso Amorim emitiram nota de condolências

Foto: Populares acenderam velas na porta da casa do presidente morto Lech Kaczynski

O governo brasileiro emitiu nota neste sábado e decretou luto oficial de três dias pela morte do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, e das outras vítimas do desastre aéreo ocorrido na manhã de hoje, 10 de abril, na região de Smolensk, na Rússia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou a seguinte mensagem de condolências ao primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, e ao presidente interino, Bronislaw Komorowski:

— Recebi, com profunda consternação, a notícia do trágico acidente aéreo que vitimou o Presidente Lech Kaczynski, sua esposa e grande número de autoridades polonesas. Em nome do povo e do governo brasileiros, e em meu próprio, transmito a Vossa Excelência e ao povo polonês as mais sinceras e fraternas condolências. Neste momento de dor e de perda, esteja seguro de poder contar com a plena solidariedade do Brasil e com os laços históricos de amizade que unem brasileiros e poloneses. Aproveito a ocasião para reiterar a Vossa Excelência meus votos de mais alta estima e consideração — transmite a nota.

O ministro Celso Amorim também enviou mensagem ao ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski:

— Senhor Ministro, caro amigo, Foi com grande pesar que recebi a notícia do falecimento do Presidente Lech Kaczynski, sua esposa e outras autoridades polonesas. Reitero a Vossa Excelência a solidariedade do Brasil com a Polônia, país ao qual estamos ligados por grande comunidade de imigrantes e profundos laços de amizade e cooperação. Neste momento de luto nacional, peço que transmita aos familiares das vítimas as mais sentidas condolências e a solidariedade de todo o povo brasileiro. Aproveito a ocasião para reiterar a Vossa Excelência meus votos de mais alta estima e consideração. — finaliza.

Fonte: Zero Hora - Foto: Adam Warzawa/EFE

Morte do presidente deixa sites de jornais poloneses em preto e branco

Os jornais poloneses expressaram neste sábado (10) seu luto pela morte do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, ao deixar suas páginas na internet em preto e branco.

Kacynski morreu ao 60 anos quando o avião em que viajava com outras 95 pessoas se caiu perto do aeroporto na região de Smolenski, no oeste da Rússia. Além do presidente, morreram a primeira-dama, Maria, e mais de 80 autoridades do país.

Autoridades russas investigam as causas do acidente, mas apontam para um possível erro dos pilotos da aeronave.

Os restos mortais do presidente e das outras vítimas serão levados a Moscou para identificação.

Fonte: R7

Partes do avião do presidente polonês espalhadas pela Floresta da Morte

A cauda e partes da fuselagem do avião estão mergulhadas na lama, emergindo como balizas da floresta cinzenta, tomada pela bruma perto de Smolensk, no oeste da Rússia, onde o aparelho que transportava o presidente polonês Lech Kaczynski caiu neste sábado, matando seus 96 ocupantes.

As autoridades já encontraram as duas caixas-pretas do avião, anunciou o ministro russo de Situações de Emergência, Sergueï Choïguou, citado pela agência de notícias Interfax.

"Desta forma, todos os registros e parâmetros do vôo já estão em mãos da perícia, que vai esclarecer as causas da tragédia", declarou Choïguou.

Dezenas de socorristas e autoridades caminham através dos campos pantanosos da floresta, tropeçando em fragmentos metálicos disseminados na clareira aberta pela queda do avião, a apenas algumas centenas de metros da pista de aterrissagem.

Trágica ironia do destino, a delegação polonesa morta na tragédia aérea se dirigia à "Floresta da Morte" em Katyn, perto de Smolensk, para marcar o 70º aniversário do massacre de 22.000 oficiais poloneses pela polícia de Stalin.

Mais de 170 socorristas foram mobilizados e estão no local, enquanto se aguarda a chegada de mais reforços, segundo o ministério russo para situações de emergência.

A cauda arrancada do avião, pintada de vermelho e branco, nas cores da bandeira polonesa, está muito destruída. Blog Notícias sobre Aviação. A dezenas de metros, perto de uma grande parte da fuselagem, os bombeiros, com capacetes e extintores de incêndio nas mãos, tentam apagar o fogo das partes que ainda ardem em chamas.

Outras peças carbonizadas estão espalhadas por perto, em meio a árvores partidas pela violência do choque.

Empregados do aeroporto militar de Smolensk, que aguardavam a chegada da delegação polonesa de madrugada, informaram que o Tupolev-154 chegou a voar várias vezes em círculos sobre o local, num momento de péssima visibilidade, causada pela névoa espessa.

A aeronave fez três tentativas de pouso até cair na quarta, segundo testemunhas.

"A uma altura de cerca de 20 metros, o aparelho em que estava o presidente polonês tocou o cimo das árvores e se despedaçou", contou uma testemunha à agência Interfax.

Devido à grande neblina na região, um outro avião foi obrigado a dar a meia-volta mais cedo durante o dia e um terceiro aparelho teve problemas para pousar, segundo as autoridades.

Socorristas abatiam árvores na floresta perto do aeroporto para permitir a passagem de seus veículos.

Sacos mortuários foram levados ao local, explicaram, acrescentando que a retirada dos cadáveres já começou a ser feita.

A floresta de Katyn, perto de Smolensk, é também conhecida como Floresta da Morte, devido ao massacre de 1940, ano em que a polícia do ditador soviético Joseph Stalin fuzilou 22.000 oficiais poloneses.

Neste sábado, o território em torno de Smolensk voltou a se tornar uma floresta da morte.

"É um lugar realmente apavorante. Atrai a morte", escreveu neste sábado em seu blog mnalex2002 um repórter fotográfico russo, dizendo ter estado Katyn em 1995, por ocasião de uma visita do ex-presidente polonês Lech Walesa.

Fonte: AFP

Avião que caiu com presidente polonês havia tido problemas em 2008

O avião Tupolev-154 que caiu neste sábado perto da cidade russa de Smolensk, matando o presidente polonês, Lech Kaczynski, já havia apresentado problemas em 2008 e se falava em substituição da aeronave.

O avião, concebido nos anos 1960 e capaz de transportar mais de 100 passageiros, tinha mais de 20 anos de uso.

Em 2008, problemas com o "volante" do Tupolev atrasaram um voo presidencial durante uma visita à Mongólia, forçando o líder a tomar um voo charter para a capital japonesa, Tóquio.

Uma semana depois, o avião sofreu fortes turbulências durante uma viagem à capital sul-coreana, Seul.

"Qualquer voo supõe um certo risco, mas um risco muito sério está ligado às responsabilidades de um presidente, porque é necessário voar constantemente" declarou Kaczynski, à época.

O correspondente da BBC em Varsóvia, Adam Easton, disse que já se falava em substituir os aviões.

Entretanto, a aeronave havia passado por uma manutenção completa recentemente. O diretor da empresa que realizou o trabalho, Aleksey Gusey, afirmou à TV polonesa que não havia grandes problemas com a aeronave.

"No momento da manutenção, o avião tinha 5.004 horas de voo e 1.823 pousos, o que, para uma aeronave dessa categoria, não é muito", declarou. "O avião podia voar bem e não havia queixas."

Os trabalhos, concluídos em dezembro, incluíram um reparo nos três motores do avião. Uma outra manutenção completa deveria ser realizada em seis anos.

Espinha dorsal

O Tu-154 já está fora de produção. Mas a aeronave foi, por mais de 25 anos, a espinha dorsal do sistema de transporte da União Soviética e da Rússia.

Cerca de metade de todos os passageiros da empresa aérea nacional russa, a Aeroflot, embarcaram em um Tupolev ou em seus sucessores, um número que chegou a 137 mihões por ano em 1990.

As cerca de mil aeronaves construídas estão espalhadas pela Rússia e por países do antigo bloco soviético.

O avião entrou em serviço em 1972 e foi "modernizado" em 1986, com novos motores e equipamentos para melhorar o consumo de combustível e as operações de voo.

No entanto, um indicativo de seu design antiquado, o governo chinês decidiu em 2001 abandonar todos os Tu-154 que estavam sendo operados por suas empresas aéreas.

A Aeroflot tomou a mesma decisão recentemente, alegado que seu alto consumo de combustível tornava o avião pouco económico. Blog Notícias sobre Aviação. A empresa agora compra a maioria de suas aeronaves da Boeing ou da Airbus.

O correspondente da BBC em Moscou, Richard Galpin, disse que as empresas aéreas russas têm pouco interesse em comprar Tupolevs mais novos, porque eles estão aquém das aeronaves ocidentais.

Desempenho satisfatório

Em 2004, o especialista em aviação russa Paul Duffy fez uma avaliação do desempenho do Tu-154 para a BBC.

De 28 que haviam sido destruídos em acidentes até aquele momento - um número normal para os padrões de quantidade, tempo de serviço e tecnologia, na sua avaliação - poucos haviam se acidentado por problemas técnicos.

"O Tu-154 opera em regiões sem tanto controle aéreo e equipamentos de navegação, e em condições meteorológicas muito difíceis", afirmou, à época.

Alguns dos acidentes tiveram pouca relação com o avião em si, como nos casos de cinco que haviam sido derrubados por inimigos ou por ataques terroristas no Líbano, Geórgia e Afeganistão, durante guerras civis nestes países.

Em 1982, uma aeronave que pousou em Omsk, na Rússia, durante uma pesada tempestade de neve, se chocou contra seis caminhões de limpeza de gelo que não foram orientados a liberar a pista para o pouso da aeronave.

Em 2001, um Tu-154 caiu no Mar negro após ser atingido por um míssil ucraniano disparado durante um exercício militar.

Outro ficou sem combustível a menos de dez quilômetros da pista do aeroporto porque a empresa que o operava, em dificuldades financeiras, havia decidido comprar menos combustível no seu país de origem, onde o preço era mais alto.

Fonte: BBC Brasil via O Globo - Foto: Oldrich Chmel (airplane-pictures.net)

16 acidentes com aviões Tupolev-154 nos últimos 16 anos

Acidentes recentes com o avião Tupolev-154

- 10 de abril de 2010: 101, o Avião Presidencial/Força Aérea da Polônia: acidente na abordagem ao aeroporto de Smolensk, na Rússia, matando todos os 95 a bordo. (Foto: Sergei Karpukhin/Reuters)

- 15 de julho de 2009: o EP-CPG da Caspian Airlines voando a partir do Irã para a Armênia caiu matando 168 pessoas. (Foto: CAO Iran)

- 01 de setembro de 2006: o EP-MCF da da Iran Air Tours sai da pista e pega fogo durante pouso na cidade de Mashad, no Irã, matando 80 dos 147 passageiros. (Foto: A. Halabisaz/FARS News Agency)

- 22 de agosto de 2006: o RA-85185 da Pulkovo Airlines da Rússia, com cerca de 170 pessoas a bordo cai durante uma tempestade na Ucrânia, a caminho de São Petesbusgo, num resort no Mar Negro, matando todos os 170 bordo. (Foto: baaa-acro.com)

- 24 de agosto de 2004: o RA-85556 da Sibir Airlines cai em rota entre Moscou e a estância no Mar Negro de Sochi, matando todas as 46 pessoas a bordo. O acidente foi mais tarde determinado como causado por explosivos trazido a bordo por um terrorista suicida checheno.

- 01 de julho de 2002: o RA-85816 da Bashkirian Airlines indo de Moscou, na Rússia, com destino a Barcelona, na Espanha, se choca com um avião de carga Boeing 757 da DHL sobre a Alemanha, matando 71 pessoas (dois pilotos da DHL), incluindo 52 crianças. (Imagem: BNSA/BNU)

- 12 de fevereiro de 2002: o EP-MBS da Iran Air Tours, carregando 119 pessoas, bateu em montanhas cobertas de neve perto de seu destino, em Khorramabad, a 230 quilômetros a sudoeste de Teerã, matando todos a bordo. (Imagem: Aviation Safety Network)

- 04 de outubro de 2001: o RA-85693, da Sibir Airlines voando a partir de Tel Aviv, em Israel, para Novosibirsk, na Rússia, explode e cai no Mar Negro, matando 78 pessoas, a maioria deles cidadãos israelenses. Posteriormente, foi determinado que o avião foi atingido por um míssil ucraniano durante exercícios de treinamento militar.

- 04 de julho de 2001: o RA-85845 da companhia aérea Vladivostokavia, em rota de Yekaterinburg, nos Urais, para Vladivostok (ambas localidades da Rússia) se acidentou na cidade siberiana de Irkutsk, matando todas as 145 pessoas a bordo. (Foto: stv21.ru)

- 24 de fevereiro de 1999: o B-2622, da China Southwest Airlines voando a partir do Aeroporto Chengdu, falha na abordagem ao Aeroporto Wenzhou, a 800 quilômetros a sudeste de Pequim, na China, matando todas as 61 pessoas a bordo. (Imagem: Aviation Safety Network)

- 29 de agosto de 1998: o CU-T1264 da Cubana de Aviacion ao partir de Quito, no Equador, em direção a Havana, em Cuba, cai logo após a decolagem, matando 79 pessoas, incluindo 10 pessoas em solo, quando o avião se chocou contra um campo de futebol. (Imagem: Aviation Safety Network)

- 15 de dezembro de 1997: o EY-85281 da Tajikistan Airlines caiu nos Emirados Árabes Unidos, matando todos os 79 passageiros e 6 dos 7 tripulantes. (Imagem: Aviation Safety Network)

- 29 de agosto de 1996: o RA-85621 da Vnukovo Airlines transportando mineiros russos e ucranianos e suas famílias a partir de Moscou, coloidiu contra uma montanha na Noruega, matando todas as 141 pessoas a bordo.

- 07 de dezembro de 1995: o RA-85164 operado pela Aeroflot Khabarovsk Airlines, com 97 pessoas a bordo desapareceu ao voar para a cidade de Khabarovsk, no extremo oriente russo. Os restos foram encontrados 11 dias depois por um piloto de helicóptero, nas montanhas perto da costa do Pacífico, a oeste de Grossevichi, na Rússia.

- 06 de junho de 1994: o B-2610 da China Northwest Airlines voando para Guangzhou, na China, cai minutos após decolar de Xian, uma cidade turística no norte da China, matando todas as 160 pessoas a bordo.

- 03 de janeiro de 1994: Todas as 125 pessoas a bordo do RA-85656 da Baikal Airlines morreram quando a aeronave cai em um campo nevado perto da cidade de Irkutsk, na Rússia. Um fazendeiro no solo também morreu. (Foto: Komsomolskaya Pravda)

Fontes: Site Desastres Aéreos / Associated Press / ASN - Pesquisa: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação)

Avião polonês ignorou as ordens dos controladores aéreos

Os pilotos do avião polonês que caiu neste sábado em Smolensk ignoraram as instruções dos controladores aéreos russos, declarou há pouco o subcomandante do Estado-Maior das Forças Aéreas russas, Alexandre Aliochine, citado pelas agências de notícias locais.



"A uma distância de 1,5 Km, o grupo de controle aéreo detectou que os pilotos haviam acelerado a descida estando abaixo do nível de aproximação" determinado para a pista, disse o general Alexander Alyoshin. O chefe dos controladores "ordenou, então, à tripulação que retornasse a um voo horizontal nivelado e, ao verificar que as instruções não estavam sendo obedecidas, determinou várias vezes que pousassem em outro aeroporto", continuou. "Lamentavelmente, prosseguiram a descida que terminou em tragédia", afirmou o general Alyoshin.

Fontes: France Presse via G1 / RussiaToday / Terra

Saiba mais sobre Lech Kaczynski, presidente da Polônia morto em acidente

Ele presidia o país desde 1995 e formou 'dupla política' com irmão gêmeo.



O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, de 60 anos, morreu neste sábado (10) em um acidente aéreo quando seguia para a Rússia para participar de uma cerimônia em homenagem às vítimas da batalha de Katyn.

Kaczynski tinha suavizado nos últimos tempos seu perfil de euroescético que sacudiu à União Europeia.

Ele assumiu a presidência em 2005, após uma carreira política feita em parceria com seu irmão gêmeo, Jaroslaw, que era "45 minutos mais velho."

Kaczynski perdeu a vida com a queda do Tupolev 154 em que viajava em companhia da mulher, Maria, e uma delegação polonesa de 88 pessoas.

Kaczynski e os demais passageiros morreram após o incêndio da aeronave, quando o avião tocou a pista do aeroporto.

A morte ocorre em uma data de extrema importância nas relações entre a Varsóvia e Moscou. Neste sábado, os dois países dariam um passo adiante rumo à superação das divergências do passado.

Lech Kaczynski havia suavizado o tom nos últimos anos, desde que seu irmão Jaroslaw deixou o cargo de primeiro-ministro, em 2007, ao ser derrotado pelo liberal Donald Tusk.

Juntos, um na chefia do Estado e o outro na do Governo, os irmãos repartiram a cúpula do poder na Polônia.

Jaroslaw é considerado o autêntico artífice e a versão mais radical do partido Direito e Justiça com o qual Lech chegou à Presidência no segundo turno das eleições realizadas em 23 de novembro de 2005, nas quais venceu Rusk.

Kazcynski representava a via do "Estado forte", de tônica nacionalista, frente a um Tusk conciliador e europeísta. Jaroslaw desempenhava a função de dirigente do partido, enquanto Lech assumiu a luta pela Presidência.

Foto de 5 de novembro de 2007 mostra o então premiê polonês Jaroslaw Kaczynski, à direita, entregando sua renúncia ao presidente Lech Kaczynski, seu irmão gêmeo, em cerimônia em Varsóvia

Nascidos em 18 de junho em Varsóvia, os gêmeos Lech e Jaroslaw estrearam, antes de ganharem destaque na política, no cinema. Aos 12 anos, foram alçados ao estrelado como personagens principais do filme baseado num conto "Os dois que roubaram a lua".

O filme, uma narração sobre dois irmãos que decidem roubar a lua, foi rodada em 1962, pelo diretor Jan Batory e foi, durante muitos anos, o filme infantil de maior sucesso na Polônia.

Lech começou como membro do comitê de defesa dos operários criado pelo dissidente comunista Jacek Kuron em 1976 para ajudar aos trabalhadores expulsos de suas empresas pela ditadura após as greves de Radom e Ursus.

O comitê arrecadava recursos para pagar os advogados dos operários presos e ajudar suas famílias em dificuldades financeiras.

Quando surgiu o sindicato Solidariedade, liderado por Lech Walesa após as grandes greves do verão de 1980, Lech Kaczynski uniu-se ao protesto com grande energia.

Após a proclamação da lei marcial pelo general Wojciech Jaruzelski, Lech Kaczynski, assim como milhares de poloneses, continuou a luta pela democracia na clandestinidade organizando protestos, colaborando na impressão e distribuição de panfletos.

Ele chegou a ser confinado e liberado ao final de 11 meses e tornou-se, com o irmão, um colaborador importante do líder histórico do primeiro sindicato livre do mundo comunista, Walesa, de quem acabou se distanciando nos anos 1990.

Em 1989, por ordem de Jaruzelski, os representantes do poder começaram a negociar a transição com os representantes da oposição democrática, liderados por Walesa, Kaczynski foi um dos negociadores mais ativos no capítulo relacionado ao restabelecimento da legalidade do sindicato Solidariedade.

Já na democracia e após o triunfo de Walesa nas eleições presidenciais de 1990, Kaczynski ocupou a chefia do Escritório de Segurança Nacional adjunta à Presidência e mais tarde foi presidente da Câmara Suprema de Controle (Tribunal de Contas).

Em 1999, foi nomeado ministro da Justiça pelo então primeiro-ministro, Jerzy Buzek, e em 2001 tornou-se prefeito de Varsóvia, cargo que o alçou a conquista de seu principal objetivo, a presidência.

Em sua campanha presidencial, ele ressaltou seus vínculos com a Polônia tradicional e católica confirmada por sua atitude intolerante. Como prefeito da capital polonesa proibiu passeatas de igualdade organizadas pelos homossexuais.

Sucessor do social-democrata Aleksander Kwasniewski na presidência, Kaczynski defendia a reconciliação com a Alemanha e a Rússia, ao mesmo tempo em que explorava o temor ainda sentido por alguns populares pelos dois grandes vizinhos.

Também defendia uma profunda reforma da Polônia com base "na justiça, na solidaridade e na honra".

Mas, depois da ratificação do Tratado de Lisboa, protagonizou uma dura queda-de-braço com a chanceler Angela Merkel, durante a Presidência rotativa alemã da UE, até que finalmente assinou o tratado, em 10 de outubro de 2009 em Varsóvia.

Com o passar dos anos na Presidência e a saída de seu gêmeo do primeiro escalação de Governo, Kaczynski suavizou nos últimos tempos sua postura em relação à União Europeia e à vizinha Alemanha, salvo pontuais discordâncias pelas nunca totalmente superadas diferenças históricas.

O casal Lech e Maria Kaczynski deixa uma filha, Marta.

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Foto: AP

MAIS

Poloneses ficam abalados com morte do presidente em acidente aéreo

Morte do presidente da Polônia é 'tragédia inimaginável', diz Lech Walesa

Luto pela morte do presidente deixa site de jornal 'em preto e branco' na Polônia

Premiê vai ao local do acidente de avião que matou presidente da Polônia

Veja a repercussão da morte do presidente da Polônia em acidente aéreo

Caixa-preta do avião que caiu na Rússia com 96 a bordo é achada, diz agência

Motivo do acidente é desconhecido, mas suspeita-se de falha humana.



Uma das caixas-pretas do avião que caiu neste sábado (10) no oeste da Rússia, matando o presidente polonês Lech Kaczynski e mais 95 pessoas, foi encontrada no local da tragédia, informou um funcionário do governo regional, citado pela agência Interfax.

O avião Tupolev-154 em que viajava Kaczynski que caiu numa floresta ao tentar um pouso perto de Smolensk, matando todos os seus ocupantes, segundo informações do Ministério russo das Situações de Emergência.

A aterrissagem ocorreu "em condições de névoa espessa", precisou o ministério russo das Relações Exteriores em comunicado.

Suspeita-se de que o acidente tenha sido causado por um erro do piloto, informou a agência RIA Novosti, citando fonte das forças de segurança russas.

Segundo a agência Interfax, as autoridades russas propuseram à tripulação polonesa o pouso em Minsk ou em Moscou, devido à névoa, mas o piloto preferiu fazê-lo perto de Smolensk.

O acidente ocorreu quando o piloto tentava aterrissar pela quarta vez, segundo a Interfax.

Fonte: G1 (com agências internacionais)

Fotos do acidente na Rússia


Fotos: Sergei Karpukhin (Reuters) / TVP via Reuters / AP

O Tupolev presidencial acidentado na Rússia

Aeronave: Tupolev 154M
Operador: Força Aérea da Polônia
Prefixo: 101
C/n / msn: ?
Primeiro voo: 1990
Motores: 3 Soloviev D-30KU-154-II

Fotos (airplane-pictures.net):

1 - Aeroporto Praga/Ruzyně, República Checa, 08.04.10 - Foto: Oldrich Chmel

2 - Aeroporto Bydgoszcz/Szwederowo, Polônia, 01.10.07 - Foto:
Roman N

Mais sobre o acidente na Rússia

O Tupolev TU-154M, prefixo 101, da Força Aérea da Polônia que transportava o presidente da Polônia Lech Kaczynski e sua esposa, chefiando uma delegação de altos representantes poloneses, partiu de Varsóvia, na Polônia para realizar o voo oficial até o Aeroporto Smolensk (LNX/XUBS), localizado a 4 km ao sul da cidade de Smolensk, em Smolensk Oblast, na Rússia, com 88 passageiros e 8 tripulantes.

Na abordagem para a pista norte do Aeroporto Smolensk (que também é uma base aérea) sob densa neblina, o avião impactou contra árvores cerca de 1.500 a 2.000 metros da cabeceira da pista e caiu, parando cerca de 700 metros antes do início da pista. Todos a bordo morreram e a aronave foi destruída pela força do impacto.

Houve relatos conflitantes sobre os passageiros a bordo: 87 ou 132. A lista de passageiros divulgada pelas autoridades polacas contém 89 nomes, porém, uma das pessoas não chegou a embarcar na aeronave.

Há outros relatos conflitantes, informando que o avião poderia ter feito outras três tentativas de aterrissagem anteriores, assim como a tripulação teria considerando a possibilidade de desviar para Minsk (em Belarus, 170nm a oeste de Smolensk) ou para Moscou (na Rússia, 200nm a leste de Smolensk) antes de tentar a sua abordagem fatal.

O Comitê Interestadual de Aviação da Rússia (MAK), responsável por investigar acidentes aéreos, enviou uma equipe de investigadores liderada pelo presidente da MAK para Smolensk.

Nenhum Metars estão disponíveis, no entanto, a estação meteorológica local relatou:

10:00 Z (1pm) Temp 3 ° C Dew 2 ° C Umidade 94% QNH 1025 hPa Visibilidade 4 km a leste Ventos 14,4 kmh / Mist
07:00 Z (10h) 1 ° C Temp Dew 1 ° C Umidade 98% QNH 1026 hPa Visibilidade 0,5 km Ventos SE 10,8 kmh / Heavy Fog
04:00 Z (das 7) Temp 0 ° C Dew -1 ° C Umidade 89% QNH 1025 hPa Visibilidade 4 km Vento ESE 7,2 kmh / Mist
01:00 Z (4am) Temp 3 ° C Dew -0 ° C Umidade 72% QNH 1025 hPa Visibilidade 10 km Ventos SE 7,2 kmh /
22:00 Z (1am) Temp 6 ° C Dew -0 ° C Umidade 52% QNH 1025 hPa Visibilidade 10 km Ventos SE 7,2 km / h

A pista 09/27 da Base Aérea de Smolensk (norte do aeroporto, nenhum código IATA, ICAO XUBS) tem 2.500 metros de comprimento, enquanto a pista 08/26 do Aeroporto Civil (ao sul de Smolensk) tem 1.600 metros de comprimento.

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Fontes: Site Desastres Aéreos / Aviation Herald - Mapa: Cortesia/Google Earth

Presidente da Polônia e mais 96 pessoas morrem em queda de avião na Rússia

Havia 88 membros de comitiva polonesa a bordo, segundo as autoridades.

Polônia convocará eleições presidenciais para substituir Lech Kaczynski.




O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morreu na queda de um avião neste sábado (10), na região do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia, informou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Polônia, Piotr Paszkowski. Havia 97 pessoas a bordo, segundo as autoridades russas, e ninguém sobreviveu.

Não há ainda informações precisas sobre as circunstâncias da queda da aeronave, um Tupolev TU-154 (foto), que decolou de Varsóvia. As autoridades locais informam que o avião caiu cerca de 1,5 km do pouso, durante manobra de aproximação ao aeroporto de Smolensk. O acidente ocorreu às 10h50 locais (3h50 de Brasília).

Um porta-voz do governo da Polônia informou que o país terá eleições presidenciais antecipadas, ainda sem data definida. Por enquanto, o governo foi assumido pelo presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Bronislaw Komorowski.

O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, em foto de janeiro deste ano

Especialistas na Constituição da Polônia afirmam que a data da eleição deve ser anunciada num prazo de duas semanas, e que a votação deve ocorrer dois meses depois do anúncio.

Também estavam a bordo o comandante do Exército, general Franciszek Gagor, o presidente do Banco Nacional, Slawomir Skrzypek, e o vice-chanceler Andrzej Kremer, segundo a chancelaria. A primeira-dama, Maria, também morreu.

O Ministério de Emergência da Rússia disse que, entre os 96 mortos, 88 eram da delegação polonesa. O porta-voz da chancelaria polonesa disse que a comitiva era formada de 89 pessoas, mas uma delas não embarcou.

Kaczynski se dirigia à localidade russa de Katyn, para prestar homenagem aos milhares de oficiais poloneses executados em 1940 pelos serviços secretos soviéticos.

Os corpos das vítimas da tragédia serão levados a Moscou para serem identificados, declarou o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, citado pelas agências russas.

Possível erro

A aterrissagem ocorreu "em condições de névoa espessa", precisou o ministério russo das Relações Exteriores em comunicado.

Suspeita-se de que o acidente tenha sido causado por um erro do piloto, informou a agência RIA Novosti, citando fonte das forças de segurança russas.

Segundo a agência Interfax, as autoridades russas propuseram à tripulação polonesa o pouso em Minsk ou em Moscou, devido à névoa, mas o piloto preferiu fazê-lo perto de Smolensk.

O acidente ocorreu quando o piloto tentava aterrissar pela quarta vez, segundo a Interfax.

Fonte: G1 (com agências internacionais) / BNSA / RT News - Fotos: Reuters / AP - Atualizado o número de mortos às 16:31 hs.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Foto do Dia

Clique sobre a foto para ampliá-la

O Airbus A380-861, prefixo A6-EDB, da Emirates, após decolar da pista 16R do Aeroporto Internacional Kingsford Smith (Mascot)(SYD/YSSY), em Sydney, na Austrália, em 4 de abril de 2010, logo atrás de outro Airbus, o A380-388, da Singapore Airlines, que havia partido da mesma pista, já a mil pés de altitude. Uma foto rara, com dois A380 voando no mesmo enquadramento.

Foto: Mark H (Airliners.net)

Mecânico morre em acidente no Aeroporto da Cidade do México

Um mecânico morreu e outro ficou ferido quando o trem de pouso de um avião que passava por manutenção caiu sobre eles, às 10:40 (hora local) da quarta-feira (7), no hangar 5, na zona 6, do Aeroporto Internacional da Cidade do México, informou a companhia aérea Magnicharters.

Álvaro Osorio, 26 anos, morreu no acidente e Gerardo Suarez, 45 anos, foi levado a um hospital para o tratamento de seus ferimentos.

A investigação inicial indica que o acidente foi causado por um defeito no equipamento hidráulico que segurava o trem de pouso do Boeing 737-322, prefixo XA-UNM, da Magnicharters (foto abaixo), que fornece serviços para grupos de excursão.

"O equipamento hidráulico que segurava o trem de pouso da frente do avião entrou em colapso durante uma manutenção de rotina, prendendo os mecânicos. Infelizmente, um deles morreu instantaneamente", informou a empresa Magnicharters.

Como o acidente ocorreu em um hangar, "não afetou as operações de voo", disse o porta-voz do aeroporto, Victor Mejia.

O escritório do Promotor Público da Cidade do México está investigando o acidente.

Fontes: EFE / El Universal / ASN - Tradução: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação) - Foto: arturoaerodf747's images

Projeto para Congonhas empaca

Em 2008, Prefeitura entregou para o Ministério da Defesa proposta de ampliação das pistas: sem resposta

O projeto apresentado em novembro de 2008 pela Prefeitura de São Paulo para ampliar a pista do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, não avançou. A proposta surgiu após o acidente com o avião da TAM, que matou 199 pessoas em julho de 2007, para aumentar a segurança no terminal.

Desde que foi apresentado, o projeto está sendo analisado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado ao Ministério da Defesa. Segundo o ministério, o projeto continua em andamento sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil. Quando concluídos, serão levados ao ministro Nelson Jobim para análise.

O projeto inclui a desapropriação de uma área no Jabaquara, para que a pista possa ser aumentada em cerca de mil metros. As desapropriações de cerca de duas mil casas custariam em torno de R$ 400 milhões.

Dois anos após apresentar a proposta ao ministro Jobim, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse ao DIÁRIO que o seu papel é apenas propor soluções ao governo federal, que segundo ele “não tomou nenhuma atitude concreta”.

“Sabemos, e falo isso de uma maneira muito respeitosa, que a responsabilidade em relação aos aeroportos é vinculada ao governo federal. Existe uma demanda da Prefeitura e do governo do estado, assinada por mim e pelo (ex) governador José Serra (PSDB) junto ao governo federal para que, além de diminuir o número de voos, fosse ampliada a pista, para que pudéssemos construir nas pistas áreas de escape, nos dois lados, fazendo com que os voos que restassem tivessem mais segurança. E, infelizmente, vivemos com muita preocupação essa questão, porque nós não tivemos ainda essas medidas analisadas ou anunciadas”, disse, Kassab.

Moradores criticam

Apesar de visar a segurança, a proposta foi alvo de críticas dos moradores do Jabaquara que convivem com o ruído das aeronaves. Para esses moradores, o objetivo é permitir pousos e decolagens de aviões maiores e mais pesados, o que aumentaria ainda mais o barulho.

Atualmente, a pista principal de Congonhas tem 1.640 metros, mais uma área de escape de 300 metros. A mudança foi feita após o acidente da TAM. Na época, o Ministério da Defesa e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac#) também apresentaram uma série de medidas para a segurança. Porém, todas foram suspensas e hoje o aeroporto opera como antes do acidente. A única exceção é com relação ao número de voos: antes eram 48 pousos e decolagens por hora, passou para 33 e agora são 34.

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Fonte: Daniela do Canto e Regiane Soares Von Atingen (Diário de S. Paulo)

Airbus A330-200F é certificado pela EASA

A Airbus recebeu nesta sexta-feira da EASA (European Aviation Safety Agency) o certificado de tipo para o A330-200F, versão cargueira do já consagrado avião no mercado de passageiros.

A certificação, concedida através de uma emenda ao atual certificado de tipo que o A330 já possui desde 1998, foi confirmada após uma campanha de testes que envolveu dois aviões, um equipado com motores Pratt & Whitney PW4000 e outro com motores Rolls-Royce Trent 700, tendo sido acumuladas 200 horas de voo.

“Após uma campanha de testes em voo bastante suave e de sucesso nós atingimos a certificação em linha com nossos planos. Além disso, graças a algumas otimizações no design, a capacidade de carga paga de 70 toneladas para a aeronave acabou ficando uma tonelada acima do que esperávamos incialmente”, disse o engenheiro chefe do A330/340, Christian Favre. “Com o mercado de cargas já mostrando sinais de recuperação, crescendo 20% neste ano até o momento, nós agora temos um ótimo avião para oferecer aos clientes.”

O certificado de tipo da EASA deve ser seguido nos próximos dias pelo da agência norte-americana FAA (Federal Aviation Administration), pavimentando o caminho rumo à primeira entrega, prevista para o mês de Agosto deste ano para a cliente lançadora Etihad Crystal Cargo.

Fonte: Portal CR - Foto: P. Barthe/em company

Suposto arsenal nuclear de Israel teria entre 100 e 300 ogivas

Considerado o sexto Estado do mundo a obter a bomba atômica, Israel possui entre 100 e 300 ogivas nucleares, segundo especialistas.

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (foto) cancelou a sua participação na cúpula de Washington sobre energia nuclear.

O Estado hebreu nunca confirmou nem desmentiu esta capacidade, seguindo sua habitual doutrina de ambiguidade deliberada.

Israel também não aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

A existência do arsenal nuclear israelense é mantida sob grande segredo.

A principal fonte de informação são os detalhes fornecidos em 1986 ao jornal britânico The Sunday Times por Mordehai Vanunu, um técnico da central nuclear de Dimona.

O programa nuclear israelense, lançado nos anos 50 pelo então primeiro-ministro David Ben Gurion, com a ajuda da França, girava em torno do reator de Dimona, no deserto do Neguev (sul).

O atual chefe de Estado israelense, Shimon Peres, foi seu arquiteto no posto de diretor geral do Ministério da Defesa.

Em maio de 1967, na véspera da guerra dos Seis Dias, Israel produziu suas primeiras armas nucleares, de acordo com o livro de Avner Cohen "Israel and the Bomb" (Israel e a bomba).

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), sediado em Londres, estima que Israel possua atualmente "até 200 ogivas".

O grupo britânico Jane's, especializado em questões relacionadas ao setor de Defesa, considera que o número se situa entre "200 e 300".

A Iniciativa sobre a Ameaça Nuclear (NTI), uma ONG americana que tem entre seus membros renomados especialistas internacionais, estima uma cifra de entre "100 e 200" ogivas nucleares.

De acordo com a IISS, a força estratégica de Israel é composta por mísseis terra-terra Jericó 1 de curto alcance e Jericó 2 (foto) de médio alcance.

O Jane's calcula que o raio de ação dos Jericó 2 passou de 1.500 km inicialmente para 4.500 km, e que Israel possui também, desde 2005, de Jericó 3 de longo alcance (7.800 km).

O avião de combate F-16 também pode ser equipado com mísseis nucleares, ainda segundo o Jane's.

Israel adquiriu três submarinos do tipo Dolphin no final da década de 90 que, ainda de acordo com o grupo, têm "capacidade para lançar mísseis de cruzeiro Harpoon adaptados com cabeças nucleares".

Alguns especialistas acreditam também que o Estado judeu tem armas nucleares táticas (minas, obuses, etc.).

"Alguns analistas pensam que Israel mantém a maior parte de seu arsenal nuclear, ou até todo, não montado", mas que este poderá estar preparado para funcionar "em alguns dias", ressalta o Jane's.

Fonte: AFP - Fotos: AFP / zionismexplained.org

Fornecedora da NASA quer produzir na Índia e no Brasil

Empresa portuguesa planeja investir 10 milhões de euros em duas novas fábricas.

A Adira, empresa portuguesa especializada na concepção, produção e comercialização de máquinas-ferramentas, quer crescer ainda mais fora do país.

"Vamos investir cinco milhões de euros numa fábrica no Brasil e outros cinco milhões de euros num projeto na Índia", afirmou António Cardoso Pinto, ex-presidente da Efacec e atual responsável e acionista da Adira.

Presente em mais de cem mercados - e tendo como clientes grandes empresas como a agência aeroespacial norte-americana NASA, o fabricante aeronáutico Boeing, a Siemens, a Bombardier, a Efacec, entre outros -, a Adira aposta neste projeto com duas metas no horizonte. "Primeiro, ir para países emergentes onde o crescimento é maior. Segundo, baixar o custo médio de produção", acrescentou o gestor.

Fonte: Elisabete Felismino (Económico - Portugal)

Astronauta usa pé-de-cabra para soltar tanque entalado em ônibus espacial

Astronautas do Discovery realizam com êxito sua primeira saída espacial

Tanque de amônia para a ISS estava preso no compartimento de carga do Discovery


Uma dupla de astronautas em caminhada espacial desconectou um velho tanque vazio de amônia do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS) e deixou um novo posicionado para substituí-lo.

Na primeira de três caminhadas necessárias para completar o trabalho, Clayton Anderson não teve dificuldade em desconectar os tubos de amônia do tanque antigo. Mas precisou de um pé-de-cabra para retirar o novo tanque do compartimento de carga do ônibus espacial Discovery. O tanque ficou preso a um rebite.

"Vá devagar e com calma", disse o parceiro de caminhada, Rick Mastracchio, enquanto Anderson empurrava e cutucava com a ferramenta. Depois de várias tentativas, o tanque finalmente se soltou. "Conseguimos!", avisou Anderson.

Os dois homens ergueram o tanque de 770 quilos e o penduraram num braço mecânico, que o levou para um ponto de armazenagem temporário.

A troca final dos dois tanques ocorrerá durante a segunda caminhada, no sábado, com o trabalho concluindo-se na terceira, prevista para terça-feira. Será "um grande malabarismo" com os tanques, disse David Coan, o responsável pela caminhada espacial no controle de missão.

Além do trabalho com o tanque, Mastracchio e Anderson recolheram um experimento científico do laboratório japonês da ISS e trocaram uma peça defeituosa da estação.

Então o plano da caminhada mudou. Em vez de se dedicar a um trabalho com baterias, os astronautas passaram a lidar com dutos e grampos.

Mastracchio e Anderson deveriam ter mexido em um banco de baterias na extremidade esquerda da ISS, mas a Nasa decidiu suspender a atividade, por conta do risco de eletrocução dos astronautas. O trabalho ficará para a próxima missão de ônibus espacial, quando os trajes dos astronautas estarão mais bem isolados.

Houve alguns momentos de tensão na caminhada desta sexta, quando Mastracchio informou ter batido em um barra em forma de "V" no compartimento de carga do Discovery, e que a barra havia começado a deslizar. Ele disse que ela não parecia solta.

O controle de missão afirmou, mais tarde, que os engenheiros pareciam "bem convictos" de que era normal a barra se mover um pouco, mas advertiu os astronautas para ficarem longe dela.

O objetivo desta missão de 13 dias é o abastecimento de oito toneladas de provisões e materiais, entre os quais duas liteiras para os seis ocupantes permanentes da ISS, bem como sete aparadores para experiências científicas.

Os dois astronautas, Rick Mastracchio e Clayton Anderson, estiveram no espaço seis horas e 27 minutos, período em que completaram todo as tarefas que tinham designadas.

Depois deste voo só restarão três antes da aposentadoria dos ônibus espaciais da frota, previsto para o fim de 2010.

Quando o programa de ônibus espaciais acabar, os Estados Unidos dependerão exclusivamente das naves russas Soyuz para levar seus astronautas à estação orbital até que um novo veículo de lançamento americano esteja pronto para operar, o que se estima que só vá ocorrer por volta de 2015.

A ISS, um projeto de cem bilhões de dólares, iniciado em 1998 e do qual participam 16 países, é financiado, sobretudo, pelos Estados Unidos.

Fonte: AP via Estadão / AFP - Fotos: AP / AFP / Nasa