terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cabeça de mulher "explode" em avião após cirurgia estética nos olhos

Influenciadora precisou estancar sangue durante todo o voo e viralizou compartilhando detalhes sobre o caso.

Influenciadora passa por situação inusitada durante voo (Foto: Reprodução/TikTok/@polish_99)
Uma influenciadora revelou aos seus seguidores que sua cabeça "explodiu" durante um voo, com sangue escorrendo em seu pescoço. Isso porque, poucos dias antes de embarcar no avião, ela havia passado por uma cirurgia para ficar com foxy eyes (olhos de raposa, em tradução livre) e estava com pontos na cabeça.

O caso aconteceu com Weronika (@polish_99). Ela contou detalhes sobre o caso em seu TikTok, onde reúne quase 40 mil seguidores.

A viralização do conteúdo começou quando ela publicou um vídeo em que aparece com o rosto inchado, com hematomas abaixo dos olhos e com uma espécie de cinta ao redor de seu pescoço.

A legenda era: “Ponto de vista: você é a comissária de bordo que acabei de informar que a parte de trás da minha cabeça explodiu com a pressão."

O vídeo bateu mais de 6 milhões de visualizações e recebeu uma enxurrada de comentários de internautas que queriam entender melhor o que aconteceu.

Esse primeiro TikTok foi publicado na última sexta-feira, 21. Desde então, Weronika já publicou outros sete vídeos sobre a história, dando detalhes sobre o acidente.

@polish_99

I have really tried to be as concise as possible but I am going to do a part 2 now, I won’t make you wait

♬ Bad Habit - Steve Lacy

De acordo com a jovem, alguns pontos da operação se abriram por conta da pressão da cabine, quando o avião já estava no ar. Antes de embarcar, ela teve uma consulta final com seu cirurgião que a liberou para a viagem.

Mesmo sem haver erro médico, como aponta a tiktoker, seus pontos se romperam e ela começou a sentir o sangue quente escorrendo pelo seu pescoço, saindo da região de trás da orelha. Ela conta que precisou ficar estancando o sangue durante toda a viagem.

Depois do susto, ao sair do avião, Weronika procurou um médico e segue se recuperando do procedimento.

Via Terra

Helicóptero que caiu na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, foi rebocado para a margem


Uma equipe iniciou na manhã de segunda-feira os trabalhos de retirada do helicóptero que caiu nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. Os homens que estão em um barco inflável chegaram cedo ao local, mas só começaram a rebocar a aeronave em direção à margem, perto do Clube Piraquê, por volta do meio-dia.

A aeronave caiu na altura do Baixo Bebê, próximo da descida do Túnel Rebouças, na tarde de sábado. Na hora do acidente, uma regata acontecia na Lagoa. As cinco pessoas que estavam a bordo - o piloto, e integrantes de uma mesma família - foram resgatadas sem gravidade.

A família é da cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e veio para o Rio para um casamento. Pai, mãe, filho e nora decolaram do Aeroporto de Jacarepaguá para um sobrevoo panorâmico na cidade. Os quatro receberam atendimento e foram encaminhados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, onde passaram por exames de imagem.

Na manhã desta segunda-feira, o biólogo Mário Moscatelli voltou a reafirmar o temor de que pudesse ocorrer um dano ambiental na Lagoa. Sobre esse risco, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que os protocolos, que são responsabilidade da empresa, foram adotados.

— Minha preocupação é com um possível vazamento de combustível — disse o biólogo, acrescentando que pelas informações obtidas por ele o helicóptero estaria com 250 litros de combustível e mais cinco litros de óelo.

Segundo o Instituto, foram fornecidas todas as orientações necessárias à empresa responsável pela aeronave, cuja ação de retirada está sendo acompanhada por equipes do Inea. "A empresa foi notificada no domingo a adotar as medidas imediatamente (para evitar dano ambiental). A empresa fica sujeita as penalidades prevista na legislação estadual, e tem a obrigação de prevenir danos ambientais, e caso ocorram, de reparar os danos.", diz a nota do Inea.

O helicóptero PS-UPS pertence a Aero Recreio Escola de Aviação Civil e é operada pela Ultra Pilots Taxi Aéreo. Trata-se de um modelo Robinson para quatro passageiros, além do piloto, fabricado em 2020. A licença dele é válida até outubro de 2023 e está em situação regular, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Procurada, a empresa não se manifestou.

De acordo com a 15ª DP (Gávea), as investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do acidente. O piloto foi ouvido na delegacia e as vítimas devem prestar depoimento assim que forem liberadas do atendimento médico.

Via Extra - Foto: Agência O Globo

Ovni em Santa Catarina? Pilotos de avião avistam luz estranha durante voo; ouça áudio

"Aparece e some várias vezes", relatou o condutor da aeronave à torre de controle.

Pilotos da Azul Linhas Aéreas relataram ter avistado uma "luz estranha" no céu de Santa Catarina, durante um voo entre São Paulo, capital, e Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O diálogo entre os profissionais e os técnicos do Aeroporto Internacional Salgado Filho, localizado no município gaúcho, aconteceu no último sábado (22) e foi gravado.

Em um vídeo, publicado no YouTube, é possível ouvir a conversa entre os especialistas da torre de comando e o comandante da aeronave Airbus A320-251N, voo 4517.


Na conversa, os pilotos afirmam que a luz era semelhante ao farol de um avião. No entanto, conforme o controle de tráfego aéreo, os radares indicavam não haver outra aeronave na região no momento.

No áudio, a operadora da torre de comando questiona o condutor: "você poderia informar quando as luzes sumirem?". "Agora apareceu novamente", responde o piloto.

"O que posso informar é que é como se fosse o farol de uma aeronave, fazendo um 360 [uma curva completa]. Por isso, perguntei sobre informações de defesa aérea", detalha à especialista do aeroporto gaúcho.

Em outro trecho, o piloto relata que "não existia um padrão de circuito de tráfego" no deslocamento da luz, tratando-se de "um movimento aleatório". Em outro momento, ele narra que a luz "aparece e some, aparece e some, várias vezes".

Ao ser novamente questionado pela torre de comando, o profissional explica que a luz passou a realizar um "movimento aleatório". Em seguida, os pilotos relatam que a luz chegou a acompanhar a aeronave lateralmente por um tempo quando, em dado momento, se afastou em direção ao bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis, Santa Catarina.

Site da FlightRadar mostra o trajeto feito pelo avião da Azul no sábado (22)
(Imagem: Reprodução/FlightRadar)
Ao portal Uol, a Azul informou que os tripulantes dela seguem "os mais rigorosos protocolos de segurança" e que qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo. "A companhia ressalta que o assunto já está sob ciência das autoridades competentes", disse em nota.

Até a publicação deste texto o Departamento de Controle do Espaço Aéreo — órgão ligado à Aeronáutica — não havia se manifestado sobre o caso.

Via Tilt/UOL e Diário do Nordeste

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Aconteceu em 24 de outubro de 1947: Incêndio e queda do voo 608 da United Airlines em Utah (EUA)


Em 24 de outubro de 1947, o Douglas DC-6, prefixo NC37510, da United Airlines, operando o voo 608,  partiu do Aeroporto Internacional de Los Angeles para um voo direto com destino a Chicago, em Illinois.

O voo 608 transportava cinco tripulantes e 47 passageiros. No comando do DC-6 estava o capitão Everett McMillen e o copiloto George Griesbach. Na parte de trás, atendendo aos passageiros, estavam as aeromoças Helen Morrissey, Shirley Hickey e Sabina Joswick.

O voo 608 da United Airlines partiu de Los Angeles às 10h23. O avião subiu a 19.000 pés e prosseguiu VFR sobre Fontana, Daggett, Silver Lake, Las Vegas e Saint George.

Às 12h21, o capitão McMillen comunicou por rádio que havia um incêndio no compartimento de bagagem que eles não puderam controlar, com fumaça entrando na cabine de passageiros. O voo solicitou autorização de emergência para o Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, que foi concedida.

Conforme a aeronave descia, pedaços do avião, incluindo partes da asa direita, começaram a cair. 

Às 12h27, a última transmissão de rádio foi ouvida do avião: "Podemos conseguir - nos aproximando de uma pista." 

O voo 608 da United havia passado pela crista de um planalto alto e estava a cerca de um quilômetro do final da pista em Bryce Canyon quando o nariz do avião repentinamente tombou. Incapaz de neutralizar a perda de controle, a aeronave impactou com tal força que todos os quatro motores foram arrancados de seus suportes e lançados 300 pés além da bola de fogo. 

O avião caiu em terra do Serviço Nacional de Parques, a 2,4 km do Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, matando todos os 52 passageiros e tripulantes a bordo.


A causa do incêndio e da queda do voo 608 da United permaneceu um mistério até três semanas depois, quando um DC-6 da American Airlines relatou um incêndio durante o voo sobre o Arizona.


O voo conseguiu fazer um pouso de emergência em Gallup, Novo México. Todos os 25 ocupantes escaparam do avião em chamas, e o fogo foi extinto. Mas, ao contrário do acidente do Bryce Canyon um mês antes, os investigadores agora tinham uma aeronave danificada, mas intacta, para examinar e estudar.

A causa da queda do Bryce Canyon e do quase fatal incidente Gallup foi eventualmente atribuída a uma falha de projeto. Um coletor de entrada do aquecedor da cabine foi posicionado muito perto da ventilação de ar do tanque alternativo número 3. 

Se as tripulações de voo permitissem que um tanque ficasse cheio durante uma transferência de combustível de rotina entre os tanques das asas, isso poderia fazer com que vários galões de combustível excedente fossem sugados para o sistema de aquecimento da cabine, que então acendeu o combustível.

Uma placa como memorial às vítimas do acidente perto de Bryce, em Utah
Os destroços da aeronave foram carregados em caminhões e transferidos para a Douglas Aircraft Company, na Califórnia, onde o avião foi remontado em um esforço para determinar a causa do acidente.

Como resultado do desastre, toda a frota de 80 aeronaves Douglas DC-6, incluindo a aeronave do presidente dos Estados Unidos (que era um navio irmão), foi colocada no solo e retirada do mercado. As alterações de design que foram feitas depois disso ainda existem.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, lostflights.com)

Hoje na História: 24 de outubro de 2003 - O último voo comercial do Concorde

No dia 24 de outubro de 2003, a British Airways realizou o último voo pago do Concorde, encerrando  a era supersônica na aviação comercial. A Air France havia realizado o último voo comercial dos seus Concordes quatro meses antes, no dia 24 de junho de 2003. O último voo foi realizado pela aeronave de prefixo G-BOAG, entre Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido) com a British Airways. Havia cerca de cem convidados a bordo, incluindo celebridades como a modelo americana Christie Brinkley e a atriz Joan Collins.

Ele pousou em terceiro na sequência com o G-BOAE e o G-BOAF depois que todos os três aviões supersônicos fizeram uma passagem baixa sobre Londres.

O G-BOAG voou de Nova York sob o comando do Capitão Mike Bannister, com o primeiro oficial Jonathan Napier e o oficial de engenharia David Hoyle. 

Os jatos - vindos de Edimburgo, de um passeio pela baía de Biscaia e, o último, de Nova York - aterrissaram com intervalos de dois minutos e puseram fim a uma das experiências mais estimulantes (e dispendiosas) da história da aviação civil.

Foto: British Airways

O piloto Mike Bannister disse, durante o voo que partiu de Nova York, que "o Concorde é um avião fabuloso e se tornou uma lenda", depois de disparar até o limite do espaço, voando a duas vezes a velocidade do som.

Champanhe e vinhos de safras nobres foram servidos, enquanto os passageiros, entre os quais a atriz Joan Collins e a modelo Christie Brinkley, comiam lagosta, caviar e salmão defumado.

David Hayes, que pagou US$ 60,3 mil em um leilão de caridade para participar, com a mulher, desse voo histórico, disse: "Comecei a chorar. Meu coração disparou. Era hora de dizer adeus".

Ivor Simms, controlador de voo em Heathrow, contou que "estava em treinamento em 1976 quando o primeiro voo do Concorde partiu para Nova York, e me orgulho muito por, 27 anos depois, estar no controle durante o pouso do último voo vindo de lá".

O Concorde estabeleceu um paradigma para as viagens aéreas transatlânticas. Agora, a está destinado a uma vida sedentária em museus de aviação.

Bernie Ecclestone, o principal dirigente da Fórmula 1, que voou na primeira viagem do Concorde em 1976 e também participou da última, disse: "Não acho que veremos coisa parecida de novo".

Pouco depois da metade do século 20, os criadores anglo-franceses do Concorde esperavam que o seu avião fosse o pioneiro em uma nova geração de jatos de transporte. Mas os altos custos operacionais, as turbinas imensamente ruidosas e os estrondos supersônicos causados pelo avião trouxeram-lhes a oposição dos ecologistas, e o Concorde não demorou a se tornar pouco mais que um brinquedo para os superastros.

O começo do fim veio em julho de 2000, quando um avião da Air France caiu perto de Paris, matando 113 pessoas e causando a paralisação dos voos de toda a frota de Concordes francesa e britânica.

O Concorde voltou ao serviço no final de 2001, em meio a uma severa queda no tráfego aéreo transatlântico, depois dos ataques contra cidades dos EUA em 11 de setembro daquele ano. A fábrica de aviões Airbus anunciou há alguns meses que deixaria de fornecer sobressalentes e de cuidar da manutenção dos aparelhos, o que selou o destino do jato.

O veterano apresentador de televisão britânico David Frost, que fez cerca de 500 viagens no supersônico, disse que o Concorde era "a única maneira pela qual se podia estar em dois lugares ao mesmo tempo". E concluiu com um epitáfio repetido pelos demais passageiros entristecidos: "É uma ótima invenção, e é uma vergonha que tenha de parar".

Por Jorge Tadeu (Fontes: thisdayinaviation.com / Folha de S.Paulo / UOL)

Tradicional “voo” do avião Spitfire dá errado no show do Iron Maiden

Cena de um dos vídeos apresentados abaixo
Um avião Spitfire, clássico modelo inglês da Segunda Guerra Mundial, costuma “voar” acima da banda Iron Maiden durante a famosa música “Aces High”, cuja letra descreve o ponto de vista de um piloto da Força Aérea Real (RAF) lutando durante a Batalha da Grã-Bretanha (1940).

Mas, durante uma apresentação nessa semana no DCU Center em Worcester, Massachusetts (EUA), algo saiu errado e o avião não seguiu seu caminho até a frente do palco.

Imagens feitas por fãs, conforme vídeo abaixo, mostram que as asas não se estenderam totalmente para ficar na posição correta e o avião ficou pairando desajeitadamente na parte de trás do palco, antes que os membros da equipe técnica o desinflassem e o escondessem da vista.

O cantor Bruce Dickinson é visto olhando para trás, buscando entender o que houve com o Spitfire, e, na sequência, aparentemente até se divertindo com a situação inesperada, fazendo movimentos com seus braços como se fossem as asas do avião.


O outro vídeo a seguir mostra o momento por um Ângulo de visão diferente, mais alto e pela lateral:


Para ver como costuma ser a performance da banda com o correto “voo” do Spitfire, relembre a seguir o show no Rock in Rio 2019:


Vídeo: Entrevista - A história gloriosa da fundação da cidade de águas de São Pedro e do aeroporto de São Pedro


Antonio de Moura Andrade nos contará parte de como surgiu a cidade de águas de São Pedro, e a importância da aviação no desenvolvimento da cidade.

Via Canal Porta de Hangar de Ricardo Beccari

Quem não pode viajar de avião por motivos de saúde? Entenda!

Alguns indivíduos devem evitar viagens aéreas.


Apesar de muito seguras, as viagens de avião contam com algumas restrições, especialmente para passageiros com condições de saúde mais delicadas. Afinal, algumas dessas viagens podem afetar diretamente o conforto e a segurança desses indivíduos. Ainda assim, nem todo mundo sabe que doenças são essas ou o que é necessário fazer quando pegar um avião. Pensando nisso, este artigo esclarecerá quem não pode viajar de avião por motivos de saúde.

O que fazer para poder viajar mesmo possuindo alguma doença?


Antes de tudo, é importante consultar um médico antes de uma viagem de avião. Isso porque pessoas que tenham condições mais críticas, como deficiências cardíacas ou problemas respiratórios, podem ter seus sintomas agravados durante o voo. Felizmente, a tripulação está preparada com treinamento básico de saúde em casos de emergência, mas isso não se aplica para pessoas que necessitam de atendimento médico especializado.

Inclusive, em casos de deficiências mentais ou intelectuais, em que não seja possível entender as instruções transmitidas pela equipe, as companhias aéreas exigem que o passageiro leve um acompanhante maior de 18 anos. Para isso, é necessário comunicar todas as necessidades por meio de um MEDIF, podendo até conseguir um desconto na compra da passagem do acompanhante.

Quem deve evitar viajar por motivos de saúde


No geral, existem algumas condições que são contraindicadas. Bebês com menos de sete dias de vida e mulheres após a 36ª semana de gravidez, por exemplo, devem evitar pegar um voo. Além disso, qualquer pessoa com uma doença transmissível ativa, como covid-19, está proibida de frequentar ambientes fechados, com o próprio avião. Ainda assim, deve-se consultar um especialista para receber as orientações certas.

Quanto a preocupação em relação à trombose por conta da imobilidade por longas horas, gravidez, câncer, obesidade e traumas recentes, é possível que o voo intensifique essas situações. Nesses casos, buscar aconselhamento médico específico antes de um voo de 4 horas ou mais é indispensável.

Artista urbano celebra avanço na grafitagem do avião do metaverso em Barra do Piraí (RJ)

Avião está sendo customizado com cenas que marcam a natureza e acontecimentos de Ipiabas.

(Foto: Juan Barbosa l PMBP)
Entra na reta final a grafitagem das últimas peças do avião do metaverso, parte integrante do Circuito Turístico de Ipiabas. A informação foi passada pelo artista urbano, Marlon Muk, que lidera uma equipe de 13 profissionais, que estão no distrito desde o dia 10 de outubro, num dos trabalhos mais emblemáticos da carreira do grafiteiro, conhecido em todo o mundo. A previsão é que a aeronave seja entregue, totalmente finalizada em sua parte externa, no dia 04 de novembro.

Como uma ideia inovadora, a colocação do Boeing 727 está inserida no “corredor turístico” de Ipiabas. Dentro dele, a Prefeitura de Barra do Piraí, pela Secretaria de Turismo e Cultura, pretende implementar o equipamento de realidade virtual, hoje com o nome de metaverso. A ideia é levar os turistas a viajar por cartões postais de todo o mundo, bem como conhecer as belezas naturais e atrativos do distrito barrense. No interior, ainda será possível que outras iniciativas – com características modernas – também sejam acrescentadas.

Em entrevista, o artista Marlon Muk, que coleciona pinturas por todo o globo, explicou como anda a etapa final de grafitagem do avião. Segundo ele, estão sendo aplicadas as cores de base para, em seguida, entrar com a técnica do grafite, por meio da tinta spray. Muk explicou como é feito esse procedimento estético, por meio da técnica chamada de “air lance”, que seria um compressor.

“Para que entendam, a cor de base é aplicada em determinada parte do avião. Por exemplo, tem um local onde será enfatizado o cultivo do café em Barra do Piraí, em uma área extensa. Daí, nós preenchemos com uma tinta verde base; em seguida, entramos com a luz e sombra, dando profundidade. Usamos a tinta com equipamento de “air lace”, que é um compressor para realizar o desenho com spray por cima”, explica Muk.

O artista explica que, em dez dias de estadia no distrito, ele e sua equipe conseguiram estreitar contatos com os moradores, que, segundo ele, “têm dado um retorno positivo quanto a implementação do avião no local”. Para Muk, se efeitos adversos, como os da natureza (chuvas), não atrasarem a pintura, ele entregará a obra no dia 04 de novembro.

“Somos reféns dessas condições climáticas; não tem jeito. Esta obra tem nos despertado muita felicidade; estamos fazendo com o coração e emoção, ainda mais vendo as pessoas indo até o local e demonstrando carinho. Não tinha conhecimento da região, mas muitas pessoas estão dando valor ao nosso trabalho e reconhecendo a importância desse equipamento turístico; vai chamar ainda mais a atenção. O comércio local está absorvendo essa criação. Já está movimentando. Minha equipe é composta de 13 pessoas, que consomem no comércio o dia todo”, aponta.

Projeto de avião turístico com tecnologia do metaverso (Artista: Marlon Muk)
Dentre as obras mundiais executadas e apontadas por Marlon Muk como as suas preferidas, estão a indígena em Pádova, na Itália, e um autorretrato pintado no Peru. No país europeu, conforme disse, ele fez um desenho de uma indígena, em três dias, num mural. O cocar da nativa, formava a bandeira do Brasil. Já na nação latina, ele pintou o seu rosto, e, sobre a cabeça, uma coroa do povo Inca, que foi muito noticiado na época, pela mídia local.

“Participo de artes urbanas por todo o mundo. No Brasil, em Joinville, para a igreja Adventista pintei margaridas gigantes, feitas numa parede muito grande. E tive o prazer de fazer o maior mural, na Zona Sul, no bairro Olaria, na capital, com 4 mil metros. Mas, para mim, uma das mais importantes obras é este avião, bem diferente de muito do que ele já fiz”, comemora o artista Marlon Muk.

Idealizador do “avião do metaverso”, o prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, comemora o sucesso que tem sido a movimentação turística em Ipiabas. “O distrito não recebeu a metade dos equipamentos propostos para lá e já está recebendo turistas, que tiram fotos e comentam sobre este avião. Algumas críticas aconteceram e são normais na democracia. Agora é pensar pra frente e buscar o crescimento do potencial turístico de Ipiabas. Por acreditar no projeto, estamos investindo alto. E, acreditem: vai dar certo”, profetiza Mario Esteves.

Brincadeira de mau gosto leva três homens a serem presos a bordo de avião


Policiais britânicos foram chamados para lidar com uma brincadeira de mau gosto, que dizia haver uma bomba a bordo de uma aeronave da easyJet no aeroporto de Londres – Stansted, na noite de quarta-feira passada (19). Enquanto o caso transcorria, o aeroporto teve que suspender as operações, o que levou a transtornos aos viajantes.

Reporta a BBC que a polícia de Essex foi chamada para lidar com o alerta de segurança por volta das 19h40 e que o avião já havia se deslocado para uma parte remota do aeroporto onde “oficiais especializados” embarcaram na aeronave. Chegando ao local, os oficiais trabalharam “rápida e vigorosamente” para resolver o incidente e prenderam três homens por fazerem ameaças de bomba no voo com destino a Amsterdã.

“Os policiais responderam rapidamente e trabalharam com nossos parceiros em Stansted para mover o avião para uma área segura para realizar investigações”, disse um porta-voz da polícia. “Oficiais especialistas embarcaram no avião e removeram três homens que foram presos por suspeita da farsa e estão atualmente sob custódia. Após uma busca no avião, estamos convencidos de que não há nada preocupante a bordo.”

O incidente ocorreu apenas uma semana depois que uma aeronave operada pelo Jet2 foi forçada a desviar para o mesmo aeroporto de Stansted depois que um passageiro a bordo do voo de Bodrum para Manchester começou a fazer ameaças de bomba. Nesse caso, o jato foi interceptado por dois caças e forçado a pousar, quando o aeroporto foi fechado temporariamente.

Avião saiu da pista após pousar em aeroporto das Filipinas

Avião da Korean Air saiu da pista após pousar em aeroporto das Filipinas durante mau tempo.

Aeronave vinha de Seul com 176 pessoas a bordo (Foto via redes sociais)
O Airbus A330-300, prefixo HL7525, da Korean Air, com 176 pessoas a bordo, saiu da pista após pousar no aeroporto internacional Mactan-Cebu (CEB), nas Filipinas, no início da tarde de domingo (23).


A aeronave cumpria voo procedente de Seoul (ICN). Segundo informações preliminares, a tripulação tentou efetuar o pouso duas vezes, em condições climáticas adversas. Na segunda tentativa, o avião saiu da pista e teve o nariz colapsado.


Passageiros e tripulantes evacuaram a aeronave em segurança e não houve feridos. No início da noite, o presidente da Korean Air, Keehong Woo, pediu desculpas pela ocorrência, em uma carta divulgada em uma rede social.


O HL7525 fez o seu primeiro voo em maio de 1998 e está em operação pela companhia aérea sul-coreana desde o mês seguinte.

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine) e ASN

Helicóptero com cinco pessoas a bordo cai na Lagoa, Zona Sul do Rio

Bombeiros fizeram resgate das vítimas no local (Foto: Reprodução/O Dia)
O helicóptero Robinson R66 Turbine, prefixo PS-UPS, da Aero Recreio Escola de Aviação Civil, operado pela Ultra Pilots Taxi Aéreocaiu na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, no início da tarde de sábado, dia 22. Cinco vítimas – o piloto e uma família – estavam na aeronave e foram resgatadas sem gravidade, segundo o Corpo de Bombeiros.

A aeronave caiu na altura do Baixo Bebê, próximo da descida do Túnel Rebouças. Na hora do acidente, uma regata acontecia na Lagoa. Segundo o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, que estava no local, o piloto e os quatro passageiros saíram do helicóptero a nado até serem resgatados pelas lanchas que acompanhavam a competição.

O quartel do Grupamento Marítimo (GMar) de Copacabana foi acionado às 14h28. Militares da Gávea, do Quartel Central e do Grupamento Aéreo deram apoio à ocorrência. Segundo o CBMERJ, as cinco vítimas, sem gravidade, foram resgatadas e atendidas por ambulâncias da corporação no Clube Naval, às margens da Lagoa.

Valle, que acompanhou o resgate, contou que a família é da cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e veio para o Rio para um casamento. Pai, mãe, filho e nora decolaram do Aeroporto de Jacarepaguá para um sobrevoo panorâmico na cidade. Os quatro receberam atendimento e foram encaminhados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, onde passam por exames de imagem.

– O piloto disse que desceu na Lagoa depois que a aeronave se chocou com uma ave. Eles saíram a nado até serem resgatados pelas lanchas. O helicóptero caiu na altura do Baixo Bebê – afirmou o subprefeito.

O empresário Hygor Nunes, que caminhava pela Lagoa, contou que uma equipe de Saúde do Clube Naval prestou o primeiro atendimento às vítimas:

– Quando o helicóptero caiu, tinham lanchas por perto, que resgataram o pessoal. A equipe do Clube prestou os primeiros socorros, tiraram a pressão da mãe. Uns cinco minutos depois o helicóptero dos Bombeiros chegou para prestar atendimento e depois três ambulâncias.


Sócia do Clube, Magda Maranhão Torres Capiberibe conversou com Matheus, o filho que estava na aeronave: "Ele contou que estavam sobrevoando o Cristo quando ouviram um barulho. O piloto falou que a aeronave tinha sido atingida por um pássaro. Pela direção que vimos do helicóptero, antes de cair na água o piloto tentou pousar no heliporto da Lagoa".

O helicóptero pertence a Aero Recreio Escola de Aviação Civil e é operada pela Ultra Pilots Taxi Aéreo. Trata-se de um modelo Robinson para quatro passageiros, além do piloto, fabricado em 2020. A licença dele é válida até outubro de 2023 e está em situação regular, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Procurada, a empresa de táxi aéreo ainda não se manifestou.

Via O Globo e ASN

domingo, 23 de outubro de 2022

Como a Guerra Civil Espanhola serviu de ensaio geral para a Segunda Guerra Mundial

No verão de 1938, Messerschmitt Bf-109B-2s da Legião Condor alemã lutou
contra o republicano espanhol Polikarpov I-16 sobre Valência
Em uma prévia do que está por vir, alemães e italianos lutaram contra soviéticos e americanos nos céus da Espanha, empregando uma variedade impressionante de aeronaves.

Qualquer guerra é brutal; as guerras civis são piores. Hoje, 1939 é mais lembrado pelo início da Segunda Guerra Mundial em setembro. Mas esse mesmo ano envolveu três outros confrontos muito diferentes. A Guerra Civil Espanhola terminou em abril, enquanto o conflito Nomonhan/Khalkhin Gol entre a Rússia e o Japão estourou em maio e a “Guerra de Inverno” Russo-Finlandesa em novembro. Diz algo que a União Soviética estava envolvida em todos eles.

Durando quase três anos a partir de julho de 1936, a amarga guerra espanhola foi chamada de "ensaio geral para a Segunda Guerra Mundial". É uma avaliação fundamentada, considerando que Alemanha e Itália de um lado e a União Soviética de outro estavam engajados, comprometendo forças terrestres, navais e aéreas para apoiar as causas nacionalista e republicana, respectivamente.

A guerra aérea foi especialmente significativa além do polêmico bombardeio de Guernica pelos nacionalistas, o tema da famosa pintura de Pablo Picasso. Mais importante, a guerra começou com o primeiro transporte aéreo militar do mundo e continuou com desenvolvimentos no bombardeio estratégico, refinamento do apoio aéreo aproximado e evolução das táticas de caça.

As origens da Guerra Civil Espanhola foram longas e complexas, caindo ao longo de falhas político-culturais. Após o exílio do rei Alfonso XIII em 1931, a Segunda República foi formada, logo se transformando em um governo de coalizão de extrema esquerda. Inevitavelmente, entrou em conflito com as facções conservadoras tradicionais, especialmente a Igreja Católica. Um golpe de direita falhou e a situação caiu no caos.

O general Francisco Franco Bahamonde comandou uma guarnição nas Ilhas Canárias no início das hostilidades, mas foi transportado em aviões fretados para o Marrocos. Lá, comandando o Exército da África, ele emergiu como o líder nacionalista dominante e embarcou em uma carreira que o levou a 36 anos como ditador espanhol.

Os caças italianos Fiat CR.32 acompanham um Savoia-Marchetti SM.81 enquanto ele
lança suas bombas sobre a Espanha (CPA Media Pte Ltd / Alamy)
Em menos de três anos, o conflito custou talvez meio milhão de vidas. De longe, os maiores perdedores foram os espanhóis. A escala de destruição foi aumentada pela influência externa quando Alemanha, Itália e Rússia usaram a oportunidade para testar uma nova geração de armas e táticas. Quase acidentalmente, os fascistas e comunistas procuraram fortalecer suas almas gêmeas ideológicas na Península Ibérica.

Ao contrário da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália, a Espanha carecia de uma arma aérea independente. A diretoria-geral da aeronáutica estava subordinada ao chefe do Estado-Maior do Exército, e o minúsculo ramo da aviação naval da Espanha também estava restrito.

No início da guerra, os nacionalistas antigovernamentais eram mais fortes no norte, os republicanos mais fortes no sul e no leste. As Fuerzas Aéreas de la República Española do governo republicano (Força Aérea Republicana Espanhola) reteve mais de dois terços de cerca de 400 aeronaves da Força Aérea pré-guerra. Diante de um embargo internacional de armas, os nacionalistas tiveram que procurar poder aéreo em outro lugar.

Eles o encontraram na ópera.

Apesar da atenção mundial mais tarde se concentrar em Guernica, o evento de aviação mais importante da guerra ocorreu no início e passou despercebido. Como a maioria da marinha espanhola aliou-se ao governo, os nacionalistas foram negados em grande parte as comunicações marítimas e o transporte. Mas as 30.000 tropas do Exército da África da Legião Marroquina e Espanhola eram extremamente necessárias na pátria. Os apelos foram feitos em Berlim e Roma, levando a um transporte aéreo organizado às pressas e notavelmente eficiente. O líder nazista Adolf Hitler concordou com o pedido durante um interlúdio no festival anual de Wagner.

A Alemanha forneceu 20 transportes de trimotor Junkers Ju-52/3m, o dobro do número solicitado, com o primeiro chegando à Espanha no final de julho. Eles eram a onda de proa de algo sem precedentes - um transporte aéreo estratégico.

Transportes Junkers Ju-52 / 3m preparam-se para transportar por via aérea as tropas do Exército da África de Marrocos para a Espanha para ajudar os nacionalistas no início da guerra. (AKG-Images/Ullstein Bild)
Cada Ju-52 transportou 25 homens no voo de 130 milhas de Tétouan, no extremo norte do Marrocos, para Sevilha, alguns fazendo quatro viagens por dia. Assistido por nove italianos Savoia-Marchetti SM.81s, durante os próximos dois meses várias centenas de surtidas entregaram 14.000 ou mais tropas.

O transporte aéreo tático obteve efeitos estratégicos: assegurou que a guerra continuasse além de 1936. Naquele outono, Franco tornou-se generalíssimo e chefe do regime nacionalista rebelde.

Ambos os lados lutaram por pilotos competentes, mecânicos e uma variedade entorpecente de aeronaves. Quase sem indústria de aviação local, a Espanha dependia de produtos importados.

O número e a variedade de aeronaves usadas na Espanha foram enormes: até 185 tipos da Alemanha, Itália, Rússia, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e outros lugares. Os republicanos e nacionalistas voaram cada um com mais de 60 tipos, e talvez mais 15 fossem empregados por ambos os lados. Mais de 40 outros foram usados, mas suas disposições permanecem incertas. Esse grupo provavelmente foi mais para o governo do que os rebeldes - uma miscelânea de “onesies e twosies” de valor de combate limitado ou nenhum, como Stinsons, Spartans e vários de Havillands.

Em última análise, a Alemanha forneceu mais de 700 aviões. A Itália enviou 760, mas também contribuiu com um componente terrestre significativo, totalizando um corpo de exército reforçado. Eventualmente, a Rússia soviética forneceu cerca de 650 aviões para a causa republicana.

Pilotos experientes eram raros. Entre os aviadores espanhóis mais talentosos estava Joaquín García-Morato y Castaño, de 32 anos, ex-piloto de bombardeiro e hidroavião e instrutor de instrumentos com vasta experiência acrobática. Quando a guerra começou, ele tinha 1.800 horas de tempo total e nos três anos seguintes acrescentou mais 1.012, juntando-se aos nacionalistas e tornando-se o principal ás do conflito. Refletindo a natureza eclética da aviação espanhola, seu diário de bordo continha 30 ou mais tipos de aeronaves, mas suas 40 vitórias foram quase todas marcadas em Fiat CR.32s. Ironicamente, ele foi morto em um Fiat durante uma demonstração acrobática em abril de 1939, logo após o fim da guerra.

Com uma necessidade urgente de tripulações aéreas, os dois lados olharam para o exterior. Centenas de pilotos e mecânicos estrangeiros correram para a Espanha, muitos antecipando contratos lucrativos por seus serviços. A maioria ficou desapontada. Nem todos os voluntários foram tão francos quanto Frank G. Tinker, um aviador naval dos Estados Unidos em desgraça que se juntou aos republicanos. “Eu não tinha certeza de qual lado estava lutando pelo quê”, ele admitiu mais tarde. “Concluí que cada um estava massacrando o outro por ser ou fazer algo que o outro lado não gostava.”

Líderes do esquadrão de caça da Legião Condor (da esquerda) Wolfgang Schellmann, Adolf Galland, Joachim Schlichting e Eberhardt d'Elsa bate-papo em abril de 1938. (Arquivos HistoryNet)
Os nacionalistas estabeleceram a Aviación Nacional , originalmente com menos de 150 aeronaves. O chefe da Força Aérea era o general Alfredo Kindelán y Duany, que voltou do exílio para apoiar o Generalíssimo Franco, mas acabou caindo em desgraça. A Força Aérea Nacionalista cresceu continuamente e, no início de 1939, Kindelán contava com 160 caças e 140 bombardeiros, além de aviões de reconhecimento e apoio aéreo.

No entanto, a Aviación Nacional dependia de seus aliados. Em julho de 1938 na frente do Ebro, os nacionalistas possuíam duas asas de bomba Savoia-Marchetti SM.79, dois grupos de caças Fiat e quatro grupos de apoio próximo com vários Heinkels e italiano IMAM Ro.37s. Os italianos inicialmente implantaram três grupos CR.32, uma ala de bombas e um grupo de ataque. Os alemães contribuíram com uma variedade de bombardeiros, caças, aviões de ataque ao solo e de reconhecimento, em sua maioria modernos.

A Alemanha rapidamente organizou e implantou a Legião Condor, que além de seu famoso ramo de aviação incluía unidades de treinamento, panzer e antiaéreas. O general-de-divisão Hugo Sperrle levou a legião para a Espanha e seu comandante final foi o tenente-coronel Wolfram von Richthofen. Ambos se tornariam líderes proeminentes da Luftwaffe na Segunda Guerra Mundial.

O componente aéreo da Legião Condor incluía bombardeiros, caças e grupos de reconhecimento, voando principalmente, respectivamente, Ju-52s e Heinkel He-111s; Heinkel He-51s e Messerschmitt Bf-109s; e Heinkel He-45s e Dornier Do-17s. Havia também um pequeno contingente naval com hidroaviões Heinkel.

De agosto de 1936 a março de 1939, a legião perdeu quase 300 homens, incluindo 120 mortes de não combatentes. Quase 80 por cento das 178 mortes em combate foram tripulações aéreas.

Os lutadores do Jagdgruppe 88 conquistaram 314 vitórias, enquanto os artilheiros do AA obtiveram 58 outras. A legião produziu 25 ases, incluindo quatro em He-51s - mais notavelmente Johannes Trautloft, que se tornou comandante de ala na Segunda Guerra Mundial. De longe, o piloto mais conhecido foi Werner Mölders, o melhor atirador alemão da guerra, com 14 vitórias nos primeiros modelos Bf-109. Cerca de 130 Messerschmitts foram para a Espanha, mas os lutadores mais numerosos de Franco foram seus 380 Fiats.

Os biplanos He-51 da Legião Condor alcançaram um sucesso moderado, obtendo mais de 40 vitórias, mas apenas um monoplano Polikarpov I-16. Portanto, a partir da primavera de 1937 em diante, a legião confiou cada vez mais nos Bf-109s mais avançados para o combate aéreo.

Um dos pilotos de destaque do Heinkel, futuro general da Luftwaffe Adolf Galland, lembrou: “O He 51 era claramente inferior tanto ao 'Curtiss' [na verdade, o Polikarpov I-15] e o Rata [I-16] em velocidade e armamento, como bem como na capacidade de manobra e taxa de subida. É por isso que tivemos que evitar o combate aéreo com aviões inimigos tanto quanto possível e nos concentrar em alvos terrestres.”

“Nos dias quentes, voávamos de sunga”, continuou Galland, “e, ao voltar de uma surtida, parecíamos mais com mineiros de carvão, pingando de suor, manchados de óleo e enegrecidos pela fumaça de pólvora”.

Após seu papel no transporte aéreo de Franco, a italiana Regia Aeronautica estabeleceu a Aviazione Legionaria (Força Aérea Legionária), comprometendo cerca de 6.000 homens durante a guerra. O primeiro dos quatro comandantes foi o tenente-coronel Ruggero Bonomi, que supervisionou a parte italiana do transporte aéreo. Em 1937, o contingente de aviação da Itália foi subordinado ao major-general Sperrle da Legião Condor para melhorar a coordenação nacionalista.

Mecânicos alemães verificam um Bf-109B-2. (Arquivos HistoryNet)
No final de 1938, os italianos colocaram em campo cerca de 135 aeronaves dispostas em duas asas de bombardeiros pesados ​​com SM.79s e 81s, um grupo de bombardeio médio Fiat BR.20, um grupo de ataque reforçado equipado principalmente com Breda Ba.65s e três grupos CR.32. O Savoias visava principalmente cidades importantes como Barcelona, ​​Valência e Madrid.

Em 26 de abril de 1937, o mundo conheceu Guernica, uma cidade obscura no país basco, no extremo norte da Espanha. O chefe do estado-maior da Legião Condor, tenente-coronel Richthofen, procurou impedir uma retirada republicana através de Guernica, na esperança de que as forças de Franco pudessem alcançá-los. Presumivelmente, com as ruas sufocadas pelos destroços e a ponte da cidade destruída, o inimigo em retirada ficaria preso.

A força de ataque inicial consistia em 21 bombardeiros alemães e três italianos, enquanto os ataques subsequentes foram apoiados por caças para suprimir a artilharia e metralhar os escombros. Sem bombardeiros de mergulho (apenas sete Junkers Ju-87 Stukas foram para a Espanha), os alemães recorreram ao bombardeio em tapete. Eles conseguiram reduzir a maior parte da cidade a ruínas, mas perderam a ponte.

Ninguém concorda com o número de mortos entre os 5.000 residentes, com números variando de 200 a mais de 1.600, dependendo da fonte. Os republicanos aproveitaram ao máximo o incidente, estimulando a condenação internacional que culminou na pintura dramática de Picasso.

Uma tripulação embarca em seu Heinkel He-111. (Ullstein Bild via Getty Images)
Enquanto isso, a guerra e os bombardeios continuaram. Quase um ano depois, em quatro dias em março de 1938, os italianos bombardearam Barcelona, ​​matando talvez 1.000 pessoas, supostamente usando gás venenoso. (A Itália usou gás contra etíopes em 1935-36.) No entanto, para ser justo com as várias armas aéreas, o que era frequentemente ridicularizado como bombardeio terrorista de cidades refletia principalmente a natureza dispersa do bombardeio aéreo na década anterior ao advento da "precisão" bombardeio.

Os nacionalistas enfrentaram um consórcio de forças comunistas-socialistas genericamente chamadas de Los Rojos - os vermelhos. O Ejército del Aire Republicano (Força Aérea Espanhola) precisava de pessoal imediatamente, e três recrutas de 200 pilotos estudantes foram para a Rússia para treinamento de voo. A instrução era necessariamente breve, no entanto, e os tiros não recebiam quase nenhum tempo de instrumento. O último lote ainda estava em treinamento quando a guerra acabou.

Muito mais importante foi o apoio ao material soviético durante a maior parte da guerra. Moscou entregou mais de 400 caças Polikarpov à Espanha e talvez mais 300 biplanos I-15 foram construídos localmente. Além de aeronaves, os soviéticos enviaram cerca de 3.000 homens para a Espanha, ostensivamente “voluntários”, além de veículos, artilharia e armas pequenas. O componente de aviação envolveu 60 comandos e estado-maior, 330 pilotos de caça, 270 outros pilotos e tripulantes. De outubro de 1936 a janeiro de 1939, 158 russos morreram na Espanha por todas as causas. Eles incluíram 59 pilotos de caça, 32 outras tripulações e 18 mortos em acidentes.

Os soviéticos entraram em combate em novembro de 1936 e seus monoplanos I-16 imediatamente superaram a oposição. Os I-16s entraram em confronto pela primeira vez com aeronaves inimigas em 11 de novembro, perdendo dois pilotos "Rata" contra reclamações de quatro Heinkels. A primeira vitória do I-15, um Ju-52, caiu em 4 de novembro. Supremamente manobrável, o “Chato” se saiu bem contra outros biplanos como o He-51 e o CR.32, mas não conseguiu competir com o Bf- 109, que estreou em 1937.

Os pilotos de brigas de cães saboreiam a excepcional capacidade de manobra do I-15. O I-15bis foi avaliado a 235 mph, ligeiramente mais rápido que o CR.32 e era mais ágil. Além disso, o I-16 normalmente tinha quase um terço a menos de wing load do que um Bf-109B. Ambos os lados reconheceram a necessidade de armamento aprimorado, com armas de combate aumentando de duas metralhadoras de calibre de rifle para quatro e, finalmente, para dois canhões de 20 mm no Messerschmitt.

Pilotos republicanos fazem uma refeição entre as missões perto de um caça Polikarpov I-16
(© David Seymour / Magnum Photos)
“O I-15 superou facilmente o Fiat CR.32, especialmente em manobras horizontais”, disse o voluntário russo Evengy Stepanov à Aviation History em 1995. “Muitas vezes me deparei com o Bf-109 em combate... Ele teve um bom desempenho, mas foi inferior ao o I-16 em capacidade de manobra vertical.”

Stepanov conquistou 10 vitórias aéreas, incluindo um raro ataque noturno com taran. “Na noite de 27 a 28 de novembro de 1937, abati dois bombardeiros SM.81 nas proximidades de Barcelona”, disse ele. “Durante esse ataque, tive que bater em um dos bombardeiros com a perna esquerda do meu trem de pouso. Não havia nenhuma técnica especial para abalroar, nem poderia haver, já que era um método de última hora em combate.”

O apoio aéreo aproximado e o ataque ao solo receberam pouca atenção popular, mas ambas as missões foram comprovadas na Espanha. Um exemplo importante ocorreu quando o avanço nacionalista paralisou perto de Guadalajara em março de 1937. Conforme o tempo melhorava, aviões republicanos invadiram as posições italianas, bombardeando e metralhando a Divisão Littorio quase até a destruição. Foi provavelmente a primeira vez que a aviação por si só embotou uma grande operação terrestre e mostrou o caminho a seguir. A técnica soviética de “correia transportadora” manteve uma pressão quase constante na área-alvo.

A ação aérea contra a navegação inimiga também recebeu pouca cobertura. Em maio de 1937, três novos Tupolev SB-2s de Los Alcázares lançados contra um suposto esquadrão naval nacionalista perto das Ilhas Baleares. O alvo principal era o cruzador Canarias de 10.600 toneladas , mas os soviéticos identificaram erroneamente e atacaram o cruzador pesado alemão de 12.000 toneladas Deutschland . Os alemães sofreram mais de 100 baixas, incluindo 31 mortos.

Em meados de 1938, os soviéticos haviam aprendido tanto sobre suas armas e táticas quanto precisavam. Portanto, o ditador Joseph Stalin começou a retirar seu componente de aviação naquele verão, absorvendo as lições para uso futuro. Em qualquer caso, no final daquele ano a causa republicana parecia sombria com os ganhos nacionalistas no leste.

Mesmo assim, voluntários estrangeiros se apresentaram. O autor francês André Malraux apoiou um esquadrão de republicanos Potez 54s de bases próximas a Barcelona e Madri - a maior contribuição da França para o esforço de guerra do governo.

O amplamente divulgado “Esquadrão Yankee” incluía alguns aviadores americanos coloridos, ninguém mais do que o beberrão Bert Acosta, que em 1927 havia estabelecido um recorde de resistência e voou o Atlântico com Richard Byrd. A equipe era liderada por um dos ases menos conhecidos da história americana. Frederic I. Lord foi um ás do Sopwith Dolphin com 12 vitórias na Primeira Guerra Mundial e depois na Guerra Civil Russa, contra seus futuros camaradas. Com gosto pela aventura, Lord tornou-se um aviador da fortuna. Ele voou brevemente na Revolução Mexicana, depois foi recrutado pelos republicanos na Espanha. Voando com equipamentos obsoletos (uma asa caiu em seu primeiro voo), ele e seus companheiros mercenários eram frequentemente ameaçados de execução por seus empregadores. Em questão de semanas, a maior parte da banda não tão alegre voltou para casa, emburrada com taxas nunca pagas.

Frank Tinker foi o principal piloto de caça americano da guerra. (Arquivos HistoryNet)
Outros americanos ganharam fama, ou pelo menos notoriedade, como pilotos de caça do governo. O artilheiro foi Frank Tinker, com oito vitórias confirmadas. Orrin Bell, Stephen Daduk e Harold “Whitey” Dahl conquistaram cinco ou mais vitórias, embora não tenham sido confirmadas. Albert J. “Ajax” Baumler (4½ vitórias) perdeu por pouco o status de ás na Espanha, mas acrescentou 4½ à sua contagem com a Décima Quarta Força Aérea dos EUA na China.

A sabedoria convencional afirma que a experiência adquirida na Espanha influenciou a doutrina aérea e as operações na Segunda Guerra Mundial. Como uma declaração ampla que é precisa, mas muito mais aplicável taticamente do que estrategicamente. O trabalho de apoio de solo em solo ibérico beneficiou os alemães e os russos, e certamente o desenvolvimento da Legião Condor da formação “dedo quatro” de dois pares de lutadores foi uma revelação. A maioria dos historiadores atribuem essa inovação a Werner Mölders, mas relatos contemporâneos também citam contribuições de outros, notavelmente Günther Lützow e Harro Harder.

No entanto, Adolf Galland observou: “Qualquer que tenha sido a importância dos testes de armas alemãs na Guerra Civil Espanhola do ponto de vista tático, técnico e operacional, eles não forneceram a experiência necessária nem levaram à formulação de conceitos estratégicos.” O principal deles foi o bombardeio estratégico. Nenhum dos lados possuía força para destruir alvos industriais inimigos - uma falha organizacional que não foi reconhecida na Luftwaffe.

Outra lição frequentemente perdida nos céus espanhóis foi a necessidade de uma forte escolta de caças para bombardeiros. Alguns bombardeiros contemporâneos ultrapassaram os caças, obscurecendo a necessidade de “perseguições” com o alcance e a velocidade para acompanhá-los. Os caças europeus continuariam a sofrer de falta de resistência, um fator que funcionou a favor da Força Aérea Real em 1940, quando os caças alemães estavam perenemente à beira da exaustão de combustível sobre a Inglaterra.

Embora astuto demais para ingressar oficialmente no Eixo, Franco sentia-se em dívida com Hitler. Portanto, ele enviou recursos limitados para apoiar a Alemanha contra a Rússia. Uma divisão de infantaria e cinco rotações do tamanho de esquadrões de pilotos de caça serviram ao lado de unidades da Wehrmacht na Frente Oriental de 1941 a 1943. E depois da guerra, Franco permitiu que muitos ex-nazistas encontrassem refúgio na Espanha.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com History.net)

Aconteceu em 23 de outubro de 1986: A queda do Voo 672 da PIA durante aterrissagem no Paquistão

Em 23 de outubro de 1986, o Fokker F-27 Friendship 600, prefixo AP-AUX, da PIA - Pakistan International Airlines (foto abaixo), partiu para realizar o voo doméstico PK-672, do  Aeroporto de Lahore em direção ao Aeroporto de Peshawar, ambas localidades do Paquistão.

A aeronave, fabricada em 1967, foi entregue à PIA em 30 de agosto do mesmo ano. Locada à Libyan Arab Airlines, em julho de 1972, retornou à PIA em abril de 1976. 

O PH-FLF foi entregue à PIA como AP-AUX em 16 de agosto de 1967
A bordo da aeronave estavam cinco membros da tripulação e 49 passageiros. No comando, o Capitão Reza Zaidi e do Primeiro Oficial Masood. O voo transcorreu sem problemas até a aproximação para o pouso.

A descida para o aeroporto de Peshawar foi executada com visibilidade limitada causada pela noite. O copiloto, que estava no comando quando da aproximação final para a pista 35, desceu abaixo do MDA até que a aeronave atingiu um dique e caiu de cabeça para baixo a cerca de 10 km da pista. 

Na queda, quatro tripulantes e nove passageiros morreram e o piloto e 40 passageiros ficaram feridos. A aeronave foi destruída.

Chegou a ser levantada a hipótese de que foliões em um casamento coletivo, que disparavam rifles para o ar, poderiam ter causado a queda do um avião. Segundo o relatório, sete noivos foram presos por "celebrações letais durante cerimônias de casamento". Posteriormente, essa hipótese foi descartada.

Como causa provável, foi apontado que o copiloto estava sob verificação de rota no momento do acidente e não conseguiu iniciar um procedimento de contornar enquanto continuava a abordagem abaixo do MDA. Por seu lado, o capitão se desviou do monitoramento da altitude e não supervisionou corretamente as ações do copiloto.

Por Jorge Tadeu (com baaa-acro.com, ASN e historyofpia.com)

Aconteceu em 23 de Outubro de 1942: Colisão aérea entre o voo 28 da American Airlines e um bombardeiro B-34 do Exército dos EUA


Em 23 de Outubro de 1942, o voo 28 da American Airlines era servido pelo Douglas DC-3, prefixo NC16017, equipado com dois motores Wright Cyclone de 1.102 cavalos (822 kW) e hélices full-feathering. Ele havia sido aprovado e certificado pelo Conselho de Aeronáutica Civil , e estava classificado para transportar no máximo 21 passageiros e 4 tripulantes.

Ele era pilotado pelo capitão Charles Fred Pedley, de 42 anos, que voou por 12 anos com a American Airlines e que havia registrado mais de 17.000 horas de voo. O copiloto era o primeiro oficial Louis Frederick Reppert, Jr., um piloto de 26 anos com 800 horas de voo e seis meses de trabalho na companhia aérea. O terceiro membro da tripulação era a aeromoça Estelle Frances Regan, de 27 anos.

Um Douglas DC-3 da American Airlines similar ao avião envolvido na colisão
O voo 28 partiu do Terminal Aéreo Lockheed em Burbank, na Califórnia, às 16h36, com destino à Nova York, com escala programada em Phoenix, no Arizona. Além dos três tripulantes, estavam a bordo nove passageiros.

Às 17h02, o Capitão Pedley relatou sua posição sobre Riverside e estimou sua chegada sobre o marcador Indio às 17h22 e a 9.000 pés (2.700 m). 

Às 16h26, o bombardeiro Lockheed B-34 'Lexington' (Ventura IIA), número de série 41-38116, fabricado pela Lockheed Air Corporation e operado pela Força Aérea do Exército dos EUA, partiu de Long Beach com destino a Palm Springs, ambas localidades da Califórnia.

Um Lockheed B-34 'Lexington' similar ao envolvido na colisão
O B-34 era pilotado pelo Tenente William Norman Wilson, 25 anos, adido ao Comando de Transporte Aéreo e estacionado em Long Beach. Seu copiloto era o sargento Robert Reed Leicht, também de 25 anos, do Sexto Comando de Ferries, Forças Aéreas do Exército, e também estacionado em Long Beach.

O Tenente Wilson seguiu para Riverside, circulou duas vezes perto da Base da Reserva Aérea de Março e continuou em direção à passagem de San Gorgonio.

Aproximadamente às 17h15, a uma altitude de aproximadamente 9.000 pés (2.700 m), o voo 28 foi atingido pelo B-34. 

O DC-3 perdeu seu leme para a hélice do motor direito do B-34, junto com partes de sua cauda, caindo do céu em uma rotação plana, atingindo uma saliência rochosa no Chino Canyon, abaixo do pico San Jacinto, no Condado de Riverside, na Califórnia, antes de se espatifar no deserto e explodir.

Chino Canyon, na Califórnia
Posteriormente, o tenente Wilson testemunhou em seu processo de corte marcial que ele percebeu pela primeira vez que as duas aeronaves haviam colidido quando ouviu um "barulho e uma arrancada de meu avião... à minha esquerda". 

Ele também testemunhou que notou que sua aeronave andava lentamente e o motor certo parecia "áspero". Ele foi informado por seu copiloto que eles haviam atingido o avião. O B-34 ligou para a torre de Palm Springs para notificá-los do acidente e, posteriormente, pousou apenas com pequenos danos no Aeroporto do Sexto Comando do Exército, de Ferrying, em Palm Springs.

O operador de Burbank na estação da empresa relatou que havia recebido uma mensagem do voo 28 exatamente às 17h15, dizendo: "Voo 28 de Burbank... correção de Burbank do voo 28...". 

O operador de rádio só conseguiu distinguir o voo chamando Burbank, e embora ele tenha tentado responder, ele não recebeu resposta do voo 28. Ele então dirigiu a mensagem ao Superintendente de Voo da American Airlines em Burbank. O Conselho de Aeronáutica Civil (CAB) determinou que, como o voo 28 caiu às 17h15, era possível que os pilotos estivessem tentando relatar a colisão.

Todos os nove passageiros e três tripulantes a bordo do avião bimotor DC-3 morreram no acidente e subsequente incêndio; nenhum dos dois pilotos do Exército a bordo do B-34 ficou ferido. 

O piloto do exército foi posteriormente julgado por homicídio culposo, mas foi absolvido por uma comissão de julgamento em corte marcial. 

Entre as vítimas fatais do DC-3 estavam o vencedor do Oscar, o compositor Ralph Rainger, que havia escrito uma série de canções de sucesso, incluindo "I Wished on the Moon", "June in January", "Blue Hawaii", "Love in Bloom" (canção-tema de Jack Benny), e " Thanks for the Memory", canção que é a assinatura do ator Bob Hope.

Três investigações separadas sobre o acidente ocorreram: um inquérito do legista, uma investigação militar e corte marcial, e a investigação oficial do Congresso do Conselho de Aeronáutica Civil. Cada uma das três investigações foi independente das outras.

O inquérito legista foi a primeira investigação a ser concluída, ocorrendo logo após o acidente. Seu objetivo não era decidir a culpabilidade absoluta, mas sim determinar exatamente a forma de morte dos envolvidos. Durante o inquérito, os dois pilotos sobreviventes do Exército testemunharam que tinham visto o avião, mas que subsequentemente o perderam de vista quando sua aeronave se transformou em fumaça de um incêndio florestal próximo .

Funcionários da companhia aérea e pilotos tiveram motivos para dizer: "Eu avisei". Longas e altas teriam sido suas reclamações sobre os pilotos do Ferry Command que entravam e saiam do feixe das companhias aéreas sem informar as posições aos controles de tráfego.

Os investigadores de segurança aérea do CAB chegaram ao local do acidente à meia-noite de 23 de outubro. Os restos da aeronave foram colocados sob guarda militar durante a investigação.

Durante o curso da investigação, soube-se que o tenente Wilson do B-34 e o primeiro oficial Reppert do voo 28 haviam treinado juntos e se encontrado na noite anterior e conversado sobre suas chances de se encontrarem durante o voo. Embora eles tenham discutido brevemente a possibilidade de sinalizar um ao outro, eles não fizeram planos nesse sentido. 

O copiloto do B-34, sargento Leigh, disse aos investigadores que Wilson havia confidenciado que gostaria de voar perto do avião e "torcer o nariz para ele". Foi por esse motivo que o bombardeiro circulou duas vezes em torno da Base da Reserva Aérea de Março para garantir que as aeronaves se encontrassem durante o voo para Palm Springs.

Depoimentos subsequentes revelaram que o tenente Wilson voou em seu nível B-34 com o DC-3 e balançou as asas em saudação ao primeiro oficial Reppert. Quando o voo 28 não respondeu da mesma maneira, o B-34 cruzou a linha de voo do avião e acelerou para permitir que o DC-3 mais lento o alcançasse. Wilson voou perto do avião para tentar uma segunda saudação, mas calculou mal a distância entre a aeronave e, quando tentou puxar para cima, a hélice direita do B-34 cortou a cauda do avião.

O CAB determinou que a causa do acidente foi: "A conduta imprudente e irresponsável do Tenente William N. Wilson ao manobrar deliberadamente um bombardeiro próximo a um avião comercial em uma tentativa injustificável de atrair a atenção do primeiro oficial (copiloto) deste último avião." (Arquivo da Junta de Aeronáutica Civil nº SA-74, Arquivo nº 2362-42).

O Tenente Wilson enfrentou acusações de homicídio culposo pelo Exército dos EUA. Durante o processo da corte marcial, várias testemunhas militares apresentaram depoimentos que corroboraram as conclusões do CAB. Uma testemunha, no entanto, o soldado Roy West, prestou depoimento em contradição direta com as testemunhas anteriores. 

De acordo com a Private West: "Eles estavam passando por este Passo e o Bomber em uma margem direita e o avião passou por baixo dele. O avião de passageiros abaixou o nariz e a cauda subiu e atingiu o motor direito do Bomber e a cauda foi cortada." (Roy West, Soldado, Exército dos EUA, Tribunal do Exército, Procedimentos Marciais do Tenente William Wilson).

O CAB considerou a declaração de West pouco confiável, já que quando o nariz de um avião afunda, a cauda não sobe em uma quantidade tão significativa como testemunhado por West. No entanto, a comissão de julgamento da corte marcial absolveu o tenente Wilson da culpa no acidente.

O Lockheed B-34 que colidiu com o voo 28 da American foi reparado e redesignado como um rebocador alvo RB-34A-4. Em 5 de agosto de 1943, o mesmo RB-34, número de série 41-38116, sofreu falha de motor durante um voo de balsa e caiu em Wolf Hill, perto de Smithfield, em Rhode Island, matando todos os três membros da tripulação.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia)