segunda-feira, 20 de julho de 2009

Brasileiros não acreditam, 40 anos depois, que o homem foi à Lua

Os incrédulos dizem que tudo foi uma montagem.

Alguns passam a dúvida de geração em geração.




Na Lua, um grande salto para a humanidade. Mas ainda há uma enorme desconfiança, que resiste ao tempo.

“É mentira”, diz uma mulher.

Essa é também a teoria do agricultor José Andreazi, de 67 anos. Ele passou aquele dia histórico grudado no rádio: “Pensava que eles queriam ser mais que Deus”, lembra. Anos depois, viu pela TV as imagens da Apollo 11. Mas nunca colocou fé na conquista: “Eles subiram, mas parar e descer na Lua, não sei se é verdade”, desconfia.

O roupeiro Osni dos Santos, de Londrina, já virou figura folclórica no assunto. Para o roupeiro de 50 anos, foi tudo uma grande farsa, filmada em estúdios de Hollywood: “Só pode ser montagem. Em filme, você vai para Marte, para todo lado, passa para outra dimensão. Por que não voltaram até hoje, 40 anos depois?”, questiona. No desfile de teorias conspiratórias, sobrou até para a Apollo 11: “Parece uma alegoria de carnaval, cheia de ponta para todo lado. Como vai chegar com um negócio desses até a Lua?”, diz o roupeiro.

É uma descrença que passa de geração para geração. É exatamente isso que Osni ensina para as filhas: “Digo que o homem não foi à Lua. Não adianta escutar professores. A menor acredita em mim, porque não leu tudo. As maiores discordam. Mas eu insisto em dizer que não foi”, conta Osni.

No Maranhão, mais histórias curiosas

Alcântara fica em uma península a 2º da linha do Equador. Uma posição estratégica para o Brasil na corrida espacial. Os foguetes são lançados com uma economia de até 20% no consumo de combustível. Por causa disso, o Centro Aeroespacial de Alcântara tem a missão de colocar um satélite em órbita. Mas tanto avanço não convence os vizinhos da tecnologia. Há quem duvide até mesmo que o homem foi á Lua.

"Como é que você vai entrar na Lua se ela é redonda e ela não tem porta?", questiona Raimundo Vieira.

Naquele 20 de julho de 1969, quando o homem tocou pela primeira vez o solo lunar, a agricultora Maria José Vieira tinha só 7 anos. Jamais soube da conquista histórica. Até hoje, a Lua - para ela - é uma morada sagrada: “São Jorge fica lá, com aquela espada. Mas o homem, para a Lua, nunca vai".

A Lua por aqui tem outra função. "Já que à noite não tem sol, a lua serve como uma lâmpada", explica a estudante Carla Petrus. A Lua que ilumina as ruínas históricas também desafia a imaginação nas noites de Alcântara. "Por que o homem nunca foi ao Sol?”, pergunta o servidor público José de Ribamar Ribeiro.

Em Aracaju, desconfiança

Entre o céu e a Terra há muitos mistérios difíceis de serem desvendados. Testemunhas da história, uma turma de mais de 60 anos se divide quanto à veracidade do que aconteceu há 40 anos.

Homem na Lua: verdade?

"Muita gente não acredita, eu acredito porque eu vi", diz o aposentado Valmir Guerra.

Ou mito?

"Eu vi pela televisão, ouvi pelo rádio, mas não acredito”, desconfia o aposentado José Nildo de Oliveira.

Essa não é uma dúvida que paira somente entre os mais antigos.

"Até ficaram pela órbita, porque foi lançado o foguete, mas descer lá, não, porque todas as fotos têm vestígios de falhas”, aponta Edson dos Santos Silva.

Efeitos do cinema, fotos forjadas - cada um tem uma justificativa para duvidar.

"Enganaram o povo, o homem não foi à Lua e nunca vai”, garante a aposentado Ildo Tompson Dantas.

Verdade ou não, o certo é que a Lua continua a brilhar nas belas noites da Terra. Sempre solitária, majestosa, inspiradora e, bem do jeito dela, não está nem aí para essa polêmica.

Fonte: G1 (com informações do Bom Dia Brasil)

Obama recebe astronautas da Apollo 11 na Casa Branca




Durante o encontro, nesta segunda-feira (20), o presidente americano afirmou que o feito de Neil Armstrong, Buzz Adrin e Michael Collins deve continuar a inspirar novas gerações de cientistas e engenheiros.

Fonte: Jornal Nacional

Rivalidade entre EUA e URSS impulsionou homem à Lua




A chegada do homem à Lua, que completa 40 anos nesta segunda-feira (20), é o resultado de uma das maiores aventuras do ser humano e também da rivalidade entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Fonte: Jornal Nacional

Veja o filme 'Viagem à Lua", de Georges Méliès




Curta-metragem francês de 1902 mostra um grupo de astrônomos em expedição à Lua. Méliès era, além de cineasta, prestidigitador e foi um pioneiro no uso de efeitos especiais no cinema.

Fonte: G1

Conheça o jipe de exploração lunar da Nasa

Veículo para duas pessoas tem 12 rodas, camas e até um banheiro.

'É uma versão supertecnológica de um trailer', explica engenheiro.




A Nasa desenvolveu um novo jipe lunar para a exploração espacial. Não é a primeira vez que um veículo como esse é lançado.

O primeiro automóvel em solo lunar acelerou e andou pouco mais de 27 quilômetros em 1971. O carro usado na missão Apollo 15 havia sido projetado para enfrentar baixa gravidade.

Nas últimas três missões da Nasa à Lua, os astronautas dirigiram o mesmo modelo para se locomover com mais facilidade e coletar amostras.

Há 36 anos, na última vez que o homem foi à Lua, o jipão andou 36 quilômetros.

Em uma simulação, a Nasa copiou as crateras da Lua, no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas. O objetivo é criar um cenário idêntico ao da Lua, para testar o novo carro. Ele é movido à bateria - o mesmo tipo usado em telefones celulares, mas muito mais potente.

Na parte da frente do carro, ficam as ferramentas que serão usadas pelos astronautas. O painel do carro tem diferentes comandos. Marcha reduzida, marcha alta, ativar suspensão, desativar suspensão. O volante é como um controle de videogame.

O carro sai devagarinho, ganha um pouco de velocidade. Dez quilômetros por hora. Anda como caranguejo, para trás, para os lados.

A Nasa faz treinos duas vezes por semana. Estuda cada movimento do carro e eventuais falhas, para que nada saia errado no projeto Constellation, que prevê a volta de astronautas americanos à Lua daqui a 11 anos.

Riscos e proteção

Um dos maiores riscos para os astronautas na Lua é a radiação solar, de alta energia. A cabine do carro protege os astronautas desse tipo de exposição. É totalmente pressurizada.

Dentro dela, os astronautas não terão que usar roupa especial. Os trajes espaciais ficam acoplados ao carro, do lado de fora. Se precisar sair, o astronauta entra no uniforme e deixa o veículo.

O superjipe foi projetado para duas pessoas passarem até duas semanas vivendo na cabine. É uma versão supertecnológica de um trailer, explica o engenheiro Bill.

Para ficar tanto tempo dentro do carro lunar, algumas coisas são fundamentais: cama, são duas, montáveis. Tem espaço para comida, banheiro e uma cortina para dar alguma privacidade.

Um pouco de conforto para quem terá pela frente os desafios do espaço. Os futuros passos da humanidade contarão com a ajuda de 12 rodas.

Fonte: G1 (com informações do Fantástico)

Era espacial trouxe avanços práticos à vida na Terra

Teflon, GPS e código de barras surgiram a partir de pesquisas espaciais.

Invenções se intensificaram com chegada do homem à Lua, há 40 anos.

O forno de micro-ondas, o velcro, o Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), as lentes de contato e o laser são objetos e instrumentos que já se tornaram corriqueiros, mas que não existiriam hoje se não fossem as tecnologias desenvolvidas a partir de pesquisas espaciais.

Desde que os Estados Unidos e a antiga União Soviética (URSS) iniciaram a corrida espacial no fim dos anos 1950, mas, sobretudo, desde que o homem pisou na Lua, há 40 anos, as invenções para o espaço e suas aplicações na Terra passaram a fazer parte de nossas vidas.

As coisas seriam muito mais difíceis hoje se não existissem os equipamentos sem fios, as fraldas infantis descartáveis, as frigideiras de Teflon antiaderentes, os termômetros digitais ou o simples código de barras, que simplificou o comércio e que foi uma invenção da Nasa (agência espacial americana) para identificar as milhares de peças de suas naves.

"É fascinante a forma como as tecnologias desenvolvidas para a prospecção espacial entraram em nossas vidas", afirmou Karina Edmonds, ex-funcionária do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa.

"As pessoas se espantariam se soubessem quantas coisas usadas em suas vidas diárias tiveram origem nos esforços científicos da Nasa", acrescentou.

Debora Wolfenbarger, do Programa de Inovações do JPL, disse à Agência Efe que a tecnologia espacial teve e continua tendo um grande impacto na vida do cidadão comum.

Orçamentos para o espaço

Já que a porcentagem que a prospecção espacial recebe do orçamento geral é muito pequena, Débora considera que o investimento tem valido a pena.

O orçamento geral foi de US$ 2,9 trilhões em 2008 e 0,6% desse total foi atribuído à Nasa.

No dia 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong foi o primeiro homem a deixar sua pegada na Lua. A partir desse dia, os saltos da ciência espacial foram gigantescos.

E muitas de suas aplicações entraram na vida cotidiana em qualquer lugar do planeta e começaram a ser comercializadas sem surpreender ninguém.

Desde os dias que o programa Apollo levou Armstrong à Lua, satélites científicos, meteorológicos e de comunicações transmitem suas imagens a todo o mundo.

A informação dos satélites meteorológicos se transformou em um elemento vital para a previsão precisa do tempo, com vários dias de antecedência.

Esses mesmos satélites são os que determinaram o degelo das calotas polares causado pelo aquecimento global, assim como o grau de poluição no planeta.

Invenções mais importantes

Para os cientistas, a aplicação mais importante da ciência espacial foi o GPS (Global Positioning System), que permite localizar com precisão um ponto em qualquer lugar do planeta com a ajuda de satélites.

Segundo a Nasa, por trás da simplicidade deste equipamento existe um conhecimento científico enorme sobre o movimento e as mudanças registradas na Terra.

O sistema, que já se tornou habitual em automóveis e até em telefones celulares, tem aplicações científicas muito relevantes, porque pode localizar o movimento das placas tectônicas, medir o aumento dos níveis marítimos e, sobretudo, tornar a navegação aérea muito mais segura, segundo a Nasa.

A lista das aplicações da era espacial à vida diária, quase interminável, inclui também os sensores infravermelhos que medem as ondas de calor dos planetas e das estrelas, que agora foram incorporados aos termômetros sem mercúrio.

O equipamento com o qual Armstrong perfurou as pedras lunares que trouxe à Terra abriu caminho para o desenvolvimento de aparelhos sem fio.

Os monitores cardíacos para controlar a saúde dos astronautas são usados hoje nos hospitais, assim como as lentes de contato, desenvolvidas para proteger os navegantes do espaço da luz ultravioleta.

Outra invenção é o Teflon, que foi criado para proteger os foguetes e os alimentos desidratados na falta de gravidade do espaço. Hoje ele é usado para cobrir frigideiras, o que facilita na hora da lavagem, já que elas se tornam antiaderentes.

O último dos avanços da era espacial é um sistema de conversão de urina em água potável, que já é usada nas naves e na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). No entanto, este avanço ainda não chegou à Terra.

Fonte: EFE via G1

Mapa mostra presença humana na Lua

Confira onde astronautas e sondas já pousaram.

Veja também localização de cada item da Apollo 11.


Em 20 de julho de 1969 um homem pisou na Lua. Nos quatro anos seguintes, outros voltaram, nas Apollos 12, 14, 15, 16 e 17. E tanto antes quanto depois sondas desceram no satélite.

Confira no mapa os locais de pouso das missões Apollo (EUA), Surveyor (EUA) e Luna (URSS):

Clique na imagem para ver o Infográfico

Fonte: G1

Astrônomo mostra outras luas importantes para a humanidade

Europa, de Júpiter, e Titã, de Saturno, podem abrigar vida.

Nesta segunda (20) se comemora a chegada da Apollo 11 à Lua.


Montagem mostra as luas Europa (atrás) e Titã

Nesta segunda-feira (20), o mundo lembra a primeira vez que um homem pisou na Lua. A missão da Apollo 11 foi um marco da exploração espacial, mas a nossa Lua não é o único satélite do Sistema Solar que interessa à humanidade. Outras “luas” mais distantes escondem desafios e descobertas que astrônomos tentam desvendar. As mais importantes: Titã, satélite de Saturno, e Europa, de Júpiter.

Titã e Europa estão muito, muito longe da Terra. Para você ter uma ideia, a nossa distância até o Sol fica em torno de 150 milhões de quilômetros (às vezes mais perto, às vezes mais longe). Júpiter está a cerca de 620 milhões de quilômetros da Terra e Saturno a 1,2 bilhão de quilômetros (de novo, às vezes mais , às vezes menos). Confira abaixo:

Clique sobre a imagem para ver o infográfico

E por que dois satélites tão distantes assim são tão importantes? Porque eles são a melhor aposta que temos de encontrar vida fora da Terra.

Mas calma: não estamos falando de homenzinhos verdes, nem de qualquer outra cor. Cientistas já enviaram sondas a todos os corpos do Sistema Solar e já excluíram a possibilidade de encontrar qualquer forma vida inteligente nas redondezas. Mas vida não-inteligente também é vida. E tanto Titã quanto Europa parecem ter condições de abrigar, por exemplo, formas primitivas, como bactérias.

“O maior interesse da ciência é entender mais sobre nós. Descobrir vida fora da Terra é a oportunidade de compreender como a vida surgiu aqui. É compreender de onde nós viemos”, explica o astrônomo Ronaldo Mourão.

Conheça agora esses dois importantes satélites:

Titã

Titã ao lado de Saturno

Titã não recebeu esse nome à toa. Ela é o maior satélite de Saturno - tem 5.150 quilômetros de diâmetro – e o segundo maior do Sistema Solar (só perde para Ganimedes, de Júpiter, com seus 5.262 quilômetros). Titã é maior que o planeta Mercúrio e o dobro do tamanho do planeta-anão Plutão. É tão grande que afeta a órbita das outras luas do planeta (são 60 conhecidas, além dela).

Mas não é o tamanho de Titã que deixa os cientistas tão fascinados. O motivo de tanto interesse é que Titã é muito semelhante à Terra antes do surgimento da vida. “Titã é um corpo rochoso que possui atmosfera e um ciclo atmosférico muito parecido com o que existe na Terra”, explica o astrônomo Enos Picazzio, do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo.

Titã tem uma atmosfera que funciona como a da Terra

“Mas, enquanto o ciclo aqui envolve água, em Titã ele envolve metano”, afirma o professor. Pensa que isso é um problema? Pelo contrário. “Metano é um composto orgânico. Sua presença indica a possibilidade de se encontrar formas de vida bastante simples em Titã”, explica Picazzio.

Titã é tão especial que os cientistas dedicaram a ela parte importante do projeto da sonda espacial Cassini, enviada para estudar Saturno. Em 2005, a Cassini liberou a sonda Huygens na atmosfera do satélite. Os equipamentos a bordo mostraram a presença de compostos orgânicos importantes (que não necessariamente têm origem biológica, ressalta Enos Picazzio), como oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio – todos bem conhecidos e encontrados aqui na Terra.

“Na atmosfera de Titã foi descoberto um ciclo de reações químicas que produz compostos muito parecidos com os encontrados no experimento de Miller [que simulou as condições da atmosfera da Terra primitiva, que permitiu o surgimento da vida]”, explica o astrônomo. A esperança é que, como aconteceu aqui há milhões de anos, a vida também apareça por lá.

Europa

Europa aparece no primeiro plano; atrás estão Júpiter e sua lua Io

A meio caminho entre a Terra e Titã, mas ainda bem longe, fica outra lua importante para os astrônomos: a gelada Europa, que orbita Júpiter. Um pouco menor que a nossa Lua, Europa tem 1.565 quilômetros de diâmetro. Mais importante, ela tem um ingrediente essencial para a vida como conhecemos: água.

“Europa não tem atmosfera, ao contrário de Titã, mas tem uma superfície totalmente recoberta por gelo e sais. Ou seja, é um oceano congelado de água salgada”, explica Picazzio.

A superfície de Europa é tomada por um vasto oceano congelado de água salgada

Mais importante ainda: “quando observamos os detalhes dessa superfície, notamos coisas muito parecidas com o que vemos aqui nos pólos da Terra”, afirma o astrônomo. “Aqui, quando um bloco de gelo se solta, ele flutua no mar. A temperatura fria congela a água líquida que fica exposta e o bloco se prende novamente – mas de uma maneira diferente e é possível notar quando um pedaço de gelo já esteve solto antes”, conta. “Em Europa notamos essas mesmas formações, o que indica que embaixo desse gelo há um oceano líquido”, explica ele.

E não é qualquer oceano. “É um oceano mais profundo que o oceano mais profundo da Terra”, afirma Enos Picazzio.

A presença de água líquida indica que abaixo do bloco de gelo a temperatura é mais elevada do que os 200° negativos da superfície. O que aumenta as chances de se encontrar vida – por mais simples que seja.

Fonte: Marília Juste (G1) - Imagens: NASA

Grandes planos para a Lua e para Marte, se o orçamento da Nasa permitir

Se EUA não voltarem à Lua, não está claro se alguém mais poderá ir.

Painel que avalia missões tripuladas solta relatório final em agosto.


O programa da Nasa de enviar astronautas de volta à Lua, até 2020, é muitas vezes chamado de "Apollo com esteroides". Para os detratores, essa é uma descrição de menosprezo – fazer o mesmo caminho de 40 anos atrás, mas com foguetes maiores e mais custosos.

Altair parece uma atualização fashion – com um visual mais redondo e moderno – do transportador que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin para o Mar da Tranquilidade

No entanto, representantes da agência espacial americana afirmam que as novas missões serão muito mais grandiosas – com astronautas morando na Lua por meses, percorrendo centenas de quilômetros da superfície lunar e, pela primeira vez, construindo um posto avançado num solo fora da Terra.

"Não se trata só de bandeiras e pegadas", diz John Olson, da diretoria de missões exploratórias da Nasa, que coordena os diversos fronts do programa lunar.

As tecnologias e as habilidades, dizem representantes da agência espacial americana, são essenciais antes de ir a Marte, o próximo grande destino.

Cientistas enxergam várias possibilidades empolgantes de pesquisa na Lua, como construir um radiotelescópio no lado mais distante, protegido do barulho da Terra, e observar camadas congeladas em crateras sombreadas próximas aos polos, onde possivelmente estão preservadas informações sobre o passado do sistema solar.

Entretanto, com déficits no orçamento federal de trilhões de dólares e um painel de notáveis reavaliando o programa de viagens espaciais tripuladas dos Estados Unidos, há questionamentos sobre a viabilidade de construção dos projetos lunares que a Nasa tem elaborado nos últimos cinco anos. A agência pode ser orientada a focar em missões robóticas, a participar de alternativas mais baratas para chegar à Lua, ou mudar o alvo para outro corpo celeste, como um asteróide.

Se a Nasa não for à Lua, também não fica claro se alguém mais poderia ir. Alguns representantes da China e da Rússia falaram sobre estabelecer uma base lunar por volta de 2025, mas nenhum desses países fez qualquer pronunciamento oficial – e seus foguetes atuais são pequenos demais para cumprir essa tarefa.

A nascente indústria de voos espaciais particulares, que ainda deverá mandar uma pessoa à órbita, não considera a Lua um destino viável, pois não existem lucros óbvios para cobrir os bilhões de dólares em custos. "A ideia de que um investidor privado possa juntar fundos para desenvolver foguetes capazes de realizar uma missão lunar é extremamente especulativa, beirando a fantasia", diz John Logsdon, chefe de história espacial do Museu Nacional do Ar e do Espaço.

Talvez o mais provável é que o programa lunar vá, assim como a Estação Espacial Internacional, se tornar um esforço combinado de várias nações.

Na primeira reunião pública do painel que analisa o programa espacial tripulado da Nasa, o general Anatoly Perminov, chefe da Roscosmos, a agência espacial russa, afirmou, por telefone, que "a Roscosmos apoia a necessidade de envolver o potencial técnico e científico de outros países para projetos de larga escala como esse", incluindo o envio de astronautas à Lua e a Marte.

A Nasa deu o nome de Programa Constellation a seu sistema de transporte espacial de última geração. As primeiras duas peças do Constellation – o foguete Ares 1, com a cápsula Orion – devem levar astronautas à Estação Espacial Internacional a partir de 2015. Dois reforços serão necessários para a viagem à Lua: a Ares 5, foguete enorme e pesado, e o Altair, para levar os astronautas à superfície da Lua.

À primeira vista, o Ares 5 parece mais ou menos como o Saturn 5 da era Apollo e o Altair parece uma atualização fashion – com um visual mais redondo e moderno – do transportador que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin para o Mar da Tranquilidade.

Aprimoramentos

Mas há três diferenças. O Ares 5 é só um pouco mais alto que o Saturn 5 – 116,13 metros versus 110,64 metros, mas será capaz de transportar 63,5 mil kg numa viagem à Lua – 40% mais que o Saturn 5.

O Ares 5, ao contrário do Saturn 5, não transportará astronautas. Seguindo recomendações do painel que investigou a perda do ônibus espacial Columbia, o programa Constelação colocará tripulação e carga em foguetes separados para aumentar a segurança dos astronautas. Enquanto grande parte dos equipamentos da nave – o Altair entre eles – vai no Ares 5, uma equipe de quatro astronautas parte numa cápsula Orion no topo do Ares 1.

Em órbita ao redor da Terra, a cápsula Orion vai receber os componentes enviados pelo Ares 5, e a nave espacial vai, então, seguir para a Lua.

Todo mundo junto

Na Apollo 11, Michael Collins teve de ficar sozinho circundando a superfície lunar no módulo de comando, enquanto seus dois companheiros iam ao satélite no veículo de desembarque. Para as próximas missões na Lua, todos os quatro astronautas devem ir à superfície, enquanto a cápsula Orion, vazia, cuidará de si própria.

Isso significa que o Altair deve ser muito maior que o congênere da era Apollo para poder levar os astronautas e suprimentos a mais e alcançar mais partes da Lua. Os avanços na tecnologia também poderiam permitir versões de carga do Altair – sem astronautas – para trazer componentes modulares de um posto avançado, assim como rovers.

O conceito de rovers exige uma cabine totalmente pressurizada na qual os astronautas podem trabalhar usando roupas de mangas curtas. Para viagens que duram mais ou menos uma semana, os astronautas viveriam essencialmente do veículo.

As roupas espaciais seriam, na verdade, acondicionadas fora do rover, e os astronautas poderiam entrar neles através de aberturas na parte de trás, permitindo-os ir de dentro para fora em cerca de dez minutos.

"Isso muda completamente o jogo", diz Olson.

Sem dinheiro para tantos sonhos

Todavia, o orçamento federal proposto pelo presidente Barack Obama não pagaria por isso, certamente não antes de 2020. Após aumentos no ano atual e no ano fiscal de 2010, os gastos propostos pelo presidente americano em explorações humanas nos anos de 2011 até 2013 foram de vários bilhões a menos do que o presidente George W. Bush propôs no ano passado. Isso basicamente elimina os recursos para transformar o Altair e o Ares 5 de conceitos no papel em projetos detalhados e naves espaciais reais.

"Sem dinheiro, não existe Buck Rogers", brinca Olson.

Porém, a esperança de muitos dentro e fora da Nasa é que os níveis orçamentários da administração Obama possam ser alterados, dependendo das recomendações do painel que analisa o programa espacial tripulado da agência. O relatório do painel é esperado para o final de agosto.

O painel está buscando alternativas ao Ares 1 e 5, como adaptar foguetes já existentes, como o Delta 4, para as necessidades dos astronautas da Nasa.

Fonte: Kenneth Chang (New York Times) via G1 - Imagem: Nasa/Constellation Project

Foto do Dia

Ar quente vindo da turbina de avião Mig 21 durante decolagem hoje, na base militar de Fetesti, na Romênia - Foto: AP

Caça chinês cai durante exercício e mata os dois ocupantes

Um caça-bombardeiro Xian JH-7 (similar ao da foto acima) da 28ª Divisão da Força Aérea da China caiu neste domingo (19) perto da Base de Taonan, na Província de Jilin, na China.

O avião caiu depois de perder velocidade durante manobra de ataque ao solo. A provável causa do desastre foi erro do piloto.

Ambos os pilotos morreram no acidente. A aeronave ia tomar parte dos próximos exercícios antiterroristas russo-chineses que serão realizados entre 22 e 26 de julho.

"Este acidente não vai afetar os preparativos para os treinos", declarou uma fonte do Ministério da Defesa russo, confirmando a morte dos dois pilotos.

A operação "Missão de Paz 2009" irá envolver mais de 3.000 soldados, centenas de veículos e quase 50 helicópteros e aeronaves das duas nações. Desde 2005, a cada dois anos, a Rússia e a China, organizam essas manobras militares com o objetivo de refinar as suas capacidades antiterroristas. Alguns analistas ocidentais acreditam que, na verdade, os exercícios sejam mais uma demonstração de força para os EUA e para Taiwan.

Fontes: Avionews / ASN - Foto: Área Militar

Avião britânico cai em base da OTAN no Afeganistão

Acidente não deixou mortos; queda já é o sexto acidente com aeronaves no país em menos de um mês

Um jato britânico caiu dentro da maior base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Afeganistão nesta segunda-feira, 20, causando o segundo acidente no local nos últimos dois dias.

Um jato de combate GR4 Tornado da RAF

O GR4 Tornado da Força Aérea Real cair dentro da Base Aérea de Kandahar por volta das 7h20 do horário local (por volta da meia-noite no horário de Brasília) durante o processo de decolagem, segundo disse o capitão Ruben Hoornveld, um porta-voz da OTAN. Os dois tripulantes ejetaram da aeronave antes da queda e receberam tratamento na própria base.

O GR4 Tornado é o quarto avião a cair no Afeganistão em três dias a já é o sexto do mês de julho. Autoridades militares dizem que não há uma razão comum aparente entre todos os acidentes.

Não houve indícios de que insurgentes do Taleban pudessem estar por trás dos acidentes, mas Hoornveld disse que as causas dos acidentes ainda não puderam ser estabelecidas.

O acidente com o avião britânico ocorreu um dia depois que o helicóptero russo Mi-8 caiu na mesma base, deixando as 16 pessoas a bordo mortas.

No sábado, um avião e um helicóptero americanos caíram em diferentes regiões no país. Um caça F-15 Strike Eagle da Força Aérea Americana caiu na região central do Afeganistão deixando dois mortos e o helicóptero fez o que os militares chamam de "aterrissagem forçada", que deixou vários soldados feridos.

Militantes do Taleban derrubaram um helicóptero civil de transporte Mi-6 na última terça-feira, no sul do país, matando seis civis ucranianos e uma criança afegã. N começo de julho, dois soldados canadenses e um britânico morreram na queda de um helicóptero em Zabul.

Fonte: Associated Press via Estadão.com.br - Foto: AFP

Queda de helicóptero no Afeganistão provoca 16 mortes

A queda de um helicóptero civil russo Mil Mi-8 na maior base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no sul do Afeganistão neste domingo (19), provocou a morte de 16 pessoas, segundo informações da organização. Mas pelo menos cinco passageiros sobreviveram. A Otan, no entanto, não soube informar a condição destas pessoas.

A agência russa de notícias Interfax informou que havia 20 pessoas no helicóptero da companhia Vertikal-T. Segundo a nota, entre os sobreviventes estariam três tripulantes e dois passageiros. A discordância entre o número de ocupantes não foi explicada - 21 segundo a Otan e 20 conforme a agência russa Interfax. O helicóptero tem capacidade para receber até 24 pessoas, disse o capitão Glen Parent, porta-voz da Otan em Kandahar. Os helicópteros civis ajudam a transportar trabalhadores para pequenos postos militares dentro do Afeganistão.

Este é o segundo acidente neste fim de semana. Ontem, um jato de caça da Força Aérea norte-americana caiu na área central do Afeganistão, matando seus dois ocupantes, de acordo com militares dos Estados Unidos. Em nota oficial, o Comando da Força Aérea disse que a queda não foi provocada por fogo hostil e as causas estão sendo investigadas.

Fontes: Estadão.com.br / The New York Times

Queda de pequeno avião mata 4 pessoas no Marrocos

Um avião de pequeno porte caiu hoje nos arredores da cidade marroquina de Casablanca, matando seus quatro ocupantes, dos quais três eram estrangeiros.

Segundo as autoridades locais, a aeronave caiu em Duar Uled Abdenbi, perto do aeroporto de Tit Melil.

A agência oficial "MAP" disse que o piloto e o copiloto do aparelho eram portugueses. Quanto aos passageiros, um era marroquino e outro, um empresário francês.

A Gendarmaria Real de Casablanca informou que o pequeno avião decolou de Tânger. Aparentemente, o piloto perdeu o controle da aeronave quando estava a apenas um quilômetro da pista de aterrissagem.

As causas do acidente ainda não foram determinadas. Uma investigação foi aberta para esclarecer o ocorrido.

Fonte: EFE via G1 - Mapa: AFP

Avião que levava Skank perde porta após decolagem em MG

Grupo tocou sábado (18) na cidade de Capelinha; músicos passam bem.

Empresa de táxi aéreo informou que cedeu nova aeronave para a banda
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Os integrantes do grupo Skank (foto acima) tiveram de trocar a aeronave logo após a decolagem, na manhã de domingo (19), em Minas Gerais. O avião, um King Air, em que os músicos estavam sofreu uma pane, segundo informações da Líder Táxi Aéreo, empresa responsável pelo transporte dos músicos no momento do incidente.

De acordo com a assessoria de imprensa da banda, o Skank fez um show em Capelinha, no interior de Minas Gerais (no Vale do Jequitinhonha), na noite de sábado (18). Quando os artistas decolaram, no domingo (19) de manhã, rumo a Belo Horizonte, a porta da aeronave se descolou e caiu aos cinco minutos de voo.

A cabine sofreu despressurização e o piloto teve de fazer um pouso de emergência no mesmo local de onde o avião tinha decolado, em uma fazenda em Capelinha. Ainda segundo a assessoria do grupo, os integrantes do Skank estão tranquilos e passam bem.

Nove pessoas estavam no jato - o piloto, copiloto, empresário, o produtor, segurança e os quatro integrantes do Skank.

A assessoria de imprensa da empresa disse que a Líder Táxi Aéreo não vai se pronunciar sobre o caso e informou que uma nova aeronave foi fornecida para os músicos, que seguiram viagem após o problema.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não divulgou informações sobre as condições da aeronave.

Fontes: G1 / Portal UAI / Terra - Foto: Divulgação

Empresa aérea não explica acidente ocorrido com a banda Skank

A Líder Táxi Aéreo se recusa a comentar o incidente que pôs em risco a vida dos quatro integrantes da banda Skank no fim da manhã desse domingo. O grupo fretou uma aeronave da empresa para retornar a Belo Horizonte após um show em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha. Após cinco minutos de voo, a porta da aeronave se soltou e o piloto foi obrigado a fazer um pouso forçado em uma fazenda da região. Ninguém ficou ferido.

De acordo com a assessoria de imprensa da banda, o grupo fez show na noite de sábado durante a 23ª Festa do Capelinhense Ausente, em Capelinha, cidade a cerca de 160 Km de Belo Horizonte. Eles dormiram na cidade e embarcaram no voo por volta das 11 horas. Além dos quatro músicos, estavam na aeronave um produtor e um segurança.

Quando a porta do avião se soltou houve despressurização da cabine e o piloto precisou fazer manobras ousadas para conseguir pousar numa área semelhante a um campo em uma fazenda num distrito próximo a Capelinha. O proprietário da fazenda teria cedido uma van para que a banda fosse levada até Diamantina, de onde pegaram um novo voo com destino a Belo Horizonte.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Líder Táxi Aéreo disse que o incidente foi provocado por uma pane, cuja natureza não foi especificada. Segundo foi informado, a empresa entende que não há nada a ser esclarecido uma vez que tudo terminou bem.

Fonte: Daniel Silveira (O Tempo)

Astronautas do ônibus espacial Endeavour fazem 2ª caminhada espacial

Duração programada dos trabalhos externos é de 6 horas e meia.

Objetivo principal da missão é concluir instalações de laboratório japonês.

Os astronautas Dave Wolf e Tom Marshburn realizaram nesta segunda-feira (20) a segunda caminhada espacial para dar continuidade às instalações e reparos na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A duração prevista do trabalho externo era de 6 horas e meia. Não haveria tempo suficiente para instalar uma câmera na “bandeja externa” do laboratório japonês Kibo.

Os astronautas Dave Wolf e Tom Marshburn (foto acima) realizam nesta segunda-feira (20) a segunda caminhada espacial para dar continuidade às instalações e reparos na Estação Espacial Internacional.

Fonte: G1 - Foto: Nasa TV

XIII Encontro Nacional das Aviadoras

CONVITE

Clique no convite para ampliá-lo

Data: 22 de agosto de 2009
Local: Auditório da Universidade Anhembi Morumbi
Campus Vila Olímpia
Rua Quatá, 67 - São Paulo - SP


Horários:
das 8 às 12 hs. somente para aviadoras
das 13 às 18 hs. aberto aos aviadores, entusiastas e público em geral


Entrada franca.

Blog: http://aviadoras.blogspot.com/

Acidentes preocupam peritos da aviação

A recente vaga de acidentes aéreos à escala mundial é uma fonte de preocupações para os defensores da segurança da aviação, anunciou uma ONG sediada nos Estados Unidos.

Num comunicado publicado domingo em Nova Iorque, a ONG "Flight Safety Foundation" anunciou que "o número de acidentes de avião ocorridos nos últimos cinco anos é superior ao dos cinco anos precedentes", considerando estes desenvolvimentos como "uma tendência inquietante".

"Se continuarmos neste ritmo, vamos voltar ao nível de segurança de há 10 anos", advertiu o presidente da fundação, Bill Voss, acrescentando que "isto não é bom para a indústria da aviação".

A ONG notou que "este ano 11 grandes acidentes foram assinalados à escala mundial, incluindo a queda de um avião de fabricação russa que que custou a vida a 168 pessoas".

Entre os acidentes, pode-se citar o recente despenhamento do A330 da Air France no qual 228 pessoas morreram e o acidente dum avião da Yemenia Airways, que custou a vida a 152 pessoas.

A fundação definiu um grande acidente como aquele durante o qual o avião é destruído e há um ou vários mortos.

Fonte: Panapress

Detalhes da Missão Apollo 11

Acompanhe pelos infográficos os detalhes da Missão Apollo 11

Clique nas imagens para ampliá-las



Fonte: Especial Terra

Conquista da Lua foi motivada por disputa de poder


No dia 20 de julho de 1969, há exatos 40 anos, o astronauta americano Nei Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua. Este feito, que tinha como principal objetivo ser uma demonstração de poder tecnológico dos Estados Unidos frente à antiga União Soviética, acabou transformando-se em uma das mais incríveis conquistas da humanidade até hoje.

Naquele dia, milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam maravilhadas as imagens desfocadas – pela baixa qualidade dos equipamentos de comunicação da época – a descida do astronauta do Módulo Lunar Eagle e os primeiros passos e palavras no solo lunar. A frase "este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade", dita por Neil Armstrong naquele momento, é uma das mais conhecidas e repetidas da história.

HISTÓRIA

No dia 16 de julho de 1969, há 40 anos, decolou do Cabo Canaveral, nos EUA, o Apollo 11, ônibus espacial que deu início à missão que transformou em realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: a chegada do homem à Lua. O feito, realizado pelo astronauta americano Neil Armstrong quatro dias depois, teve como motivação a disputa por poder entre os Estados Unidos e União Soviética. Conheça os fatos por trás da aventura que entrou para a história como uma das maiores conquistas da humanidade.

No final da década de 60, o mundo estava polarizado pela chamada Guerra Fria, que teve início ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) com a disputa entre soviéticos e americanos sobre o destino dos países da Europa liberados do jugo dos nazista. Os países da Europa Oriental (como Polônia, Tchecoslováquia e Hungria e a parte oriental da Alemanha), que respondiam à governos comunistas, disputavam poder mundial com embates estratégicos e conflitos velados com os Estados Unidos (apoiados pelos países da Europa Ocidental), com governo capitalista e democrático. Os dois blocos iniciaram uma corrida armamentista, com os dois lados construindo bombas nucleares.

"Como resultado da corrida pelas armas nucleares, com suas ogivas, americanos e soviéticos começaram a investir, de forma pesada, no desenvolvimento de mísseis que pudessem levar armas nucleares até o território do adversário. Isto permitiu o desenvolvimento de foguetes capazes de chegar ao espaço", lembra Pedro Paulo A. Funari, professor do Departamento de História e Coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp.

A União Soviética foi o primeiro país a colocar um satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik. No mesmo ano, mandou ao espaço a cadela Laika. Seu maior feito veio em 1961, quando o cosmonauta Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a viajar no espaço. "A União Soviética definiu a conquista do espaço como a medida de poder e de atração de uma sociedade moderna, e o Presidente Kennedy decidiu que deixar uma conquista espacial espetacular apenas para a União Soviética não era do interesse dos Estados Unidos", afirma John Logsdon, atual curador e perito do Museu Nacional do Ar e Espaço dos Estados Unidos em entrevista à agência AFP. Assim iniciava a chamada corrida espacial, um símbolo da batalha da Guerra Fria.

Para não ficar atrás, em 1961 o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, lançou um desafio. "Acredito que esta nação deve comprometer-se a alcançar a meta, antes que esta década acabe, do desembarque do homem na Lua e seu regresso em segurança à Terra", disse o Kennedy. Foi então que os EUA desenvolvem o programa Apollo, que transformou-se em uma arma bem sucedida na prova de domínio na corrida espacial que culminou com os passos do americano Neil Armstrong na lua durante a missão Apollo 11, em 1969.

A Apollo 11

A Apollo 11 era formada pelos astronautas Neil Armstrong, comandante, Michael Collins, piloto do Módulo de Comando Colúmbia, e pelo Piloto do Módulo Lunar, Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua. A missão teve início no dia 16 de julho de 1969, quando o Colúmbia foi lançado do centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na ponta do foguete Saturno V. Quatro dias depois, o Módulo Lunar se desprendeu do Colúmbia e pousou próximo ao Mar da Tranquilidade, na superfície do satélite da Terra. Logo após, o astronauta Neil Armstrong consagrou-se como o primeiro homem a pisar na Lua, seguido pelo colega de missão Buzz Aldrin.

Como símbolo dessa vitória sobre a União Soviética, Neil Armstrong fixou uma bandeira dos Estados Unidos em solo lunar e colocou uma placa com os dizeres: "Aqui homens do planeta Terra colocaram pela primeira vez o pé na Lua. Julho de 1969. Nós viemos em paz, em nome da humanidade". Na placa, as assinaturas dos três astronautas e do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.

Após duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua, os dois retornam ao Modulo de Comando com 46 kg de amostras de solo lunar. Os oito dias de duração da missão foram acompanhados atentamente pela televisão e rádio por milhões de pessoas ao redor do mundo e, no lançamento, por milhares de espectadores nas proximidades do Centro Espacial.

Na chegada à Terra, Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins ficaram em isolamento para evitar que possíveis agentes contaminantes trazidos por eles entrasse em contato com a população. Após a quarentena, os três viajaram o mundo, quando foram aclamados heróis por milhões de pessoas.

Após a Apollo 11, o programa Apollo fez outros cinco bem sucedidos desembarques na Lua entre 1969 e 1972. Ao total, 12 homens pisaram na superfície lunar, todos americanos. Os onze anos do programa Apollo, segundo informações da Reuters, custaram aos cofres americanos US$ 25,4 bilhões - quase US$ 150 bilhões com correção monetária -, ou mais de seis vezes o orçamento atual da Nasa.

Fim da corrida espacial

Em 1970, meses após os primeiros desembarques lunares, o dissidente soviético Andrei Sakharov escreveu em uma carta aberta ao Kremlin que a capacidade dos Estados Unidos de colocar um homem na Lua revelou a superioridade da democracia.

"Depois da conquista da Lua pelos americanos, os Russos redirecionaram seus objetivos em duas novas frentes: missões tripuladas, com as Estações Espaciais, e a pesquisa de planetas com sondas automáticas (não tripuladas).", disse o professor Naelton de Araújo, astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.

A primeira estação espacial, Mir, foi criada neste contexto. Porém, como afirma o professor Funari, "a tecnologia soviética não se aperfeiçoou tanto, mas puderam manter um programa confiável nas estações espaciais posteriores. Com o fim da União Soviética, a Rússia deu continuidade aos seus programas espaciais, mas em cooperação como os Estados Unidos e a Europa."

Em 1975, uma nave Apollo e uma nave Russa Soyuz se encontraram em órbita, como parte de uma "trégua" entre os dois países. Astronautas americanos e cosmonautas russos apertam as mãos no espaço. Este fato foi um marco para o início do entendimento entre as duas nações.

Mas, segundo o professor Funari, o fim da Corrida espacial só se deu anos mais tarde. "O fim da corrida espacial correspondeu ao fim da Guerra Fria (1989). A dissolução da União Soviética e a democratização da Europa Oriental, russos, americanos e europeus começaram a cooperar na exploração do espaço", afirma o professor.

Legado para a humanidade

A conquista da Lua não foi o único resultado da corrida espacial. Muitos dos avanços tecnológicos que desfrutamos hoje - como a comunicação mundial instantânea,via satélite e o uso de computadores pessoais - foram criados na época durante pesquisas de aprimoramento das missões espaciais.

"A corrida espacial produziu avanços tecnológicos incríveis. Em termos práticos, podemos dizer que ele foi responsável pelo desenvolvimento de satélites espaciais de telecomunicação, por exemplo, satélites de avaliação meteorológica, computadores, eletrônicos, plásticos, materiais sintéticos... Nos deixou uma herança tecnológica muito rica. (...) Em termos de astronomia, a chegada do homem à Lua foi importante porque permitiu acesso à amostras do solo lunar e análise destas amostras em laboratório. (...) Com o material trazido da Lua tivemos mais informações sobre o composição geoquímica do Sistema Solar.", afirma o professor Naelton.

Funari vai mais longe. "Em termos simbólicos, o pouso na Lua mostrou que os desafios humanos podem ultrapassar limites", diz.



Fontes: Terra / Wikipédia / Agências Internacionais

O dia em que a Terra parou

Veja no vídeo como aconteceu um dos maiores feitos da humanidade.



Fonte: Especial Globo News

20 de julho de 1969: O homem pisa na Lua

Veja como foi o início da descida do homem na Lua

Veja algumas imagens que mostram diálogos originais entre o módulo lunar e a sala de controle, no momento em que a cápsula espacial Eagle começa a trajetória de descida à Lua.




A Águia (quase não) pousou

Neil Armsntrong, piloto do módulo lunar Eagle, conseguiu pousar a nave na lua faltando segundos para o fim do combustível.

Você há de perguntar: mas os caras vão até lá e na hora de pousar percebem que não tinha combustível suficiente?

Parece incrível, mas foi assim. Na verdade, o plano era pousar numa outra área, que os computadores de bordo, juntamente com os da Terra, calcularam e indicaram para os astronautas. Mas Neil Armstrong tinha uma ferramenta muito mais poderosa: seus próprios olhos que viram, pela janelinha de vidro da nave, que o lugar apontado era um campo de rochas. Eles estavam preparados para um pouso assim, mas se houvesse algum estrago nas “patas” da Eagle - cujo formato lembrava o de uma aranha - isso poderia comprometer a volta.

Armstrong, que era conhecido por ter nervos de aço, tomou a decisão de procurar um lugar melhor para o pouso. Como o cálculo de combustível tinha sido feito para chegar até aquele ponto específico, rapidamente os engenheiros em Terra refizeram as contas e descobriram que só havia um minuto de reserva. Pra não atrapalhar muito a concentração de Armstrong, deram um aviso lacônico: “60 seconds”.

Mas o lugar perfeito, ou pelo menos próximo disso, não chegava.

“30 seconds”, avisa o comandante, na sala de controle, em Houston.

E Armstrong procurando.

Respirações suspensas. Não se ouvia uma palavra.

Nas imagens, o solo da lua bem ali, a poucos metros. Se o combustível chegasse ao limite, a missão seria abortada. Ou eles não teriam como retornar ao módulo de comando, que ficou em órbita e os levaria de volta pra casa.

E então, surgiu um lugar. Armstrong pousou e desligou os motores. Faltavam 17 segundos para o fim da reserva.

E então…

“Houston… Tranquility Base here… The Eagle has landed.” (”Houston… Aqui, Base da Tranquilidade. A Águia pousou.”)

E o resto é História.

Módulo lunar Eagle pousa na Lua

POUSO NA LUA

O momento exato em que o módulo lunar “Eagle” toca o solo da Lua e Armstrong comunica ao comando da missão em terra: “Houston… Tranquility base here. The Eagle has landed.”. Em português: “Houston… aqui, Base da Tranquilidade. A Águia pousou.”




A chegada à Lua: a frase histórica de Neil Armstrong

Veja no vídeo o momento em que Neil Armstrong pisa na Lua e diz a frase:

“That´s one small step for a man, one giant leap for mankind” , em português, “Um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade.”




Fonte: Especial Globo News

domingo, 19 de julho de 2009

Problema em Aeroporto do Paraná é comum no país

O Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo (Abetar), Apostole Chryssafidis afirma que os problemas encontrados no Aeroporto Afonso Pena se repetem em todo o Brasil. “É exatamente a mesma realidade de Guarulhos, Congonhas ou do Galeão”, diz. Para Chryssafidis, a falta de estrutura dos aeroportos é um desafio a ser resolvido da forma mais ágil possível, independentemente da realização da Copa. “Todo o sistema se estrangula se não ocorrem melhorias. Só que essas obras não são feitas da noite para o dia”, afirma.

Conforme Chryssafidis, além do aeroporto, é preciso ter o controle e planejamento do entorno por parte do município. “É preciso observar as vias de acesso e outros pontos estratégicos”, diz. Muitos aeroportos, como Congonhas, sofrem com a construção de prédios próximos, o que dificulta a execução de manobras pelos pilotos e aumenta o risco em caso de erros. “Se não houver gerência, as áreas são invadidas e se transformam em pequenos centros urbanos”, explica. “No Galeão, no Rio de Janeiro, temos um lixão ao lado do aeroporto. É um atestado de incapacidade do município”, acrescenta.

No Brasil

Assim como Curitiba, outras cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 avaliam melhorias e reformas nos aeroportos. Confira:

Brasília – Aeroporto Juscelino Kubitschek

A reforma inclui ampliação do terminal de passageiros e mudanças no acesso viário.

Custo estimado: R$ 514 milhões

Cuiabá – Aeroporto Cândido Rondon

Ampliação do terminal de embarque internacional, que recebe 580 mil passageiros por ano.

Custo estimado: R$ 30 milhões

Fortaleza – Aeroporto Internacional Pinto Martins

O aeroporto deverá ganhar novo terminal, novos estacionamentos e área para manutenção de aeronaves.

Custo estimado: R$ 525 milhões

Manaus – Aeroporto Eduardo Gomes

Ampliação e reforma do terminal de passageiros, aumento dos pátios e da pista e construção de uma segunda pista de pouso e decolagem.

Custo estimado: R$ 793 milhões

Porto Alegre – Aeroporto Internacional Salgado Filho

O projeto de ampliação prevê a extensão da pista dos atuais 2,7 mil metros para 3,5 mil metros.

Custo estimado: R$ 122 milhões

Recife – Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre

A modernização será iniciada a partir de fevereiro de 2010.

Custo estimado: R$ 8,75 milhões

Rio de Janeiro – Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão)

O aeroporto passa por reformas desde março de 2008. A principal delas foi a renovação da pista principal, concluída em junho de 2008.

Custo estimado: R$ 818 milhões

São Paulo – aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos

Congonhas, no centro de São Paulo, terá obras de modernização. Em Guarulhos está prevista a construção do terceiro terminal de passageiros. Viracopos, em Campinas (100 km de São Paulo), será o principal articulador da malha aeroviária brasileira, segundo os planos da Infraero para 2014.

Custo estimado: R$ 6 bilhões

Fonte: Vinicius Boreki (Gazeta do Povo - Portal RPC)

Aeroporto Afonso Pena opera acima da capacidade desde 2006

Em julho de 2007, a Gazeta do Povo publicou matéria indicando que o Aeroporto Afonso Pena operava acima de sua capacidade. As informações da Infraero na época mostravam que o espaço comportava 3,5 milhões de usuários por ano. Em 2006, passaram 32.234 pessoas a mais, o equivalente a 180 Airbus A320 lotados. No ano retrasado, o movimento também cresceu em 10%, aumentando a diferença entre a perspectiva dos órgãos oficiais e a realidade.

As informações integravam levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O estudo apontava que, em 2010, aproximadamente 4,5 milhões de passageiros usariam o Afonso Pena. A capacidade de um terminal é calculada para garantir conforto e agilidade nos serviços, estimando quantidade de guichês, número de equipamentos de raio-x, e espaços nas salas de espera e saguão.

Uma nova versão do estudo está em fase de produção pela Anac. A análise será divulgada neste ano, mas não há data definida. Conforme a instituição, apesar de estar acima da capacidade, existe rígido controle para manter a segurança dos voos. Qualquer viagem depende de vários quesitos, entre eles a capacidade do aeroporto e a checagem do espaço aéreo. Somente com esses aspectos sob controle as vendas de passagens são autorizadas.

Fonte: Vinicius Boreki (Gazeta do Povo - Portal RPC) - Foto: Infraero

Para Copa do Mundo, Afonso Pena (PR) precisa de reformas

Operação em condições de neblina e ampliação da capacidade são os principais desafios para receber os turistas que assistirão aos jogos na capital


Saguão do Afonso Pena: fluxo atual de passageiros já ultrapassa o limite ideal do aeroporto, fazendo da ampliação uma prioridade para a Copa do Mundo

Com menos de cinco anos para a Copa do Mundo no Brasil, o Aeroporto Afonso Pena, que deve ser um dos principais pontos de chegada de turistas ao Paraná, enfrenta uma avalanche de tormentos causados pelo espaço escasso e dificuldades estruturais. A indesejada neblina do inverno evidencia as falhas. As salas de embarque ficam pequenas para o volume de passageiros, existem poucas poltronas no saguão e as filas para estacionar o carro e até para passar os pertences pelo raio-x ficam enormes. Soma-se a isso a falta de uma terceira pista para pouso e decolagem – ou ampliação da segunda – e a impossibilidade de transportar cargas.

Não existe ainda levantamento ou planejamento das viagens domésticas que devem ocorrer durante a Copa. Curitiba, contudo, deve ser muito procurada pela proximidade com duas cidades turísticas indicadas pela Fifa: Foz do Iguaçu e Paranaguá. “O fluxo de turistas não é só para os jogos em Curitiba. Teremos muito embarque e desembarque de pessoas que querem conhecer as Cataratas”, afirma o engenheiro civil Nivaldo Almeida Neto, vice-presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).

ILS

De acordo com o vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Gilberto Piva, o aeroporto precisa instalar equipamentos que permitam pouso e decolagem sob qualquer condição, o ILS-III. Além do novo sistema, é necessário adequar as aeronaves – para que o ILS-III funcione, ele precisa estar instalado tanto no aeroporto quanto no avião – e treinar a tripulação. “Seria muito triste saber que uma das seleções foi obrigada a desembarcar em Florianópolis e seguir de ônibus para Curitiba porque o aeroporto estava fechado. Infelizmente, é o que ocorre com os usuários o tempo todo. E a Copa do Mundo é o momento ideal para tirar isso do papel”, afirma Piva.

Além dos R$ 7,8 bilhões previstos pela Infraero para todos os aeroportos do país, existem R$ 2,6 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento. O PAC, aliás, prevê R$ 500 bilhões em investimentos até a Copa. A infraestrutura logística (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos) deve receber R$ 58,3 bilhões em todo o Brasil, valores menores apenas do que os destinados à infraestrutura energética e melhorias sociais e urbanas.

Para o Afonso Pena, estão previstos investimentos de R$ 40,9 milhões até 2011 em duas obras preferenciais: a adequação da infraestrutura de pistas e pátios (estudos para uma terceira pista estão em andamento) e a ampliação do terminal de cargas. As obras estão com contratos firmados e prazo de conclusão definido. Outras intervenções estão programadas até 2014: recuperação das pistas auxiliares; adequação do pátio de manobras; ampliação da área de hangares; implementação de estacionamento; e melhoria dos equipamentos e infraestrutura de navegação. Há, também, estudo preliminar para adequação do terminal de passageiros em fase de execução.

Demora

O vice-presidente do Crea-PR acredita que as obras devem dar nova vida ao aeroporto e adequá-lo aos padrões de qualidade. “Os recursos, porém, me parecem escassos para se realizar todas as intervenções”, estima. Piva também reclama da demora para a elaboração de projetos e, especialmente, da dificuldade para se tomar decisões. “Há anos se discute a construção da terceira pista. Como há anos também se fala da ampliação da segunda pista. Ninguém trata as ideias de forma definitiva. Nós precisamos de projetos aprovados e desapropriações feitas”, afirma.

Em documento enviado por e-mail, a administração do Aeroporto Afonso Pena explica que os recursos colocados à disposição dependem das reuniões de planejamento realizadas no fim do ano. Nesse período do ano passado, não havia a confirmação de que a Copa do Mundo de 2014 aconteceria no Brasil. Por esse motivo, “pode haver ajustes conforme o cenário e aprofundamentos de eventos como a Copa”, segundo o documento.

Entorno

Não só o aeroporto necessita de reformas. O acesso ao local precisa ser incrementado. “Evidentemente, a Avenida das Torres precisa de ampliação. Isso significa construir pelo menos mais uma faixa em cada sentido”, diz Nivaldo Almeida Neto. Segundo Neto, o projeto da avenida já previu essa intervenção. “As construções laterais estão mais afastadas por conta desse planejamento”, acrescenta. Piva alega que, caso o aumento lateral não possa ser aplicado, seria possível derrubar as torres, incluir cabos subterrâneos e construir duas pistas no canteiro que divide os sentidos da via.

Passageiros pedem melhorias

Falta de conforto e atrasos são as principais reclamações dos passageiros que usam o Afonso Pena. “Era preciso melhorar a aparelhagem para ter teto com neblina”, diz o engenheiro civil Luis Sergio Barcelos. O gaúcho afirma que a questão se repete em Porto Alegre e implica, mais do que em atraso, em perda de voos. “Aguardar um tempo a mais até não incomoda. Mas, muitas vezes, você perde a conexão. E aí atrapalha. Isso mostra um problema geral dos aeroportos do Brasil”, diz.

Luís Barcelos aponta semelhanças entre aeroportos de Curitiba e Porto Alegre e diz que atrasos causados pelo mau tempo prejudicam mais quem precisa fazer conexões

O vendedor Vinicius Mendonça acompanha há três meses o andamento do aeroporto. Ele observa a falta de conforto como problema. “Deveriam aumentar as salas de embarque, colocar mais aparelhos de raio-x e ampliar o saguão. Na última quarta-feira, não dava para andar aqui”, diz. “Também poderiam colocar poltronas mais confortáveis”, completa. A arquiteta Lucia Vasconcelos reclama da falta de ar-condicionado. “Aqui é muito abafado no calor”, opina.

A vendedora Laurene (que preferiu não informar o sobrenome) começa a trabalhar cedo e conta que às vezes vê pessoas que chegaram junto com ela ao aeroporto ainda aguardando o voo, depois de 4 ou 5 horas. “As pessoas ficam irritadas com razão. E nós, que trabalhamos aqui, é que levamos as patadas”, diz. “Quando tem neblina, saio de casa e sei que o meu dia vai ser duro”, afirma.

Outro dos problemas citados pelos usuários, a falta de vagas no estacionamento, se agrava quando ocorrem festas no aeroporto. “Um dos restaurantes aluga o espaço para festa e as pessoas não conseguem parar o carro. Vieram umas 200 pessoas de uma só vez ao evento, acabando com as poucas vagas”, diz Mendonça.

Fonte: Vinicius Boreki (Gazeta do Povo - Portal RPC) - Fotos: Aniele Nascimento (Gazeta do Povo)

Alunos de curso de comissário de voo passam por treinamento no Aeroclube de Santa Maria (RS)

Exercícios simularam sobrevivência na selva e até a queda de um avião

O final de semana foi intenso para os alunos da quarta edição do curso preparatório para comissário de voo, realizado pelo Aeroclube de Santa Maria (foto acima).

Eles tiveram de enfrentar 48 horas de treinamentos práticos com desafios de sobrevivência na água e na selva. Entre os exercícios, houve a simulação da queda de um avião.

Esta é somente uma das etapas do curso preparatório para comissário de voo que dura cerca de cinco meses. Para exercer a profissão, depois de garantida a aprovação no curso, ainda é necessário ser aprovado por uma banca da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Fonte: Sílvia Medeiros (Diário de Santa Maria) - Foto: Site do Aeroclube

Associação das vítimas cobra resultados da TAM

Assessor dos familiares de passageiros do avião que sofreu acidente em 2007 diz que conteúdo do inquérito é preocupante

Foi no domingo, 15 de julho de 2007, que os sete irmãos Gomes se reuniram pela última vez. Na terça-feira seguinte, dia 17, o empresário gaúcho Mário Gomes embarcou no voo TAM JJ 3054 para São Paulo, onde pretendia alugar uma casa na cidade. "E em São Paulo ele ficou, nunca mais voltou para Porto Alegre", lembrou seu irmão Roberto, hoje assessor de imprensa voluntário da Associação dos Familiares e Amigos do Voo TAM JJ3054 (Afavitam).

Fumaça sai do depósito da TAM atingido pelo avião em 2007

Roberto Gomes diz que, nos dois anos após o acidente, ele perdeu um pouco de sua identidade ao se dedicar à Afavitam e a pedir celeridade da Polícia Federal em São Paulo, que é a responsável pelo inquérito do acidente que matou 199 pessoas quando o avião da TAM se chocou contra o prédio da própria companhia em 2007 quando não conseguiu aterrisar na pista do Aeroporto de Congonhas. "Eu tinha uma vida particular em Porto Alegre. Antes, eu era o Roberto Gomes, hoje sou o Roberto, irmão do Mario, vítima da tragédia, e estou respirando a Afavitam", afirmou.

Segundo Roberto, a preocupação dos parentes é com o inquérito: "Queremos saber a verdade, nosso objetivo nunca foi a indenização". De acordo com ele, hoje, o documento elaborado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, ambos de São Paulo, tem mais de 40 mil páginas e foi inserido no inquérito da Polícia Federal. "Eles estão fazendo o cruzamento entre os dois inquéritos e estamos sem notícias desde janeiro passado", completou.

A Afavitam tem cerca de 400 associados, que representam quase 160 vítimas e que pagam uma taxa de R$ 5 por mês. Durante este final de semana em São Paulo, cerca de 180 pessoas se encontraram pela 21ª vez. "Os encontros são mensais e só não realizamos durante três meses. São dois anos de convivência e acabamos nos tornando uma família", disse Roberto.

Além do inquérito, outro desafio dos parentes é construir um memorial para as vítimas no local do acidente. A Afavitam já ganhou o projeto assinado pelo arquiteto Ruy Othake, mas ainda falta a verba de R$ 6 milhões e a liberação completa da área pela prefeitura de São Paulo. "Queremos um espaço útil, com salas para cursos e um museu lembrando a tragédia. Para nós é importante que as pessoas não esqueçam", completou Roberto Gomes.

Fonte: Abril.com - Foto: Agência Brasil

Banheiro da Estação Espacial quebra com 13 astronautas a bordo

Eles terão de usar o outro banheiro ou o do ônibus espacial Endeavour.

Comando da missão disse que é cedo para avaliar o impacto do problema.


Estação Espacial Internacional (ISS) abriga atualmente 13 astronautas - Foto: Divulgação/Nasa

Os 13 astronautas que estão a bordo da Estação Espacial Internacional tiveram problemas neste domingo (19), quando um dos dois banheiros da nave quebrou.

Depois de uma tentativa frustrada de consertar o banheiro, o comando da missão pediu que um dos tripulantes colocasse um aviso de "não funciona" na porta do banheiro.

Os seis astronautas da estação tiveram de se virar indo no outro banheiro, e os sete tripulantes do ônibus espacial americano Endeavour -que está acoplado à estação para transferir o último módulo de um laboratório japonês- foram orientados a usar apenas o sanitário de sua nave.

Os astronautas faziam neste domingo um complexo trabalho de transferência de equipamentos do ônibus para a estação espacial com a ajuda de braços mecânicos. Nunca houve tantas pessoas juntas no espaço.

Astronautas retiram material do compartimento de carga da Endeavour neste sábado (18). Ao fundo, o Oceano Pacífico - Foto: AFP/Nasa

O diretor de voo, Brian Smith, não quis especular o que provocou o defeito. "Ainda não sabemos o tamanho do problema", ele disse a jornalistas. "Ele pode não ter consequências. Ele pode se tornar significativo. É cedo demais para dizer."

Segundo ele, a situação não é urgente. Mas, se o banheiro continuar quebrado por muitos dias, a situação será reavaliada.

Especialistas das agências espaciais americana e russa reuniram-se para discutir o problema.

Uma tripulação de seis pessoas precisa de dois banheiros. Smith disse que não sabe por quanto tempo os ocupantes poderão aguentar com um banheiro único.

Nesta missão, a Nasa queria que pelo menos 4 dos tripulantes da Endeavour usassem o banheiro da estação espacial, para não sobrecarregar o tanque de água usada do ônibus espacial -enquanto a Endeavour está acoplada na estação espacial, ela não pode ejetar água usada.

Tanto a estação como o ônibus espaciais estão equipados com outros apetrechos para os astronautas se aliviarem, disse Smith. Eles incluem as bolsas coletoras de urina da era do programa Apolo.

A estação já havia enfrentado um problema semelhante em maio de 2008, mas ele foi reparado uma semana depois.

Fonte: G1 (com agências internacionais)