quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Aconteceu em 14 de dezembro de 1962: Queda do Constellation da Panair do Brasil no Amazonas

Em 14 de dezembro de 1962, o Lockheed L-049 Constellation, prefixo PP-PDE, da Panair do Brasil (foto acima), partiu de Belém, no Pará, em direção a Manaus, no Amazonas, levando a bordo 43 passageiros e sete tripulantes.

O Constelation cnº 2047 foi fabricado em meados de 1945, na planta da Lockheed em Burbank, Califórnia. Foi adquirido pela Pan Am e voaria alguns anos nos Estados Unidos até ser repassado a Panair do Brasil. No Brasil, a aeronave receberia o prefixo PP-PDE e seria batizada pela Panair de "Bandeirante Estêvão Ribeiro Baião Parente".

A aeronave havia decolado no aeroporto Santos Dumont na manhã do dia 13 de dezembro de 1962 e, após diversas escalas em várias cidades, chegou a Belém, antes do seu destino final, Manaus. 

O voo transcorreu sem intercorrência, até que durante a aproximação final, na madrugada do dia 14, a tripulação solicitou a torre do Aeroporto da Ponta Pelada que ligasse as luzes de sinalização da pista. Depois de um breve contato com a torre, a aeronave desapareceu. 

Ao constatar o desaparecimento, foi acionado o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da FAB, que iniciaria buscas na região de Manaus. 

Os destroços do Constellation PP-PDE foram localizados por um avião do PARA-SAR às 10h do dia 15, nas proximidades de Rio Preto da Eva, cerca de 30 km de Manaus. 

Por conta de o local ser de difícil acesso e parte do bojo da aeronave ter sido encontrada intacta, houve uma expectativa de serem encontrados sobreviventes. 

Uma equipe terrestre composta por médicos, engenheiros, funcionários da Panair, Petrobras e soldados foi destacada para a selva, atingindo o local dos destroços apenas no dia 20, mas não foram encontrados sobreviventes entre os 43 passageiros e 7 tripulantes do Constellation.


Relato da Revista "O Cruzeiro"


A revista “O Cruzeiro” de 19 de janeiro de 1963, relatou as buscas por sobreviventes do acidente aéreo. “Após 10 dias de perigos e de luta contra a natureza, na escuridão da selva amazônica, o repórter Eduardo Ramalho, de “O Cruzeiro” (o único jornalista brasileiro presente à aventura) traz agora o dramático relato da busca do Constellation da Panair do Brasil, PP-PDE, caído na madrugada do dia 14 de dezembro último, a 40 quilômetros de Manaus – a apenas seis minutos de voo para o aeroporto. 

A verdadeira epopeia da busca cega, em busca a montanhas, chavascais e igarapés, foi vivida por duas expedições: uma da Petrobrás (em que se encontrava o repórter) e outra comandada pela FAB e da qual faziam parte elementos do Exército, da Panair do Brasil, do governo do Amazonas e do DNER.


A jornada de busca e salvamento do Constellation da Panair começou praticamente na madrugada do dia 14 de dezembro, quando o 3° sargento da FAB, Paulo Marinho de Oliveira, de serviço na torre do DAC de Manaus, perdeu contato com o rádio operador do avião. A tragédia foi precedida de um breve diálogo, que o sargento Oliveira jamais esquecerá. 


O rádio operador de bordo expediu sua mensagem de praxe: “A aeronave deverá chegar a Manaus à 1:20horas, seis minutos distantes da capital”. O sargento Oliveira emitiu instruções para o pouso, que deveria ser rotineiro. Depois desse contato à 1:04 da manhã, o rádio do Constellation voltou a chamar, 1:19 para corrigir a posição antes fornecida. O rádio operador ainda perguntou se o sargento Oliveira podia ouvir o ronco do avião. Este mandou aguardar e chegou a janela para ouvir a noite. Silêncio total. Quando voltou para informar que algo deveria estar errado, os seus chamados ficaram sem respostas. Em um ponto situado a 0,2-54 de latitude sul; e 59,45 de longitude oeste, a 40 quilômetros distante de Manaus, o Constellation caíra sobre a selva, abrindo uma clareira de 345 metros. 


As primeiras providências para localizar o aparelho começaram quase imediatamente. Às 4h30, Belém informava ao sargento Oliveira que o serviço de Busca e Salvamento já se preparava para entrar em atividade. Era o começo da aventura. Ao clarear a manhã, uma aeronave decola de Manaus, e logo a ele se juntaria uma esquadrilha da FAB, sob o comando do capitão Rui bandeira. De Belém eram o capitão Mello Fortes e o Tenente César, do serviço de Busca e Salvamento, que partiram rumo a Manaus, seguindo a rota do Constellation. 


O pessoal da Petrobrás em serviço na Amazônia, nas imediações do ponto em que se supunha ter caído o avião, foi chamado a colaborar. Em poucas horas, aviões de tipo Albatroz, da FAB, e Catalinas, da Panair, procuravam o aparelho desaparecido numa área de 150 quilômetros quadrados, mas, a despeito de todas as providências, o dia 14 terminou sem qualquer descoberta positiva.


Quando o segundo dia das buscas amanheceu, já eram oitos aviões que faziam a ponte de vasculhamento, rodando a floresta, do ar, à procura do Constellation. Até as 10h40 nada se tinha descoberto, mas, de repente a voz do comandante de um dos Catalinas da Panair, fez-se ouvir pelo rádio triunfante: descobrira no meio da floresta, em local de difícil acesso, uma pequena clareira que logo depois foi confirmada como o local de queda da aeronave.


Após a confirmação do local da queda foram iniciadas as expedições para se alcançar os destroços, sendo que somente no dia 21 obtiveram êxito. Segue novamente o relato do repórter do jornal “O Cruzeiro”, presente na expedição:

“Ao amanhecer o Mestre Agenor Sardinha captou a chamada de um avião Catalina, que deu novas coordenadas. Faltavam apenas dois Km. Graças a essas informações, exatamente às 11h45 horas a expedição da Petrobrás atingiu a clareira aberta pelo aparelho da Panair. Auxiliados pelo engenheiro geofísico Dehan, destacado para auxiliá-los, os integrantes da coluna da FAB viriam atingir o local do desastre às 15:00 horas. 


A cerca de um quilômetro de distância, já haviam sido encontrados os primeiros destroços do avião: pedaços de asa, extintores de incêndio e lascas de alumínio. O Constellation caíra entre duas elevações, numa região de árvores de 40 metros de altura. O corpo do avião estava ao lado de um igarapé, em pedaços. Os restos dos passageiros e tripulantes do Constellation – já em putrefação – exalavam um cheiro quase insuportável. 

O engenheiro Dehan e o enfermeiro Brasil, da Petrobrás, que foram os primeiros a se aproximar, recuaram transidos diante um quadro terrível: havia uma mão descarnada presa às ferragens. Na água límpida do igarapé boiava, presa a um ramo, uma cabeleira loira: era, ao que se presume, da aeromoça.”

Depois de um intenso trabalho de busca por parte de civis e militares, infelizmente estava confirmada notícia que as pessoas relutavam em aceitar, não havia sobreviventes. Iniciava-se então uma nova etapa na missão, o resgate dos corpos e destroços.

Atualmente o local da queda é de propriedade do Exército, no qual o CIGS realiza todo ano uma marcha para a “Clareira do Avião” onde se comemora e recorda os esforços realizados pelos civis e militares durante os trabalhos de buscas, assim como celebram a memória das vítimas do desastre de 1962.

Consequências

Apesar de terem sido aventadas diversas hipóteses que explicassem a queda da aeronave (como falha mecânica, voo controlado contra o solo, etc), nunca seria determinada a causa do acidente com o Constellation PP-PDE.

Relato do repórter Eduardo Ramalho da Revista "O Cruzeiro"

Esse seria o último acidente envolvendo uma aeronave da Panair do Brasil. Poucos anos depois a empresa seria fechada pelo regime militar e suas rotas seriam repassadas à Varig enquanto que as aeronaves, redistribuídas às demais companhias aéreas e ou sucateadas.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, Revista O Cruzeiro e Livro "O Rastro da Bruxa")

Aconteceu em 14 de dezembro de 1920: A queda do avião Handley Page em Londres


O avião Handley Page O/400, prefixo G-ACEA, da empresa Handley Page Transport (foto acima), era um bimotor biplano construído pela Birmingham Carriage Company e entregue à Royal Air Force como um bombardeiro durante a Primeira Guerra Mundial. Como excedente de guerra, foi convertido em uma configuração de passageiros em 1919 por Handley Page e usado pela Handley Page Transport para serviços de passageiros.

Em 14 de dezembro de 1920, a aeronave decolou do Aeródromo de Cricklewood, na Inglaterra, por volta do meio-dia, com dois tripulantes e seis passageiros, correio e carga para Paris, na França. 


Logo após a decolagem, o tempo estava nublado e a aeronave foi vista voando baixo e colidindo com uma árvore, caindo no jardim dos fundos de uma casa em Golders Green (nº 6 da Basing Hill) perto do campo de aviação. 

Quatro passageiros pularam ou foram atirados para longe antes que a aeronave explodisse em chamas. Dois saíram ilesos e os outros dois apenas ligeiramente feridos. Os dois tripulantes e dois passageiros restantes morreram no incêndio.


Os moradores correram para ajudar, mas devido ao intenso calor, os esforços de resgate foram inúteis. O Corpo de Bombeiros de Hendon extinguiu o fogo e removeu os corpos; a aeronave foi destruída e a casa recém-construída foi gravemente danificada.

Um inquérito para as quatro mortes foi realizado em Hendon em 16 de dezembro de 1920. Um dos sobreviventes explicou os eventos ao inquérito, embora tenha visto os motores sendo testados antes do voo, ele não ouviu nenhum problema com eles, mas com a aeronave não foi capaz de subir acima de 100 pés e de repente bateu em uma árvore. Depois que a aeronave caiu, ele imediatamente escalou os destroços e escapou por uma janela. 


Outras evidências vieram de outro passageiro, o despachante e um dos primeiros a chegar ao local, um engenheiro de solo e o piloto que haviam pilotado a aeronave no dia anterior; todos foram questionados, mas a causa da aeronave atingir uma árvore com menos de 15 metros de altura não foi determinada.

O legista registrou veredicto de que "o falecido morreu em consequência de queimaduras devido à queda do avião no solo após bater em uma árvore"; o legista também disse que não tinha evidências suficientes para determinar a causa.

Foi relatado como o primeiro acidente de avião registrado na história, mas um avião maior havia caído um ano antes.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Hoje na História: 14 de dezembro de 1972 - Módulo Lunar da Apollo 17 decolou da Lua

Módulo de aterrissagem lunar Apollo 17 e rover lunar na superfície da Lua (NASA)

Em 14 de dezembro de 1972, às 4:54:36, CST (horário de Houston), o estágio de subida do Módulo Lunar da Apollo 17 decolou do local de pouso no Vale Taurus-Littrow, na Lua. A bordo estavam o Comandante da Missão Eugene A. Cernan e o Piloto LM, Harrison H. Schmitt.

Os dois astronautas estiveram na superfície da Lua por 3 dias, 2 horas, 59 minutos e 40 segundos. Durante esse tempo, eles fizeram três excursões fora do módulo lunar, totalizando 22 horas, 3 minutos e 57 segundos.

O estágio de subida da Apollo 17 decola do vale Taurus-Littrow às 2254 UTC, 14 de dezembro de 1972. A decolagem foi capturada por uma câmera de televisão deixada na superfície da Lua.(NASA)

A Apollo 17 foi a última missão tripulada à Lua no século XX. Gene Cernan foi o último homem a ficar na superfície da lua.

Avião de caça italiano cai na Sicília. Piloto morre no acidente

(Imagem: Reprodução do Youtube)
Foi noticiado que perdeu a vida o piloto do caça Eurofighter F-2000A Typhoon, da Força Aérea Italiana, que se acidentou a oeste da ilha da Sicília, na Itália.

Já é conhecido o destino do piloto do avião, que saiu dos radares ontem (13) à tarde durante o seu regresso à 37ª base aérea no aeroporto de Trapani-Birgi, no oeste da Sicília.


A Primeira-ministra Giorgia Meloni declarou, numa declaração, que o piloto perdeu a vida.

"Entristece-nos profundamente a notícia da morte do Capitão Fabio Antonio Altruda, um jovem piloto da 37ª base aérea, num acidente perto de Trapani durante um voo de treino. Em nome do governo, expresso as minhas mais profundas condolências e simpatia à sua família e à Força Aérea".

Nas notícias na imprensa italiana, foi afirmado que o piloto Altruda estava a servir na base em Trapani desde março de 2021 e participou em diversas missões, bem como numa patrulha aérea da NATO.


Também foi anunciado que a Força Aérea Italiana abriu uma investigação ao acidente.

O Eurofighter Typhoon, que é um avião de caça polivalente, despenhou-se numa área conhecida como Locogrande, a norte de Marsala, durante a aproximação à pista de aterragem no dia de ontem, por motivos ainda desconhecidos.

Via TRT (Portugal) e ASN

Criança com deficiência fica 5 horas sem cadeira de rodas em aeroporto

A mãe adotiva de Tony Hudgell denunciou o caso pelo Twitter. Depois de cinco horas,
cadeira foi devolvida estragada (Imagem: Reprodução/Twitter)
Por mais de cinco horas, um garoto com deficiência ficou sem sua cadeira de rodas enquanto ela não era localizada e devolvida pela companhia aérea Jet2.com. O caso ocorreu no domingo (11), no Aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido.

Tony Hudgell, 8, voltava de uma viagem para a Finlândia quando sua cadeira de rodas foi deixada na aeronave. Ele havia ganhado uma estadia de quatro dias graças aos seu ativismo pela arrecadação de fundos e campanha a favor de penalidades duras ao abuso infantil.

Segundo o tabloide britânico Daily Mail, o garoto teve as duas pernas amputadas em 2017 devido a ferimentos sofridos quando ele ainda era um bebê. Os pais biológicos de Tony foram presos e condenados por violentarem a criança.

Pelo Twitter, a mãe adotiva do garoto relatou o ocorrido. "Chocado com [a companhia aérea] Jet2.com [e com] o Aeroporto de Gatwick. Estou preso há 3 horas sem cadeira de rodas, pois ainda está no avião. [São] 3 da manhã [e estou] sem ajuda. Tentando obter ajuda ou assistência e nada", postou Paula Hudgell enquanto ainda aguardava.

Paula, que tem oito filhos, contou sobre sua alegria depois que os especialistas em férias da Lapônia, Canterbury Travel, financiaram a viagem única na vida da família. Na foto: Tony com Paula, 55, Mark, 58, e a irmã Lacey, 10 (Foto via Daily Mail)
A companhia aérea respondeu à publicação depois da repercussão do caso. "Lamento muito saber de sua experiência, estamos tentando entrar em contato com nossa equipe e tentaremos consertar isso para você".

Mais tarde, Paula disse que o problema foi resolvido, mas reclamou da demora. "Cinco horas de atraso no que diz respeito às necessidades de um usuário de cadeira de rodas ignoradas. A assistência foi agendada com antecedência".

Após todo o tempo de espera, Paula revelou ainda que a cadeira de rodas de 6.500 libras, cerca de R$ 42 mil, foi devolvida defeituosa, já que não recebeu os cuidados necessários no transporte. Ela finalizou assegurando que fará uma reclamação completa contra a empresa.

Via UOL

Passageiro que levou lâmina em avião pode pegar 20 anos de prisão e multa de R$ 1 milhão


O passageiro William Allen Liebisch foi acusado de atrapalhar as funções de uma tripulação de voo depois que trouxe um estilete consigo a bordo de um voo da Fronter Airlines e ameaçou esfaquear outros viajantes e tripulantes. Conforme reportado pelo site Aeroin no mês passado, os pilotos precisaram realizar um pouso em emergência para que o agressor fosse retirado da aeronave sob custódia.

Após os fatos, uma investigação urgente foi aberta pelo Departamento de Segurança Interna (HSI) e a Administração de Segurança de Transportes (TSA) para avaliar a conduta dos agentes que permitiram que o passageiro passasse pelas verificações portando os objetos cortantes.

De acordo com Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a acusação e outras informações foram apresentadas no tribunal na última quinta-feira (8).

O que houve


Conforme os autos do processo, no último dia 11 de novembro de 2022, Liebisch era passageiro a bordo de um voo da Frontier Airlines de Cincinnati, Ohio, para Tampa, Flórida. Ele passou pelo posto de controle de segurança da TSA no aeroporto de Cincinnati, onde os oficiais encontraram um estilete em sua posse, mas erroneamente acreditaram que o haviam tornado inoperante ao remover sua lâmina.

Assim que o voo decolou, Liebisch inseriu uma lâmina sobressalente que estava guardada no cabo do estilete. Um passageiro viu Liebisch usar o estilete para limpar as unhas. Outro relatou a dois comissários de bordo que Liebisch disse que iria esfaquear alguém.

Como não havia policiais no voo, um comissário pediu ajuda a dois passageiros do sexo masculino. Um ficou no banco de trás próximo, enquanto o outro ocupou o lugar ao lado. Os dois homens e um comissário de bordo tentaram manter Liebisch calmo e sob controle pelo restante do voo.

Enquanto isso, o comandante fez um pouso de emergência no aeroporto mais próximo, que era o Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta. Assim que o avião pousou, os passageiros foram instruídos a desembarcar imediatamente e deixar seus pertences no avião.

Oficiais do Departamento de Polícia de Atlanta (APD) estavam no portão de desebarque, mas não entraram no avião para evitar antagonizar Liebisch, que estava na parte traseira da aeronave com os dois passageiros do sexo masculino.

Enquanto os últimos viajantes desembarcavam, Liebisch avançou em direção a um comissário de bordo na frente do avião enquanto segurava seu estilete. Um dos passageiros o abordou por trás e os oficiais do APD correram para o avião para deter Liebisch.

Ele parou de resistir assim que eles disseram que usariam um taser (choque) nele se ele não obedecesse. Uma busca subsequente em sua bagagem de mão revelou um segundo estilete. Após a prisão de Liebisch, o avião não pôde continuar sua viagem para Tampa.
Julgamento

O tribunal ordenou que ele permanecesse sob custódia até o julgamento. Presume-se que o réu seja inocente das acusações e será responsabilidade do governo provar a culpa do réu além de qualquer dúvida razoável no julgamento. Se for considerado culpado por interferir nas funções de uma tripulação de voo, além dos demais agravantes, o passageiro pode enfrentar uma pena máxima de 20 anos de prisão e uma multa de US$ 250.000 (cerca de R$ 1.331.700).

O caso está sendo investigado pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e pelo Escritório do Inspetor Geral do Departamento de Transportes dos EUA.

“As pessoas têm o direito de viajar em paz e sem medo de seus companheiros de viagem”, disse o procurador dos EUA, Ryan K. Buchanan. “Os passageiros que interrompem voos com ameaças de violência saberão rapidamente que responderão por sua conduta em um tribunal federal.”

“O FBI está empenhado em fazer sua parte para prevenir a violência, intimidação e ameaças de violência que põem em risco a segurança dos passageiros e tripulantes em voos comerciais”, disse Keri Farley, agente especial encarregado do FBI Atlanta. “Espero que esta acusação prove que o governo federal leva a sério todas as ameaças contra aeronaves e os infratores que interromperem as viagens serão processados ​​em toda a extensão da lei.”

“O comportamento indisciplinado dos passageiros é inseguro e prejudicial para o público que viaja, bem como para a tripulação de voo”, disse Todd Damiani, Agente Especial Encarregado, Escritório do Inspetor Geral do Departamento de Transporte dos EUA, Região Sul. “Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros de aplicação da lei para perseguir e responsabilizar aqueles que optam por se envolver em tal atividade imprudente a bordo de aeronaves comerciais.”

Via Juliano Gianotto (Aeroin) - Foto: Reprodução

Vídeo: 360° Airline Pilot's View | Miami - Bahamas | American Eagle E-175

Quatro dos dez melhores aeroportos do mundo estão no Brasil; saiba quais

Aeroporto de Recife é o segundo melhor, atrás apenas do Aeroporto de Tóquio; levantamento é realizado pela empresa AirHelp analisa 151 terminais no mundo.

Aeroporto Internacional Gilberto Freyre (Guararapes), no Recife (PE)
(Foto: Ana Araújo/Copa2014/Divulgação)
As férias de verão estão batendo a porta e o movimento nos aeroportos aumenta exponencialmente, e o passageiro brasileiro tem algo a comemorar: quatro dos dez melhores aeroportos do mundo estão no Brasil. O ranking internacional feito pela empresa AirHelp, especializada em direitos de passageiros aéreos, divulgado nesta segunda-feira, 12, analisou 151 terminais em todo o mundo. O brasileiro mais bem colocado é o Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Recife/Guararapes (PE), na segunda posição, atrás apenas do Aeroporto Internacional de Tóquio.

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), aparece na quarta colocação. Os aeroportos Tancredo Neves, em Belo Horizonte (MG), e Congonhas, em São Paulo (SP), foram listados em sexto e sétimo lugares, respectivamente. No último levantamento, feito em 2019, somente os aeroportos Afonso Pena (PR) e Viracopos (SP) entraram no top 10. O ranking é feito desde 2015 e não foi divulgado durante os anos de pandemia.

A análise é feita com a participação de 10 mil usuários em e 30 países. A pesquisa, realizada de janeiro a outubro deste ano, foi estruturada em três temas centrais: pontualidade, opinião dos clientes quanto aos serviços oferecidos (equipe do aeroporto, tempo de espera, acessibilidade e limpeza) e lojas e restaurantes. “O Brasil foi destaque no ranking como o país com maior quantidade de aeroportos entre os top 10 do mundo. A pontualidade foi o índice mais bem avaliado pelos usuários, sendo que todos os aeroportos registraram nota acima de oito. Em segundo lugar, ficou a qualidade dos serviços e, por último, a qualidade do varejo, que considera as opções de lojas e restaurantes”, analisa Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil.

O Aeroporto do Recife, top 2 do ranking, foi concedido pela iniciativa privada em 2020, e é administrado pela espanhola Aena. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Infraestrutura retomou e remodelou o programa de concessões de aeroportos iniciados no governo de Dilma Rousseff (PT). Até a última rodada de concessões, que passou o Aeroporto de Congonhas e outros 14 terminais para a iniciativa privada, 75,8% do total do tráfego de passageiros do país era administrado pela iniciativa privada. Com a nova rodada, o percentual chega a 91,6%. O Aeroporto de Viracopos, que também está bem colocado, será relicitado.

Além do tráfego administrado pela iniciativa privada, o Brasul sofreu menos com a crise enfrentada por empresas áreas em todo mundo. Em meados deste ano, na temporada de verão europeia, funcionários de aeroportos e companhias aéreas realizaram diversas paralisações demandando aumento de salários, o que gerou uma onda de cancelamentos e atrasos nos voos, piorando a percepção dos passageiros sobre os serviços prestados ali.

No top 20 do ranking, outros três aeroportos brasileiros aparecem na lista dos melhores do mundo, como o Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek (11º), no Distrito Federal, Aeroporto Internacional de Guarulhos (13°), em São Paulo, e o Santos Dumont (16°), no Rio de Janeiro. Este último deve passar por leilão junto com o Galeão, que assim como Viracopos será relicitado.

Os 20 melhores aeroportos do mundo:
  1. Aeroporto Internacional de Tóquio (Haneda), Japão – nota 8,83
  2. Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, Brasil – nota 8,52
  3. Aeroporto Internacional de Narita (Tóquio), Japão – nota 8,49
  4. Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas, Brasil – nota 8,41
  5. Aeroporto Internacional de Confins (MG) – Tancredo Neves, Brasil – nota 8,40
  6. Aeroporto Internacional Rajiv Gandhi, Índia – nota 8,40
  7. Aeroporto de São Paulo/C ongonhas, Brasil – nota 8,32
  8. Aeroporto Internacional de Gimpo, Coréia do Sul – nota 8,29
  9. Aeroporto Internacional de Dubai, Emirados Árabes Unidos – nota 8,28
  10. Aeroporto Internacional de Jeju, Coréia do Sul – nota 8,27
  11. Aeroporto Internacional de Brasília, Brasil – nota 8,26
  12. Aeroporto de Madrid/Bajaras, Espanha – nota 8,25
  13. Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, Brasil – nota 8,24
  14. Aeroporto Intercontinental George Bush, Estados Unidos – nota 8,23
  15. Aeroporto Internacional de São Francisco, Estados Unidos – nota 8,22
  16. Aeroporto Santos Dumont/Rio de Janeiro, Brasil – nota 8,20
  17. Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, Tailândia – nota 8,20
  18. Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete, Peru – nota 8,18
  19. Aeroporto Internacional do Bahrain, Bahrain – nota 8,11
  20. Aeroporto Internacional de Charlotte/Douglas, Estados Unidos – nota 8,10
Via Larissa Quintino (Veja)

Comissária de voo afirma que foi demitida de empresa aérea por ser gorda e negra

Uma empresa aérea americana está sendo acusada na justiça de gordofobia após demitir uma comissária, supostamente, por excesso de peso.

(Imagem: Spirit Airlines)
O processo está sendo movido na Corte do Sul da Flórida por Chelsia Blackmon, que foi demitida no dia 3 de novembro da empresa aérea de baixo custo Spirit Airlines. Ela alega que fez todo o treinamento necessário para ser comissária em meados deste ano e, no dia 3 de setembro, faria seu primeiro voo trabalhando a bordo de um Airbus A319.

No entanto, ao sentar no jump seat, que é o assento da tripulação, ela não conseguiu fechar o cinto devido ao seu tamanho e não fora permitida usar o extensor, algo bastante usado por passageiros e que está disponível na aeronave. Sem poder ir no seu assento, ela foi desembarcada e não realizou o voo.

Cinco dias depois ela recebeu um e-mail da Spirit, para uma reunião com objetivo de investigar e esclarecer o ocorrido. Após o encontro e novos e-mails da companhia, ela foi convidada a demonstrar que caberia no jumpseat e que poderia afivelar o cinto de segurança. Isto foi feito no dia 8 de outubro, mas o assento era pequeno e ela não conseguiu se acomodar, sendo afastada dias depois.

Se passaram 20 dias e ela então foi finalmente demitida com a alegação que não era adequada para o trabalho, já que não conseguia entrar no assento de tripulante.

Chelsia então decidiu ir até a justiça e alegou que a empresa a demitiu de maneira ilegal, sendo discriminatória pela sua raça, já que outra comissária de cor branca teria tido a oportunidade de perder o peso, mas ganhou vários meses para fazer isso, e não 30 dias como ela teve.

Segundo a Fox News, a comissária está pedindo que a Spirit Airlines pague os salários do período de afastamento, provimentos futuros, danos morais, honorários advocatícios e multas. O valor total pedido não foi revelado e até o momento a empresa aérea não se pronunciou sobre o assunto.

Avião inédito no Brasil está em produção em Goiânia (GO)

Aeronave chamada F.I.T.S. F2 é a primeira de três lugares, para dois adultos e uma criança ou adolescente, a ter seu projeto aprovado na ANAC.

Aeronave foi pensada para quem precisa fazer deslocamentos frequentes para locais
não atendidos por linhas aéreas (Foto: F.I.T.S Aero)
Em Goiás, menos de 2% das cidades têm voos de linhas aéreas regulares. Esse fator tem movimentado o mercado dos aviões particulares no Estado, que de acordo com dados da Associação Brasileira de Aviação Geral, é o quarto estado com maior polo de serviços de aviação geral no Brasil. A demanda se deve à posição geográfica (centro do país), sua extensão territorial (de um ponto a outro são mais de 800 km) e a força do agronegócio. Logo, o setor por aqui tem se destacado e apresentado inovações.

Um avião inédito no Brasil, por exemplo, está sendo construído em Goiânia e deverá estar no mercado em meados do ano que vem. O chamado F.I.T.S. F2 deverá ser o primeiro avião de 3 lugares a ter seu projeto aprovado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil. O modelo, que se enquadra no conceito Aeronave Leve Esportiva Especial (ALE-E), possui ainda um terceiro assento para cadeirinha de bebês (padrão ISOFIX) ou uma pessoa de até 50 kg.

Seu formato foi pensado para o público que precisa fazer deslocamentos frequentes para cidades não atendidas por linhas aéreas. O público alvo do projeto são, claro, é a classe A, a exemplo de empresários que possuem filiais em diferentes cidades, ao homem do campo, para aeroclubes ou qualquer pessoa que queira se deslocar a trabalho ou a lazer com segurança, conforto e alta tecnologia

“Por exemplo, caso haja uma necessidade de deslocamento seja de Campos Belos para Mineiros, na aeronave F.I.T.S. F2 em apenas 5h o proprietário estaria no destino, já de carro, ele gastaria só no deslocamento mais de 13h, sem contar com paradas para abastecimentos, alimentação, necessidades fisiológicas””, explica o piloto de jatos executivos Klézio Marinho, um dos três sócios da F.I.T.S. Aero, responsável pela idealização e produção do veículo.

A equipe que está construindo a aeronave é formada ainda pelo empresário e engenheiro aeronáutico Luciano de Castro, que atuou por 10 anos como Engenheiro da Força Aérea Brasileira e pelo engenheiro mecânico-aeronáutico, Celso Faria de Souza.

“Celso possui extenso background aeronáutico. Realizou cursos em universidades estrangeiras e suportou frotas de diversos tipos e operações. Klézio Marinho possui mais de 3 mil horas de voo e é pós-graduado em Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada também pelo ITA”, detalha Luciano sobre a equipe.

Equipe que está construindo aeronave goiana (Foto: F.I.T.S Aero)

Segurança e modernização


Segundo Luciano de Castro, o projeto F.I.T.S. F2 traz novidades aprovadas pela ANAC, após a edição da Resolução 686, de 13 de julho de 2022, que visa simplificar, fomentar e modernizar o segmento aeronáutico no Brasil.

Neste conceito, o empresário afirma que a aeronave foi desenhada especialmente para o novo usuário da aviação, com novidades a exemplo da asa alta, que facilita as manobras, a pilotagem e é ideal para pilotos inexperientes.

A segurança também é uma prioridade do projeto, pois conforme Luciano, o modelo possui estrutura de alumínio aeronáutico, com gaiola de sobrevivência para proteção dos ocupantes feita com aço cromo-molibdênio. Foi idealizado dentro do conceito de crashworthiness (que foi desenvolvido pela NASA, FAA e indústria americana) que absorve impacto e passa pouco da energia para os ocupantes.

“Possui também paraquedas balístico que permite o pouso da aeronave em segurança, mesmo com pane total elétrica e do grupo motopropulsor ou seja, em caso de emergência, não são os ocupantes que o vestem, é a aeronave que é integrada ao paraquedas”, acrescenta.

Via dmanapolis.com.br

Embraer pode paralisar seu projeto de um novo turboélice por ‘ambiente desfavorável’

Os planos de um novo avião turboélice brasileiro do porte do francês ATR podem estar suspensos pela Embraer.

Concepção gráfica do projeto da Embraer (Imagem: Embraer)
Apesar das grandes expectativas e da fabricante brasileira ter afirmado no grande evento de Farnborough, no Reino Unido, que mais de 200 intenções de compra para seu novo turboélice já foram feitas, o projeto pode demorar mais a se tornar realidade do que o esperado.

Durante a feira no Reino Unido, a Embraer tinha apontado que iria dar mais detalhes do projeto no final deste ano e fazer um lançamento oficial, mas, a menos de 30 dias para o início de 2023, surgiram rumores de que o projeto está congelado.

Segundo a Revista Aviation Week, a Embraer irá anunciar na próxima semana que o projeto será postergado, devido a “razões técnicas, econômicas e de mercado desfavoráveis” ao novo modelo, que é chamado de TPNG (Next-generation turboprop).

Esta nova aeronave irá levar entre 70 e 90 passageiros, com a fuselagem semelhante à dos E-Jets, mas com asas retas e motor turboélice na parte de trás do avião. O novo projeto seria a base para o uso de propulsores com energia renovável, como hidrogênio.

A Embraer se beneficiaria de sua experiência no mercado de turboélices, com o E110 Bandeirante e E120 Brasília, além de ser a líder no setor regional de jatos, porém, uma possível recessão econômica no próximo ano, além da falta de inovações nos motores turboélices atuais e problema na cadeia de suprimentos, estão forçando a fabricante a “segurar” o projeto.

Veja os aviões de luxo dos astros do futebol: Neymar, Messi, CR7

Os astros de futebol vivem cercados de luxos, com carrões, mansões, festas e, por que não, aviões?


É comum ver astros ostentando viagens em aviões particulares. No Brasil, Neymar possui dois aviões e um helicóptero estilizado em homenagem ao super-herói Batman.

Outros preferem apenas fretar quando é necessário, como é o caso de Kylian Mbappe (França) e Son Heung-min (Coreia do Sul).

Ainda existem situações nas quais estrelas dos campos fecham um acordo para que seus clubes forneçam um avião para que realizem seus voos, mas sem comprá-los.

Veja a seguir alguns dos jogadores dessa edição da Copa do Mundo de futebol que possuem jatos particulares para voar, tanto os que ainda estão nela quanto os eliminados:

Neymar Jr. - Brasil


Avião Dassault Falcon 900LX, modelo igual ao que Neymar comprou recentemente
(Imagem: Katsuhiko Tokunaga/Dassault)
  • Avião: Falcon 900LX
  • Preço estimado: A partir de US$ 44 milhões (R$ 235,7 milhões) para um avião novo, mas modelos antigos podem ser encontrados por US$ 20 milhões (R$ 107 milhões)
  • Velocidade: 920 km/h
  • Capacidade: Até 14 passageiros
  • Veja mais do avião aqui

Cristiano Ronaldo - Portugal


Gulstream G200, jato do mesmo modelo que Cristiano Ronaldo comprou
(Imagem: Divulgação/Gulfstream)
  • Avião: Gulfstream G200
  • Preço estimado: US$ 23 milhões
  • Velocidade: 870 km/h
  • Capacidade: Oito passageiros
  • O avião está à venda aqui

Lionel Messi - Argentina


Gulfstream V da Guarda Costeira dos EUA, mesmo modelo que o avião de Messi (Imagem: USCG) 
  • Avião: Gulfstream V
  • Preço estimado: US$ 15 milhões
  • Velocidade: 900 km/h
  • Capacidade: 15 passageiros

Gareth Bale - País de Gales


Cessna Citation da mesma família do jato particular do que o jogador Gareth Bale possui
(Imagem: Reprodução/Luna Jets)
  • Avião: Cessna Citation Excel
  • Preço estimado: US$ 6,4 milhões
  • Velocidade: 800 km/h
  • Capacidade: Até oito passageiros
As velocidades são aproximadas, e a capacidade pode oscilar de acordo com o tipo de interior que o jogador escolheu, entre outros fatores.


Via Alexandre Saconi (UOL) - Fontes: Simple Flying e Business Jet Traveler

Boeing prevê que o tráfego de carga aérea duplique nos próximos 20 anos


Os tumultuosos efeitos da pandemia nos últimos dois anos elevaram as expectativas e causaram desafios para planejamento e análise de longo prazo. No entanto, as indústrias gerais de aviação e aeroespacial permanecem resilientes e isso se estende ao mercado de carga aérea.

A Boeing está prevendo uma forte demanda por serviços de carga aérea até 2041 em seu 2022 World Air Cargo Forecast (WACF), com a duplicação do tráfego e a expansão da frota mundial de cargueiros em mais de 60%.

Retorno pós-covid


As companhias aéreas de todo o mundo aumentaram a capacidade de carga aérea em resposta às necessidades globais de transporte durante a pandemia do COVID-19. Com os desafios da cadeia de suprimentos diminuindo e a recuperação das redes internacionais de passageiros de longa distância progredindo, a indústria agora está mudando o foco para as necessidades crescentes de demanda e redes de carga aérea nos próximos anos.

“Enquanto o mercado de carga aérea está voltando a um ritmo mais normal após a demanda histórica nos últimos dois anos, fatores estruturais, incluindo crescimento da rede expressa, evolução das estratégias da cadeia de suprimentos e novos participantes do mercado de carga, estão impulsionando a demanda sustentada de cargueiros”, Darren Hulst, Boeing's Vice-presidente de Marketing Comercial, disse. “Na rede de transporte global, os cargueiros aéreos continuarão a ser um facilitador crítico para movimentar mercadorias de alto valor, em maior volume em mercados em expansão.”

Frota de carga em expansão mundial


O WACF de 2022 projeta que a frota mundial de carga exigirá quase 2.800 cargueiros de produção e convertidos para crescimento e substituição até 2041. Com o tráfego de carga dobrando no período de previsão, os operadores precisarão mudar para jatos mais capazes, eficientes em termos de combustível e sustentáveis, como o Cargueiro 777-8 para atender a demanda, conforme previsão.

Um terço das entregas consistirá em novos cargueiros de produção, enquanto os dois terços restantes serão conversões de cargueiros, como o 737-800 Boeing Converted Freighter (BCF), proporcionando às transportadoras maior flexibilidade em mercados existentes e emergentes.

Com a frota global de cargueiros crescendo para mais de 3.600 aeronaves nas próximas duas décadas, a previsão prevê que a região da Ásia-Pacífico será uma área chave para a expansão, recebendo quase 40% de todos os cargueiros novos e convertidos.

“Supondo que parte dessa interrupção global desapareça em algum momento de 2023, 2024 pode ser um ano muito forte. Vimos a frota mundial de cargueiros expandir em 300 desde 2019. Estamos falando de uma indústria que agora tem apenas cerca de 2.250 aeronaves em serviço”, afirmou Hulst.

Impacto do comércio eletrônico


Espera-se que a rápida expansão do comércio eletrônico impulsione o crescimento da carga aérea. Os pacotes de carga aérea geralmente não são identificados especificamente como e-commerce pelos remetentes, e as remessas de correio aéreo geralmente são agrupadas em sacolas com diversos documentos e encomendas. No entanto, é claro que o comércio eletrônico está revolucionando as expectativas dos clientes e a logística de carga aérea.

Espera-se que as receitas globais de comércio eletrônico mais do que dobrem os níveis pré-pandêmicos até 2026, atingindo US$ 8,1 trilhões – acima dos US$ 3,4 trilhões em 2019 e cinco vezes mais do que os US$ 1,5 trilhão gastos em 2015.

Embora os negócios domésticos de comércio eletrônico sejam frequentemente apoiados por grandes redes terrestres, o crescimento do comércio eletrônico transfronteiriço, bem como os mercados emergentes sem redes postais e terrestres bem estabelecidas, promoverão um papel cada vez maior para a carga aérea.

Embora o comércio eletrônico seja um fenômeno global, o tamanho e o crescimento do mercado variam de acordo com o país. A China representa o maior mercado de comércio eletrônico do mundo, depois de ultrapassar os Estados Unidos em 2013.

Em 2021, o mercado chinês ultrapassou US$ 2 trilhões, mais que o dobro do mercado dos Estados Unidos, estimado em US$ 960 bilhões. O mercado europeu tinha aproximadamente um terço do tamanho do mercado da China, com US$ 665 bilhões, em 2021. Embora atualmente muito menor, muitos mercados emergentes, como Índia e Brasil, agora estão passando por alto crescimento e rápida expansão de rede. “Muitas pessoas hoje em dia estão falando sobre a ascensão do comércio eletrônico, especialmente durante a pandemia e, sem dúvida, é um grande motor de crescimento no momento”, acrescentou Hulst.

Cargueiros indispensáveis


Os cargueiros são essenciais para as companhias aéreas que competem nos mercados de carga aérea. Embora quase metade da carga aérea mundial tenha sido historicamente transportada no interior de aviões de passageiros, os cargueiros são um componente-chave da programação personalizada e da flexibilidade operacional de que muitos clientes de carga aérea precisam. Como resultado, as companhias aéreas com cargueiros de convés principal em suas frotas obtêm 90% da receita do setor de carga aérea.

Enquanto aviões de passageiros de fuselagem larga cada vez mais capazes ajudaram o setor de carga aérea a crescer na década anterior à pandemia, a Boeing espera que cargueiros dedicados continuem transportando pelo menos 50% do tráfego aéreo de carga mundial, mesmo depois que as redes de passageiros de longa distância se recuperarem - níveis pandêmicos e além.

Existem várias razões principais para a preferência do cargueiro nos fluxos de carga aérea: a maior parte da capacidade de passageiros não atende às principais rotas comerciais de carga; horários de passageiros de corredor duplo geralmente não atendem às necessidades de tempo do remetente; transitários preferem capacidade paletizada, que não está disponível em aeronaves de corredor único; as barrigas dos passageiros não podem transportar materiais perigosos e carga de projeto; dois setores importantes nos fluxos de carga aérea, e as considerações de alcance de carga em aviões de passageiros podem limitar o transporte de carga, aumentando o risco de que a carga não chegue a tempo.

“Não faz muito tempo, havia alguns que debatiam o valor dos cargueiros”, disse Hulst. “Muitos estavam falando ativamente sobre como a indústria não precisa de aviões de carga dedicados. Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Mesmo nos piores momentos, mais da metade do tráfego aéreo de carga foi transportado em cargueiros.”

A pandemia do COVID-19 destacou a importância dos cargueiros de convés principal no sistema de transporte aéreo global. Com altos rendimentos de carga aérea e redes internacionais de longo curso bastante reduzidas, as condições são favoráveis ​​para muitas companhias aéreas usarem frotas de passageiros de fuselagem larga para operações apenas de carga, a fim de gerar o fluxo de caixa necessário e a capacidade da indústria.

Esses “preighters” substituíram parte do déficit de capacidade e até (em alguns casos) geraram lucros trimestrais para as transportadoras, apesar das operações mínimas de passageiros. Embora as operações de passageiros de longa distância ainda estejam se recuperando, a capacidade suficiente de passageiros retornou à maioria dos mercados para que quase todas as operações de preighter tenham sido descontinuadas.

Em tempos normais, os aviões geram mais receita no serviço de passageiros. No entanto, a experiência dos últimos dois anos destacou o valor das operações de carga. Para as companhias aéreas que buscam diversificar o risco e as operações após a pandemia, essa experiência forneceu um incentivo para incorporar as operações de carga em sua malha e planejamento de frota.

Novos 'players'


Algumas empresas de navegação estão explorando uma mudança para estratégias operacionais integradas verticalmente. Historicamente, os despachantes eram a principal interface entre produtores e empresas de transporte. Algumas companhias de navegação agora visam competir no espaço de despachantes de carga desenvolvendo suas próprias soluções de serviço completo. Para os clientes, as proposições de valor aqui são a eliminação da incerteza modal e a eliminação dos riscos dos níveis de serviço. Para fornecer essa mobilidade integrada de mercadorias, algumas empresas de contêineres e logística estão adquirindo aviões para fornecer a gama prometida de níveis de serviço.

Esta tendência sugere algum movimento agregado de volumes de transporte marítimo para o ar. Embora os volumes provavelmente não sejam grandes em relação ao comércio global total, mesmo pequenas mudanças na velocidade, confiabilidade e mitigação de riscos do ar podem ser significativas, considerando que a carga aérea agora representa apenas cerca de 1% dos volumes comerciais globais.

Além do crescimento entre os provedores de logística estabelecidos, os mercados estão vendo uma série de recém-chegados de carga aérea, incluindo um surto de crescimento das operações para companhias aéreas menores de frete geral e expresso. Uma análise da frota no quarto trimestre de 2022 revelou cerca de 40 operadores a mais do que antes da pandemia. Além disso, alguns operadores apenas de barriga adicionaram cargueiros de convés principal às suas frotas, em esforços para diversificar as receitas.

A Ásia lidera o caminho


Os mercados do Leste Asiático lideram a previsão global de carga aérea em volumes e taxas de crescimento. Hoje, os fluxos de carga aérea do Transpacífico e da Europa para o Leste Asiático são os maiores. Até o final do período de previsão, a região intra-Leste da Ásia se tornará o terceiro maior mercado global, acima da posição número cinco em 2021, com 5,7% de crescimento médio anual projetado.

Impulsionar essa mudança será o aumento da produção de bens e mercados de consumo em expansão. Prevê-se que a produção industrial, o comércio e o crescimento do mercado expresso impulsionem o crescimento do tráfego de 5,3% no mercado doméstico da China, o segundo fluxo de crescimento mais rápido em nossa previsão de 20 anos.

Os fluxos de carga aérea intra-América do Norte e Transatlântica completarão os cinco principais mercados até o final do período de previsão, com grandes mercados hoje, mas taxas de crescimento mais lentas devido à dinâmica de mercado mais madura da Europa e dos Estados Unidos.

Em particular, Hulst citou a Índia como uma área a ser observada, afirmando como ele “nunca viu tantas pessoas realmente otimistas sobre o futuro antes”. À medida que as empresas diversificam seus negócios, enquanto a China “permanecerá uma potência industrial mundial”, a inclusão de planos de redundância fará com que outras nações asiáticas aumentem seus mercados, aumentando a necessidade de mover carga de/para eles.

Via Aircargoweek - Foto: Reprodução

FAA exige melhorias no novo tanque de combustível do A321XLR para lidar com o risco de incêndio

Processo informado durante fase de testes de voo do A321XLR pode atrasar entrega da aeronave.


A agência reguladora FAA dos EUA autorizou requisitos específicos para o A321XLR após preocupações de que um novo tipo de tanque de combustível usado no jato estreito de longa distância de última geração da Airbus poderia representar um risco de incêndio.

Em um documento interno emitido pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), a agência reguladora afirmou que exigiria que a metade inferior da fuselagem do A321XLR, que abrange a região longitudinal do tanque, fosse resistente à penetração de fogo.

A Airbus projetou o novo tanque com uma capacidade de 12.900 litros para estender o alcance de voo do A321XLR, a variante mais recente e de maior alcance da Família A320neo. A nova aeronave tem um tanque de combustível adicional instalado sob a fuselagem, em vez das asas. Ao contrário do design de outros aviões de passageiros, ele está localizado em uma área da fuselagem inferior que substitui parcialmente o contêiner de carga traseiro. O documento da FAA lança mais luz sobre as especificações do novo tanque.

A abordagem usada pela Airbus economiza espaço, mas não deixa espaço para isolamento térmico. Isso foi inicialmente notado em 2021 pela concorrente Boeing, que compartilhou suas preocupações com a FAA e a autoridade europeia de aviação EASA. Tais informações não são incomuns nos procedimentos de aprovação. “Em geral, o revestimento do casco da metade inferior é isolado (termicamente) das aeronaves”, observa a FAA, se referindo claramente à Airbus.


De acordo com fontes da indústria, os pontos de interrogação nas mentes dos reguladores sobre como lidar com esse novo tanque de combustível colocam o cronograma de entrega da aeronave em um estado ambíguo. A Airbus planeja começar a entregar a aeronave a seus clientes a partir do segundo trimestre de 2024.

“Embora as discussões com as autoridades de aeronavegabilidade ainda estejam em andamento, não estamos em posição de comentar durante o período de consulta pública”, disse um porta-voz da Airbus.

A Agência disse que as diretrizes atuais não propõem requisitos para proteções contra incêndio pós-colisão neste tipo de projeto e disposições especiais são necessárias de acordo com os padrões de segurança existentes.

Em maio, uma avaliação regulatória forçou a Airbus a adiar a entrada em serviço do A321XLR do final de 2023 para o início de 2024.


Especialistas dizem que possíveis mudanças de design a serem exigidas pelos reguladores podem reduzir o alcance introduzido do avião, que é o principal ponto de venda do fabricante.

O Airbus A321XLR fez seu voo inaugural em 15 de junho de 2022. A aeronave tem um alcance de voo de 4700 NM com uma configuração de cabine de duas classes de 180-220 assentos. O A321XLR pode permitir que as companhias aéreas lancem novas rotas de longa distância, como Nova York – Roma, Londres – Vancouver, Delhi – Londres, Sydney – Kuala Lumpur, com um jato de corredor único em vez de uma aeronave widebody

A aeronave registrou pedidos de mais de 500 exemplares de 22 clientes, incluindo American Airlines, United Airlines, Air Canada e Qantas. A Middle East Airlines (MEA) do Líbano é o cliente de lançamento da versão.

Via Fernando Valduga (Cavok) - Fotos: Divulgação

Casa da Moeda do Brasil põe à venda medalha dos 70 anos da Esquadrilha da Fumaça


Desde sábado passado (10), a Casa da Moeda do Brasil (CMB) passou a disponibilizar para venda a medalha dos 70 anos da Esquadrilha da Fumaça. O item possui tiragem limitada a 200 peças nas opções prata e bronze e pode ser adquirido na CMB.

O Esquadrão nasceu da iniciativa de jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica da Força Aérea Brasileira (FAB), no Campo dos Afonsos (RJ), que, em suas horas de folga, treinavam acrobacias em grupo com o objetivo de mostrar aos cadetes a capacidade dos instrutores de voo e a segurança dos aviões.

A equipe iniciou suas atividades com o avião North American T-6 Texan e, após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos T-6 um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que o público, carinhosamente, batizou a equipe de “Esquadrilha da Fumaça”.

Com quase 4 mil demonstrações aéreas realizadas no Brasil e em 21 países, a Esquadrilha da Fumaça representa para milhares de pessoas a oportunidade de estabelecer contato com a Força Aérea Brasileira, gerando sentimento de patriotismo e pertencimento.


Airbus A330 x Boeing 777 - Qual deles é o melhor?

O programa Airbus A330 foi desenvolvido no final dos anos 1980. Foi visto como um novo meio de transporte de passageiros em voos de longa distância com apenas dois motores. A Boeing, sentindo uma mudança no vento, queria entrar em ação. Como tal, eles desenvolveram seu próprio avião bimotor de longo curso: o 777. Mas qual é a melhor aeronave?

O Airbus A330 e o Boeing 777 foram lançados com uma diferença de 18 meses um do outro, em meados da década de 1990. Isso se seguiu a anos de pesquisa e desenvolvimento no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 (Foto: Getty Images)

Estamos diante de uma situação histórica do tipo salto, com a Boeing tentando superar os desenvolvimentos existentes da Airbus. Portanto, é importante ressaltar que a Boeing estava atrás da Airbus quando se tratou do lançamento do 777 como concorrente do A330. Como tal, teria mais alguns anos de oportunidades de pesquisa e desenvolvimento para vencer sua concorrência.

Comparando as especificações


A tabela de dados abaixo descreve um esboço de todos os diferentes tipos de aeronaves Boeing 777, exceto a série 777X de próxima geração. Uma comparação mais detalhada deste tipo com sua contraparte Airbus, a série A330neo, virá posteriormente neste artigo. 


De maneira semelhante, a tabela de dados a seguir destaca as diferenças na família Airbus A330 de primeira geração. Como acima, também incluímos a variante de frete para fins de comparação.


A United Airlines lançou o Boeing 777 comercialmente em junho de 1995 (Foto: Getty Images)

Capacidade


Em termos de capacidade de passageiros, os gráficos acima mostram que o A330-330 é muito semelhante ao 777-200. Na verdade, era de se esperar isso, visto que suas dimensões são quase idênticas. No entanto, o A330-300 é a maior variante de sua família, enquanto o 777-200 é a variante menor.

Medindo mais de 10 metros de comprimento que o A330-300 e o 777-200, o 777-300 acomoda um número significativamente maior de passageiros. Enquanto isso, o A330-200 menor é mais comparável em termos de capacidade de passageiros com o Boeing 767-400. Assim, podemos ver claramente que, no geral, o Boeing 777 tem a vantagem em termos de capacidade.

O Boeing 777-300 se beneficia da capacidade adicional de passageiros 
devido ao seu comprimento maior (Foto: Getty Images)

Alcance


Olhando para os respectivos alcances operacionais dessas aeronaves, o A330 compete fortemente com o 777. Na verdade, o A330-200 supera qualquer variante do 777 de primeira geração, com o A330-300 também derrotando o Boeing 777-300.

É apenas quando olhamos para a gama alargada de variantes do 777 que o A330 fica para trás. Em termos de variantes de carga dessas aeronaves, a família 777 também leva vantagem neste caso.

A transportadora de bandeira holandesa KLM opera atualmente várias variantes das famílias Airbus A330 e Boeing 777 (Foto: Getty Images)

Custo-benefício


Uma área em que há uma diferença significativa entre as duas famílias de aeronaves são seus respectivos preços. Usando os exemplos do A330-300 ($ 264 milhões) e do Boeing 777-300 ($ 361,5 milhões), podemos ver uma diferença de quase $ 100 milhões.

Embora saibamos que as companhias aéreas não pagam o valor de lista pelas aeronaves, nos perguntamos por que as companhias aéreas pagariam até US$ 97 milhões a mais. De fato, comparar as especificações das duas famílias de aeronaves mostrou que o A330 é, na maioria das vezes, um forte concorrente.

Historicamente, a companhia aérea de bandeira dos Emirados, baseada em Dubai, costumava operar o Airbus A330. No entanto, sua frota hoje consiste inteiramente de aeronaves Boeing 777 (Getty Images)

No caso do 777-300, seu principal ponto de venda em relação ao A330 é sua capacidade aumentada. No entanto, no longo prazo, as companhias aéreas terão que confiar em voos bem carregados para garantir que os 68 passageiros extras sejam um investimento valioso.

No geral, é difícil dizer qual aeronave é melhor. Embora a família A330 seja menor do que o Boeing 777, seu custo e alcance ainda o tornam uma proposta atraente para as companhias aéreas. No entanto, além da primeira geração, o A330 não permanece mais competitivo em comparação com as variantes de 777 de alcance estendido. Como tal, é aqui que o fabricante americano tem a vantagem.

A próxima geração - A330neo x 777X


O 777X talvez seja mais comparável ao A350. No passado, também comparamos o A330neo com o Boeing 787-9 'Dreamliner'. No entanto, ainda pode ser do interesse dos leitores ver como as respectivas variantes de próxima geração das famílias A330 e 777 se comparam. Suas especificações são as seguintes:


Como o 777X é simplesmente uma aeronave maior do que o A330neo, ele tem várias vantagens operacionais. Isso inclui melhor capacidade de passageiros e melhor espaço de carga. O último desses aspectos tornou-se recentemente particularmente lucrativo para companhias aéreas de todo o mundo. De fato, a pandemia de coronavírus em andamento fez com que os níveis de demanda de passageiros caíssem drasticamente. No entanto, também viu o mercado de frete se tornar crucial para manter o mundo em movimento.

Layout de assento da TAP Portugal no Airbus A330neo (série -900) (Fonte: TAP Portugal)

Quando se trata de alcance, podemos ver que o A330-800 tem uma vantagem sobre seu homólogo maior -900 e também sobre o 777-9. No entanto, fica atrás do 777-8 neste aspecto. Na verdade, ambas as versões do A330neo ficam atrás de suas respectivas contrapartes 777X.

Como tal, as companhias aéreas enfrentam uma espécie de dilema. Embora o A330neo pudesse realizar em grande parte as mesmas rotas que essas aeronaves, não se sabe se eles têm capacidade de passageiros suficiente para valer a pena. Talvez seja uma aeronave mais adequada para as chamadas 'rotas longas e estreitas'.

Conclusão


Em termos de sucesso comercial, não há muito para separar as duas famílias de aeronaves. O Airbus A330 foi lançado com a Air Inter em 1994 e vendeu 1.506 exemplares. Enquanto isso, desde seu lançamento com a United em junho de 1995, a Boeing produziu 1.649 exemplares da família 777. Ambos os tipos continuam a ver um serviço ativo generalizado em todo o mundo hoje.

Também é preciso considerar a perspectiva dos passageiros. Enquanto o 777 apresenta uma configuração de assento econômica 3-3-3, o A330 utiliza uma configuração 2-4-2. Muitos passageiros veem a última configuração como a opção mais favorável.

A Air Inter lançou o Airbus A330 comercialmente em janeiro de 1994, antes de se fundir com a Air France em abril de 1997. 15 A330 permanecem na frota da companhia aérea de bandeira francesa até hoje (Foto: Getty Images)

Na verdade, permite que os casais tenham um par de assentos para eles, e nenhum assento está a mais de um lugar de distância de um corredor. Além disso, os passageiros da classe econômica em aeronaves A330 costumam desfrutar de assentos um pouco mais largos. Isso se deve ao fato de haver um assento a menos por fileira do que na cabine econômica 3-3-3 do 777.

De modo geral, decidir entre essas duas famílias de aeronaves geralmente se resume à preferência pessoal. Em termos de variantes de próxima geração, o A330neo teve uma ligeira vantagem sobre seu concorrente americano. Foi lançado comercialmente com a TAP Portugal em dezembro de 2018.

Enquanto isso, não se espera que o 777X entre em serviço comercial ativo até 2022. Certamente será fascinante ver como esses modelos de próxima geração acabarão tendo um desempenho nos próximos anos.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu