O Hindenburg foi fabricado entre 1931 e 1936 (Foto: Getty Images) |
As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados. Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
domingo, 6 de novembro de 2022
O primeiro comissário de bordo do mundo teve uma escapada de sorte no Hindenburg
Como os turboélices são entregues em longas distâncias?
Antes da entrega
Várias pernas e reabastecimento
ATR-72-500, PP-PTO, da VoePass Linhas Aéreas (Foto: Thiago Machado/Airways) |
Envio por mar e terra
Alcance máximo de cruzeiro
Cruzeiro em Tailwind e Jetstream
Sem Regulamentos EDTO
Voos de balsa
Como as companhias aéreas desinfetam os aviões hoje?
Contas de mídia social indicam limpeza abaixo da média
(Foto: Noam Ismaaili/Airways) |
Fatos aprendidos sobre o COVID-19 mudaram de prioridade
(Foto: Honeywell) |
O dispositivo robótico de ar de vetor UV desinfetando um avião da Air India Express (Foto: Air India) |
Viajar com segurança enquanto o COVID-19 permanece presente
(Foto: KLM) |
Companhias aéreas desinfetam aviões, mas passageiros também podem tomar precauções
EUA estão prontos para fornecer drones MQ-9 Reaper para a Ucrânia
Quais são as chances de que haja um médico a bordo de seu próximo voo?
E se o combustível do avião acabar? Airbus voou 120 km até pousar
O Airbus A330-243, prefixo C-GITS, da Air Transat, com 306 pessoas a bordo é o dono de um dos recordes mais impressionantes da aviação. O avião que fazia o voo Air Transat 236 detém o título do voo planado mais longo da história.
Depois de ficar sem combustível enquanto sobrevoava o oceano Atlântico, o A330 voou com os dois motores desligados por 120 quilômetros até pousar em segurança no aeroporto da base aérea de Lajes, na Ilha Terceira, nos Açores (Portugal).
O avião decolou de Toronto (Canadá) às 20h20 do dia 23 de agosto de 2001 com destino a Lisboa (Portugal). Estavam a bordo 293 passageiros e 13 tripulantes. O A330 era pilotado pelo comandante Robert Piché, 48, e pelo primeiro-oficial Dirk de Jager, 28.
Problemas começaram cinco horas depois
O voo da Air Transat ocorreu normalmente durante as primeiras cinco horas de voo. O primeiro sinal de que poderia haver algum problema veio com um sinal que indicava baixa temperatura e alta pressão de óleo no motor dois, o da direita. Os pilotos procuraram uma explicação nos manuais, mas não encontraram resposta. Pelo rádio, chegaram a falar com a equipe de manutenção da empresa. Foram orientados a apenas monitorar a situação.
Naquele momento, o comandante do voo considerava que aquele alerta era apenas uma falha dos computadores de bordo do Airbus A330. Momentos mais tarde, porém, surgiria mais um sinal de que havia um problema mais grave acontecendo durante o voo. As telas do avião mostraram um alerta de fuel imbalance, ou desbalanceamento de combustível.
Mais uma vez, os pilotos não conseguiram identificar o problema que causava aquele alerta. O desbalanceamento significava que havia uma quantidade de combustível muito superior em uma asa (onde ficam os tanques) em relação à outra. Durante todo o voo, os pilotos monitoravam o consumo de combustível a cada 30 minutos e até então não havia nenhum sinal de possível vazamento.
Para resolver o balanceamento, o comandante ordenou a abertura de uma válvula que permitia a transferência de combustível dos tanques da asa esquerda para os da direita. O querosene, no entanto, não chegava ao tanque e o nível total de combustível estava cada vez menor.
Emergência de combustível
Sem entender o que estava acontecendo, os pilotos ainda trabalhavam com a possibilidade de ser apenas uma falha nos computadores do avião. Às 5h41, a tripulação solicita ao controle de tráfego aéreo um desvio do voo para o aeroporto mais próximo. Com os níveis cada vez mais baixos nos tanques, o comandante declara emergência de combustível às 5h48.
O Airbus A330 segue em direção ao aeroporto da Ilha Terceira, mas às 6h13 a situação se agrava ainda mais. Sem combustível nos tanques da direita, o motor dois apaga. Dez minutos depois, o motor um, da esquerda, também para de funcionar. O A330 se torna um enorme planador a 33 mil pés (mais de 10 quilômetros) de altitude.
Sem os dois motores, diversos sistemas também deixam de funcionar e as luzes da cabine de passageiros se apagam. Uma pequena turbina eólica garante eletricidade para sistemas essenciais aos pilotos. No entanto, a aeronave perdeu seu sistema hidráulico principal, que opera os flaps, freios aerodinâmicos e spoilers. O avião também perde a pressurização da cabine e todos passam a usar as máscaras de oxigênio.
Descida e pouso em segurança
Quando o segundo motor deixou de funcionar, o Airbus A330 estava a 120 quilômetros de distância da base aérea de Lajes, na Ilha Terceira. Se o controle de tráfego aéreo não tivesse feito o desvio do Air Transat após a decolagem de Toronto, a situação poderia ser ainda mais dramática.
Operando um planador com 306 pessoas a bordo, o comandante Piché precisava controlar a razão de descida e a velocidade do avião para garantir que ele conseguisse chegar à pista de pouso.
O Airbus A330 descia a uma razão de 2.000 pés (600 metros) por minuto, o que garantia cerca de 15 minutos de voo. Foi tempo suficiente para o avião chegar à Ilha Terceira. Os pilotos ainda precisaram fazer uma volta de 360 graus e algumas outras manobras para reduzir a velocidade do avião.
O Airbus A330 tocou a pista às 6h45, a uma velocidade de 200 nós (370 km/h), acima da recomendada para essa situação. Sem o reverso dos motores, flapes e freios aerodinâmicos, o avião dependia totalmente do freio das rodas para parar. O excesso de pressão sobre as rodas causou o estouro de oito pneus, mas o A330 parou ainda na metade da pista com todos os 306 ocupantes em segurança.
Investigação
A investigação revelou que a causa do acidente foi um vazamento de combustível no motor dois, causado por uma peça incorreta instalada no sistema hidráulico pela equipe de manutenção da Air Transat. O motor havia sido substituído por um motor reserva, emprestado pela Rolls-Royce, de um modelo mais antigo que não incluía bomba hidráulica.
Apesar das preocupações do mecânico líder, a Air Transat autorizou o uso de peça de motor semelhante, adaptação que não manteve folga adequada entre as linhas hidráulicas e de combustível. Essa falta de folga, da ordem de milímetros, fez com o atrito entre as peças rompesse a linha de combustível, causando o vazamento.
A Air Transat admitiu a responsabilidade pelo acidente e foi multada em 250 mil dólares canadenses pelo governo canadense, que em 2009 foi a maior multa da história do país.
As ações dos pilotos também foram consideradas como fatores influenciadores para o incidente. Entre os erros apontados, estão não identificar o vazamento de combustível, negligenciar o desligamento da alimentação cruzada após o primeiro motor ter apagado, bem como por não seguir o procedimento operacional padrão em possivelmente mais de um caso.
Apesar dessas falhas, os pilotos foram recebidos como heróis no Canadá por terem conseguido pousar o avião mesmo com os dois motores desligados. Em 2002, o comandante Piché recebeu o Prêmio Superior de Aeronáutica da Associação de Pilotos de Linha Aérea. Até hoje, o voo da Air Transat mantém o título de mais longo voo planado em um avião comercial de passageiros.
20 mitos comuns sobre aviões que você precisa parar de acreditar
Não se deixe enganar por todas aquelas cenas assustadoras de aviões nos filmes
Agora, vá em frente e tente abrir a porta da cabine
Falando em máscaras de oxigênio...
Outra teoria da conspiração sobre o oxigênio é desmascarada
Desligue seu dispositivo portátil, mas não pelo motivo que você pensa
Não, você não vai ver chovendo xixi e cocô
Mais um mito do banheiro, e é uma merda
O ar da cabine não é seu inimigo
Pilotos não têm paraquedas
Não há apenas um piloto
O piloto automático não pilota o avião
Os pilotos não evitam realmente o Triângulo das Bermudas
Tempestades com raios não derrubarão seu avião
Espaços de rastreamento secretos são fictícios
Na verdade não é mais fácil ficar bêbado em voo
Aviões pequenos não são mais perigosos
Você não precisa ser rico para voar pequeno
Sua tripulação de cabine não vai limpar depois de você
As regras de bagagem de mão não são tão malucas quanto você pode pensar
sábado, 5 de novembro de 2022
Quais são os caças de quinta geração?
F-22 Raptor: o 1º caça de quinta geração
F-22 Raptor foi o primeiro caça de quinta geração (Imagem: Força Aérea dos Estados Unidos) |
Outros caças de quinta geração
F-35 Lightning II é um caça de quinta geração multi-tarefas (Imagem: Divulgação/Força Aérea dos Estados Unidos) |
Rússia tem “xeque-mate”
Componentes do Su-57 fizeram parte da estrutura do Sukhoi Su-75 Checkmate (Imagem: Anna Zvereva/Wikimedia/CC) |
- Chengdu J-20 e Shenyang J-31 (China);
- Mitsubishi X-2 Shinshin (Japão);
- TAI T-FX (Turquia);
- HAL AMCA (Índia).