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segunda-feira, 24 de julho de 2023

PCC: como facção usa frota de aviões para transportar drogas

Maior facção criminosa do país, PCC investe milhões em aviões de pequeno porte para transportar cocaína em voos que tentam driblar a polícia.


Investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Federal (PF) revelam detalhes dos investimentos e da operação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com uma frota própria de aviões usada para transportar drogas pelo país.

A aquisição das aeronaves, chamadas de “Asa” ou “Chapeco” pelos integrantes da facção criminosa, consta em uma tabela de gastos apreendida pelo MPSP com Odair Lopes Mazzi Júnior, o Dezinho, de 42 anos, um dos chefões do PCC que foi preso no último dia 11, em um condomínio de luxo de Pernambuco.

Os registros mostram, por exemplo, que o PCC gastou, em dólares, o equivalente a R$ 2,6 milhões na compra de dois aviões em 2018, para serem usados no transporte de cocaína, a droga mais vendida e lucrativa, que possibilitou a internacionalização dos negócios ilícitos da facção, sobretudo na Europa.

Além da compra dos aviões, as tabelas apreendidas pelo MPSP com Dezinho indicam que, em pouco mais de um ano, o PCC gastou US$ 925,8 mil (R$ 4,4 milhões) com manutenção de aeronaves.

Como a atuação do PCC é capilarizada em todo o país, ainda não é possível estimar o tamanho atual da frota aérea da facção. Em uma única operação realizada em 2021, a PF apreendeu oito aviões da organização.

Operação aérea


Investigações da PF mostram que, além de contar com frota aérea própria, o PCC também transporta cocaína usando laranjas no ramo da aviação. As rotas mais utilizadas nos deslocamentos aéreos, com aviões cheios de pasta base de cocaína, são entre a Bolívia e o Paraguai, para, em seguida, chegar ao Brasil.

Os aviões costumam pousar em pistas clandestinas, feitas em áreas rurais. Há casos em que a droga é arremessada em pleno voo, para ser recolhida em pontos predeterminados.

As investigações ainda mostram que, na mão do PCC, já em solo brasileiro, a cocaína é refinada e revendida. Após ser misturada com outros produtos, um quilo de pasta base pode render até cinco de cocaína em pó.

Parte dos tijolos com a cocaína pura são encaminhados para fora do Brasil, por via marítima ou oculta em bagagens despachadas por aeroportos, como mostrou o Metrópoles.


O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente, no interior paulista, afirma ao Metrópoles que o PCC usa aviões de pequeno porte, voando em baixas altitudes, para dificultar sua localização.

“São transportados entre 500 e 600 quilos de cocaína por cada voo, que são muito comuns no interior de São Paulo, principalmente aqui na região onde atuo”, diz.

Gakiya, que investiga o PCC há quase 20 anos e foi alvo, recentemente, de um plano de execução da facção, diz ainda que, por voarem de forma irregular, alguns dos aviões acabam caindo. Nessas ocasiões, os criminosos tentam salvar a carga, ou ainda destruí-la, geralmente com fogo, para evitar que sejam rastreados pelas autoridades.


Em outros casos, acrescenta o promotor, as aeronaves do crime podem ser interceptadas pela Força Aérea Brasileira (FAB). No início do ano, o Metrópoles mostrou o caso de um avião de pequeno porte perseguido pela FAB, desde a região fronteiriça do Brasil até pousar em uma plantação de soja, na localidade de Santa Cruz do Rio Pardo, que fica a 346 quilômetros de distância da capital paulista.

No interior da aeronave, a polícia encontrou uma grande quantidade de pasta base de cocaína, condição de maior pureza da droga, valendo por isso mais dinheiro. O piloto do avião conseguiu fugir, de acordo com a PF na ocasião.

Com o tráfico de cocaína como carro-chefe das suas atividades ilícitas, o PCC tem um faturamento anual bilionário. Denúncia do MPSP mostra que, somente em 2019, Dezinho, o chefão da facção que foi preso neste mês, coordenou o envio de R$ 1,2 bilhão do PCC para o Paraguai, mediante o esquema de “dólar cabo”, conhecida técnica de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Via Alfredo Henrique (Metrópoles) - Fotos: Divulgação/PF

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Avião com drogas é interceptado pela FAB, pousa em canavial e é incendiado por piloto durante fuga; veja imagens

Suspeito de 21 anos foi preso em flagrante retirando as drogas da aeronave e colocando em um veículo. Caso ocorreu em Tuneiras do Oeste, no noroeste, na terça-feira (4).

Avião suspeito é perseguido pela FAB no Paraná e faz pouso forçado; piloto incendeia
aeronave (Foto: Divulgação/Força Aérea Brasileira e Polícia Federal)
Após ser perseguido por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), o piloto de uma aeronave fez um pouso forçado e incendiou o próprio avião, nesta terça-feira (4), em Tuneiras do Oeste, no interior do Paraná.

De acordo com a FAB, a aeronave de pequeno porte, de modelo Piper PA-28, entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização e plano de voo. As aeronaves de defesa aérea, o caça A-29 Super Tucano e o avião radar E-99 da FAB passaram a monitorar o avião, classificado como suspeito.

Na sequência, segundo nota da FAB, o piloto pousou em uma pista de terra e, em seguida, incendiou o avião. Ele se evadiu do local antes da chegada dos agentes policiais. A operação foi realizada em conjunto com a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Paraná.

(Foto: BPFRON/divulgação)
A PM montou um cerco na tentativa de capturar o suspeito, que fugiu por um canavial. Ele não tinha sido localizado até a manhã desta quarta-feira (5). Os destroços do avião incendiado foram preservados para a perícia.

O cerco à aeronave invasora foi feito no contexto da Operação Ágata Conjunta Sul, de combate aos crimes transfronteiriços, reunindo Exército, Marinha e Aeronáutica, que teve o trabalho de campo iniciado no dia 1º de julho.

A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Defesa, tem como objetivo realizar ações preventivas e repressivas na fronteira terrestre e marítima contra crimes transfronteiriços e ambientais, com a participação dos órgãos de segurança e de fiscalização estaduais e federais.

(Foto: BPFRON/divulgação)
Via CNN, g1 PR e RPC Noroeste

terça-feira, 4 de julho de 2023

Do FBI à delegacia especializada: conheça a trajetória do avião que estava em poder de traficantes

O veículo, que estava no poder de narcotraficantes, foi apreendido pela polícia já completou 100 horas de voo, combatendo crimes no Estado do Mato Grosso do Sul.

(Imagem: Polícia Civil/Divulgação)
Mantida em um dos hangares de Campo Grande, uma aeronave Cessna 210N Centurion possui longa trajetória. Original dos Estados Unidos, era usado por policiais para patrulhas do FBI - a Polícia Federal americana - sendo depois vendido pelo governo para um empresário local. Mas, como o veículo veio parar no Brasil e já possui 150 horas de voo, combatendo crimes em Mato Grosso do Sul?

Do FBI, após cerca de uma década de uso, foi adquirido por um empresário americano e, em seguida, vendido para um brasileiro, que foi pessoalmente buscá-lo, conforme explicou ao Jornal Midiamax o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

Aeronave era do FBI (Polícia Civil/Divulgação)
No ano de 2019, o monomotor então parou em Boa Vista (RR) e depois seguiu rumo a Campo Grande.

No entanto, a investigação agora busca apontar como a aeronave foi parar na mão de narcotraficantes, esteve presente nos tráficos nacional e internacional.

Durante ação conjunta, da PF (Polícia Federal) e Dracco, dois anos depois, um Cessna 210N foi encontrado no Pantanal.

Na ocasião, conforme a polícia, foi abarrotada de drogas e traficantes tentaram escondê-la na região. Houve uma reforma e a aeronave é usada pela corporação desde 2022.

Avião estava com traficantes, pintado com bandeiras bolivianas

Aeronave no momento em que foi encontrada no Pantanal de MS (Fotos: Polícia Civil/Divulgação)
Neste mesmo ano, com retirada feita via terrestre, foi transportada para um hangar no Mato Grosso do Sul, quando ainda estava pintada com bandeiras bolivianas. Desta forma, o monomotor tinha pintura diferente, porém, matrícula americana do FBI, datada até 2010.

No aeroporto Santa Maria, fez o primeiro pouso em solo sul-mato-grossense, ganhando nova pasta de documentos, pintura e matrícula. Já o número de série, que é o do FBI, permanece.

"Na pasta do avião, desde que entendido, estão os documentos originais da aeronave, que vieram dos EUA e estavam com o FBI. Na documentação inclusive consta até peças instaladas e manutenções feitas pelo FBI, além dos documentos de transição de propriedade. Aqui foi nacionalizado e possui a mesma matrícula até os dias de hoje", afirmou a delegada Ana Cláudia Medina, titular do Dracco.

Quando localizado no Pantanal, o monomotor estava perto de um depósito de combustível, que reabastecia aeronaves que pousavam em uma fazenda pantaneira. O endereço, ainda de acordo com a polícia, era de 120 km da linha da fronteira com a Bolívia/Brasil.

Com a investigação, o Dracco indicou que a aeronave havia pousado em uma área inóspita do Pantanal e teria descarregado grande volume de cocaína, que seguia adiante com apoio de narcotraficantes por via terrestre.

Em poder da polícia, a aeronave já foi usada para atendimento de locais de sinistros aéreos, levantamento e acompanhamento das cargas apreendidas de cocaína, entre outras missões aéreas envolvendo o combate ao crime organizado, à corrupção e delitos diversos envolvendo modal aéreo.

Aeronave participou de operação em Goiás contra o tráfico

Aeronave participou de ação contra o tráfico (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Em junho deste ano, a Polícia Civil apreendeu nove aviões que seriam usados ​​no transporte de drogas, cumprindo mandados em Goiânia, Aparecida, Catalão e Itumbiara. A ação ocorreu contra o tráfico interestadual e internacional de drogas. Ao mesmo tempo, mandados de busca e operação foram cumpridos em outros 23 alvos.

A Operação Fim da Linha contorno com apoio da aeronave do Dracco, que levou a delegada e técnicos especializados em avaliar se a organização fez alterações nas peças de aeronaves.

Via Graziela Rezende (Midiamax)

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Avião boliviano cai na Serra da Borda em Mato Grosso. Não há sobreviventes; veja vídeos


Destroços de um avião boliviano de pequeno porte foram localizados, na manhã desta quarta-feira (21.06), na região da Serra da Borda, em Vila Bela da Santíssima Trindade (520 km de Cuiabá). Um corpo carbonizado foi encontrado no local.

De acordo com as informações, a busca foi realizada pela equipe do Ciopaer, bem como do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Polícia Militar. A ocorrência foi registrada no final da noite de segunda-feira (19).


Segundo a denúncia, um avião teria caído na região da Gleba Guaporé. As equipes foram até o local na terça-feira (20) e com a ajuda de moradores, encontraram o local. Foi necessário montar uma rota de resgate, já que o local é de difícil acesso.


Os moradores contaram ainda que, logo após a queda, ouviram uma explosão. Além dos destroços e do corpo, a polícia encontrou um fuzil antiaéreo calibre 50.

A polícia acredita que o avião estava sendo utilizado para o tráfico internacional de drogas.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Avião flagrado com quase 300 kg de droga no aeroporto de Belém pertence a igreja

Igreja Quadrangular confirma que é dona da aeronave, mas alega que terceirizado acessou avião sem permissão e desconhece a procedência das drogas. Polícia Federal investiga o caso.

PF intercepta carregamento de 290kg de skunk
O avião flagrado com quase 300 quilos de skunk no aeroporto internacional de Belém pertence à Igreja Quadrangular do Pará. Ao g1, a igreja alegou que um prestador de serviço terceirizado acessou o avião sem permissão e desconhece a procedência das drogas. A Polícia Federal instaurou inquérito e investiga o caso.

A apreensão ocorreu no sábado (27) no hangar de voos particulares do aeroporto. O avião da igreja estava no hangar quando foi alvo da Polícia Federal. Um homem foi preso ao ser visto pelos agentes federais na pista. Ele tentou fugir, mas foi alcançado e preso por tráfico interestadual de drogas.

No avião, a polícia encontrou o skunk, um tipo de maconha concentrada, dentro de caixas de papelão de ovos (Veja o vídeo aqui).

Polícia Federal apreendeu drogas dentro de avião de igreja, que alegou desconhecer procedência do material
Até esta segunda-feira (29), a aeronave ainda não havia passado por perícia. A PF não confirmou a propriedade do avião, nem como recebeu denúncia sobre a droga.

Segundo a Igreja Quadrangular, o homem preso seria o prestador de serviço terceirizado. Ele teria limpado a aeronave no dia anterior. Ele "procurou o nosso piloto querendo fazer um voo para levar, segundo ele, algumas peças de trator para uma cidade do interior", disse a igreja em nota.

Ainda conforme a igreja, na noite de sexta-feira (26), o homem teria acessado a aeronave, sem autorização do hangar e da igreja, e "colocou a carga". A igreja diz que não sabe da procedência das drogas e que só soube do teor do conteúdo colocado no avião após a ação da polícia.

O avião da igreja tinha como destino Petrolina. O piloto foi liberado, segundo a PF, "pois não foi verificada participação dele no crime". A PF não informou a idade e identidade do preso, nem se ele já tinha passagens pelo mesmo crime ou outros detalhes sobre o caso.

Drogas apreendidas dentro de avião foram levadas para sede da PF em Belém, assim como suspeito preso
Segundo Paulo Bengtson, membro do conselho nacional e estadual da Igreja Quadrangular, o avião é usado há três anos pela igreja para transporte dos pastores pelo estado do Pará e também de pessoas doentes, quando necessário.

"É a primeira vez que algo semelhante a esse caso acontece. Aguardamos a conclusão dessa investigação, na certeza da punição de todos os envolvidos", disse Paulo.

Via g1 PA - Fotos: Polícia Federal/Divulgação

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Aeronave usada por quadrilha de tráfico internacional de drogas é apreendida no interior de SP

Helicóptero foi apreendido em Paraguaçu Paulista (SP), uma das três cidades com mandados cumpridos pela Operação Helix. No centro-oeste paulista a Polícia Federal também esteve em Echaporã e Quatá.

Helicóptero apreendido em Paraguaçu Paulista (SP) durante Operação Helix (Foto: Divulgação)
A Polícia Federal (PF) apreendeu um helicóptero em Paraguaçu Paulista (SP), nesta quinta-feira (11), durante a Operação Helix, que mira uma organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas.

Além de Paraguaçu Paulista, em que houve cumprimento de mandado em oficina de aeronaves e empresa de táxi aéreo, no centro-oeste paulista também foram cumpridos mandados em Quatá e Echaporã (SP), segundo apuração da TV TEM.

Em Quatá as buscas foram feitas em três endereços ligados a Ismael Birkner dos Santos, que morreu após a queda de um helicóptero que transportava drogas no Paraguai, perto da fronteira com o Brasil, em fevereiro deste ano.

Veículo apreendido pela PF em operação no centro-oeste paulista (Foto: Divulgação)
Além do estado de São Paulo, também existem alvos no Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. Até as 10h, além do helicóptero apreendido em Paraguaçu Paulista, mais duas aeronaves tinham sido apreendidas pelo país.

Ao todo são 10 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão, além do sequestro de automóveis e helicópteros e de um imóvel vinculado à organização criminosa, cujos valores estimados ultrapassam os R$ 30 milhões. Houve ainda bloqueio de contas bancárias.

Jovem que morreu após helicóptero cair no Paraguai tem endereços vinculados a ele visitados
pela PF (Foto: Arquivo pessoal e Facebook /Reprodução)
Em dois anos de investigações a operação já tinha apreendido 2,7 toneladas de cocaína, além de nove helicópteros e um caminhão que eram utilizados para o transporte da droga proveniente do Paraguai, afirma a PF.

A operação também contou com cooperação jurídica e policial com o Paraguai, com auxílio da Adidância e Oficialato de Ligação da PF, após a identificação de que os carregamentos da droga eram feitos em uma fazenda localizada no país vizinho.

Veículos apreendidos pela PF na Operação Helix no centro-oeste paulista (Foto: Divulgação)
Há também a tentativa de cumprimento de um mandado de prisão contra um dos investigados que se encontra no Paraguai com o auxílio da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e do Ministério Público daquele país, conforme a PF.

O nome da operação faz alusão ao modus operandi da organização criminosa que se utilizava de helicópteros para a introdução da droga em território nacional, segundo a própria corporação.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, ainda de acordo com a PF.

Vi g1 Bauru e Marília

sábado, 4 de março de 2023

FAB intercepta em Mato Grosso avião com 400 quilos de cocaína

Aeronave está em condições normais de operação
Uma aeronave bimotor Sêneca foi interceptada por aeronaves A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) na tarde de quarta-feira (1º) no interior de Mato Grosso. O avião, que fazia voo clandestino, transportava 400 quilos de cocaína. A operação conjunta reuniu a FAB, Polícia Federal, PMMT, Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) em Mato Grosso.

Ao detectar a entrada do avião não identificado em espaço aéreo brasileiro, a FAB acionou um avião-radar E-99 e caças A-29 para monitorar e interceptar o invasor. Após a interceptação, o piloto da aeronave Embraer 810 com matrícula aparente PT-VGK, pousou em uma pista clandestina na região de Alta Floresta e fugiu.

As Forças de Segurança em solo fizeram a abordagem e apreenderam o carregamento de cocaína. Esta é a segunda aeronave do narcotráfico interceptada pela FAB em menos de um mês. A última aconteceu no interior de São Paulo.

A Aeronave apreendida está cadastrada na Agência Nacional de Aviação Civil como propriedade de uma mulher, mas com outro operador. Com todas as licenças em dia, válidas até julho deste ano. A aeronave PT-VGK é homologada para operação noturna.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Piloto é preso em aeroporto no norte de MT com avião carregado com quase meia tonelada de cocaína

Flagrante ocorreu no inicio da tarde deste domingo (26) em Sinop, Mato Grosso.


Ação conjunta da Policia Federal, Polícia Militar, Centro de Operações Aéreas (Ciopaer) e Grupo Especial de Fronteira (Gefron) no aeroporto Presidente Figueiredo, em Sinop (500 kg de Cuiabá) no inicio da tarde deste domingo (26), resultou na apreensão de um avião monomotor carregado com 462 kg de cocaína. O piloto de 25 anos foi preso em flagrante.

Às 12h30, o 11º Batalhão de PM recebeu a informação de que uma aeronave estava pousando no aeroporto de Sinop, com grande quantidade de entorpecente. Os policiais militares se deslocaram até o local e encontraram uma aeronave Cesna Aircraft na pista de pouso.

No local, uma equipe do Ciopaer abordou o piloto e vistoriou o avião, quando foram encontrados os 420 tabletes de substância análoga à cocaína divididos em 14 fardos, que totalizaram os 462 kg. À polícia, o piloto confirmou que estava traficando o entorpecente, mas não informou o país de destino da droga.

O suspeito ainda revelou que iria receber grande quantidade em dinheiro pelo transporte do material. Ele recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. O entorpecente e a aeronave, que juntos estão avaliados em R$ 12,4 milhões, foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Sinop.

“Essa atividade faz parte do esforço conjunto e integrado das forças de segurança envolvidas para a repressão a voos ilícitos em pequenas aeronaves carregadas com drogas oriundas dos países produtores fronteiriços. As investigações e investidas contra o tráfico de drogas continuam, com especial atenção à prisão das lideranças e descapitalização das organizações criminosas”, informou a Polícia Militar em nota.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Chile: pouso de emergência do UAV Hermes 900


Um veículo aéreo não tripulado Hermes Q900 do Grupo de Aviação Nº 2 da Força Aérea Chilena (FACh) que servia para monitorar os incêndios florestais que afetam o sul do país caiu na tarde de sexta-feira (10), nas águas do rio Cautin, no Chile.

Conforme relatado pelo Infodefense.com, este UAV foi implantado para apoiar a Corporação Nacional de Florestas (Conaf), capturando imagens em tempo real que ajudam a orientar os esforços de combate a incêndios e contribuem para a tomada de decisões na situação de emergência que o país vive.


Segundo a mídia local, o drone retornou à Base Aérea de Maquehue, localizada em Padre Las Casas, na região de Araucanía, e por motivos desconhecidos teve que fazer um pouso de emergência na margem sul do rio Cautin. O pessoal da FACh se deslocou para o local do acidente a bordo de um helicóptero Bell 412 para proteger a área.

Via Times News

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Polícia Federal sequestra 18 aeronaves ao deflagrar operação contra o tráfico de drogas

(Imagem: Polícia Federal)
A Polícia Federal deflagrou, na manhã da última quinta-feira (2), a Operação Expansão, visando a dar cumprimento a 106 mandados judiciais: 19 de Prisão Preventiva; 35 de Busca e Apreensão; e 42 de Sequestro de Bens. Os mandados de sequestro se referem a 12 imóveis, 22 automóveis de luxo e 18 aeronaves.

A investigação visa a desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, utilizando pistas aeroportuárias, algumas clandestinas e outras regulares, localizadas no Estado de Rondônia.

O trabalho teve início em 2020, e durante a investigação constatou-se que os integrantes do grupo criminoso se valiam principalmente de pequenas aeronaves para a internalização em território nacional de cocaína proveniente da Bolívia, Peru e Colômbia.

(Imagem: Polícia Federal)
Devido ao inquérito policial, foi possível frustrar três remessas de cocaína da organização que estavam sendo transportadas em pequenas aeronaves. As apreensões totalizaram cerca de 1.343,00kg e, em uma delas, houve a prisão em flagrante de um indivíduo quando a aeronave carregada com 579 kg de cocaína fora interceptada pela Polícia Federal e Força Aérea Brasileira (FAB) em Porto Velho/RO.

Evoluindo com as investigações, foram identificados núcleos traficantes com mesmo modus operandi nos Estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Esses núcleos se uniam de acordo com suas conveniências, oportunidades de negócios e necessidade mútuas para revezarem suas dinâmicas logísticas sempre buscando melhor resultado no transporte.

(Imagem: Polícia Federal)
Com o desenrolar da apuração, foram identificados integrantes do grupo criminoso voltados à prática da lavagem de dinheiro proveniente do tráfico. Após levantamento patrimonial, foram localizados imóveis, veículos de luxo e aeronaves, que apesar de estarem em nome de terceiros, são pertencentes de fato aos integrantes da organização criminosa, configurando o delito de lavagem de dinheiro. Vários desses bens estão sendo sequestrados nesta data, objetivando a descapitalização os investigados.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 44 anos de prisão em regime fechado.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Rondônia e estão sendo cumpridos em diversas cidades do país, como Porto Velho/RO, Ariquemes/RO, Cacoal/RO, Humaitá/AM, Itaituba/PA, Centenário/TO, Teresina/PI, Cuiabá/MT, Várzea Grande/MT, Pontes e Lacerda/MT, Sapezal/MT, Vila Bela/MT, Macapá/AP, Caconde/SP, Bragança Paulista/SP, Barra Velha/SC e Ponte Serrada/SC.

Via Juliano Gianotto (Aeroin) com informações da Polícia Federal

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Portugal: Caças F16 perseguiram avião que descarregou haxixe

A Força Aérea de Portugal acompanhou todo o trajeto de um pequeno avião “sem comunicações e não identificada” até aterrissar em Ferreira do Alentejo. Traficantes fugiram.

Caça F-16 da Força Aérea de Portugal
A Força Aérea acionou dois caças F16 e um avião de patrulhamento para interceptar a aeronave que, na terça-feira (24), largou dois fardos de haxixe num campo junto à A26, em Ferreira do Alentejo. A aeronave voltou a conseguir levantar voo e fugiu, tal como os ocupantes da viatura que recolheu a droga. Presume-se que tenha regressado a Espanha ou a Marrocos, de onde seria proveniente.

“A Força Aérea, através do sistema de defesa aérea e de policiamento aéreo, detectou na tarde de ontem uma aeronave em aproximação ao espaço aéreo nacional, sem comunicações e não identificada”, informou aquele ramo das Forças Armadas ontem, em comunicado. A nota detalha que a aeronave foi “detectada a sul do Algarve e com rumo a norte” e que, “de imediato”, foi ativada “uma parelha de F-16M”. “Pelo facto de a aeronave não identificada voar a baixa velocidade e a baixa altitude, foi também empenhado um avião P-3C CUP+”, acrescenta.


O intruso foi seguido através dos sistemas eletrônicos do P-3C CUP+ e as autoridades em terra informadas do percurso e localização da aeronave, que “acabaria por aterrissar num local próximo de Ferreira do Alentejo”.

Tal como o JN noticiou ontem, a aeronave descarregou os fardos de haxixe junto à A26, onde outros traficantes aguardavam numa viatura para recolher a droga, e levantou de novo voo. A GNR mobilizou meios de Grândola, Beja, Ferreira do Alentejo e Setúbal para perseguir o carro com o haxixe, que seguiu em direção a Grândola. Sentindo-se acossados, os traficantes meteram-se por caminhos de terra batida, acabando por abandonar a viatura e a droga junto a um monte, e fugir a pé.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária que vai determinar a origem da avioneta e o paradeiro dos fugitivos. Não houve ainda detenções.

Reta sem obstáculos

O local escolhido para a descarga foi uma longa reta, com pouca vegetação e obstáculos, na ligação entre o nó da A2-Grândola Sul e a Malhada Velha.

Rota do Norte de África

O uso de pequenos aviões no tráfico tem sido ocasionalmente detetado em rotas entre o norte de África e a Península Ibérica

Via Teixeira Correia (Lidador Notícias - Portugal), CNN Portugal e Renascença

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

PM usa helicóptero para monitorar quadrilhas de traficantes e milicianos em disputa na Zona Oeste do RJ

A guerra entre traficantes e milicianos em diversos pontos da Zona Oeste do Rio chega ao 11º dia de confrontos na região, nesta quinta-feira (26).

Imagem de helicóptero da PM durante operação em comunidades da Zona Oeste (Reprodução)
A Polícia Militar está com reforço no policiamento e no monitoramento da região e tem usado helicóptero e câmera com infravermelho do Grupamento Aeromóvel (GAM) para sobrevoar a região. Agentes estão nas comunidades da Cidade de Deus, da Gardênia Azul, da Muzema, da Tijuquinha, de Rio das Pedras e outras da região de Jacarepaguá.



Em seu perfil oficial no Twitter, a PM publicou foto e vídeos de patrulhamento feito durante a noite de ontem e a madrugada e a manhã de hoje. O material mostra imagens aérea das comunidades, assim como das ruas com as equipes em patrulhamento terrestre também. Em uma delas está o blindado da corporação na Chacrinha, que também fica em Jacarepaguá. Também há imagens do Bateau Mouche, na região da Praça Seca.



A PM pede que quem tenha informação sobre a movimentação dos criminosos e de esconderijos de armas e de drogas, que podem fazer a denúncia, de forma anônima, através do número 190.


A Cidade de Deus tem a presença de policiais pelo terceiro dia seguido. Nesta quinta (26), helicópteros já foram vistos sobrevoando a região. Na noite de quarta-feira teve tiroteio na comunidade. Nesta manhã, equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) dão apoio á operação. Até as 7h50, uma pistola e três carregadores foram apreendidos.

Nas redes sociais, os moradores falaram sobre as ações nos último dias. Um deles escrever: "Terceiro dia de operações da polícia na cidade de Deus. Tá difícil de mais cada dia que passa".

Outro destacou a rotina afetada pela violência na região: "Cidade de Deus com 2 helicópteros. Bom dia pra quem? Mais um dia de vias fechadas e o trabalhador que sofre".

A Gardênia Azul tem ação da PM com apoio de equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).

Tráfico avança na Zona Oeste


A maior facção do Rio tem se articulado para tomar favelas em Jacarepaguá e no Itanhangá que sempre estiveram sob o controle da milícia. Dominada por paramilitares há mais de 30 anos, a Gardênia Azul já teria perdido espaço para traficantes da Cidade de Deus. A Polícia Civil investiga a informação de venda de drogas na localidade. Numa outra ponta, bandidos da Rocinha teriam avançado pela mata e conseguido chegar à Muzema no fim de semana. Mas a maior batalha deve ser para dominar Rio das Pedras, motivo de cobiça por ser o berço da milícia na cidade. A Polícia Militar reforçou a segurança na região e nas comunidades de onde estariam partindo os invasores, para assegurar “o direito de livre circulação”.

Blindado da PM do Rio em patrulhamento na Chacrinha, em Jacarepaguá, em meio a guerra
entre traficantes e milicianos (Foto: PMERJ/Twitter/Reprodução)
Nas redes sociais, moradores da Gardênia Azul relatam que traficantes impuseram o toque de recolher. Além disso, circulam fotos de drogas com a inscrição da facção do tráfico na embalagem. Ao GLOBO, uma mulher que vive na comunidade disse que, nos últimos dias, os invasores têm avisado que não serão mais feitas cobranças de taxas, prática comum entre os paramilitares. 

A Polícia Civil investiga as informações, mas não houve qualquer apreensão de entorpecentes na favela. Policiais dos batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Choque estiveram ontem na Cidade de Deus, onde manifestantes interditaram com barreiras em chamas a Estrada Miguel Salazar Mendes de Morais, uma das principais da região.

— Os moradores (da Gardênia) estão apavorados. Não sabemos bem quem é quem. Se é miliciano, traficante. O clima é de total tensão — relata a moradora da Gardênia, que prefere não se identificar.

Aliança com expulsos


Uma das hipóteses investigadas pela polícia é de que a quadrilha da Cidade de Deus tenha se juntado a milicianos que foram expulsos da Gardênia no fim do ano passado. No lugar, assumiram paramilitares de Curicica, também na Zona Oeste, que continuam dominando a comunidade. Os milicianos expulsos teriam buscado ajuda do tráfico após terem perdido o apoio de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, um dos principais chefes dos paramilitares no Rio.

— Que há uma intenção do Comando Vermelho de tomar, não há dúvidas. Mas ainda estamos levantando os dados para saber o que está ocorrendo de fato. Há muitas informações em redes sociais. Tráfico e milícia trabalham muito com contrainformação, principalmente os milicianos. É uma tática atual das organizações — disse o delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), André Neves, que investiga a movimentação das quadrilhas.


Via Extra

sábado, 21 de janeiro de 2023

Piloto investigado por tráfico internacional de drogas é extraditado da Colômbia e chega a Palmas (TO)

Ricardo de Miranda é suspeito de transportar grandes quantidades de Cocaína em aviões. Ele teve a prisão decretada em 2019, mas só foi detido em 2021 em uma cidade colombiana.

Imagem dos aviões no dia em que foram apreendidos durante a
1ª fase da operação Flak, em 2019 (Foto: Divulgação)
O piloto brasileiro, Ricardo de Miranda, de 47 anos, investigado por tráfico internacional de drogas, foi extraditado da Colômbia e encaminhado a Palmas em um avião, escoltado por agentes da Polícia Federal. Ele chegou na manhã desta quinta-feira (19) e continuará em prisão preventiva na Unidade Penal de Palmas.

Ricardo era um dos alvos da operação Flak da Polícia Federal, deflagrada em 2019 para desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas. Conforme a PF, o grupo usava aviões modificados e até um submarino improvisado para levar cocaína produzida na América do Sul para a Europa, América do Norte e África. O caso foi descoberto após a PF do Tocantins identificar pistas de pouso no estado sendo usadas de forma irregular como pontos de apoio para a quadrilha.

Após desembarcar em Palmas o investigado foi levado para exames no Instituto de Medicina Legal de Palmas (IML). Em entrevista à TV Anhanguera ele confirmou ter feito testes no avião adulterado, mas negou ter transportado drogas.

Ricardo no IML de Palmas (Foto: Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera)
Ricardo teve a prisão preventiva decretada no ano da operação, mas só foi encontrado e detido em 18 de novembro de 2021, na Colômbia.

O juiz federal do Tocantins, da 4ª Vara Federal, pediu extradição e a Justiça colombiana concedeu. O investigado foi transportado em um avião de carreira da PF.

Segundo a polícia, Ricardo é acusado de transportar grandes quantidades de cocaína para o narcopecuarista João Rocha Soares.

Ricardo é um dos presos na operação Flack (Foto ao lado: Reprodução)

Um dos voos flagrados pelos agentes da PF ocorreu em junho de 2017, período das investigações da Operação Flak contra o transporte e a logística do tráfico de drogas.

Naquela ocasião, Ricargo chegou ao aeroporto de Palmas e foi conduzido por dois homens do grupo de João Rocha até o aeródromo de Porto Nacional, onde ele fez testes com um avião adaptado para carregar cocaína para diversos países.

Segundo as investigações, João Rocha recrutava diversos pilotos para atender as encomendas de clientes para o transporte de grandes remessas de cocaína.

Operação Flak


Na primeira fase da operação Flak, a PF conseguiu mandados para a apreensão de mais de 40 aeronaves de pequeno porte. Na época, mais de 30 pessoas foram presas, mas a maioria delas responde ao processo em liberdade. Em 2021, o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou leilões de nove das aeronaves que foram apreendidas.

Em março do ano passado, a Justiça Federal condenou seis mecânicos de avião que foram alvo da Operação por darem suporte à quadrilha. Eles foram acusados de adaptar aeronaves para que elas pudessem ser reabastecidas em voo. O objetivo era que os pilotos conseguissem realizar grandes deslocamentos de drogas sem precisar pousar em aeroportos ou aeródromos onde há fiscalização.

Todos terão que ressarcir valores que somam R$ 13.430.000,00. Este valor é a estimativa de quanto o grupo criminoso arrecadou com o transporte de drogas no período da investigação.

No ano passado, a Justiça Federal também condenou Rubén Dário Lizcano Mogollón, alvo da mesma operação, a nove anos e nove de prisão. O réu está preso na Colômbia desde 15 de abril de 2021 e chegou a ter o nome incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional.

Por Ana Paula Rehbein e Jesana de Jesus (g1 Tocantins)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Trans Colorado 2286 - Aproximação Perigosa

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1988: Voo 2286 da Trans-Colorado Airlines - Piloto sob efeito de cocaína

No dia 19 de janeiro de 1988, o voo 2286 da Trans-Colorado Airlines estava em aproximação final a Durango, no Colorado (EUA), quando atingiu uma encosta coberta de neve, matando 9 dos 17 passageiros e a tripulação. 

Os sobreviventes foram obrigados a buscar ajuda por conta própria, à noite com mais de um metro de neve no chão. 

Mas a parte mais dramática da história ainda estava para ser contada. Em uma descoberta que inquietou a indústria da aviação, a investigação chegou à perturbadora conclusão de que o primeiro oficial era perigosamente incompetente e o capitão estava sob a influência de cocaína.

A história incomum do voo Trans-Colorado 2286 começa na noite anterior na casa do capitão Stephen Silver. Depois de jantar com os pais, ele não foi dormir, preparando-se para o turno do dia seguinte, que começaria ao meio-dia.

Em vez disso, ele saiu com sua noiva, e os dois passaram a noite usando cocaína. Embora não se saiba quando o capitão Silver foi dormir, ou se ele mesmo dormiu, estava claro que ele estava muito cansado e ainda sentindo os efeitos de sua aventura noturna quando se apresentou ao trabalho na manhã seguinte.

O capitão Silver foi emparelhado com o primeiro oficial Ralph Harvey em quatro voos programados para aquele dia. 

O capitão Silver registrava 4.184 horas de experiência de voo, incluindo 3.028 horas no Metro III. O primeiro oficial Harvey tinha 8.500 horas de voo, com 305 delas no Metro III.

Um Swearingen SA227-AC Metro III similiar ao acidentado
Sua aeronave, o turboélice Swearingen SA227-AC Metro III, prefixo N68TC, pertencente à Trans-Colorado Airlines e operando voos de conexão para a Continental Express, acomodava apenas 19 pessoas e não tinha espaço para um comissário. 

Os primeiros dois voos do dia, de Denver, Colorado a Laramie, Wyoming e depois de Laramie de volta a Denver, passaram sem incidentes, apesar da quantidade significativa de neve em todas as Montanhas Rochosas. Os próximos dois voos formariam um salto de ida e volta semelhante entre Denver e a cidade de Durango, no sudoeste do Colorado. 

O voo 2286 saiu de Denver atrasado devido ao clima. Isso não caiu bem para o capitão Silver, que era conhecido por sua habilidade de ganhar tempo e manter os aviões dentro do cronograma.

A maior parte da hora de voo transcorreu normalmente, até chegar a hora da descida para Durango. Na época, o primeiro oficial Harvey estava no controle. 

O controle de tráfego aéreo deu ao Capitão Silver duas opções de abordagem: uma abordagem guiada do sudoeste usando o Sistema de pouso por instrumentos, ou uma abordagem de não precisão (manual) do nordeste. 

Como dar uma volta para o sudoeste adicionaria dez minutos ao voo, o Capitão Silver escolheu a abordagem de não precisão.

No entanto, Harvey foi seriamente desafiado quando se tratava de gerenciar abordagens de alta tensão e tinha habilidade manual de voo muito pobre em condições apenas de instrumentos. Na verdade, ele havia perdido a promoção a capitão por causa desses problemas e recentemente falhou em um teste de proficiência de voo por instrumentos.

Lutando para lidar com a difícil aproximação em baixa visibilidade e com um forte vento de cauda, ​​o primeiro oficial Harvey começou a descer tarde demais - quando deveriam estar a 10.400 pés, o avião ainda estava a 14.000. 

Para compensar, ele iniciou uma descida íngreme em direção a Durango, mas compensou, enviando o avião a mais de 3.000 pés por minuto - mais de três vezes a taxa de descida normal. 

Harvey, que era conhecido por fazer um péssimo trabalho de escaneamento de seus instrumentos, não percebeu que estava voando em uma abordagem que faria o avião cair antes do aeroporto. 

O capitão Silver deveria ter notado facilmente a alta taxa de descida - na verdade, era seu trabalho como piloto não voador monitorar os instrumentos e ficar de olho no voo de Harvey. 

Mas o Capitão Silver estava passando por abstinência de cocaína, causando fadiga severa, incapacidade de foco e má percepção. Sem condições de voar (ou mesmo monitorar) uma abordagem tão difícil, ele também não percebeu que seu primeiro oficial estava prestes a pousar o avião no solo.

Como o Metroliner não tinha sistema de alerta de proximidade do solo, os pilotos só perceberam que estavam em perigo quando uma crista de floresta apareceu na frente deles. 

Eles tentaram tomar uma atitude evasiva, mas era tarde demais. O voo 2286 atingiu árvores, cortando uma asa e rolou para o telhado. O avião rolou várias vezes e deslizou de cabeça para baixo em seu telhado através da neve, finalmente parando em uma encosta íngreme.

O violento acidente matou instantaneamente 6 dos 17 passageiros e tripulantes, incluindo o capitão Silver e o primeiro oficial Harvey.

O avião caiu em um cume 10 km (seis milhas) a nordeste do aeroporto e cerca de 0,8 km (meia milha) da US Highway 160, a infraestrutura mais próxima de qualquer tipo.

Um sobrevivente saiu sozinho e conseguiu localizar uma casa solitária cerca de uma hora após o acidente. O residente ligou para os serviços de emergência imediatamente, confirmando os relatórios anteriores do controle de tráfego aéreo sobre o desaparecimento da aeronave. 

Enquanto isso, mais cinco sobreviventes, incluindo uma criança de 2 anos, seguiram para o norte e sinalizaram para um caminhoneiro na rodovia 160. Um caminhoneiro transportou os sobreviventes até que eles encontrassem os serviços de emergência. 

O local do acidente em si só foi localizado três horas após o acidente, e demorou mais 48 minutos para que os primeiros socorros chegassem. Dois sobreviventes presos nos destroços morreram durante o resgate e outro morreu no hospital no dia seguinte,

Os investigadores enfrentaram uma tarefa extremamente difícil. Não só os dois pilotos estavam mortos, mas seu avião não tinha nenhuma caixa preta, porque aviões tão pequenos como o Fairchild Metroliner não eram obrigados a tê-los em 1988. 

Ainda assim, usando dados de radar e registros de treinamento de funcionários, eles foram capazes de deduzir como o primeiro oficial voou com o avião até o solo. 

Mas a descoberta final não veio até que um membro do público contatasse a investigação para relatar o uso de cocaína do Capitão Silver. O interlocutor, um colega piloto, afirmou ter falado com a noiva de Silver, que admitiu ter “feito um saco de cocaína” na noite anterior ao acidente. 

Os investigadores nunca conseguiram entrevistar a noiva, que negou toda a história, mas os patologistas encontraram quantidades significativas de cocaína e seus metabólitos no sangue do capitão Silver.

A investigação levou a mudanças na indústria da aviação que superaram em muito a magnitude relativamente pequena do acidente. 

Primeiro, testes de drogas mais rigorosos foram introduzidos para os pilotos. Alguns testes de drogas foram feitos anteriormente, mas não com frequência suficiente para detectar o uso de drogas de maneira confiável, e a maioria da indústria e do público voador presumiram que os pilotos estavam sempre limpos. 

Após a queda do voo 2286, isso não era mais dado como certo. Além disso, pequenos aviões comerciais como o Metroliner eram obrigados a ter gravadores de voo de caixa preta e um sistema de alerta de proximidade do solo, características-chave de aviões maiores que faltavam no voo 2286. Ao todo, essas mudanças contribuíram muito para tornar a aviação mais segura.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com Admiral Cloudberg, ASN, Wikipedia e baaa-acro.com

Avião com mais de 500 kg de cocaína é perseguido por caça da FAB e faz pouso forçado em área rural do interior de SP; tripulação foge

Aeronave de pequeno porte foi parar em uma plantação de soja em Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP); segundo a polícia, dois ocupantes conseguiram fugir e são procurados.

Avião de pequeno porte fez pouso forçado em área rural de Santa Cruz do Rio Pardo
(Foto: Igor Rosa/TV TEM)
O avião de pequeno porte Neiva/Embraer EMB-720 Minuano, prefixo PT-EYL, que fez pouso forçado na área rural de Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), na manhã desta quarta-feira (18), estava transportando mais de 500 quilos pasta base de cocaína e era perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Polícia Federal (PF) investiga se o avião chegou a ser alvejado, mas a Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo confirmou que a queda aconteceu durante um pouso forçado.


Segundo as primeiras informações passadas pela Polícia Militar de Ourinhos, dois homens estariam na aeronave e conseguiram fugir em meio à plantação. Em nota, a PF só confirma por enquanto a existência do piloto no avião.

(Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)
Os suspeitos são procurados pelos policiais que foram ao local, inclusive, com apoio do helicóptero Águia, da base da Polícia Militar de Bauru (SP), e de cães farejadores.

A aeronave e a droga foram levadas para a sede da PF de Marília. Após a contagem da apreensão, a PF informou que foram contabilizados 500 tabletes da droga, sendo 250 de cocaína e outros 250 de pasta base de cocaína. A pesagem final registrou 528,5 quilos de droga.

A reportagem apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Interior do avião estava totalmente ocupado por fardos com tabletes de pasta base de cocaína
(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
A PF de Marília informou em nota que a aeronave sobrevoava o oeste do estado de São Paulo, vindo da região fronteiriça, sendo acompanhada desde então por uma aeronave da FAB, que ordenou que o piloto efetivasse o pouso imediato em um aeroporto ou aeródromo da região.

O piloto, no entanto, não atendeu à determinação e realizou o pouso forçado na área rural, o que danificou o avião.

Sem plano de voo


A FAB confirmou a interceptação na manhã desta quarta-feira da aeronave que vinha do Paraguai e entrou no espaço aéreo brasileiro. Na operação, a FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano.

 (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
Os radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram a aeronave entrando no território nacional por volta das 7h20.

Como não havia plano de voo, os caças foram acionados, segundo a FAB, “com todas as suas capacidades de emprego”.

Neste momento, os meios de defesa aérea foram acionados. A PF também foi avisada, segundo a FAB, por se tratar de uma aeronave fazendo uma rota de tráfico de drogas já conhecida.

Na operação de interceptação, FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano
(Foto: CB Silva Lopes/FAB/Divulgação)
Via g1, TVTEM, Canal Rural e ANAC