sábado, 28 de maio de 2011

LAN fala em Gol se negócio com TAM não avançar

"Também procuraremos por outras opções", diz representante da empresa chilena

A companhia aérea chilena LAN pode procurar outro parceiro para seus planos de internacionalização se a proposta de associação com a TAM for rejeitada por um tribunal de defesa da concorrência, informou um jornal local.

Na quinta-feira, o Tribunal de Livre Concorrência do Chile (TDLC) realizou uma audiência em que LAN e TAM apresentaram seus argumentos sobre a criação da maior companhia aérea da América Latina. As empresas anunciaram em agosto de 2010 um acordo para unirem operações, mas uma associação de consumidores no Chile opôs-se no tribunal da concorrência, que abriu um processo de investigação. O tribunal espera ter antes de agosto um veredito sobre a legalidade da operação.

"Ao final (se for reprovado), vamos procurar um 'second best'. Podemos ir falar com a Gol, que não sei se estará disponível, mas que sua internacionalização não se compara com a da TAM", disse o gerente-geral da LAN, Ignacio Cueto, em entrevista publicada pelo jornal chileno El Mercurio. "Também procuraremos por opções que não sejam desse tipo (fusão)", acrescentou.

Um representante legal da TAM disse durante a audiência que a companhia iria procurar outro parceiro se a operação não avançasse. No entanto, Cueto considerou que os argumentos apresentados ao Tribunal da Concorrência são "fortes" para permitir a união das empresas.

As companhias esperam obter sinergias de US$ 400 milhões ao ano com seus planos.

Fonte: Reuters via iG

Passageiro do voo 447 pode não ter percebido queda

Segundo especialistas, ocupantes do avião da Air France possivelmente não sabiam da iminência do choque no mar

Por vários fatores, passageiros podem ter tido a sensação de que Airbus estava subindo, quando na verdade caía


Os 216 passageiros do Airbus A330 da Air France não sabiam que a aeronave estava prestes a cair no Atlântico naquela noite de 31 de maio, disse acreditar Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, o órgão francês responsável pela apuração do acidente.

Durante a queda, é provável que os passageiros tenham sofrido um fenômeno chamado de "desorientação espacial". Quando isso ocorre, a pessoa não sabe para qual direção está indo.

Além de Troadec, a Folha conversou com pilotos, um especialista em medicina aeroespacial e um engenheiro que atua com certificação de aeronaves; exceção ao diretor do BEA, todos aceitaram conversar sob anonimato.

Eis os indícios:

1) o avião passava por uma área de turbulência, balançando, à noite, com o céu escuro e, possivelmente, com a maioria das janelas fechadas; em um cenário assim, sem referências, é bastante comum o sentido de equilíbrio do corpo ser afetado.

2) a queda da aeronave no mar se deu com o nariz apontado para cima. A sensação para alguns, até o momento do impacto, era a de que o avião subia, e não caía.

Diferentemente dos passageiros, os pilotos têm, em situações normais, como saber a sua inclinação em relação ao horizonte graças a um dispositivo instalado na cabine, o "horizonte artificial".

Não se sabe se o equipamento funcionava ou não; mesmo que estivessem em operação, dizem especialistas, as panes causadas com o congelamento das sondas pitot podem ter prejudicado a avaliação da tripulação, preocupada em descobrir rapidamente o que causava a instabilidade na aeronave.

Há outro fator a corroborar a hipótese de desorientação: as fraturas nos corpos das vítimas examinados pelo IML de Recife sinalizam que eles não estavam com a cabeça entre os joelhos, em posição de emergência, na hora do impacto com a água.

No acidente com Boeing da Gol, que em 2006 se chocou contra um Legacy que vinha em sentido contrário, a situação foi diferente.

As 154 vítimas morreram ao se chocar contra o solo, segundo os laudos do IML de Brasília, mas há indícios de que os passageiros tenham perdido a consciência antes do impacto no chão.

Fonte: André Monteiro, Evandro Spinelli e Ricardo Gallo (jornal Folha de S. Paulo) - Colaborou Ana Carolina Dani

sexta-feira, 27 de maio de 2011

EUA: Quatro mortos em queda de aeronave nas montanhas da Carolina do Norte

Quatro pessoas morreram na quinta-feira (26) em sequência da queda de uma aeronave nas montanhas do estado norte-americano da Carolina do Norte, informaram hoje as autoridades federais.

O piloto da aeronave de quatro lugares Beechcraft 58 Baron, prefixo N77AR, da Aero Resources Corp. e operado pela Hazardque, fazia a ligação entre Atlanta e Hazard, no Kentucky, deu conta às autoridades de um incêndio a bordo antes de o avião ter caído a cerca de 200 quilômetros de Asheville.

As vítimas são o piloto e os três passageiros que se encontravam a bordo.

A rota do avião N77AR que partiu do Fulton County Airport, em Atlanta, para Hazard, no Kentucky. A linha azul indica a rota prevista e, a linha verde, a rota realizada

Fontes: Agência Lusa via Visão / ASN - Imagem: FlightAware.com

Restaurante em avião faz sucesso na Suíça


Um restaurante um tanto curioso anda fazendo um grande sucesso na Suíça. A diferença? Ele foi criado dentro de uma avião soviético dos anos 1950, servindo refeições com todo o luxo da época, que vão desde poltronas apertadas até batidas nos cotovelos.


O restaurante é o Runaway 34, que fica em Zurique. Dentro do avião ficam o bar e um lounge, enquanto as mesas para as refeições ficam espalhadas do lado de fora. Porém, para dar um ar um pouco mais real, algumas das mesas possuem os assentos originais do avião.



Assim como comenta o site Dvice, em uma época em que conseguir um pouco de nozes e castanhas em viagens aéreas já pode ser considerado um sucesso, talvez fazer refeições em um avião não seja apenas algo diferente, mas também nostálgico.

Realmente, quem não acharia legal um restaurante deste tipo?

Fonte: Daniel Pavani (Geek) - Fotos: Divulgação

Competição acirrada faz tarifa aérea cair quase 60% em oito anos

Com o aumento da competição no setor aéreo brasileiro, o consumidor se beneficiou com a queda nos custos das passagens. Entre dezembro de 2002 e dezembro de 2010, a tarifa média passou de R$ 616,58 para R$ 259,93, uma queda de 57,8%.

Para o superintendente de regulação econômica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Carlos Duarte, essa redução se deve, sobretudo, ao aumento da competição no setor, que vem ficando cada vez mais acirrada desde abril de 2010, quando o segmento passou a a adotar o regime de liberdade nas tarifas.

Concorrência

Só para se ter uma ideia, a entrada crescente das companhias aéreas de menor porte no mercado brasileiro fez com que a participação das duas maiores empresas do setor (Gol e TAM) passasse de 93,60%, em abril de 2008, para 80,99% em abril deste ano.

A procura por voos no país subiu 31,45% entre março e abril deste ano, conforme dados da Anac. A oferta de passagens, por sua vez, registrou alta de 15,44%. Os dados levam a uma taxa de ocupação de 73,37%, patamar acima dos 64,43% registrados em abril de 2010.

Os principais elementos que levam o brasileiro a viajar mais de avião são a renda média dos assalariados e a queda nos preços das passagens. Essa relação fica evidente ao comparar dados da Anac e da PME (Pesquisa Mensal do Emprego), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A renda média do trabalhador nas regiões metropolitanas era de R$ 1.395,94 no último mês de 2002. Já em dezembro de 2010, o valor subiu para R$ R$ 1.548,32.

A demanda por voos internacionais também cresceu, na comparação entre abril de 2010 e abril deste ano. A alta foi de 34,88%, sendo que, no mesmo período, a oferta de assentos subiu 18,59% e a taxa de ocupação atingiu a marca de 81,13%.

Maiores gastos com viagens

Uma outra pesquisa realizada pelo IBGE, a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), mostrou que o brasileiro passou a consumir mais do seu orçamento com todos os gastos relacionados a viagens.

Por isso, mesmo com a redução dos custos na parte aérea, a proporção dos gastos com viagens em relação à renda avançou de 1,65% em 2002 para 1,8% em 2010.

Fonte: InfoMoney via UOL Viagem

Agência suspende voos com jato comercial da Dassault


A Agência de Segurança Aérea da Europa determinou hoje que todos os jatos executivos 7X Falcon da empresa francesa Dassault, em todo o mundo, permanecessem no solo, após ter sido detectada uma anomalia em uma dessas aeronaves que poderia ter feito os pilotos perderem o controle do avião em voo.

A agência sediada em Colônia disse em duas diretrizes que tomou a decisão de interromper todos os voos do avião da Dassault a partir de um pedido da própria empresa, com sede em Paris. O avião que apresentou defeitos estava voando da Europa à Malásia, sem passageiros, disse o porta-voz da Dassault, Stephane Fort.

Os pilotos conseguiram retomar o controle da aeronave e fizeram um pouso seguro na Malásia, disse Fort. Ele não informou de quem era o avião ou quem o operava. Até agora, a Dassault entregou 112 aeronaves 7X, as quais já voaram 75 mil horas. A Dassault Falcon, uma divisão da Dassault Aviation, é uma das fabricantes líderes de jatos comerciais. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado - Foto: flightsandboats.com

Passaredo põe piloto no lugar do mecânico

Por economia, a Passaredo Linhas Aéreas dispensou mecânicos e pôs os pilotos para supervisionar e acompanhar o abastecimento das aeronaves.

A mudança foi implantada em março em três dos aeroportos onde a empresa opera - Vitória da Conquista e Barreiras, ambas na Bahia, e Araguaína, em Tocantins.

Sétima em participação no mercado, a Passaredo opera nessas rotas com aeronaves Embraer ERJ-145, jatos para cerca de 50 passageiros.

Normalmente, o abastecimento é feito por um funcionário terceirizado e acompanhado pelo mecânico. Aos pilotos, cabe verificar os equipamentos de cabine e fazer uma ronda externa no avião antes do voo.

Agora, um deles fica na cabine enquanto o outro abre e fecha o bocal de combustível e acompanha o processo.

A decisão, afirma a empresa, se deve à necessidade de "otimização operacional".

Um dos pilotos da Passaredo denunciou o caso ao Sindicato Nacional dos Aeronautas e à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Na denúncia, ele disse temer a medida, pois não teve treinamento adequado. Segundo o autor, sair para inspecionar o abastecimento prejudica a checagem pré-voo e, consequentemente, põe em risco a segurança.

Piloto da Passaredo observa abastecimento em Vitória da Conquista (BA), onde empresa cortou mecânico

'Risco'

Um bocal mal fechado, por exemplo, pode resultar em acidente durante o voo, diz o comandante Carlos Camacho, diretor de segurança do sindicato. Do mesmo modo, um piloto desacostumado a fazer esse tipo de serviço pode comprometer a operação.

O abastecimento por um piloto inexperiente causou a queda de um Learjet-35 no entorno do Campo de Marte, em São Paulo, em 2007. Com mais querosene em uma das asas, o avião ficou desbalanceado e caiu logo após decolar. Oito pessoas morreram.

Segundo a Anac, o procedimento da Passaredo é inusual, mas permitido mediante treinamento. A agência inspecionou a empresa; por volta das 19h30 de ontem, informou não ter constatado irregularidades.

A Passaredo diz ter treinado a equipe. Quem não apresentou "competência" foi "desligado". A segurança, sustenta a empresa, não foi afetada. O avião usado, acrescentou, não exige "presença de mecânico para despacho de voo".

Fonte: Ricardo Gallo (Folha.com) - Foto: Silvio Navarro/Folhapress

Diretor de Associação dos Familiares das Vítimas do Voo Air France 447 diz que há grande preocupação de não se culpar pilotos


O diretor da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo Air France 447, Maarten Van Sluys, disse nesta sexta-feira que o relatório do Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês), responsável pela análise dos dados das caixas-pretas do avião que caiu no Oceano Atlântico em 2009 quando seguia do Rio para Paris, não é conclusivo. Para ele, há uma grande preocupação de não se culpar os pilotos da aeronave.

- O relatório mostra uma preocupação política de não se criar atrito com o sindicato dos pilotos da França. Também mostra que a queda do avião se deu em três minutos e meio ao contrário das informações anteriores que diziam em quatro minutos e meio até cinco. Foi uma perda de altitude extrema. O avião fez uma trajetória espiral antes da queda e perdeu a sustentação no ar - avaliou Maarten dizendo esperar que o relatório seja anexado ao processo judicial: - Queremos saber o que a Justiça francesa vai fazer. As famílias esperam que a conclusão aponte os responsáveis pelo acidente. Até agora, as análises apontam que a culpa foi dos fabricantes.

Fonte: O Globo - Fotomontagem: Veja,com

Voo 447: especialista diz que pilotos não são preparados para lidar com falhas do sistema eletrônico como a que aconteceu em 2009


O especialista em análise de acidentes e controles de emergência da Coppe-UFRJ, Moacyr Duarte acredita que os pilotos não são preparados para lidar com falhas do sistema eletrônico como a que aconteceu com o voo 447, que caiu no Oceano Atlântico em 2009 quando seguia do Rio para Paris. Segundo Moacyr, a partir do relatório preliminar do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) não é possível se chegar a uma conclusão sobre as causas do acidente, que seriam bastantes complexas. Para Moacyr, os dados ainda vão passar por muitas interpretações até que os investigadores consigam introduzir logicamente a sequência até a queda do avião. De acordo com ele, muitos acidentes só são esclarecidos após uma análise posterior dos dados de voz que captam até sons inaudíveis.

- Estamos agora bem de frente com o que aconteceu, mas não por que aconteceu. Desde o início, sabíamos que era algo de natureza muito complexa, e o relatório também indica isso. Está se subscrevendo o problema em torno do Air Data Inertial Reference Unit (Adiru), que é um equipamento que reúne uma série de informações coletadas pelos sensores do avião, como velocidade, temperatura e pressão e repassa ao sistema do avião para ele interpretar isso. Mesmo uma sequência de dados discordantes só derruba avião se houver uma interpretação errada do sistema. O que o sistema de suporte ao voo faz com as informações geradas é que pode levar a problemas a bordo.

Para o especialista, a sequência de alarmes disparados tornaria impossível para qualquer piloto tomar qualquer atitude, só o sistema eletrônico, que apresentava problemas, poderia processar isso.

Moacyr ressalta que as confusões de interpretação do sistema por conta de dados errados têm que ser revistas no processo de preparação dos pilotos.

Segundo ele, os problemas que ocorreram no voo 447 são muito semelhantes aos de um incidente ocorrido em 2008 com um voo da Qantas (companhia aérea da Austrália). O avião australiano também teve quedas bruscas, mas o piloto conseguiu reverter as quedas, e acabou pousando na base aérea de Learmonth. Tanto no caso da Qantas quanto no da Air France houve problemas no IR (referência inercial), que faz parte do Adiru.

- Na minha visão, ainda falta muito a se esclarecer. As falhas eletrônicas expõem aos condutores da máquina uma complexidade grande. A falha eletrônica é mais difícil de se lidar do que a falha física. Agora, a responsabilidade de qualquer operador circunscreve-se para aquilo que ele foi preparado - afirma Moacyr.

Moacyr relembra que na época do acidente com o avião da TAM, em Congonhas, já se questionava se aqueles pilotos que voavam com um reverso pinado (travado) tinham algum treinamento para atuar nessas condições:

- A pergunta é se os pilotos tinham feito treinamento para essa situação específica e não apenas se eles voaram no simulador. Acidentes têm coisas muitos peculiares, mas as falhas guardam semelhanças - completa Moacyr.

O relatório preliminar, divulgado na manhã desta sexta, fala apenas da sequência de ações dos pilotos até a queda, que durou 3 minutos e 30 segundos. As causas do acidente e as responsabilidades só serão divulgadas pelas autoridades francesas no fim de junho. O documento confirma ainda a informação do semanário alemão "Der Spiegel", de que o comandante da aeronave não estava na cabine no momento que o piloto automático é desativado. ( Confira parte da conversa dos pilotos )

Segundo a BEA, a divulgação dos dados foi antecipada devido à publicação de informações contraditórias publicadas pela imprensa. Na semana passada, um dos responsáveis do BEA disse à imprensa que uma primeira leitura das gravações não havia revelado "disfunções importantes" no avião, um A330 da Airbus .

Na quinta-feira, um grupo de advogados franceses e brasileiros das famílias das vítimas do voo 447 anunciou que intimou a Air France e a Airbus para comparecer com urgência diante da Justiça francesa. Eles questionam o próprio projeto do avião. Um procedimento semelhante, visando investigar a verdade sobre as causas do acidente que deixou 228 mortos e obter depósitos para indenizações, será encaminhado no futuro próximo junto à Justiça brasileira, declarou à Reuters um dos porta-vozes do grupo.

A Air France e a Airbus foram indiciados em março por homicídio culposo pela morte de 228 pessoas que estavam a bordo da aeronave. Há duas semanas, uma reportagem do jornal francês 'Le Figaro' afirmava ainda que eles tinham tido acesso ao conteúdo das caixas-pretas , e que os dados livrariam os fabricantes da Airbus de qualquer culpa.

Resgate de corpos continua

Pelo menos 29 corpos das vítimas do voo 447 já teriam sido resgatados desde o reinício das operações, em 21 de maio. A informação foi passada às famílias das vítimas por autoridades francesas. No início de maio, outros dois corpos já haviam sido retirados do oceano. Ao todo, 82 corpos foram resgatados desde 2009 , e 146 permanecem desaparecidos.

Fonte: Fernanda Baldioti (O Globo)

Voo 447: Air France diz em nota que sequência de fatos substitui as suposições sobre o acidente

A Air France divulgou uma nota, na manhã desta sexta-feira, em que afirma que a descrição dos fatos relacionados ao acidente com o AirBus do voo 447, que caiu no mar em junho 2009, substitui as suposições feitas ao longo destes últimos dois anos. Segundo o comunicado, "constata-se que a tripulação responsável monitorou as condições meteorológicas e, por isso, efetuou um desvio de rota, que a pane das sondas de velocidade foi o evento inicial que levou à desconexão do piloto automático e à perda dos sistemas de proteção associados à pilotagem, e que o avião se desprendeu de uma alta altitude. Constata-se também que o comandante rapidamente interrompeu seu repouso para retornar ao cockpit" afirmou. Segundo a Air France, "a tripulação, composta de três experientes pilotos, deu prova de profissionalismo, estava comprometida em cumprir sua tarefa até o final".

A companhia diz que a tenacidade das autoridades, da Airbus e da Air France permitiu encontrar as caixas pretas e elementos do avião depois de dois anos de buscas.

Segundo a Air France, os dados coletados devem agora ser analisados. Apenas ao final deste trabalho complexo, que exige serenidade e rigor, o BEA poderá estabelecer o encadeamento das causas que conduziram à catástrofe.

No comunicado, a Air France frisa que "desde já, pode-se constatar que as autoridades, o construtor e a companhia aérea tomaram medidas a fim de evitar a repetição de tal acidente".

E por fim diz esperar "que todos tenham a paciência de esperar o relatório intermediário que o BEA publicará em poucas semanas, sem dúvida acompanhado de recomendações adicionais. A segurança da indústria de transporte aéreo mundial sairá fortalecida".

Fonte: O Globo

Advogados de familiares do voo AF447 questionam projeto do avião


Um grupo de advogados franceses e brasileiros das famílias das vítimas do voo Rio-Paris anunciou que intimou a Air France e a Airbus para comparecer com urgência diante da Justiça francesa, questionando o próprio projeto do avião.

Um procedimento semelhante, visando investigar a verdade sobre as causas do acidente que deixou 228 mortos em junho de 2009 e obter depósitos para indenizações, será encaminhado no futuro próximo junto à Justiça brasileira, declarou à Reuters um dos porta-vozes do grupo de advogados.

A intimação na França foi registrada em 13 de maio junto ao tribunal de grandes instâncias de Toulouse.

O órgão responsável pelas investigações na França, o BEA, deve publicar na sexta-feira um comunicado, ansiosamente aguardado, sobre as primeiras constatações obtidas pelo estudo das gravações contidas nas caixas-pretas da aeronave.

Um dos responsáveis do BEA disse à imprensa na semana passada que uma primeira leitura das gravações não havia revelado "disfunções importantes" no avião, um A330 da Airbus.

Mas o grupo de advogados franco-brasileiro declara que se baseia em uma tese proposta por especialistas independentes, "que tende a demonstrar que o design do avião teria exercido um papel não desprezível na ocorrência da catástrofe".

Para financiar sua ação, as famílias e seus advogados mandaram analisar por um organismo privado os dados transmitidos à Air France pelo sistema de mensagens automáticas Acars nos quatro últimos minutos que antecederam a tragédia do vôo AF 447, que decolou do Rio de Janeiro rumo a Paris no dia 31 de maio de 2009.

Essas mensagens revelaram uma série importante de erros de funcionamento em uma zona de turbulência, "tornando o avião incontrolável e tendo provocado uma despressurização rápida do aparelho", segundo o relatório desses especialistas.

Essa despressurização teria sido decorrente "de uma fuga de ar comprimido proveniente da cabine de comando do aparelho, em seguida à perda do estabilizador da asa, arrancado sob o efeito da velocidade (aproximadamente 900 km/h), e da pane do limitador de movimento de direção assinalado às 2h10 (UTC; sigla em inglês para Tempo Universal Coordenado) pelas mensagens Acars", acrescenta o texto.

Ainda segundo esses especialistas, a despressurização teria sido tão grande e rápida que teria provocado uma explosão, levando à destruição de uma parte traseira da fuselagem do avião.

A ação movida em Toulouse e no Brasil visa, portanto, "o reconhecimento da responsabilidade da Air France, enquanto transportadora, e da Airbus, com relação ao papel não desprezível do projeto e funcionamento do avião na ocorrência da catástrofe."

Fonte: Gérard Bon (Reuters) via O Globo

'Não trouxe nenhum avanço', diz associação após relatório do voo 447

Representante de famílias brasileiras não viu novidades em novo relatório.

Órgão francês afirma que queda de voo durou três minutos e meio.

Após a divulgação, nesta sexta-feira (27), de um relatório preliminar que descreve mais detalhes sobre a queda do avião AF447, que matou 228 pessoas em 2009, o presidente da Associação de Vítimas Brasileiras, Nelson Faria Marinho, disse que não via avanço na investigação da causa do acidente. “Disseram muita coisa e não disseram nada. Não trouxe nenhum avanço”, concluiu Marinho, que perdeu um filho na tragédia.

A análise das caixas-pretas recuperadas, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análise), mostra que os pilotos viram duas velocidades diferentes no painel de controle durante "menos de um minuto" e que uma delas mostrava uma redução brutal da velocidade.

Marinho contou que o BEA enviou um comunicado oficial no início da manhã desta sexta, onde dizia apenas que as informações das duas caixas-pretas só seriam repassadas no final de julho. Os outros detalhes, segundo Marinho, ele ficou sabendo através da imprensa.

“No comunicado oficial não falam nada disso, fiquei sabendo através da imprensa. O relatório do BEA oficial não acusa pilotos”, afirmou. Nelson ressaltou que até o fim de julho ele e as famílias das vítimas vão seguir acompanhando “esse desfecho dramático que levou vidas, porque nosso interesse é a busca da verdade”.

Para Marinho, o acidente não foi causado por erros dos pilotos. “Esse boato de acusar piloto não deu certo (...) Eles (da Airbus) viram que todos foram contra em acusar o piloto, e tem relatórios dizendo que isso não ocorreu. Essa atitude foi contrária a eles”, disse.

Há 10 dias, o jornal francês "Le Figaro" publicou um artigo dizendo que as análises das caixas-pretas do avião indicavam que o acidente teria sido causado por erros dos pilotos. O texto isentava a Airbus de responsabilidade na tragédia.

Fonte: Carolina Lauriano (G1)

Leia a íntegra do relatório parcial sobre o acidente do voo 447


PREFÁCIO ESPECIAL AO TEXTO PORTUGUÊS

Este texto foi traduzido e publicado pelo BEA a fim de facilitar a leitura pelos falantes brasileiros. Tão exata quanto a tradução possa ser, é o texto original em francês que deve ser considerado como o trabalho da referência

Histórico do voo

No domingo, 31 de maio de 2009, o Airbus A330-203, matrícula F-GZCP, operado pela Air France foi programado para efetuar o voo regular AF447 entre o Rio de Janeiro Galeão e Paris Charles de Gaulle. Doze tripulantes (3 PNT, 9 PNC) e 216 passageiros estão a bordo. A partida está prevista para as 22 h 00(1).

Às 22 h 10 a tripulação tem permissão para ligar os motores e deixar o pátio. A decolagem ocorreu às 22 h 29. O comandante de bordo é PNF, um dos copilotos é PF.

O peso na decolagem é de 232,8 t (para um MTOW de 233 t), e inclui 70,4 toneladas de combustível.

À 1 h 35 min e 15 s, a tripulação informou o controlador ATLÂNTICO que passou o ponto INTOL e anuncia a seguinte estimativa: SALPU às 1 h 48 e ORARO às 2 h 00. Ela também transmite o seu código SELCAL e um teste é realizado com sucesso.

À 1 h 35 min 46 s, o controlador pediu que ele mantenha FL350 e informe sua estimativa para o ponto TASIL.

À 1 h 55, o comandante de bordo desperta o segundo copiloto e diz «[...] vá tomar o meu lugar».

Entre 1 h 59 min 32 s e 2 h 01 min 46 s , o comandante de bordo assiste ao briefing entre os dois copilotos, onde PF disse principalmente que «o pouco de turbulência que você acabou de ver [...] devemos encontrar outras mais à frente [...] estamos na camada, infelizmente não podemos subir muito mais agora porque a temperatura está diminuindo menos rapidamente do que o esperado» e que «o logon com Dakar falhou». O comandante de bordo deixou a cabine.

A aeronave se aproxima do ponto ORARO. Ela voa em nível de voo 350 e à velocidade Mach de 0,82; a atitude longitudinal é de cerca de 2,5 graus. O peso e o centro de gravidade do avião são de cerca de 205 toneladas e 29%. O piloto automático 2 e auto-impulsão são ativados.

Às 2 h 06 min 04 s, o PF chamou os PNC e lhes disse que «em dois minutos devemos atacar uma área mais agitada do que agora e devemos tomar cuidado lá» e acrescenta «eu lhe ligo logo que sairmos de lá».

As 2 h 08 min 07 s , o PNF propõe «você pode, possivelmente, levar um pouco para a esquerda [...]». A aeronave começou uma ligeira virada para a esquerda ; o desvio em relação à rota inicialmente seguida é de cerca de 12 graus. O nível de turbulências aumenta ligeiramente e a tripulação decide reduzir o Mach para 0,8.

A partir das 2 h 10 min 05 s , o piloto automático e em seguida a auto-implusão são desativados e PF anuncia «eu tenho os comandos». A aeronave rolou para a direita e PF exerce uma ação à esquerda e de elevação do nariz. O alarme de perda dispara duas vezes. Os parâmetros registrados mostram uma queda brutal de cerca de 275 kt para 60 kt da velocidade mostrada do lado esquerdo e poucos momentos depois a velocidade mostrada no instrumento de resgate (ISIS).

As 2 h 10 min 16 s, o PNF disse «perdemos as velocidades» e em seguida «alternate law {...]».

A atitude da aeronave aumenta gradualmente para acima de 10 graus e leva a uma trajetória ascendente. PF exerce ações de pique e alternadamente da direita para a esquerda. A velocidade vertical, que tinha atingido 7.000 pés/min, diminuiu para 700 pés/min e a rolagem varia entre 12 graus à direita e 10 graus à esquerda. A velocidade mostrada à esquerda aumentou brutalmente para 215 kt (Mach de 0,68). A aeronave se encontra então a uma altitude de cerca de 37.500 pés e a incidência registrada é de cerca de 4 graus.

A partir das 2 h 10 min 50 s, o PNF tentou por várias vezes chamar o comandante de bordo.

Às 2 h 10 min 51 s , o alarme de perda soa novamente. Os manches de controle de impulso são colocados na posição TO/GA e o PF mantém sua ordem de elevar o nariz. A incidência registrada, de cerca de 6 graus no disparo do alarme de perda, continua a aumentar. O estabilizador horizontal regulável (PHR) passa de 3 para 13 graus de levantar o nariz em 1 minuto aproximadamente; ele permanecerá nesta última posição até o fim do voo.

Quinze segundos depois, a velocidade mostrada no ISIS aumenta abruptamente para 185 kt ; ela é consistente com a outra velocidade registrada. PF continua a dar ordens de elevar o nariz. A altitude da aeronave atinge o seu máximo de cerca de 38.000 pés, sua atitude e sua incidência são de 16 graus.

Às 2 h 11 min 40 s, o comandante de bordo retorna à cabine. Em poucos segundos, todas as velocidades registradas se tornam inválidas e o alarme de perda pará.

A altitude está, então, em cerca de 35.000 pés, a incidência ultrapassa 40 graus e a velocidade vertical é de aproximadamente -10.000 pés/min. A atitude da aeronave não excede 15 graus e os N1 dos motores estão perto de 100%. A aeronave sofre oscilações de rolagem que atingem por vezes 40 graus. O PF exerce uma ação no manche no limite para a esquerda e de levantar o nariz, que dura cerca de 30 segundos.

As 2 h 12 min 02 s, o PF disse «eu não tenho mais nenhuma indicação», e o FNP disse «não temos nenhuma indicação que seja válida». Neste ponto, os manches de comando de impulsão estão na posição IDLE, os N1 dos motores estão em 55%.

Quinze segundos depois, o PF faz ações de pique. Nos instantes que se seguem, houve uma diminuição da incidência, as velocidades tornam-se novamente válidas e o alarme de perda é reativado.

Às 2 h 13 min 32 s, PF disse «vamos chegar ao nível cem». Cerca de quinze segundos depois, ações simultâneas dos dois pilotos nos mini-manches são registradas e PF diz «vamos lá, você tem os comandos».

A incidência, quando é válida, está sempre acima de 35 graus.

Os registros param às 2 h 14 min 28 s. Os últimos valores registrados são velocidade vertical de -10.912 pés/min, velocidade de solo de 107 kt, atitude de 16,2 graus de elevação do nariz, rolagem de 5,3 graus à esquerda e um rumo magnético de 270 graus.

Novos fatos estabelecidos

Nesta fase do inquérito, além dos relatórios do BEA, de 2 de Julho e de 17 de Dezembro de 2009, os novos fatos a seguir foram estabelecidos:

● A composição da tripulação estava em conformidade com os procedimentos do operador.

● No momento do evento, a massa e o centro de gravidade estavam dentro dos limites operacionais.

● No momento do evento, os dois copilotos estavam na cabine e o comandante de bordo em repouso, este último voltou para a cabine cerca de 1 minuto 30 s após a retirada do piloto automático.

● Houve uma inconsistência entre a velocidade indicada no lado esquerdo e a indicada no instrumento de resgate (ISIS). Durou pouco menos de um minuto.

● Após o desligamento do piloto automático :

○ a aeronave subiu para 38.000 pés ;

○ o alarme de perda soou e o avião entrou em perda ;

○ as ordens de PF foram principalmente de elevar o nariz ;

○ a descida durou 3 min 30 s, durante o qual a aeronave permaneceu em situação de perda.

○ A incidência aumentou e se manteve acima de 35 graus ;

○ os motores estavam em funcionamento e sempre responderam aos comandos da tripulação.

○ Os últimos valores registrados são atitude de 16,2 graus de elevação do nariz, rolagem de 5,3 graus na esquerda e velocidade vertical de -10.912 pés/min.

Fonte: G1

MAIS

Clique aqui e acesse o Relatório original do BEA em português, inglês ou francês. [em .pdf]

Queda do voo 447 durou 3 minutos e meio, dizem investigadores franceses

Pilotos do avião da Air France viram velocidades diferentes por quase 1 min.

Relatório descreve, sem analisar, o que já se sabe sobre as caixas-pretas.


O órgão francês responsável pela investigação do acidente com o voo 447 da Air France divulgou nesta sexta-feira (27) um relatório preliminar que descreve o que já se sabe sobre a queda do avião no Oceano Atlântico, que matou 228 pessoas em 2009.

A análise das caixas-pretas recuperadas, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análise), mostra que os pilotos viram dois registros simultâneos de velocidades diferentes no painel de controle durante "menos de um minuto" e que um deles mostrava uma redução brutal da velocidade.

Isso impediu que a tripulação soubesse a velocidade real do aparelho.

A queda do avião no Oceano Atlântico, em alta velocidade, durou cerca de três minutos e meio, de acordo com os dados retirados das caixas-pretas recém-recuperadas do mar. O Airbus caiu com o bico para cima.

O acidente, ocorrido em 31 de maio de 2009, começou com um pequeno alerta duas horas e meia após o início da viagem e pouco depois de o capitão ter deixado brevemente a cabine para descansar.

O relatório transcreve diálogos da tripulação na cabine e conclui que "a composição da tripulação estava em conformidade" com as regras.

Antes da queda, os pilotos enfrentaram dificuldades por mais de quatro minutos, segundo o relatório.

Um dos pilotos advertiu a tripulação que o avião entraria em uma zona de fortes turbulências.

"Em dois minutos devemos atacar uma área mais agitada do que agora e devemos tomar cuidado lá", disse.

O Airbus A330 subiu para cerca de 11.600 metros de altitude e começou logo depois uma rápida descida de três minutos e meio, girando de esquerda para direita, até tocar o mar.

O mais jovem dos três pilotos entregou o controle ao segundo piloto mais experiente um minuto antes do acidente e um minuto e meio após a retirada do piloto automático, sempre segundo o BEA.

O capitão, de 58 anos, voltou à cabine pouco mais de um minuto após o início da emergência, depois de "várias tentativas" de ser chamado.

Quando ele chegou ao cockpit, a aeronave caía a uma velocidade de 10 mil pés por minuto, com o nariz elevado em 15 graus e em um ângulo inclinado demais em relação à corrente de ar para permitir uma nova subida.

O capitão não estava no comando na hora da queda, sempre segundo o relatório do BEA.

'Informações fragmentadas'

O relatório preliminar do BEA não entrou em detalhes sobre o que teria provocado a diferença nos registros da velocidade nem sobre como isso teria influenciado no acidente do voo entre Rio de Janeiro e Paris.

A divulgação deste relatório parcial, segundo o escritório francês, ocorreu por causa do que o órgão chamou de "rotina de liberação de informações fragmentadas e muitas vezes aproximadas", pela imprensa europeia nos últimos dias, dos resultados da investigação das caixas-pretas, iniciada em 14 de maio.

A nota, segundo o BEA, descreveu "de maneira factual" os acontecimentos que levaram ao acidente, mas não apresentou análises.

Isso só será feito, de acordo com as autoridades francesas, no relatório de etapa, que será publicado em final de junho, conforme anunciou Thierry Mariani, secretário de Transportes da França.

"Até o momento, estas são apenas observações, não uma compreensão do evento", disse nesta sexta-feira o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.

Até agora, o único fato estabelecido sobre o que poderia ter causado o acidente é uma falha no funcionamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade da aeronave.

Mas isso, segundo o BEA, não basta para determinar o que causou o acidente.

Fonte: G1, com agências internacionais

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Avião é submerso no mar Negro para virar atração turística

Tupolev de 48 metros se tornará um recife artificial.

Avião foi submerso nesta quarta em Varna, na Bulgária.


Um avião do ex-ditador búlgaro Todor Zhivkov foi submerso a 22 metros nesta quarta-feira (25) na costa de Saint Konstatine, um resort localizado no mar Negro ao norte de Varna, na Bulgária, para se transformar em uma atração turística subaquática. O Tupolev TU-154 de 48 metros se tornará um recife artificial destinado a atrair mergulhadores.

Os motores e o interior da aeronave foram removidos para evitar que seus componentes contribuíssem para poluir o meio ambiente.

Fontes: G1 (com agências) / AFP - Fotos: AP / DarikNews

Funcionários da Embraer empurram avião no Dia do Desafio

Aeronave de 22 toneladas foi arrastada em São José dos Campos.

Evento acontece em 4 mil cidades do continente americano nesta quarta.


Um grupo de 30 funcionários da Embraer empurraram nesta quarta-feira (25) um avião executivo de 22 toneladas em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo, como atividade para o Dia do Desafio. O evento, realizado em 4 mil cidades em todo o continente americano, tem como objetivo estimular a atividade física.

Na capital paulista, o evento aconteceu em diversos pontos da cidade, como unidades do Sesc, parques e shoppings. Todas as atividades são gratuitas.

Fontes: Jornal Hoje (TV Globo)

É cedo para antecipar causas do acidente do 447, diz premiê da França

François Fillon recebeu carta de parentes preocupados com investigação.

Após boataria na imprensa, BEA deve divulgar primeiros dados na sexta.

O premiê da França, François Fillon, disse nesta quinta-feira (26) que ainda é cedo para antecipar as conclusões sobre as causas do acidente do voo 447 da Air France, que caiu há dois anos com 228 pessoas a bordo no Oceano Atlântico.

Fillon citou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, por sua sigla em francês), a entidade encarregada do caso, para ressaltar que "ainda não se pode tirar nenhuma conclusão sobre as causas".

Fillon lembrou que o BEA deve publicar nesta sexta-feira as primeiras conclusões da análise das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009.

"Quanto às responsabilidades, cabe à Justiça, e unicamente a ela, estabelecê-las e anunciá-las quando for o momento", disse.

Turbina do Airbus do voo 447 é retirada do mar em 8 de maio
Recuperadas no início deste mês, as caixas-pretas estão sendo analisadas pelos especialistas do BEA, que devem publicar em junho o primeiro relatório provisório sobre as causas do acidente.

No entanto, o BEA enfrenta a uma enorme pressão da imprensa por causa dos constantes vazamentos sobre os elementos da investigação, o que provocou a indignação dos familiares das vítimas.

Em carta enviada a Fillon, associações de familiares afirmaram ter "dúvidas" sobre "a autonomia" do BEA para dirigir a investigação, após a "divulgação de informações que deveriam ser confidenciais".

Fillon disse "lamentar" a publicação de "informações parciais ou inexatas". Ele disse que leu a carta com atenção e que entende a indignação delas.

A BEA, que em um primeiro momento não tinha previsto publicar relatórios provisórios nos próximos meses, anunciou que divulgará na sexta-feira os primeiros dados com base na análise das caixas-pretas, mas que eles ainda não permitem determinar as causas do desastre.

Fonte: G1, com agências internacionais - Foto: Divulgação/BEA

Queda de avião na Argentina deixa quatro mortos

Acidente aconteceu na noite de quarta-feira perto do aeródromo de Venado Tuerto, a 366 km de Buenos Aires


Um pequeno avião sofreu um acidente na noite de quarta-feira (25) perto do aeródromo da cidade argentina de Venado Tuerto (366 km a norte de Buenos Aires), matando seus quatro jovens ocupantes, entre os quais havia dois peruanos e um equatoriano, informaram os bombeiros nesta quinta-feira.

— Morreram os quatro ocupantes de um pequeno avião de instrução. Dois eram peruanos, um equatoriano e o piloto, argentino — disse Eduardo Escurra, oficial dos bombeiros de Venado Tuerto, província de Santa Fé, ao canal de notícias TN.

Os mortos no acidente são o instrutor argentino Carlos Adrián Boleslavsky, de 36 anos; os aprendizes Diego Mora Orellana, 23, oriundo do Ecuador, Jean Luca Fussotto Lazo, 18, cidadão do Peru e Herbert Del Carpio Núñez, 22, também peruano.


— Chegamos à 00h15min (horário local e de Brasília) e pudemos constatar que o avião havia caído no solo de bico, e infelizmente os quatro jovens ocupantes perderam a vida no impacto — relatou o chefe do Corpo de Bombeiros da cidade, Daniel Romodijo.


O monomotor Piper PA-28-181 Archer II, prefixo LV-ARS, operado pela FlightCenter - Escuela de Aviación, havia partido na tarde de quarta-feira do aeródromo de Morón (perifieria oeste de Buenos Aires) e realizava um voo noturno de instrução quando caiu por volta das 23h. Romodijo explicou que a pista do aeródromo de Venado Tuerto estava iluminada no momento do acidente, e destacou que a aeronave possuía "um sistema de duplo comando que facilitava o manejo dos alunos por parte do piloto".


O avião "não pegou fogo, mas estava completamente destruído", acrescentou. A identidade das vítimas ainda não pôde ser confirmada.

Na semana passada, um avião da companhia aérea Sol caiu na Patagônia com 19 passageiros, sendo um bebê, e três tripulantes. Ninguém sobreviveu.

Fontes: AFP via Zero Hora / Diário Perfil / ASN - Fotos: Télam

Veja mais imagens do acidente com o avião na Índia
















Fotos: PTI / Xinhua/Reuters Photo / Tarun Sehrawat / AP

Avião que transportava paciente cai sobre casa na Índia e mata 10

Aeronave pertencia a empresa privada e era utilizado como ambulância


Um pequeno avião que transportava um paciente para o hospital na noite de quarta-feira (25) caiu sobre o telhado de uma casa na cidade indiana de Faridabad, matando dez pessoas, informou a polícia local nesta quinta.

Morreram no acidente os sete ocupantes da aeronave e três moradores da casa, situada em um bairro residencial de Faridabad, a cerca de 20 quilômetros da capital Nova Délhi.

O Pilatus PC-12/45, prefixo VT-ACF, pertence a companhia privada Air Charter Services, e era utilizado como ambulância. No momento do acidente, levava um doente da cidade de Patna, no leste, para Nova Délhi, onde seria hospitalizado.

— Morreram as sete pessoas que estavam a bordo, e outras três que viviam na casa", disse por telefone P.K. Agarwal, delegado da polícia de Faridabad.

Duas casas foram gravemente danificadas.


Fontes: AFP via Zero Hora - Foto: Manan Vatsyayana/AFP

Avião atrasa mais de 1 hora, mas Trip inicia operações

Problemas no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, atrasaram voo das 10h; aeronave pousou direto em Marília por problemas em Presidente Prudente

Depois de 10 dias sem avião, Marília voltou a oferecer opção de transporte aéreo ontem. A Trip deu início às operações na cidade após adiar por dois dias o voo inaugural por problemas em documentação entregue à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Voo marcado para as 10h atrasou quase uma hora e meia, mas partiu rumo ao Aeroporto de Cumbica por volta das 11h25. Segundo apurou o BOM DIA, problemas na partida de Guarulhos em função do tempo atrasaram o voo. A aeronave veio direto de Cumbica, já que o Aeroporto de Presidente Prudente teve problemas técnicos e permaneceu fechado. Caminhão tanque da brigada de incêndio pegou fogo.

A aposentada Lázara Fonseca, 87, teve que vir a Marília para embarcar para Guarulhos e fazer conexão a Brasília. “Ia pegar o voo em Prudente, mas tive que vir para cá de táxi. Vou a um velório e não posso perder essa conexão”, diz. Além da aposentada, mais três passageiros embarcaram no voo. Não houve atraso na partida das 16h45.

Hoje, às 11h, o gerente de marketing da companhia, Evaristo Mascarenhas de Paula, vem a cidade para apresentar o plano de operação da empresa. “A Trip tem estrutura para atender a região e acredito que vamos ter qualidade e regularidade. São mais de 40 aviões para transporte regional, creio que não teremos problemas com quebras e cancelamentos em função de manutenção”, ressalta Romildo Raineri Júnior, secretário da Indústria e Comércio.

Segundo apurou o BOM DIA, transporte de ônibus de Cumbica ao Aeroporto de Congonhas e ao Terminal Rodoviário da Barra Funda custa R$ 33. Passagens da Trip de Marília a Guarulhos adquiridas com antecedência saem por R$ 99,90. As vendas pela internet no site da companhia já foram retomadas.

Fonte: Taís Iatecola (Agência BOM DIA)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tráfego aéreo volta ao normal na Alemanha após redução de nuvem de cinzas

Atividade em vulcão na Islândia diminuiu. Aviões voltaram a decolar e pousar nos aeroportos de Hamburgo, Bremen e Berlin

O tráfego aéreo alemão está voltando ao normal nesta quarta-feira, doze horas depois de ser interrompido pela nuvem de cinzas do vulcão Grimsvotn, da Islândia. Aviões voltaram a decolar e pousar nos aeroportos de Hamburgo, Bremen e Berlin.

De acordo com a Eurocontrol, a agência que controla o tráfego aéreo europeu, cerca de 700 voos foram cancelados na Alemanha no início da manhã.

A atividade no vulcão islandês Grimsvotn, que entrou em erupção no último sábado, parece ter cessado na madrugada desta quarta-feira, segundo Hrafn Gudmundsson, da Agência Meteorológica da Islândia.

Os voos alemães voltaram a seus horários quando a agência de tráfego aéreo local disse que o nível das cinzas "não era mais crítico".

A Eurocontrol disse que não há mais restrições para voos em nenhum país da Europa.

Horas antes, o ministro dos Transportes alemão, Peter Ramsauer, disse à rede de TV pública ARD que "segurança é a principal prioridade, mas podemos dizer que a situação vai melhorar ainda hoje".

Segundo o correspondente da BBC em Berlim Stephen Evans, as autoridades de transporte alemãs adotaram uma posição mais cautelosa que a de outros países ao decidir pelo fechamento do espaço aéreo.

Passageiros dormem em terminal do aeroporto de Bremen, no norte da Alemanha (25/05)
Partículas maiores

A autoridade de aviação civil da França disse esperar poucos distúrbios ao tráfego aéreo e que não esperava ter de fechar nenhuma parte do espaço aéreo do país.

O tráfego aéreo na Noruega, Dinamarca e no Reino Unido foi interrompido na última terça-feira, com cerca de 500 voos cancelados.

A Escócia, a Irlanda do Norte e o norte da Inglaterra foram os mais afetados pela chegada da nuvem de cinzas ao norte da Europa.

Na última terça-feira, o fechamento do espaço aéreo britânico foi condenado pelo diretor da empresa aérea Ryanair, Michael O'Leary.

Ele acusou as autoridades de "incompetência burocrática" e disse que a empresa havia mandado dois aviões em segurança para áreas atingidas pelas cinzas na Escócia.

O serviço meteorológico britânico disse que a concentração de cinzas vulcânicas no Reino Unido deverá diminuir significativamente durante esta quarta-feira.

Especialistas dizem que a erupção do Grimsvotem é em menor escala do que a erupção de outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokull, em 2010.

Avião voa ao lado de nuvem de fumaça provocada pela erupção do vulcão Grimsvötn (21/5/2011)

Na ocasião, milhares de passageiros ficaram presos em aeroportos europeus, em meio a preocupações sobre o dano que as partículas de cinza poderiam causar nos motores de aviões.

No caso do Grimsvotn, as cinzas têm partículas maiores e, por isso, caem mais rapidamente no chão.

A comissária de transportes da União Europeia, Siim Kallas, disse que "neste momento, não prevemos um fechamento generalizado do espaço aéreo e a interrupção prolongada do tráfego como no ano passado".

O presidente da Islândia, Olafur Grimsson, disse à BBC: "A erupção está gradualmente diminuindo e a nuvem de cinzas é definitivamente menor do que já foi, então estamos otimistas".

Fonte: BBC Brasil via iG - Fotos: AP / Reuters

Nasa declara “morte” de robô Spirit em Marte

Agência espacial declarará equipamento, que pesquisou o planeta vermelho por seis anos, oficialmente desligado


Spirit, o robô –geólogo que cativou o mundo com suas aventuras em Marte antes de ficar preso em uma armadilha de areia, está prestes a encerrar sua vida, após seis anos de intensa produtividade.

O robô não se comunica com a base há mais de um ano, apesar de chamadas diárias da Nasa. A causa para o silêncio do Spirit pode não ser descoberta jamais, mas é provável que o inverno marciano tenha danificado suas partes eletrônicas, impedindo o jipe-robô de seis rodas de acordar.

A agência espacial dos Estados Unidos tem tentado há meses escutar algum sinal de vida do Spirit, sem sucesso. O gerente de projetos John Callas, do Laboratório de Propulsão a Jato, avisou que os últimos comandos serão enviados na quarta (25). Sondas em órbita no planeta vermelho deverão continuar monitorando por sinais do Spirit até o fim do mês, mas as chances de resposta são muito pequenas.

Segundo Callas, o robô é o responsável por “trazer Marte para as massas”.

“Marte não é mais esse lugar distante, misterioso”, disse. “Agora, ele é familiar a nós como nossa cidade natal, e isso é por causa do Spirit”.


Spirit e seu robô-gêmeo Opportunity chegaram de pára-quedas em lados opostos do hemisfério sul de Marte em janeiro de 2004, em uma missão planejada para durar três meses. Os jipes do tamanho de carrinhos de golfe, que funcionavam com energia solar, foram sucesso instantâneo com o público, que acompanhava suas andanças pelas planícies marcianas e suas paradas para perfurar rochas.

Seu maior feito foi descobrir provas geológicas que Marte, atualmente seco e poeirento, foi bem mais tropical, bilhões de anos atrás. O planeta era mais quente e úmido, condições que sugerem que houve ali um ambiente favorável para vida microbiana.

Mas, enquanto o Opportunity era ultra-produtivo, o Spirit só dava azar. Logo depois de chegarem a Marte, o jipe-robô entrou em condição crítica e começou a mandar dados sem sentido para a Terra. Os engenheiros da Nasa tiveram que cuidar dele à distância, e trazê-lo de volta à vida.

Ao contrário do Opportunity, que aterrissou em um leito seco de um lago, repleto de minerais que poderiam formar água, Spirit se aconchegou na cratera Gusev, de área igual a dois terços do estado de Sergipe, mas que continha poucas evidências de água.

O robô não teve escolha senão escalar para as montanhas, a fim de fazer descobertas. E ele conseguiu vários feitos, apesar do começo problemático: em 2005, escalou uma montanha da altura da Estátua da Liberdade. Foi também o primeiro a filmar os redemoinhos marcianos, que viraram filmes da Nasa.

Mas ao longo dos anos, o Spirit foi envelhecendo. Em 2006, uma das rodas da frente parou de girar, forçando o robô a andar de ré, meio manco. Mais frequentemente, começou a ter “ataques de amnésia”, tendo problemas para armazenar dados em sua memória flash.

Conseguiu sobreviver a três invernos marcianos, mas o valente robô não foi páreo para a última temporada de frio. Os problemas começaram em abril de 2009, quando o Spirit tentou atravessar um terreno mais fragmentado e acabou preso em um poço de areia. Durante as tentativas para desatolá-lo, outra roda traseira parou de funcionar, imobilizando o robô de vez.

Sem poder enviar um guincho, Nasa declarou o fim da carreira andante do Spirit em janeiro de 2010 - seis anos após sua chegada a Marte – e ele se tornou uma estação de pesquisa estacionária.

Mas os problemas continuaram quando os engenheiros não conseguiram manobrar os painéis solares do Spirit em direção do sol durante o inverno. Sem energia para continuar aquecido, o robô entrou em modo de hibernação, com sua temperatura chegando a -55°C.

Ainda assim, a agência espacial tinha esperanças de ter notícias do Spirit quando as temperatura saumentassem. Naves em órbita se revezavam diariamente procurando por sinais de vida do Robô, enquanto antenas espaciais na Califórnia, Espanha e Austrália faziam o mesmo na Terra.

Os gerentes da missão estiveram, nos últimos meses, considerando diminuir os esforços de escuta para uma vez por semana, mas ontem (23) Callas avisou à equipe do robô que ele havia decidido encerrar a escuta, alegando que qualquer esforço contínuo poderia prejudicar o financiamento de outras missões.


O Spirit viajou por 7,7 quilômetros desde sua chegada a Marte, enquanto o Opportunity registrou 30 quilômetros, mais de meia maratona, e já escavou três crateras. É a segunda nave de Marte a ser desativada, nos últimos três anos. Em 2008, a Nasa se despediu da Phoenix, após cinco meses de estudos da planície do Ártico marciano.

Mas o Opportunity não ficará sozinho por muito tempo. Os Estados Unidos devem lançar, ainda este ano, um mega jipe-robô, do tamanho de um Mini Cooper, que deverá chegar em Marte em meados de 2012.

Fonte: iG (com informações da AP) - Imagens: NASA

Astronautas do Endeavour concluem terceira saída espacial


Dois astronautas do ônibus espacial Endeavour concluíram nesta quarta-feira a terceira das quatro saídas programadas pela missão, depois de terem feito alguns trabalhos de manutenção no lado russo do laboratório orbital, indicou a Agência Espacial Americana (Nasa).

Os americanos Andrew Feustel e Mike Fincke terminaram sua saída ao espaço de seis horas e 54 minutos às 12h37 GMT (09h37 de Brasília), informou a agência.

A saída espacial -a terceira de quatro programadas durante a última missão do ônibus espacial Endeavour- estava destinada a concluir a instalação de um sistema externo de antena wireless e a consertar peças da parte russa da estação espacial.


"Eles completaram todas as tarefas previstas: a instalação de cabos para aumentar a força do sistema elétrico na parte russa da estação e do sistema externo de antena wireless que Feustel e Greg Chamitoff iniciaram em sua primeira saída espacial", indicou a Nasa.

Os astronautas ensaiaram um novo procedimento em sua preparação para esta saída, evitando que a noite anterior fosse passada na sala de descompressão da ISS.

A última saída espacial dos astronautas do Endeavour está programada para sexta-feira.

Fonte: AFP - Imagem: NASA