terça-feira, 19 de outubro de 2021

Boeing 767 faz curioso voo “sem curvas” de Guarulhos até Campinas


Uma situação bastante curiosa aconteceu neste final de semana com um voo entre o Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, de Guarulhos (SP), e o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).

Na ocasião, um Boeing 767 fez um trajeto que só não foi ainda mais reto porque as pistas dos dois aeroportos ficam em direções diferentes. Quem chamou atenção para o fato pouco comum foi Rafael Mariano, Sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) e Controlador de Tráfego Aéreo (ATCO).


O voo em si, de numeração M3-8499, é bastante normal, sendo efetuado todo sábado pela LATAM Cargo com seus Boeings 767-300F de transporte de cargas. Porém, é bastante rara a coincidência de fatores para que os pilotos possam fazer um percurso tão direto assim, sem curvas a não ser a inicial logo ao decolar.

Em geral, os aeroportos costumam estar operando decolagens por cabeceiras diferentes das utilizadas neste voo ou as condições de tráfego aéreo podem levar à necessidade de trajetórias não diretas.

Boeing 767-300F da LATAM Cargo (Imagem: Kevin Hackert / CC BY-NC 2.0)
Entretanto, neste último sábado, 16 de outubro, tudo coincidiu para a curiosa situação. O Boeing 767 registrado sob a matrícula PR-ABD iniciou sua decolagem pela cabeceira 27R de Guarulhos, e seu pouso em Campinas ocorreria pela cabeceira 33, cuja direção é praticamente alinhada com o aeroporto da Grande São Paulo.

Associando-se isso a um momento de tráfego aéreo tranquilo na região, os pilotos do avião foram autorizados a efetuar uma curva logo nos segundos iniciais após deixarem o solo do GRU Airport. Com isso, poucos instantes após cruzar a cabeceira 09L na decolagem, às 09h55 o 767-300F já estava em um voo reto e direto para a final da pista 33 de Viracopos.


O Boeing 767 já alinhado com Campinas logo após a decolagem (Imagem: RadarBox)
A trajetória completa do voo (Imagem: RadarBox)

Então, apenas 11 minutos depois e tendo atingido a altitude máxima de 6.900 pés, às 10h06 o jato cruzava a cabeceira 33 e tocava a pista do aeroporto campineiro. Às 10h11, o 767 já estava em sua posição no pátio de cargas de Viracopos, totalizando cerca de 18 minutos entre o início da corrida de decolagem e a parada completa ao fim do voo.

O Sargento Mariano comentou em sua publicação: “Acho que esse foi o voo mais direto que já vi aqui na TMA-SP. Decolagem da RWY27R de SBGR para pouso na RWY33 de SBKP”. Para finalizar, ele ainda brincou: “Se houve uma curva base antes da “longuíssima final”, digamos que foi enquanto o avião estava correndo sobre a pista.”

A posição de parada do 767-300F em Viracopos (Imagem: RadarBox)
A título de comparação, veja a seguir alguns outros trajetos feitos nas últimas semanas pelos Boeings 767-300F da LATAM no mesmo voo M3-8499:


Ventos fazem piloto interromper pouso de avião quatro vezes em Santarém (PA)

Situação gerou pânico e atraso em outro voo que iria de Belém para Brasília.


Um Boeing 737 MAX 8 da GOL que saiu de Belém com destino a Santarém (voo GLO1854), na madrugada desta segunda-feira, 18, precisou arremeter quatro vezes antes de conseguir pousar. A situação deixou passageiros e funcionários em pânico e causou atraso em outros voos.

A aeronave que pertence a Gol, saiu de Belém com destino ao aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, as 00h30 e deveria pousar as 2h. Mas rajadas de ventos que ocorrem na região dificultaram o pouso e o piloto precisou interrompe-lo duas vezes.

Na terceira tentativa, ele avisou a tripulação que se não conseguisse pousar teria que retornar ao aeroporto de Belém para abastecer e depois retornar para Santarém. A terceira tentativa também não deu certo e a aeronave voltou para Belém, e após abastecer seguiu para Santarém. Novamente não foi possível pousar.

Segundo relato de passageiros, a situação ficou desesperadora. O piloto precisou ficar sobrevoando a cidade até o dia amanhecer para que os ventos diminuíssem e a manobra fosse feita com segurança. Funcionários do aeroporto que estavam em terra, vendo a situação, fizeram orações para que tudo ocorresse bem.

Em Belém, sem saber do pânico que ocorria com os passageiros, outras pessoas reclamavam do atraso em um voo para Brasília, que seria feito pela mesma empresa aérea.

Em nota, a Gol esclareceu que o ocorrido em Santarém foi a causa do atraso e lamentou a situação.

Via Roma News / pt.flightaware.com

Como voar mais e ainda diminuir a poluição?


Como aumentar o volume de passageiros no setor de aviação civil, ao mesmo tempo em que se reduzem drasticamente as emissões de gases de efeito estufa dos aviões? Abaixo, os principais elementos desta questão:

O que o tráfego aéreo representa?

O setor aéreo transportou 4,5 bilhões de passageiros em 2019, o que significou uma produção de 900 milhões de toneladas de CO2, ou seja, em torno de 2% das emissões globais. Estima-se que, até 2050, o número de passageiros dobrará, o que, em princípio, também significaria dobrar a emissão de CO2.

Essa previsão gerou mobilização ambiental, com campanhas como a “Flygskam” (“vergonha de pegar avião”), na Suécia, em 2018.

Entre 2009 e 2019, as companhias aéreas melhoraram sua eficiência energética em 21,4%, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Isso não impede, no entanto, que as emissões do setor continuem aumentando.

Quais são os compromissos?

No início de outubro, a Iata se comprometeu a ter “zero emissão líquida” de CO2 até 2050. A meta inicial era simplesmente dividi-las por dois.

No nível dos Estados, a União Europeia quer reduzir suas emissões em 55% até 2030, na comparação com 1990. Isso inclui o setor aéreo. Os Estados Unidos querem, por sua vez, reduzir em 20%as emissões da aviação comercial, em relação à trajetória atual.

Quais são os instrumentos para atingir este objetivo?

Os europeus esperam que os avanços tecnológicos e de infraestrutura – seja com novos materiais, motores mais econômicos, melhor gestão do tráfego aéreo, aviões à base de hidrogênio, ou um maior papel da energia elétrica – ajudem a reduzir pela metade as emissões. A Iata acredita, porém, que apenas 14% do objetivo será alcançado.

Para atingir “zero emissão líquida”, os planos do setor passam por mecanismos de compensação de carbono (como plantar árvores). A proposta é criticada por ONGs de defesa do meio ambiente, pois seria apenas deslocar o problema – e não resolvê-lo.

Qual é o papel dos combustíveis sustentáveis?

“A única solução milagrosa para descarbonizar a aviação são os combustíveis sustentáveis”, afirma Brian Moran, responsável pela área de desenvolvimento sustentável da Boeing.

A Iata calcula que dois terços do esforço de descarbonização deverão recair nos combustíveis de aviação sustentáveis (CAS), produzidos de óleo de cozinha, algas, resíduos de madeira, ou produtos de “biomassa”.

A Comissão Europeia planeja estabelecer uma obrigação de incorporação de 2% de CAS no querosene de aviação em 2025; 5%, em 2030; e 63%, em 2050. Boeing e Airbus preveem que seus aviões poderão voar com 100% CAS até o final desta década.

Hoje, os CAS custam quatro vezes mais do que o querosene e, o que é mais delicado, não é fácil obtê-los. Representam menos de 0,1% dos 360 bilhões de litros de combustível usados pela aviação em 2019. 

Todo um novo setor deve surgir, para aumentar a produção e fazer o preço cair. A UE considera que isso poderá ser alcançado por meio de novos impostos sobre o querosene para voos domésticos, enquanto os Estados Unidos propõem incentivos fiscais.

É possível?

O CEO da Airbus, Guillaume Faury, acredita que as inovações tecnológicas nos aviões e, em particular, no avião a hidrogênio, estarão prontas, “mas não se trata apenas de criar o avião, e sim de agências reguladoras do setor energética”.

A biomassa é, no entanto, um recurso limitado. Como explica Jo Dardenne, da Federação Europeia para Transporte e Meio Ambiente (T&E, na sigla em inglês) à AFP: “Consideramos que, até 2050, os biocombustíveis avançados à base de resíduos cobrirão 11% das necessidades do setor aéreo.

O setor aposta, portanto, nos futuros combustíveis sintéticos, ou eletrocombustíveis, fabricados com hidrogênio produzido com eletricidade renovável e com CO2 capturado na atmosfera.

Produzir eletrocombustíveis que somem 10% do consumo atual de querosene de aviação equivale, contudo, à produção total de eletricidade de Espanha e França juntas, explica o diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Timur Gül.

“As tecnologias que se quer desenvolver para reduzir as emissões do setor aéreo serão extremamente energívoras”, acrescenta Dardenne, para quem não há outro remédio a não ser “mudar de paradigma”, ou seja, voar menos.

Via AFP

Primeiro avião movido a hidrogênio será um cargueiro; estreia está próxima


A ASL Aviaton Holdings, empresa irlandesa especializada em arrendamento de aeronaves, fechou um acordo importante para a indústria aeronáutica e que deve ser disruptiva para o segmento. Em parceria com a Universal Hydrogen, o grupo fará a conversão de modelos turboélice ATR 72 para abastecimento com hidrogênio, tornando, assim, esse o primeiro modelo a trabalhar com o combustível limpo.

No acordo, a Universal Hydrogen receberá um dos ATR 72 de posse da ASL para iniciar a conversão, o que não deve demorar muito. A ideia é que o modelo experimental seja usado em rotas cargueiras na Europa nos próximos meses e, depois, passe a ser disponibilizado para voos comerciais com passageiros se todos os testes forem bem-sucedidos, já que a autonomia pode ser modificada, bem como o desempenho dos motores.

"A carga aérea tem uma oportunidade única de liderar a indústria da aviação à medida que ela se move para cumprir as ambiciosas metas de emissões de carbono. A aviação não pode esperar para agir por uma década ou mais antes que novos tipos de aeronaves se tornem disponíveis", disse Dave Andrew, CEO da ASL Aviation Holdings, em comunicado reproduzido pelo pessoal da Aero Magazine.

Segundo a ASL e a Universal Hydrogen, as rotas iniciais com o modelo a hidrogênio serão aquelas em que há mais demanda de combustível. Depois desses testes, as empresas devem buscar as certificações necessárias para expandir as operações cargueiras e, posteriormente, com passageiros. Isso deve, inclusive, aumentar a demanda por hidrogênio, algo que também deve estar no cálculo das empresas e do mercado em geral.

O turboélice ATR 72 é um dos mais usados do mundo para aviação regional e pode ser considerado o principal modelo com este tipo de propulsor no mercado. A Universal Hydrogen também desenvolve conversores para outros tipos de aeronaves, como jatos comerciais e carros voadores.

Fonte: Aero Magazine, ASL

Cão morre asfixiado em avião da Latam e companhia suspende transporte de pets

Caso foi registrado na última semana onde a empresa responsável pelo voo está sendo acusada de negligência.

Um cachorro da raça American Bully morreu ao ser transportado no porão pela companhia aérea Latam em um voo entre Guarulhos e Aracaju. O episódio foi registrado na última quinta-feira (14).

A nutricionista Giulia Conte, irmã do tutor, contou o caso nas redes sociais, e culpou a empresa pelo óbito. O laudo, segundo a empresa aérea, mostra que o cachorro morreu por asfixia por roer a caixa em que era transportado, mas afirma ter seguido os protocolos para transporte de animais.

Após o ocorrido, a Latam suspendeu a venda para o transporte de pets no porão das aeronaves pelos 30 próximos dias para o mercado brasileiro.

A nutricionista afirmou em seu perfil no Instagram, ser “mais um caso de morte animal por causa da Latam”. Seu vídeo contando sobre o caso conta com mais de cinco milhões de visualizações no Instagram.


Ela afirma que a empresa exigiu que o cão fosse levado ao aeroporto pelo menos três horas antes do embarque, e levou-o às 8h da manhã para o voo que partiria às 12h30, do Aeroporto de Guarulhos rumo ao Aeroporto de Aracaju. Desde a chegada ao local, o animal teria sido acomodado dentro da caixa em que seria transportado.

Em nota, a aérea diz que o laudo emitido pela clínica veterinária que atendeu o cão mostra que ele roeu o kennel de madeira em que estava e se asfixiou, mas pontua que “o kennel estava em concordância com o processo de transporte de animais e de grande porte da Latam”.

A tutora diz que foi alertada por pessoas próximas a não enviar o cão pela companhia, por conta de casos anteriores, e decidiu compartilhar nas redes sociais porque “pode ser que isso mude a forma como os animais são transportados e evite que isso aconteça com outros animais”, pontuou, no Instagram.

A aérea ressalta, em nota, que “já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta”.

Com a palavra, Latam. Confira a nota completa:

A LATAM Airlines Brasil está consternada com o ocorrido ao cão da raça American Bully, o Weiser, transportado na tarde de 14 de outubro de 2021, entre o aeroporto de Guarulhos – São Paulo para o aeroporto de Aracaju – Sergipe e que chegou ao destino em óbito.

Em laudo emitido pela clínica veterinária que atendeu o Weiser, foi observado que ele roeu o kennel de madeira em que estava e se asfixiou. O Kennel estava em concordância com o processo de transporte de animais e de grande porte da LATAM.

A LATAM já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta. Diante deste cenário, a empresa decidiu neste momento suspender a venda para o transporte de PETS no porão das aeronaves nos 30 próximos dias para o mercado brasileiro. O cliente que já adquiriu o serviço em questão poderá seguir com o transporte de forma regular, postergar sem custo ou então optar pelo reembolso em nossos canais de atendimento.

A Latam está acompanhando o caso e segue à disposição para prestar toda a assistência aos tutores do cão.

Via Estadão Conteúdo

Mulher é contida ao usar microfone para explicar “verdadeira origem” da Covid em avião

O momento foi registrado no último domingo (17). Mulher foi contida por comissários de bordo.


Passageiros de um voo da companhia Delta Airlines passaram por momentos inusitados no início desta semana. Uma mulher decidiu usar um microfone para falar sobre a “verdadeira origem” da Covid-19 dentro da aeronave, que estava a caminho de Nova York, nos Estados Unidos.

O momento foi registrado por Jawny, um usuário da rede social TikTok. No último domingo (17/10), ele publicou imagens da mulher em seu perfil no aplicativo.

No vídeo é possível ver que a mulher usa um microfone do tipo headset para falar. “A razão pela qual a pandemia começou é que ninguém tem mais fé. Vocês estão presos a seus dispositivos e não sabem mais o que é realidade”, disparou.

A equipe de comissários de bordo tentou conter a mulher. Eles pediram para que ela desligasse o microfone e tentaram levá-la até uma poltrona. Depois de protestar, a mulher pegou uma mala e acompanhou os funcionários até o fundo da aeronave.


“Meu cachorro tem mais senso do que qualquer um de vocês”, disse, antes de ser levada pelos comissários. Nas redes sociais, Jawny, autor do vídeo, conta que comprou um pacote de internet somente para transmitir o momento ao vivo.

Em comunicado enviado ao site norte-americano Insider, a Delta Airlines disse que “a segurança dos clientes e empregados é sempre a maior prioridade”.

“Nós estamos cientes do vídeo e apreciamos o raciocínio rápido da nossa tripulação, que acionou o seu extenso treinamento para reduzir a situação com segurança. O voo continuou para o [Aeroporto] JFK e pousou a tempo sem incidentes”, concluiu.

Via Metrópoles

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

17 aeronaves bizarras e as histórias por trás delas

É fácil amar esses aviões de aparência engraçada apenas por sua estranheza absoluta. Mas muitos deles foram construídos para provar um ponto ou para fazer avançar a ciência da aerodinâmica.

Dornier Aerodyne

Olhar para o Aerodyne de Alexander Lippisch é ficar perplexo com a forma como os engenheiros conseguiram tirar uma coisa tão maluca do chão. E está longe de estar sozinho na galeria de aeronaves de formato bizarro que vimos ao longo dos anos. 

De helicópteros balanceados a aviões infláveis, até mesmo um passeio superficial pela história da aviação revela alguns animais estranhos que se parecem pouco com o formato de jato a que estamos acostumados. Você deve se perguntar por que os projetistas de aeronaves continuam construindo máquinas voadoras tão distantes? 

Perguntamos a Dan Hagedorn, curador do Museu do Voo de Seattle , que forneceu mais do que alguns motivos. Nos últimos 100 anos, aeronaves não convencionais permitiram aos pesquisadores sondar os princípios ainda obscuros da aerodinâmica, testar novos recursos e tecnologias de design de aeronaves e muito mais. 

"Os militares também conduziram muito do desenvolvimento", diz Hagedorn, e algumas máquinas de aparência estranha "foram simplesmente construídas para enfrentar necessidades genuínas ou percebidas", como reabastecimento no ar, escapar da detecção de radar ou transportar objetos estranhos. carga moldada ou pesada. E em alguns casos raros, algumas criações de voo estranhas nos ajudam a descobrir métodos de voo inteiramente novos.

NASA AD-1

Experimentos em túnel de vento e análises matemáticas só podem levar você até certo ponto. Compreender toda a dinâmica de um objeto recortado cortando a atmosfera é um pouco como prever o tempo: existem tantas variáveis ​​que você só pode extrapolar até certo ponto. 

Portanto, para descobrir como uma característica específica, como o formato de uma asa, pode ser afetada pelas muitas tensões e condições que o ar aberto vai gerar sobre ela, os pesquisadores às vezes precisam apenas construí-la, pilotá-la e descobrir.

Um dos exemplos mais estranhos disso é o NASA AD-1, construído pela primeira vez em 1979. O AD-1 mostrou que a asa reta e rígida de uma aeronave podia girar até 60 graus durante o voo sem perder estabilidade.

Nemeth Parasol

Em 1934, o Nemeth Parasol, construído por alunos da Universidade de Miami, demonstrou que até mesmo uma asa circular poderia ser usada para pilotar um avião de forma confiável. Daqui a centenas de anos, é claro, esse princípio de design será adotado para naves espaciais.

Scaled Composites Model 281 Proteus

Burt Rutan projetou o fino Modelo 281 Proteus de asa tandem, voado pela primeira vez no final dos anos 1990, para investigar o uso de aeronaves como relés de telecomunicações de alta altitude. 

Graças ao seu design eficiente, este modelo foi capaz de voar a 65.000 pés por mais de 18 horas. No entanto, o surgimento de aeronaves não tripuladas significa que voar uma aeronave pilotada para este tipo de missões de longa duração é simplesmente desnecessário.

Grumman X-29

Em 1984, o Grumman X-29 provou que as propriedades de elevação subjacentes da asa do jato não seriam comprometidas, mesmo se as asas fossem inclinadas para trás.

Para o X-29, como acontece com a maioria dessas aeronaves de pesquisa, anos de cálculos cuidadosos precederam os testes de voo. Ainda assim, Hagedorn diz, "você tem que se perguntar o que se passava na mente de alguns daqueles pilotos de teste." PopMech voou neste lutador quente em 1985.

Vought V-173 "Flying Pancake"

"Para aeronaves, há certas coisas que você simplesmente precisa ter", diz Hagedorn. "Você precisa de algum tipo de corpo de levantamento. Pode ser algum tipo de folha, como uma asa de avião, ou uma lâmina giratória como em um helicóptero. Você também precisa de um dispositivo de propulsão, alguns meios de controle e alguns meios de uma aterrissagem. Todo o resto, não importa qual seja a forma, são apenas detalhes. "

E quando se trata de detalhes, os engenheiros podem tentar coisas malucas. O Vought V-173 "Flying Pancake" foi projetado com o teatro do Pacífico da Segunda Guerra Mundial em mente, onde os EUA viram uma necessidade crescente de aviões embarcados que pudessem decolar em pistas curtas. Com o formato inexplicável do V-173, Charles Lindberg certa vez o pilotou e considerou a aeronave surpreendentemente fácil de manusear.

Sikorsky X-Wing

O Sikorsky X-Wing foi construído para combinar a velocidade e os mecanismos de propulsão de um jato com as habilidades de decolagem vertical de um helicóptero. Infelizmente, o programa foi cancelado em 1988, muito tempo depois e muito, muito longe do primeiro X-Wing de sucesso .

Lockheed Martin P-791

Na mesma linha de aeronaves misturadas e combinadas, o moderno Lockheed Martin P-791 foi construído para combinar a alta velocidade de um avião com a flutuabilidade de um dirigível. Quem disse que você não pode ter os dois? A Lockheed Martin ainda está fabricando e vendendo esta embarcação combinada, que, segundo ela, pode flutuar a 6 mil metros por até três semanas.

White Knight Two

Projetado para transportar uma espaçonave suborbital entre suas fuselagens gêmeas, o White Knight Two, que voou pela primeira vez em 2008, pode ascender a uma altura máxima de 70.000 pés. O piloto dirige da fuselagem direita. A Virgin Galactic planeja usar esta nave para transportar sua SpaceShipTwo para 50.000, onde se separará do Cavaleiro Branco e ascenderá a altitudes suborbitais de quase 70 milhas.

Blohm & Voss BV 141

O Blohm & Voss BV 141 é um lembrete gritante de que a simetria não é necessária para uma máquina voadora. Esta maravilha alemã da Segunda Guerra Mundial foi projetada como uma aeronave de reconhecimento e, embora algumas dezenas tenham sido construídas e voadas, perdeu para o Focke-Wulf Fw 189 de aparência igualmente estranha e nunca atingiu a produção total.

Rutan Model 202 Boomerang

O Rutan Model 202 Boomerang é assimétrico por um motivo totalmente diferente. Esta aeronave de 1996 foi construída para ainda ser controlável em caso de falha do motor de qualquer um de seus motores.

McDonnell XF-85 Goblin

O McDonnell XF-85 Goblin foi construído logo após a Segunda Guerra Mundial como um chamado "lutador parasita", o que significa que foi construído para ser implantado a partir do compartimento de bombas de um avião maior, o B-36. 

No PopMech de dezembro de 1948, o General Hoyt S. Vandenburg descreveu como o pequeno avião se encaixava na nova Força Aérea dos Estados Unidos. Mas, em 1949, os Estados Unidos eliminaram o Goblin ao lado de outros projetos de combate contra parasitas e se concentraram no desenvolvimento de métodos de reabastecimento aerotransportado.

B377PG Guppy "grávido"

Às vezes, você tem uma carga gigantesca e de formato estranho que precisa para transportar pelo país, e o grande U-Haul simplesmente não serve. A necessidade da NASA de mover os componentes das missões lunares da Apollo levou à construção desta aeronave de aparência estranha, adaptada de um Boeing 377. Felizmente, existe um avião para isso: o B377PG 'Guppy Grávido'.

H-4 Hercules 2 "Spruce Goose"

Uma monstruosidade de 200 toneladas, o H-4 Hercules 2 foi apelidado de Spruce Goose por causa de sua estrutura de madeira (apesar do fato de ser feito principalmente de bétula). A aeronave de transporte pesado é o maior hidroavião de asa fixa já construído e foi projetada pelo cineasta e magnata Howard Hughes. Apenas um foi construído; hoje está em um museu em Oregon.

Goodyear Inflatoplane

Eles disseram que isso não poderia ser feito, mas na década de 1950, o fabricante de pneus e dirigíveis Goodyear criou um avião inflável e pilotável como protótipo para o Exército dos EUA. Infelizmente, o Exército cancelou o projeto quando percebeu que não havia muito uso militar para um avião que pudesse estourar como um balão. Você fará falta, Inflatoplane.

AeroJelly


Apesar de suas óbvias diferenças visuais, a maioria das aeronaves é construída sobre abordagens teóricas muito semelhantes para o voo. Para aeronaves mais pesadas que o ar, a maioria das máquinas voadoras se baseia na sustentação por meio de uma lâmina giratória (como um helicóptero) ou de uma asa fixa e algum motor propulsor. 

Raramente um pesquisador inventa um método inteiramente novo de voar. Mas em novembro de 2014, na Universidade de Nova York, o matemático aplicado Leif Ristroph fez exatamente isso. A máquina voadora naturalmente estável de Ristroph, a AeroJelly, é apenas ligeiramente maior que sua mão e bombeia suas quatro asas batendo como uma água-viva voadora.

"Meu laboratório está interessado em estudar a dinâmica do ar e o voo das asas oscilantes", diz Ristroph, "e eu estava tentando projetar algo que fosse estável sem qualquer tipo de feedback." Ristroph explica que seu AeroJelly é mais do que apenas uma curiosidade estranha; é permitir que ele e seus colegas investiguem a física obscura por trás de asas flexíveis e agitadas. 

"Este é um território muito desconhecido", diz ele, à medida que as asas flexíveis mudam de forma à medida que batem, e levam a propriedades aerodinâmicas estranhas. "Você obtém esse efeito incomum em que bater leva a esses redemoinhos de ar que se lançam da asa, e as asas podem interagir umas com as outras, o que é desafiador."

de Lackner HZ-1 Aerocycle

O de Lackner HZ-1 Aerocycle, movido por equilíbrio, foi construído com a dupla esperança de voar em missões de reconhecimento de um único homem e construir a maior cadeira de vilões Bond de todos os tempos. Um par de acidentes fundamentou a ideia, mas o sonho sobreviveu.

Fonte e fotos via popularmechanics.com

Hoje na História: 18 de outubro de 1977 - Grupo antiterror invade avião, mata 3 sequestradores e salva 86 pessoas

A ação é considerada uma das mais exitosas da história, pois, apesar de resultar na morte dos três sequestradores, não deixou um só passageiro ou tripulante ferido.


Integrantes das forças especiais, pertencentes ao grupo antiterror federal da Alemanha, invadiram um avião da empresa Lufthansa, que operava o voo 181, matando os três sequestradores que haviam tomado a aeronave e transformando os 86 passageiros e tripulantes em reféns. A ação libertadora das forças policiais alemãs ocorreu em 18 de outubro de 1977, passados hoje 44 anos. A ação é considerada uma das mais exitosas da história, pois, apesar de resultar na morte dos três sequestradores, não deixou um só passageiro ou tripulante ferido, ao contrário, libertando todos eles. O quarto sequestrador cometeu suicídio.

O voo Lufthansa 181, operado por Boeing 737-200 da empresa aérea alemã Lufthansa decolara de Palma de Maiorca, na Espanha, com destino a Frankfurt, na Alemanha, sequestrado em 13 de outubro de 1977 por quatro membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP). A aeronave, conhecida como Landshut, transportava 86 passageiros e cinco tripulantes, e durante cinco dias vagou entre a Europa, o Oriente Médio e a África, enquanto se desenrolavam as negociações, até ser invadida por um comando antiterrorista alemão em Mogadíscio, na Somália, na noite de 17 de outubro 1977, os passageiros libertados ilesos e três dos quatro sequestradores foram mortos.


Trinta minutos depois, quando sobrevoavam Marselha, na França, o avião foi sequestrado por um comando da PFLP, liderado pelo palestino Zohair Youssif Akache, de 23 anos, que chamava a si próprio de "Capitão Martyr Mahmud".

Trinta minutos antes do prazo final do acordo de negociação estabelecido pelo governo alemão com os sequestradores, em 18 de outubro de 1977, enquanto 'Mahmud' era comunicado que os prisioneiros exigidos em resgate chegaram ao Cairo e o avião deles estava sendo reabastecido para a viagem até a Somália - nenhum deles jamais deixou suas celas - o grupo de comandos alemães, dividido em pequenos esquadrões, avançou para o Landshut pelo ângulo morto da traseira do mesmo, carregando pequenas escadas. 

Usando-as para atingir e abrir as portas de emergência do avião, enquanto soldados somalis acendiam uma grande fogueira a 200 metros do avião para atrair a atenção dos árabes, os comandos invadiram o interior da nave pela porta da cabine e pelas portas por cima das asas, pegando de surpresa os sequestradores, matando três deles e ferindo a única mulher, Souhaila Andrawes.

Por Blog Notícias e Histórias da Aviação (Com Meio Norte)

Aconteceu em 18 de outubro de 2011: A precisa aterrissagem sem o trem no nariz do voo 742 da Iran Air


Em 18 de outubro de 2011, o Boeing 727-286(Adv), prefixo EP-IRR, da Iran Air (foto acima), realizava o voo 742, um serviço regular de Moscou, na Rússia, para Teerã, no Irã, levando a bordo 94 passageiros e 19 tripulantes.

O voo transcorreu dentro da normalidade até a aproximação a Teerã. Às 15h20 (hora local), o voo 742 estava se aproximando do Aeroporto Internacional Teerã Imam Khomeini, quando a tripulação recebeu uma indicação de 'não abaixado e travado' para o trem de pouso do nariz e abortou a aterrissagem.

Após a solução de problemas malsucedida, a tripulação, liderada pelo capitão Hushang Shahbazi, decidiu desviar para Mehrabad, onde uma abordagem baixa confirmou que a engrenagem do nariz não foi estendida.

Posteriormente, a tripulação da aeronave, sem o trem de pouso do nariz, fez um pouso de emergência na pista 29L do Aeroporto Internacional Mehrabad, de Teerã, por volta das 16h00 (horário local), e parou utilizando apenas o trem principal, arrastando o nariz da aeronave. A aeronave foi evacuada. Todos os 113 a bordo escaparam de ferimentos.


Veja o vídeo do pouso de emergência:


Embora inicialmente tenha sido proibido de voar enquanto o incidente era investigado, o capitão Shahbazi foi aclamado como um herói nacional e recebeu mais de 11.000 emails de pessoas no Irã e no exterior. Ele foi posteriormente forçado a se aposentar mais cedo devido ao seu ativismo político.


A aeronave foi reparada e voltou ao serviço com a Iran Air. Em 2013, foi colocado em armazenamento.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e JetPhotos)

Aconteceu em 18 de outubro de 1992: Acidente fatal no voo 5601 da Merpati Nusantara Airlines na Indonésia

O PK-MND, avião irmão da aeronave do acidente
Em 18 de outubro de 1992, o voo 5601 da Merpati Nusantara Airlines (MNA5601/MZ5601) era um voo doméstico regular de passageiros, que partiu do Aeroporto Internacional Achmad Yani, em Semarang, com destino ao Aeroporto Internacional Husein Sastranegara, em Bandung, ambos na Indonésia.

O voo 5601 estava usando a aeronave IPTN/CASA CN-235-10, prefixo PK-MNN, da Merpati Nusantara Airlines. O CN235 foi lançado em setembro de 1983, com a presença do presidente Soeharto e nomeado por ele como Tetuko, o nome de infância de Gatotkaca. O CN235 foi fabricado pela joint venture da empresa de aviação indonésia Indonesian Aerospace em Bandung e pela CASA da Espanha.

Os motores e os instrumentos aviônicos não foram fabricados pela Indonésia, enquanto todo o resto foi feito na Indonésia. A cabine, o nariz e a asa interna foram produzidos pela Espanha, enquanto a asa externa e a seção da cauda foram fabricadas pela Indonésia. Ambos os lados têm cotas justas. Em sua especificação, ele podia lidar com um total de 35-40 pessoas com uma velocidade máxima de 244 nós.

A aeronave transportava trinta e um passageiros e tripulantes, composta por vinte e sete passageiros e quatro tripulantes. Todos eles eram indonésios. O capitão era a Fierda Basaria Panggabean, de 29 anos. Ela tinha registrado 6.000 horas de experiência de voo. O copiloto era o primeiro oficial Adnan S. Paago, de Jacarta. A maioria dos passageiros vinha de Semarang. Alguns deles residiamm em Tangerang, em Jakarta e partes de West Java.


O avião estava se aproximando do aeroporto Husein Sastranegara em Bandung, transportando vinte e sete passageiros e quatro tripulantes. A capitã, uma mulher de 29 anos, Fierda Basaria Panggabean, fez o primeiro contato com a torre de controle de Jakarta no Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta em Cengkareng informando a torre sobre o voo.

Voo 5601: "Merpati cinco seis zero um. Somos de Semarang"

O voo 5601 estava a 12.500 pés (4.144 metros) acima do nível médio do mar. Sumardi, o responsável pelo ACO (Gabinete de Controle de Aproximação), disse ao voo 5601 que o tempo em Bandung não estava em muito bom estado, com precipitação moderada e alguns trovões. Nuvens quebradas e visibilidade limitada de quatro a cinco quilômetros.

ATC: "Merpati cinco seis zero um, mantenha um dois cinco"

Fierda mais tarde diminuiu a altitude do avião de 12.500 pés para 8.000 pés. Fierda já perguntou à Jakarta Control Tower sobre a descida. A Fierda decidiu fazer uma abordagem visual do aeroporto. Sumardi, o ACO, disse a Fierda para entrar em contato com a torre se ela tivesse visto a pista, e então Fierda concordou.

Mas o contato nunca feito pela aeronave, a aeronave perdeu contato e desapareceu do radar de Jacarta. O avião desapareceu na montanha. A equipe de busca e resgate foi montada pela Agência Nacional de Busca e Resgate, composta por militares Cisurupanos, um pelotão de Yon 303 Cikajang Garut, polícia de Garut e Exército da Força Aérea Nacional composto por dez pessoas. Residentes locais e aldeões também ajudam na operação.

O avião foi posteriormente descoberto como "desintegrado" no que os espectadores o descreveram como "totalmente incinerado". A cauda e uma das hélices foram as únicas partes intactas do impacto. Os destroços do avião foram encontrados 60 km a sudeste de Bandung em Barukaso Pasir Uji, vila Cipaganti, regência Cisurupan, Garut.

Monte Papandayan, o local do pico do Monte Puntang, visto de Cisurupan, Garut
O corpo de Fierda foi encontrado ainda segurando o manche do avião e fez uma entrada de nariz empinado. Os destroços do avião foram encontrados em posição de subida, possivelmente a Fierda não percebeu que o avião impactaria o terreno até o último momento, quando o terreno foi avistado por ela, ela iniciou um pull-up que era tarde demais.

Nenhum dos vinte e sete passageiros e tripulações saiu vivo. Partes de corpos estavam espalhadas pela área. Um bebê foi encontrado a 20 metros dos destroços, com as pernas queimadas devido ao fogo pós-impacto. O corpo de uma criança, Meka Fitriyani, de nove anos, foi encontrado no braço de sua mãe. A maioria dos corpos foi encontrada em condição de queimadura e grandes queimaduras devido ao incêndio pós-impacto.

Quando o avião caiu, o combustível pegou fogo e explodiu, causando um grande incêndio no local do acidente. O pós-fogo foi tão intenso que de fato queima as vegetações da área circundante e incendeia alguns fogo no mato .


Os destroços ainda fumegavam quando foi fundada pelas autoridades e continuaram fumegando mesmo no crepúsculo de segunda-feira. Os destroços do avião estavam espalhados por uma pequena área e situados em terreno montanhoso, que é cercado por duas colinas íngremes. Isso causando dificuldades para recuperar os corpos. Portanto, o processo de evacuação prossegue a pé.

Demorou três horas para chegar ao local do acidente. No crepúsculo de segunda-feira, um dia após o acidente, cerca de 27 corpos foram encontrados e recuperados pelas autoridades. Oito deles foram identificados, incluindo o corpo do co-piloto, o primeiro oficial Adnan S. Paago.

Os corpos foram então transportados para o hospital regional local em Garut, o hospital regional de Guntur. Seria armazenado e posteriormente transportado para o hospital Hasan Sadikin em Bandung para repatriação. O processo de evacuação foi observado e monitorado pelo então ministro dos Transportes, Azwar Anas, e pelo prefeito de Garut, Momon Gandasasmita.

Antes de os investigadores começarem a analisar a caixa preta do local do acidente, a capitã do avião, Fierda Basaria, foi a primeira culpada como a causa do acidente. Como tal, isso irritou seu pai, Wilson. Wilson afirmou que o público não deveria culpar sua filha, já que ela era a capitã do voo malfadado, e culpou o ministro da Pesquisa e Tecnologia, BJ Habibie. Como Habibie foi o projetista e também o produtor da aeronave CN235, Wilson culpou diretamente o fato de BJ Habibie ter cometido vários erros em seu projeto, indicando uma falha de projeto na aeronave.

A capitã do avião, Fierda Basaria
No entanto, BJ Habibie imediatamente negou que uma falha foi encontrada na aeronave. Ele insistiu que a aeronave era 'aeronavegável' e fez vários testes para provar isso. Neste último, ele culpou o capitão Fierda Basaria como a causa do acidente, já que a análise da caixa preta indicou que a principal causa do acidente foi a ação do Fierda. Os dados do radar recuperados da torre de controle corroboram essa teoria e concluem que ela seguiu o procedimento errado. Indignado, Wilson planeja processar a Indonésia Aerospace por meio de seu advogado. Seu advogado está pronto para processar o fabricante, alegando que eles 'danificaram as imagens da Fierda Basaria' e insistiu que seu avião era 'à prova de chuva' e 'à prova de trovões'.

A análise do local do acidente provou que o voo 5601 não seguiu sua rota designada. O tenente-coronel Iut Wiandra disse que o voo 5601 encontrou nuvens espessas, deixando a tripulação com duas opções: virar para a esquerda ou para a direita enquanto voa sobre o lado da nuvem. Fierda optou por voar para a esquerda, rumo ao sul, em direção a Garut. A ação cautelosa de Fierda foi fatal. As nuvens espessas que o voo 5601 tentou evitar interceptariam a aeronave. Relatórios meteorológicos recebidos da Torre Husein afirmam que o tempo na rota que Fierda usa estava em más condições, com nuvens cúmulos- nimbos manchadas e fortes trovões no céu.

O Instrutor de Voo CN235 da Merpati afirmou que ficou confuso com a decisão da Fierda de baixar a altitude do avião para 2,833 me confiar nas Regras de Voo Visual (VFR). Ele afirmou que se ela queria um voo seguro, ela deveria ter ficado com as Regras de Voo por Instrumentos (IFR). Com o IFR, o voo 5601 teria apenas que manter sua altitude de 11.000 pés e deixar que a torre de controle o direcionasse. A aeronave então permitiu baixar sua altitude para 8.500 pés quando atingiu um raio de 25 milhas do ponto de pouso. Mais tarde, eles foram autorizados a continuar sua abordagem nas Regras de Voo Visual.

Na verdade, Fierda desobedeceu às regras. De forma chocante, um técnico da Torre Husein revelou que a maioria dos pilotos que voam na rota sempre fez o mesmo que o Fierda, e disse que sempre fazem isso até o acidente porque nada lhes aconteceu. Desta vez, Fierda teve azar e, nesta situação, ela foi a culpada, já que não era fácil mudar sua forma de voar. Segundo Frans Sumolang, ex-diretor da Merpati, quando um avião segue VFR, ele deve ficar em VFR. Mudar de VFR para IFR pode causar erros nos cálculos de navegação. Além disso, para voltar ao IFR, o voo 5601 precisa subir 3.300 pés primeiro.

Um piloto afirmou que a aeronave envolvida no acidente, o CN235, era um avião de fácil controle e bem equipado. Ele afirmou que a aeronave estava equipada com um modelo de navegação por instrumentos EFIS (Electronics Flight Integrated Systems) com uma grande tela na cabine. A maioria dos indicadores no avião, incluindo altitude, velocidade e posição, podem ser vistos na tela. Se um dos indicadores não funcionasse bem, um indicador reserva poderia ser usado pelos pilotos.

Houve especulações de que a comunicação no voo 5601 não estava funcionando corretamente. Essa teoria veio à tona porque nos últimos 10-15 minutos da tragédia, o voo 5601 não fez nenhum contato com a Torre Husein nem com a Torre Soekarno-Hatta. Isso foi imediatamente negado pelo técnico na Torre Husein. Ele afirmou que, enquanto em VFR, a maioria dos pilotos estava "se divertindo" com seu trabalho e provavelmente não queria falar com a torre de controle, exceto em caso de emergência.

Uma falha de motor no ar pode ter ocorrido no voo 5601. Isso foi o que a família de Fierda pensou sobre a causa do acidente. Com base em sua direção e tempo de viagem, Iut Wiandra de BASARNAS previu que o voo 5601 estava viajando a 120 nós, muito além dos 180 nós normais.

Robert Ropolewski da Aviation Week publicou seu relatório principal do CN235 em 27 de abril de 1987. Ele elogiou a qualidade da aeronave. Em seu depoimento, ele afirmou que a aeronave era segura, confortável e charmosa. No entanto, espalharam-se rumores de que o avião que ele estava usando era um CN235 da Espanha. Posteriormente, BJ Habibie respondeu com facilidade e afirmou que os dois CN235, da Indonésia ou da Espanha, têm o mesmo nível de desempenho.


Um piloto, mais tarde identificado como Toto Subandoro, afirmou que o avião só poderia atingir uma velocidade máxima de 215 nós, e a velocidade máxima real da aeronave raramente alcançada. A velocidade média da aeronave era de 180 nós. Se sua velocidade fosse empurrada para mais de 215 nós, o avião tremeria. Fierda teve falha de motor duplo antes do acidente. O primeiro no Aeroporto Internacional Ngurah Rai e o segundo no Aeroporto Halim Perdana Kusuma. No último, um de seus motores falhou logo após a decolagem. Fierda se voltou para Halim e pousou com segurança. Subandoro também afirmou que teve um problema no motor uma vez e pousou com segurança.

Outro piloto afirmou que os flaps do CN235 não estavam funcionando corretamente. Os flaps, que eram usados ​​para gerar sustentação, não funcionavam em condições ideais. Assim, a maioria dos pilotos deveria manter uma alta velocidade durante o pouso, o que era muito perigoso. Como tal, a aeronave precisa de uma pista com mais de 1 km de extensão. Eles não tiveram escolha. Se eles mantiverem uma velocidade baixa, o avião entrará em uma condição de estol.

Na Merpati Nusantara Airlines, a aeronave CN235 tinha uma má reputação. Atrasos de peças sobressalentes de aeronaves ocorriam com frequência. Isso está causando um gerenciamento caótico de operações em Merpati. Havia um CN235 que apresentava uma falha em seu CTHS (Control Tork Holding System). Este componente foi produzido na Espanha e sua capa foi produzida em Bandung, Indonésia. Para obter as peças sobressalentes de que precisam, a Merpati precisa esperar 6 meses. Se as peças sobressalentes forem entregues imediatamente, em apenas dois dias o avião poderá voar novamente para o céu. Por causa disso, a Merpati opera apenas 8 de seu CN235, enquanto o restante é considerado o 'backup'.

No entanto, o chefe da Merpati afirmou que o atraso das peças sobressalentes e a tragédia do voo 5601 foi totalmente diferente e afirmou que se o avião estava voando no momento, o avião estava em condições de aeronavegabilidade.

Uma tempestade sobre o leste do Kentucky. Esse foi o tipo de clima que o voo 5601 encontrou.
Houve outra especulação que realmente afirmou que Fierda deliberadamente diminuiu sua velocidade para 'suavizar' a turbulência que ocorreu no voo 5601. Outra coisa foi que os destroços do avião foram encontrados a uma altitude de 6.120 pés, o que significa que era totalmente impossível que Fierda diminuiu sua altitude tão baixo e difícil de provar. O incidente aconteceu em uma montanha com uma névoa densa, e uma corrente ascendente e descendente repentina pode ocorrer a qualquer momento na montanha. Suspeitou-se que o voo 5601 foi atingido por um downdraft que fez com que sua altitude diminuísse algumas centenas de metros. Mas até agora, nenhuma evidência encontrada.

Após o acidente, um memorial foi erguido pelo governo Garut para lembrar o acidente. As hélices sobreviventes do voo 5601 foram evacuadas e colocadas em frente à prefeitura de Garut, lembrando todas as vítimas da tragédia no Monte Puntang.


O voo 5601 é o pior desastre de aviação civil de todos os tempos envolvendo um CASA/IPTN CN-235, o mais mortal na história da empresa, o mais mortal na história da Garut e o segundo acidente de aviação mais mortal na Indonésia em 1992, depois que um avião voou para uma montanha em Indonésia oriental, que ceifou 70 vidas.

Foi também o acidente de avião mais mortal envolvendo uma aeronave indonésia. No momento do incidente, foi o acidente de aviação mais mortal em West Java, que mais tarde superou em 2012, quando um Sukhoi Superjet 100 colidiu com o Monte Salak matando 45 pessoas.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Gol: dívida de curto prazo cai a R$ 400 mi, na melhor posição em 7 anos

Compromissos somavam R$ 1,8 bilhão em junho; pressão para os próximos 12 meses foi reduzida em quase 80%.

Gol: plano de expansão e atualização de frota, após anos focada em melhoria financeira
Foi sem BNDES. A Gol vai ter R$ 400 milhões em dívidas financeiras de curto prazo, assim que concluir uma emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures que está em andamento. No fim de junho, os vencimentos em 12 meses somavam R$ 1,8 bilhão. É uma melhoria de nada menos do que 78%.

A companhia conseguiu obter o equivalente a R$ 2 bilhões em capital, ao longo deste ano, na soma entre um aumento de capital de aproximadamente R$ 400 milhões, mais um aporte de R$ 1 bilhão da American Airlines, dentro de um programa de compartilhamento de voos com exclusividade, e ainda R$ 600 milhões relacionados à combinação com a controlada de programas de fidelidade Smiles — o caixa da empresa que antes ficava separado, agora fica em um só negócio.

O nível do endividamento de curto prazo é o menor desde 2014. Qualquer companhia, passada uma pandemia que trancou o mundo por meses a fio, comemoraria o feito. Para uma aérea, então, a fotografia é ainda mais significativa. Não por acaso, como já mostrou o EXAME IN, a família Constantino, que controla a empresa, retomou os planos de crescimento. A Gol não expande sua frota no ritmo agora planejado desde que comprou a Varig, há quase 15 anos. Aliás, depois de todo esse tempo, são apenas 20 aeronaves a mais.

A empresa terminou, no começo desse mês de outubro, a negociação para reestruturação dos passivos com bancos comerciais nacionais. É daí a emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures — para alongar compromissos com Banco do Brasil, Bradesco e Santander. Com um ano de carência, os papéis vencerão em 2026. A expectativa é que os títulos estejam emitidos até o fim deste mês.

A capitalização total da Gol equivale ao montante obtido pela Azul por meio de uma oferta de debêntures conversíveis em ações, dentro do programa desenvolvido pelo BNDES com agentes de mercado e as empresas.

No caso da Gol, cerca de 70% do aumento de capital de R$ 400 milhões foi aporte da família controladora, os Constantino. Desde o início da crise aérea, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, foi bastante vocal no sentido de indicar que a empresa procuraria alternativas de mercado, preferencialmente, e tentaria evitar o caminho do BNDES, embora mantivesse os estudos e as conversas com o banco de fomento. Paralelamente, nos bastidores, o vice-presidente financeiro Richard Lark dizia aos investidores que, nas condições oferecidas, a família preferiria colocar dinheiro na empresa. Mas os interlocutores tinham grandes dúvidas de que isso fosse possível.

Mesmo com a forte desvalorização do real frente ao dólar, a dívida bruta total da Gol pré e pós-pandemia sofreu pouca variação, passando de R$ 14,6 bilhões ao fim de março de 2020 para R$ 15,4 bilhões ao término de junho deste ano — considerando que R$ 5 bilhões são provenientes da valorização do dólar sobre a dívida em moeda estrangeiro. Recentemente, a companhia amortizou quase R$ 520 milhões em vencimentos, entre arrendamento de aeronaves e compromissos financeiros.

Aos investidores, desde que conseguiu aprovar a incorporação da Smiles, a Gol tem dito que todos esses movimentos a colocam de volta na rota do crescimento de frota. O ritmo de viagens ainda não retornou aos níveis pré-pandemia, mas a empresa está sim reprogramando a atualização de sua frota e, ao mesmo tempo, a expansão — em junho, adquiriu a MAP Linhas Aéreas, dona de 13 pares de slots no aeroporto de Congonhas.

Atualmente, são 127 aeronaves. Com a retomada das compras dos modelos Boeing 737-Max, a empresa prevê chegar a 150 aviões até 2025 (metade de modelos novos). Em 2023, a frota da empresa será 40% composta pelos modelos MAX (8 e 10), mesmo patamar planejado antes da crise do MAX e da própria pandemia.

O objetivo da Gol é ter boa parte sua frota voando entre o fim deste ano e começo de 2022, para a temporada mais quente do ano das empresas aéreas com foco em operação doméstica, que combina as férias escolares com o alto verão no Hemisfério Sul — o que coloca 102 aeronaves no ar, considerando que parte precisa sempre estar em solo para manutenção e parte não retornará a voar até que o nível ótimo das unidades em operação seja alcançado. No terceiro trimestre, estavam na ativa 77 aviões.

A retomada das operações a um ritmo mais próximo do que era o “normal” antes do coronavírus e as sucessivas capitalizações deve permitir que a alavancagem tenha uma melhora significativa, e a companhia mira um patamar próximo de 3 vezes o Ebitda anualizado. Esse número considera como se o Ebitda esperado para o último trimestre fosse anualizado. Entre os analistas, porém, esse mesmo cálculo é menos otimista: entre 4 e 5 vezes o Ebitda para o fim do ano.

Esses indicadores explodiram em todo setor durante a pandemia, dada a forte redução na geração de caixa das empresas. No caso da Gol, a relação da dívida líquida (incluindo os leasings de aviões) para o Ebitda acumulado em 12 meses passou de 2,4 vezes ao início da crise sanitária no Brasil, em março de 2020, e chegou a mais de 11 vezes um ano depois.

A demanda por voos corporativos está sendo retomada e o movimento por lazer e entretenimento já teve melhora substancial frente ao ano passado. Essa é fala, ainda que intensidades diversas, de todas as empresas do segmento. Contudo, as companhias ainda não estão no seu ponto ótimo de eficiência. Para uma empresa aérea, um avião "bem aproveitado" voa 12 horas por dia.

Durante o intervalo de julho a setembro, o total de decolagens da Gol superou 36 mil, 87,3% a mais do que igual período de 2020. Pelos indicadores da empresa, a oferta de assentos aumentou 82,5% e a demanda, 87,5%.

A expectativa da Gol, segundo o que a empresa tem transmitido aos acionistas, é crescer em volume e no yield por passageiro, o dinheiro que realmente sobra para a companhia, o que será possível também devido à combinação com a Smiles. A companhia quer, agora, colocar o pé no acelerador e se preparar para o cenário de expansão, aproveitando que sua situação financeira — por mais inusitado que pareça — é a melhor dos últimos sete a oito anos.

A explicação para esse ineditismo, já que nesse período as rivais pioraram, com a Azul recorrendo ao BNDES e a Latam em recuperação judicial (embora a operação local da TAM seja bastante saudável), está em boa medida na gestão de frota da empresa. A pandemia chegou em um dos momentos de maior flexibilidade da companhia, devido à crise da Boeing com o modelo MAX. A crise de uns, em geral, é sempre a oportunidade dos outros.

Por Graziella Valenti (Exame) - Imagem: Divulgação/GOL