terça-feira, 24 de maio de 2011

Aeronáutica investiga risco de segurança em voo da TAM

O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica divulgou nota informando que já iniciou a investigação para apurar o ocorrido na noite de ontem envolvendo uma aeronave da TAM e um avião de pequeno porte, que trafegavam a uma distância um do outro menor do que a distância mínima de segurança. Segundo a nota, as investigações serão feitas a partir das gravações de radar e das comunicações.

O episódio ocorreu com uma aeronave da TAM e um avião de pequeno porte na área terminal do aeroporto de Brasília às 20h48 da noite de ontem.

Avião da TAM após o pouso em Brasília: susto na chegada à capital federal

"A análise preliminar aponta que a menor distância lateral entre as aeronaves foi de 3,5 km. Esta distância infringiu a distância mínima de segurança prevista. Cabe ressaltar que as aeronaves não estavam em rota de colisão, uma vez que a separação lateral entre elas era de mais de 3 km em rumos paralelos. A aeronave da TAM realizou corretamente manobra de segurança prevista para essas situações", informa a nota da Aeronáutica.

Fonte: Tânia Monteiro (Agência Estado) - Foto: Veja

Perigo de choque faz avião da TAM desviar rota

Equipamentos alertaram comandantes sobre aproximação de outra aeronave


O Airbus A319-132, prefixo PR-MAH, da TAM, que decolou do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, rumo a Brasília e fazia o voo JJ3712 (CGH-BSB), na noite desta segunda-feira (23), fez um desvio de sua rota na aproximação da capital federal, alertado pelos equipamentos da aproximação de um outro avião, Embraer EMB-712 Tupi, prefixo PT-NYR, pertencente ao Aeroclube de Canela (foto acima).

De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), o Comando da Aeronáutica já iniciou a investigação para apurar o caso, já que análise preliminar mostrou que a menor distância lateral entre as duas aeronaves foi de 3,5 km, o que infringe a distância mínima.

Ainda segundo a FAB, apesar do problema, os dois aviões não estavam em rota de colisão, já que a separação lateral entre eles era de mais de 3 Km em rumos paralelos.

Avião da TAM após o pouso em Brasília: susto na chegada à capital federal

Em nota, a TAM e a FAB afirmam que o comandante da aeronave seguiu totalmente os protocolos de segurança. O avião pousou às 20h59, na capital federal.

Fonte: R7 - Fotos: aeroportodecanela.blogspot.com / Veja.com

Erupção de vulcão islandês cancela 500 voos na Europa, diz agência

Coluna de cinzas pode atingir parte da Dinamarca, Noruega e Suécia.

Impacto em voos, no entanto, deve ser mais limitado, diz Eurocontrol.


Cerca de 500 voos já foram cancelados nesta terça-feira (24), de um total de 29 mil que eram esperados em toda a Europa devido à coluna de cinzas expelida pelo vulcão islandês Grimsvotn, que força o fechamento do espaço aéreo, informou a Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) em novo comunicado.

De acordo com a agência, ainda há uma grande possibilidade que a nuvem de fumaça atinja parte da Dinamarca e norte da Noruega e Suécia, mas o impacto nos voos deve ser mais limitado.

Mais cedo, a agência europeia havia divulgado que, diante da instabilidade das condições meteorológicas, não é possível "identificar com certeza qual será o movimento da nuvem da cinzas".

Um novo comunicado sobre o tráfego aéreo na região do vulcão só deve ser divulgado na quarta (25), diz o Eurocontrol.

O Grimsvotn, o vulcão mais ativo da Islândia, entrou em erupção no sábado (21).

Passageiros aguardam voo em aeroporto na Escócia

Inicialmente, o alastramento das cinzas do vulcão islandês forçou o cancelamento, na segunda-feira (23), de diversas decolagens e aterrissagens em aeroportos escoceses. Cerca de 400 passageiros passaram a noite no aeroporto de Edimburgo.

Mas agora milhares de passageiros enfrentam cancelamentos de voos no Reino Unido. Foram afetados também os aeroportos de Londonderry, Glasgow, Prestwick, Durham Tees Valley, Newcastle e Carlisle.

Empresas como British Airways, Easyjet e KLM suspenderam atividades na Escócia, e alguns voos transatlânticos sofreram atrasos.

A ameaça de mais interrupções aéreas fez com que o presidente dos EUA, Barack Obama, adiantasse em um dia sua ida de Dublin, na Irlanda, a Londres, primeiras paradas de seu giro pela Europa nesta semana.

O secretário britânico dos Transportes, Philip Hammond, já havia antecipado que “a maioria ou todos os voos da Escócia seriam suspensos” na manhã desta terça, mas acrescentou que o tráfego aéreo deveria voltar à normalidade por volta de 12ha (horário local) em cidades como Glasgow e Edimburgo.

Os problemas causados pelo vulcão Grimsvotn remetem a outro vulcão que provocou caos aéreo na Europa. No ano passado, a erupção do Eyjafjallajokull praticamente paralisou o tráfego aéreo da Europa por cerca de um mês.

Imagem de satélite divulgada pela NASA nesta segunda mostra a densa coluna de fumaça do vulcão Grimsvotn, na Islândia
Fonte:  G1, com agências internacionais - Fotos: AP / NASA - Arte: G1

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reino Unido alerta para possível interrupção de voos devido a vulcão

Irlanda também apontou possibilidade; Obama está no país em visita.

Cinzas de vulcão islandês devem chegar à região nos próximos dias.

A Autoridade de Aviação Civil (CAA, da sigla em inglês) da Inglaterra afirmou nesta segunda-feira (23) que voos com origem ou destino a algumas regiões do Reino Unido podem sofrer interrupção devido à nuvem de cinzas procedentes do vulcão islandês Grimsvötn, que entrou em erupção no sábado (21).

O Escritório de Meteorologia nacional prevê que a nuvem deve cobrir todo o espaço aéreo da Irlanda, da Escócia e partes da Inglaterra até as 6h GMT de terça-feira (24), ou 3h da manhã no horário de Brasília.

Questionado se a nuvem pode causar cancelamentos de voos, um porta-voz da CAA afirmou: "É certamente isso que está parecendo no momento."

Obama na Irlanda

No mesmo dia, a Autoridade de Aviação Irlandesa (IAA, da sigla em inglês) também apontou a possibilidade de ter voos em seu espaço aéreo interrompidos devido à nuvem de cinzas, mas disse não esperar que isso ocorra até a manhã de quarta-feira (25).

O presidente Barack Obama está no país, e a previsão é que ele deixe a Irlanda na manhã de terça-feira (24).

Nuvem de cinzas expelidas do vulcão Grimsvotn é vista no domingo (22) - Foto: Reuters

União Europeia

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), também apontou o alerta. "Existe a possibilidade de a nuvem vulcânica afetar o espaço aéreo europeu, começando pela zona noroeste, em particular pelo Reino Unido e pela Irlanda, seguramente hoje ou amanhã", disse a porta-voz comunitária de Transporte, Helen Kearns.

A porta-voz disse que atualmente é difícil fazer previsões além das próximas 48 horas e saber se a nuvem afetará outras regiões da Europa, já que as condições meteorológicas estão em constante evolução e se têm poucos dados sobre o volume de cinzas expulso e sua densidade.

Além disso, explicou que na manhã desta segunda-feira (23) houve uma reunião do grupo de coordenação de crise que inclui a Comissão Europeia, as companhias aéreas, os aeroportos, as autoridades nacionais de aviação e a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol), na qual ficou decidido emitir uma série de diretrizes.

Essas recomendações, que devem ser divulgadas nesta segunda, se basearão nos princípios estipulados no ano passado, que estabelecem três zonas (vermelha, azul ou preta), segundo o nível de concentração de cinzas.

A porta-voz ressaltou ainda que haverá diretrizes específicas dirigidas às autoridades de aviação para que contem com ferramentas que permitam às companhias aéreas fazer uma avaliação do risco de segurança, em função dos motores de seus aviões e de outra informação técnica.

A Comissão Europeia ressaltou que o sistema atual é muito mais flexível para os Estados-membros e as companhias aéreas que o aplicado na crise do ano passado com a erupção de outro vulcão na Islândia, e que, ao mesmo tempo, garantirá o nível de segurança necessário.

Além disso, explicou que o comissário europeu de Transporte, Siim Kallas, deve conversar também nesta segunda por telefone com os ministros europeus desse setor para abordar a situação e garantir a maior coordenação possível.

Fontes da UE explicaram que a Eurocontrol manterá na tarde desta segunda-feira uma reunião por teleconferência com os aeroportos europeus.

A Nasa, Agência Espacial Americana, divulgou nesta segunda-feira (23) imagens da nuvem de cinzas expelida pelo vulcão Grimsvotn, na Islândia, registradas por um satélite. A foto acima foi feita às 05h GMT de domingo (22), 2h da madrugada entre sábado (21) e domingo (22) no horário de Brasília. O vulcão havia entrado em erupção no dia anterior. - Foto: Reuters/NASA/GSFC/Jeff Schmaltz/MODIS Land Rapid Response Team

A imagem acima foi registrada às 13h GMT, ou 10h no horário de Brasília, no domingo (22). Nesta segunda (23), autoridades da aviação civil da Inglaterra e da Irlanda alertaram para a possibilidade de interrupção de voos em seus territórios devido à nuvem de cinzas do vulcão. - Foto: Reuters/NASA/GSFC/Jeff Schmaltz/MODIS Land Rapid Response Team
Fonte: G1 (com informações da Reuters e da Efe)

Avião da El Al que informou falha técnica pousa com segurança em Israel


O Boeing 777-258/ER, prefixo 4X-ECD, da companhia El Al, com 279 passageiros a bordo e que chegou a reportar falha no início da madrugada desta segunda (noite de domingo em Brasília), conseguiu aterrissar com segurança no aeroporto Ben Gurion, localizado a cerca de 15 km de Tel Aviv, em Israel. As informações são do The Jerusalem Post.

A aeronave decolou em direção a Nova York (voo LY-27), mas foi forçada a voltar e fazer um pouso de emergência após falha técnica encontrada na roda esquerda. Mais de 70 equipes de resgate foram mobilizadas para a espera do avião no aeroporto, o maior aeroporto do país.

Enquanto a aeronava aguardava para fazer o pouso de emergência, os pilotos foram instruídos a liberar combustível no Mar Mediterrâneo.

Fontes: Terra / Aviation Herald

AF447: Familiares de vítimas esperam por relatório oficial

O presidente da Associação de Familiares das Vítimas do Voo 447 (AFVV447), Nelson Marinho, afirmou que vai aguardar a divulgação do relatório oficial do Escritório de Investigações e Análise para a Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) para comentar as apurações sobre as causas do acidente.

Segundo as famílias, um estudo preliminar sobre o conteúdo das caixas pretas do avião, que caiu em junho de 2009 quando fazia o trajeto Rio-Paris, deve ser apresentado pelo órgão francês na próxima sexta-feira, 27.

Marinho voltou a criticar a Airbus (fabricante do A-330 que sofreu o acidente) e a Air France pela construção e manutenção da aeronave, mas disse que prefere não se manifestar sobre as informações divulgadas pela revista alemã "Der Spiegel". De acordo com "um especialista envolvido na investigação", entrevistado pelo semanário, os dados das caixas pretas analisados até agora indicam que a queda do avião pode mesmo ter sido provocada pelo congelamento dos sensores de velocidade, conhecidos como pitots.

"Prefiro receber essa informação oficialmente por parte do BEA antes de fazer qualquer comentário, mas nós sabemos que a Airbus e a Air France haviam sido alertadas em 1993 sobre problemas com o pitot e com o computador de bordo", disse Marinho. "Esse equipamento deveria ter sido substituído há muitos anos, mas só foi trocado após o acidente".

Pai de uma das vítimas do acidente, o mecânico de engrenagens Nelson Marinho Filho, o presidente da AFVV447, afastou a notícia publicada pela "Spiegel" de que a ausência do piloto na cabine no momento dos primeiros sinais de alerta poderia ter contribuído para a queda do avião.

"Comentários sobre qualquer possibilidade de falha dos pilotos já haviam sido divulgados e foram desmentidos pelo BEA. Conversei muitas vezes com o piloto responsável pelo sindicato francês da categoria e não vejo nenhum erro por parte dos profissionais", avaliou.

Fonte: Bruno Boghossian (Agência Estado)

Piloto do voo AF 447 não estava na cabine quando avião começou a apresentar problemas, diz revista


A gravação da caixa-preta recuperada do voo AF 447 da Air France que caiu no Oceano Atlântico, em 2009, revela que o piloto Marc Dubois não estava na cabine quando o momento mais crítico do voo começou, de acordo com a revista alemã “Der Spiegel”.

Em apenas quatro minutos, o destino do voo AF 447 foi selado. Este foi o tempo gasto do momento em que o primeiro aviso de emergência apareceu no painel do Airbus A330 até a queda no mar, entre o Brasil e a África, matando todas as 228 pessoas a bordo.

Desde a semana passada funcionários do Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos da França (BEA, na sigla em francês) estão analisando o conteúdo das gravações da cabine do Airbus recuperadas da caixa-preta do avião. As análises feitas até agora sugerem que o acidente foi causado por uma combinação de erros técnicos e humanos.

Fontes ligadas à investigação revelaram que o piloto Marc Dubois, de 58 anos, não estava na cabine do avião no momento em que o problema começou. No entanto, o piloto correu para seu lugar assim que percebeu que algo estava errado. “Ele instruiu os dois co-pilotos para salvar a aeronave”, disse uma fonte ao “Spiegel”.

Apesar de a ausência momentânea do piloto indicar que um erro humano pode ter causado o acidente, dados da caixa-preta indicam que o avião se comportava de maneira estranha. Até agora, acredita-se que os pilotos levaram o Airbus para uma região de tempestades. A baixa temperatura acabou por congelar os sensores de velocidade.


No entanto, segundo a análise da caixa-preta, os pilotos tentaram achar o caminho mais seguro. A Zona de Convergência Intertropical é um local traiçoeiro, com cristais de gelo difíceis de serem detectados em radares climáticos. A quebra de sensores de velocidade dificultou o trabalho dos pilotos que precisam, neste momento do voo, manter o avião em uma velocidade precisa.

Há a possibilidade, de os pilotos terem agido de maneira incorreta com a quebra dos sensores de velocidade. Mas isto não isenta a fabricante do avião de responsabilidade.

Fonte: UOL Notícias - Fotos: Guibbaud Christophe / Abaca / DER SPIEGEL / DPA

domingo, 22 de maio de 2011

AF447: Destroços estavam em área onde não esperávamos, diz comandante das buscas

Mike Purcell avistou pela primeira vez os destroços submersos do Airbus

Após 671 dias de busca infrutífera pelo voo 447 da Air France, que desapareceu no meio da noite quando rumava do Rio de Janeiro a Paris, uma imagem em preto e branco surgiu em um monitor diante do pesquisador americano Mike Purcell em 3 de abril. A bordo do navio Alucia e no comando de uma tripulação de 34 pessoas, ele avistava pela primeira vez os destroços submersos do Airbus que mergulhara no Atlântico com 228 pessoas a bordo.

Purcell posa ao lado do submarino Remus

O engenheiro do Instituto Oceanográfico Woods Hole (sigla WHOI, com sede nos EUA) foi requisitado pelas autoridades francesas para comandar a terceira e a quarta fases de procura pela aeronave com auxílio de três modernos submarinos não tripulados capazes de vasculhar o fundo do mar por meio de sonares e câmeras digitais. Purcell, 52 anos de idade e duas décadas de trabalho como engenheiro-sênior na organização americana, é um dos especialistas que ajudaram a projetar os veículos automáticos chamados Remus, que detectaram a fuselagem estilhaçada no leito do oceano.

Graças a esse padrão de excelência, o WHOI – entidade privada sem fins lucrativos dedicada à exploração, pesquisa e educação – tem em seu currículo descobertas históricas como os restos do célebre Titanic, em 1985. A localização e o resgate do voo 447, porém, envolveram ao todo cinco etapas de trabalho e diferentes empresas e especialistas contratados pelas autoridades francesas.

Leia a entrevista, concedida por telefone dos Estados Unidos, de um dos principais responsáveis por começar a desvendar o mistério em torno do voo 447:

O senhor esteve a bordo do navio de buscas todo o tempo?

Mike Purcell – Eu fiquei a bordo do Alucia desde o final de março até 15 de abril, quando saímos da embarcação. Não estava no navio Ile de Sein, que fez o resgate das caixas-pretas e de outras partes do avião, participei apenas das buscas aos destroços. Também estive no mar no ano passado, durante a fase 3 (das buscas), quando fizemos duas tentativas.

No ano passado, se tentou estimar a localização da aeronave com base em projeções das correntes marinhas, o que não deu certo. É muito difícil de prever o comportamento das correntes naquela região?

Purcell – Sim, é verdade. Nós procuramos mais a noroeste, mas eu não estive diretamente envolvido nessas modelagens, então não sei bem como chegaram àquelas conclusões. Mas realmente é uma área muito complicada em termos de correntes marítimas. Estão sempre mudando de direção, e nós experimentamos isso quando estávamos lá em nosso barco.

Qual o exato momento em que o senhor descobriu que haviam encontrado os destroços do voo 447?

Purcell – Na verdade, houve dois momentos. O primeiro deles foi em 2 de abril, quando estávamos olhando imagens do sonar com uma resolução não muito grande. Mas a dimensão da imagem de retorno (do sonar), em uma área onde não esperávamos retorno nenhum, nos deu uma grande confiança de que se tratava dos destroços. Isso foi mais ou menos às 15h do dia 2. Então, lançamos um veículo (submarino) por volta das 23h30min daquela noite, que desceu e tirou 16 mil fotografias na área identificada pelo sonar.

Foram tiradas 16 mil fotografias em uma única descida?

Purcell – Sim. Foi uma missão de 14 horas. Nós não vimos os dados até o veículo voltar a bordo. Então o recuperamos por volta das 13h30min da tarde seguinte. Levou algum tempo até fazer o download das fotografias, e cerca de uma hora e meia depois começamos a ver as fotografias que confirmavam que lá estavam os destroços.

O senhor lembra qual foi a primeira foto que permitiu confirmar serem os restos do avião?

Purcell – Era a foto de pequenas partes (do avião). Eram pequenas partes porque começamos a tirar fotos pelo canto da área da queda, e nessa parte ficaram as partes menores. Uma das primeiras imagens, pelo que me lembro, foi um pedaço da fuselagem.

E como o senhor se sentiu ao realizar essa descoberta, depois de dois anos de buscas e quando muitos já achavam impossível encontrar o avião?

Purcell – Bem, muito bem. Nós todos ficamos muito felizes quando encontramos. Nós já estávamos envolvidos com isso havia uns 18 meses, desde o período de preparação para a fase 3, então realizando a fase 3, depois preparando a fase 4 e indo para lá. Então foi muito bom ter sucesso em encontrar o avião.

O senhor e sua tripulação sempre acreditaram que conseguiriam?

Purcell – Estávamos confiantes. Tínhamos muita confiança nos nossos veículos (submarinos), na capacidade de eles procurarem por algo assim. Tínhamos três deles, então conseguíamos vasculhar uma área grande. Foi apenas a segunda vez em que se usou três veículos desse tipo ao mesmo tempo.

Qual foi a parte mais difícil?

Purcell – Bem, nós achamos (os destroços) nove dias depois do início das buscas. Então, poderia dizer que o mais difícil foi chegar até lá, toda a parte logística, mas é muito difícil trabalhar no oceano. O mar não trata os equipamentos com carinho, então você tem sempre de dar o melhor de si. Mesmo que tenhamos confiança nos nossos veículos, você tem sempre de trabalhar com o seu melhor para ter sucesso.

Essa missão foi especial para o senhor de algum modo?

Purcell – Foi uma missão muito importante, por um par de razões. A primeira é desfazer o mistério sobre por que o avião se perdeu. Nós encontramos os destroços, eles recuperaram as caixas-pretas, vão lê-las e acredito que vão descobrir por que o avião caiu. Isso pode ser crítico para a segurança no futuro. A outra é trazer conforto para os familiares das vítimas, que poderão ter respostas sobre por que isso aconteceu.

O senhor teria alguma mensagem para os familiares das vítimas?

Purcell – Eu espero que a solução do mistério os ajude.

MAIS


Fonte: Zero Hora - Foto:Tom Kleindinst / Woods Hole Oceanographic Institution

Congelamento de sonda de velocidade é possível causa de acidente do AF 447, diz jornal

Franceses divulgam novas imagens de caixa-preta do voo AF 447, que matou 228 pessoas em 2009; entenda como funciona uma caixa-preta

O voo Air France Rio-Paris, que desapareceu no Atlântico no dia 1º de junho de 2009 com 228 pessoas a bordo, teria sofrido uma súbita parada provocada pelo gelo acumulado nas sondas Pitot, segundo o semanário alemão Der Spiegel, que cita um investigador do acidente.

Os especialistas afirmaram na sexta-feira passada que no fim da próxima semana divulgarão oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas recentemente do fundo do oceano.

Der Spiegel, citando um especialista que pediu o anonimato, garante que as causas exatas do acidente não são conhecidas, mas que a informação das caixas-pretas sugere que as sondas de velocidade da aeronave, conhecidas como sondas Pitot, congelaram, o que provocou uma falha na velocidade do Airbus.

O acidente ocorreu em um lapso de quatro minutos, segundo as informações reveladas pelas caixas-pretas recuperadas no mês passado a quase 4 mil metros de profundidade.

Segundo a gravação, o piloto chefe do voo, Marc Dubois, não estava na cabine quando os alarmes soaram.

Pode-se ouvir ele chegando correndo à cabine e "grita instruções aos seus dois copilotos", afirma o especialista ao semanário.

O avião parecia que havia evitado uma área de fortes turbulências, mas suas sondas Pitot tinham partículas de gelo.

Então, "a informação gravada indica uma queda abrupta do avião pouco depois que os indicadores de velocidade falharam", como resultado de uma parada do avião, disse o especialista.

Não está claro se isto foi consequência de um erro do piloto ou se os computadores da aeronave saltaram automaticamente para compensar o que parecia ser uma súbita perda de potência, disse a revista.

O caso é seguido de perto na Alemanha, já que 28 passageiros do voo eram alemães.

Fonte: AFP via UOL Notícias

sábado, 21 de maio de 2011

Prefeitura divulga projeto para o memorial em homenagem às 199 vítimas do acidente da TAM

Espaço será construído no local do acidente ocorrido em 2007.

Parentes da vítimas já têm sugestões de mudanças para o projeto.


O projeto da Prefeitura de São Paulo para o memorial em homenagem às 199 vítimas do acidente com o avião da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007, foi divulgado neste sábado (21). O memorial vai ser construído no local do acidente, na Avenida Washington Luís, onde funcionava o antigo prédio da TAM Express.

O projeto prevê um espaço aberto ao público, com uma árvore no centro e um local reservado para os nomes de cada uma das vítimas. Haverá também um parque de diversões para as crianças.

Os parentes das vítimas estão reunidos na capital paulista neste fim de semana para discutir o projeto, que ainda pode ser modificado. Eles já definiram as mudanças que vão pedir à Prefeitura: querem que o local tenha um acesso melhor pela Avenida Washington Luís e tenha também mais verde e mais água no espaço. Os parentes também sugerem que sejam colocados pontos de luz para representar cada vítima do acidente.

A associação anunciou também que, a partir do ano que vem, será construída uma escola no bairro do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, para formar técnicos especializados em manutenção de aeronaves e prevenção de acidentes.

Fontes: G1 / SPTV (TV Globo)

Advogado diz que inquérito de acidente da TAM sai até julho

O resultado do inquérito conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) que apura as causas do acidente com o avião da TAM, que fazia o voo JJ 3054, deve ser concluído até julho, segundo o advogado que representa os parentes das vítimas, Ronaldo Marzagão. "Acredito que antes do quarto aniversário desse trágico acidente tenhamos uma solução final do inquérito", disse ele neste sábado, pouco antes de se reunir com os parentes dos mortos no acidente em um hotel na capital paulista.

No dia 17 de julho de 2007 o avião da TAM percorreu toda a pista do Aeroporto de Congonhas sem conseguir parar, atravessou a avenida Washington Luís e atingiu um edifício da própria companhia aérea e um posto de gasolina. Entre passageiros e tripulação, 199 pessoas morreram.

De acordo com o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dario Scott, o fim da investigação é o maior anseio dos parentes. "O objetivo da associação sempre foi trazer as informações sobre a investigação criminal do acidente", afirmou. Para ele, caso o inquérito seja concluído, a luta dos parentes entrará em uma nova fase.

MPF deve indicar culpados

Na opinião de Marzagão, o MPF deverá indicar vários culpados pela tragédia, principalmente em relação aos erros de procedimento, que mais tarde, foram revistos. "O suposto erro dos pilotos na posição dos manetes não seria o início da tragédia e, sim, o fim dela", afirmou. Além dos rumos da investigação, a reunião de hoje da Afavitam discutiu a proposta da prefeitura de São Paulo para o memorial que será construído no local do acidente. O projeto apresentado propõe a criação de uma praça para lembrar as vítimas da tragédia.

Apesar de o projeto contemplar reivindicações dos parentes, como a manutenção de uma amoreira que resistiu à explosão, algumas mudanças foram pedidas. Entre elas, a inclusão do anjo que serviu de símbolo para a luta da Afavitam e a marcação do local exato do choque. Essa definição é especialmente importante para Márcia de Araújo. Ela é mãe de Michelle Leite, comissária que não pode ser identificada entre os destroços do avião.

"O monumento será um lugar que possa mostrar para as pessoas que, mesmo com toda aquela catástrofe, com toda desgraça e sofrimento, que ali se foram pessoas especiais de uma forma trágica", afirmou ela.

Fonte: Agência Brasil via Terra

Avião da TAM faz pouso de emergência em Salvador após ameaça de bomba

Voo para São Paulo foi interrompido após ameaça de bomba feita por um passageiro


O voo 3603 da TAM saindo da cidade de Porto Seguro com destino à Guarulhos, em São Paulo, foi obrigado a executar um pouso de emergência no Aeroporto Luis Eduardo Magalhães às 18h47 desta sexta-feira (20).

Segundo informações da Infraero, o comandante do Airbus A321-231, prefixo PT-MXE,  da TAM emitiu sinal de ameaça de bomba para a torre de comando e recebeu a orientação de pousar imediatamente depois que um passageiro, que aparentava 45 anos, afirmou que iria explodir o avião.

A aeronave, que fazia o trajeto Porto Seguro-Salvador-Guarulhos, foi taxeada para uma área remota do aeroporto e teve todos os seus 129 passageiros retirados. A Infraero foi avisada e acionou a Polícia Federal e um grupo de elite da PM de Salvador, além de uma equipe dos bombeiros e uma junta médica local.

O homem foi detido pela Polícia Federal, e tanto a aeronave quanto as bagagens dos passageiros estão sendo revistadas. Segundo a assessoria da Infraero, o aeroporto em nenhum momento foi fechado.

Segundo comunicado oficial da TAM, a companhia decidiu apurar os fatos em conjunto com o departamento federal de segurança pública para que, após a realização da perícia e, somente com total segurança, o voo seja liberado. A TAM ainda lamentou o ocorrido e pediu desculpas aos clientes pelos transtornos causados.

Fontes: Diogo Max e Mirela Portugal (Exame.com) - Foto: Ferrnando Amorim/Agência A TARDE

Nota oficial da TAM

A TAM informa que o voo 3603 (Porto Seguro / Salvador / Guarulhos) está atrasado na etapa entre Salvador e São Paulo devido a uma denúncia de bomba a bordo feita por um passageiro, que teve seu desembarque realizado pela Polícia Federal, na capital baiana, no começo da noite de hoje (20).

Visando à segurança de seus passageiros e tripulantes, e seguindo os procedimentos de melhores práticas de segurança da aviação civil e da legislação que rege a indústria, a companhia decidiu apurar os fatos em conjunto com o departamento federal de segurança pública para que, após a realização da perícia e, somente com total segurança, o voo seja liberado. A TAM lamenta e pede desculpas aos clientes pelos transtornos causados.

São Paulo, 20 de maio de 2011

TAM Linhas Aéreas


Infraero descarta possibilidade de bomba em voo que seguia para SP


De acordo com informações da Infraero, está descartada a existência de bomba no voo 3603 -TAM que seguia de Porto Seguro para São Paulo, com conexão em Salvador. Após ameaça de um passageiro, o piloto da aeronave acionou o alarme de bomba e foi orientado pela torre de comando a fazer o pouso no Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães.

Fontes: G1 / Jornal da Globo

Aeronáutica diz que investe em pessoal

OUTRO LADO

Advogado que defende controlador absolvido por "inépcia" do caso do acidente da Gol pede que juiz faça retratação

Procurado pela Folha desde anteontem por meio de sua assessoria de imprensa, o Comando da Aeronáutica respondeu, em nota, que não "tece comentários a respeito de decisões judiciais".

"Cabe esclarecer que, somente entre 2007 e 2010, a Força Aérea Brasileira formou mais de mil novos controladores de tráfego aéreo, além de profissionais de áreas também ligadas ao controle do espaço aéreo, como técnicos em comunicações e em meteorologia."

A Aeronáutica diz que os investimentos realizados no setor desde 2007 ampliaram "a capacitação do nível operacional dos controladores".

A nota cita também um investimento de R$ 5 milhões por ano em cursos "visando a elevar o nível de inglês dos profissionais envolvidos diretamente no atendimento de tráfegos de aeronaves internacionais".

O atual comandante da Aeronáutica é o brigadeiro Juniti Saito, que assumiu em 2007. À época do acidente, o comando era do brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, cujo afastamento foi atribuído à crise que se instalou no setor aéreo desde então.

"O resultado desses investimentos já pôde ser constatado em 2009, quando a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), ligada às Nações Unidas, realizou uma auditoria no sistema de controle do espaço aéreo brasileiro e o classificou dentre os três melhores no mundo", diz a nota da Aeronáutica.

O advogado Roberto Sobral, defensor do controlador Jomarcelo Fernandes dos Santos, disse considerar "justíssima" sua absolvição, mas avaliou que houve "exagero" nas menções do juiz à "inaptidão" de seu cliente.

"Espero que o juiz se retrate, pois não estamos falando de uma pessoa sem nenhuma capacidade. O problema é que o encargo que foi dado para ele era insuportável para alguém com a experiência que ele possuía à época", afirmou o advogado.

Segundo Sobral, Jomarcelo somente deveria operar "sob supervisão ou na função de assistente". "Em qualquer lugar do mundo, um profissional com a experiência dele seria assistente. Jamais ficaria sozinho".

Sobre o controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar, condenado na mesma decisão que inocentou Jomarcelo, o advogado disse que vai recorrer.

"A Força Aérea preservou seus oficiais e deixou que toda a responsabilidade caísse nas costas dos controladores", disse o advogado.

Em outubro do ano passado, reportagem da Folha mostrou que o país tinha quase 900 controladores a menos do que a meta de 3.114 estabelecida pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) em 2008.

Fonte: Rodrigo Vargas (jornal Folha de S.Paulo)

Controlador do caso Legacy era considerado inapto

Segurança aérea ficou na mão de inapto, diz instrutor

Militar que treinou sargento diz que objetivo era suprir carência de pessoal

Juiz inocentou controlador do caso Legacy por considerá-lo inapto para função; FAB não comenta

Pressões dentro da Aeronáutica para suprir a carência de pessoal forçaram a homologação de uma pessoa sem "condições" e com "deficiente controle emocional" para a função de controlador de voo -primordial para a segurança do controle aéreo.

A afirmação é do sargento Wellington Rodrigues, do Cindacta 1, em Brasília, ao juiz Murilo Mendes, no processo sobre a colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, em 2006. No acidente, 154 pessoas morreram.


O sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos (na foto acima, no detalhe) era um dos responsáveis por acompanhar o setor em que trafegava o Legacy.

Anteontem, a Justiça inocentou Jomarcelo da acusação de atentado culposo (sem intenção) contra a segurança de voo no acidente, em razão de "notórias deficiências" e "inaptidão" ao cargo. A FAB não comenta o caso.

Na decisão, o juiz mencionou trechos do depoimento do instrutor Wellington, responsável pelo curso concluído por Jomarcelo em 2005.

"Ele [Jomarcelo] demorou muito mais do que a turma dele para ser homologado. Ficou fazendo várias tentativas, e havia sempre aquela insistência de homologá-lo", disse Wellington.

No depoimento, o instrutor foi questionado sobre a origem da "imposição para que se fizesse a homologação de Jomarcelo". O relato é que "a testemunha explicou que não era uma imposição específica". "A gente sabia da dificuldade do número de operadores e havia, sim, essa pressão", afirmou Wellington.

As dificuldades do controlador também foram descritas em laudo psicológico juntado ao processo, que cita problemas para "estabelecer prioridades", "deficiente controle emocional" e "pouca agilidade nas instruções".

Em 2007, na CPI do Apagão Aéreo no Senado, um procurador do Ministério Público do Trabalho afirmou que Jomarcelo só ingressou no quadro de controladores "praticamente à força", após ser reprovado quatro vezes no exame de ingresso.

Militar de carreira, então com 38 anos, Jomarcelo estava havia menos de nove meses no cargo quando aconteceu o acidente.

Segundo o Ministério Público Federal, ele ignorou indicações em sua tela de controle de que o Legacy voava na "contramão" e com o transponder (sistema anticolisão da aeronave) desligado.

Na sentença, o juiz sugere que se atribua conduta dolosa (intencional) no caso a quem "conferiu a Jomarcelo a habilitação para que ele exercesse a função."

Fonte: Rodrigo Vargas (jornal Folha de S.Paulo) - Fotomontagem: G1

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Anúncio infeliz da United Airlines perto do Marco Zero, em NY, foi removido



"Você vai gostar de onde nós pousamos" - diz o anúncio da United Airlines colocado do outro lado da rua do Marco Zero, área onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center.

Vale lembrar que, no atentado de 11/9, uma das torres foi derrubada justamente por um avião da United.

Depois de se dar conta da infelicidade do local escolhido para a publicidade, a companhia aérea removeu o anúncio imediatamente.


Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 3

Aeroporto de Cuiabá


O aeroporto de Cuiabá, que teve a movimentação de 2 milhões de passageiros em 2010, deverá investir R$ 87,5 milhões na reforma e modernização do terminal de passageiros para poder receber mais turistas para os jogos que irá sediar.

As obras também irão incluir a adequação do sistema viário em torno e a construção de estacionamento. Segundo a Infraero, a licitação já foi concluída e está na fase de projetos. O aeroporto reformado deve ser entregue até julho de 2013.

Aeroporto de Curitiba


No Aeroporto de Curitiba, parte das obras previstas para a Copa poderão ser entregues no ano que vem. As obras consumirão cerca de R$ 73 milhões de reais para reformar e ampliar o terminal de passageiros e o sistema viário, além de ampliar o sistema de pátio e pista de táxi.

O edital de licitação das obras foram publicados entre dezembro e janeiro últimos e a etapa de propostas segue até março de 2011. A ampliação do terminal de passageiros é a que terá maior prazo para ficar pronta, a previsão é que termine até dezembro de 2013.

Aeroporto de Salvador


Com a movimentação de 7,5 milhões de passageiros somente em 2010, o Aeroporto de Salvador receberá, segundo a Infraero, R$ 45 milhões em investimentos para modernizar o maior aeroporto do Nordeste do país. As obras incluem construção de torre de controle, estimada sozinha em R$ 15 milhões, reforma do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves.

O cronograma da Infraero prevê a entrega do aeroporto reformado em agosto de 2013, mas por enquanto os projetos estão em fase de licitação.

Aeroporto de Recife


Entre as 12 cidades-sede para a Copa, o Aeroporto de Recife será o de menor investimento para modernização das instalações. A única obra prevista no aeroporto será a construção de uma nova torre de controle, no valor de R$ 19,8 milhões.

Com previsão para ser entregue em abril do ano que vem, o projeto ainda não entrou nem em fase de edital. O terminal, que teve a movimentação de quase 6 milhões de passageiros no ano passado, estima que o número salte para 7,5 milhões em 2014.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo/Exame / Divulgação

Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 2

Aeroporto de Confins, em BH


Assim como nos outros aeroportos, o terminal de passageiros é o principal problema enfrentado pelos cerca de 7 milhões de passageiros que embarcam e desembarcam no Aeroporto de Confins por ano.

O aeroporto receberá o investimento estimado de R$ 408,6 milhões para ampliar e reformar o terminal e a pista de pouso, além de adequar o sistema viário.

As obras estão previstas para serem encerradas em outubro de 2013, mas por enquanto o projeto está em fase de licitação e a abertura das propostas será feita até o fim de fevereiro deste ano.

Aeroporto de Porto Alegre



O aeroporto mais movimentado na Região Sul do país, em Porto Alegre, deverá ter concluída a etapa de obras do terminal de passageiros em dezembro de 2013, segundo previsão da Infraero.

Para a primeira fase da reforma e ampliação, os investimentos serão de R$ 345, 8 milhões. Por enquanto, a licitação dos projetos ainda está em elaboração e as obras permanecem no papel.

As reformas para a Copa do Mundo deverão desafogar o terminal que, com 5,6 milhões de passageiros no último ano, deverá chegar a 8,8 milhões em 2014.

Aeroporto de Manaus



O aeroporto de Manaus deverá ser o último a ser entregue entre os aeroportos das cidades-sede, com previsão de conclusão das obras para dezembro de 2013. Com movimentação de 2, 7 milhões de passageiros no ano passado, o terminal do principal aeroporto do Norte do país passará por uma primeira etapa de ampliação e reforma.

As obras estão em fase de projeto e o processo de preparação de edital ainda não teve início. Os gastos previstos com a reforma giram em torno de R$ 327 milhões.

Aeroporto de Fortaleza



O terminal de passageiros do Aeroporto de Fortaleza foi inaugurado em 1998. Menos de 15 anos depois, ele passará por reforma e ampliação estimada em R$ 279 milhões. As obras do aeroporto da capital do Ceará ainda incluem adequação do sistema viário em torno.

O projeto que deverá tornar o terminal passível de receber as 6,4 milhões de pessoas previstas para 2014 ainda não tem data marcada para edital e abertura de licitação. Segundo a Infraero, as obras continuam marcadas para encerrar em agosto de 2013.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo / Divulgação / Jonas Oliveira/Placar / Jorge Andrade/Wikimedia Commons

Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 1

Em três anos o Brasil será o centro das atenções com a Copa do Mundo de 2014, veja em que pé estão os preparativos nos aeroportos do país

Aeroporto de Guarulhos


A principal porta de entrada do país, o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, registrou um movimento de 26, 7 milhões de passageiros no último ano, acima da sua capacidade de 17 milhões. Para desafogar as áreas de passageiros, a construção de um terceiro terminal é a obra de maior volume de investimentos prevista para o aeroporto, no valor de R$ 716, 6 milhões. A ampliação, com previsão de entrega para novembro de 2013, ainda está em fase de projeto.

Ao todo, a Infraero prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão na modernização e reforma do aeroporto (sem contar os R$ 740 millhões envolvidos nas obras do Aeroporto de Viracopos, em Campinas), com construção de novos módulos operacionais e pistas, que devem ficar prontos no ano que vem. Segundo o órgão, no entanto, a única obra que já se encontra em execução é a ampliação e revitalização do sistema de pistas e pátios, com previsão de conclusão para janeiro de 2012.

Aeroporto de Brasília



O Aeroporto de Brasília é o terceiro em movimentação no país, atrás de Guarulhos e Congonhas, com o embarque e desembarque de 14 milhões de passageiros somente no ano passado.

Os investimentos para a Copa totalizam R$ 748, 4 milhões, com previsão de projetos de reforma e ampliação do terminal de passageiros (1ª etapa), ampliação do sistema de pátio e aeronaves e do sistema viário.

Os projetos ainda prevêem, segundo a Infraero, construção de módulo operacional e edificações complementares. Por enquanto, tudo ainda está apenas no papel. O edital de licitação da primeira etapa da obra no terminal de passageiros foi publicado em dezembro último e a abertura das propostas foi feita em 5 de janeiro. As obras devem estar concluídas até julho de 2013, de acordo com a Infraero.

Aeroporto do Galeão, no Rio



A decisão final da Copa do Mundo deverá ser no Maracanã, como no campeonato de 1950. Para chegar lá e ver ao vivo o campeão levantar a taça, os brasileiros e turistas deverão passar por dois terminais de passageiros reformados e entregues desde o ano anterior, segundo a previsão da Infraero.

O projeto de reforma receberá R$ 687 milhões e já está em obras. As obras no primeiro terminal têm entrega marcada para dezembro de 2012 e o segundo para julho de 2013.

Aeroporto de Natal



Com investimentos de R$ 254 milhões previstos somente para a primeira etapa, Natal tem um novo aeroporto sendo construído na região metropolitana. As estimativas são de que a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante consumirá, ao todo, R$ 577 milhões.

Segundo a Infraero, a primeira etapa será entregue em abril deste ano e a conclusão será conduzida pela iniciativa privada. No momento, a segunda etapa está em processo de assinatura de novo termo de Cooperação com o Exército.

O novo aeroporto irá substituir o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo (na foto ao lado) como a principal porta de entrada do Rio Grande do Norte, que teve a movimentação de 1,8 milhão de passageiros no último ano. Como a construção será concluída pela iniciativa privada, a Infraero afirmou não dispôr da estimativa de capacidade do novo aeroporto após a conclusão das obras.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo/Exame / Jonas Oliveira/Placar / Divulgação / Demis Roussos/Arquivo

8 dicas para aliviar o sufoco nos aeroportos brasileiros

De infraestrutura à gestão dos aeroportos, especialistas apontam algumas prioridades para que o Brasil receba bem os estrangeiros e trate bem seus próprios passageiros


Especialistas, autoridades e até Pelé, o garoto-propaganda da Copa de 2014, já se pronunciaram, desconfiados, sobre a questão dos aeroportos no Brasil. O tom do discurso é sempre o mesmo: não vai dar tempo de suprir as carências da precária infraestrutura até a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, dois anos depois.

O governo corre contra o tempo. Nesta semana, prometeu dar um diagnóstico sobre os projetos de concessão de aeroportos à iniciativa privada em até 60 dias. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social vai avaliar a viabilidade econômica de três projetos, que preveem ampliar a capacidade dos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Brasília.

Entretanto, as maiores críticas de quem entende do assunto dizem respeito justamente à pressa. Não significa que o processo deva ser lento. O horizonte para o qual se olha é que não pode ser muito curto. Pequenos "remendos" na estrutura aeroportuária brasileira podem até resolver os problemas em 2014, mas vão gerar consequências mais graves nos anos seguintes.

Exame.com conversou com especialistas em transporte aéreo como Respício do Espírito Santo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Jorge Eduardo Leal, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; Anderson Correia, superintendente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dentre outros, e reuniu dicas para aliviar o sufoco nos aeroportos do país. Eles abordaram temas como gestão dos aeroportos, infraestrutura e desburocratização da recepção dos visitantes.

Não pensar na Copa e nas Olimpíadas

Para o professor Respício do Espírito Santo, da UFRJ, a Copa do Mundo e as Olimpíadas não podem ser a motivação das obras em aeroportos. Se isto acontecer, serão feitos "remendos" que solucionam o problema temporariamente, mas criam outros ainda maiores no futuro. "Se formos construir agora para chegar a uma situação ultra confortável daqui a 10 anos, então, na época da Copa, a situação vai ser melhor do que se tentarmos apressar as coisas agora. Se fizermos obras pensando na Copa, em 10 anos estaremos perdidos."

Definir um plano de ação específico

Para o doutor em engenharia de transportes e superintendente da Anac, Anderson Correia, o governo precisa deixar de lado o "precisamos fazer isto, e aquilo..." e definir logo as prioridades. "Quais são as necessidades? Não tem nada fechado ainda. Não se sabe se vai haver terceiro aeroporto em São Paulo, se vão construir uma terceira pista no aeroporto de Guarulhos, ou se vão ampliar a capacidade de Viracopos. O tempo para fazer tudo isto é longo, e o governo ainda não bateu o martelo."

Trazer a iniciativa privada para perto

Desenvolver o setor aeroportuário brasileiro passa necessariamente por uma parceria com a iniciativa privada, como a própria Anac reconheceu. Um estudo da consultoria McKinsey mostra que seria interessante para o setor aéreo brasileiro ter parcerias entre governo e empresas para a reforma de aeroportos, a construção de novos, e a administração.

O problema é que o setor privado fareja roubadas à distância. Para que a parceria entre as empresas e o governo funcione, é preciso ter transparência e informações objetivas. "A iniciativa privada não entra em uma obra com custo estimado em um bilhão de reais, como é a do aeroporto de Guarulhos, sem conhecer todas as regras do jogo. Um bom exemplo é quanto ao futuro de São Paulo. As empresas vão querer saber se haverá um bom sistema de transportes ligando o aeroporto ao centro da capital, se haverá um novo aeroporto em São Paulo para concorrer com o de Guarulhos. Tudo isso é importante para que elas avaliem o retorno que terão do investimento", diz Anderson Correia, da Anac.

Segundo o diretor de infraestrutura da Anac, Rubens Carlos Vieira, a criação do novo órgão de cúpula da aviação brasileira, a Secretaria de Aviação Civil (Seac), vai ajudar neste esforço. A nova líder do setor vai se encarregar de direcionar os rumos para que o modelo de autorizações e concessões a empresas privadas ganhe mais espaço. O mais provável é que as futuras gestões sejam mistas, sendo improvável um aeroporto totalmente privado.

Conversar sobre tudo, e com todos

Um problema crônico do setor aéreo brasileiro, na visão do professor Respício, é o diálogo ruim entre todos os atores que compõem o cenário, tanto os públicos quanto os privados - a Anac, a Infraero, empresa que administra a maioria dos aeroportos brasileiros, as próprias companhias aéreas, dentre outros. Conversa-se pouco. A disposição para falar é grande, mas para ouvir, nem tanto. "Aqui no Brasil não se consegue trabalhar pelo negócio do outro. Todo mundo quer fazer o seu trabalho sem saber o que se passa ao seu redor. A Infraero hoje é incapaz de ajudar as empresas aéreas, e vice-versa."

Construir terminais móveis de passageiros

Os terminais móveis de passageiros seriam uma boa solução de emergência para os aeroportos brasileiros. E segundo o professor Jorge Leal, da USP, a urgência não tem ligação com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. "Falo do que está acontecendo agora. Nos próximos anos o tráfego de passageiros vai aumentar muito, e toda solução que puder aumentar a capacidade é bem vinda." Leal afirma que a experiência com terminais provisórios foi bem sucedida em cidades como Atenas, Frankfurt e Lisboa. Nesta última, a construção foi feita para aliviar a demanda de passageiros que aumentou por causa da Eurocopa, disputada em Portugal em 2004. "Este terminal funcionou tão bem que de provisório não teve nada. Está lá até hoje."

O professor ressalta ainda que, se a opção for o terminal móvel, outras obras auxiliares devem ser consideradas. "Os terminais são boas escolhas, mas nunca sozinhos. É preciso investir em estacionamentos e novos pátios para as aeronaves. São ampliações fundamentais em aeroportos que já estão em situação complicada, como Guarulhos e Vitória."

Considerar a expansão do aeroporto em São José dos Campos (SP)

Segundo Anderson Correia, da Anac, o aeroporto de São José dos Campos, no interior de São Paulo, seria uma opção rápida para aliviar a pressão do excesso de passageiros. O aeroporto tem uma pista ociosa e com capacidade para a movimentação de grandes aeronaves. Seria preciso ampliar o pátio em que as aeronaves ficam estacionadas e o terminal de passageiros, obras que podem ser feitas em menos de três anos.

A distância entre o município e a capital paulista é de aproximadamente 100 quilômetros, o que poderia afastar os passageiros. Entretanto, para o superintendente da Anac, o risco de ociosidade depois que as obras de ampliação terminarem é baixo. "Fizemos um estudo mostrando que, se o terceiro terminal de Guarulhos não for feito, a demanda no aeroporto de São José vai passar para cinco milhões de passageiros por ano. Além disso, a ligação entre São José dos Campos e São Paulo por rodovias é boa. A cidade tem infraestrutura logística. Muitos turistas vêm para cá querendo conhecer Campos do Jordão e cidades do litoral, o acesso a estes lugares partindo de São José é fácil."

Investir em identificação inteligente para acabar com as filas

Aumentar a eficiência na recepção de passageiros não depende apenas de terminais maiores. É preciso investir em tecnologia para diminuir as filas e os inconvenientes, sobretudo em momentos de grande movimento, como os eventos esportivos dos próximos anos. Segundo o sócio-líder da área de imigração da consultoria Ernst&Young, James Egan, o governo brasileiro deveria considerar o uso de identificação biométrica de passageiros, como a leitura de impressão digital e de retina, além de passaportes inteligentes, dentre outras opções.

Criar postos avançados em aeroportos estrangeiros

Outra dica do especialista James Egan, da Ernst&Young é criar postos avançados de registro de visitantes estrangeiros em aeroportos fora do Brasil. Os escolhidos seriam, naturalmente, aqueles de onde mais partem voos para o país, como os aeroportos de Miami, Lisboa e Buenos Aires. Estes locais funcionariam como "observatórios das leis brasileiras". Neles, visitantes estrangeiros apresentariam seus vistos e todas as burocracias seriam cumpridas antes que ele embarcasse para o Brasil. Para isto, entretanto, o Brasil primeiro precisa modernizar suas embaixadas e consulados no exterior. Atualmente, segundo ele, um executivo perde 12 dias esperando por um visto de entrada no Brasil, o que significa um grande transtorno para quem tem que viajar frequentemente.

Fonte: Eduardo Tavares (Exame.com) - Foto: Jonas Oliveira/Placar

Anac vê possível falha no Embraer 190 e altera inspeções

Rachaduras em “componentes estruturais” não especificados foram encontradas após testes de fadiga metálica, segundo documentos Anac

O E-190 tem capacidade para até 114 passageiros e é operado por companhias como a JetBlue e US Airways e a brasileira Azul

O jato E-190, fabricado pela Embraer SA e utilizado por companhias como a US Airways Group Inc., devem ser submetidos a inspeções mais frequentemente depois de a Agência Nacional de Aviação Civil ter encontrado rachaduras em componentes estruturais do avião em testes.

Rachaduras em “componentes estruturais” não especificados foram encontradas após testes de fadiga metálica, segundo documento conhecido como Diretriz de Aeronavegabilidade, publicado no website da Anac. Segundo a agência, as rachaduras poderiam comprometer a integridade do avião. Foi estipulado um prazo de 90 dias, a começar de 16 de junho, para que as novas exigências sejam colocadas em prática.

“Falha em inspecionar estes componentes estruturais, de acordo com as tarefas novas/revisadas e seus respectivos intervalos, pode impedir a detecção, a tempo, das trincas por fadiga”, diz o documento. “Estas trincas, se não endereçadas de maneira apropriada, podem afetar adversamente a integridade estrutural do avião.”

O E-190 tem capacidade para até 114 passageiros e é operado por companhias como as americanas JetBlue Airways Corp e US Airways e a brasileira Azul Linhas Aéreas Brasileiras. Até hoje, a companhia com sede em São José dos Campos, no estado de São Paulo, já entregou 332 aviões desse modelo.

“A Embraer informa que está ciente do assunto e avalia uma solução para efetivar o cumprimento desta AD até o dia 16 de junho”, disse em e-mail a assessoria de imprensa da Embraer.

As ações da Embraer fecharam o dia em alta de 0,9 por cento, cotadas a R$ 12,97, após chegarem a subir 3,1 por cento. No ano, os papéis da fabricante de aviões acumulam alta de 9,9 por cento, contra baixa de 10 por cento do Ibovespa.

Operadores do E-190

A Air Canada não encontrou “anomalias” nas inspeções de seus E-190, disse Angela Mah, porta-voz da companhia que opera 45 aviões desse modelo, segundo informações de seu website.

“A Azul Linhas Aéreas Brasileiras informa que recebeu a diretriz de aeronavegabilidade e irá incluí-la dentro do prazo estipulado em seu programa de manutenção”, segundo e-mail enviado pela assessoria de imprensa da companhia, fundada pelo ex-presidente do conselho da JetBlue, David Neeleman, e que opera 10 E-190.

Porta-vozes da JetBlue e da US Airways não puderam comentar a determinação da Anac imediatamente. A JetBlue tinha 45 dessas aeronaves em sua frota no fim de 2010, segundo um comunicado ao mercado, enquanto a US Airways tinha 15, segundo o website Ascend Online Fleets.

O bi-jato E-190 fez seu primeiro voo em 2004. Atualmente, a Embraer tem 170 pedidos firmes para o modelo, segundo balanço do primeiro trimestre de 2011 enviado à Comissão de Valores Mobiliários em 2 de maio.

Companhias aéreas inspecionam regularmente seus aviões para avaliar a fadiga do metal do qual são feitos por conta do estresse a que alguns componentes são submetidos com as mudanças em pressão atmosférica durante o voo e pelos impactos sofridos durante os pousos.

A Boeing Co. disse no mês passado que teria de aumentar o número de testes de estresse em modelos mais velhos do 737 após rachaduras que surgiram antes do esperado abrirem um rasgo durante o voo na fuselagem de um jato da Southwest Airlines Co. A agência de aviação civil americana determinou que fossem realizadas novas inspeções em alguns modelos de 737, num total de 175 aviões em todo o mundo.

Fonte: Bloomberg via Exame.com - Foto: Divulgação/Embraer

Avião que caiu em SP estava em rota contrária ao plano de voo

Destroços mostram que ele seguia no sentido de São José do Rio Preto.


Entretanto, no horário, bimotor deveria estar chegando a Piracicaba.


O avião que caiu nesta segunda-feira (16) na Serra de São Pedro, na região de Piracicaba, no interior de São Paulo, matando quatro pessoas, voava em uma rota contrária à prevista no plano de voo quando ocorreu a queda. O bimotor seguia de São José do Rio Preto para Piracicaba, mas os destroços e marcas na serra apontam que a colisão aconteceu no sentido oposto, de Piracicaba para São José do Rio Preto.

O aeroclube da cidade, ao qual pertencia o avião, confirmou a informação nesta quarta-feira (18). A hipótese trabalhada pelos peritos é a de que o piloto, que já havia avisado à base da Força Aérea Brasileira (FAB) em Pirassununga que visualizava o município de Piracicaba, onde pousaria, mudou a rota, perdeu altitude e acabou se chocando contra a serra.

“Provavelmente ele teve que efetuar uma curva ou uma manobra para poder tirar a aeronave do rumo que ela estava”, disse o capitão da FAB Leonardo Oliveira. O fato que teria motivado esta mudança de percurso a dez minutos da chegada ao destino ainda é desconhecido.

O bimotor Sêneca decolou na segunda-feira, às 21h, foi até São José do Rio Preto, onde executou uma ação conhecida como “bate-e-volta”, em que pousa, toca o solo e, imediatamente, decola novamente. O último contato feito pelo piloto foi às 22h29, quando ele informou à FAB que já avistava o município de Piracicaba.


Os destroços e corpos foram encontrados apenas na tarde desta terça-feira (17). Morreram no acidente um instrutor e três alunos.

Caixa-preta

O avião não tinha caixa-preta. Segundo o presidente do aeroclube de Piracicaba, Fernando Pavan, a ausência do equipamento que registra dados sobre o voo irá dificultar a descoberta das causas do acidente. Em aeronaves como o bimotor que caiu, um Sêneca, é comum não haver caixa-preta.

As investigações sobre o acidente começaram efetivamente na manhã desta quarta-feira. As informações colhidas serão mantidas em sigilo até a conclusão da investigação, prevista para durar 90 dias. Pavan disse, entretanto, que é possível que nesse prazo o laudo não avance no sentido de esclarecer o motivo do acidente.

Ele explicou que, na ausência da caixa-preta, serão avaliados pela perícia os restos da aeronave. Pode haver dificuldade, no entanto, de localizar peças intactas. Militares que participaram do resgate e localização dos destroços disseram que, na ocasião, não foi possível visualizar partes grandes do bimotor que caiu em uma área de mata fechada.

Fonte: G1, com informações da EPTV