quinta-feira, 26 de maio de 2022

Piloto de avião russo é demitido após sex tape em pleno voo

Instrutor e aluna estavam a bordo de Cessna quando gravaram imagens sensuais
Um piloto de uma escola de aviação foi demitido após fazer uma sex tape com uma aluna dentro do cockpit. O homem, instrutor da Escola de Aviação Civil de Sasovo, na Rússia, teria colocado a aeronave no piloto automático para conseguir filmar a relação sexual em pleno voo.

Segundo informações do site local Gazeta, o piloto, de 28 anos, é casado e teria convencido a aluna, de 21, a gravar os vídeos íntimos em troca de aulas extras de aviação. Os dois estavam a bordo de um Cessna 172, sobrevoando a região de Ryazan, quando filmaram as cenas eróticas.

A escola de aviação expulsou o instrutor e a aluna depois que outros funcionários reconheceram os dois nas imagens, publicadas online por um colega da jovem. A mídia local afirmou que em um primeiro momento ela teria recusado manter as relações sexuais, mas foi convencida pela oferta de horas de voo gratuitas.

Ao relatar a situação aos responsáveis pela escola, ela teria alegado que os dois apenas trocaram beijos e abraços, sem outros contatos íntimos, e que as carícias aconteceram apenas uma vez.

O escândalo teria vindo à tona depois que a estudante teve um desentendimento com um colega, que decidiu postar as imagens como forma de vingança, afirmou o Gazeta. A escola tomou providências contra a dupla apenas um mês depois, quando o vídeo viralizou.

Funcionários não identificados foram consultados sobre a identidade do professor e da aluna e confirmaram ao site russo que as pessoas envolvidas eram seus colegas.

Algumas fontes ouvidas pelo veículo afirmaram também que a mulher já teria pedido demissão antes mesmo de ser interrogada sobre o acontecido, ao ouvir que as imagens tinham sido publicadas em uma plataforma pública.

Via UOL - Imagem: Reprodução/Twitter

Passageiro brasileiro da TAP fuma no banheiro, causa confusão e acaba amarrado e preso

Um passageiro com nacionalidade brasileira e portuguesa que viajava em um avião da TAP na rota entre o Porto e o Rio de Janeiro acabou preso na última segunda-feira (23), depois de ser pego fumando no banheiro e reagir de forma negativa ao ser advertido pela tripulação.

Depois de ser flagrado desrespeitando normas de segurança internacionais ao fumar em um dos banheiros do avião depois de cerca de uma hora de viagem, o passageiro teria sido advertido pela tripulação, que em seguida aprendeu o seu passaporte, dando início a uma confusão que terminou com o brasileiro amarrado.

Segundo relatos, ao ser advertido para a gravidade da sua ação, que colocava em risco a vida de passageiros e tripulantes do avião da empresa aérea portuguesa, o passageiro teria discutido e insultado os membros da tripulação, chegando a agredir um deles.

Vídeos que circulam na Internet corroboram a notícia, mostrando o passageiro sendo advertido pela tripulação do avião e depois imobilizado pelos funcionários da TAP e alguns passageiros.


Ao chegar ao aeroporto do Galeão, o passageiro foi entregue à custódia da Polícia Federal e encaminhado à Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, para lavratura do auto de prisão em flagrante.

Mais tarde, a Polícia Federal informou em nota que já desde o embarque o homem não atendia as normas de segurança da aeronave e apresentava agitação e sinais de embriaguez.

Segundo o portal português SIC, a TAP informou que as suas tripulações “são treinadas de forma a executar as ações necessárias e adequadas, sempre no cumprimento dos procedimentos, regulamentos e leis aplicáveis, para assegurar que todos os passageiros acatam as regras de conduta e de segurança a bordo”.

Idoso constrói réplica de avião da Embraer e recebe convite para conhecer o original


Um homem de Porto Velho, no estado de Rondônia, chamou a atenção da Embraer, e do público em geral, após construir uma réplica feita com concreto, mas cheia de detalhes, de um jato executivo Phenom 100, um sucesso da indústria aeronáutica brasileira, em seu próprio quintal.

A iniciativa, segundo Gerardo Benedito de Araujo, lhe aflorou depois que ele viu o avião numa revista e, imediatamente, se apaixonou pelo desenho. E essa paixão certamente aumentará em breve, já que ele foi convidado pela Embraer para conhecer a fábrica onde os aviões são feitos.


A informação foi dada pela própria fabricante através de um vídeo divulgado hoje nas redes sociais.

"Gerardo Benedito de Araujo nunca voou em um avião executivo, mas sempre foi apaixonado por aviação. Com criatividade, construiu uma réplica do Phenom 100 apenas olhando fotos da aeronave. A Embraer reconhece o carinho e o trabalho incrível do Sr. Gerardo e por isso o nosso time de Serviços e Suporte, além de ir conferir de perto o seu trabalho em Porto Velho, Rondônia, também foi convidá-lo para conhecer nossas instalações no Estado de São Paulo", disse a empresa aeronáutica.

Sem poder comprar um legítimo ou mesmo voar em um jato executivo, Araújo decidiu fazer seu próprio Phenom 100 em casa, e o resultado chamou muito a atenção. Além de todos os detalhes externos, como motores na posição certa e pintura igual à da fabricante, o interior também ficou com a disposição igual do jato original, contando com representações das telas Garmin Prodigy Touch e o clássico manche em gaivota.

Assista abaixo ao vídeo publicado pela Embraer. Espera-se que a visita de Araújo à fábrica também renda emocionantes imagens, em breve.


Via Folha de S.Paulo e Aeroflap

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Aconteceu em 25 de maio de 2003: O furto e o misterioso desaparecimento de um Boeing 727 em Angola

Em 25 de maio de 2003, o Boeing 727-223, prefixo N844AA, foi roubado no Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, Angola, levando a uma busca mundial pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) e Central Intelligence Agency (CIA). Nenhum vestígio da aeronave foi encontrado desde então.

O N844AA, a aeronave envolvida, em 1989 ainda com as cores da American Airlines
A aeronave envolvida era um Boeing 727-223 fabricado em 1975 e anteriormente operado pela American Airlines por 25 anos. Seu último proprietário seria uma empresa com sede em Miami chamada Aerospace Sales & Leasing. 

Enquanto estava alugado para a TAAG Angola Airlines, a aeronave ficou parada por quatorze meses no Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, acumulando mais de US$ 4 milhões em taxas aeroportuárias não pagas. Era uma das duas aeronaves no aeroporto que estavam em processo de conversão para uso pela IRS Airlines. 

O FBI o descreveu o avião como "...prata sem pintura colorida, com uma faixa azul, branco e vermelho. A [aeronave] estava anteriormente na frota aérea de uma grande companhia aérea, mas todos os assentos de passageiros foram removidos. Está equipada para transportar combustível diesel."

Acredita-se que em 25 de maio de 2003, pouco antes do pôr do sol (provavelmente às 17h, horário local), dois homens embarcaram na aeronave. Um deles foi o piloto e engenheiro de voo americano Ben C. Padilla. O outro, John M. Mutantu, era um mecânico contratado da República do Congo. 


Nenhum dos dois era certificado para pilotar um Boeing 727 e precisava de um membro adicional da tripulação para conduzir a aeronave. As autoridades norte-americanas acreditam que Padilla esteve no controle. Um funcionário do aeroporto relatou ter visto apenas uma pessoa a bordo da aeronave no momento; outros funcionários do aeroporto afirmaram que dois homens embarcaram na aeronave antes do incidente.

A aeronave começou a taxiar sem se comunicar com a torre de controle. Ela manobrou erraticamente e entrou em uma pista sem autorização. Os oficiais da torre tentaram fazer contato, mas não houve resposta. Sem luzes, a aeronave decolou, rumando para sudoeste sobre o Oceano Atlântico antes de desaparecer. 

Antes do incidente, a aeronave estava abastecida com 53.000 litros (14.000 galões americanos) de combustível, dando-lhe um alcance de cerca de 2.400 quilômetros (1.500 mi; 1.300 nm). Nem a aeronave nem os dois homens foram vistos desde então e nenhum destroço da aeronave foi encontrado em terra ou no mar.

A irmã de Padilla, Benita Padilla-Kirkland, disse ao South Florida Sun-Sentinel em 2004 que sua família suspeitava que ele estivesse pilotando a aeronave e temia que ele posteriormente caísse em algum lugar da África ou estivesse sendo mantido contra sua vontade. Uma teoria com a qual o presidente da Aerospace Sales & Leasing Maury Joseph, que examinou o avião duas semanas antes de seu desaparecimento, concordou. 

Aqui estão 2 ex-American 727 sendo preparados para seu novo proprietário, a IRS Airlines. O 727 da frente ainda não tinha registro, mas é provável que fosse o N843AA (mais tarde a ser registrado como 5N-RIR). O segundo avião, era o N844AA que posteriormente foi roubado em 25 de maio de 2003 em Luanda, Angola. Esta parece ser a última fotografia conhecida desse avião.
No entanto, as autoridades dos Estados Unidos suspeitam que o histórico de fraude contábil de Joseph tenha influenciado, acreditando que o roubo do avião foi causado por uma disputa de negócios ou resultado de um golpe.

Em julho de 2003, um possível avistamento da aeronave desaparecida foi relatado em Conakry, na Guiné. Ele foi posteriormente desmentido de forma conclusiva pelo Departamento de Estado dos EUA.

Relatórios tornados públicos como parte do vazamento de cabos diplomáticos dos Estados Unidos indicam que os EUA procuraram a aeronave em vários países após o evento. Um oficial de segurança regional procurou a aeronave no Sri Lanka sem resultado. 

Uma busca terrestre também foi conduzida por diplomatas estacionados na Nigéria em vários aeroportos sem encontrá-lo. Um telegrama da Nigéria também afirmava que os diplomatas não consideravam provável um pouso do 727 em um aeroporto importante, uma vez que a aeronave poderia ter sido facilmente identificada.

Um extenso artigo publicado na revista Air & Space em setembro de 2010 também não foi capaz de tirar quaisquer conclusões sobre o paradeiro ou o destino da aeronave, apesar de pesquisas e entrevistas com pessoas que conhecem os detalhes do desaparecimento.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia)

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - China Airlines voo 611 - Arranhando a superfície

Via Net Documentários Online

Aconteceu em 25 de maio de 2002: 225 mortos na tragédia no voo 661 da China Airlines


Na tarde do dia 25 de maio de 2002, o voo 611 da China Airlines (Callsign: Dynasty 611 - CAL611, CI 611) decolou normalmente do aeroporto Chiang Kai Shek International Airport (hoje rebatizado de Taiwan Taoyuan International Airport) em Taoyuan com destino ao Hong Kong International Airport.

A tripulação técnica do Boeing 747-209B, prefixo B-18255, da China Airlinesera formada pelo Comandante Yi Ching-Fung, pelo Primeiro Oficial Hsieh Ya-Shiung e pelo Engenheiro de Voo Sen Kuo Chao. Todos os três pilotos eram aviadores altamente experientes - o capitão e o primeiro oficial tinham cada um mais de 10.100 horas de voo e o engenheiro de vôo tinha cronometrado mais de 19.100 horas de voo.


O voo decolou às 15h08 horário local (7h08 UTC) e estava programado para chegar a Hong Kong às 16h28 HKT (8h28 UTC). Às 15h16, o voo foi liberado para subir ao nível de voo 350 - aproximadamente 35.000 pés (11.000 m).

Depois de aproximadamente 25 minutos de voo, o Boeing 747-200 simplesmente desapareceu dos radares quando cruzava o FL350 (35.000 pés), próximo das ilhas Penghu no estreito de Taiwan. 

Nenhuma declaração de emergência, nenhum sinal de problema, nada. De uma hora para outra o Boeing 747, seus 19 tripulantes e 206 passageiros desapareceram. Vamos embarcar no voo 611.


Legenda:

Cap: Comandante

F/O: Primeiro-Oficial

F/E: Engenheiro de Voo.

F/A: Comissária

Cap-RDO: Comunicação com o solo feita pelo Comandante

F/O-RDO: Comunicação com o solo feita pelo Primeiro-Oficial

CAM: Cockpit Area Microphone; Microfone que capta sons na cabine de comando.

GND: Transmissão de rádio do controle de solo de Taipei.

TWR: Transmissão de rádio da torre do aeroporto de Taipei.

ACC: Transmissão de rádio do centro de controle de tráfego de Taipei.

OPS: Transmissão de rádio enviada pelo departamento de Tráfego da China Airlines.

MNT: Transmissão de rádio enviada pelo operador de terra da China Airlines.

Transcrição da caixa-preta de voz (CVR):

14h56:11: Início da gravação.

14h56:12 CAM: Som da seletora de acionamento do motor.

14h56:13 F/E: Desligando starter.

14h56:14 Cap: After-start checklist.

14h56:16 Cap-RDO: Solo, aqui da cabine.

14h56:17 MNT: Prossiga.

14h56:18 Cap: Pronto para check de flaps e leading edge.

14h56:20 MNT: Entendido, livre aqui no solo.

14h56:21 Cap: Flaps vinte.

14h56:22 F/O: Vinte.

14h56:30 Cap: Ok, after start checklist.

14h56:31 F/O: After start. Anti ice.

14h56:33 Cap: Desligado, desligado.

14h56:34 MNT: Senhor, confirmamos os flaps e leading edge extendidos.

14h56:35 F/O: Painel elétrico.

14h56:36 F/E: Check geral.

14h56:37 F/O: Aquecedor do porão de carga.

14h56:37 F/E: Normal.

14h56:37 Cap-RDO: Leading edge extendido e aeronave preparada para o táxi, vejo o seu sinal, até mais.

14h56:38 F/O: Sistema hidráulico.

14h56:38 F/E: Check.

14h56:42 MNT: Ok senhor. Até logo!

14h56:44 F/O: After start checklist completado.

14h57:05 F/O-RDO: Taipei, Dynasty 611, taxi.

14h57:08 GND: Dynasty 611, taxi via taxiway Sierra Sierra, aguarde antes da taxiway Sierra 5.

14h57:14 F/O-RDO: Taxi via Sierra Sierra aguardará antes da Sierra 5, Dynasty 611.

14h57:19 F/O: F/O: Sierra Papa.

14h57:29 Cap: Controles de voo?

14h57:32 F/E: Ok, esquerda direita, um, para baixo.

14h57:35 F/E: Esquerda, baixo direita, dois para cima, baixo.

14h57:41 Cap: Leme?

14h57:43 F/E: Todo à esquerda, todo à direita, neutro.

14h57:48 Cap: Taxi checklist por favor.

14h57:56 Cap: Taxi checklist.

14h57:57 F/E: Checklist.

14h58:03 F/E: Instrumentos de voo?

14h58:04 Cap: Check.

14h58:05 F/O: Check.

14h58:06 F/E: Controles de voo?

14h58:07 Cap: Check.

14h58:07 F/O: Check.

14h58:09 F/E: Flaps?

14h58:10 Cap: Vinte, vinte, verdes.

14h58:11 F/O: Vinte, vinte, verdes.

14h58:12 F/E: Vinte, vinte, verdes.

14h58:14 F/E: Trim?

14h58:15 Cap: Quatro, zero, zero.

14h58:18 F/O: Quatro, zero, zero.

14h58:19 F/E: Ok APU desligado.

14h58:21 F/E: ADP checado.

14h58:22 F/E: Temperatura dos freios, checada.

14h58:23 F/E: Taxi check completado.

14h58:24 Cap: Obrigado.

14h58:27 Cap: Briefing de decolagem.

14h58:28 F/O: Okay, após decolagem, mantenha a proa da pista, até marcação de 2 do DME.

14h58:36 Cap: DME número 1.

14h58:37 F/O: Oh, DME número 1, navegação.

14h58:46 F/O: Jessy, depois de Jessy direto para Chali.

14h58:53 Cap: Jessy.

14h58:54 F/O: Para Chali.

14h58:54 GND: Dynasty 611, continue taxi via taxiway Whiskey Charlie Sierra Papa para a pista 06.

14h59:01 F/O-RDO: via taxiway Whiskey Charlie Sierra Papa para a pista 06, Dynasty 611.

14h59:09 F/O: A transição é.

14h59:11 F/A: Cabine segura, completado o check de segurança.

15h00:45 F/O: Via Whiskey e Charlie.

15h00:51 F/E: Obrigado, cabine pronta.

15h01:37 GND: Dynasty 611 contate torre 118.7, tenha um bom dia.

15h01:41 F/O-RDO: 118.7, Dynasty 611, bom dia, senhora.

15h01:55 F/O-RDO: Taipei boa tarde, Dynasty 611 na Sierra Papa.

15h01:59 TWR: Dynasty 611, torre Taipei aguarde antes de ingressar na pista 06.

15h02:02 F/O-RDO: Aguardará antes de ingressar na 06, Dynasty 611.

15h05:51 F/E-INT: Tripulação, por favor sentados, decolagem em breve.

15h05:52 TWR: Autorizado alinhar pista 06, Dynasty 611.

15h05:57 Cap: Checklist antes da decolagem.

15h05:59 F/A-PA: Senhoras e senhores, estamos prontos para decolar, por favor verifiquem se os cintos de segurança estão bem afivelados.

15h06:07 Cap: Checklist antes da decolagem.

15h06:10 F/E: Okay, cabine pronta, recebidos os dados de decolagem?

15h06:13 Cap: Confirmado.

15h06:14 F/O: Confirmado.

15h06:14 F/E: Confirmado ignição na posição flight start. Transponder?

15h06:17 F/O: Ligado.

15h06:17 F/E: Painel de combustível checado, dois packs ligados.

15h06:39 F/E: Steering dos trens centrais?

15h06:40 Cap: Desarmado.

15h06:41 F/E: Luzes de aviso?

15h06:42 Cap: Check.

15h06:43 F/O: Check.

15h06:43 F/E: Check.

15h06:44 F/E: Identificação de pista?

15h06:45 Cap: Check de identificação.

15h06:46 F/E: Check.

15h06:46 F/O: Check.

15h06:47 F/E: Aguardando autorização de decolagem.

15h07:09 TWR: Dynasty 611, pista 06, livre decolagem vento 050 com nove.

15h07:15 Cap-RDO: Livre decolagem, Dynasty 611.

15h07:17 F/E: Okay, autorizada a decolagem.

15h07:19 Cap: Decolagem autorizada.

15h07:20 F/E: Checklist de decolagem completo.

15h07:22 CAM: O microfone capta o som dos motores acelerando.

15h07:33 F/E: Potência de decolagem.

15h07:34 Cap: Check.

15h07:43 Cap: Oitenta.

15h07:44 F/O: Check.

15h07:51 Cap: V-1!

15h07:55 Cap: Rotate!

15h08:02 Cap: Razão positiva.

15h08:03 F/O: Recolher trem de pouso.

15h08:06 F/O: IAS.

15h08:07 Cap:I AS.

15h08:31 TWR: Dynasty 611, contate Taipei Approach em 125.1, tenha um bom dia.

15h08:35 Cap-RDO: Bom dia!

15h08:45 F/O: Potência de subida, velocidade vertical em 1 mil.

15h08:52 Cap-RDO: Controle Taipei, Dynasty 611 decolado, passando 1.600 pés.

15h08:56 APP: Dynasty 611 Controle Taipei, contato radar, suba e mantenha nível 260, cancele restrição de subida ao nível 220.

15h09:03 Cap-RDO: Autorizado direto ao 260, cancelado 220, Dynasty 611.

15h09:06 F/E: Potência de subida selecionada.

15h09:08 F/O: Okay, flap cinco, flap dez.

15h09:16 F/E: Dez, dez.

15h09:17 F/O: Flap cinco.

15h09:20 Cap: Cinco.

15h09:25 F/E: Flap cinco.

15h09:33 F/O: Flap um.

15h10:09 F/E: Um, um, verdes.

15h10:09 Cap: Um, um, verdes.

15h10:10 F/O: Okay, Flap up.

15h10:20 F/E: Up, up, luzes apagadas.

15h10:33 APP: Dynasty 611 proceda direto proa Chali e retome navegação própria.

15h10:37 Cap-RDO: Proceda direto proa Chali e retome navegação própria, Dynasty 611.

15h10:50 F/O: IAS.

15h11:15 F/O: Autopilot B acionado.

15h11:51 F/E: Check de service para tripulação de cabine, por favor.

15h12:00 F/E-RDO: Operações?

15h12:02 F/E: Taipei Operações, Dynasty 611.

15h12:10 OPS: Prossiga.

15h12:11 F/E-RDO: 611, Taipei 0650 diagonal 08, Hong Kong 0828.

15h12:17 OPS: 611 entendido, 0650 diagonal 08, Hong Kong 0828, tenha um bom voo.

15h12:27 F/O: Check de serviço de cabine.

15h12:38 F/O: Um zero um três.

15h12:54 F/O: Velocidade.

15h16:05 APP: Dynasty 611, contate controle Taipei em 126.7.

15h16:09 Cap-RDO: 126.7, Dynasty 611.

15h16:17 Cap-RDO: Controle Taipei, Dynasty 611, passando nível 187, continue para nível 260.

15h16:23 ACC: Controle Taipei, Dynasty 611 identificado, suba e mantenha nível 350. De Chali voe direto na proa de Kadlo.

15h16:30 Cap-RDO: De Chali irá direto para Kadlo, autorizado para o 350, Dynasty 611.

15h16:36 F/O: Obrigado.

15h17:35 Cap: Obrigado.

15h26:24 Cap: Dois mil.

Nada mais se falou na cabine de comando. O Boeing 747 subia em rota em meio à claridade da tarde. Tudo ia bem e em questão de minutos, o Boeing deveria pousar em Hong Kong, em mais um voo absolutamente rotineiro de apenas 501 milhas. No entanto, o destino aguardava uma terrível surpresa para os ocupantes do jumbo.

As 15h28m02s, o microfone de cabine grava um som não identificado, por menos de um segundo. Foi este o súbito fim da gravação do CVR. É também foi o fim do voo 611 e de seus desafortunados ocupantes. Nesse exato instante, a fuselagem rompeu-se e sob efeito da pressão interna muito maior, rasgou-se. O 747 explodiu, fragmentando-se e iniciando uma cadeia de eventos impressionantes.

Às 17h05, uma aeronave militar Lockheed C-130 Hercules avistou um avião de passageiros acidentado 23 milhas náuticas (26 milhas; 43 km) a nordeste de Makung, Ilhas Penghu. Manchas de óleo também foram detectadas às 17h05; o primeiro corpo foi encontrado às 18:10. Os pesquisadores recuperaram 15% dos destroços, incluindo parte da cabine, e não encontraram sinais de queimaduras, explosivos ou tiros.


Não houve nenhum sinal de socorro ou comunicação enviada antes do acidente. Os dados do radar sugerem que a aeronave se partiu em quatro pedaços enquanto estava no FL 350. Esta teoria é apoiada pelo fato de que alguns artigos mais leves que teriam sido encontrados dentro da aeronave foram encontrados a até 80 milhas (70 nm; 130 km) do local do acidente em vilas no centro de Taiwan. Os itens incluíam revistas, documentos, bagagem, fotografias, dólares taiwaneses , cartões de segurança de aeronaves e uma fronha da China Airlines com relevo e manchada de sangue.

O avião deveria estar nivelado quando se aproximou de sua altitude de cruzeiro de 35.000 pés (11.000 m). Pouco antes do desmembramento, dois dos quatro motores da aeronave começaram a fornecer empuxo um pouco mais alto, o que mais tarde foi descoberto estar dentro dos intervalos normais de desvio. Todos os quatro motores foram recuperados do mar e não haviam sofrido nenhum defeito antes do acidente. Pedaços da aeronave foram encontrados no oceano e em Taiwan, inclusive na cidade de Changhua.


Os governos de Taiwan e da República Popular da China cooperaram na recuperação da aeronave; os chineses permitiram que o pessoal de Taiwan procurasse corpos e fragmentos de aeronaves nas partes do estreito de Taiwan controladas pela República Popular da China. 

A China Airlines solicitou aos parentes que enviassem amostras de sangue para testes de DNA no Criminal Investigation Bureau of National Police Administration (agora National Police Agency ) e em dois outros locais.

O United Daily News afirmou que alguns parentes de passageiros descreveram a existência deste voo para Hong Kong como sendo "desnecessário". A maioria dos passageiros pretendia chegar à China Continental , mas devido à falta de ligações aéreas directas entre Taiwan e a China Continental, os viajantes tiveram de voar através de Hong Kong; os parentes defenderam a abertura de ligações aéreas diretas entre Taiwan e a China Continental, que acabou sendo realizada.


A dura realidade mostrou-se horas depois, quando os primeiros destroços e os corpos de 82 ocupantes foram encontrados boiando por um C-130 enviado para localizar e resgatar as vítimas. O primeiro contato deu-se as 17h05. O primeiro corpo foi recolhido por um navio pesqueiro as 18h10. Dos corpos encontrados, 66 estavam totalmente vestidos; 25 parcialmente e 50 totalmente despidos. Todos estes passageiros despidos ocupavam a parte traseira da aeronave.

O fato dos ocupantes da parte traseira estarem sem roupas começa a indicar algo: a súbita descompressão ocorrida na área. As roupas foram simplesmente arrancadas dos corpos pela monumental força do fluxo de ar escapando da cabine em uma fração de segundos. Ficou aparente que o Boeing 747 havia se desintegrado em pleno ar, subitamente.


As autópsias e partes do jato recuperadas (no total de 15% do peso estrutural) não traziam sinais de fogo, explosivos, ou danos provocados por mísseis e/ou outros danos provocados de fora para dentro da aeronave. Ela simplesmente desintegrou-se e caiu em quatro grandes partes. O que teria provocado essa catástrofe?

A aeronave envolvida, matriculada B-18255 (matrícula original na entrega B-1866) tinha o Manufacturer's Serial Number (MSN) 21843, e era o último Boeing 747-200 dedicado ao transporte de passageiros na frota da China Airlines. 

Entregue novo em 1979, tinha voado nada menos que 64.810 horas. Aquele seria seu penúltimo voo pela China Airlines. Ao retornar de Hong Kong, seria entregue à Orient Thai Airlines, da Tailândia, que o havia adquirido pela módica quantia de US$ 1,45 milhão.


Ao se examinar o histórico da aeronave, um fato chamou a atenção: no dia 7 de fevereiro de 1980, o jato fez um pouso duro e bateu com a cauda na pista do aeroporto de Hong Kong. A aeronave foi trasladada para Taipei no mesmo dia, despressurizada, pois a fuselagem havia sofrido danos relevantes. 

O time de manutenção da companhia executou reparos permanentes no jato entre 23 e 26 de maio de 1980. No entanto, e isto ficaria claro somente durante a investigação, a China Airlines descumpriu as normas de reparos constantes no manual da Boeing intitulado SRM (Structural Repair Manual). 

A área danificada, próxima à Seção 46, não foi removida e as placas duplas que deveriam ter sido adicionadas com pelo menos 30% de superposição sobre a estrutura da fuselagem danificada não foram aplicadas com esta margem de segurança. 


Desta maneira, a fuselagem teve sua durabilidade e força estrutural comprometidas. A incrível coincidência é que, ainda assim, o reparo aguentou por exatos 21 anos e 364 dias desde sua aplicação sem ceder ao estresse dos contínuos ciclos de pressurização - mais de 60 mil vezes. Aqui, o Relatório Final do acidente.

Incrível é notar que a mesmíssima causa foi o fator causador da queda do voo 123 da JAL. Quiz o destino que, naquela tarde de ar calmo, a conta pelo serviço mal executado fosse cobrada. Infelizmente, as lições do JAL 123 parecem ter sido desconsideradas pela companhia de Taiwan. O preço pago pela desatenção e despreparo técnico foram os mais altos possíveis: 225 vidas subitamente ceifadas.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com ASN, Wikipedia, baaa-acro, Acidentes e Desastres Aéreos com parte importante dste relato extraído do extinto site Jetsite, do Gianfranco "Panda" Beting, da seção Blackbox, com fins de não se deixar perder o conteúdo daquele site.

Aconteceu em 25 de maio de 2000: Voo 812 da Philippine Airlines - Sequestrador pega o dinheiro e pula do avião


Nas Filipinas, onde quase tudo é surreal, é preciso um tipo especial de loucura para se destacar. Pelo que vale a pena, o homem que se autodenominava Augusto Lakandula conseguiu fazer história exatamente como aquele tipo especial de loucura.

Lakandula é 'famoso' por sequestrar o voo 812 da Philippine Airlines em um assalto no ar bizarramente amadorístico que terminou com ele pulando - ou sendo empurrado para fora - do avião com nada além de um para-quedas feito em casa.

Em 25 de maio de 2000, Airbus A330-301,  prefixo F-OHZ?*, da Philippine Airlines, realizando o voo 812 da PAL, partiu do Aeroporto Francisco Bangoy em Davao às 14h, em direção ao Aeroporto Centennial em Manila. Levava 278 passageiros, três pilotos, nove comissários de bordo e dois instrutores de tripulação de cabine. Um desses passageiros, sentado no 28G, chamava-se Augusto Lakandula.

Uma hora e quinze minutos de voo, enquanto o avião se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, Lakandula vestiu uma máscara de esqui azul e óculos de natação, pegou uma arma e uma granada que havia contrabandeado para bordo e se aproximou do avançado cozinha onde alguns dos tripulantes estavam sentados. Ele apontou a arma para a cabeça da comissária de bordo Margaret Bueno e anunciou que era um assalto.

Um instrutor sentado com Bueno saiu correndo da galeria, enquanto Lakandula levava Bueno consigo enquanto ele abria caminho até a cabine para dar ordens aos pilotos. O sequestrador disparou contra a antepara da aeronave para forçar os pilotos a deixá-lo entrar na cabine de comando, enquanto o instrutor correu para a parte traseira do avião para encontrar Francis Cabel, que era o chefe da tripulação designada para o voo.

Na cabine, o sequestrador encontrou três pilotos: o capitão Butch Generoso, o capitão navegador Edwin Nadurata e o primeiro oficial Caloy Neri. Lakandula acenava com a arma na mão direita, enquanto a outra segurava uma granada sem o alfinete de segurança. O capitão Generoso mais tarde descreveria o sequestrador como sendo "muito zangado, muito temperamental".


Nesse ínterim, na parte traseira da aeronave, Francis Cabel foi informado da situação. O comissário sênior instruiu os membros da tripulação de cabine a permanecerem calmos enquanto ele se dirigia à cabine. O sequestrador olhou para Cabel e apontou a arma para a testa de Cabel, dizendo a ele, "Todos nós vamos morrer."

O capitão Generoso disse a repórteres que Lakandula havia dito que sua esposa tivera um caso com um policial de Davao. Outra testemunha ocular disse que Lakandula havia dito: "Eu fiz isso por causa da polícia idiota de Davao".

De acordo com o relato de Cabel, no entanto, o sequestrador disse que estava fazendo isso por dinheiro. Cabel, supondo que o homem mascarado era de Cebu, aventurou-se a conversar em Cebuano, dizendo: "Você é meu irmão. Não deixe nada de ruim acontecer com nosso voo. Não machuque ninguém. Conte-me seu problema e eu o ajudarei".

Cabel disse que Lakandula disse que ele precisava de dinheiro, então Cabel tirou o dinheiro de sua carteira e deu a Lakandula. Ele também foi ao sistema de PA para pedir aos comissários de bordo que coletassem "doações voluntárias" dos outros passageiros, evitando deliberadamente usar as palavras "sequestro" ou "roubo" para evitar o pânico.

O sequestrador olhou para Cabel e apontou a arma para a testa de Cabel, dizendo a ele, "Todos nós vamos morrer."

De volta à cabine, o sequestrador exigia que os pilotos fizessem a volta com o avião para voltar a Davao. O navegador se opôs, dizendo-lhe que o avião não tinha combustível suficiente para fazer todo o caminho de volta.

Em vez disso, Lakandula pediu a alguém que recuperasse a mochila que ele havia deixado em seu assento. Quando lhe foi trazido, ele esvaziou parte de seu conteúdo - algumas mudas de roupa - e pediu que a mochila fosse colocada nele. Cabel se lembrou que Lakadula cheirava a bebida alcoólica.

Agora o sequestrador instruiu os pilotos a levá-lo até Samar. Talvez sentindo a confusão de Lakandula, os pilotos se afastaram de Manila e disseram a ele que estavam em Samar.

Nesse ponto, Lakandula preparou seu próximo movimento audacioso. Enquanto o avião sobrevoava a cidade de Antipolo, ele tirou o que parecia ser um para-quedas de náilon de sua mochila. Algumas das testemunhas dizem que o para-quedas parecia mais uma tenda reaproveitada.

Lakandula então pediu a um dos pilotos que lhe mostrasse como pular do avião. Durante a demonstração, o piloto viu que o para-quedas não tinha corda de rasgo. Ele pegou a faixa de uma das cortinas do avião e a prendeu no para-quedas improvisado.

“O cara sabia o que estava fazendo”, Cabel disse mais tarde em uma entrevista ao Sunday Inquirer. “Primeiro ele exigiu que descêssemos a 10.000 pés. E então ele instruiu que nivelássemos a 7.000 pés. Terminamos em 6.000 pés. Então ele queria que a porta traseira fosse aberta. Eu diria que foi um movimento planejado: ele trouxe um paraquedas. Ele realmente queria pular."

Lakandula pediu que a porta traseira fosse aberta, mas ele não parecia estar ciente da física desse movimento. Abrir uma porta durante o voo causaria uma rápida despressurização dentro do avião, explodindo tudo perto da abertura. 

Quando um dos pilotos ousou expressar uma objeção, Lakandula supostamente disse: "Abra a porta, ou vou explodir a cabeça dessa aeromoça. A família se foi. Vou retaliar, preciso de dinheiro."

Cabel se ofereceu para levar o sequestrador para a retaguarda, e Lakandula caminhou com o mordomo, com a granada pressionada no pescoço de Cabel e a arma presa em suas costelas. Os passageiros foram instruídos a olhar para baixo.

Quando eles chegaram na parte de trás, Cabel calmamente falou com os pilotos pelo rádio para pedir permissão para soltar as travas da porta traseira. Os pilotos deram permissão e Cabel abriu a porta.

De fato, o vento derrubou Cabel e ele se viu sendo jogado de um lado para outro enquanto segurava um arreio para salvar sua vida. O próprio Lakandula parece ter ficado surpreso; talvez ele tenha mudado de idéia. "Ele nunca pensou que eu a abriria. Ele também ficou surpreso. Eu disse: 'A porta está aberta. Pule!' E ele voltou pela porta traseira", disse Cabel ao Inquirer.

Nesse ponto, Lakandula preparou seu próximo movimento audacioso. Enquanto o avião sobrevoava a cidade de Antipolo, ele tirou o que parecia ser um para-quedas de náilon de sua mochila.

É aqui que a história fica ainda mais complicada. O sequestrador tentou pular, mas o vento prendeu seu corpo de uma maneira peculiar - metade fora do avião e metade dentro da cabine - de modo que ele não conseguia se mover. 

Foi aqui que Cabel tomou uma decisão em frações de segundo: ele viu que, enquanto a arma estava fora, o sequestrador ainda segurava a granada. Então Cabel empurrou Lakandula para fora do avião.



Muitos acreditam que Cooper ganhou muito e passou a aproveitar seus ganhos ilícitos, já que seu corpo nunca foi encontrado. (Apenas neste ano, os investigadores do FBI alegaram que finalmente desvendaram o mistério de sua identidade).

O mesmo não pode ser dito sobre Lakandula. Soldados recuperaram seus restos mortais três dias depois, enterrados na lama cerca de 70 quilômetros ao sul de Metro Manila, na vila de Llabac em Real, Quezon.

Ele pode ter sobrevivido à queda de 6.000 pés, apenas para se afogar. Os investigadores, por meio de sua carteira de motorista, descobriram que seu nome verdadeiro era Reginald Chua.

Ele deixou para trás sua arma e um sapato a bordo do voo 812. A tripulação continuou o voo para Manila, onde o avião pousou em segurança. Não houve feridos aos passageiros ou tripulantes.


Seu irmão mais velho, Rannie Chua, disse às autoridades que Reginald sempre quis praticar paraquedismo. Pular do voo PAL 812, entretanto, foi sua primeira e última tentativa.

*O número correto do prefixo da aeronave não foi confirmado.

Por Jorge Tadeu (com ASN, Wikipedia, Esquiremag.ph)

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Via Cavok Vídeos