terça-feira, 19 de julho de 2011

Caderno de bordo aponta problemas em outro avião da Noar

Segundo os pilotos, a empresa aérea do acidente fatal semana passada no Recife não fazia a manutenção adequada dos aviões.


Todas as capelas do cemitério estavam ocupadas pelos parentes e amigos das vítimas. No velório do piloto Rivaldo Paulírio Cardoso, de 68 anos, brigadeiro reformado, honras militares. Seis corpos foram embalsamados e mandados para outras cidades. Ao todo, foram 16 mortos.

O avião caiu na última quarta-feira no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O voo 4896, da Noar Linhas Áereas, partiu do Recife. Faria uma escala em Natal e chegaria a Mossoró, no Rio Grande do Norte, com 14 passageiros, o piloto e o copiloto. Segundo o comando da Aeronáutica, a decolagem foi às 6h51. Mas, 55 segundos depois, o piloto avisou à torre que tinha problemas e que tentaria voltar ao aeroporto. Às 6h53, o piloto informou que não conseguiria chegar ao aeroporto e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. Às 6h54, o avião sumiu do radar. A queda foi em um terreno vazio em frente à praia. E o avião pegou fogo em seguida.

A Noar é a única empresa aérea nordestina. Em junho do ano passado começou a fazer voos comerciais para quatro cidades da região. Tinha dois aviões do modelo LET- 410, fabricado na República Tcheca. Depois do acidente, a empresa cancelou todos os voos que estavam programados. Também informou que o avião acidentado na quarta-feira tinha passado por um serviço de manutenção no fim de semana anterior. Uma equipe de técnicos da empresa fabricante esteve no Recife e trocou duas peças do motor esquerdo.

Depois do serviço, que se estendeu da sexta ao domingo, o avião voou 17 horas e quatro minutos até cair. Ainda no local do acidente, Jairo Gonçalves falou da conversa que teve com o irmão, o copiloto Roberto Gonçalves. “Ele falou pra mim que a aeronave teve uns problemas de perda potência. Inclusive, salvo engano, foram trocadas duas turbinas e as aeronaves ficaram paradas bastante tempo para fazer essa revisão”.

Depois de reprogramar suas operações, a Noar botou o único avião que restou à frota para voar outra vez neste sábado. Ele decolou do Recife pouco depois da 9h com dois tripulantes e mais três pessoas a bordo. Retornou ao Recife com dois passageiros.

Na última sexta-feira, nós recebemos de uma fonte anônima o caderno de manutenção desse avião que voltou agora a voar. Esse caderno era levado pelos pilotos junto com o diário de bordo. Ele traz diversos registros escritos por pilotos e copilotos. São relatos feitos pela tripulação sobre situações consideradas anormais e de risco.

Contamos 75 anotações no intervalo que vai de 3 de novembro do ano passado até 9 de julho, ou seja, sábado da semana passada.

Alguns registros foram feitos pelo piloto Rivaldo Cardoso, que morreu no acidente. Ele enumera cinco tópicos, no dia 18 de dezembro, fala que a potência do motor teve que ser mantida em 60% para a temperatura não atingir o limite na decolagem; relata a existência de luzes queimadas; diz que o fone do comandante não funciona; que na decolagem de Aracaju teve que reduzir a potência para 50% para manter a temperatura no limite; e conclui sugerindo que não se disponibilize a aeronave antes da verificação do problema de elevação da temperatura do motor 1. “A decolagem com 16 passageiros de Maceió para o Recife com torque, ou potência, de 50% não é aconselhável”, diz no texto.

Na coluna preenchida pela equipe de manutenção, está registrado que foi trocado o instrumento de temperatura e que foi agendado voo para checagem.

Procuramos o piloto Jackson Porciúncula para comentar as anotações. Ele tem 42 anos de aviação e 26 mil horas de voo.

Um dos primeiros registros do caderno diz que a potência do motor direito não atingiu 60%, vindo a normalizar após cruzar os 400 pés de altitude. O piloto afirma que decolagem ocorreu em situação de risco e que aeronave demorou a sair do solo.

“Eu diria que essa aeronave, se durante a decolagem tivesse um problema com o motor da direita, teria dificuldade em retornar para a pista”, destaca o comandante.

Em outro registro, o piloto diz que uma luz e um aviso sonoro de indicação do painel não aparecem. A aeronave estaria “estolando”, ou seja, perdendo sustentação e sem os sinais de alerta. A equipe de manutenção informa ao lado da anotação que foi feita uma verificação em solo e que está tudo ok.

“Isso aí é um fato que, durante uma operação em que o piloto necessite desse aviso de estol da aeronave, ele não vai ter o aviso adequado, podendo comprometer sua análise, seu procedimento. Isso compromete a operação”, destaca Jackson.

No dia 14 de dezembro, um dos comandantes da Noar relata que placas de indicação das luzes de aviso dos motores direito e esquerdo estão trocadas. Alertam que isso pode gerar erro grave em caso de pane, sobretudo, fogo.

“Na minha concepção, dentro do que eu entendo, eu não voaria nessas condições”, aponta Jackson.

A última anotação, de 9 de julho, parece um apelo. O piloto diz: “urgente, atenção: um copiloto que voava como passageiro observou que a porta do trem de pouso esquerdo, que já se encontrava amassada, aparentava que ia se soltar em voo, inclusive dobrando para cima pela ação do vento”.

“Eu interpreto que esse piloto aqui estava pedindo que realmente fosse tomada uma providência, que ele estava no limite dele aqui de aceitação de uma situação dessas”, declara Jackson.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) recebeu do Fantástico cópia do caderno. E afirmou em nota que os relatos dos pilotos deveriam estar no diário de bordo.

Estivemos com o diretor de assuntos corporativos e comerciais da Noar, Giovanne Farias, e entregamos a ele uma cópia do material. Pedimos também para ter acesso ao livro de bordo do avião. A resposta veio em nota.

Sobre a existência no avião do caderno onde a tripulação relatava ocorrências de voos a nota diz: “A Noar Linhas Aéreas criou um registro auxiliar com a finalidade de apresentar impressões e percepções das tripulações acerca do funcionamento das aeronaves”.

A companhia ainda informa que todas as ocorrências foram solucionadas. Na nota distribuída neste domingo, a Anac diz que suspendeu as operações da empresa aérea Noar, depois de receber informações da Rede Globo de que a companhia estaria adotando práticas que podem ferir o Código Brasileiro Aeronáutico e as regras da própria Anac. Também neste domingo à tarde, o caderno original entregue anonimamente à TV Globo foi encaminhado à Polícia Civil de Pernambuco, que investiga o caso.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

domingo, 17 de julho de 2011

Cerca de 96% das famílias das vítimas do acidente com avião da TAM foram indenizadas

Companhia diz que gastou R$ 17,2 milhões com apoio aos parentes desde a tragédia

Das 199 vítimas do acidente com o avião da TAM, ocorrido há exatos quatro anos,193 famílias já foram indenizadas, segundo informou a companhia aérea ao R7. A batida do Airbus A-320 com um prédio vizinho ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, é considerada a maior tragédia da aviação brasileira.

Segundo a TAM, desde 17 de julho de 2007, a empresa fechou 55 acordos pela Câmara de Indenização e 148 pessoas receberam o pagamento do seguro obrigatório. A companhia também informou que, desde o acidente, emitiu 8.581 passagens para familiares em casos de reuniões e encontros, e foram gastos R$ 17,2 milhões com apoio as famílias, como hospedagem, alimentação e telefone.

Roberto Corrêa Gomes, que perdeu o irmão Mario Gomes no acidente, confirma que a maioria das indenizações foram pagas aos familiares, mas que nada supera a dor de perder um parente.

- Não existem parâmetros para poder avaliar. Quanto vale um filho? Um irmão? Uma esposa? Quanto vale ficar sozinho na vida? Quem era rico, continuou rico. Quem era classe média, continuou sendo classe média. Muitos perderam o emprego porque não conseguiram mais [trabalhar]. Não existe satisfação. Depois da perda, a pior experiência é a referente à indenização.

Neste domingo (17), os parentes assinam com a Prefeitura de São Paulo um convênio para a construção de um memorial,no local da tragédia, em homenagem às vítimas do voo. Para o presidente da Afavitam (Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054), Dario Scott, o importante do memorial é que ele vai permitir que o acidente não fique esquecido na história da aviação.

Justiça

Além da praça em homenagem aos mortos, a associação conseguiu uma grande conquista nesta semana. Na sexta-feira (15), às vésperas do quarto aniversário da tragédia, a Justiça Federal em São Paulo aceitou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e contra dois diretores da TAM na época do acidente: Alberto Fajerman (vice-presidente de Operações) e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro (diretor de Segurança de Voo). Os três denunciados pelo procurador da República Rodrigo De Grandis foram acusados de ter exposto a perigo o Airbus, provocando o acidente e a morte de 199 pessoas.

Fonte: Ana Letícia Leão (R7) / PP:

Com denúncia aceita pela Justiça, culpa por acidente da TAM não prescreve


O fato de a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público contra os acusados de ter causado o acidente com o avião da TAM que colidiu contra um prédio depois de um pouso frustrado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi encarada como uma vitória por parentes das 199 vítimas do acidente. Com o processo instaurado dois dias antes do acidente ter completado quatro anos, a possibilidade de prescrição das acusações contra os envolvidos está descartada.

O advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), Ronaldo Marzagão, disse hoje (16) que, de acordo com as leis brasileiras, caso o processo tivesse sido aberto depois do acidente ter completado quatro anos e os réus fossem condenados à pena mínima, eles não seriam punidos.

“Foi muito importante o juiz ter recebido a denúncia”, disse Marzagão. “Agora, mesmo os réus sendo condenado à pena mínima, que é dois anos, não há prescrição”.

Na sexta-feira (15), Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Os três são acusados pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Hoje, Marzagão se reuniu com membros da Afavitam para explicar as consequências da denúncia e sua aceitação pela Justiça. Ele explicou que só agora a Justiça começa a analisar o processo. Acusados, MPF e testemunhas devem ser ouvidos e, em cerca de dois anos, o julgamento de primeiro grau deve estar concluído.

O presidente da Afavitam, Dario Scott, espera que a pena seja exemplar. “Queremos que a justiça seja aplicada de forma rigorosa e exemplar para que outras pessoas que usam o transporte aéreo não corram os riscos que nossos filhos, pais e amigos correram”.

Scott disse que, quatro anos após o acidente, as famílias das vítimas estão sensibilizadas e mobilizadas em busca punição aos culpados. Neste fim de semana, elas participam do 38º Encontro da Afavitam e de atividades especiais para lembrar os mortos no acidente.

Hoje, eles já participaram de um missa para lembrar as vítimas na Catedral da Sé, e amanhã (17) participam de um ato ecumênico no local da queda do avião, ao lado do Aeroporto de Congonhas. O ato está previsto para começar às 10h.

No evento, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deve assinar um protocolo de intenções para a construção de um memorial às vítimas no local em que o avião da TAM caiu em 17 de julho de 2007. “Para nós, aquele espaço [do acidente] é sagrado e é importante que seja edificado o memorial”, disse presidente da Afavitam, Dario Scott.

Fonte: As informações são da Agência Brasil via correio24horas.com.br

A decisão sobre o acidente do avião que colidiu contra um prédio depois de um pouso frustrado em Congonhas, foi encarada como uma vitória por parentes das vítimas

Ato ecumênico e memorial marcam 4 anos de acidente da TAM

Gilberto Kassab comparece ao ato em memória às 199 vítimas do voo JJ3054, que se acidentou há quatro anos em São Paulo
Os familiares das vítimas do voo JJ3054, que se acidentou há quatro anos e matou 199 pessoas em São Paulo, se reuniram neste domingo, no local do acidente, onde foi assinado um protocolo de intenções para a construção da praça Memorial 17 de julho, em homenagem aos mortos. O protocolo foi assinado pelo prefeito Gilberto Kassab e pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam). No local, será construída uma praça, com previsão de inauguração para junho do próximo ano.
Arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Cartum, discursa sobre o significado da praça
De acordo com o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Cartum, a praça, que será circular, terá uma árvore em seu centro, com um elemento simbólico de resistência e resiliência. A árvore, que resistiu ao acidente, estava plantada na parte do fundo do prédio atingido pela aeronave. "A intenção é construir um lugar de memória e celebração da vida. Teremos na praça 199 pontos de luz, em homenagem às vítimas, que poderão ser observados à noite, a partir da avenida Washington Luís. A árvore será uma referência principal do espaço e os nomes das vítimas estarão em seu entorno", disse.
Estrelas com o nome de cada vítima foram depositadas em frente ao palco
Em seu breve discurso, o prefeito Gilberto Kassab disse que construir no local um memorial não é apenas para se lembrar de um dia triste, mas criar um espaço de reflexão para a cidade. "Temos a intenção de ampliar o espaço até a avenida dos Bandeirantes e quero deixar isso pronto, para que o próximo prefeito possa executar", afirmou.

Após os discursos, houve um ato ecumênico, com a presença de representantes de várias religiões. O padre Fabio de Mello, que representou a igreja católica, disse que o tempo tem a capacidade de anestesiar e entorpecer, e que "é muito importante que não nos esqueçamos do que aconteceu neste espaço".
Kassab assiste discurso ao lado do presidente da Afavitam, Dario Scott
O presidente da Afavitam, Dario Scott, lembrou da denúncia aceita nesta semana pela Justiça contra dirigentes da TAM e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que o memorial será um marco para que não se esqueça do que aconteceu. "Não se pode deixar esquecer que por negligência e imprudência perderam-se 199 vidas".

Nesta sexta-feira, o juiz federal Márcio Assad Guardia, substituto da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), acerca do acidente, contra Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, diretor de segurança de voo da TAM, Alberto Fajerman, vice-presidente de operações da TAM, e Denise Maria Ayres Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Cartazes lembram vítimas do acidente que matou 199 pessoas
Na denúncia, o MPF acusa os réus de prática do crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo, prevista no artigo 261 do Código Penal. Marco Aurélio de Miranda e Alberto Fajerman foram acusados de colocar em risco aeronaves alheias mediante negligência. Denise Abreu, na qualidade de diretora da Anac, foi acusada de imprudência.
Lápide lembra acidente que matou 199 pessoas
No início da semana, o MPF informou que toda a denúncia é baseada em laudos e pareceres que comprovam a responsabilidade dos três acusados. O diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento, segundo a procuradoria, "das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do aeroporto de Congonhas" e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também foram acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação com o reversor desativado (pinado) do Airbus-320.
Além de estrelas com os nomes das vítimas, pétalas foram dispostas no chão
Já a então diretora da Anac é acusada de agir com imprudência por liberar a pista do aeroporto de Congonhas, a partir do dia 29 de junho de 2007, "sem a realização do serviço de 'grooving' e sem realizar formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica".

Em nota divulgada após a denúncia do MPF, na terça, a defesa de Denise afirmou que "o órgão responsável pela liberação ou não da pista não é a Anac, mas a Infraero". Ainda de acordo com o comunicado, o órgão realizou uma "análise rasa, superficial e insatisfatória dos fatos e provas que estão acostados aos autos do inquérito policial". Além disso, a denúncia não encontraria amparo nas conclusões periciais juntadas aos autos, nem nas conclusões do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), segundo a nota.

O acidente

O voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo no dia 17 de julho de 2007. O Airbus A320 pousou às 18h48 no aeroporto de Congonhas, na capital paulista, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um depósito de cargas da própria companhia. Em seguida, a aeronave pegou fogo. Todas as 187 pessoas do avião e mais 12 que estavam em solo morreram. Foi o maior acidente aéreo da história do Brasil.

Chovia no dia do acidente em São Paulo e a pista, que havia passado por obras de recuperação, foi liberada sem a conclusão do grooving (ranhuras no asfalto que permitem o escoamento da água). A pista molhada foi apontada como uma das causas da tragédia. Mas, em outubro de 2009, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou, em relatório final, que uma falha dos pilotos é a hipótese "mais provável" para o acidente. O grupo de investigação, porém, não chegou a uma conclusão sobre um eventual erro de posicionamento das manetes, sistemas utilizados na frenagem do avião. Um dos fatores que podem ter levado o avião a não conseguir reduzir a velocidade é a posição em que uma das manetes foi encontrada após o acidente: para acelerar, e não frear.

Como fatores contribuintes para o acidente, a comissão enumerou ainda que o monitoramento do voo não foi adequado, a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) não havia normatizado regras que impedissem o uso de reversos (freios aerodinâmicos) travados e a Airbus não colocava avisos sonoros para mostrar aos pilotos quando as manetes estavam em posições diferentes (uma para acelerar e outra para frear o avião). Após a tragédia, a TAM instalou um dispositivo que avisa os pilotos sobre a posição incorreta do equipamento.

Em novembro de 2008, a Polícia Civil de São Paulo indiciou dez pessoas pelo acidente, entre elas o ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Milton Sérgio Silveira Zuanazzi e a ex-diretora da agência Denise Maria Ayres Abreu. Dias depois, no entanto, a Justiça suspendeu os indiciamentos alegando que "a medida policial ter sido lançada por meio de rede jornalística representa, aos averiguados, eventual violação de seu direito individual". O inquérito sobre o acidente está com o Ministério Público Federal em São Paulo, que não tem prazo para concluir a denúncia ou arquivá-lo.

Em janeiro de 2009, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Denise Abreu por fraude processual. Segundo a denúncia, ela apresentou a uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região uma norma da Anac que garantiria a segurança nas operações de pouso em Congonhas, proibindo pousos e decolagens apenas se a pista estivesse com lâmina d'água superior a 3 mm. No entanto, o documento era um estudo interno que não havia sido publicado no Diário Oficial da União, ou seja, sem poder de obrigatoriedade.

Fonte: Vagner Magalhães (Terra) - Fotos: Léo Pinheiro/Terra

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acidente com avião no Recife foi o 20º deste ano no Brasil

A queda de um avião em Recife (PE) nesta quarta-feira (13) foi o vigésimo acidente aéreo neste ano e o maior em número de mortes.

Quatro militares morreram em um acidente envolvendo duas aeronaves da FAB

O levantamento feito por EXAME.com exclui as quedas de helicópteros e os pousos forçados que não tenham causado vítimas nem danos mais sérios para a aeronave.

O primeiro registro do ano foi no dia 14 de janeiro, quando seis pessoas morreram em Goiânia, incluindo o neto do governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB). Houve quatro casos envolvendo aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os acidentes de 2011 foram listados a partir de reportagens publicadas por EXAME.com e por órgãos de imprensa de todo o Brasil.

Relembre os casos em ordem cronológica:

14 de janeiro

Seis pessoas morreram após a queda de avião bimotor em Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia. A aeronave modelo Beech 22 ia de Brasília para Goiânia. O neto do governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB) era uma das vítimas.

28 de janeiro

Três pessoas morreram na queda de um avião bimotor na zona rural de Londrina, no Paraná. A torre de controle perdeu contato com o avião minutos depois da decolagem do aeroporto Governador José Richa, que também fica em Londrina.

5 de fevereiro

Uma pessoa morreu na queda de um avião de pequeno porte na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo.

5 de fevereiro

No mesmo dia do acidente em Jundiaí, duas pessoas morreram após a colisão entre dois ultraleves no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

22 de fevereiro

Um avião monomotor caiu sobre uma casa no bairro do Pina, na zona sul de Recife. A aeronave, de prefixo PU-HHC, ficou prensada entre o muro e o telhado da residência. Ninguém morreu.

25 de fevereiro

Uma aeronave de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu próximo à pista de pouso do aeroporto de Porto Velho, em Rondonia. O piloto do avião modelo A-29, um Super Tucano, escapou por pouco.

2 de março

O piloto de um monomotor morreu na queda de um avião sobre uma casa no bairro Bacacheri, em Curitiba (PR). Outras cinco pessoas ficaram feridas. O acidente com a aeronave modelo Bonanza aconteceu logo após a decolagem do aeroporto de Bacacheri, que recebe aviões de pequeno porte.

7 de março

Uma aeronave de pequeno porte que transportava 560 kg de cocaína caiu na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, na Serra do Amolar, entre a divisa do Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul. Ninguém ficou ferido e duas pessoas foram presas.

19 de março

Um monomotor caiu no rio Tietê, em Buritama, na região de Araçatuba, interior de São Paulo. O piloto morreu.

21 de abril

Sete pessoas morreram após a queda de um avião Seneca no aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM). Um cachorro de pequeno porte que estava no avião também morreu. O acidente aconteceu logo após a decolagem.

12 de maio

Um piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) morreu após a queda de um avião no Rio Grande do Norte. O acidente com a aeronave modelo A-29, Super Tucano, foi na comunidade rural do Manibu, entre as cidades de Ceará-Mirim e Pureza, perto de Natal.

14 de maio

Três pessoas morreram após a queda de um avião - modelo Cessna C-210 no Pará. Apenas quatro dias depois do acidente, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram a aeronave no rio Moju, no município de Breu Branco. O avião decolou de uma fazenda no município de Senador José Porfírio com destino à cidade de Paragominas.

16 de maio

Um instrutor de voo e três alunos morreram após a queda de um avião bimotor em Piracicaba, interior de São Paulo). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião modelo Piper Aircraft Seneca - matrícula PT-IFS - decolou do Aeroclube de Piracicaba com destino a São José do Rio Preto.

17 de maio

Um avião monomotor caiu na zona rural de Teófilo Otoni, interior de Minas Gerais. Uma pessoa morreu.

30 de maio

Um avião de pequeno porte foi encontrado queimado no canavial de uma usina em União de Minas, interior de Minas Gerais. Segundo a polícia, um barulho de explosão foi ouvido após o pouso em uma estrada de terra da usina. Não houve vítimas.

10 de junho

Duas pessoas morreram na queda de uma aeronave aeronave PPX-IG do tipo Neiva no Pantanal, entre os municípios de Corumbá e Coxim (MS).

30 de junho

Quatro pessoas morreram após a queda de um avião bimotor no município de Óbidos, no noroeste do Pará.
A aeronave da empresa W & J Táxi Aéreo prestava serviço à CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), ligada ao Ministério de Minas e Energia.

4 de julho

Duas pessoas morreram em um acidente com uma aeronave de pequeno porte em um canavial que fica no município de Araçu, em Goiás. A aeronave partiu de Aruanã com destino a Goiânia.

6 de julho

Quatro militares morreram em um acidente envolvendo duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) em Pirassununga, interior de São Paulo. Os dois aviões - modelo T-25 Universal – se chocaram durante treinamento.

13 de julho

Um avião bimotor LET-410 da Noar Linhas Aéreas caiu no Recife, matando os 16 ocupantes. O acidente aconteceu três minutos após a decolagem do aeroporto de Gilberto Freyre, na capital pernambucana.

Fonte: Luís Artur Nogueira (Exame.com) - Foto: Divulgação/FAB

Brasil tem, em média, uma queda de avião a cada 10 dias

Neste ano, 58 pessoas já morreram em acidentes aéreos

Destroços do avião em Recife: todos os 16 ocupantes da aeronave morreram
A queda de um avião bimotor no Recife, nesta quarta-feira (13), foi a mais grave do ano no Brasil, com um total de 16 pessoas mortas.

Em 2011, 58 pessoas já morreram em acidentes aéreos no território nacional. O levantamento feito por Exame.com exclui as quedas de helicópteros e os pousos forçados que não tenham causado vítimas nem danos mais sérios para a aeronave.

De 1º de janeiro a 13 de julho, foram 20 acidentes com aviões (veja, em ordem cronológica, como cada um aconteceu), o que dá uma média de uma queda a cada 10 dias. Desse total, houve quatro casos envolvendo aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os acidentes de 2011 foram listados a partir de reportagens publicadas por EXAME.com e por órgãos de imprensa de todo o Brasil.

Maio foi o mês com o maior número de queda de aviões, mas julho, que ainda não terminou, é o que acumula o maior número de mortes.

Acidentes com avião em 2011

Janeiro: 2 acidentes - 9 mortes
Fevereiro: 4 acidentes - 3 mortes
Março: 3 acidentes - 2 mortes
Abril: 1 acidente - 7 mortes
Maio: 5 acidentes - 9 mortes
Junho: 2 acidentes - 6 mortes
Julho (até o dia 13): 3 acidentes - 22 mortes
Total: 20 acidentes e 58 mortes

Fonte: EXAME.com - Foto: Divulgação

Restante de destroços de avião começam a ser removidos de terreno

Na manhã desta quinta-feira (14), curiosos
ainda rondavam o local onde
estão os destroços da aeronave


Um dia após o acidente aéreo que vitimou 16 pessoas - 14 passageiros e 2 tripulantes - no Recife, na manhã dessa quarta-feira (13), curiosos ainda rondam o local onde houve a queda da aeronave bimotor L410, da empresa NoAr Linhas Aéreas. O local - um terreno baldio localizado na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, amanheceu com um buquê de flores, deixado por pessoas desconhecidas, como forma de solidariedade aos familiares das vítimas.

Também na área, representantes da empresa DJ estão fazendo a remoção do restante dos destroços do avião. A maior parte da carcaça já foi levada para uma área próxima ao hangar do Aeroporto Internacional dos Guararapes, onde ficará à disposição da Aeronáutica para conclusão do laudo. Agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil estão fazendo escolta para isolamento da região.

A caixa preta do avião foi levada para o laboratório central da Aeronáutica, em Brasília. Já o motor do transporte foi encaminhado a um centro de estudo na cidade de são José dos Campos, em São Paulo.

Fonte: NE10 - Foto: Vanessa Silva/ NE10

Avião faz pouso forçado em canavial em Novo Horizonte (SP)

Seis pessoas foram detidas no momento em que desmontavam a aeronave; delegado da DIG investiga se avião era utilizado para transportar drogas




O avião monomotor EMB-721C Sertanejo, prefixo PT-EGG, fez um pouso forçado na terça-feira (12) pela manhã em uma pista clandestina próxima à rodovia Cesário José de Castilho, que liga Itajobi a Novo Horizonte.

Depois de uma denúncia anônima nesta quarta pela manhã, a Polícia Militar de Novo Horizonte foi até o local e encontrou um mecânico e um ajudante, que seriam de Ribeirão Preto, desmontando a aeronave. Em seguida, quatro pessoas chegaram em um carro e todos foram detidos pelos policiais.

O delegado Leonel Aparecido Siqueira, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Novo Horizonte, ouve neste momento as seis pessoas envolvidas no caso e não descarta a possibilidade de o avião ter sido utilizado para fazer o transporte de drogas, contrabando ou descaminho.

A Polícia Científica de Catanduva e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foram chamadas e devem ajudar nas investigações para tentar identificar algum material ilícito dentro da aeronave. O proprietário do avião ainda não foi localizado.

Polícia prende seis perto de avião que fez pouso forçado

Aeronave que caiu terça-feira num canavial próximo a Novo Horizonte estava sendo desmontada; suspeita é de que transportava droga ou contrabando

Quatro pessoas foram presas na quarta-feira (13) pela manhã enquanto desmontavam um avião monomotor em um sítio perto de Novo Horizonte. Eles disseram à polícia que foram contratados para desmontar a aeronave depois que o avião fez um pouso forçado no local no dia anterior.

A polícia prendeu outras duas pessoas que chegaram ao local em um Gol branco com a placa com letras e números escondidos com adesivo. Os dois homens têm passagens pela polícia por tráfico de drogas. O veículo foi apreendido por falta de documentos.

O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Novo Horizonte, Leonel Aparecido Siqueira, que investiga o caso, não descarta a possibilidade de o avião ter sido usado para transportar drogas ou produtos de contrabando, já que piloto não comunicou o incidente. A aeronave, que tem capacidade para seis pessoas, teve os assentos removidos. Esta é a segunda vez que o avião é apreendido, segundo o delegado.

Os seis homens foram interrogados ontem à tarde pelo delegado. Durante o depoimento, cada um deles apresentou uma versão diferente para o caso. “A primeira informação que tivemos foi de que o avião estaria sendo usado para fazer um treinamento e que devido a uma pane foi obrigado a pousar nessa pista”, disse Siqueira. “Só que não se sabe de onde o piloto decolou”, acrescenta o delgado.

Testemunhas afirmaram aos policiais que uma camionete Hilux, prata, foi vista no local terça-feria pela manhã, logo depois de a aeronave fazer o pouso forçado. A polícia acredita que o veículo era do proprietário do avião. Ele ainda não foi identificado.

A Polícia Científica de Catanduva e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foram chamadas e vão ajudar nas investigações para tentar identificar o interior da aeronave. A Polícia Federal de Rio Preto e de Ribeirão Preto também auxiliam a DIG nas investigações, porque os detidos são moradores de Penápolis e de Ribeirão.

Outro caso

Em setembro de 2005, a polícia apreendeu R$ 1 milhão em mercadorias contrabandeadas vindas do Paraguai, na mesma estrada rural onde ocorreu o pouso forçado anteontem. Dez computadores, câmeras fotográficas e até medicamentos para emagrecer estavam dentro de uma perua abandonada no local. Apenas uma pessoa foi presa pelos policiais.

Fonte: Agência Bom Dia - Foto: radioamizadefm.com

Jovem cubano é encontrado morto em compartimento de trem de aterrissagem

Corpo pertencia a cubano de 23 anos. Voo era proveniente de Havana.

Adonis G. B., um jovem cubano de 23 anos, foi encontrado morto nesta quarta-feira (13) no trem de aterrissagem traseiro do avião Airbus A340-642, prefixo EC-LCZ, da empresa espanhola Iberia, que chegou a Madrid, Espanha, proveniente da capital de Cuba, Havana, noticiou o jornal "El País".

Segundo o diário espanhol, o jovem apresentava ferimentos no tórax e na cabeça quando foi descoberto e, provavelmente, morreu por hipotermia, congelado.

A viagem entre Havana e Madri dura cerca de nove horas e, estima-se, a temperatura no pequeno espaço onde o trem de aterrissagem fica recolhido, chega a aproximadamente 50 graus abaixo de zero.

O corpo do jovem foi localizado pelos operadores da companhia Iberia quando o voo IB-6620 - que havia partido na terça-feira da capital cubana - aterrissou no aeroporto de Barajas, em Madrid.


Imediatamente os funcionários comunicaram a descoberta à guarda civil espanhola, que ordenou que o corpo fosse removido do trem de aterrissagem e transferido para a morgue, para ser autopsiado.

O caso está agora sendo investigado pela polícia judiciária espanhola.

Fontes: tvi24.iol.pt / El País / Site Desastres Aéreos / Aviation Herald - Foto via El País

Acidentes aéreos podem gerar indenização ilimitada

Acidentes aéreos podem gerar indenização ilimitada sem comprovação da responsabilidade civil. Especialista defende aplicação do Código de Defesa do Consumidor na reparação do acidente aéreo que matou aproximadamente 16 passageiros na manhã do dia 12 de julho (terça-feira), no bairro de Boa Viagem, em Recife. O avião de médio porte de uma companhia regional de aviação caiu e pegou fogo após decolar com destino ao município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), até julho deste ano 41 pessoas morreram em acidentes aeronáuticos no Brasil.

O especialista em Direito Aeronáutico, Sérgio Alonso, explica que a partir da jurisprudência atual do Judiciário e, principalmente, dos tribunais superiores, a empresa aérea pode ser responsabilizada independente do causador da falha cometida no acidente.

"O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece a responsabilidade civil e o pagamento limitado que varia entre 30 mil e 35 mil. Como esse é um valor baixo, a jurisprudência atual, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF) aplica na prática o Código de Defesa do Consumidor, que responsabiliza as transportadoras de forma objetiva e ilimitada", diz.

De acordo com o advogado, o Código de Defesa do Consumidor garante aos familiares das vítimas o recebimento de dois terços do salário de cada passageiro até a data em que a vítima completaria 72 anos, média da expectativa de vida do brasileiro.

"Essa indenização diz respeito aos prejuízos emergentes como pertences e bagagens perdidos, e os lucros cessantes causados pela interrupção das atividades das vítimas. Até cerca de 5 anos atrás essa reparação só seria possível após aguardar a perícia que determinava se a empresa aérea teve culpa grave ou não", explica Sérgio.

Os herdeiros e beneficiários das vítimas também devem ser indenizados por dano moral pelo sofrimento causado com a perda do familiar. Além disso, as empresas aéreas também são obrigadas a pagar o enterro dos passageiros e os gastos eventuais dos familiares durante o processo de reconhecimento das vítimas.

Esse tipo de indenização é pago com valor médio de 200 salários mínimos para cada dependente da vítima do acidente como esposa e filhos. E esse valor pode ser ainda maior quando se tratar de um caso mais grave como a carbonização dos passageiros como aconteceu em Recife, segundo Sérgio Alonso.

"A companhia aérea deve tomar todas as providências possíveis a partir de agora. Nesses casos, as empresas criam uma 'Sala de Crime', onde os familiares das vítimas são reunidos e informados de tudo. A partir do atestado de óbito, essas famílias devem procurar a Justiça para ingressar com a ação e pleitear os seus direitos", alerta.

Fonte: Portal Fator Brasil

Passageiro é preso após jogar amendoins em aeromoça

Voo ia de Los Angeles para Salt Lake City.

Homem ficou irritado após não poder fumar cigarro eletrônico.

Um passageiro de 42 anos foi preso durante um voo entre Los Angeles e Salt Lake City, nos EUA, acusado de jogar amendoins e salgadinhos em uma aeromoça da companhia Southwest Airlines, segundo a emissora de TV "Fox".


O incidente ocorreu na segunda-feira (11). Pobos Paul Sefilian tentou fumar um cigarro eletrônico, mas foi avisado pela aeromoça que isso não era permitido. Irritado, Sefilian discutiu com a comissária e jogou a comida nela.

Sefilian foi preso depois que o avião pousou no Salt Lake City.

Fonte: G1 - Imagem: Reprodução

Vestida de comandante de avião, Ivete Sangalo faz a festa de fãs em voo

Cantora participou de uma ação promocional da Tam, de quem é garota-propaganda


Quem estava no voo que saiu de Salvador com destino a Guarulhos, em São Paulo, na terça-feira, 11, foi recepcionado por Ivete Sangalo. Vestida de comandante, a cantora participou de uma ação promocional da TAM, companhia aérea da qual é garota-propaganda, pela comemoração de seus 35 anos.

A cantora brincou com os passageiros, tirou fotos, deu autógrafos e posou na cabine do comandante. Até o escritor e jornalista Nelson Motta, que estava no voo, não se fez de rogado e tietou Veveta. “É o primeiro caso de um avião pilotando outro", escreveu ele no Twitter.


Fonte: correio24horas.com.br - Foto: Reprodução/Ego

Balão é lançado próximo a rota de aviões no Rio

O balão chegou a sobrevoar próximo a um avião que decolava do aeroporto Santos Dumont
Um balão foi lançado próximo ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e chegou a sobrevoar a poucos metros de distância de um avião que acabara de decolar na manhã desta quinta-feira, após ter passeado sobre o centro da capital fluminense.

No dia 17 do mês passado, policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) apreenderam 35 balões em uma operação realizada em Realengo, na zona norte do Rio, e em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Dois homens foram presos e liberados após o pagamento de fiança de R$ 1 mil. Na ocasião, a polícia prometeu intensificar as ações de combate à fabricação e à soltura de balões. A prática é considerada perigosa principalmente por ser capaz de prejudicar o tráfego aéreo.

Fonte: O Dia via Terra - Foto: Carlos Eduardo Rodrigues/O Dia

Veja outro vídeo do acidente com o avião bimotor que caiu no Recife


Fonte: UOL Notícias

Vídeo registra bimotor perdendo altitude antes da queda no Recife


Um cinegrafista amador registrou o bimotor que caiu nesta quarta-feira (13) em Recife perdendo altitude, momentos antes do acidente na praia de Boa Viagem. Todos que estavam a bordo, 14 passageiros e dois tripulantes, morreram.

Fonte: Bandnews via UOL Notícias

Avião vira durante pouso em aeroclube do interior de SP

Aeronave estava taxiando em Bragança Paulista.

Pista foi interditada para trabalhos de perícia.


O avião Neiva P-56C Paulistinha, prefixo PP-GUT, que estava taxiando no Aeroclube de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, virou e ficou de cabeça para baixo na pista após fazer uma curva, na manhã desta quarta-feira (13). A aeronave havia acabado de pousar.

Segundo a direção do aeroclube, o piloto, que efetuava uma das manobras do curso pratico de piloto-privado de avião, fez o pouso e perdeu o controle da aeronave um avião.


A pista estava interditada até o final da manhã desta quarta para que a perícia faça a vistoria da área. O piloto não ficou ferido.

Veja mais informações e fotos no site VNews.

Fontes: G1 SP, com informações do VNews - Fotos: Léo Demeter

Mulher tem mal súbito e morre em avião que pousava no Rio

Ela estava num voo que vinha de São Paulo.

Caso ocorreu na madrugada desta quinta-feira (14), no Galeão.

Uma mulher de 59 anos sofreu um mal súbito e morreu, na madrugada desta quinta-feira (14), num avião da GOL que pousava no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio.

O voo 1744 da Gol decolou de São Paulo e pousou no Rio por volta das 2h30.

De acordo com os policiais da Delegacia do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, a vítima teria morrido de causas naturais.

A filha dela, que também estava no voo, contou que a mãe tinha problemas de pressão e a passageira que viajava ao lado da vítima disse que ela chegou a dizer que não se sentia bem.

A tripulação tentou socorrê-la, mas ela morreu dentro do avião. A pedido da família, o nome da mulher não foi revelado.

Depois que os passageiros desembarcaram no Rio, a aeronave seguiu para Recife.

Fontes: G1 / Jornal do Brasil

Fabricante de avião que caiu no Recife diz estar chocado e oferece apoio

O diretor-geral do fabricante do avião LET-410, que caiu na quarta-feira (13) no Recife, divulgou um comunicado dizendo que a empresa da República Tcheca, LET Aircraft Industries, está chocada e triste com o acidente que matou 16 pessoas.

“Oferecemos nosso apoio e ajuda aos responsáveis pela aeronave, bem como às autoridades da aviação brasileira", dizia a nota de Ilona Plšková. A empresa também afirmou que não fará nenhum outro comentário a respeito do acidente até que os resultados das investigações sejam divulgados.


Fonte: G1 - Fotos: Otavio de Souza (AP) / Arnaldo Carvalho e Guga Matos (JC Imagem/AE) / João Carlos Mazella (Fotoarena/AE)

Empresa mantém voos suspensos após acidente no Recife

Queda ocorreu na quarta-feira (13) perto da praia de Boa Viagem.

Noar previa retomar operação nesta quinta, mas manteve avião parado.


A empresa Noar Linhas Aéreas decidiu suspender nesta quinta-feira (14) os voos que realizaria com partida do Recife em direção às cidades de Maceió (AL) e de Mossoró (RN). A companhia aérea já havia suspendido a operação na quarta-feira (13) após uma das duas aeronaves que a empresa operava cair e causar a morte de 16 pessoas no Recife.

O acidente com o bimotor da Noar ocorreu pouco antes das 7h. Ele havia decolado do aeroporto internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. Quatro minutos após a decolagem a aeronave caiu em um terreno perto da Avenida Boa Viagem. Os 14 passageiros e dois tripulantes morreram.

De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, os passageiros foram encaminhados para outras companhias ou serão acomodados em outros meios de transporte. A empresa diz que a paralisação das atividades se deve à reorganização da empresa após o acidente.

Nenhuma manutenção extra da aeronave foi programada para esta quinta, segundo a assessoria. No dia do acidente, a empresa havia divulgado nota informando que a suspensão dos voos valeria apenas na quarta. A expectativa é que eles sejam retomados na sexta-feira (15).

Exame de DNA

O diretor comercial da empresa disse que os corpos das 16 vítimas serão identificados por meio de exames de DNA, já que muitos deles ficaram carbonizados com o incêndio nos destroços. A declaração foi feita em entrevista coletiva.

Farias disse ainda que a última manutenção na aeronave foi realizada no fim de semana passado. "O avião tem menos de um ano de uso. A manutenção foi feita no fim de semana. A aeronave voou pela última vez nesta terça-feira [12]."

Ele afirmou ainda que os voos da empresa foram cancelados nesta quarta-feira após o acidente. "A aeronave estava com o peso de 5.559 quilos e o máximo permitido é de 6.600 quilos. Estava dentro das normas."

As caixas-pretas da aeronave foram localizadas. A análise dos equipamentos, responsáveis pelo registro dos instrumentos do avião e da conversa entre os tripulantes, irá ajudar a compreender como aconteceu o acidente com o bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas.

A leitura dos dados será realizada no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde que os materiais não estejam danificados. Os motores da aeronave, também retirados, serão encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise.

Contatos piloto e torre

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o piloto relatou pane logo após a decolagem. De acordo com dados do centro de controle do aeroporto, o piloto informou 55 segundos após a decolagem que o avião apresentava problemas.

No relato à torre, ele disse que tentaria pousar ainda na cabeceira 36 da pista do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, de onde partiu as 6h51. A intenção era fazer o pouso de emergência no sentido contrário ao da decolagem.

Dois minutos depois, às 6h53min57s, ele retomou o contato com os controladores de voo, dizendo, desta vez, que não chegaria à pista e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. O centro de controle do espaço aéreo de Recife perdeu totalmente o contato com o avião e ele sumiu da tela do radar às 6h54min18s, quatro minutos após a decolagem.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave acidentada “estava com a manutenção em dia” e que não irá determinar a suspensão dos voos da empresa.

Fonte: G1


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Empresa aérea divulga lista de vítimas da queda de avião no Recife

A Noar Linhas Aéreas divulgou a lista com os nomes dos passageiros e tripulantes que estavam no avião que caiu na manhã desta quarta-feira (13), no Recife.



O acidente com o avião bimotor da empresa ocorreu pouco antes das 7h. Ele decolou do aeroporto internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. Quatro minutos após a decolagem a aeronave com 16 pessoas a bordo caiu em um terreno perto da Avenida Boa Viagem. Bombeiros e Força Aérea Brasileira (FAB) comunicaram que não houve sobreviventes.

Veja a lista oficial com os nomes das vítimas:

1 - Rivaldo Paurílio Cardoso (piloto)

2 - Roberto Gonçalves, 55 anos (copiloto)

3 - Natan Braga

4 - Marcos Ely Soares de Araújo

5 - Carla Sueli Barbosa Moreira

6 - Bruno Albuquerque

7 - André Luis Pimenta Freitas

8 - Camila Suficiel Marino

9 - Ivanildo Martins dos Santos Filho

10 - Antônia Fernanda Jales

11- Débora Santos

12 - Marcelo Campelo

13 - Maria da Conceição de Oliveira

14 - Johnson do Nascimento Pontes

15 - Breno Faria

16 - Raul Farias

Mais cedo, pelo Twitter, a Noar Linhas Aéreas declarou que está sensibilizada com o acidente e que vai prestar todo o apoio aos parentes das vítimas. A empresa cancelou seus voos nesta quarta-feira.

Familiares

No Recife, ainda pela manhã, familiares em busca de informações sobre vítimas foram encaminhados a um hotel para aguardar a divulgação da lista e o fornecimento de mais dados sobre o trabalho de resgate dos corpos. Até por volta das 13h, corpos de 12 das 16 vítimas tinham sido resgatados.

No Rio Grande do Norte, parentes de vítimas começaram a chegar ao aeroporto onde o avião faria escala por volta das 8h. Eles foram encaminhados ao auditório da Infraero e orientados a aguardar informações da empresa.

Resgate dos corpos

A Defesa Civil informou que, até por volta das 13h desta quarta-feira (13), haviam sido resgatados os corpos de 12 das 16 vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta manhã no Recife.

No Recife, ainda pela manhã, familiares foram encaminhados a um hotel para aguardar informações sobre o trabalho de resgate das vítimas. No Instituto de Medicina Legal (IML), os primeiros parentes começaram a chegar por volta do meio-dia. Três caminhões do IML, com capacidade máxima de seis corpos cada, foram deslocados para o local do acidente.

Fonte: G1 - Foto: Alexandre Gondim (JC Imagem)

Passageiros pediram socorro, diz testemunha do acidente

"Vi o pessoal pedir socorro, cheguei perto e começou a explodir", diz vigia que viu avião cair

"O piloto desviou de uma casa, mas aí o avião caiu", diz outra testemunha do acidente


Erandir da Silva, 42, vigia do terreno onde o avião caiu, disse que tentou ajudar os passageiros, mas teve que recuar por conta de várias explosões no interior da aeronave. “Estava dormindo e escutei o barulho. Quando cheguei lá [no local da queda], o avião tava pegando fogo. Fiquei com medo de chegar perto por causa das explosões”, afirmou.

Segundo o vigia, os passageiros começaram a pedir ajuda de dentro do avião. “Vi o pessoal na janela pedindo socorro, mas quando cheguei perto começou a explodir. Senti remorso vendo o pessoal morrer sem poder fazer nada”, disse

O pesquisador Ilson Ferreira, 23, que também presenciou a queda do bimotor, disse que o piloto tentou desviar de uma casa, mas logo depois caiu de bico em um terreno.

“Estava sentado no calçadão [da praia] quando o avião pessoal, a cerca de 100 metros de mim. Ele já veio baixinho, cambaleando, passou raspando pela fiação”, disse. “Ainda tentou desviar de uma casa, mas foi aí que ele caiu. Tive vontade de ir ajudar, mas com as explosões fiquei com medo”, afirmou o pesquisador.

De acordo com Ferreira, o avião aparentemente estava tentando voltar para o aeroporto de Jaboatão dos Guararapes, já que, pouco antes de cair, estava em direção ao Recife e inverteu o sentido do voo.

Fonte: Carol Guibu (Especial para o UOL Notícias)

Piloto do avião que caiu substituía colega e se queixava de falhas nas turbinas, diz irmão


O irmão de Roberto Gonçalves, 55, piloto do avião que caiu na manhã desta quarta-feira (13) no Recife, matando 16 pessoas, afirmou que o irmão estava substituindo um colega que não pôde trabalhar hoje e que com frequência reclamava de problemas mecânicos nas turbinas das aeronaves da empresa Noar.

“Hoje ele substituiu um colega que, por problemas pessoais, não pôde fazer esse voo. Ele ligou ontem para meu irmão pedindo para ele substituí-lo”, afirmou Jairo Gonçalves, 50. “Ele sempre se queixava de falhas mecânicas nas turbinas e problemas na parte elétrica dos aviões. A última queixa que ele fez foi há três meses”, disse.

Segundo Jairo, o irmão morava em Paulista, no Grande Recife, deixou seis filhos, e trabalhava há 20 anos como piloto --dois na Noar. Um dos filhos de Roberto também é piloto de avião. O piloto chegou a informar à torre de controle que estava com problemas e que faria um pouso forçado, segundo informações da Aeronáutica.

A aeronave é um bimotor LET-410, fabricado pela empresa tcheca Let Aircraft, e saiu do aeroporto do Recife às 6h51 com destino à cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, com previsão de escala em Natal. A empresa informa que as habilitações técnicas e os certificados de capacitação física dos pilotos estavam regulares.

Fonte: Carol Guibu (Especial para o UOL Notícias)

Comoção e dor marcam tragédia aérea no Recife




A quarta-feira (13) em Pernambuco foi marcada pelo luto para familiares e amigos das 16 vítimas - 14 passageiros e dois tripulantes - do voo 4896, da NoAr Linhas Aéreas, que partiu do Aeroporto Internacional do Recife com destino a Mossoró (RN), com escala em Natal. A aeronave, um bimotor L-410, fabricado pela empresa tcheca Let Aircraft, caiu pouco depois da decolagem, às 6h51, em um terreno desocupado na Avenida Boa Viagem, na orla do Recife.

Emoção no local do acidente, em terreno na beira-mar de Boa Viagem
(Fotos: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Segundo testemunhas que estavam em uma obra próxima ao local, a aeronave teria feito movimentos circulares antes de desviar de um prédio e entrar em choque com o solo, de bico, explodindo. Todos morreram no acidente. O IML e o Corpo de Bombeiros fizeram resgate dos corpos, que estão totalmente ou parcialmente carbonizados. Muitos familiares das vítimas foram até o local e estão inconsoláveis com a tragédia.

A tripulação chegou a contactar a torre de controle do aeroporto quatro minutos após a decolagem, para informar que estava tendo problemas no avião e tentaria pousar na beira-mar. Segundo a Aeronáutica, estava no comando do avião Rivaldo Buriti, brigadeiro reformado da Aeronáutica. Como co-piloto estava Roberto Gonçalves, 55 anos. "Ele era de extrema experiência. Sem sombra de dúvidas, o fato aconteceu por conta de problemas da aeronave", falou em entrevista ao NE10 o irmão do piloto, Jairo Gonçalves, que também é piloto, informando que o irmão reclamava que havia problema recorrente na turbina.

Nota Oficial da Noar

"É com pesar que a Noar Linhas Aéreas comunica oficialmente a queda de sua aeronave modelo LET 410 com prefixo PR-NOB às 06h52 minutos dessa quarta-feira, dia 13 de julho, logo após decolar do Aeroporto Internacional do Recife (PE). O avião transportava 14 passageiros e 02 tripulantes e fazia a rota Recife – Mossoró (RN), com escala em Natal (RN). Infelizmente não houve sobreviventes.

Nesse primeiro momento, a prioridade da companhia aérea é prestar todo o atendimento necessário aos familiares das vítimas. É isso o que está sendo feito com disponibilidade de transporte, hospedagem e acompanhamento de equipe multidisciplinar (psicólogos, médicos, assistentes sociais, etc).

O Comando da Aeronáutica, a Anac e a autoridade policial já estão conduzindo as investigações pertinentes sobre o acidente. A empresa informa que as habilitações técnicas e os certificados de capacitação física dos pilotos estavam regulares.

Informamos ainda que todos os voos de hoje foram suspensos e os passageiros com voos marcados para o dia de hoje estão sendo remanejados para outras companhias aéreas."

Fonte: NE10

Avião da NoAr que sofreu queda estava em manutenção nessa terça

Segundo funcionários que trabalham no Aeroporto do Recife, o avião da empresa NoAr Linhas Aéreas, que caiu na manhã desta quarta-feira (13), em um terreno localizado na avenida beira-mar, no Recife, estava em manutenção desde ontem. "Ouvi alguns amigos que atenderam o voo pela Vitsolo (empresa de serviços de rampa) e eles falaram que o avião estava em manutenção desde ontem, sendo liberado para sair como NoAr 4809 REC-NAT na manhã desta quarta-feira (13)", contou Gerson José de Souza Filho, que trabalha no aeroporto há trê anos.


No momento da decolagem do avião, Gerson estava na área do pátio do aeroporto restrita para funcionários. "Estava conversando com os outros colegas de trabalho quando vi o NoAr passando e decolando no meio da pista. O avião apresentava um baralho muito estranho e estava pendendo para a direita, fazia esforço para subir, mas voava baixo. Sabíamos que tinha algo errado", disse. Cinco minutos após a decolagem, Gerson foi informado pela NoAr que o avião tinha caído.

Fonte: NE10 - Foto via G1

FAB: Nota oficial 2 - Acidente aeronáutico no Recife

O Comando da Aeronáutica informa a cronologia das ocorrências com a aeronave de matrícula PR NOB, acidentada em Recife na manhã desta quarta-feira (13), e os contatos com o órgão de controle de tráfego aéreo:

6h51min00s – decolagem da pista 18 do aeroporto do Recife.
6h51min55s – o piloto informou à torre de controle que a aeronave apresentava problema e que tentaria pousar na cabeceira 36, no sentido contrário ao da decolagem.
6h53min57s – o piloto informou que não chegaria à pista e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem.
6h54min18s – perda do sinal da aeronave na tela do radar.

O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) iniciou, imediatamente, as investigações para apurar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente, a fim de prevenir futuras ocorrências.

Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica