terça-feira, 9 de novembro de 2021

Os cemitérios de aeronaves mais bizarros do mundo

Southern California Logistics Airport (uma antiga base da Força Aérea), em Victorville, Califórnia.

(via Bobak Ha'Eri , Marks Flickr Page e Mike Fiala/Getty Images)

AMARC (Centro de Manutenção e Regeneração Aeroespacial), na Base Aérea Davis-Monthan, próximo a Tucson, Arizona


Mais de 4.000 aviões militares estão na base.

(via Google Maps, Wikimedia Commons / RevolverOcelot , aviador sênior Alan R. Wycheck , US Navy , planes.cz e Popular Science )

Pátio de uma fábrica de alumínio alemã, em Grevenbrioch, onde vários aviões alemães caíram em 1945

(por Fred Ramage / Keystone / Getty Images)

O maior cemitério de jatos comerciais de passageiros nos Estados Unidos, Mojave Air & Space Port, Califórnia, 2001

(via D. Coleman 1 - 2 , Flickr / David Vienna , Google Maps , Lost America.com/Troy Paiva e Mike Fiala / Stringer)

Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, Lagos, Nigéria

Oficiais da aviação nigeriana começaram a tentar desmontar e remover os cascos de aviões abandonados de aeroportos em todo o país no final de janeiro. As autoridades dizem que há pelo menos 65 deles, com pelo menos 13 no aeroporto internacional de Lagos.

(via Jon Gambrell e Sunday Alamba / Associated Press)

Pinal Airpark, Marana, Arizona

(via John Creasey / Flickr e Google Maps)

Aeroporto Phoenix Goodyear, Goodyear, Arizona

(via Flickr / ZeTexYann , The Hungarian Girl e The Center for Land Use Interpretation)

Roswell International Air Center, Roswell, Novo México

(via Savvas Garozis / Flickr e Google Maps)

Armazém de aviação, El Mirage Dry Lake, EUA

(via Todd Lappin / Flickr e Lost America.com/Troy Paiva)

Aeródromo Central, Moscou, Rússia

(via EnglishRussia)

Um aeródromo abandonado na Ucrânia

(via russos)

Cemitério de aeronaves abandonadas na zona de Chernobyl, Ucrânia


Aconteceu em 9 de novembro de 1999: A Queda do DC-9 do voo TAESA 725 - Desorientação espacial

Em 9 de novembro de 1999, o McDonnell Douglas DC-9-31F, prefixo XA-TKN, da TAESA Lineas Aéreas, partiu para realizar o voo 725, com origem no Aeroporto Internacional de Tijuana e término no Aeroporto Internacional do México, na Cidade do México, com escalas intermediárias em Guadalajara e Uruapan.

O DC-9 que realizava o voo entrou em serviço pela Trans Australia Airlines em fevereiro de 1970, portanto, tinha 29 anos de uso em 1999 e acumulava mais de 59.000 ciclos de decolagem/pouso e 58.000 horas de voo. Antes de ser entregue à TAESA, operou para a Australian Airlines, Sunworld International Airlines, Midway Airlines, NASA e Aeroméxico. O DC-9 é um avião que transporta cerca de 100 passageiros em voos, principalmente de curta distância.

A TAESA foi fundada em 1989 como um serviço executivo de fretamento aéreo e se expandiu para operações comerciais em 1991, usando tarifas reduzidas para desafiar as operadoras estabelecidas Mexicana e Aeromexico.

O comandante era Jesús José Graciá, de 36 anos. Ele tinha 5.368 horas de voo. O primeiro oficial era Héctor Valdez, de 22 anos, com 250 horas de voo na época.

As duas primeiras partes do voo transcorreram sem problemas. Na escala em Uruapan, 85 passageiros desembarcaram da aeronave.

Às 18h59 (hora local), o DC-9 decolou de Uruapan com destino à Cidade do México às 18h59, para realizar a perna final do voo. A bordo da aeronave estavam 13 passageiros e cinco tripulantes.

Após a decolagem, a aeronave ficou anormalmente alta, com o nariz elevado além do normal, entrou em um estol, caiu e chocou-se em um campo de abacate, a 3,3 milhas ao sul da pista de partida, em um rumo de 110 graus. Todas as 18 pessoas a bordo morreram.


No aeroporto da Cidade do México, parentes chorando foram levados a um hangar onde funcionários da companhia aérea os ajudaram e se ofereceram para levá-los a Uruapan.


Uruapan, uma cidade de 250.000 habitantes que data do século 16, é conhecida por sua produção de abacate. Os turistas costumam ficar lá quando visitam o vulcão Paricutin, a 32 quilômetros a oeste. O vulcão é famoso por ter surgido de um milharal em 1943.

O acidente levou TAESA a encostar sua frota e suspender as operações um ano depois, em 2000.

Os investigadores determinaram que a tripulação não usou as listas de verificação apropriadas antes da partida. Durante a escalada, os pilotos ficaram confusos sobre o rumo instruído a seguir durante a decolagem. A desorientação espacial foi considerada um fator na queda do voo 725.

Por Jorge Tadeu (com ASN / Wikipedia / washingtonpost.com)

Hoje na História: 9 de novembro de 1967 - O primeiro voo do Saturn V - O "Foguete Lunar"

Em 9 de novembro de 1967, foi lançado pela primeira vez o foguete Saturno V, também chamado de "Foguete Lunar" ("Moon Rocket") na missão Apollo 4.

Saturn V (AS-501) na plataforma de lançamento ao pôr do sol, na noite anterior ao lançamento,
em 8 de novembro de 1967 - Missão Apollo 4 (Foto: NASA)
O Saturno V foi o foguete usado nas missões Apollo e Skylab. Foi desenvolvido por Wernher von Braun no Marshall Space Flight Center em Huntsville, Alabama juntamente com Boeing, North American Aviation, Douglas Aircraft Company sob coordenação da IBM. Ele possuia três andares (estágios), propelido pelos cinco poderosos motores F-1 do primeiro andar, mais os motores J-2 dos andares seguintes.

A Apollo 4 - Saturno V (AS-501) decola às 12:00:01 UTC, 9 de novembro de 1967 (Foto: NASA)
A contagem regressiva de 104 horas começou em 30 de outubro e, após atrasos, o lançamento ocorreu em 9 de novembro de 1967. Lançado com sucesso do Cabo Kennedy, o voo teve duração de 8h37min e a nave foi recuperada sem problemas. A nave, deveria se chamar Apollo 2, mas como ela foi reprojetada após o acidente ocorrido com a Apollo 1, que vitimou os astronautas Gus Grissom, Edward White e Roger Chaffee em janeiro de 1967, e recebeu esse nome em homenagem a eles: Apollo 4, 3 vítimas da Apollo 1 mais um.

Os três andares do foguete, chamados S-IC (primeiro andar), S-II (segundo andar) e S-IVB (terceiro andar), usavam oxigénio líquido (lox) como oxidante. O primeiro andar usava RP-1 como combustível, enquanto os segundo e terceiro usavam hidrogénio líquido.

O foguete foi lançado 13 vezes no Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, sem nenhuma perda de carga ou tripulação. Em 2018, continua a ser o mais alto, mais pesado e mais potente (em termos de impulso total) foguete já operado, detendo ainda o recorde de maior e mais pesada carga útil já lançada à órbita terrestre baixa. Seu último voo lançou em órbita o laboratório espacial Skylab.

Os recordes de maior massa e tamanho estabelecidos pelo Saturno V encontram-se ameaçados pelo projeto Big Falcon Rocket (BFR), da SpaceX, caso o mesmo venha a se tornar realidade conforme o descrito em seu projeto. O projeto do BFR, porém, não prevê um impulso total maior que os três estágios do Saturno V, que deve manter seu status de foguete mais potente já construído intacto por anos à frente.

Imagem composta de todos os lançamentos da Saturno V (Imagem: Wikipedia)
Dezoito foguetes Saturno V foram construídos. Eles foram as máquinas mais poderosas já construídas pelo homem.

Hoje na História: 9 de novembro de 1944 - O primeiro voo do protótipo do Boeing Modelo 367

Boeing XC-97 43-27470, o primeiro dos três protótipos do Modelo 367
(Foto: Arquivo do Museu Aéreo e Espacial de San Diego)
Em 9 de novembro de 1944, o  piloto de teste sênior da Boeing, Albert Elliott Merrill, e o copiloto John Bernard Fornasero fazem o primeiro vôo do protótipo Boeing Modelo 367, XC-97 43-27470.

O avião era um protótipo para um transporte militar de longo alcance. Ele usou as asas, motores e cauda do bombardeiro pesado B-29 Superfortress.

Os três protótipos do XC-97 tinham 110 pés, 4 polegadas (33.630 metros) de comprimento com envergadura de 141 pés, 2,76 polegadas (43,0469 metros) e altura total de 33 pés, 2,8 polegadas (10,130 metros).

Ilustração de três vistas do Boeing XC-97 com as dimensões (Warbird Information Exchange)
O C-97A de produção voou pela primeira vez em 1949. Ele usava os motores mais potentes e a barbatana vertical mais alta do B-50 Superfortress. O transporte tinha uma tripulação de cinco pessoas e podia transportar 134 soldados ou 83 litros. O peso vazio do Stratofreighter era 76.143 libras (34.538 kg) e peso máximo de decolagem de 175.000 libras (79.379 kg). A capacidade máxima de carga era de 67.080 libras (30.427 kg).

O KC-97A tinha uma velocidade máxima de 334 nós (384 milhas por hora, ou 619 quilômetros por hora) a 26.000 pés (7.925 metros). Seu teto era de 34.500 pés (10.516 metros) e o alcance de combate do avião era de 1.661 milhas náuticas (1.911 milhas estatutárias / 3.076 quilômetros).

Boeing XC-97 43-27470 (Coleção David Horn, 1000 fotos de aeronaves)
A Boeing construiu 888 Stratofreighters C-97 e KC-97 Stratotankers entre 1947 e 1958. O tipo foi finalmente aposentado da Força Aérea dos EUA em 1978. Outros 56 transportes civis Stratocruiser Modelo 377 foram produzidos.

Por: thisdayinaviation.com

Caixas de peixe surgem no lugar das malas no aeroporto e deixam viajantes confusos

As caixas de peixe na esteira (Foto: Becca Braunholtz)
Passageiros da companhia aérea inglesa British Airways ficaram confusos e até irritados ao encontrar caixas e mais caixas de peixes aparecendo na esteira de restituição de bagagens do aeroporto em vez de suas malas, na última segunda-feira, 1º de novembro.

O inusitado faco aconteceu no aeroporto de Heathrow, em Londres, Inglaterra, de acordo com reportagem publicada pela rede de notícias BBC. Em geral, cargas transportadas nas aeronaves são dirigidas a terminais específicos para cargas, nunca dividindo a mesmas esteiras das bagagens dos passageiros.

Becca Braunholtz, que havia chegado com sua família de uma viagem para o Chipre, disse que as caixas azuis de peixes foram entregues na esteira do Terminal 5 do aeroporto. Ela comentou que havia pelo menos 100 caixas, todas com adesivos do aeroporto JFK, de Nova York, nos Estados Unidos.

Em um momento, sua filha tentou pegar uma das caixas, mas não conseguiu levantá-la, dado o peso do conteúdo.

(Foto: Becca Braunholtz)
“Foi a coisa mais estranha”, disse Becca, acrescentando que alguns passageiros estavam também irados com a situação.

Os passageiros disseram que esperavam que em um segundo momento suas bagagens apareceriam, porém, ondas e mais ondas de caixas de peixes congelados continuavam chegando à esteira, sem nenhum sinal de seus pertences.

Nem mesmo os funcionários da British Airways no local tinham explicação do motivo da confusão ocorrida com a carga que chegava a um terminal de passageiros. Segundo a viajante, eles ficaram “perplexos” ao serem alertados sobre o problema.

Por fim, os passageiros afetados receberam formulários de reclamação e foram aconselhados a se dirigirem para suas casas, para posterior verificação de onde estariam suas malas.

Em um comunicado, a companhia aérea se desculpou e disse que a maioria dos passageiros do voo recebeu suas malas normalmente: “Pedimos desculpas aos nossos clientes e os estamos devolvendo suas bagagens depois de perceber que algo suspeito estava acontecendo”.

Embraer anuncia nova linha de aeronaves visando zero emissões; veja fotos

Energia Family é composta por quatro novos conceitos de aeronaves comerciais com tecnologias de propulsão sustentável.

Energia Family: linha de aeronaves conceito com tecnologias de propulsão sustentável da Embraer
A Embraer anunciou nesta segunda-feira (8) o lançamento da “Energia Family”, uma linha de aeronaves conceito com tecnologias de propulsão sustentável.

A ação faz parte da mais recente iniciativa da fabricante, denominada Sustainability in Action, cujo objetivo é ajudar a indústria aeronáutica a atingir a meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050.

A série Energia contempla quatro aeronaves comerciais conceituais de portes variados e cada uma delas possui uma tecnologia de motorização diferente, de baixa ou zero emissão de carbono. São aviões propostos com motores elétricos, célula de combustível de hidrogênio, turbina a gás de duplo combustível e híbrido-elétrico.

De acordo com a Embraer, cada aeronave está sendo analisada de acordo com sua viabilidade técnica e comercial. A fabricante, porém, ainda não cravou datas sobre o lançamento dos projetos.

Em vez disso, ela divulgou os prazos em que espera ter as novas tecnologias disponíveis, o que pode acontecer entre os anos 2035 e 2040. A empresa acredita que há uma demanda potencial para 4.000 aeronaves com esses novos recursos nos próximos 20 anos.

Não há solução fácil ou única para chegar à emissão zero. Novas tecnologias e sua infraestrutura de suporte serão disponibilizadas com o tempo. Estamos trabalhando agora para ajustar os primeiros conceitos de avião, aqueles que podem começar a reduzir as emissões o quanto antes”, Luis Carlos Affonso, vice-presidente sênior de Engenharia, Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer.

Segundo ele, aeronaves pequenas são ideais para testar e comprovar novas tecnologias de propulsão para que elas possam, posteriormente, ser aplicadas em aeronaves maiores. “É por isso que nossa Energia Family é uma plataforma tão importante”, diz.

O anúncio da Embraer coincide com encontro climático COP26 em Glasgow, na Escócia, num momento em que as preocupações com o aquecimento global e a degradação do meio ambiente atingem níveis alarmantes.

Conheça a seguir os quatro conceitos de aviões sustentáveis da Embraer:

Energia Hybrid

Avião de pequeno porte para nove passageiros, o Energia Hybrid é proposto com motorização híbrida-elétrica.

Avião de pequeno porte para nove passageiros, o Energia Hybrid é proposto com motorização híbrida-elétrica. Como em carros híbridos, ideia é combinar força de motores elétricos com propulsores convencionais
Como nos carros híbridos, o projeto da Embraer sugere combinar a força de motores elétricos com propulsores convencionais, no caso turboélices movido a SAF (Combustível Sustentável de Aviação, misturas de cana de açúcar e combustível derivado da planta de camelina e combustível fóssil) para reduzir em até 90% as emissões de CO2. A fabricante diz que essa tecnologia deve estar disponível em meados de 2030.

Energia Electric

Outro modelo de pequeno porte com capacidade para nove ocupantes, o Energia Electric é um conceito de avião com motor elétrico e hélices contra-rotativas (que giram em sentidos opostos).

Modelo de pequeno porte com capacidade para nove ocupantes, o Energia Electric
tem motor elétrico e hélices que giram em sentidos opostos
É, portanto, uma aeronave de zero emissão de CO2. Segundo a Embraer, a tecnologia de motores para aviões comerciais deve atingir o ponto de maturação em 2035.

Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine

Avião de zero emissão de CO2, o Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine com 19 assentos conta com um motor de propulsão elétrica de hidrogênio.

Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine: tem 19 assentos e um motor de propulsão elétrica de hidrogênio. Será equipada com gerador de energia próprio (alimentado pela reação química entre hidrogênio e oxigênio)
Ou seja, a aeronave será equipada com um gerador de energia próprio (alimentado pela reação química entre hidrogênio e oxigênio), que por sua vez fornecerá a eletricidade para o motores a hélice na parte traseira da aeronave.

A Embraer prevê que essa tecnologia estará disponível até 2035.

Energia Gas Turbine

Maior modelo da série conceitual, com capacidade entre 35 e 50 passageiros, o Energia Gas Turbine promete reduzir em 100% as emissões de CO2 utilizando motores bicombustível, movidos a hidrogênio ou SAF.

Maior modelo da série conceitual, com capacidade entre 35 e 50 passageiros, o Energia Gas Turbine promete reduzir em 100% as emissões de CO2 utilizando motores bicombustível, movidos a hidrogênio ou SAF
A disponibilidade dessa tecnologia é aventada pela fabricante para 2040.

Por Thiago Vinholes (CNN Brasil Business) - Imagens: Embraer / Divulgação