Mostrando postagens com marcador Foguete. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Foguete. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

NASA busca solução com a SpaceX para resgatar astronautas da ISS devido a vazamento na espaçonave Soyuz

A NASA e a Roscosmos estão trabalhando em como levar dois cosmonautas e um astronauta de volta para casa depois que sua espaçonave vazou.


Três residentes da Estação Espacial Internacional estão enfrentando um futuro incerto depois que uma cápsula russa da Soyuz teve um vazamento dramático de refrigerante no mês passado que deixou em dúvida a capacidade espacial da nave.

A NASA disse em um comunicado na semana passada que “entrou em contato com a SpaceX sobre sua capacidade de devolver tripulantes adicionais a bordo do Dragon, se necessário em uma emergência, embora o foco principal seja entender as capacidades pós-vazamento da espaçonave Soyuz MS-22.”

O astronauta da NASA Frank Rubio e os cosmonautas russos Sergey Prokopyev e Dmitry Petelin viajaram na Soyuz MS-22 para a estação no ano passado e estavam programados para levá-la de volta à Terra em março.

A Nasa e a agência espacial russa Roscosmos estão analisando a causa do vazamento, que pode ter sido de um minúsculo meteorito, e avaliando como proceder.

Outros possíveis caminhos a seguir podem envolver o uso do MS-22 conforme planejado, se for considerado seguro, ou a Rússia poderia enviar uma espaçonave Soyuz substituta.

Via Airlive.net

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Foguete sul-coreano deve ser lançado da base de Alcântara até quarta (21)

Lançamento de foguete sul-coreano no CLA, previsto para hoje, foi adiado para novo 'check-up' no equipamento.

O foguete sul-coreano HANBIT-TLV no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão
(Foto: Innospace/Divulgação)
Na manhã desta terça-feira (20) havia a expectativa para o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TL no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, mas a operação precisou ser adiada pela segunda vez. Na segunda-feira (19), as condições meteorológicas atrasaram o evento, segundo a Innospace.

Segundo a Innospace, empresa privada que está realizando o lançamento, em parceria com a Agência Espacial Brasileira, o adiamento aconteceu porque sentiram a necessidade de realizar um novo exame na válvula do foguete.

Ainda segundo a empresa, as equipes do CLA vão tratar dessa questão e definir uma nova data para o lançamento, que ainda será divulgada. No entanto, caso as equipes queiram o lançamento ainda em 2022, o prazo final é somente até esta quarta-feira (21), que é quando ainda existe a chamada 'janela' de lançamentos, em que a Terra está numa posição considerada ideal.

O lançamento de um foguete do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, será o primeiro resultado da parceria estabelecida no início do ano entre a Força Aérea Brasileira (FAB), através do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e a empresa sul-coreana Innospace. O voo está previsto para acontecer até quarta-feira (21).

O HANBIT-TL é um lançador de satélites e a operação realizada nos últimos dias deve confirmar a capacidade de enviar, futuramente, um nanosatélite para o espaço a partir do CLA . O projeto se chama 'SISNAV' e está inserido dentro do Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), previsto para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) da Força Aérea Brasileira (FAB), focado em órbitas baixas. Ele mede 16,5 metros e pesa 8,4 toneladas.

O foguete sul-coreano possui 16,5 metros de comprimento e pesa 8,4 toneladas
(Foto: Divulgação/FAB)
O lançamento, batizado de Operação Astrolábio, marca o primeiro teste do equipamento sul-coreano e não deve ultrapassar os 100 quilômetros de altitude. O foguete utiliza um sistema patenteado de alimentação por bomba elétrica com propulsores à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que torna a fabricação mais rápida e de menor custo.

O veículo estará equipado com a carga útil denominada Sistema de Navegação Inercial (Sisnav), desenvolvida por militares e profissionais civis brasileiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). O sistema é um experimento tecnológico essencial para a navegação autônoma e um grande passo em direção à independência no desenvolvimento de veículos para lançamentos de satélites de todos os tipos.

“A Innospace está muito orgulhosa de todo o trabalho realizado até aqui, pois foram muitos meses de estudo, planejamento e preparo das equipes. Essa Operação será marcada pela sinergia, esforço e pioneirismo. Entraremos para a história do Programa Espacial”, disse o Diretor de Negócios da Innospace do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.

O Diretor do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar, Maurício Augusto Silveira de Medeiros, falou que o lançamento “é o resultado de uma integração inédita extremamente relevante para o nosso país e para o mundo. Por meio dessa parceria, fortaleceremos e capacitaremos a indústria nacional em tecnologias aeroespaciais e de defesa com valor agregado e de alto nível”.

Esta será a primeira vez que o Brasil realiza um lançamento experimental em conjunto
com uma empresa privada de outro país (Foto: Divulgação/FAB)
O veículo não passará por áreas habitadas e os pontos de impacto do propulsor e da carga útil, que caem no Oceano Atlântico, ocorrerão a mais de 50 km da costa, não oferecendo perigo à população ou prejuízos ambientais.

O Centro de Lançamento do município maranhense é tido como estratégico no mercado espacial por causa de sua proximidade de apenas 17 minutos em relação à Linha do Equador, fazendo com que os voos partindo de lá cheguem mais rápido ao espaço, resultando em economia de combustível, um dos principais gastos para essa operação.

Via g1 e CNN - com informações da Agência Brasil

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Hoje na Hstória: 7 de dezembro de 1972 - Apollo 17, a última missão tripulada à Lua no século 20

Em 7 de dezembro de 1972, às 05h33m63 (UTC) (12h33, horário padrão do leste), a Apollo 17, a última missão tripulada à Lua no século 20, decolou do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). O destino era o vale Taurus-Littrow, na Lua.

A Apollo 17 (AS-512) na plataforma do Complexo de Lançamento 39A, em 21.11.1972 (NASA)

O Comandante da Missão, em seu terceiro voo espacial, era Eugene A. Cernan. O Piloto do Módulo de Comando foi Ronald A. Evans, em seu primeiro voo espacial, e o Piloto do Módulo Lunar foi Harrison H. Schmitt, também em seu primeiro voo espacial.

Gene Cernan, sentado, com Harrison Schmitt e Ronald Evans (NASA)

Schmitt foi colocado na tripulação porque era geólogo profissional. Ele substituiu Joe Engle, um experiente piloto de testes que havia feito dezesseis voos no avião-foguete de pesquisa hipersônica X-15. Três desses voos foram superiores à altitude de 50 milhas, qualificando Engle para asas de astronauta da Força Aérea dos EUA.

O lançamento da Apollo 17 foi atrasado por 2 horas e 40 minutos, devido a um pequeno defeito mecânico. Quando decolou, o lançamento foi testemunhado por mais de 500.000 pessoas.

Apollo 17 / Saturn V (AS-512) no Pad 39A durante a contagem regressiva (NASA)

O foguete Saturn V era um veículo de lançamento pesado movido a combustível líquido, de três estágios. Totalmente montado com o Módulo de Comando e Serviço Apollo, tinha 110,642 metros de altura. 

A Apollo 17 (AS-512) decola do Complexo de Lançamento 39A às 05:33:00 UTC, em 7 de dezembro de 1972 (NASA)

O primeiro e o segundo estágios tinham 33 pés (10,058 metros) de diâmetro. Totalmente carregado e abastecido, o foguete pesava 6.200.000 libras (2.948.350 kg). Ele poderia elevar uma carga útil de 260.000 libras (117.934 kg) para a órbita terrestre baixa.

A Apollo 17 decolando (NASA)

Dezoito foguetes Saturno V foram construídos. Eles foram as máquinas mais poderosas já construídas pelo homem. A Apollo 17 foi lançada 3 anos, 4 meses, 20 dias, 16 horas, 1 minuto e 0 segundos após a Apollo 11, o primeiro voo tripulado para a Lua.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Foguete sul-coreano que decolará da base de Alcântara chega ao Brasil


Conforme noticiado pela Digital Appearance Em maio, a startup aeroespacial sul-coreana Innospace lançará seu primeiro foguete do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), porto espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB) localizado na costa nordeste. Atlântico do Brasil, no estado do Maranhão, também chamado da base de Alcântara.

Segundo a empresa, o lançamento, que está previsto para ocorrer ainda este ano, servirá como teste para um foguete de estágio único com cerca de 16 metros de altura chamado HANBIT-TLV.


E o rover já está lá. Segundo o site Aeroflap, um Boeing 747-400, operado pela empresa americana National Airlines , pousou no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, na noite de sábado (3), trazendo o foguete a bordo.


Antes de pousar no Brasil, o avião decolou de Seul (ICN) na sexta-feira (2), fez escala técnica em Dubai e partiu para São Luís por volta das 6h de sábado (horário de Brasília).


Este será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, um pequeno lançador de satélites da Innospace capaz de transportar uma carga útil de até 50 kg em uma órbita polar (que cruza os pólos do planeta), a aproximadamente 500 km de altitude.

Segundo o site SpaceNews, a empresa sul-coreana assinou um acordo com o Departamento Brasileiro de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) para o lançamento do Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), projeto que conta com o apoio de estudos e projetos da AEB e do Financiador ( Finep), sob supervisão da Força Aérea Brasileira.

A carga útil é um dispositivo de navegação que usa um computador e sensores de movimento e rotação para calcular continuamente a posição, orientação e velocidade de um objeto em movimento, sem a necessidade de referências externas.

De acordo com o porta-voz da Innospace, Kim Jung-hee, a carga útil não será implantada no espaço durante este lançamento de teste. “O lançamento do teste permitirá ao DCTA observar se o sistema de navegação inercial funciona corretamente em condições específicas como vibrações, choques e altas temperaturas que ocorrem durante todo o processo desde a decolagem e durante o voo”, declarou. “Se o lançamento do teste HANBIT-TLV for bem-sucedido, começaremos a nos preparar para o lançamento do teste Hanbit-Nano."

Via netcost-security.fr e UOL

sábado, 24 de setembro de 2022

Como a Virgin Orbit vai usar Alcântara para impulsionar lançamentos com o sistema LauncherOne

Empresa é uma das quatro autorizadas a operar comercialmente no espaçoporto brasileiro e a única delas a utilizar um avião como plataforma de lançamento. Expectativa é que primeira operação no país ocorra em 2023.


Das quatro empresas autorizadas a realizar lançamentos a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, no Nordeste do Brasil, a Virgin Orbit é a que mais destaca, não apenas pelo nome construído ao longo dos últimos anos em vários setores da economia, mas também pela própria maturidade do seu sistema de lançamento, amplamente testado e em operação comercial desde janeiro de 2021.

O LauncherOne é um sistema que usa uma aeronave como plataforma de lançamento, sendo assim totalmente reutilizável. A empresa opera atualmente com um Boeing 747-400, batizado de Cosmic Girl, e em breve vai adicionar à frota mais dois aviões do mesmo modelo para aumentar a capacidade e responder à crescente demanda de lançamentos de satélites.

O lançador fica conectado à asa esquerda do avião e quando ele atinge a posição e a altitude planejadas, o foguete de dois estágios é liberado em queda livre até que o primeiro estágio seja acionado e acelera a 13 mil km/h. Quando o combustível acaba, o segundo estágio é inflamado até atingir a órbita e liberar os satélites.

Devido a esse sistema, ao contrário das outras companhias que lançarão foguetes a partir das plataformas, a Virgin Orbit usará a estrutura do aeroporto de Alcântara, uma base da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro da CLA. A pista de asfalto tem 2.600 metros de comprimento e 45 metros de largura é suficiente para a operação de lançamento do LauncherOne.

Mesmo assim, a FAB abriu uma licitação para realizar algumas melhorias no aeroporto, como a construção de um novo pátio para aeronaves e adequações em uma das cabeceiras da pista. O contrato foi assinado em 2021 e as obras começaram neste ano, a um custo de R$ 12,2 milhões.

A vantagem de Alcântara, segundo a Virgin Orbit, é que pela localização, a apenas dois graus ao sul do equador, é funcionalmente capaz de atingir qualquer inclinação orbital, aumentando as possibilidades e oportunidades comerciais.

“Aproveitar as instalações existentes no Centro Espacial de Alcântara é importante para nós em nosso compromisso com a sustentabilidade e esforço para abrir o Space For Good. Estamos ansiosos para trabalhar juntos para assumir as próximas possibilidades”, disse Dan Hart, CEO da Virgin Orbit, em comunicado à imprensa.

Para viabilizar os lançamentos e atender os requisitos da Agência Espacial Brasileira (AEB) para a licença obtida em junho deste ano, a Virgin Orbit abriu uma subsidiária brasileira, a Virgin Orbit Brasil Ltda. (VOBRA). Com isso, a expectativa é de que o primeiro lançamento da empresa no CLA ocorra em 2023.

Missões regulares


Por enquanto a Virgin Orbit realizou lançamentos com o LauncherOne apenas a partir do Mojave Air and Space Port, que fica no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Em julho, a empresa completou com sucesso a sua quarta missão, batizada de Straight Up, quando carregou e colocou em órbita sete satélites da Força Espacial dos Estados Unidos (USSF, na sigla em inglês). Contando as missões anteriores, a Virgin Orbit já liberou 33 satélites no espaço.

O plano da empresa, porém, é aumentar a regularidade dos lançamentos. Para isso, adquiriu mais dois aviões Boeing 747-400, que estão em processo de adaptações para receber o LauncherOne. Além disso, tem espalhado as opções de locais de lançamento, como é o caso do Brasil.

A Virgin Orbit já tem a possibilidade de lançar satélites a partir de oito localidades. Além de Alcântara e Mojave, a empresa poderá operar na Flórida (EUA), Coreia do Sul, Austrália, Inglaterra, Japão e Guam. Para 2022, está programada a primeira operação do LauncherOne no Cornwall Spaceport, em Newquay, na Inglaterra, com uma carga de satélites de empresas privadas, como a Catapult e a Space Forge, além da Universidade de Exeter e do Ministério da Defesa do Reino Unido.

Esse crescimento tem ocorrido também devido às parcerias que a companhia tem fechado com outras empresas, bem como com órgãos governamentais. Por enquanto, o principal cliente é o governo dos Estados Unidos, que já usou o LauncherOne para lançar diversos satélites de diferentes órgãos, como a Nasa, Marinha, Agência de Defesa contra Mísseis e Departamento de Defesa. Outros governos também já lançaram satélites com a Virgin Orbit. Na lista estão Holanda, Áustria e Canadá.

Na programação da empresa para 2022, além do primeiro lançamento na Inglaterra, outros três estão previstos a partir de Mojave. Por enquanto estão confirmados satélites da Força Aérea Americana, da CU Boulder, da The Aerospace Corporation e da polonesa SatRevolution.

Por Gustavo Ribeiro, especial para a MundoGEO - Foto: Virgin Orbit/Divulgação

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Base de Alcântara: Maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro completa 19 anos

Lançamento do VLS-1 V02, em 1999; por falha no segundo estágio, o foguete foi destruído (Imagem: AEB)
Em 22 de agosto de 2003, um foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS) deu partida antecipada e matou 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara.

O maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro, que matou 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no norte do Maranhão, completou 19 anos na última segunda-feira (22).

No dia 22 de agosto de 2003, o foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS), que levaria para o espaço o primeiro satélite de fabricação nacional, passava por ajustes finais da Torre Móvel de Integração (TMI) quando uma ignição prematura de um dos motores resultou na explosão do protótipo de 21 metros de altura.

Maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro completa 19 anos (Foto: Arquivo)
A causa apontada pelo relatório final de investigação, concluído pelo Comando da Aeronáutica em fevereiro de 2004, foi um "acionamento intempestivo" provocado por uma pequena peça que ligava o motor.

O Ministério da Aeronáutica descartou a possibilidade de sabotagem, de grosseira falha humana ou de interferência meteorológica, mas apontou "falhas latentes" e "degradação das condições de trabalho e segurança", entre eles saídas de emergência que levavam para dentro da própria TMI, além de estresse por desgaste físico e mental dos tecnologistas.


O acidente levou à adoção de novas medidas de segurança no centro de lançamento. Inaugurada em 2012, a nova TMI promete ser mais segura. Ao redor da torre de 33 metros de altura e mais de 380 toneladas, uma extensa fiação garante corrente elétrica para um dos estágios da plataforma do veículo lançador de satélites.

A área foi projetada e construída com concreto armado, tudo para evitar problemas como o que ocorreu em 23 de agosto de 2003.

Novo foguete será lançado este ano


Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão (Foto: Reuters)
Em dezembro deste ano, a agência aeroespacial sul coreana Innospace planeja realizar seu primeiro lançamento suborbital a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Esse será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, um pequeno lançador de satélites capaz de transportar 50kg para uma órbita polar, que cruza os polos do planeta, a aproximadamente 500 km de altitude.

Desde que empresa norte-americana de foguetes Hyperion desistiu das negociações com o Brasil, a Innospace assumiu o lugar para se tornar a operadora da principal área de lançamento da base de Alcântara, comandada pela Força Aérea Brasileira.

Veja reportagem do Fantástico (TV Globo) quando dos 10 anos do acidente:


Via g1 e UOL

domingo, 14 de agosto de 2022

Um satélite espião russo foi lançado no exato momento em que o misterioso americano USA-326 passou sobre o cosmódromo


Na segunda-feira, 1º de agosto, um foguete decolou no meio da noite do cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia.

Sua missão, colocar em órbita o satélite militar Kosmos-2558. Se seu papel preciso for mantido em segredo, é muito provável que seja um satélite espião: seus sensores não estão voltados para a Terra, mas para outra espaçonave.

A melhor pista para o propósito deste misterioso lançamento de satélite é outro satélite ainda mais misterioso. O USA-326, que foi lançado a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 2 de fevereiro, é um modelo novo e ainda sabemos pouco sobre ele.

Este novo satélite de reconhecimento de alta tecnologia despertou a curiosidade dos oficiais de contra-inteligência russos. O Kosmos-2558 decolou assim no exato momento em que o USA-326 passava sobre o cosmódromo de Plesetsk, e deve ser colocado em uma órbita quase idêntica à do americano para cumprir seu papel de 'inspetor'.

“As duas órbitas são extremamente próximas, a única diferença são algumas dezenas de quilômetros de altitude orbital”, explica Marco Langbroek, especialista em satélites espiões, ao Gizmodo. o Kosmos-2558 está, portanto, perto o suficiente para obter algumas fotos interessantes do recém-chegado americano. “Assumimos que [o satélite russo] tem sensores otimizados que lhe permitem observar outros satélites, ao contrário dos habituais satélites de observação, equipados para captar imagens do solo”, especifica Marco Langbroek.


Enquanto a máquina inimiga permanecer a uma distância suficiente para que não haja risco de colisão, essa perseguição não é absolutamente ilegal. Os Estados Unidos já se surpreenderam com essa prática quando, em 2017, o satélite militar USA-276 se aproximou a meros 6 quilômetros da Estação Espacial Internacional.

Mais recentemente, em 2020, outra sonda Kosmos foi enfiar o nariz eletrônico nos assuntos de um satélite espião dos EUA. Esses dois, definitivamente, não se abandonam.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Vídeo: ‘Hoje é um dia de sorte’: piloto de avião avisou seus passageiros para ver algo único no céu

Viajantes testemunharam o lançamento de um foguete em pleno voo.

Um fato extraordinário ocorreu durante um voo da Filadélfia para Miami, nos Estados Unidos, que foi relatado pelo próprio piloto do avião aos passageiros.

Com isso, eles assistiram ao momento impressionante com espanto e de forma única, como detalhado pelo site Publimetro.

Enquanto os passageiros do voo aproveitavam a viagem, o piloto do avião interveio pelo sistema de som e chamou a atenção de todos.

Segundo o site, o piloto disse que era um dia de sorte, pois testemunhariam o lançamento de um foguete naquele momento.

O voo que aconteceu em 17 de julho, surpreendeu ao ver o movimento gerado pelo foguete e como o equipamento afastou cada vez mais da superfície da Terra.

Para imortalizar o momento que estava sendo presenciado, os passageiros resolveram registrar o lançamento, dando zoom no foguete que subia diante de seus olhos.

Durante esse período, o voo da American Airlines sobrevoava a costa da Flórida naquele país.

No vídeo é possível ver o lançamento do foguete e também ouvir as passageiros espantados com o fato de que raramente poderia ser testemunhado.

Ainda de acordo com as informações, liderada por Elon Musk, a empresa Space X lançou o foguete Falcon 9, que completou um novo recorde de lançamentos.

Confira vídeo:


Via Metro World News

sábado, 16 de julho de 2022

Hoje na História: 16 de julho de 1969 - Lançamento da Apollo 11 rumo a Lua

Apollo 11 / Saturn V AS-506 no momento da ignição do primeiro estágio,
T -6,9 segundos, 13: 31: 53,9 UTC, 16 de julho de 1969 (NASA)
Na manhã de quarta-feira, 16 de julho de 1969, o veículo de lançamento Apollo 11/Saturn V, AS-506), estava na plataforma do Complexo de Lançamento 39A, Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral, Flórida. A bordo estavam Neil Alden Armstrong, Comandante da Missão; Michael Collins, Piloto do Módulo de Comando; e Edwin E. Aldrin, Jr., Lunar Module Pilot. O destino deles era o Mare Tranquillitatis, na Lua.

Neil Alden Armstrong, Michael Collins e Edwin E. Aldrin, Jr.,
tripulação de voo da Apollo 11, 16-23 de julho de 1969 (NASA)
O oxigênio líquido criogênico nos tanques de propelente do foguete resfriou o ar úmido da Flórida a ponto de formar gelo na pele dos tanques.

Saturno V AS-506 atinge impulso total (NASA)
A missão estava dentro do cronograma. Em T -6,1 segundos (13h31 53,9 UTC), o primeiro dos cinco motores F-1 foi ligado, seguido em rápida sucessão pelos outros. Quando os motores atingiram a potência máxima, os braços de contenção da almofada foram liberados. Primeiro movimento -10,47 m/s² (34,35 pés/s²) - 1,07 gs, foi detectado em T +0,3 segundos (13h32:00,3 UTC, 9h32:00,3 am, horário de verão do leste). O umbilical foi liberado em T +0,6 segundos. O Saturn V passou pela torre do pórtico e rolou em seu curso programado.

DECOLAR! A Apollo 11 (AS-506) é lançada do Complexo de Lançamento 39A, Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral, Flórida, às 13h32h06 UTC, 16 de julho de 1969 (NASA)
O foguete Saturn V era um veículo de lançamento pesado movido a combustível líquido, de três estágios. Totalmente montado com o Módulo de Comando e Serviço Apollo, tinha 363 pés e 0,15 polegadas (110,64621 metros) de altura, da ponta da torre de escape até a parte inferior dos motores F-1. Totalmente carregado e abastecido, o AS-506 pesava 6.477.875 libras (2.938.315 kg).

A Apollo 11 sobe para longe da plataforma (NASA)
O primeiro estágio do Saturn V foi designado S-IC. Ele foi projetado para erguer todo o foguete a uma altitude de 220.000 pés (67.056 metros) e acelerar a uma velocidade de mais de 5.100 milhas por hora (8.280 quilômetros por hora). O palco S-IC foi construído pela Boeing no Michoud Assembly Facility, em New Orleans, Louisiana. Tinha 138 pés (42,062 metros) de altura, 33 pés e 1,2 polegadas (10,089 metros) de diâmetro e um peso vazio de 287.531 libras (130.422 quilogramas). 

Totalmente abastecido com 203.400 galões (770.000 litros) de RP-1 e 318.065 galões (1.204.000 litros) de oxigênio líquido, o estágio pesava 5.023.648 libras (2.131.322 quilogramas). Ele era impulsionado por cinco motores Rocketdyne F-1, que foram construídos pela Divisão Rocketdyne da North American Aviation, Inc., em Canoga Park, Califórnia.

Motores de primeiro estágio Rocketdyne F-1 do Saturn V funcionando, produzindo 7,5 milhões
de libras de empuxo. Gelo cai do foguete. Os braços de contenção estão se soltando (NASA)
Os cinco motores F-1 do estágio AS-506 S-IC produziram 7.552.000 libras de empuxo (33.593 kilonewtons). De acordo com o relatório de avaliação de voo pós-missão, “os níveis de desempenho dos motores F-1 durante o voo AS-506 mostraram os menores desvios de qualquer voo S-IC”. O motor central desligou em T +135,20 para limitar a aceleração do foguete, e os quatro externos foram desligados em T +161,63 segundos.

O segundo estágio do S-II foi construído pela North American Aviation, Inc., em Seal Beach, Califórnia. Ele tinha 24,87 metros de altura e o mesmo diâmetro do primeiro estágio. O segundo estágio do AS-506 pesava 79.714 libras (36.158 quilogramas), a seco, e 1.058.140 libras (479.964 quilogramas), abastecido. O propelente para o S-II era hidrogênio líquido e oxigênio líquido. O palco era movido por cinco motores Rocketdyne J-2, também construídos em Canoga Park. Cada motor produziu 232.250 libras de empuxo e, combinados, 1.161.250 libras de empuxo.

O terceiro estágio do Saturno V foi denominado S-IVB. Foi construído pela Douglas Aircraft Company em Huntington Beach, Califórnia. O S-IVB tinha 58 pés e 7 polegadas (17,86 metros) de altura e um diâmetro de 21 pés e 8 polegadas (6,604 metros). O terceiro estágio do AS-506 S-IVB tinha um peso seco de 24.852 libras (11.273 kg) e totalmente abastecido, pesava 262.613 libras (119.119 kg). O terceiro estágio tinha um motor J-2 que também usava hidrogênio líquido e oxigênio líquido como propulsor. Na primeira queima, o J-2 produziu 202.603 libras de empuxo (901,223 kilonewtons). O S-IVB colocaria o Módulo de Comando e Serviço na Órbita Terrestre Baixa, então, quando tudo estivesse pronto, o J-2 seria reiniciado para a injeção Trans Lunar. Nesta segunda queima, ele produziu 201.061 libras de empuxo (894.364 kilonewtons).

Módulo de Comando e Serviço da Apollo 11 CSM-107 sendo montado no SA-506 Saturn V
 no Edifício de Montagem de Veículos, abril de 1969 (NASA)
O Módulo de Comando/Serviço Apollo foi construído pela Divisão de Sistemas de Informação e Espaço da North American Aviation, Inc., em Downey, Califórnia. O Módulo de Comando e Serviço da Apollo 11, CSM-107, pesava 109.646 libras (49.735 kg).

O motor SPS era um AJ10-137, construído pela Aerojet General Corporation de Azusa, Califórnia. Queimou uma combinação de combustível hipergólico de Aerozine 50 e tetraóxido de nitrogênio, produzindo 20.500 libras de empuxo (91,19 kilonewtons). Ele foi projetado para uma queima de 750 segundos, ou 50 reinicializações durante um vôo.

O Módulo Lunar Apollo foi construído pela Grumman Aerospace Corporation para transportar dois astronautas da órbita lunar para a superfície e retornar. Houve uma etapa de descida e uma etapa de subida. O LM foi projetado apenas para operação no vácuo do espaço e foi gasto após o uso.

O LM tinha 23 pés e 1 polegada (7.036 metros) de altura com uma extensão máxima do trem de pouso de 31 pés (9.449 metros). Ele pesava 33.500 libras (15.195 kg). A espaçonave foi projetada para apoiar a tripulação por 48 horas, embora em missões posteriores, isso foi estendido para 75 horas.

O estágio de descida foi alimentado por um único motor de descida TRW LM. O LMDE usava combustível hipergoloco e era regulável. Ele produziu de 1.050 libras de empuxo (4,67 kilonewtons) a 10.125 libras (45,04 kilonewtons). O Ascent Stage foi equipado com um motor de ascensão Bell Aerospace Lunar Module. Isso também usava combustíveis hipergólicos. Ele produziu 3.500 libras de empuxo (15,57 kilonewtons).

13h33m06s UTC, T +1m06,3



Um minuto, seis segundos após a decolagem, a Apollo 11/Saturn V atingiu Mach 1 a uma altitude de 4 milhas (6,4 quilômetros). À medida que se torna supersônico, nuvens de condensação, chamadas de “coleiras de choque”, se formam em torno do segundo estágio do S-II.

13h34m30s UTC, T +2m30



A Apollo 11/Saturn V AS-506 acelera com todos os cinco motores Rocketdyne F-1 acesos. Conforme o foguete sobe através de uma atmosfera mais fina, os motores se tornam mais eficientes e o empuxo total para o primeiro estágio S-IC aumenta de 7.648.000 libras de empuxo para 9.180.000 libras de empuxo em cerca de T +1m23,0.

Para limitar a aceleração, um sinal pré-planejado para desligar o motor central é enviado em T +2m15,2 (Corte do motor central, “CECO”). Como o primeiro estágio queima combustível a uma taxa de 13 toneladas por segundo, o peso rapidamente diminuindo do Saturn V e a eficiência crescente dos motores F-1 podem fazer com que os limites de aceleração do veículo sejam excedidos.

Por T +2m30, o Saturn V atingiu uma altitude de 39 milhas (62,8 quilômetros) e está 55 milhas (88,5 quilômetros) downrange.

13h34m42,30s UTC, T +2m42,30



Às 13h34m42,30s UTC, 2 minutos e 42,30 segundos após o lançamento, o primeiro estágio S-IC da Apollo 11/Saturn V se apagou e foi descartado. A Apollo 11 atingiu uma altitude de 42 milhas (68 quilômetros) e uma velocidade de 6.164 milhas por hora (9.920 quilômetros por hora). Os cinco motores Rocketdyne F-1 queimaram 4.700.000 libras (2.132.000 kg) de oxigênio líquido e propelente RP-1.

Após a separação, o primeiro estágio S-IC continuou para cima em uma trajetória balística até aproximadamente 68 milhas (109,4 quilômetros) de altitude, alcançando seu ápice em T +4m29,1, e então caiu de volta para a Terra. Ele pousou no Oceano Atlântico a aproximadamente 350 milhas (563,3 quilômetros) a jusante.

16h16m16s UTC, T +02h44m16,2



Às 16h16m16s UTC, T +02h44m16.2, o motor de terceiro estágio da Apollo 11 S-IVB reacendeu para a manobra de injeção Trans Lunar. Um dos recursos necessários do motor Rocketdyne J-2 era sua capacidade de reiniciar uma segunda vez. 

O terceiro estágio foi usado pela primeira vez para colocar a espaçonave Apollo 11 na órbita da Terra e foi então desligado. Quando a missão estava pronta para prosseguir em direção à Lua, o J-2 foi reiniciado. Usando hidrogênio líquido e oxigênio líquido como propelente, o S-IVB da Apollo 11 queimou por 5 minutos, 41,01 segundos, com a espaçonave atingindo um máximo de 1,45 Gs pouco antes do motor desligar. O motor foi desligado em T +02h50m03,03s. A injeção Trans Lunar foi às 16h22m13a UTC.


Dezoito foguetes Saturn V foram construídos. Eles foram as máquinas mais poderosas já construídas pelo homem.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu

sexta-feira, 15 de julho de 2022

China planeja turismo espacial já no ano que vem

A CAS Space é uma companhia chinesa de foguetes vinculada à Academia Chinesa de Ciências, que pretende fomentar o turismo espacial com viagens curtas ao espaço já no próximo ano.  

“Graças ao rápido desenvolvimento de tecnologias espaciais, uma viagem ao espaço para pessoas comuns não é mais uma fantasia, está se tornando realidade”, disse o fundador da CAS Space e cientista de foguetes, Yang Yiqiang, em entrevista ao portal China Daily. 

A viagem espacial vai sair do papel

O programa de turismo espacial será aberto para qualquer pessoa, portanto, quem quiser se aventurar no espaço com a companhia, terá que desembolsar o valor de 300.000 dólares, aproximadamente 1.625.520 reais. Além disso, o turista receberá um treinamento simplificado que é comumente aplicado aos astronautas chineses. 

Os passageiros poderão atravessar a linha de Karman, que é considerada pelos cientistas como o limite entre a atmosfera terrestre e o espaço sideral. A linha fica a 100 quilômetros de altitude do nível do mar.  

Segundo o CEO da CAS Space, a viagem proposta pela empresa terá duração suficiente para que os turistas apreciem a vista das estrelas e da terra. Ainda, os passageiros terão a oportunidade de experimentar a sensação de um ambiente sem gravidade. 

A CAS Space assinou um acordo de cooperação com uma importante agência de viagens estatal chinesa, para que em conjunto possam explorar o mercado de turismo espacial. 

Pioneiro na área

O primeiro turista espacial do mundo foi o engenheiro e multimilionário norte americano Dennis Tito. Ele e mais dois cosmonautas russos, juntaram-se à missão russa Soyuz TM-32 e passaram quase oito dias no espaço. Desde então, mais de 10 pessoas em todo o mundo entraram no espaço desta forma, incluindo o brasileiro Victor Hespanha, que foi em um voo da Blue Origin.

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares (Olhar Digital)

terça-feira, 10 de maio de 2022

Foguete reutilizável da China pousa após atingir 1 km


A empresa aeroespacial comercial da China, Deep Blue Aerospace (DBA), completou com sucesso um teste de voo e pouso de um quilômetro de altura de seu protótipo de foguete reutilizável Nebula-M1. O teste foi realizado em 6 de maio de 2022, informou a empresa em um comunicado à imprensa. É o terceiro teste bem-sucedido do Nebula-M1 desde julho de 2021, quando o foguete completou seu primeiro salto de 10 metros.

“A Deep Blue Aerospace se tornou a segunda empresa no mundo a concluir todos os testes de engenharia de baixa altitude para recuperação vertical e reutilização de oxigênio líquido e foguetes de querosene (o primeiro foi a SpaceX nos Estados Unidos)”, afirma o comunicado de imprensa.

O Nebula-M1 é aproximadamente comparável ao Grasshopper, um protótipo construído pela SpaceX que voou em 2011 e abriu caminho para a família de foguetes parcialmente reutilizáveis ​​da empresa.

Segundo o DBA, em 10 meses e após apenas três testes, a empresa conseguiu alcançar os mesmos resultados que a SpaceX levou um ano e oito voos de teste para realizar.

A empresa, fundada em 2016, visa construir um veículo de lançamento orbital reutilizável de classe média que poderia rivalizar com o SpaceX Falcon 9.