sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Avião perde pressão por buraco na fuselagem nos EUA

Um buraco de 30 centímetros por 60 centímetros surgiu na fuselagem de um avião comercial que subitamente perdeu pressão logo depois de decolar de Miami, nos Estados Unidos.

Um passageiro que estava a bordo do voo 1640 da American Airlines disse que os passageiros entraram em pânico na noite da última terça-feira (26), quando o avião que ia para Boston perdeu pressão e as máscaras de oxigênio caíram.

"Foi caótico e confuso. Meio surreal. Nós olhamos uns para os outros quando as máscaras caíram e pensamos que já era", disse Edward Croce, de 34 anos. Croce tentou enviar uma mensagem de texto de adeus para deu filho, mas suas mãos tremiam tanto que ele não conseguia controlá-las.

A tripulação disse que era uma emergência e o piloto levou o avião em segurança para Miami. O Boeing 757-223, prefixo N626AA, levava 154 passageiros e seis tripulantes. "Estava balançando muito e todos estavam em choque", disse Croce. Segundo ele, a companhia aérea não forneceu atendimento médico aos pacientes quanto eles aterrissaram.

A porta-voz do departamento de avião civil (FAA, pelas iniciais em inglês), Kathleen Bergen disse hoje que uma inspeção relevou a existência de um buraco na parte superior da fuselagem, perto da porta da cabine, na direção da fronte do avião.

O Conselho de Segurança Aérea Nacional (NTSB, pela sigla em inglês) investiga o caso. O porta-voz do órgão, Keith Holloway, disse que a agência ainda não sabe o que provocou o buraco. "Estamos analisando a fadiga (do metal), questões técnicas e tudo mais". O porta-voz da American Airlines, Tim Smith, disse a empresa designou um grupo de engenheiros e técnicos de manutenção para avaliar a aeronave. O avião foi retirado de operação. As informações são da Associated Press.

Fontes: Agência Estado / Aviation Herald - Fotos: AP / AVH

Argentina deve comprar seis cargueiros KC-390 da Embraer

A Embraer anunciou nesta sexta-feira a assinatura de uma carta de intenções para a venda de seis cargueiros KC-390 para a Argentina, país que deve participar do desenvolvimento da aeronave.

Com isso, o total de pedidos encaminhados à fabricante brasileira pela aeronave chega a 60 unidades.

"O acordo marca o início das negociações contemplando a participação da Fábrica Argentina de Aviões 'Brig. San Martín' na fabricação do novo avião e também para a futura aquisição de seis aeronaves KC-390 pelo governo argentino", informou a Embraer em comunicado.

Trata-se do quinto anúncio de negociação de parcerias internacionais para o programa KC-390 desde o final de agosto. Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca já iniciaram discussões para definir as condições de participação no desenvolvimento do novo avião de transporte militar.

Em julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou a intenção de adquirir 28 jatos KC-390.

Fonte: Reuters via O Globo - Imagem: Divulgação/Embraer

Infraero simula acidente com avião no mar em Florianópolis

A Infraero realizou treinamentos de resgate durante a simulação de um acidente aéreo na tarde desta sexta-feira, na Baía Sul de Florianópolis (SC). Cerca de 200 pessoas participaram da ação, entre profissionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Exército, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e funcionários voluntários do Aeroporto Internacional Hercílio Luz.

No exercício, foi simulado o pouso forçado de um avião no mar, diante da Base Aérea de Florianópolis, deixando 20 pessoas feridas. O resgate consistia em buscar as vítimas na água e realizar os procedimentos de primeiros socorros em terra.

Os feridos, representados por militares, chegaram a estar maquiados para simular ferimentos graves. Quatro helicópteros, lanchas e ambulâncias também auxiliaram no exercício.

De acordo com o gerente de segurança da Infraero no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, Antônio Manoel de Lima, os funcionários do terminal catarinense participaram de um treinamento de uma semana para atuarem no socorro em caso de acidentes aéreos. Ele afirmou que os procedimentos de segurança adotados pela estatal envolvem várias entidades militares e civis e que o tempo de resposta para a chegada das equipes no local é de três minutos.

"Trabalhamos com essa cronometragem no caso específico de acidentes envolvendo aeronaves. Mais do que três minutos não é considerado um tempo satisfatório", disse. "Neste treinamento conseguimos verificar a eficácia dos procedimentos de segurança adotados, bem como os meios que usamos para chegar ao local de um possível desastre. Ao simularmos um acidente grave, ainda averiguamos as reações dos voluntários em casos de pressão".

Fonte e fotos: Fabrício Escandiuzzi (Terra)

Pacotes em aviões são ameaça a judeus nos EUA, diz liga

Pacotes enviados da Grã-Bretanha, do Iêmen e da Arábia Saudita ameaçam instituições judaicas nos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira a Liga Anti-Difamação, citando fontes da segurança.

"Diante da ameaça anunciada, a Liga enviou uma notificação às instituições da comunidade judaica em todo o país para aumentar a segurança nas salas de expedição e a contatar as forças de segurança imediatamente se encontrarem algo suspeito", afirmou.

Entenda

A operação de escolta de um avião da Emirates procedente de Dubai por dois F-15 americanos ocorreu após inspeções de aviões de carga em Newark (Nova Jersey) e Filadélfia (Pensilvânia), como parte de medidas de segurança adotadas após a identificação de pacotes suspeitos procedentes do Iêmen e destinados aos Estados Unidos em aviões de carga na Grã-Bretanha e em Dubai. Depois do alerta, as autoridades americanas passaram a investigar aviões com destino aos EUA que transportavam pacotes procedentes do Iêmen.

Fonte: Terra - Fotos via Terra

Caças escoltam avião com pacote suspeito rumo a aeroporto em NY

Aeronave vinda de Dubai tem carga proveniente do Iêmen, diz FBI.

Autoridades investigam pacotes suspeitos que seriam ligados a complô.




Um voo de passageiros da companhia aérea Emirates Airlines vindo de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e com um pacote proveniente do Iêmen, pousou no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, após ser escoltado por caças dos Estados Unidos, disse o FBI nesta sexta-feira (29).

A escolta do voo 201 foi feita porque havia um pacote proveniente do Iêmen no voo, disse o porta-voz do FBI, Richard Kolko.

O avião, um Boeing 777-300, foi levado até o aeroporto por dois jatos de combate F-15 e pousou normalmente, segundo imagens mostradas ao vivo pelas TVs locais.

Anteriormente, aviões militares canadenses haviam acompanhado o avião durante seu sobrevoo àquele país.

A Emirates afirmou que vai cooperar com as autoridades dos EUA na investigação do caso.

Imagens da TV local mostram o Boeing da Emirates logo após o pouso no aeroporto JFK, em Nova York, nesta sexta-feira (29)

As autoridades norte-americanas investigaram nesta sexta aviões com destino aos Estados Unidos que transportavam pacotes procedentes do Iêmen depois que pacotes suspeitos foram encontrados em um aeroporto no norte de Londres e em Dubai.

Pelo menos dois aviões também foram vasculhados em território americano.

Até agora, nenhum explosivo foi encontrado, segundo o FBI.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA afirmou que, após os alertas, vai aumentar as medidas de segurança na aviação no país.

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Fotos: AP

Os aviões da UPS envolvidos nas ameaças de bomba

As aeronaves e os voos investigados:

Boeing 767-34AF/ER, prefixo N306UP, da UPS (United Parcel Service), voo 5X-218, do Aeroporto Paris Charles de Gaulle, na França, para Filadélfia, no estado da Pensilvânia, nos EUA - Foto: Luis Gonçalves

Boeing 767-34AF/ER, prefixo N303UP, da UPS (United Parcel Service), voo 5X-208, de Colônia, na Alemanha, para Newark, em Nova Jersey, nos EUA - Foto: Zaninger Jonathan

Boeing 767-34AF/ER, prefixo N330UP, da UPS (United Parcel Service), voo 5X-232, de Colônia, na Alemanha, para , para Filadélfia, no estado da Pensilvânia, nos EUA - Foto: Terry Wade

McDonnell Douglas MD-11(F), prefixo N286UP, da UPS (United Parcel Service), voo 5X-204, de Colônia, na Alemanha, para Filadélfia, no estado da Pensilvânia, nos EUA - Foto: Michael Carter

Fonte: Aviation Herald - Fotos: Airliners.net

Pacotes suspeitos em aeroportos colocam EUA e Grã-Bretanha em alerta

Pacotes suspeitos em voos vindos do Iêmen foram investigados.

Casa Branca apura se eles fazem parte de um complô terrorista maior.




Autoridades norte-americanas e britânicas estão em alerta e investigaram aeronaves nos aeroportos americanos da Filadélfia, na Pensilvânia, e de Newark, em Nova Jersey, e no aeroporto britânico de East Midlands, a 260 km ao norte de Londres.

As autoridades confirmaram a existência de pacotes suspeitos no avião de East Midlands e em uma instalação da empresa Fedex, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas não havia pacotes nos dois aviões investigados em território americano.

Jato pousa perto de avião cargueiro da UPS, isolado após ameaça, em aeroporto da Filadélfia - Foto: Matt Rourke (AP)

A mídia local informou que aviões de carga também foram detidos para investigação em Portland, Maine, e no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York.

Alerta

A investigação começou após um alerta de que pacotes vindos do Iêmen e com destino aos EUA teriam pacotes suspeitos.

Avião é investigado nesta sexta-feira (29) no aeroporto de Newark, em Nova Jersey - Foto: AP

Depois de suspeita de bombas, EUA aumentam segurança em aviões

O Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou nesta sexta-feira (29) que vai aumentar as medidas de segurança nos aviões, depois que foram encontrados pacotes suspeitos com destino aos Estados Unidos.

O FBI (polícia federal americana) afirmou que não havia explosivos nos pacotes, originados no Iêmen, e descartou a iminência de um ataque ao EUA.

"O público deve esperar aumentos específicos, incluindo revistas mais rigorosas e segurança adicional nos aeroportos, diz o comunicado.

O alerta teria sido dado por um país aliado dos EUA.

O grupo terrorista al-Qaeda da Península Arábica seria o principal suspeito, segundo fontes de segurança dos EUA. O grupo tentou um ataque a um avião de passageiros dos EUA no Natal do ano passado, mas sem sucesso.

Após a confirmação dos incidentes, o governo do Iêmen afirmou que iria investigar o caso.

Os EUA intensificaram o treinamento, a inteligência e a assistência militar ao Iêmen depois de uma tentativa fracassada de explodir um avião de passageiros norte-americano no dia de Natal, em 2009, reivindicada pelo braço iemenita da rede terrorista da al-Qaeda.

A Fedex disse que suspendeu preventivamente suas entregas vindas do Iêmen.

O FBI também afirmou que os pacotes suspeitos eram endereçados a entidades judaicas da cidade americana de Chicago.

Mais cedo, uma porta-voz da Federação Judaica, havia anunciado que as sinagogas da principal cidade do estado de Illinois haviam sido postas em alerta depois que os pacotes foram achados.

Obama avisado

A Casa Branca disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, foi informado na noite de quinta-feira sobre uma possível ameaça terrorista contra os EUA, relacionada com pacotes suspeitos vindos do Iêmen e colocados em aviões com destino ao país.

"Graças à estreita colaboração entre as agências do governo dos EUA e nossos aliados e parceiros estrangeiros, as autoridades foram capazes de identificar e examinar dois pacotes suspeitos, um em Londres e um em Dubai", disse o porta-voz Robert Gibbs.

"O presidente orientou as agências de inteligência e segurança e o Departamento de Segurança Interna para que tomem providências para garantir a segurança dos americanos, e para determinar se estas ameaça são parte de qualquer complô adicional", disse.

Os incidentes ocorrem quatro dias antes das eleições parlamentares nos EUA, marcadas para a próxima terça-feira.

Caminhão em Nova York

Além disso, a polícia de Nova York investigou um caminhão da empresa UPS no bairro do Queens, também sob a suspeita de que conteria explosivos. Nada de anormal foi encontrado.

Questionado sobre se o incidente tinha conexão com o caso dos aviões, o porta-voz da polícia, Paul Browne, negou-se a confirmar.

A Transportations Security Administration (TSA, órgão responsável pela segurança no transporte nos Estados Unidos) disse que está monitorando os relatos de objetos suspeitos.

Fontes: G1 (com agências internacionais) / BBC Brasil via O Globo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dois aviões da Alaska Airlines colidem em aeroporto nos EUA

Dois aviões da Alaska Airlines ficaram danificados quando um deles colidiu com o outro enquanto saía de uma das plataformas de embarque no Aeroporto Seattle–Tacoma (Sea-Tac), localizado em SeaTac, Washington na manhã de quarta-feira (27).

O porta-voz do aeroporto, Perry Cooper, disse que um dos Boeing 737 estava saindo do portão D1 - pouco depois das 07:00 (hora local) -, quando uma de suas asas bateu no estabilizador horizontal localizado na cauda do outro jato da Alaska Airlines, que estava estacionado no portão C9.

Ninguém ficou ferido, mas o avião que estava sendo empurrado para trás - o Boeing 737-990, prefixo N309AS - tinha 139 passageiros e cinco tripulantes a bordo e todos foram evacuados. O porta-voz da Alaska Airlines, Bobbie Eagan, disse que o avião com passageiros a bordo iria realizar o voo 660 para Dallas.

O outro avião, o Boeing 737-990, prefixo N302AS, estava vazio.

Eagan disse que os passageiros programados para voar para Dallas foram transferidos para outro avião que decolou às 09h15.

Não ficou claro o quanto os dois aviões ficaram danificados.

"Nós definitivamente vamos ter esses dois aviões fora de serviço. Faremos uma inspeção de segurança completa antes de colocá-los em serviço novamente, disse o porta-voz. A companhia aérea informou que vai fazer uma investigação completa sobre o que aconteceu.

Fonte: ASN / seattlepi.com / komonews.com - Fotos: komonews.com

Queda de avião mata 1 no Canadá

Bimotor levava funcionários da BP Canadá quando caiu em Alberta.

Nove pessoas foram hospitalizadas com ferimentos leves.

Destroços de avião bimotor Beechcraft King Air 100, prefixo C-FAFD, pertencente a empresa Kenn Borek Air, são vistos em Kirby Lake, no estado de Alberta, no Canadá. A aeronave caiu na na segunda-feira (25) com dez pessoas a bordo - dois pilotos, um empreiteiro e sete empregados da BP Canadá. Uma delas morreu, e as demais foram hospitalizadas com ferimentos leves.

Fontes: G1 / AP / ASN - Imagens: AP / Michael Dick (CBC News) / Google Maps / edmontonjournal.com

Avião com 47 ocupantes desliza e sai de pista na Colômbia pela chuva

Um avião da companhia aérea Avianca, com 47 pessoas a bordo, deslizou e saiu da pista na cidade colombiana de Cali nesta quarta-feira (27), quando aterrissava em meio a intensas chuvas, sem registro de vítimas fatais ou feridos, informaram autoridades aeronáuticas.

O diretor da Aeronáutica Civil (Aerocivil) nessa região, Moisés Hernández, disse a jornalistas que a aeronave, um Fokker 50, "saiu da pista por volta das 12h50 no horário local (15h50 de Brasília) quando aterrissava no aeroporto de Cali".

Em consequência do incidente o aeroporto Alfonso Bonilla Aragón ficou fechado por algumas horas.

Na aeronave viajavam 43 passageiros e quatro tripulantes, mas ninguém sofreu ferimentos.

O avião fazia a rota Pasto-Cali (voo AV-9404), no sudoeste do país.

Fontes: EFE via G1 / Aviation Herald / RCN Radio

Polícia da Rússia testa avião-robô para monitorar cidades

Zala-42180 é controlado à distância e envia imagens para os policiais.

Aparelho é lançado no ar com espécie de catapulta.


Policial prepara o lançamento do avião-robô de fabricação russa voltado para monitorar cidades, procurar criminosos, detectar queimadas em florestas e outras tarefas. O aparelho, chamado de Zala-42180, é controlado à distância por policiais e está em testes em cidades da Sibéria.

Para lançar o avião-robô, os policiais usam uma espécie de catapulta. O aparelho ainda possui câmeras para enviar imagens para a central da polícia.

Fonte: G1 - Fotos: Ilya Naymushin (Reuters)

EUA projetam 'avião-helicóptero' para missões militares

Aparelho será desenvolvido pela Boeing, a pedido da Darpa.

Aeronave usa conceito de 'disco rotor' com hélices retráteis.


A Boeing distribuiu fotos e vídeos conceituais, gerados por computador, de uma aeronave que combinaria as características de um avião, capaz de viajar em alta velocidade, e de um helicóptero, que pode decolar e pousar verticalmente. A iniciativa, chamada de “Disco Rotor”, é parte de um projeto da Agência de Pesquisas em Projetos Avançados de Defesa (Darpa, na sigla em inglês) do governo norte-americano. A Darpa é a responsável pelo nascimento da rede que serviu como embrião da internet, conectada pela primeira vez em 29 de outubro de 1969.

A Boeing concluiu que é possível, mas que não é fácil, construir essa aeronave, mas informou que o projeto seguirá para mais testes.

Para conseguir essa façanha e mesclar dois tipos diferentes de voo, a aeronave tem um disco em sua parte superior, no qual estão localizadas suas hélices, que são retráteis. Isso permite que o disco rotor funcione como um avião depois de atingir altura e velocidade. A velocidade máxima do protótipo proposto seria de 660 km/h – inferior a de um avião, mas significativamente superior a de helicópteros que, mesmo em modelos militares, não passam de 400 km/h.

Além de ter uma velocidade máxima superior, a aeronave também é capaz de viajar em altitudes maiores, como aviões, ou mais baixas, se estiver em seu modo helicóptero.


O disco rotor foi conceituado pelo engenheiro dinamarquês Jacob Ellehammer no início do século passado. Até mesmo a Nasa analisou as possibilidades de construí-lo, mas há um grande desafio técnico em retrair as hélices com segurança enquanto a aeronave está no ar, sujeita a variadas condições climáticas. A Boeing pretende construir um protótipo em 20% do tamanho real para realizar testes em túneis de vento.

Segundo a Darpa, agência que financia o projeto, um disco rotor seria capaz de “satisfazer um interesse militar atual, fechando o vaco entre helicópteros de escolta e missões de inserção, provendo sobrevivência, mobilidade e respostas rápidas para locomoção de tropas e cargas”. Dentro das especificações desejadas pela agência, a aeronave final deve ter uma velocidade máxima entre 540 e 740 km/h.

Fonte: Altieres Rohr (G1) - Foto: Divulgação/Boeing

Jato Legacy que bateu no Boeing da Gol será devolvido aos EUA

Aeronave ficou na Base Aérea na Serra do Cachimbo, no Pará, desde 2006.

Peças que são usadas em processos sobre acidente permanecem no país.


O jato Legacy envolvido no acidente com o Boeing da Gol, em 29 de setembro de 2006, será restituído para a empresa Cloudscape Incorporation, dos Estados Unidos. A medida foi autorizada, em 27 de agosto deste ano, pelo juíz Fábio Henrique Fiorenza, da Justiça Federal de Sinop, em Mato Grosso. A restituição da aeronave será feita pela Força Aérea Brasileira (FAB). O avião está na Base Aérea Serra do Cachimbo, no Sul do Pará, onde ficou desde a colisão com a aeronave da Gol. Nenhum dos 154 passageiros e tripulantes da aeronave da Gol sobreviveu.

Segundo a Justiça Federal de Mato Grosso, as peças relacionadas aos processos que tratam sobre o acidente, como a caixa-preta, o T-Cas e transponder, por exemplo, permanecerão em poder da Polícia Federal (PF).

O pedido de restituição de "coisa apreendida" foi protocolado pela empresa americana em 13 de agosto de 2008 e encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que deu parecer favorável à restituição em 20 de agosto deste ano.

Após a autorização do juíz federal, um ofício foi encaminhado para a FAB para avisar que a aeronave poderia ser devolvida. A FAB não informou quando o Legacy estará disponível para voo.

Investigação

A Justiça Militar condenou o sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos a um ano e dois meses de prisão, por homicídio culposo (sem intenção de matar), nesta terça-feira (26). Cabe recurso ao Superior Tribunal Militar (STM).

Outros quatro controladores – João Batista da Silva, Felipe Santos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José Santos de Barros – foram absolvidos. Eles haviam sido denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM) por negligência e por deixar de observar as normas militares de segurança. Apenas Jomarcelo foi denunciado por homicídio culposo.

O sargento Santos foi acusado por não informar sobre o desligamento do sinal anticolisão do Legacy e por não informar o oficial que o subsitutiu no controle aéreo sobre a mudança de altitude do jato. O transponder é um sistema anticolisão que "avisa" os pilotos sobre a proximidade de outra aeronave, para evitar choques em pleno ar.

Defesa

O advogado do sargento, Roberto Sobral, afirmou que vai recorrer ao plenário do STM e ao Supremo Tribunal Federal (STF), se for necessário. Para Sobral, Santos não teria condições de atuar no controle por não falar inglês, considerando que dois pilotos norte-americanos conduziam o jato Legacy. Ele acusou a Justiça Militar de impedir a defesa de produzir provas que inocentariam os controladores.

“A condenação é inaceitável. Não foi permitido provar que ele não fala inglês e estava obrigado a sentar em um console para coordenar voo de pilotos estrangeiros. Foi uma falha da sessão de pessoal da Aeronáutica. Não só essa, mas um conjunto de falhas que a Aeronáutica tem que reconhecer”, afirmou Sobral. Segundo o advogado, o sargento deve cumprir a pena em liberdade.

Julgamento de controladores

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, em 22 de setembro deste ano, o arquivamento do processo movido contra controladores de tráfego aéreo, acusados de serem responsáveis pelo acidente. A liminar enviada ao STF pela Febracta, em 30 de agosto, pedia o trancamento da ação penal militar movida contra quatro sargentos da Aeronáutica.

Os controladores de voo alegam que já respondem por processo por homicídio culposo (sem intenção de matar) na Justiça Federal.

No STF, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, entendeu que não há conflito de competências entre as duas ações penais. Na Justiça Federal, os quatro controladores foram denunciados por atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal.

Fonte: Glauco Araújo (G1) - Foto: Divulgação/FAB

Avião com ajuda humanitária cai na Indonésia e deixa cinco mortos

Cinco agentes da polícia da Indonésia morreram nesta quarta-feira (27) após a queda de um avião que havia acabado de entregar ajuda humanitária aos afetados pelas inundações na Província de Papua, que ocupa a parte ocidental da ilha de Nova Guiné.

Os corpos dos agentes foram encontrados em estado irreconhecível pelas equipes de resgate em Wami, na cidade de Nabire.

O avião, um PZL-Mielec M28-05PI Skytruck, da Polícia da Indonésia (similar ao da foto acima), havia reabastecido no aeroporto de Nabire e retornava a Jacarta na quarta-feira quando se chocou contra uma árvore durante uma aterrissagem forçada.

O porta-voz da Polícia Nacional, Iskandar Hassan, explicou à imprensa que graças aos aldeães do lugar localizaram os restos da aeronave na manhã desta quinta-feira e culpou o mau tempo pelo acidente.

Mais de cem pessoas já morreram nas inundações de Papua desde o início de outubro.

Vulcão e Tsunami

Além das inundações em Papua, a Indonésia vive um momento trágico, tendo sido atingida nesta semana por um tsunami, nas ilhas Mentawai, e tendo registrado também a erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java. Juntas as duas tragédias já deixaram ao menos 343 mortos.

As autoridades da Indonésia elevaram nesta quinta-feira para 32 o número de mortes em decorrência da erupção, na última terça-feira, do vulcão Merapi na ilha de Java, enquanto o número de feridos ronda os 100 e os desabrigados já são mais de 50 mil, informaram fontes oficiais.

A erupção do vulcão, cujo nome significa "Montanha de Fogo", aconteceu um dia depois do terremoto seguido de tsunami.

O governo local também elevou para 311 o número de mortos após a passagem de um tsunami no arquipélago de Mentawai, arquipélago de Mentawai.

Agus Prayitno, responsável pela Agência Nacional de Gestão de Desastres em Sumatra Ocidental, acrescentou que "outras 379 pessoas estão desaparecidas".

Merapi

Das 32 mortes, 25 ocorreram na encosta do Merapi, um dos vulcões mais ativos do arquipélago. As outras sete vítimas morreram no hospital devido aos graves ferimentos, indicou Agustinus, porta-voz policial da cidade de Yogyakarta.

Os mais de 50 mil desabrigados se aglomeram nas imediações de Yogyakarta, principal cidade da ilha de Java. Outros moradores locais decidiram voltar ao entorno do vulcão, apesar do perigo.

"O vulcão esteve relativamente em calma. Sua atividade se desacelerou desde a erupção. Temos de avaliar sua atividade nos próximos dias", explicou Subandrio, do Centro de Vulcanologia da Indonésia.

Um manto de cinzas cobre as casas, árvores e plantações que não chegaram a ser atingidos pela lava do Merapi, cuja altitude é de 2.914 metros.

A maioria dos corpos resgatados está parcialmente carbonizada. Já os feridos sofrem problemas respiratórios e queimaduras.

Entre os mortos está um bebê de três meses, que morreu de asfixia, um jornalista e o guarda espiritual da montanha do vulcão, o respeitado Mbah (avô) Maridjan, que morreu enquanto orava pelo fim da erupção em sua casa, numa aldeia a quatro quilômetros da cratera.

Soldados, policiais e voluntários usando máscaras brancas de proteção participam das operações de busca por sobreviventes.

Tsunami

Além dos 311 mortos pela onde de 600 metros, cerca de 4.000 pessoas perderam suas casas nas ilhas Mentawai, situadas próximo ao litoral de Sumatra.

Um grande número de desabrigados passou a última noite sem teto, diante da falta de barracas na região.

A falha onde aconteceu o terremoto é a mesma que, em 26 de dezembro de 2004, causou o tremor de magnitude 9,1 seguido de tsunami, que destruiu localidades litorâneas de nações banhadas pelo Oceano Índico e matou 226 mil pessoas.

A Indonésia fica situada sobre o chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica, onde cerca de 129 dos mais de 400 vulcões estão ativos. Além de ser uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7.000 tremores anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.

Fontes: EFE via Folha.com / ASN - Fotos: The Jakarta Globe / Adek Berry (AFP)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pouso de avião com pneu estourado fecha aeroporto em Sorocaba

Aeronave chegava de São Paulo e estava ocupada apenas por piloto.

Um dos pneus do trem de pouso estourou; avião parou perto de casas.

Uma avião que tinha acabado de chegar de São Paulo fez pouso com um dos pneus estourados no Aeroporto Estadual de Sorocaba (foto acima), a 99 km de São Paulo, por volta das 15h30 desta quarta-feira (27).

O trem de pouso quebrou quando a aeronave estava fazendo uma aterrissagem. Ao tocar no solo, o pneu do monomotor estourou e o avião parou a 100 metros das casas próximas ao aeroporto.

Apenas o piloto estava dentro do aeronave. Ele não sofreu ferimentos. O aeroporto foi fechado e técnicos da Aeronáutica foram chamados.

De acordo com o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), a aeronave estava em procedimento normal de treinamento de pouso e decolagem. O incidente provocou a saída do avião da pista.

O aeroporto permanecia interditado até a chegada de técnicos do Serviço Regional de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fonte: G1 (com informações da TV Tem) - Foto: Daesp

Software da NASA promove economia de combustível nas empresas aéreas

O software desenvolvido no centro de pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, na Califórnia, vem possibilitando grande economia de combustível e melhor eficiência ambiental para empresas aéreas.

O software Ames Direct-To é produto da pesquisa aeronáutica da NASA no controle do tráfego aéreo. O software foi adotado pela The Boeing Company para uso comercial. No próximo ano, a Boeing pretende oferecer às empresas aéreas a oportunidade de assinar novo serviço de eficiência em tráfego aéreo que usará o software.

"Estamos muito felizes pela Boeing usar a tecnologia da NASA em benefício do meio ambiente", diz o diretor do centro Ames, Pete Worden.

Fonte: PRNewswire / USNewswire - Imagem: NASA

EUA perderam contato com mísseis nucleares

A Força Aérea dos EUA perdeu parcialmente, durante uma hora, as comunicações com 50 dos seus mísseis nucleares. O incidente, que teve origem numa única falha de “hardware”, ocorreu durante o passado fim de semana e afetou “mais de dez por cento do arsenal de mísseis intercontinentais do país” segundo confirmou o porta-voz da Força Aérea dos EUA, Coronel Wesley Miller IV.

De acordo com fontes militares, a existência de sistemas redundantes garantiu que, em nenhuma altura, esteve a Força Aérea completamente impossibilitada de monitorar, comunicar, ou, em caso de necessidade, lançar os mísseis balísticos intercontinentais (ICMB).

“Em qualquer momento que o Presidente quisesse lançar esses mísseis podia tê-lo feito” disse um alto responsável da defesa dos EUA. Segundo outro responsável, em nenhum momento o público americano esteve em risco.

Os mísseis Minuteman III que estiveram no centro do incidente estão equipados com ogivas nucleares múltiplas e são controlados a partir da base aérea de Warren, no Wyoming, encontrando-se em silos dispersos por uma vasta área em torno daquela instalação militar.

Depois de a avaria ter sido detectada, cada um dos silos foi inspecionado pelo pessoal da base, para garantir que todos os 50 mísseis estavam seguros. A natureza exata do problema ainda está sendo investigada, mas uma fonte militar disse que se deveu um cabo subterrâneo que foi cortado.

“A causa específica da avaria está neste momento sendo analisada por um grupo de engenheiros do gabinete do programa de sistemas ICBM”, disse a Força Aérea num comunicado.

Onze por cento do arsenal americano

Os Estados Unidos dispõem atualmente de 450 ICBM Minuteman III. Apesar de o esquadrão que teve problemas representar cerca de 11 por cento do arsenal americano, os EUA também dispõem de armas nucleares instaladas em bombardeiros e submarinos.

Não é a primeira vez que as armas nucleares da Força Aérea americana estão no centro de incidentes embaraçosos. Em agosto de 2007 soube-se que um bombardeiro B-52 tinha levantado voo do Dakota do Norte, com seis mísseis de cruzeiro dotados de ogivas nucleares a bordo, sendo que ninguém sabia que os engenhos estavam “armados” e prontos a explodir, até que o avião aterrissou na Louisiana.

Pouco depois foi divulgada a notícia de que, em 2006, a Força Aérea tinha, por engano, enviado para Taiwan detonadores que são usados em munições nucleares, em caixotes que se pensava conterem baterias de helicóptero.

Fonte: RTP (Portugal) - Imagem: Wikipédia

Aparição de OVNIs assusta quatro comunidades no Pará

A noite costumeiramente pacata de quatro comunidades pertencentes ao município de Santo Antonio do Tauá, distante 56 quilômetros de Belém, foi perturbada por um fenômeno surpreendente. Dois objetos voadores não identificados (OVNIs) foram avistados por dezenas de pessoas na noite de segunda-feira e início da madrugada de ontem.

Muito mais que surpresa, a aparição dos objetos causou medo e assustou a maioria dos moradores das comunidades de Santa Rita, Tracuateua, Remédios e Tracuateua da Ponta, localizadas no ramal do quilômetro 23 da PA-140.

A noite de 25 de outubro de 2010 dificilmente vai ser esquecida por parte das 140 famílias da comunidade Remédios que presenciaram o fenômeno. Por volta das 22h30, Manoel da Conceição Lopes, o “Santos”, foi chamado pelo filho para ver algo estranho que sobrevoava a mata localizada atrás de sua residência.

Um fato curioso ocorreu no momento em que alguns moradores avistaram os objetos que pairavam sobre a cobertura das árvores. “As televisões saíram do ar. Ficou só o chuvisco. Quando fui ver, pensei que eles iam descer na piçarreira. Vi dois objetos e eles não faziam barulho de avião. Um deles seguiu e se afastou. O outro deu a volta por trás da mangueira, depois voltou em direção do outro objeto e foram embora”, relata Manoel da Conceição.

Essa primeira aparição foi assistida por pelo menos 10 pessoas que se encontravam em suas casas e outras na rua, conversando. Luan Carlos Conceição Costa, de 17 anos, foi quem descreveu com mais clareza os objetos avistados. “Tinha uma luz forte, parecia um farol, e mais em cima luzes piscando e girando em volta. Fazia um barulho de motor falhando. Pensamos que era um avião falhando, depois sumia e aparecia em outros lugares. As luzes apagavam e apareciam em outro lugar”, descreveu o adolescente.

Perseguição

Luan contou que dois moradores da comunidade saíram correndo atrás dos objetos tentando acompanhá-los e ver para onde seguiriam. Após se afastarem alguns metros, um dos objetos girou no próprio eixo e jogou um foco de luz em direção aos dois rapazes. Assustados, os dois correram de volta para a comunidade, mas ainda viram os objetos e afastando em direção à mata que circunda área. Os jovens não foram localizados, pois estavam trabalhando no município vizinho de Santa Izabel do Pará.

Na localidade de Tracuateua da Ponta, Augusto Souza, de 25 anos, conhecido na comunidade como “Lequito”, estava pescando em um porto do rio Tauá, com três amigos. Já passavam das 21h30 quando eles foram surpreendidos com a passagem de um “avião” sobre as árvores e depois sobre o rio.

“Era uma luz muito forte, como um farol. Tinha luzes vermelhas na lateral que ficavam girando. Passou e voltou novamente. Uma hora a luz ‘candiou’ a gente e fazia um barulho intenso, mas não era de avião”, recordou “Lequito”.

Animais assustados

Ainda em Tracuateua da Ponta, o professor Nazareno Correa contou que os animais, a maioria cães, se assustaram ao avistarem os objetos. Ele também chegou a pensar que se tratava de um avião, mas as manobras realizadas pelos objetos não são compatíveis com a movimentação de uma aeronave de pequeno porte, diz o professor.

Nazareno Correa foi chamado pela mulher para ver o objeto que passava pouco acima de uma torre de transmissão que existe na comunidade. “Ainda disse: Mulher, esse avião vai cair e está procurando rota para pousar, mas ia devagar. Não dava para ser avião”, acredita o professor.

Nazareno também descreveu o objeto avistado por ele e pelos familiares. “Tinha uma luz forte. A base arredondada era brilhante e havia sete luzes amarelas e três vermelhas que ficavam piscando em um movimento circular constante. Em um avião as luzes são fixas”, compara o professor.

Ele disse ainda que o que mais estranhou foi o comportamento dos animais da redondeza. “Os cachorros latiam, os galos e galinhas faziam barulho. Mas o mais curioso foram os galos, que costumam cantar no início da manhã mas passaram a cantar quando o objeto passou por aqui”.

Fonte: Diário do Pará - Foto: Antonio Melo

Companhias aéreas brasileiras começam a cobrar taxa extra para reservar cadeiras com espaço maior

Cada centímetro é precioso quando o assunto é viajar de avião em classe econômica. Seguindo tendência internacional, companhias aéreas brasileiras começam a cobrar um valor adicional para quem quiser garantir um lugar na primeira fileira da cabine econômica ou ao lado das saídas de emergência, onde os passageiros encontram um pouco mais de espaço para esticar as pernas.

A TAM, que já cobra taxa adicional para quem quiser garantir um lugar ao lado da saída de emergência ou na primeira fileira de seus voos internacionais, desde o fim de agosto começou a aplicar a medida na malha doméstica. A novidade, ainda em teste, está disponível em voos que partem de Guarulhos (SP) para Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Natal, Brasília e Fortaleza. O valor da taxa varia de R$ 10 a R$ 40, conforme o trecho. Grávidas, idosos ou portadores de necessidades especiais, no entanto, estão isentos desta cobrança, porque são passageiros que têm prioridade para a reserva destes assentos.

A Azul adotou a prática quando começou a operar no Brasil, em 2008, e cobra R$ 20 a mais para reservar os assentos do Espaço Azul, que são as cinco primeiras fileiras do avião, onde a distância entre as poltronas é quase dez centímetros maior que nas outras concorrentes. Para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como as companhias aéreas operam sob regime de liberdade tarifária, elas podem cobrar taxas extras por assentos diferenciados.

A recomendação, no entanto, é que a primeira fileira seja reservadas aos passageiros com prioridade de embarque. Para a fileira na saída de emergência, a Anac sustenta que as normas de segurança têm que ser seguidas, e mesmo que o passageiro tenha pago a mais pelo assento, se não estiver apto a ajudar a tripulação em caso de emergência, poderá ter que trocar de lugar.

Entre as empresas estrangeiras algumas, como a TAP, não cobram taxa adicional. Na Iberia, a reserva dos assentos na fileira da saída de emergência em voos domésticos custa 10 euros; para Europa, África e Oriente Médio, 20 euros, e 50 euros em voos para outros continentes. A American Airlines só cobra pelos Express Seats (na primeira fileira da classe econômica) em voos nos Estados Unidos, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens. O grupo Air France-KLM cobra de acordo com a duração do voo.

Em março de 2011, a Anac deve aprontar um selo para atestar o conforto dos assentos das companhias aéreas brasileiras. As empresas já informaram as dimensões dos assentos, que, segundo o órgão, serão classificados de A a E. O selo com as medidas será fixado nas poltronas e a informação terá que estar disponível ao passageiro na compra.

Fonte: Luisa Valle (Boa Viagem/O Globo) - Imagem: Divulgação

Controlador foi bode expiatório, dizem famílias das vítimas

A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 reagiu com receio à condenação do controlador de voo, sargento Jomarcelo Fernandes, pelo acidente, em 2006, com o avião da Gol, que carregava a bordo 154 passageiros, todos mortos na tragédia. A aeronave viajava de Manaus para Brasília, quando foi atingida por uma das asas de um jato Legacy. O desastre está entre os mais graves da aviação brasileira.

O temor, segundo a presidente da associação, Angelita de Marchi, viúva do executivo Plínio Luiz de Siqueira Júnior, é que a condenação de Jomarcelo a 1 ano e 2 meses de prisão, pela Justiça Militar, sirva para "encobrir a real causa do acidente".

- Sabemos perfeitamente que, embora o controlador tenha falhado na comunicação, os pilotos do Legacy (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino) tinham uma carta de voo em mãos e não a seguiram. Eles não tinham conhecimento da aeronave. Existiram falhas grotescas, fatais por parte dos pilotos e eles sequer depuseram ainda - diz, acrescentando que o sentimento entre os familiares é o de revolta.

- Essa sensação de impunidade - cada um faz o que quer e fica por isso mesmo, por conta de interesses outros que não o de se apurar a verdade - causa um sentimento de revolta nos familiares. O que nós passamos, a perda que tivemos, nada vai fazer com que a gente supere. Não é valor de indenização, bode expiatório, nada disso. Queremos resgatar a dignidade dessas pessoas que faleceram e fazer com que, pelo menos, a gente possa acreditar no nosso País, na nossa Justiça.

Familiares das vítimas do acidente com o voo 1907 durante manifestação em Brasília, no ano de 2007

Ainda sobre a condenação por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) do sargento, considerado por Angelita como "bode expiatório", a associação classifica de insuficiente. Na avaliação da presidente da entidade, a Aeronáutica também deveria responder pelo acidente.

- Acho que a coisa é mais abrangente. Existe uma falha no sistema. A Aeronáutica é responsável pelas pessoas que coloca para trabalhar lá. Ela colocou uma pessoa que não tinha inglês suficiente para se comunicar com os pilotos e não utilizou equipamentos atualizados, o que induziu esse pessoal a tomar uma decisão errada. Tudo isso é parte desse contexto. Não somente a situação do controlador Jomarcelo.

Confira a entrevista:

Terra Magazine - Qual a opinião dos familiares da vítima sobre a condenação, pela Justiça Militar, do controlador de voo, sargento Jomarcelo Fernandes, a 1 ano e 2 meses de prisão?

Angelita de Marchi - Esse é um assunto bastante polêmico. A Justiça Militar deu o seu parecer, colocando toda essa situação no controlador de voo. Acho que a coisa é mais abrangente. Existe uma falha no sistema. A Aeronáutica é responsável pelas pessoas que coloca para trabalhar lá. Ela colocou uma pessoa que não tinha inglês suficiente para se comunicar com os pilotos e não utilizou equipamentos atualizados, o que induziu esse pessoal a tomar uma decisão errada. Tudo isso é parte desse contexto. Não somente a situação do controlador Jomarcelo.

Acho que ele teve falhas. Todo esse processo teve uma série de falhas, mas ele está sendo um bode expiatório. O ponto principal, que é a falha da Aeronáutica, não está sendo explorado adequadamente.


Então, para os familiares, a condenação do controlador é insuficiente?

Sem dúvida. Nós, da associação, esperamos que isso não venha a encobrir a real causa do acidente. Isso (os problemas no controle do voo) foi uma série de fatores que não evitaram que o acidente acontecesse. Não causaram o acidente. Sabemos perfeitamente que, embora o controlador tenha falhado na comunicação, os pilotos do Legacy (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino) tinham uma carta de voo em mãos e não a seguiram. Eles não tinham conhecimento da aeronave. Existiram falhas grotescas, fatais por parte dos pilotos e eles sequer depuseram ainda.

Esperamos que a condenação do controlador não seja usada para mascarar essa situação, que ainda não está esclarecida e que é a mais importante para nós, os familiares das vítimas. É claro que não podia deixar de se apurar o que ocorreu em relação aos controladores. Isso é importante não só para esse acidente, mas para nós que usamos esse meio de transporte.


Você destacou que os pilotos do Legacy sequer depuseram. Qual é o sentimento dos familiares?

O sentimento é de impunidade. Não no sentido de você querer achar um culpado e ponto final. É de clareza, de esclarecimento, de a gente ter certeza de que as coisas funcionam. Esses pilotos que cometeram tantas heresias... Se isso fosse apurado adequadamente, seria uma forma de você utilizar como exemplo para aviação. Saber que os pilotos não podem sair por aí, fazendo o que querem. Tem que ter responsabilidade. As leis não está aí para encher livros. Elas têm que ser cumpridas.

Essa sensação de impunidade - cada um faz o que quer e fica por isso mesmo, por conta de interesses outros que não o de se apurar a verdade - causa um sentimento de revolta nos familiares. O que nós passamos, a perda que tivemos, nada vai fazer com que a gente supere. Não é valor de indenização, bode expiatório, nada disso.


Queremos resgatar a dignidade dessas pessoas que faleceram e fazer com que, pelo menos, a gente possa acreditar no nosso País, na nossa Justiça.

Vocês tentaram contato com a American Airlines, onde o Paladino trabalha e não foram recebidos.

Essa é uma situação clara de como as empresas aéreas tratam seus clientes. É um absurdo. Fomos procurar a American Airlines justamente para cobrar deles essa co-responsabilidade por uma coisa que eventualmente possa acontecer, porque esse piloto responde a dois processos criminais no Brasil e continua transportando pessoas.

Se você pensar nos erros que ele possa vir a cometer. Imagina o psicológico das pessoas se, no momento do voo, ele se identifica? "Nossa, aquele que estava pilotando o avião que matou 154 passageiros?" Se sou eu, posso ter uma crise, posso surtar dentro do avião.

É muita irresponsabilidade das companhias aéreas manter uma pessoa transportando outras pessoas, sendo que está respondendo a processo criminal. A American Airlines simplesmente ignorou as cartas que enviamos, a caixa preta simbólica, contendo a transcrição das caixas pretas do avião da Gol e do Legacy. Não houve retorno, manifestação nenhuma. Lamentável. Não estamos falando apenas como familiares das vítimas. Estamos, também, falando como usuários desse meio de transporte.

O que a Associação pretende fazer a partir de agora?

Vamos nos reunir nesta quarta-feira (27) para definir nossa ação daqui pra frente. Com certeza, vamos continuar acompanhando e trabalhando, fazendo o possível para que as coisas não sejam mascaradas. Considero que essa condenação do Jomarcelo é só, vamos dizer assim, para que haja uma satisfação à sociedade, e não simplesmente para que se apurem os fatos. Esperamos que essa condenação não seja um ponto final, mas o início de algo maior. A coisa precisa ser transparente. Não é a Angelita, a associação, mas toda a sociedade que espera isso dos nossos governantes e da nossa Justiça.

Fonte: Ana Cláudia Barros (Terra Magazine) - Foto:Roosewelt Pinheiro (Agência Brasil)