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O investimento conjunto para o desenvolvimento do projeto, segundo a FAB, é de US$ 130 milhões, sendo US$ 53 milhões do Brasil. O governo brasileiro investirá ainda na capacitação da indústria nacional e em transferência de tecnologia, algo em torno de US$ 109 milhões. Os recursos são financiados em parte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Desde 2007, uma equipe de 19 militares da FAB, entre engenheiros das áreas de sistemas, aeronáutica, mecânica e eletrônica, permanece na África do Sul para participar do programa. Outros 27 profissionais brasileiros das empresas Mectron, Avibrás e Opto Eletrônica também participam do projeto, que está sendo desenvolvido nas instalações da empresa sul africana Denel Dynamics.
O A-Darter é um míssil de combate ar-ar de quinta geração e curto alcance, que será integrado aos caças F-5 da FAB e nos futuros caças do programa F-X2. O míssil também já está sendo testado nos novos caças Gripen da SAAF (South African Air Force). A SAAF comprou 26 Gripen, sendo que 15 já foram entregues. A previsão da FAB é de que o A-Darter esteja pronto para iniciar sua operação em 2014. O míssil será co-produzido no Brasil pela Mectron.
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De acordo com apresentação feita pelo Ministério da Defesa, no fim de 2009, sobre Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas, no contexto da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do governo federal, o projeto tinha concluído 75% do seu desenvolvimento, incluindo os protótipos, lote piloto e a sua certificação. A próxima etapa seria a industrialização do míssil, que terá uma versão brasileira, mas intercambiável com o equipamento produzido na África do Sul.
A primeira fase de desenvolvimento do míssil pelo Brasil incluiu a absorção de tecnologia até chegar ao nível dos sul africanos, que já estavam mais à frente no desenvolvimento do projeto. A fase seguinte, que já foi iniciada, consiste na reprodução dos sistemas do míssil no Brasil e na adequação industrial do projeto para o desenvolvimento de uma versão brasileira, adaptada às necessidades da FAB.
"O programa do A-Darter é semelhante ao AMX (desenvolvimento de um caça entre Brasil e Itália, com a participação das empresas italianas Alenia e Aermacchi e da Embraer). A diferença é que no A-Darter os dois países terão autonomia para fazer o míssil completo", explica o presidente da Avibrás. A empresa é a responsável pelo desenvolvimento do motor do míssil.
Segundo a Aeronáutica, a principal vantagem do projeto A-Darter para as empresas brasileiras é que ele dá a chance delas participarem do mercado mundial de exportação de um produto restrito e de alta tecnologia. "Abre-se ao parque industrial brasileiro a chance de vender produtos comparáveis aos disponíveis nos países desenvolvidos e que permanece inacessível à maioria das Forças Armadas do mundo".
Com o programa do míssil, segundo a FAB, o Brasil terá ainda ganhos de conhecimento em tecnologias de detecção infra-vermelho, redes neurais no apoio à decisão, simulação de ambientes dinâmicos, óptica de alta precisão, controle e navegação, entre outras. "As empresas nacionais são responsáveis pela reprodução de subsistemas do míssil e para isso têm acesso aos dados do projeto e recebem capacitação para serem fornecedoras", informou a FAB.
Fonte: Valor Online via Administradores.com.br - Imagens: defesabr.com / defenseindustrydaily.com