domingo, 18 de outubro de 2009

Aeroporto Internacional de Guarulhos: O horror da volta

Projetados para atender no horário de pico da manhã, das 5 às 7 horas, a um fluxo de 3 600 pessoas, os dois terminais de Cumbica recebem até 52% a mais de passageiros. Em dias complicados, os viajantes chegam a levar duas horas para vencer as etapas do desembarque: imigração, retirada de bagagem e alfândega.

A Infraero, empresa estatal que controla os aeroportos do país, considera aceitável um intervalo entre 45 minutos e uma hora para cumprir todo esse périplo. Já os parâmetros internacionais recomendam uma espera de, no máximo, trinta minutos

Viajantes na sexta-feira (9), às 6h25, na fila da imigração

Depois de voltar tranquilamente de Milão a bordo de um Boeing da Alitalia num voo de brigadeiro, o consultor em internet Renato Mendes enfrentou turbulência inimaginável em terra firme. Desembarcou no Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, na última terça (13), às 5h45, e só conseguiu sair de lá às 7h10, quase uma hora e meia depois de deixar a aeronave. O tempo que perdeu no labirinto de cordinhas seria suficiente para ir e voltar do Rio de Janeiro. O calvário começou na fila da imigração. Foram dez minutos. Levou outros 35 para recolher a bagagem e quarenta minutos para vencer a etapa da alfândega. "Essa última foi a pior e a mais desorganizada", conta Mendes. "A confusão e a ânsia para furar a fila eram tão grandes que vi umas três pessoas batendo boca." Cansado e insone depois de doze horas de voo, ele até desistiu de dar aquela passadinha pelo free shop, outro famoso gargalo do aeroporto.

Naquela manhã, dezenove aviões e cerca de 4 750 viajantes aterrissaram em São Paulo entre 5 e 7 horas da manhã nos dois terminais de passageiros, que recebem tanto desembarques domésticos quanto internacionais. Essas duas horas são críticas porque concentram a maior parte dos voos que vêm da Europa, Estados Unidos e América Latina com destino ao Brasil. As manhãs em Cumbica costumam ser caóticas. Dependendo do dia da semana, até 22 aeronaves chegam ao aeroporto nesse intervalo, o que significa 5 500 pessoas circulando pelos quase 10 000 metros quadrados dos dois terminais. Trata-se de um movimento 52% maior do que aquele que o aeroporto comporta.

Resultado: brasileiros e estrangeiros chegam a gastar até duas horas para enfrentar a fila da imigração, recolher as malas nas esteiras e passar pela alfândega nos voos domésticos, é necessário apenas retirar a bagagem. "A situação daqui só se compara à de aeroportos africanos", diz Dario Chemerinski, diretor da divisão internacional da empresa alimentícia Gomes da Costa, que viaja duas vezes por mês para o exterior. "É um verdadeiro congestionamento de gente." Ele não é o único a reclamar do inferno do desembarque. A chiadeira é geral.

A Infraero, empresa estatal que controla os aeroportos do país, considera aceitável um intervalo entre 45 minutos e uma hora para cumprir todo esse périplo. Os parâmetros internacionais recomendam uma espera de, no máximo, trinta minutos. No aeroporto Incheon, de Seul, inaugurado em 2001 e considerado o melhor do mundo pelo quarto ano consecutivo em pesquisa do Airports Council International (AIC), realizada em 108 aeroportos, a espera no desembarque não ultrapassa os tais trinta minutos. Para comportar um movimento de 30 milhões de passageiros por ano, Seul conta com cinquenta postos de alfândega e 120 de inspeção de passaporte. "Além dessa infraestrutura, a maioria dos bons aeroportos é administrada pela iniciativa privada", afirma Eduardo Flores, secretário regional do AIC na América Latina. "Isso ajuda no diálogo com órgãos como a imigração e a alfândega."

A demora na chegada reflete a saturação vivida pelo mais movimentado aeroporto da América do Sul. Projetado para receber 17,5 milhões de passageiros por ano, Cumbica fechou 2008 com 20,4 milhões de usuários e a projeção é que esse número ultrapasse 21 milhões neste ano. Aviso aos viajantes: a situação tende a se complicar nas férias de dezembro, quando o movimento costuma aumentar até 15%. "É no horário de pico que esse estrangulamento fica mais evidente", explica o engenheiro Oswaldo Sansone, especialista em planejamento de aeroportos da Escola de Engenharia Mauá e superintendente de Cumbica na década de 90.

Desde sua inauguração, em 1985, Guarulhos sempre teve de lidar com um movimento maior do que o que poderia suportar. Pensado inicialmente para ser um terminal doméstico, o aeroporto logo passou a receber voos da América do Sul e teve de improvisar a estrutura de imigração e de alfândega. "Naquela época, o governo militar queria que o principal aeroporto internacional do país fosse o do Galeão, no Rio de Janeiro", explica o engenheiro Nicolau Fares Gualda, professor de engenharia de transportes da Poli-USP e um dos idealizadoresdo projeto. Não deu certo. Em 1991, quando parte do terminal 2 entrou em operação, o primeiro já estava saturado.

Aeroporto Incheon, em Seul, o número 1 do mundo: cinquenta postos de alfândega e 120 de inspeção de passaporte

Pressionadas por uma demanda cada vez maior, muitas companhias aéreas transferiram suas operações do Rio de Janeiro para São Paulo. Há cinco anos, a alemã Lufthansa, por exemplo, mantinha sete voos semanais de Frankfurt para São Paulo. Atualmente são doze. A espanhola Iberia também dobrou o número de voos diários desde 2004. E todas querem chegar ao Brasil no horário da manhã, mais conveniente para o passageiro que prefere viajar na madrugada e aproveitar o dia por aqui. "Hoje já não aceitamos mais novos voos entre 5 e 7 horas", diz o superintendente de Guarulhos, Jaime Parreira. "Estamos tentando ocupar os horários da tarde, quando o aeroporto fica mais ocioso."

O caos que reina na chegada a São Paulo é uma combinação de carências. Faltam tanto infraestrutura e espaço físico como também funcionários da Polícia e da Receita Federal para fazer literalmente a fila andar. A Infraero afirma que até 2013, quando deve ficar pronto o primeiro módulo do terceiro terminal, terá de quebrar a cabeça para ampliar os 10 000 metros quadrados disponíveis hoje para o desembarque. "Achar áreas livres no térreo, onde está localizada a chegada dos voos, é quase uma missão impossível", admite o superintendente Jaime Parreira. De fato, há pouca opção para crescer, mas uma das alternativas seria desapropriar lojas, cafés e outros pontos comerciais. No desembarque, poderiam começar pelo free shop, que ocupa mais metros quadrados que os setores de imigração e alfândega (veja as soluções dos especialistas mais abaixo). A Polícia Federal precisa investir na compra de mais máquinas leitoras de passaporte para povoar oito dos vinte guichês que estão vazios. Já à Receita cabe disponibilizar o mesmo efetivo que recruta para atender os passageiros na temporada de férias. "Isso acontece quando todas as esferas federais trabalham juntas", afirma Flores, da AIC.

Cumbica é uma cidade. Tem orçamento de 466,9 milhões de reais por ano. Diariamente passam por ali pelo menos 100 000 pessoas. Instalado em uma área de 13,7 milhões de metros quadrados, o aeroporto opera com apenas dois dos quatro terminais projetados. As 44 companhias aéreas nacionais e estrangeiras realizam 475 pousos e decolagens por dia. Aviões de quarenta modelos partem e chegam de 117 cidades espalhadas por 26 países. "Guarulhos é a principal porta de entrada de São Paulo e do país, mas conta com terminais que não suportam nem o fluxo de voos domésticos", afirma Nicolau Fares Gualda, professor de engenharia de transportes da Poli-USP. "É inadmissível que o maior aeroporto da América do Sul seja conhecido pelo excesso de burocracia e pela ineficiência de seus serviços".

Onde estão os gargalos

SETOR DE IMIGRAÇÃO

Quando há concentração excessiva de voos, os cerca de 1 000 metros quadrados destinados às filas de controle de passaporte da Polícia Federal em cada terminal ficam tomados de passageiros. A visão do labirinto de cordinhas, repleto de gente, é desanimadora. O congestionamento de pessoas chega a se espalhar pelos corredores que ligam os fingers à imigração. Há duas filas, uma exclusiva para brasileiros, que costuma fluir mais rápido, e outra para residentes no exterior. Os funcionários gastam de trinta segundos a um minuto e meio para verificar cada passaporte. Existem vinte guichês, mas não há funcionários em todos eles. Na sexta-feira (9), apenas doze funcionavam. "Faltam máquinas leitoras de passaporte para colocá-los em operação", diz a delegada Gilse Landgraf, coordenadora-geral de Imigração da PF. "Quatro delas, que estavam ociosas no Rio Grande do Sul, serão instaladas nos próximos quinze dias."

RETIRADA DE BAGAGENS

Cada um dos dois terminais dispõe de seis esteiras de bagagem, que, por sua vez, comportam as malas de até dois voos ao mesmo tempo. Ou seja: não há como atender mais que doze aeronaves simultaneamente em cada terminal. Quando isso acontece "e não é raro", cerca de 3 000 pessoas têm de se espremer, com carrinho e tudo, num espaço de 2 800 metros quadrados. Menos de 1 metro quadrado por passageiro. Efeito sardinha na certa.

ALFÂNDEGA

A última etapa obrigatória do processo de desembarque é a Receita Federal, que seleciona por amostragem os passageiros que terão a bagagem inspecionada. Podem ser retidas de 1% a 100% das pessoas, dependendo da origem do voo. Um funcionário, ao fim da fila, é responsável por apontar quem terá de abrir a mala, numa sala reservada. Segundo a Receita Federal, os dez agentes que trabalham por turno chegam a atender cerca de 2 500 passageiros por hora em cada terminal. Por isso, não raro, a fila costuma invadir a área das esteiras de bagagem. O efetivo dobra apenas em época de férias, quando o movimento aumenta em até 15%.

FREE SHOP

A Dufry responde por 22% da receita comercial do Aeroporto de Cumbica, estimada em 222 milhões de reais por ano. Mas o espaço que ocupa no terminal é maior do que o de muitos setores essenciais à circulação de passageiros. A butique se espalha por 1 516 metros quadrados, 50% mais do que os 1 008 metros quadrados do setor de controle de passaportes, por exemplo.

Chiadeira geral

‘Depois de ter passado uma noite inteira no avião, não é nada agradável ter de encarar até quarenta minutos na fila da imigração. E olha que sou francês naturalizado brasileiro desde 1997 e, por isso, a espera é na ala dos residentes, que costuma ser mais rápida que a de estrangeiros. Como viajo duas vezes por mês ao exterior, conheço muitos aeroportos. Em outros países existe espera no controle de passaporte, mas nada comparado ao que vivemos aqui.’ - Roland de Bonadona, diretor-geral da Accor Hospitality da América Latina

‘Viajo duas vezes por mês para países da África, do Oriente Médio e da América Central. O pior dia para desembarcar em Guarulhos é na segunda-feira pela manhã, das 4 às 8 horas. Já cheguei a ficar uma hora e meia na fila da imigração. É um verdadeiro congestionamento de gente. Como sei que vou me atrasar, sempre evito marcar reuniões na segunda cedo. A situação daqui só se compara à de aeroportos africanos.’ - Dario Chemerinski, diretor da divisão internacional da empresa alimentícia Gomes da Costa

‘Viajo para o exterior pelo menos dez vezes por ano. Acabo de voltar da China e do Japão. Sempre que regresso a São Paulo é como se passasse por um choque de civilizações. Perco pelo menos uma hora entre conseguir descer do avião, passar pela alfândega e deixar o aeroporto. Na época da epidemia de gripe A, cheguei a ficar duas horas na fila até ser liberada. Como sei que a demora é uma rotina em Cumbica, costumo viajar apenas com bagagem de mão.’ - Mayana Zatz, geneticista

‘Vivo em Miami desde 1994 e venho a São Paulo pelo menos três vezes por ano. Cansei de ver gente perder a conexão porque ficou presa na fila da imigração. Há muito mais agentes da Polícia Federal para fiscalizar a chegada dos brasileiros, que supostamente desembarcam com mais produtos importados, do que os estrangeiros, que vêm passar férias. Em Miami colocam o mesmo número de agentes nas duas filas. Deveria ser assim para agilizar o processo.’ - Dayse Martins, corretora de imóveis da Sotheby’s International Realty

‘Viajo cerca de seis vezes por ano para os Estados Unidos e países europeus e já me acostumei a gastar uma hora e meia de espera na imigração quando chego a São Paulo pela manhã. Apesar de morar aqui há dois meses, tenho passaporte sueco e preciso pegar a fila dos estrangeiros. Vejo que faltam pessoas trabalhando e uma maior organização.’ - Svante Hjorth, diretor-geral da empresa de telecomunicações Arycom

‘Nasci em Veneza e moro em São Paulo há cinco anos. Vivo no Brasil com visto de trabalho. Viajo com frequência para países da Europa e da América Latina. Perdi as contas de quantas vezes tive de aguardar até uma hora e meia na fila em Cumbica simplesmente porque a pessoa que me atendeu jamais tinha ouvido falar em um visto como o meu. Aí ela chamava o gerente, depois o chefe da Polícia Federal... O governo brasileiro precisa contratar mais pessoas para trabalhar na recepção de turistas e, acima de tudo, treiná-las melhor.’ - Matteo Murador, economista

O que pode e deve ser feito

Especialistas ouvidos por "Veja São Paulo" apontam algumas medidas viáveis que melhorariam a vida de quem chega a São Paulo em voos internacionais

PROPOSTA: ampliar Cumbica

Desde os anos 90, quando foi inaugurado o Terminal 2, a Infraero já falava em construir um terceiro setor para passageiros, com áreas exclusivas de imigração, alfândega e esteiras de bagagem, em Cumbica. A obra seria bancada pela empresa que administra os aeroportos brasileiros e deveria estar concluída em 2007. O tempo passou e nada foi feito. Somente em setembro último teve início o processo licitatório para a ampliação do aeroporto. Pelo novo projeto, está prevista a construção de um terminal de passageiros com 230 000 metros quadrados, um pátio com capacidade para até 44 aviões e um edifício-garagem com vagas para até 4 500 veículos. O Terminal 3 deve custar 1,6 bilhão de reais e levar quatro anos para ficar pronto. Na melhor das hipóteses, os 20 milhões de passageiros que passam por Cumbica anualmente verão a reforma concluída em 2013.

EFEITO: desafogaria o tráfego nos Terminais 1 e 2 e diminuiria o tempo entre o pouso do avião e a liberação do passageiro.

PROPOSTA: sobretaxar os horários mais concorridos para voos internacionais

Na Europa, as companhias se dispõem a pagar mais para ter o direito de explorar os horários mais procurados pelos passageiros. Com isso, viajantes atrás de passagens mais baratas optariam por voos que pousam em horários menos disputados. Críticos da medida argumentam que ela prejudicaria as empresas de pequeno porte, que não têm cacife para entrar nesse "leilão".

EFEITO: diminuiria o congestionamento de voos nos horários de pico e, consequentemente, as filas.

PROPOSTA: equipar melhor os guichês da Polícia Federal

Dos vinte guichês da Polícia Federal destinados a fiscalizar a documentação de passageiros brasileiros ou estrangeiros que chegam diariamente a Cumbica, apenas doze funcionam. E não é por falta de pessoal. De acordo com a delegada Gilse Landgraf, coordenadora-geral do setor de imigração da PF, os oito terminais restantes não operam por falta de maquinário específico para a leitura de passaportes. "Neste mês, pedimos à direção da PF para nos enviar quatro leitoras do Rio Grande do Sul", afirma. "Nos aeroportos de lá não há tanto movimento, e elas estavam ociosas." Descompassos como esse são bastante comuns na rede de fiscalização dos aeroportos. "O setor de imigração do Aeroporto de Guarulhos, que recebe 8,8 milhões de estrangeiros por ano, tem praticamente o mesmo número de fiscais da PF que o do Galeão, no Rio, que recebe 2,2 milhões de estrangeiros", diz Adalberto Febeliano, professor de economia do transporte aéreo na Universidade Anhembi Morumbi. Outro ponto delicado é a falta de treinamento de alguns profissionais terceirizados que lidam com turistas. Além de conhecimentos de inglês e espanhol, é desejável que esses atendentes saibam reconhecer os padrões de vistos de turismo, trabalho e de estudante exigidos pelo Brasil.

EFEITO: aumentaria a eficiência do serviço de imigração.

PROPOSTA: transferir a administração do Aeroporto de Viracopos para a iniciativa privada e torná-lo um novo polo para voos internacionais

Até a inauguração do Aeroporto de Guarulhos, em 1985, era Campinas, a 100 quilômetros da capital, que concentrava a maior parte dos voos internacionais que chegavam ou saíam do estado de São Paulo. De janeiro a agosto deste ano, Viracopos recebeu 1,9 milhão de passageiros em voos domésticos e apenas 1 785 em voos internacionais. Devido à proximidade da Copa de 2014, dirigentes da Iata, sigla em inglês da entidade que reúne 230 companhias aéreas de todo o mundo, têm se reunido com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Defesa para pedir que Viracopos seja transferido para a iniciativa privada e volte a ser um terminal de vocação cosmopolita. "Não se trata de privatização, e sim de concessão, como aconteceu com as rodovias", explica um dirigente da Iata que prefere não se identificar. De acordo com ele, construir um terceiro aeroporto paulistano no prazo de três anos é inviável. "Um aeroporto internacional custa de 4 bilhões a 5 bilhões de dólares e leva de cinco a dez anos para ficar pronto."

EFEITO: desafogaria o tráfego de voos internacionais na capital e criaria um novo polo regional para conexões.

PROPOSTA: mudar os free shops e as lojas da área de desembarque para outro setor do aeroporto

Desde 1978, quando a antiga Brasif inaugurou o primeiro free shop do país, os brasileiros que voltavam de viagens ao exterior se habituaram a passar pela imigração e ir direto às compras. Sete anos depois, a empresa abriu uma loja de 1 516 metros quadrados bem ao lado da esteira de bagagens do Aeroporto de Guarulhos. A butique de importados, hoje pertencente ao grupo Dufry, ocupa quase um terço da área de desembarque internacional, que tem 5 000 metros quadrados. A filial que funciona no Terminal 2 tem exatamente o mesmo tamanho: 1 516 metros quadrados. É maior, por exemplo, que o setor de conferência de passaportes, que tem 1 000 metros quadrados. Na opinião de Anderson Correia, diretor da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), a transferência dos pontos comerciais que ocupam o setor de desembarque para outras áreas do aeroporto seria uma solução para diminuir as filas. "Com o número de passageiros que recebe hoje, Guarulhos precisaria no mínimo de mais dez esteiras de bagagem, mas simplesmente não existe espaço onde alocá-las", explica.

EFEITO: poderiam ser aumentados tanto o número de esteiras de bagagem quanto o de cabines da Polícia Federal, usadas para conferência de passaportes.

Fonte: Maria Paola de Salvoe Sara Duarte (Veja São Paulo) - Fotos: Greg Salibian (Folha Imagem)

Paranaenses participarão de competição de Aerodesign

A equipe Fênix vai participar com um avião biplano

Três equipes de estudantes de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) irão representar o Estado na 11.ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, que acontece de 22 a 25 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, no estado de São Paulo.

As equipes irão competir com aviões radiocontrolados e projetados pelos próprios estudantes. Da UFPR, irão participar do evento a equipe Fênix, com um avião biplano; e a X Goose, com uma aeronave Canard. Já da UFPR, a equipe participante é a Anhanguera, com um monoplano. “No total, devem participar da SAE Brasil 85 equipes, de diversos estados. A competição tem um nível bastante alto”, comenta o integrante da Anhanguera, Roger Assunção.

Segundo o integrante da Fênix, Murilo Heeren, a competição tem como objetivo despertar o interesse dos estudantes pela aviação, que anualmente necessita de um número grande de novos engenheiros. “A Engenharia Aeronáutica é um ramo da Engenharia Mecânica. A competição nos estimula a gostar da área e ensina coisas que não aprendemos em sala de aula”, afirma.

Durante a competição, as avaliações e a classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo. Os critérios utilizados são baseados em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica. As equipes que obtiverem a melhor pontuação ganham o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, no próximo ano, nos Estados Unidos.

Fonte: Cintia Végas (Paraná Online) - Foto: Átila Alberti

Azul põe Natal (RN) em nova rota aérea

No próximo dia 1º de dezembro, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras começará a atuar em Natal, com tarifas a partir de R$ 199. A companhia irá operar um vôo diário, sem escalas, entre a capital potiguar e a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, com a rota sendo realizada por dois jatos Embraer, que juntos terão capacidade de transportar 224 passageiros.

De acordo com o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting, o mercado potiguar estava nos planos da empresa há muito tempo, por Natal ser uma cidade com grande potencial turístico. “Mas decidimos começar a atuar a partir de dezembro próximo, por incorporar dois novos aviões à nossa frota e ter a possibilidade de oferecer um serviço de qualidade para a capital do estado”, revela.

O diretor de marketing ressalta que a Azul Linhas Aéreas é uma empresa de baixos custos, que prima pela alta qualidade de seus serviços, apontando como um dos diferenciais o fato de os aviões da companhia possuírem apenas duas fileiras, com duas poltronas cada. Um dos modelos do jato da Embraer que integram a frota da empresa tem capacidade para transportar 106 passageiros, enquanto no outro viajam 118 pessoas.

Além disso, se o cliente optar pela tarifa Azul Flex Plus, passa a ter o direito de sentar na parte dianteira da aeronave, com um espaço adicional de 12 centímetros entre as fileiras. “Dessa forma, o cliente fica com 86 centímetros entre as fileiras, que é o maior espaço da classe econômica do país. E também pelos nossos aviões não terem a poltrona do meio, principalmente em vôos longos, os clientes da Azul viajam com muito conforto e isso faz uma tremenda diferença”, completa.

Outro serviço oferecido pela companhia é o acesso ao Programa de Vantagens Tudo Azul, por meio do qual os clientes se cadastram e passam a receber créditos para utilizar ao comprar passagens, no site da companhia (www.voeazul.com.br). “O passageiro potiguar pode se cadastrar antes mesmo de a empresa começar a voar na capital e já pode utilizar os créditos em sua primeira compra”, conta Gianfranco Beting.

Ainda segundo o diretor de marketing da companhia, o vôo partirá de Natal às 12h50 e, em Campinas, o passageiro embarcará com destino a Natal às 10h. “Os clientes que saírem de Natal terão a opção de realizar conexões no aeroporto de Viracopos, com tempo de solo muito pequeno, para cidades do estado de São Paulo localizadas ao sul de Campinas ou para os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, explica Beting.

Com a entrada de Natal na rota da Azul, a companhia aérea passa a atuar em 15 cidades brasileiras. Na região Nordeste, as cidades de Recife, Salvador, Fortaleza e Maceió já integram a malha aérea da empresa e, por enquanto, Natal será a única cidade potiguar a receber vôos da Azul.

Atualmente, a frota da empresa é composta por 12 aeronaves, sendo sete jatos modelo Embraer 190 e cinco do Embraer 195 e a previsão é de que até o final do ano, sejam 14 aviões.

Fonte: Tribuna do Norte

Trip cresce 70% e planeja chegar a R$ 1.183 milhões de faturamento até 2011

Evaristo Mascarenhas, diretor de Marketing da Trip, divulgou na sexta-feira (16), durante palestra na 4º Convenção da Abav-BA, alguns dados e previsões da companhia aérea. Segundo o diretor, a empresa, que cresceu 40% anualmente até 2007, vem apresentando, desde o ano passado, crescimentos de 70%, e a expectativa é manter a taxa pelo menos até ano que vem. Dessa forma, o faturamento anual da Trip, que este ano deverá fechar em R$ 502 milhões, deve chegar a R$ 1,183 em 2011.

Mascarenhas também anunciou um aumento na frota da companhia, que deve chegar a 63 aeronaves em 2013. Atualmente a empresa trabalha com 27. "Encomendamos cinco jatos Embraer 175 este ano, dos quais quatro já chegaram. Para 2010 e 2011, já pedimos mais dez do mesmo modelo", conta. As cidades operadas pela Trip devem aumentar também. De 73 cidades que a companhia trabalha atualmente, número deve aumentar para 100 até 2010.

O executivo salientou que a Trip apresenta um perfil de aviação regional e que espera que o Brasil aposte nesse segmento, como é feito no resto do mundo. Suas aeronaves possuem uma média de 70 assentos e devem transportar, até o final do ano, 1,6 milhão de passageiros.

Fonte: Juliana Siqueira (Mercado & Eventos)

Grupo finaliza proposta para incentivo à aviação regional

Anteprojeto que será apresentado na próxima semana amplia a atividade econômica do setor e vai indicar fontes de recursos para subsidiar as linhas essenciais e reformar os aeroportos.

A Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aéreo Regional e especialistas dos ministérios da Fazenda e da Defesa vão trabalhar em conjunto para finalizar, em uma semana, uma proposta que amplie essa atividade econômica.

O grupo pretende definir de que forma viriam os recursos federais para reformar os aeroportos e promover o subsídio das chamadas linhas essenciais, as que precisam ficar ativas mas não são economicamente viáveis.

A apresentação do anteprojeto para ampliar e estimular os investimentos no setor está prevista para a solenidade de lançamento oficial da frente parlamentar, que vai ocorrer na próxima semana.

A aviação regional é aquela que trabalha predominantemente em cidades do interior, dentro de um estado ou entre estados. Esse transporte não possui o mesmo tamanho nem movimenta o mesmo capital do transporte aéreo nacional, mas é importante para ligar de forma ágil regiões do País que, sem o acesso aéreo, ficariam isoladas.

Financiamentos do BNDES

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional, Apostele Lack, que participou de reunião na Câmara com a frente parlamentar, o anteprojeto pretende melhorar a infraestrutura dos aeroportos pequenos e médios, que precisam de reformas. "Além disso, o setor quer conquistar para as empresas o direito de pegar financiamentos do BNDES para comprar aviões, e assim não comprometer o caixa delas", disse Lack.

Outro ponto de discussão é o subsídio para as chamadas linhas essenciais. O presidente da frente parlamentar, deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), acredita que é importante definir de onde virá o capital, para evitar a desativação dessas linhas.

"Elas são necessárias para o sistema federativo do Brasil, para a União. E o subsídio dessas linhas especiais deverá sair de algumas fontes", ressaltou o parlamentar, para o qual a participação do Ministério da Fazenda nessa indicação é imprescindível.

Fonte: Bruno Angrisano/Rádio Câmara/SR (Agência Câmara)

Aeroporto de Ilhéus (BA) só será liberado em dezembro

A novela dos voos noturnos para o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, na Bahia, parece que está longe do capítulo final. Em julho o Ministério da Defesa assegurou que o aeroporto voltaria a funcionar normalmente em outubro.

Porém, no início deste mês, o jornal A Região informou, com exclusividade, que isso não iria ocorrer. Ao ler a notícia, os deputados Raymundo Veloso e Geraldo Simões tentaram esclarecer a situação com o Decea, mas não tiveram retorno.

Na quinta-feira o superintendente da Infraero em Ilhéus, João Bosco Bezerra, afirmou que o retorno dos voos noturnos só deve ocorrer em um prazo de 60 dias. O aeroporto Jorge Amado está operando com restrições desde 2007.

O aeroporto ainda depende da autorização do Departamento de Controle do Tráfego Aéreo (Decea) para voltar a operar normalmente. No início do mês a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil informou que foram encontradas irregularidades.

Ela não informou quais, mas a Infraero diz que não há mais restrições. O que existe é a necessidade do Decea informar os novos procedimentos de pouso e decolagem às empresas aéreas e receber delas planos para novos horários.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ilhéus, João Bosco Bezerra afirmou que o relatório do Decea concluiu que o aeroporto se encontra apto para voltar a ter os voos noturnos.

Fonte: A Região

Exército da Colômbia prende dois acusados de planejar atentado contra o avião do presidente Álvaro Uribe

O Exército da Colômbia informou ontem (17) as prisões de supostos integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) acusados, entre outros crimes, de terem planejado um atentado contra o avião do presidente Álvaro Uribe.

Liliana Gutiérrez, conhecida por Juana Camila, e Eduardo Sarmiento, de codinome Pacho, foram detidos em uma zona central da cidade de Tunja, no departamento de Boyacá, leste do país, e levados a Bogotá, onde serão decretadas as ordens de captura.

A Procuradoria pede a prisão dos dois pelos crimes de rebelião, terrorismo e extorsão. Eles também são acusados de serem os autores intelectuais e materiais dos atentados cometidos em 2002 e em 2005 contra o ex-senador Germán Vargas Lleras, agora pré-candidato às presidenciais de 2010.

Além dos ataques contra Lleras, também são atribuídos aos detidos o planejamento do sequestro do filho do empresário Luis Carlos Sarmiento Angulo, a autoria de incêndios de vários veículos oficiais em setembro de 2008, em Bogotá, e a organização de protestos na Universidade Pedagógica e Tecnológica da Colômbia.

Segundo o Exército, em um computador do líder da Frente Urbana das Farc, Antonio Nariño, conhecido por El Negro Antonio, havia informações que vinculava os detidos aos crimes. O material foi apreendido anteriormente e atualmente o chefe guerrilheiro está preso.

Fonte: ANSA

NASA finalmente observa poeira do impacto lunar

Em 9 de Outubro o foguete Centaur, da NASA, foi lançado contra a cratera Cabeus, na Lua, seguido pela sonda LCROSS. A missão era lançar um impacto contra a cratera com força para criar uma explosão de poeira e esperava-se que a LCROSS capturasse diferentes tipos de imagens dela. O objetivo era investigar se existia água abaixo da superfícia da Lua, mas imagens iniciais mostravam que a LCROSS não foram muito promissoras.

No entanto, ontem a NASA divulgou imagens melhores que mostram algum tipo de poeira se desenvolvendo alguns segundos depois do impacto do foguete Centaur. Com isto, a NASA tem os dados para começar a trabalhar se realmente há uma camada de gelo na Lua.

As imagens foram tiradas por uma sonda viajando logo atrás do foguete Centaur, que também se chocou contra o solo lunar. Em 9 de Outubro, cientistas esperavam que o impacto levantaria uma poeira gigantesca de 10 km, permitindo aos cientistas analisarem o material. Mas nada especial foi visto por observadores na Terra nem mesmo pelo Telescópio Hubble.

A equipe de cientistas da LCROSS vai continuar a analisar e verificar dados coletados pelos impactos da LCROSS.

Fonte: sodalimao.com.br - Foto: NASA

Viracopos completa 49 anos e ganha portal de serviços na internet

Site reúne notícias vinte e quatro horas, guia cultural e diversos serviços para usuários do aeroporto internacional de Campinas.

Em 19 de outubro o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, completa 49 anos. Para celebrar essa história que marca o transporte no Brasil, foi lançado um portal de conteúdo na internet, reunindo as principais informações sobre este que é um dos maiores aeroportos do Brasil devido a sua localização estratégica e capacidade de carga para a América Latina. O Aeroporto, situado há 100 km da cidade de São Paulo e há 14 km do centro de Campinas, é hoje um dos grandes centros de investimentos da Infraero.

Com o Viracopos Portal de Serviços, o grupo empreendedor Web Info pretende disponibilizar aos internautas informações sobre a região de Campinas, sobre o Brasil e de negócios, além de reunir todos os serviços presentes no aeroporto, como companhias aéreas, casas de câmbio, operadores logísticos, entre outros, possibilitando, inclusive, cotações, reservas e compras. O Portal está no domínio: www.viracopos.com.br.

O grupo, que não é ligado ao aeroporto, também está lançando um perfil na rede social Twitter, trazendo notícias expressas para executivos em trânsito. O perfil pode ser conhecido e seguido por meio do endereço: @ViajanteCEO. A iniciativa objetiva aproximar os usuários do Viracopos Portal de Serviços, promovendo discussão, interação, sugestões e dicas que possam ser úteis a quem passa pelo aeroporto para fazer negócios.

Viracopos é referência em logística de exportação

O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação de Viracopos possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano. Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa pelo aeroporto.

Viracopos também é um importante centro distribuidor de cargas, devido a sua localização geográfica privilegiada - um dos mais importantes pólos tecnológicos do país, situado entre grandes empresas, indústrias e universidades.

O aeroporto conta ainda com um completo centro de treinamento para todos os envolvidos em atividades aeroportuárias nas áreas de Safety, Security (segurança da aviação civil), Transporte de Cargas Perigosas (DGR - Dangerous Goods), Transporte de Animais Vivos (AVI), entre outros.

Atualmente, Viracopos tem capacidade para movimentar dois milhões de passageiros por ano. O transporte de passageiros é crescente em vista da expansão das companhias aéreas e da entrada de novos players no país. Em 2008, mais de 1 milhão de passageiros utilizaram o terminal. [www.viracopos.com.br - Twitter:@ViajanteCEO]

Fonte: Portal Fator Brasil

Licitado o Aeroporto Regional da Ibiapaba em São Benedito (CE)

A Licitação para construção do Aeroporto Regional da Ibiapaba, no município de São Benedito, no Ceará, foi feita na quinta-feira dia 15 de outubro.

A obra faz parte dos trabalhos de desenvolvimento e valorização do turismo, lazer, negócios e serviços.

Com valor estimado em R$ 6.200.000,00 o Aeroporto Regional de São Benedito terá pista de pouso e decolagem de 1.500 metros de extensão por 30 de largura, pista de taxiamento e pátio de estacionamento de aeronaves, balizamento noturno, serviço de combate a incêndio e urbanização com pavimentação da via de acesso.


Fonte: AVOL

Convenção Internacional de Aviação Geral da China de 2009 começa de Shaanxi

A Convenção Internacional de Aviação Geral da China de 2009 começou neste sábado (17) nas cidades de Xi'an e Weinan, na província de Shaanxi, oeste do país.

A exposição, que teve presença de 100 empresas chinesas e 30 estrangeiras, é a primeira do gênero criada pelo país a nível nacional.

Cerca de 80 aeronaves de aviação geral, incluindo o avião A2C, helicópteros de Rotoway e o Cessina 172 vão participar de apresentações no evento.

A "aviação geral" refere-se às atividades aéreas com exceção do transporte público e envolve principalmente trabalhos para a agricultura, indústria e alivio de conseqüências de calamidade.

Fontes: CRI - China Radio International / China Central Television - Fotos: Xinhuanet

Gol estende cobrança de serviço de bordo nos voos

A companhia aérea Gol anunciou que o serviço de bordo pago foi ampliado para outras rotas e horários.

O cardápio inclui produtos como sanduíches, cerveja, vinho, refrigerante, suco, chocolate e outros aperitivos. A empresa aceita cartões de crédito e moeda nacional como formas de pagamento.

A Gol afirmou que decidiu ampliar o serviço após receber solicitações dos clientes.

Com a medida, o número de voos que oferecem a opção de compra a bordo foi triplicado para 37.

Os clientes são informados sobre o serviço durante o processo de aquisição do bilhete, e as opções são apresentadas em menu.

O serviço de bordo padrão continua sendo oferecido gratuitamente em todos os voos diários, de acordo com a companhia.

Fonte: Folha Online

Alunos da UFPE criam protótipo de avião para competição nacional

A equipe tem nove alunos do curso de Engenharia Mecânica, que passaram um ano preparando o que vão mostrar em São José dos Campos, na competição Brasil de Aerodesign

Alunos do curso de Engenharia Mecânica da UFPE criaram um protótipo de um avião cargueiro para participar da competição Brasil de Aerodesign.

A equipe tem nove alunos, que passaram um ano preparando o que vão mostrar em São José dos Campos, São Paulo, na próxima semana: um aeromodelo de 63 centímetros de altura, 1,68 metro de comprimento e três metros de envergadura de asa. O projeto é de um avião de carga, que vai concorrer com outros criados por 91 equipes de todo o País e também da Venezuela, do México e da Índia.

O estudante Leonardo Barbosa (foto 4) está empolgado com a chance de mostrar a aeronave, orgulho da equipe Mandacaru, que participou de várias edições da competição Brasil de Aerodesign. "O projeto é uma oportunidade para a gente aplicar o que a gente vê em sala de aula. É uma grande vitrine para conhecer pessoas ligadas ao setor aeronáutico e para as pessoas conhecerem a gente também", diz.

O professor que orientou o projeto, Armando Lúcio (foto 5), disse que na competição ganha o aeromodelo que decolar mais rápido, carregando mais peso. O da equipe pernambucana foi montado para levantar voo em 61 metros, com nove quilos no compartimento de carga. "O avião tem que ter peso mínimo para poder maximizar a sua capacidade de carga e com isso a sua estrutura tem que ser muito bem pensada, muito bem projetada para suportar principalmente a aterrissagem, que dá um choque bastante elevado".

Fonte: pe360graus - Fotos: Reprodução / TV Globo

MAIS

Assista a reportagem do NE TV (TV Globo): AQUI.

Site do evento: SAE AeroDesign 2009

Transportadora aérea açoriana lança novo site

Novos aviões, integração das novas tecnologias, tarifas mais reduzidas e reforço na relação com os passageiros são algumas das novas apostas da Sata. A aviação comercial ultrapassa um período bastante conturbado. A crise económica teve como principal consequência o encerramento de muitas companhias aéreas, algumas delas dominadoras do mercado, durante largos anos.

Nos Açores, a transportadora aérea açoriana tem procurado contrariar os efeitos da recessão, com o lançamento de novos produtos, não se coibindo mesmo em renovar a frota, com a aquisição de novos aviões para uso interno (ligações inter-ilhas) e para as rotas nacionais e internacionais.

Nos últimos anos, foi também evidente a aposta em novos destinos e nas novas tecnologias, factores preponderantes para o crescimento da companhia. No campo tecnológico, a Sata apresta-se para lançar um novo site, ferramenta tida como essencial para melhorar a comunicação com os passageiros.

Ao expressodasnove.pt, o presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana diz que “o novo site surpreende pelas inovações introduzidas. É um site que visa transmitir a nossa imagem corporativa e foi desenvolvido com uma lógica funcional muito própria. Queremos que seja um site com óptima performance, na medida em que trivializa o encontrar da melhor tarifa disponível. Performance e transparência, acima de tudo! Tem aspectos inovadores. Inclusive, inovaremos pela utilização de redes sociais. Tudo em prol de uma relação de proximidade com os passageiros, principalmente aqueles que utilizam regularmente os serviços da companhia”. António Gomes de Menezes adianta, à nossa reportagem, que “neste momento, o site está pronto.

Estamos agora a criar um grupo de trabalho, ou de análise melhor dizendo, a quem vamos propor que teste o seu funcionamento, para que possamos melhorar o que está menos bem. Só depois de este trabalho estar concluído é que iremos proceder ao seu lançamento. Tudo a seu tempo, porque a pressa é inimiga da perfeição”.

No entanto, no campo da inovação tecnológica, os avanços da Sata não se ficam pelo lançamento do novo site. Ainda recentemente a empresa lançou uma aplicação para os aparelhos iPhone e iPod Touch, que proporciona informação, de forma gratuita e actualizada ao minuto, sobre os horários e estado dos voos efectuados pela transportadora. Esta aplicação permite aos clientes do Grupo Sata estarem permanentemente informados acerca dos horários e estado dos voos, a qualquer hora e em qualquer lugar, bastando ter um iPhone ou iPod Touch, com acesso à internet. A aplicação está disponível para download gratuito na loja online da Apple e acessível a partir do link http://www.sata.pt/iphone.

Para o responsável pela Sata, “o lançamento desta aplicação faz parte da nossa proposta de valor, na prestação de um serviço eficiente de informações aos nossos passageiros”.

O presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana realça que a aposta da Sata nos serviços de internet e telemóvel, torna toda a informação sobre as actividades da companhia “trivialmente acessível”, já que são meios de comunicação muito em voga, nos dias de hoje. António Menezes justifica a escolha da Apple iPhone como plataforma de lançamento para esta aplicação, com o facto da empresa norte-americana ser reconhecidamente líder de mercado, a nível mundial.

O trabalho não está, contudo, concluído, sendo que, em breve, serão acrescentadas novas valências que estsrão disponíveis em outras plataformas, que não as da Apple.

Não menos importante é referir que a Sata foi a primeira companhia aérea em Portugal, e uma das primeiras no mundo, a disponibilizar este serviço gratuitamente aos seus passageiros.

Informação sobre voos sempre disponível

A Sata desenvolveu uma plataforma que permite que os passageiros, se assim o desejarem, possam estar sempre ao corrente da situação dos seus voos. Através do serviço SMS, que recentemente sofreu alterações, os clientes podem solicitar informações, através do número 68630, sobre o estado de um determinado voo. Para isso, o cliente deve escrever na mensagem“Sata nº de voo”. Para saber os horários programados de partidas e chegadas, deverá digitar “SATA TT ORI DES”, tomando como exemplo “SATA TT PDL LIS”, para aceder aos horários dos voos entre Ponta Delgada e Lisboa. Em caso de dúvida, a transportadora disponibiliza ajuda, bastando enviar para o 68630, a mensagem “SATA HELP”. O custo por cada SMS é de 35 cêntimos. Este sistema, também pioneiro a nível mundial, foi desenvolvido em parceria com a Amadeus, sendo que permite ainda que a transportadora aérea açoriana envie, sempre que necessário, alertas aos passageiros.

Fonte: Pedro Botelho (Expresso das Nove - Portugal)

Anac publica participação de mercado das empresas aéreas brasileiras

A Anac – Agência Nacional de Aviação Civil divulgou nesta quarta-feira (14) as tabelas com dados comparativos de participação de mercado das empresas aéreas brasileiras, nas linhas domésticas e internacionais, relativos a setembro de 2009 e o acumulado de janeiro a setembro de 2009.

A TAM manteve a liderança nos voos domésticos e internacionais em setembro , com 44,2% no mercado nacional e 84.5% no internacional. A Gol/Varig aparece em segundo, com 41,8% no doméstico e 12,6% no internacional.

A Azul e a WebJet, praticamente empatam no market share nacional. A primeira com 4,68% e a segunda com 4,76%, seguidas pela Ocean Air, com 2,24%.

A Taxa de ocupação (load factor) dentre essas principais companhias nacionais foi a seguinte: Azul (80,4%), Gol (67,1), TAM (65,4%) e Ocean Air (63.4%)

Dado a ressaltar é que a TAM manteve a liderança no segmento de linhas internacionais aéreas brasileiras, com market share de 87,3% no mês passado, seguido pela Gol, com 12,63%. O load factor dos voos internacionais da TAM foi de 76,1% enquanto que o da Gol foi de 60,4.

Fonte: Diário do Turismo

Comandante da PM de MS enfrenta 10 minutos de pânico no ar

O comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David, diz que enfrentou ontem os 10 piores minutos de toda sua vida.

Dentro de um bimotor modelo Baron, com outros 3 passageiros, além de piloto e co-piloto, o comandante enfrentou nuvens carregadas que tiraram a estabilidade da aeronave e provocaram momentos de pânico.

O avião ficou cerca de 10 minutos em turbulência forte, conta o coronel. “Só pensava que ia morrer. Aquele tempo pareceu uma eternidade”, lembra

O grupo saiu de Campo Grande às 13h45, com destino a Aparecida do Taboado, para acompanhar evento do governador André Puccinelli.
Quando a aeronave sobrevoava Ribas do Rio Pardo, os problemas começaram. “Primeiro eram correntes de vento. O piloto tentava desviar, mas então pegamos pela frente a formação de uma tempestade”, relata David.

Durante cerca de 10 minutos, em que o avião perdia altitude e o nível mais alto, o coronel diz que o semblante de todos passageiros era de pânico.

Ele comenta que as primeiras imagens em um momento assim são da família. No caso dele, principalmente do filho Gabriel, de 8 anos.

Junto de David, estavam o ajudante de Ordens, major Cláudio Rosa Cruz, o chefe de gabinete da Secretaria de Justiça e Segurança Público, José Lazaro Oliveira, e o assessor do deputado Diogo Tita, Cássio Silva.

Ao perceber que pela frente poderia enfrentar risco ainda maior, o piloto propôs ao grupo o retorno a Campo Grande. “Aceitamos no mesmo momento, porque pior do que aquilo seria a morte certa”, resume David.

Depois do sufoco, o coronel diz que ao conversar com o piloto teve a certeza de que se eles estivessem em uma aeronave Seneca, que é menor que a Baron, a queda seria certa. “Não resistiria a toda aquela situação por ser menor”, avalia.

O governo do Estado também usa Seneca, mas ontem a aeronave estava na revisão.

No mesmo dia, também em viagem a Aparecida do Taboado, o avião Bandeirantes que levava o governador André Puccinelli e comitiva enfrentou problemas no ar e teve de fazer pouso de emergência em Três Lagoas.

Quando era comandante da Polícia Ambiental, David diz que enfrentou situações parecidas, mas nunca tão graves. “Na época, a Polícia Ambiental tinha um monomotor 185, que a gente chamava de Tremendão. Passei apuros, mas nada como agora”, comenta o coronel.

Apesar do medo enfrentado, o comandante diz que não tem como se livrar dos vôos, por conta do cargo que ocupa, “Não tenho como evitar, isso economiza tempo”.

Na próxima semana já tem viagens agendadas para Paraíba e Três Lagoas, para trocas de comando.

Hoje, o comandante está em Dourados, “mas desta vez preferi vir de carro”, ri o coronel.

Fonte: Ângela Kempfer (Campo Grande News) - Foto: Adriano Hany

Estudantes maranhenses criam aeronave para competir em SP

Um grupo formado por 13 alunos de Engenharia Mecânica do Instituto Federal do Maranhão (ex-Cefet) – Campus Monte Castelo – desenvolve, desde o ano passado, o projeto de um pequeno avião. Depois de meses de trabalho a idéia saiu do papel e um protótipo deve ganhar os ares numa competição nacional de AeroDesign, promovida pela Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade, de 21 a 25 de outubro, em São José dos Campos (SP).

A aeronave criada pelos estudantes maranhenses pesa 6,5 quilos, tem 2,5 metros de envergadura e 1,8 metros de comprimento. Ele é feita de madeira de paparaúba e alumínio e está coberta com vinil. A maioria das peças, inclusive o motor, veio dos Estados Unidos. A previsão é que, durante a decolagem, o protótipo atinja uma velocidade de 55 km por hora. O combustível é uma mistura de óleo lubrificante e nitro e o controle é feito via rádio, com alcance de três quilômetros.

O projeto custou quase cinco mil reais e contou com a orientação do professor André Pereira Santana, que havia participado em 2004 e 2005 dessa mesma competição como estudante. “Este ano iremos concorrer com outras 60 equipes de todo o país. Nosso projeto está maduro e temos todas as condições de representar bem nossa instituição”, analisou ele.

Ganhará a competição, a equipe que conseguir decolar o protótipo com a maior carga. O projeto maranhense tem capacidade para receber até nove quilos de placas de aço no compartimento de carga, o que poderá garantir um bom desempenho frente aos concorrentes.

De acordo com o aluno Edan de Paula, um dos maiores desafios foi projetar a asa. “Ela é mais difícil. Tem que ser perfeita para não sofrer oscilações de vento e derrapar”, explicou.

Os estudantes contaram ainda com a assessoria de um artesão conhecido internacionalmente por seu trabalho de construção de aeromaquetes. Joaquim Neto cedeu o espaço de seu ateliê, no Bairro de Fátima, para que os jovens desenvolvessem o avião. “Os meninos estão de parabéns. Eles demonstraram muita capacidade e competência e acredito no sucesso deles”, confessou o artesão.

Fonte: Jornal Pequeno - Fotos: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

Airbus dá boas vindas a Abu Dhabi Aircraft Technologies

A Abu Dhabi Aircraft Technologies (ADAT), afiliada à Mubadala Development Company, assinou um acordo que a torna a mais nova associada da rede mundial de MRO (Maintenance, Repair & Overhaul) da Airbus. A ADAT, criada pela Mubadala em novembro de 2007 a partir da transformação da antiga Gulf Aircraft Maintenance Company (GAMCO), está sediada no Emirado de Abu Dhabi e lidera o segmento de serviços técnicos independentes para aviação civil e militar no Oriente Médio.

A rede MRO da Airbus tem como objetivo oferecer aos seus clientes opções mundiais em serviços de manutenção competitivos por meio de seus fornecedores com experiência em aeronaves Airbus. Desde seu lançamento, em março de 2005, a Airbus e seus parceiros da rede MRO têm estabelecido padrões de referência mundial em eficiência de manutenção e satisfação de clientes. A Airbus também integra, por meio da rede, uma ampla gama de soluções de engenharia e de manutenção customizada denominada “Flight Hour Services” (FHS). Os critérios para credenciamento na rede MRO foram recentemente ampliados, passando a exigir que os novos membros sejam capazes de oferecer serviços de manutenção para os novos modelos da Airbus: o A380 e o A350 XWB.

Bruce Jones, Vice-Presidente Sênior da Divisão de Serviços e Suporte ao Cliente da Airbus, disse: “Temos imenso prazer em receber a ADAT como membro da rede MRO da Airbus. A região do Oriente Médio é muito importante para nossa empresa e a ADAT possui capacidade de prover grande variedade de serviços de manutenção para aeronaves Airbus, além de estar equipada com um hangar A380 de última geração. Sua chegada à rede MRO irá enriquecer as opções de serviços de manutenção da região”.

John Byers, CEO da ADAT declarou que esse é um passo importante na estratégia da empresa para assegurar sua liderança em serviços de manutenção, reparo e revisão na região, desenvolvendo manutenção especializada para as novas aeronaves e fornecendo uma rede de suporte global aos clientes. “O foco da Airbus na eficiência de manutenção e na satisfação do cliente é um elemento central de nossa própria filosofia de trabalho e nosso ingresso na rede da empresa comprova a qualidade de nossos serviços e a capacidade de nossos profissionais”.

A rede MRO da Airbus conta agora com os seguintes membros: Abu Dhabi Aircraft Technologies, Lufthansa Technik AG, Aeroman, Mexicana MRO Services, Air France Industries, Sabena Technics, Air New Zealand Engineering Services, SIA Engineering Company, Aveos, Singapore Technologies Aerospace, GAMECO, SR Technics, Hong Kong Aircraft Engineering Company, TAP Maintenance & Engineering, Iberia Maintenance e TIMCO Aviation Services.

Fonte: Aviação Brasil

Franceses teriam baixado preço de caça oferecido ao Brasil

Os franceses fabricantes do Rafale (foto), que disputam a venda de 36 caças ao Brasil, baixaram o preço na contraproposta apresentada ao governo brasileiro para a comercialização das aeronaves militares. Os valores agora estão próximos do que é pago pelas Forças Armadas da França, mais as despesas para transportar os equipamentos até o Brasil. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, durante a apresentação da proposta na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, na quarta-feira, as empresas que formam o consórcio que fabrica o Rafale (Dassault Aviation, Snecma e Thales) afirmaram que vão cobrir 160% do total gasto pelo Brasil. A contrapartida viria por 67 cartas de cooperação comercial e tecnológica.

Ainda de acordo com o jornal, o consórcio vê como principal concorrente a sueca Saab, fabricante do Gripen, já que os americanos da Boeing não podem garantir a transferência total de tecnologia. Os suecos custam metade do preço, contudo, os franceses afirmam que um Rafale faz o trabalho de dois Gripen, já que fica mais tempo no ar e leva mais armas e mais combustível - além de poder pousar em porta-aviões. Os franceses rebatem ainda a acusação de que seu avião nunca foi testado em combate: afirmam que a aeronave já foi testada no Afeganistão.

A reportagem afirma também que a Saab, por sua vez, diz que seus caças são mais baratos e tem menor custo de manutenção.

Fonte: Terra - Foto: Divulgação

Embraer mira os EUA com Super Tucano

Um acordo entre o Brasil e os EUA poderá representar a venda de 200 aviões para as Forças Armadas americanas

Um acordo na área de defesa em negociação entre o Brasil e os Estados Unidos poderá representar a venda de até 200 aviões Super Tucano, da Embraer, para as Forças Armadas americanas. "Existe a possibilidade de compra direta, sem licitação", disse ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O avião brasileiro já disputa uma licitação da Força Aérea dos EUA para cem unidades.

Recentemente, a Embraer fechou a venda de oito Super Tucanos para a Força Aérea da Indonésia. A informação foi divulgada pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, durante evento em São José dos Campos (SP). Procurada pelo Valor, a empresa disse que não comentaria o assunto.

Fonte: Virgínia Silveira (Valor Online) - Foto: Divulgação

Parentes das vítimas da TAM protestam no Aeroporto Salgado Filho

Familiares prestaram homenagem aos mortos do acidentes e cobraram segurança das autoridades aeroportuárias

Parentes das vítimas do voo 3054 da TAM realizaram homenagens e protestos no início da tarde deste domingo em Porto Alegre. Por volta das 12h, cerca de 100 pessoas da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (AFAVITAM) se reuniram no Largo da Vida, localizado próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, para prestar homenagens às vítimas do acidente. As orações contaram com a presença da soprano paulista Giovanna Maira, simpatizante e apoiadora da associação.

Parentes fizeram orações e jogaram flores no Largo da Vida, criado em homenagem às vítimas do voo da TAM

Logo após, às 13h, os parentes seguiram para o saguão do aeroporto para fazer uma manifestação sobre as investigações do acidente aéreo. O resultado divulgado pela Polícia Federal em inquérito, que apontou como culpados apenas os dois pilotos mortos no acidente, desagradou o grupo.

— Nos decepcionamos com o resultado do inquérito da Polícia Federal. Eles dizem que os fatos apontados pela Polícia Civil de São Paulo, que realizou uma investigação séria, não têm relação com o acidente. Agora, vamos aguardar os próximos passos do Ministério Público e o relatório do CNIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre as causas do acidente — declarou Roberto Corrêa Gomes, assessor voluntário da AFAVITAM e irmão do empresário Mário Gomes, vítima do acidente.

O protesto também tinha como objetivo pressionar as autoridades para fiscalizar melhor o transporte aéreo.

— Além de apurar as causas e responsabilidades do acidente, queremos cobrar maior segurança da Anac e da Infraero. Temos visto algumas melhorias, mas ainda tem muito o que ser feito. As empresas têm que ser fiscalizadas e, principalmente, punidas. É preciso que não seja lucro acima de tudo — salientou Gomes, ao ressaltar o exemplo de cidadania e de mobilização da associação, criada há 27 meses

A assessoria de imprensa da TAM disse que não se manifestará sobre o protesto, pois as investigações sobre o caso ainda estão em andamento. A TAM apenas afirmou que, das 199 vítimas, 192 já tiveram acordos de indenização fechados com a empresa e que outras assistências foram prestadas aos familiares das vítimas, como atendimento psicológico e concessão de passagens aéreas.

O acidente da TAM, no dia 17 de julho de 2007, causou a morte de 199 pessoas. O avião percorreu toda a pista do Aeroporto de Congonhas sem conseguir parar e bateu em um prédio na área externa do terminal.

Fonte: Zero Hora - Foto: Ronaldo Bernardi

American Airlines Cargo comemora 65 anos de liderança em aviação

Do primeiro serviço de frete aéreo programado à atual rede global nos seis continentes, AA Cargo comemora 65º aniversário

A American Airlines Cargo Division (AA Cargo) comemora hoje 65 anos de serviços aéreos de carga para clientes globais em seis continentes. O aniversário marca a data do primeiro serviço programado de frete aéreo da empresa, em 15 de outubro de 1944. O voo de 19 horas do LaGuardia Field, em Nova York, transportou 6.000 libras de carga a granel para Burbank, Califórnia.

Desde o início das operações, a American Airlines foi dirigida por pioneiros da aviação ousados e visionários que trabalhavam com uma série de aeronaves, a começar pelo avião de carga DC-3 Flagship, que acomodava uma mistura variada de cargas a granel, como itens de moda, produtos têxteis e peças de maquinário. Sessenta e cinco anos depois, a cadeia mundial de suprimentos depende de aviões de carga para transportar os itens mais preciosos do mundo - de paletes de vacinas que salvam vidas a obras de arte de valor inestimável e peças essenciais de maquinário.

Fonte: American Airlines Cargo Division via Yahoo Notícias

Nave russa chega com provisões e equipamento à ISS

A nave Progress e módulo 2 MRM sendo preparado para lançamento

O momento do lançamento no Centro Espacial de Baikonur, no Cazaquistão

Uma vista deslumbrante após o lançamento

Nave russa chega com provisões e equipamento à ISS

A nave robótica russa Progress 35 se acoplou hoje com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com uma carga de alimentos, combustíveis e equipamentos para o complexo que aloja seis ocupantes.

A manobra foi realizada sem dificuldades às um minuto antes do previsto, informou o Centro Espacial Johnson da Nasa em Houston (Texas).

"O acoplamento foi impecável e a nave permanecerá duas semanas acoplada à Estação Espacial Internacional", informou a transmissão.

Durante esse tempo os ocupantes da ISS descarregarão a nave e posteriormente levarão os resíduos, lixo e equipamentos que já não são utilizados.

O encontro aconteceu no momento em que o complexo espacial e a nave russa não tripulada sobrevoava o território do Uruguai, após deslocar-se sobre o do Chile e da Argentina, na América do Sul, e a quase 400 quilômetros da superfície terrestre.

A manobra foi estreitamente observada do interior pelos seis membros da Expedição 21 da ISS, comandados pelo astronauta americano Frank De Winne.

Os outros tripulantes do complexo são os astronautas americanos Jeff Williams, Nicole Stott e Bob Thirks, acompanhados pelos cosmonautas russos Max Suraev e Roman Romanenko.

A Progress 35, com mais de duas toneladas de provisões e equipamentos, tinha partido na quarta-feira passada da base de Baikonur, no Cazaquistão.

O veículo espacial russo de carga é uma versão automatizada e sem tripulação da nave Soyuz que tem a capacidade de ser utilizado para controlar a orientação da ISS mediante seus motores de propulsão.

Fonte: EFE via EPA - Fotos: Energia / RIA Novosti / Russian Federal Space Agency / EFE

A guerra no Rio, em 360º

Clique na foto acima para acessar o Blog Bombou na Web e visualizar as imagens em 360º

O fotógrafo Ayrton Camargo, especialista em fotos de 360º, contou hoje em seu blog sua saga para conseguir imagens exclusivas do helicóptero da polícia abatido por traficantes no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Ayrton postou uma imagem impressionante do que ele afirma ser um dos oito ônibus queimados na cidade hoje, em decorrência dos conflitos. A câmera especial, muito utilizada para captar belas imagens de cidades, foi usada para documentar de forma inédita a tragédia carioca. Para navegar pela imagem, clique aqui.

Dica do também fotógrafo Bruno Bezerra.

UPDATE: Tenha um pouco de paciência para abrir o site da foto. O servidor está um pouco sobrecarregado.

Fonte: Rafael Pereira (Revista Época)

Cerco montado pela polícia falhou, admite secretário de Segurança

Beltrame diz que sabia desde sexta-feira da invasão do morro, mas a 'área tem centenas de acessos'

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, admitiu ontem que a polícia tinha, na sexta-feira, a informação sobre a invasão do Morro dos Macacos, mas não conseguiu evitar que as quadrilhas se enfrentassem por toda a madrugada de sábado. Segundo ele, o cerco montado pela PM falhou pela dificuldade de prever por onde os invasores entrariam. "A área tem centenas de acessos", justificou o secretário, no fim da tarde. "Mais de 80% das invasões têm sido antecipadas (pela polícia)".

Segundo o secretário, entre as ações prévias da PM na sexta-feira está a morte de quatro traficantes que confrontaram a polícia na favela do Arará (zona norte), quando foram surpreendidos saindo para integrar o grupo invasor. Ele afirmou que a polícia não invadiu o morro à noite para minimizar os riscos para os moradores. "Quem não tem compromisso com a população é o marginal", afirmou.

Segundo fontes da Polícia Civil, um informe foi repassado pela Polícia Federal ao sistema de informações da corporação na semana passada, dizendo que o traficante FB, líder na Vila Cruzeiro, organizava uma invasão ao Macacos. A Polícia Civil teria informado a Polícia Militar, mas os invasores superaram o cerco concentrando o ataque ao Morro São João, vizinho ao Macacos, na noite de sexta. Segundo moradores, o movimento de bandidos circulando com fuzis havia aumentado nos últimos dois dias, sinal de que a guerra era esperada.

A PM informou que a invasão foi realizada por traficantes recrutados no Alemão e no Jacarezinho, mas policiais disseram que bandidos da Mangueira e de Manguinhos, dominados pelo CV, participaram da ação, usando caminhão-baú na invasão. Por isso, todas essas favelas tiveram os acessos ocupados pela PM ontem, na tentativa de impedir o retorno dos invasores. A Rocinha, ligada à facção ADA, também teve policiamento reforçado.

"A gente sabe quem foi, sabe como foi e vamos dar a resposta na mesma medida", disse o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, ao prometer a manutenção do esforço para prender os envolvidos. "Agindo dentro da legalidade, da legitimidade, iremos atrás deles, onde for preciso", completou Mario Sérgio Duarte, comandante-geral da PM.

Com a intensificação do conflito e os reflexos em outras regiões, folgas de policiais militares foram suspensas em vários batalhões da região metropolitana e nas delegacias especializadas. Um gabinete de crise foi montado no 6º Batalhão (Tijuca) sob a liderança de Duarte.

Ele classificou como "heroica" a atuação do piloto e do copiloto do helicóptero abatido, que sobreviveram, por terem evitado a queda sobre casas ao fazer o pouso forçado. "Salvaram centenas de vidas." O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), lamentou a morte dos policiais, mas renovou o apoio a Beltrame. Cabral disse que manterá a "linha de enfrentamento" ao crime para que a cidade chegue à Olimpíada de 2016 em paz. "Dissemos ao comitê olímpico que não é uma tarefa simples, eles sabem disso."

O ministro da Justiça, Tarso Genro, ofereceu ajuda da Força Nacional, mas Beltrame disse que não é necessário. O ministro também colocou à disposição recursos para a reposição do helicóptero abatido e o empréstimo de um modelo. O ministro disse que a repressão no Rio aumentou a disputa territorial do tráfico. "Isso é consequência da batalha que está em andamento no Rio", disse, em apoio ao governo.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também manifestou em nota seu "total apoio" aos policiais estaduais. "Não é admissível que o Rio seja confrontado por delinquentes dessa maneira", afirmou.

Fonte: Pedro Dantas, Nicola Pamplona, Alexandre Rodrigues e Adriana Chiarini (Estadão) - Foto: Wilton Júnior (Agência Estado)

Clube da PM oferece R$ 2 mil por criminoso que alvejou helicóptero

Aeronave pegou fogo após fazer pouso forçado em confronto no sábado.

Pelo menos 12 pessoas morreram, entre elas dois PMs.




O Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio informou, neste domingo (18), que está oferecendo uma recompensa de R$ 2 mil para quem denunciar o criminoso que atirou num helicóptero da polícia durante confronto no sábado (17), na Zona Norte. Segundo o presidente da associação, Jorge Lobão, o ataque à aeronave culminou em outras ações na cidade.

"A recompensa é uma forma de mobilizar a sociedade para reagir. A ousadia da marginalidade já expressa no assalto à cabine da PM em Botafogo, deu mostra em grande proporção ao atearem fogo em mais de cinco ônibus e atingirem um helicóptero da polícia militar", disse.

No sábado, 12 pessoas morreram durante troca de tiros entre traficantes rivais e policiais em comunidades localizadas em Vila Isabel e Sampaio. Entre as vítimas estão dois PMs, que estavam em um helicóptero que explodiu durante um pouso forçado. O enterro dos policiais será neste domingo no Cemitério Jardim da Saudade.

Na manhã deste domingo, um novo confronto no Jacarezinho deixou dois mortos e quatro presos. Cerca de 300 quilos de maconha foram apreendidos na comunidade. No Morro São João, também na Zona Norte, policiais militares procuram com ajuda de cães farejadores, três corpos na comunidade. As informações são do major Oderlei Santos, relações públicas da PM.

A denúncia de que haveria corpos na favela chegou ao Serviço de Inteligência da corporação através de moradores do local. Segundo o major, os policiais não haviam encontrado nada até o início desta tarde.

Criminosos 'dissimulados'

O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que os criminosos que invadiram o Morro dos Macacos agiram de forma dissimulada e entraram aos poucos na favela, sem que a sua movimentação despertasse suspeitas.

José Mariano Beltrame disse que essas informações são do Serviço de Inteligência da Polícia Militar. E acrescentou que o morro, no momento, não é controlado pela facção criminosa que tentou a invasão na madrugada de sábado (17). A Polícia Militar está no Morro dos Macacos, segundo ele.

O secretário ressaltou que, segundo informações da Inteligência da PM, os disparos que atingiram o helicóptero podem ser de calibres 762, .30 ou .50.

Beltrame anunciou que os dois mil policiais que reforçam a segurança no Rio de Janeiro ficarão mobilizados por prazo indeterminado. Ele participou de uma reunião do gabinete de crise, neste domingo, na sede do 6º BPM (Tijuca).

“Hoje temos 2 mil homens, e não temos momento para que isso seja parado. Esse efetivo vai ficar mobilizado, mas a cidade tem a sua rotina. Se houver necessidade de uma intervenção, a policia vai fazer como sempre fez”, acrescentou, durante coletiva.

Participaram da coletiva, além de Beltrame, o comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, e os comandantes dos 3º e 9º BPMs.

Dois mil policiais de prontidão

Beltrame, informou que 2 mil policiais estão de prontidão para impedir novos ataques de criminosos.

“Isso é problema de uma região, está acontecendo num ponto muito específico da cidade. Isso não é no Rio de Janeiro. Nesse momento, a população conta, no mínimo, [...] com dois mil homens, entre policiais civis e militares”, disse José Mariano Beltrame.

Gabinete de gerenciamento de crise

A gravidade do caso levou a PM a montar um gabinete de gerenciamento de crise. Segundo o comandante-geral da PM no Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, as folgas de policiais foram suspensas. Unidades da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana também estão de prontidão. Policiais ocuparam as entradas da maior favela da cidade, a Rocinha, na Zona Sul.

Uma imagem feita pelo Globocop na manhã do sábado mostra um grupo de policiais entrando pelo meio da mata, fazendo um cerco aos criminosos. Um helicóptero sobrevoou a área do conflito para tentar localizar os traficantes.

Fonte: G1

Piloto fica ferido durante queda de avião em Três Lagoas (MS)

O piloto Álvaro Aparecido Martins, 52 anos, ficou ferido durante a queda de um avião, ocorrida às 11 horas de ontem (17), na fazenda Jaó, localizada na área rural de Três Lagoas, município distante 339 quilômetros de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Polícia Civil, Martins pilotava a aeronave Embraer EMB-710 Carioca, prefixo PT-NBV (foto acima), que atingiu uma cerca quando tentava decolar.

Militares do Corpo de Bombeiros prestaram socorro à vítima, que não corre risco de morrer.

Quem registrou a ocorrência foi um funcionário do aeroporto da cidade. As circunstâncias do acidente não foram esclarecidas. O piloto deverá prestar depoimento quando tiver alta médica. O DAC (Departamento de Aviação Civil) foi informado do acidente.

Fontes: Aline Queiroz (Campo Grande News) / Midiamax / ANAC - Foto: maracajuspeed.com.br

Índia libera avião dos EUA retido por violar normas aéreas

As autoridades indianas autorizaram hoje a decolagem do avião dos Estados Unidos que transportava 205 pessoas, entre elas fuzileiros navais americanos, informou uma fonte oficial.

A aeronave, o Boeing 767-300, prefixo N769NA, da North American Airlines fretado pelo Exército americano (USA Air Mobility Command), havia sido obrigada a aterrissar na cidade de Mumbai (região oeste da Índia), neste domingo (18) por violar as normas de identificação aérea para voos com militares.

T.K. Singha, porta-voz da Aeronáutica indiana citado pela agência "PTI", disse que as autoridades permitiram a decolagem do aparelho após o cumprimento dos devidos trâmites. Segundo o funcionário, a Direção Geral de Aviação Civil decidiria a hora de saído do avião.

"Os procedimentos de alfândega e imigração, entre outros, foram concluídos", disse uma fonte aeroportuária ouvida pela agência "Ians".

Funcionários da Alfândega, policiais e oficiais da Aeronáutica interrogaram o piloto do avião, operado pela companhia North American Airlines e que o tempo todo ficou estacionado no aeroporto de Mumbai com os passageiros dentro.

Depois do interrogatório, o aparelho, que veio dos Emirados Árabes Unidos e ia para Bangcoc (Tailândia), foi autorizado a seguir caminho, segundo a "Ians".

"É um avião de transporte. Ele tinha autorização da Direção Geral de Aviação Civil para voar no espaço aéreo indiano. No entanto, transportava militares, motivo pelo qual o avião deveria ter obtido uma autorização de rota operacional aérea, requerida para aviões militares", esclareceu Singha.

A embaixada dos EUA na Índia e o Ministério de Assuntos Exteriores ajudaram as autoridades aeroportuárias a liberar a decolagem do aparelho.

Fonte: EFE via G1 - Fotos: PTI/AP

NASA mapeia fronteira interestelar

Fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa

Frame da animação feita pela NASA a partir dos dados coletados na galáxia - Imagem: NASA/Goddard Space Flight Center

A sonda espacial IBEX (Interstellar Boundary Explorer - Explorador da fronteira interestelar), lançada há exatamente um ano, começou a traçar o primeiro mapa da fronteira entre o Sistema Solar e o espaço exterior. E a revelar muitas surpresas.

A IBEX coletou dados durante seis meses, o que já foi suficiente para questionar as teorias atuais sobre a heliosfera - uma espécie de "bolha" formada pelas emanações de partículas solares, o chamado "vento solar" - e fornecer informações para as quais ainda não houve tempo suficiente para a fundamentação de novas teorias.

Fronteira do Sistema Solar

O "vento solar" é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente a partir do Sol em todas as direções. É como se esse "vento" inflasse uma gigantesca bolha no espaço - é essa bolha que se chama heliosfera, a região do espaço dominada pela influência do Sol e no interior da qual ficam os planetas.

Ao mesmo tempo, nosso Sistema Solar move-se velozmente ao redor do centro da Via Láctea, o que o faz colidir com "ventos interestelares," uma chuva de partículas emitidas pelas outras estrelas.

Em um determinado ponto, ainda não precisamente localizado no espaço, o vento solar e o vento interestelar se encontram. O local onde suas pressões se equivalem determina a fronteira do Sistema Solar.

Formato da heliosfera

Desta forma, traçar a fronteira do Sistema Solar equivale a desenhar o formato da heliosfera. Esse formato tem sido alvo de acalorados debates há décadas. Os únicos dados concretos disponíveis até hoje haviam sido coletados pelas duas sondas Voyager, os primeiros objetos construídos pelo homem a deixar o Sistema Solar.

Viajando em direções opostas, as duas históricas Voyager fizeram descobertas surpreendentes quando cruzaram a fronteira do Sistema Solar. Mas seus instrumentos já antigos, e o fato de tomarem medidas de apenas dois pontos de uma "bolha" de proporções descomunais, não deixavam dúvidas de que os dados pontuais eram insuficientes para quaisquer conclusões definitivas.

Átomos energéticos neutros

Ao contrário da maioria das sondas e telescópios espaciais, que coletam luz, a IBEX coleta partículas. Mais especificamente, partículas chamadas átomos energéticos neutros - ENA na sigla em inglês (Energetic Neutral Atoms).

Ilustração da formação dos átomos energéticos neutros (ENAs) - Imagem: Walt Feimer/NASA GSFC

Os átomos energéticos neutros são criados na região da fronteira interestelar quando as partículas eletricamente carregadas e quentes do "vento solar" colidem com as partículas frias do "vento interestelar," roubando-lhes um elétron. Essa colisão não produz luz em nenhum comprimento de onda que pudesse ser observada pelos telescópios.

Já os ENAs viajam na direção do Sol com velocidades que variam entre 160.000 km/h e quase 4 milhões de km/h. A sonda IBEX possui dois detectores de ENAs. Orbitando a Terra e rotacionando de forma precisa, a sonda captou esses átomos neutros energéticos vindos de todas as direções, traçando o primeiro mapa de grande precisão do que acontece nessa zona de choque de partículas.

Mapa da heliosfera

Usando também dados da sonda Cassini, que está observando Saturno desde 2004, o grupo de cientistas da IBEX construiu 14 mapas que colocaram os dados das sondas Voyager em seu devido contexto, demonstrando a importância da obtenção de medições globais.

Este gráfico ilustra uma das possibilidades para a brilhante faixa de emissões coletadas pela IBEX. O campo magnético galáctico dá forma à heliosfera conforme o Sistema Solar viaja através dele - Imagem: SwRI

"Pela primeira vez, nós estamos colocando nossas cabeças para fora da atmosfera do Sol e começando a entender realmente nosso lugar na galáxia," comemorou o Dr. David McComas, coordenador da missão IBEX.

Em vez de uma heliosfera circular e homogênea, os dados indicam a presença de uma faixa estreita e extremamente "brilhante" serpenteando pelo céu - onde brilhante não se refere a nenhum luz, mas a uma elevada concentração de átomos energéticos neutros.
Nessa faixa, a energia dos ENAs varia entre 0,2 e 0,6 keV (kiloeletron volts) e a atividade dos átomos energéticos neutros é de duas a três vezes maior do que no restante da heliosfera.

"Nós esperávamos ver variações espaciais pequenas e graduais na fronteira interestelar, a cerca de 16 bilhões de quilômetros de distância da Terra.

Entretanto, a IBEX está nos mostrando uma faixa muito estreita que é duas a três vezes mais brilhante do que qualquer outro objeto no céu," disse McComas.

Novas teorias

Apesar dos seis artigos científicos publicados nesta sexta-feira a partir dessas medições iniciais, os cientistas afirmam que será necessário mais tempo para que se entenda perfeitamente os dados coletados pela IBEX.

O formato da heliosfera, por exemplo, ainda não encontrou um consenso entre os cientistas. "Os resultados da IBEX são absolutamente extraordinários, com emissões que não podem ser explicadas por nenhuma teoria existente," diz McComas.

Entretanto, como a faixa parece ter seu desenho traçado pelo campo magnético interestelar, fora da heliosfera, as observações sugerem que o ambiente interestelar tem muito mais influência sobre o formato da heliosfera do que qualquer teoria existente até hoje sugeria.

Viagens espaciais do futuro

A sonda também foi a primeira a coletar hidrogênio e oxigênio do meio interestelar, o que ajudará os cientistas a terem uma ideia mais precisa sobre a composição do espaço além das fronteiras do Sistema Solar.

Estas observações são importantes para as viagens espaciais do futuro pois, da mesma forma que a atmosfera terrestre nos protege da radiação do espaço exterior, a heliosfera protege o Sistema Solar dos raios cósmicos interestelares.

MAIS

Todas as informações coletadas ajudam cientistas a compreender melhor nosso lugar na galáxia. Com elas, a NASA construiu duas animações (uma gráfica e a outra com ilustrações) que dão uma dimensão mais exata de quão pequenos somos no espaço.

Fontes: Site Inovação Tecnológica / Paula Rothman (INFO Online)

Sonda europeia parte para marte em 2018

Com orçamento apertado, a Agência Espacial Europeia adiou por várias vezes o lançamento da 'ExoMars'. Mas, agora, os responsáveis parecem ter encontrado a solução, optando por procurar apoio dos EUA. A partir de 2016, todas as missões ao planeta vermelho serão conjuntas.

A crise económica abalou mas não destruiu os sonhos europeus de enviar uma sonda para Marte. Os planos têm vindo a ser sucessivamente adiados, mas parece que agora a Agência Espacial Europeia (ESA) chegou a acordo com a congénere norte--americana (a NASA) para dividir custos e a ExoMars, que terá como objectivo a procura de vida no planeta vermelho, tem data de lançamento prevista para 2018. Só falta o OK dos países membros.

Inicialmente prevista para partir em 2013, a primeira missão do Programa Aurora tinha sido adiada para 2016. Contudo, quando numa reunião ministerial, em Novembro de 2008, os países membros se comprometeram a gastar apenas 850 milhões de euros, os cientistas e engenheiros sabiam que teriam um problema. O valor era claramente insuficiente para os objectivos da missão.

A solução encontrada foi procurar a colaboração dos EUA, fazendo com que a partir de 2016 todas as missões a Marte sejam conjuntas com a agência espacial norte-americana. A última missão exclusivamente europeia partirá nesse ano, aproveitando a janela de oportunidade que fica livre com o adiamento da partida da ExoMars.

Assim, a ESA enviará um satélite orbital e uma pequena sonda estática para o planeta vermelho (aproveitando para treinar para a missão de 2018). O objectivo do satélite será detectar as fontes de metano e de outros gases recentemente descobertos na superfície. Os resultados poderão servir para escolher o melhor local para a aterragem da ExoMars.

"O cenário de duas missões é aceite por todos e a cooperação a longo prazo com os EUA bem--vinda. Para a ExoMars, temos um acordo em relação à base técnica que deverá funcionar para todos. Para mim, os recursos são agora a parte fundamental", disse à BBC o director de ciência e robótica da ESA, David Southwood. Os especialistas vão agora estudar em pormenor os encargos, antes de os países membros se pronunciarem, até ao final do ano.

A ExoMars é a primeira missão do Programa Aurora, que visa lançar as bases para uma eventual exploração humana do espaço. Uma vez na superfície de Marte, a missão terá duas vertentes. De um lado, um robô com vários quilómetros de mobilidade, que está equipado com uma broca capaz de furar até dois metros de profundidade. As amostras recolhidas são analisadas pelos instrumentos colocados na área de carga Pasteur, no próprio robô. Por outro lado, no local de aterragem ficará um laboratório fixo (intitulado Humboldt), que irá proceder à análise geofísica e ambiental do planeta vermelho.

Fonte: Susana Salvador (Diário de Notícias - Portugal) - Imagem: ESA - AOES Medialab