terça-feira, 8 de junho de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 757-200 Catfish, prefixo N757A, voa para testar a aviônica de uma caça F-22. Os equipamentos são montados na fuselagem do Boeing. Sobre o cockpit vão os equipamentos: EW (guerra eletrônica: ataque (EA), proteção (EP) e apoio (ES)) e de comunicação. Também vão os sensores de navegação e de identificação. Esse teste - realizado pela Boeing - aconteceu no Production Flight Test Installation AF Plant 42 (PMD/KPMD), em Palmdale, na Califórnia, nos EUA, em 13 de fevereiro de 2006.

Foto: Brian Lockett (Airliners.net)

Avião colide com bando de aves ao decolar na Holanda

No último domingo (6), o Boeing 737-4B6, prefixo CN-RMF, da Royal Air Maroc, logo após decolar da pista 18L do Aeroporto de Schiphol, colidiu com um bando de pássaros.

Durante a subida inicial, a tripulação percebeu um princípio de incêndio no motor esquerdo da aeronave (CFM56) e, imediatamente, o desligou e ativou o sistema de supressão de incêndio do motor.

O avião, que partia para realizar o voo AT-685 a partir de Amesterdan, na Holanda, para Nador, em Marrocos, com 156 passageiros e seis tripulantes a bordo, retornou ao aeroporto de Schiphol aterrissando na pista 18R em segurança, poucos minutos depois.

O Boeing parou na pista de taxiamento (foto acima), onde os serviços de emergência verificaram a aeronave. Os passageiros desembarcaram ali mesmo, através de escadas móveis.

Testemunhas confirmaram que uma colisão com pássaros foi a causa da falha do motor e do incêndio que se seguiu. Estranhamente, as testemunhas relataram que o incêndio ocorreu no motor da asa direita (veja as fotos abaixo).

A Royal Air Maroc informou que o avião colidiu com um bando de pássaros na partida do aeroporto de Schiphol e que, um motor e parte da fuselagem, sofreram danos substanciais. Informou ainda que assim que iniciu-se o incêndio no motor, o mesmo foi desativado e o sistema de supressão de incêndio foi ativado. O comandante do Boeing relatou ter visto pássaros grandes, possivelmente gansos.

O Departamento de Investigação de Acidentes da Holanda (Dutch Onderzoeksraad) informou que a aeronave partiu da pista 18L quando encontrou um bando de gansos durante a decolagem, que atingiu um motor e o trem de pouso. Segundo o órgão, o avião pousou em segurança 17 minutos depois da decolagem.

Os gravadores de dados de voo foram retirados da aeronave e foram encontrados em bom estado. Uma investigação está em curso. O Onderzoeksraad não identificou qual o motor que ingeriu os pássaros.

Hoje, a Onderzoeksraad disse ao site Aviation Herald que o motor esquerdo ficou danificado pelo ataque das aves, enquanto o motor do lado direito permaneceu sem danos.

Fotos divulgadas pela Schiphol TV mostram danos nas lâminas do motor da asa esquerda, bem como danos na superfície de entrada da turbina.

Um caminhão de bombeiros em alta velocidade - que ia em direção a sua posição na pista - capotou, porém, sem deixar lesionados (vídeo abaixo).




Fonte: Aviation Herald - Fotos: Schiphol TV - Vídeo: Ronald van Doorn - Pesquisa: Jorge Tadeu da Silva

Passageiro pega carona em trem de pouso de avião em viagem entre Viena e Londres

Um romeno viajou de Viena (Áustria) a Londres (Reino Unido) no trem de pouso do avião, segundo a imprensa local. O inesperado passageiro de 20 anos caiu congelado do trem de pouso de um avião dos Emirados Árabes Unidos ao pousar no aeroporto de Heathrow, em Londres, no último domingo (6).

O avião pousou no aeroporto internacional de Viena na última quinta-feira antes de seguir para a capital britânica no domingo.

O passageiro sobreviveu porque o avião vazio voou em uma altitude mais baixa que o planejado devido a tempestades de raio no trajeto, segundo a imprensa.

A polícia de Viena não quis comentar o assunto, enquanto policiais britânicos aguardam para interrogar o passageiro. O homem, que sofreu hipotermia grave, está se recuperando em um hospital de Londres.

Fonte: UOL Notícias (com informações do Austrian Times)

Monomotor sai da pista e Campo de Marte, em SP, fecha por uma hora

O aeroporto Campo de Marte (foto), na Zona Norte de São Paulo, ficou fechado por cerca de uma hora na tarde desta terça-feira (8) depois que um avião monomotor saiu da pista.

A aeronave teve que ser rebocada, o que interrompeu as operações. O aeroporto foi reaberto por volta de 17h45m para pousos e decolagens.

Fonte: CBN via O Globo - Foto: USP

IATA critica nova taxa aérea alemã

A IATA criticou prontamente o projecto do Governo alemão de cobrar uma nova taxa ambiental aos passageiros nos aeroportos. A taxa integra um pacote de medidas anti-crise, mas para o director-geral da Associação Internacional de Companhias Aéreas, Giovanni Bisignani, trata-se de “um ataque ao dinheiro por um governo sem dinheiro”.

A Chanceler alemã Angela Merkel anunciou um plano a quatro anos para a redução do deficit que, entre várias medidas de corte de custos, inclui o lançamento de uma taxa a cobrar aos passageiros nos aeroportos alemães. O valor desta taxa não foi divulgado, mas a receita esperada sim: mil milhões de euros por ano. A taxa é apresentada como ambiental, e o valor a cobrar a cada passageiro será definido por aspectos como o nível de ruído do avião e o seu consumo, de acordo com informação do governo alemão.

O pacote de medidas, que inclui cortes em várias áreas da despesa pública e com o qual o governo alemão espera poupar 85 mil milhões, terá ainda que ser aprovado pelo parlamento alemão, tendo a oposição já manifestado a sua… oposição. Quem também se opõe, não ao plano, mas à taxa aérea, é a IATA, que esta semana encerrou em Berlim a sua 66ª assembleia-geral. Para o CEO e director da associação de companhias aéreas, Giovanni Bisignani, uma taxa deste género é “o pior tipo de irresponsabilidade política de vistas curtas”, e “um ataque ao dinheiro por um governo sem dinheiro”.

Quanto ao facto de a taxa ser apresentada como de carácter ambiental, “é juntar o insulto à injúria”, pois “não haverá qualquer benefício ambiental dos danos económicos causados”. Assim, “a proposta deve ser chumbada”, pede Bisignanni, que sublinha que a taxa vai ser mais um fardo na já muito taxada indústria aérea, num quadro em que a Europa e as suas companhias aéreas estão a registar resultados muito abaixo do resto do mundo. “Esta taxa é um golpe numa economia fraca e numa indústria frágil”, além dos próprios viajantes, sublinha o CEO da IATA, “numa altura em que pior o podem suportar”. Bisignani sublinha ainda o exemplo holandês, que “tentou angariar 300 milhões de euros com uma taxa semelhante”, mas “custou à economia holandesa 1,2 mil milhões em negócio perdido”, tendo falhado também como medida ambiental, “ao levar viajantes a atravessar a fronteira para voar a partir de países com impostos mais racionais”.

O Governo holandês acabou por abolir a taxa. Em Inglaterra cobra-se taxa semelhante, também muito criticada por todo o sector de turismo e transportes. O novo governo inglês já anunciou a intenção de passar a cobrar por avião e não por passageiro, como acontece actualmente, esperando assim aumentar receitas.

Fonte: Turisver (Portugal)

MP vai investigar contratação de piloto no gabinete de deputado do Paraná

Piloto de avião particular do deputado era funcionário comissionado do Legislativo há pelo menos dois anos

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) anunciou nesta terça-feira (8) que vai investigar a contratação de um piloto de avião realizada pelo gabinete do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB). Apesar do serviço particular, por pelo menos dois anos, Marcelo Venâncio Brito (na foto, o avião pilotado por Brito) foi funcionário comissionado do Legislativo. Na segunda-feira (7), o parlamentar demitiu o piloto.

Segundo o MP, a Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público de Curitiba instaurou um inquérito civil para apurar o caso. O órgão também informou que na investigação foram incluídas outras acusações de contratações de funcionários fantasmas ligados a Rossoni.

A denúncia envolvendo o piloto surgiu em uma reportagem publicada no último domingo (6) pelo jornal Folha de Londrina. Além de estar lotado no gabinete, Brito também trabalhava na empresa do deputado: a Indústria Comércio Madeiras e Compensados Rossoni, com sede em Bituruna, no Sul do estado

Depois de demitir o funcionário, o presidente estadual do PSDB declarou que não via nenhum problema na situação. “Não há irregularidade nisso, mas me sinto melhor demitindo ele do que ficar tendo que dar explicação”, disse o deputado por telefone à Gazeta do Povo.

Fonte: Gazeta do Povo - Foto: groundspeedrecords.com

Avião com destino a SP arremete no aeroporto de Curitiba

O voo 4095 da Azul, que partiu de Maringá com destino a Campinas, em São Paulo, arremeteu quando pousava em Curitiba, onde tinha uma escala, na noite desta terça-feira (8).

De acordo com a Infraero, o piloto teve que arremeter por causa de problemas técnicos. Segundo passageiros que estavam no voo, o avião deveria ter pousado em Curitiba por voltas das 18 horas, mas no momento do pouso foi preciso arremeter assim que aeronave tocou o solo. Depois de sobrevoar o aeroporto o piloto conseguiu pousar na segunda tentativa.

A assessoria de imprensa da companhia aérea Azul informou que o procedimento foi necessário porque ventava forte no momento do pouso e que a aeronave foi liberada para seguir para Campinas, onde pousou por volta das 20h30m.

Fonte: EPTV via O Globo

Feriado de aeroportos lotados. E Infraero fala em situação 'atípica'

Filas no check-in, nas esteiras de bagagem e nos pontos de táxi irritam passageiros que usam Cumbica e Congonhas

Enquanto as obras de ampliação dos aeroportos de Congonhas e Cumbica demoram para sair do papel, quem viaja de avião em São Paulo vive uma rotina de filas e atrasos constantes. Como ambos estão trabalhando no limite de sua capacidade - os dois receberam juntos em 2009 cerca de 34,5 milhões de passageiros, apenas 100 mil a menos que o limite operacional somado -, a situação chega ao limite nos feriados prolongados, como ocorreu no último fim de semana.

O publicitário Edmar Bulla, de 36 anos, foi um dos passageiros afetados pelo gargalo aeroportuário. Ele voltava de uma viagem curta - de Ribeirão Preto para Congonhas, um voo de cerca de meia hora - e ficou mais tempo esperando a fila do táxi do que no avião. "Estava insuportável. Foram 40 minutos na fila, que estava dando voltas na parte inferior do aeroporto. Não estou falando de dezenas de metros, e sim de centenas", conta ele, que chegou a São Paulo às 22h20 de domingo.

Acostumado a viajar de avião, Bulla diz já ter aprendido a não despachar a bagagem para agilizar o desembarque. Mas a estudante Ana Elisa Lima, de 18 anos, não pôde fazer o mesmo quando vinha para São Paulo no domingo à noite. Por isso, além dos 40 minutos da fila do táxi que também teve de enfrentar, ela passou cerca de meia hora esperando suas malas na esteira de bagagem de Congonhas. "Foi bem horrível. Não tinha esteira para o nosso voo, que vinha de Cascavel em um avião pequeno. Tivemos de esperar liberarem as bagagens dos aviões grandes. Foram mais de uma hora só para sair do aeroporto", diz.

Já a médica Natália Silva Roma, de 26 anos, ficou mais de uma hora até conseguir fazer o check-in em Cumbica, na quarta-feira à noite, quando embarcava para passar o feriado em Fortaleza. "Tinha uma fila enorme, tanto no check-in doméstico quanto no internacional", conta. Depois disso, seu voo ainda atrasou mais de uma hora e meia para a decolagem, pois o avião demorou para chegar no aeroporto, segundo a companhia aérea.

Outro lado

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelos aeroportos, informou que as filas foram causadas pelo número atípico de passageiros durante o feriado. A empresa credita o atraso nas esteiras à demora das companhias aéreas em colocar a bagagem no mecanismo, o que tem um efeito cumulativo nos desembarques ao longo do dia.

A Infraero também planeja obras de ampliação em ambos os aeroportos para serem entregues antes da Copa do Mundo de 2014. O plano para Cumbica prevê um acréscimo de 5,5 milhões de passageiros por ano em sua capacidade até 2013, com a construção de dois módulos operacionais provisórios - uma espécie de galpão de vida útil curta enquanto o terceiro terminal do aeroporto não é finalizado. Em Congonhas,os planos são de aumentar a capacidade em 3 milhões de viajantes por ano com a construção de 20 novos balcões de check-in até o início de 2012.

Fonte: Rodrigo Burgarelli (O Estado de S.Paulo)

Avião antigo acidenta-se depois de pouso em aeroporto de Washington

Aeronave participava de evento de promoção de filme.

De dentro do avião, jornalista filmou o acidente, mas não se machucou.




A pista principal do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, ficou fechada nesta terça-feira (8) depois que um avião antigo virou depois do pouso.

O produtor de cinema Pietro Serapiglia disse que a aeronave participava de um evento que promovia o lançamento do filme 'Legends of flight', em 3-D.

O avião, o Boeing A75N1 Stearman, prefixo N52652, registrado para a empresa United Balloon Ventures, chegou a pousar em segurança, mas depois virou. O piloto e o passageiro, um jornalista do 'Washington Post', não se machucaram. O reporter chegou a filmar o assistente.

Uma porta-voz do aeroporto disse que ninguém se feriu. Um guindaste foi usado para retirar o avião do local.

Guindaste retira o avião acidentado nesta terça-feira (8) em Washington

Fonte: AP via G1 - Foto: AP

Justiça condena União a pagar R$ 153 mil por acidente da FAB

A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), sediado no Recife (PE), condenou a União a indenizar em R$ 153 mil por danos morais o filho de uma das vítimas de um acidente envolvendo um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), ocorrido em 1987, nas imediações do arquipélago de Fernando de Noronha.

Apesar de conceder a indenização, o relator do processo reduziu pela metade o valor a ser recebido por Wemerson Fernandes Leôncio, 23 anos, com o argumento de que os 19 anos passados entre o acidente e o ingresso da ação na Justiça atenuaram a dor da família. Dessa forma, ao invés de conceder os 600 salários mínimos determinados pelo juízo de primeiro grau, o TRF5 definiu que o autor da ação receberá 300 salários mínimos (R$ 153 mil).

O Hércules C-130, matrícula 2468, que vinha do Rio de Janeiro com destino a Noronha, decolou do Recife (PE) por volta das 20h35 do dia 14 de dezembro de 1987. Uma hora depois, apresentou problemas na aterrissagem e caiu no mar a 15 km da costa, numa área de mais de mil m de profundidade. Todos os passageiros e tripulantes a bordo da aeronave morreram, num total de 29 pessoas.

José Leôncio filho, que estava desempregado, aceitou trabalhar na ilha como operário de uma construtora e era um dos nove cidadãos de Umbuzeiros (PB) no vôo, de um total de 11 paraibanos. Deixou esposa, Josefa Edilene Alves da Silva, à época com 23 anos, e o filho Wemerson, com três meses de vida. De acordo com a perícia técnica, as condições de tempo e a carga mal acondicionada fizeram o centro de gravidade se deslocar para a parte da frente da aeronave, causando o acidente.

Fonte: Terra

TAM encomenda aviões da Airbus

A brasileira TAM Airlines comprou 20 Airbus A320 e cinco A350-900

De acordo com a Airbus, a TAM encomendou vinte A320 e cinco A350-900, que em um preço médio de catálogo representa cerca de 2,9 bilhões de dólares, ainda que não tenha informado o valor exato do contrato.

"O protocolo de acordo relativo a esta encomenda foi assinado no salão aeronáutico ILA de Berlim", informou a Airbus em um comunicado.

Estes aviões permitirão que a TAM, a maior cliente da Airbus na América Latina, renove sua frota existente nas linhas atuais da companhia brasileira.

Fonte: AFP via EPA

Compra histórica e exibição de voo militar abrem feira aeroespacial de Berlim

Com o anúncio da compra de 32 aviões A380 pela companhia aérea Emirates e a primeira exibição pública do novo avião de transporte militar europeu A400M, começou nesta terça-feira em Berlim a Feira Internacional Aeroespacial (ILA), a mais antiga do setor no mundo.

O presidente da Airbus, Tom Enders, e o xeque Ahmed Bin Saeed Al-Maktoum, presidente e diretor-executivo da Emirates, foram os responsáveis por anunciar o maior contrato de venda na história do consórcio aeronáutico europeu, assinado na presença da chanceler alemã, Angela Merkel.

A operação chega a US$ 11,5 bilhões, segundo o preço de catálogos, aumentando para 90 a frota de aeronaves A380 da empresa árabe em menos de dez anos.

A assinatura do contrato com a Emirates por 32 novos A380 supera amplamente as expectativas da Airbus, que se tinha como objetivo para o presente ano vender 20 aviões do gigantesco modelo em questão.

"Com esta nova encomenda, que se soma aos 58 aviões A380 já contratados, a Emirates reforça sua estratégia para se posicionar como uma das companhias que atuam em nível global. Aumentamos o desenvolvimento tanto em Dubai como no tráfego aéreo mundial", disse o presidente e diretor-executivo da companhia árabe.

"O A380 é o avião símbolo de nossa frota em relação à comodidade dos passageiros, inovação, eficiência empresarial e ecológica, assim como economia. Nossa encomenda suplementar sinaliza a confiança da Emirates no crescimento do transporte aéreo", acrescentou.

O presidente de Airbus, Tom Enders, destacou que "a Emirates apoiou o desenvolvimento do Airbus A380 desde o início". Segundo ele, o projeto já emprega "dezenas de milhares de trabalhadores muito qualificados na Europa".

"O A380 é realmente um avião extraordinariamente ecológico e eficiente, que produz lucros às companhias aéreas e representa toda uma experiência de voo para os passageiros", disse Enders, visivelmente satisfeito ao anunciar a avultada encomenda.

Fontes da ILA ressaltaram que a Emirates está no caminho de se transformar na maior companhia aérea do mundo. Segundo as fontes, a empresa tem também encomendados outros 143 aviões de grande envergadura e alcance que totalizam US$ 48 bilhões, entre eles 70 Airbus A-350.

Após afirmar que todas as promessas feitas com o projeto inicial do A3XX foram cumpridas com o A380, Enders destacou que atualmente já estão no ar 30 aviões A380 operados pelas companhias Emirates, Singapore Airlines, Qantas, Air France e Lufthansa.

Hoje em Berlim, também foi apresentado publicamente o avião de transporte militar A400M com o número de série 001. A aeronave teve direito a um voo de exibição aos presentes.

Apresentado à imprensa pelo vice-presidente da Airbus Military, Francisco Navarro Celada, o avião foi colocado em pista junto ao novo A380 da Lufthansa e monopoliza a atenção dos presentes na feira, onde se exibem mais de 250 aviões de todos os tamanhos.

Organizada pela primeira vez em Frankfurt em 1909, a ILA é o evento aeroespacial mais antigo do mundo, que este ano conta com a presença de mais de 1.150 expositores de aproximadamente 50 países, com a apresentação das últimas novidades do setor.

De caráter profissional, a feira não será aberto ao público até sexta. O evento não só é um grande mercado para o setor civil, mas também para o militar, já que se pode admirado todo tipo de aviões das diversas forças aéreas, tanto de transporte como de combate.

Fonte: EFE via EPA

MAIS

Site do evento ILA Berlin Air Show 2010.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Foto do Dia

Em homenagem a Jack Harrison

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Aviões British Aerospace Hawk, da RAF (Royal Air Force), em formação na comemoração pelos 50 anos do fim da II Guerra Mundial, sobre o céu de Londres, na Inglaterra em 19 de agosto de 1995.


Foto: Pedro Aragão (Airliners.net)

Morre aos 97 anos o último sobrevivente de fuga de campo nazista na Polônia

Jack Harrison foi um dos três que conseguiu escapar do campo Stalag Luft III em 1944

Jack Harrison, um escocês considerado o último sobrevivente da façanha que inspirou o filme Fugindo do Inferno (1963), morreu nesta segunda-feira, 7, aos 97 anos em Renfrewshire, na Escócia, informou a imprensa britânica.

Harrison foi um dos participantes da fuga do campo de concentração nazista Stalag Luft III, situado em uma floresta da cidade polonesa Zagan, em março de 1944 e que em 1963 inspirou o filme dirigido por John Sturges e protagonizado por Steve McQueen (foto abaixo).

O escocês era professor de latim em Sutherland, na Escócia, quando foi recrutado pelas forças aéreas britânicas para ser piloto na Segunda Guerra Mundial.

Sua primeira missão, em novembro de 1942, era bombardear navios destinados a transferir abastecimentos de um porto holandês à Alemanha, mas seu avião caiu devido aos disparos inimigos e Harrison foi enviado a um campo de concentração.

Na noite de 24 de março de 1944, cerca de 200 prisioneiros do campo protagonizaram uma grande fuga através de um túnel.

Espírito de equipe: Jack, a direita, e amigos durante a Segunda Guerra Mundial

Harrison ainda estava em seu barraco, esperando sua vez de sair pelo túnel, quando a fuga foi percebida pelos soldados que vigiavam o campo.

O veterano teve que queimar sua documentação e trocar sua roupa pela de um engenheiro da companhia Siemens, para se tornar um dos 76 homens que conseguiram escapar e um dos três que conseguiram completar a fuga e chegar sãos e salvos no Reino Unido.

Após a guerra, Harrison voltou a Glasgow e retomou a carreira de professor. Ele passou seus últimos anos em uma casa para ex-militares.

Fonte: EFE via Estadão - Fotos: The Sun / Mail Online

Avião do cantor Waldonys faz pouso de emergência no Agreste de PE

O cantor e sanfoneiro Waldonys fez um pouso de emergência com sua aeronave Vans RV-4 ER, prefixo PU-SHO (Fotos de 26.03.10 por Natinho Rodrigues), neste domingo (6), quando seguia para Caruaru, Agreste de Pernambuco, onde tinha um show marcado dentro da programação do São João da cidade.

O incidente aconteceu por volta das 15h30, na rodovia PE 85, em Cumaru. O cantor, que vinha de Currais Novos - RN, teve que seguir de carro para Capital do Forró.

Na manhã desta segunda-feira (07), a aeronave deve passar por uma vistoria para identificar as possíveis causas do problema.

Na foto acima, o pouso de emergência com sua antiga aeronave, um Rans S-9, na Barra do Cauípe, em Caucaia, a 30 quilômetros de Fortaleza em 30.08.2008

Fonte: JC Online (com informações da TV Jornal Caruaru) - Foto: Miguel Portela (Diário do Nordeste)

Nota do Autor: de novo!?!?

Tragédia e Mistério na Rota Rio-Paris

Leia tudo sobre o acidente com o voo 447 da Air France em matéria especial no site Desastres Aéreos.

Piloto consegue recuperação surpreendente após toque na água em etapa do Red Bull Air Race

Sábado passado (5), de acordo com relatos da Red Bull Air Race, o piloto australiano Matt Hall partiu para o desafio de tentar a liderança na primeira das duas sessões de qualificação da etapa de Windsor, em Ontario, no Canadá, do Red Bull Air Race, quando, numa passagem baixa, a asa de seu avião tocou na superfície do rio Detroit - que separa os Estados Unidos do Canadá. Sua roda direita também atingiu a água, mas Hall foi capaz de recuperar o controle de seu avião MXS-R e subir para longe no céu.

"Eu senti que eu estava tendo um voo bastante bom", disse Hall (foto acima). "É um resultado muito decepcionante para mim. No automobilismo é o equivalente a tocar na parede..." (Exceto pelo fato que você não pode se afogar batendo na parede).

O avião de Hall foi inspecionado ainda no ar depois de subir escapando da água, pelo piloto Nigel Lamb, que também estava voando naquele momento. Lamb disse que os danos todos pareciam ser superficial. Hall, em seguida, pousou em segurança de volta para o Aeroporto da Corrida, em Windsor.

"O dano principal foi sobre o aileron direito", disse Hall. "Acho que o avião não foi danificado. Vai ser uma questão de substituir peças."

Hall, que voou missões de combate com pela Força Aérea dos EUA no Iraque, estava confiante de que seu avião pudesse ser reparado a tempo para a segunda etapa de qualificação, uma hora depois.

Hall tem dois pódios em sua carreira, incluindo um segundo lugar em sua corrida em casa, em Perth, na Austrália, em abril. Ele entrou no circuíto em 2009 e se tornou o estreante mais bem sucedido na história da corrida do ano passado, quando ficou com terceiro lugar geral. Hall está em quarto lugar até agora este ano.

Esta não foi a primeira vez que o Red Bull Air Racer teve de lidar com a água. O piloto brasileiro Adilson Kindlemann se envolveu em um acidente enquanto treinava para a etapa do Red Bull Air Race realizada em Perth, na Austrália em 15 de abril.

O avião de Kindlemann desceu pouco antes do meio-dia local, impactando contra o rio Swan. Kindlemann foi resgatado pela equipe de socorro com pequenas lesões, mas seu avião ficou destruído (fotos acima).

Matt Hall fala sobre o que sucedeu no sábado durante a qualificação da Red Bull Air Race em Windsor. Nick Fellows comenta a ação.



Fontes: Red Bull / Aero-News / Fórum Contato Radar - Fotos: Red Bull

Degradação da pista do Aeroporto do Huambo, em Angola, pode causar perigo às operações dos aviões

O tapete asfáltico da pista de mais de dois mil metros do Aeroporto Albano Machado, Província do Huambo, em Angola, apresenta graves sinais de degradação, que podem afetar a operação dos aviões.

Para manter a operacionalidade da pista, corrigindo as fissuras e lombadas, são feitos diariamente, apenas trabalhos de remendo do tapete.

O Diretor Provincial da ENANA, Januário Silvestre, afirmou que, infelizmente decorrem os trabalhos de tapa buraco para manter a pista em funcionamento, numa altura em que as infra – estruturas do Aeroporto, clamam por obras de intervenção mais profundas.

Entretanto, a pista foi concebida para um período de 20 anos, e já leva cerca de 50 anos de funcionamento.

“Sabemos que o Aeroporto do Huambo, também consta do Plano de reabilitação da rede aeroportuária do país, só não temos informações sobre quando é que isto irá acontecer”, disse o Diretor, a Reportagem da TPA.

Fonte: TPA - Televisão Pública de Angola

Nosso eterno apagão

'Não posso fazer nada'

Um jovem casal carioca viveu aventura bizarra nas asas - e especialmente no chão - da TAM. Os dois saíram do Rio quinta, às 10h32, no voo 3419, que, após uma escala em Florianópolis, desceria em Porto Alegre, de onde eles fariam a conexão para o voo 0227 da Pluna, com destino a Montevidéu.

O avião saiu do Rio com atraso de uma hora e chegou à capital gaúcha dez minutos antes da decolagem para o Uruguai. Você aí já entendeu: não deu tempo. E começou o festival de gambiarras em busca de uma solução para os passageiros lesados.

Oito pessoas foram prejudicadas e a TAM conseguiu quatro vagas para Montevidéu num voo da Gol. O funcionário, acredite, propôs... um sorteio. Quatro bem aventurados conseguiram chegar ao destino. O casal carioca não estava entre eles.

Está ruim? Pois vai piorar. Os dois reivindicaram, então, que a voadora paulista providenciasse a volta deles para o Rio. Ouviram a frase-símbolo do eterno apagão aéreo nacional - "Não posso fazer nada". O casal teve de pagar uma noite de hotel em Porto Alegre, para voltar no dia seguinte, pela Gol.

A frustração veio junto.

Fonte: Anselmo.com (O Globo)

Aeroportos sul-africanos declaram guerra aos ladrões de bagagens

Os aeroportos sul-africanos, tristemente famosos pelo alto número de roubos de bagagens, estabeleceram novos dispositivos antes da Copa do Mundo-2010, com o objetivo de reduzir o impacto deste problema durante o torneio.

A Companhia de Aeroportos da África do Sul (ACSA) investiu 165 milhões de rands (17 milhões de euros) para reforçar a segurança de seus terminais, pelos quais deverão passar 300.000 visitantes estrangeiros nos dias da competição.

O dispositivo terá seu primeiro grande teste esta semana, nos dois dias antes da abertura do Mundial, 9 e 10 de junho, para quando está prevista a chegada de 100.000 torcedores.

Para proteger as malas, a ACSA adquiriu scanners eletrônicos, capazes de seguir o rastro das bagagens pelo aeroporto. Em caso de desaparecimento, o sistema indica quem foi o último a tê-las manipulado.

"Esta nova tecnologia permitiu reduzir consideravelmente os roubos", afirma Tebogo Mekgoe, diretor adjunto do aeroporto OR Tambo de Johannesburgo.

"Há três anos, tínhamos cerca de 40 roubos por dia", admite, ressaltando que não recebeu denúncias durante a Copa das Confederações-2009, o 'ensaio geral' para a Copa do Mundo, em junho passado.

O maior aeroporto sul-africano também contratou novos funcionários para que localizem as malas e formou uma "equipe de intervenção rápida", encarregada de solucionar qualquer problema relacionado à perda de bagagens. No total, 175 agentes suspeitos de roubo foram demitidos no ano passado.

Apesar de todas estas medidas, a companhia nacional South African Airways apresenta ainda registros de dois roubos para cada 1.000 malas. Em março, seu presidente, Chris Smyth, acusou publicamente redes criminosas organizadas de atuarem nos aeroportos.

Em seu site, a embaixada dos Estados Unidos instrui os viajantes a fecharem suas malas com sistemas de proteção. As autoridades diplomáticas britânicas recomendam, por sua vez, que seus cidadãos protejam seus pertences com plástico, um serviço disponível em muitos aeroportos.

As medidas de segurança nos aeroportos também têm pela frente o desafio de impedir ataques terroristas.

Os temores aumentaram em maio quando jornalistas da emissora de rádio 702 conseguiram superar os sistemas de segurança aeroportuários de Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban com facas, seringas e tesouras.

Graças a uma "tecnologia de nível mundial" e ao treinamento dos funcionários, "mais de 700 objetos proibidos (durante um voo) são detectados por dia nos aeroportos sul-africanos", assegura um porta-voz da ACSA, Solomon Makgale, insistindo que suas instalações são seguras.

A África do Sul é um dos países com maior índice de criminalidade e a segurança é uma das obsessões dos organizadores e das autoridades locais, em um momento em que o mundo todo volta suas atenções para o país durante o maior evento do futebol mundial.

Fonte: Joshua Howat Berger (AFP)

Conheça a história da invenção do balão de ar quente

Desde os primórdios dos tempos históricos, o homem vem tentando dominar a arte de voar. Alguns com a idéia de poder ser livres como os pássaros, outros para se aproximarem dos deuses e de muitas outras idéias. Mas o fato é que tinham uma mesma meta: voar.

Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão
Imagem: Arquivo - Museo do Ar


Existem muitas lendas e histórias a respeito de homens e máquinas voadores, porém só temos provas concretas da descoberta de uma máquina de voar feita há quase 300 anos.

A lenda de Dedalus e Ícarus, que fabricaram asas como de passarinhos e voaram sobre o Mar Egeu, mostra perfeitamente a fantasia da época. Sabemos hoje que isso seria impossível, já que não teriam força para movimentar as asas. Os homens deveriam ter se baseado, não nos pássaros, mas sim nas nuvens!

Alguns documentos dizem que na dinastia de Yin (séc. XXI A.C) existiam balões, possivelmente a fumaça, para levar pessoas. Supõe-se que eles eram usados nas guerras.

Protótipo de balão

Acredita-se que outro povo a ter construído os primeiros balões foram os índios Nazca, peruanos pré-incaicos, há mais de 2000 anos. Os fatos que levam a essa crença baseiam-se em um trabalho em barro onde há o desenho de um balão, além dos famosos desenhos no planalto de Nazca, onde em 1975 foi comprovado pela Associação Internacional de Exploradores que seria possível construir um balão com o material da época. Eles inclusive chegaram a fazer um voo com um balão feito com esse material, pilotado por Julian Nott, com a ajuda de Jim Woodman.

Outras descobertas contribuíram com o principio do balonismo, assim como de Archimedes (200 A.C), ao mostrar que o volume de um corpo mergulhado num líquido é igual ao volume líquido removido. Muitos anos depois, Galileu prova que o ar tem uma densidade de peso. Neste meio tempo, Roger Bacon (séc. XIII) desenvolveu uma teoria sobre balões cheios de ar etéreo (aetherial air).

Ilustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente

O escritor francês Cyrano de Bergerac, ativo durante as pesquisas de Galileu, faz com seus heróis cheguem ao Sol e à Lua segurando balões cheios de vapor que, ao se aproximarem do Sol, ficariam mais leves.

Outras idéias vieram de outros inventores, como Lara – Terzi, que chegou a publicar a teoria de que um banco de madeira poderia ser levado por quatro esferas com vácuo. Porém somente em 1709, com o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, é que finalmente o homem moderno dá seu primeiro passo em direção aos céus.

Bartolomeu mostrou a Dom João V de Portugal seu balão a ar quente, provavelmente feito de papel, com algum material em chama na parte inferior, que só se ergueu aproximadamente a um metro do solo, e aparentemente se incendiou. Como a patente pedida por Bartolomeu era de que o balão serviria para viagens, transporte, correção de mapas, apoio em guerras, etc ..., o resultado pouco convincente fez com que Dom João V não se animasse muito, deixando o padre desmoralizado.

Fonte: Sacha Haim (360graus.com.br)

MAIS

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Escolhendo o local de decolagem

Inflagem

Decolagem

Vai voar de balão? Saiba como voa, do que é composto e como funciona

Aterrissagem

Pós-aterrissagem

As diferentes modalidades do balonismo

Um balão é composto de...

Ao redor do envelope são afixadas fitas de nylon trançadas que tem uma grande capacidade de força. Uma fita de 25mm é capaz de levantar 1000kg. Os balões podem ter 8 ou mais fitas verticais, sendo que bastaria apenas uma para levantar duas vezes o peso do cesto. Os balões também tem fitas horizontais que impedem a sua deformação e o alastramento de um eventual rasgo.

Na parte inferior do balão (boca) é usado o Nomex, pois esta é a parte que fica mais próxima do maçarico e onde, durante a inflagem, pode ocorrer pequenas chamuscadas no tecido. Ele tem um tratamento antichama, evitando que venha a derreter. O Nomex é uma fibra especial, a mesma usada para confecção de macacões de piloto de fórmula 1, e tem um custo muito elevado.

Abaixo da boca de Noemx encontra-se normalmente o “scoop”, o qual ajuda na inflagem e no vôo, pois faz com que o vento entre no envelope, dando ainda mais pressão. Caso não haja o “scoop”, o ar frio, ao passar pela boca do balão, leva junto o ar quente, tirando desta forma a pressão do envelope. Ainda temos uma outra forma de proteção, usada principalmente pelos americanos, que é a saia. Esta fica pendurada abaixo da abertura inferior do balão, protegendo desta forma o maçarico. A saia tem aberturas na sua parte superior, de forma que, quando o ar frio passa, leva o ar que entra por essas aberturas, deixando a massa aquecida do envelope imóvel.

Para um balão perder altitude, é necessário que a sua massa de ar esfrie. Há duas maneiras para se fazer isto: uma é esperar que esfrie naturalmente, e outra é através do “para-quedas” (ou tap)

O “para-quedas” fecha um orifício na parte superior do envelope e é centralizado através de cordins. Há uma corda (vermelha) que liga o “pára-quedas” ao cesto. Quando esta é puxada, abre-se parte do orifício, deixando escapar o ar quente. Quando esta corda é liberada, o pára-quedas volta ao seu lugar, empurrado pela massa de ar quente ainda existente dentro do envelope, voltando a vedar o orifício. Em vôo, apenas se dão ligeiros “toques” na corda, suficientes para permitir a saída de um pouco de ar para perder altura. Apenas no pouso final a corda é totalmente recolhida, para permitir o esvaziamento do envelope.

Para que um balão possa voar, temos de aquecer a massa de ar que se encontra no interior do envelope. Para tal usamos o maçarico e seu sistema de combustível

Foi graças ao maçarico que surgiu o balão moderno, pois sem ele seria inviável, já que é necessário manter uma chama acesa para poder aquecer o ar do envelope.

Fonte: Sacha Haim* (360graus.com.br) - Foto: Equipe 360

Conquistando os céus: o que é um balão de ar quente

Em função das características físicas do ar e da diminuição de sua densidade com a altitude, podemos conceituar que uma massa de ar perto do solo que tenha uma densidade menor do que aquela à sua volta sobe procurando atingir um nível de igual densidade.

Esta característica pode ser criada enchendo um grande volume com um fluido mais leve que o ar ao seu redor.

O ar, quando aquecido, torna-se menos denso, podendo desta forma se elevar.

Para nós, leigos, o ar parece bastante leve, porém este é um conceito errado. Um metro cúbico de ar pesa, em condições normais de temperatura e pressão, 1,25kg. Um típico balão de quatro passageiros tem 2.180 metros cúbicos (modelo AX7) e contém aproximadamente 2,6 ton. antes de aquecido. Quando aquecido, o ar dilata, e parte sai pela boca do balão. Os equipamentos, juntamente com os passageiros, pesam aproximadamente 600kg, e esse é o peso que deve ser expelido do envelope para que este possa voar (princípio de Arquimedes). Neste exemplo a temperatura é de 100°C, uma temperatura típica.

Num balão de ar quente moderno, uma grande massa de ar é contida por um “envelope”, feito de nylon tratado, um tecido resistente, leve e pouco poroso. A vida útil de um envelope normal é de duzentas a trezentas horas de vôo, chegando hoje a seiscentas, dependendo dos materiais usados com o mesmo.

O gás

O propano líquido (gás usado para o balonismo, por ser o de maior pressão), com força de eu próprio vapor, sobe até a válvula do maçarico onde será liberado quando necessário. Existem duas saídas para o gás. A primeira pelo piloto: uma chaminha pequena que está sempre acesa, alimentada apenas por vapor, servindo de “piloto” para segunda saída, alimentada por propano líquido, que evapora ao passar pela serpentina, aquecida pela chama, aumentando a eficiência da queimada.

O cilindro tem três saídas:

A primeira é para alimentar o piloto; sendo assim, deve deixar que passe apenas o vapor, portanto é localizada na parte superior do cilindro, tendo apenas um orifício com uma válvula de conexão para a mangueira do piloto.

A segunda saída é a de propano líquido e, para isso, tem um “pescador” (tubo que vai até o fundo do cilindro) podendo desta forma utilizar todo o gás.

A terceira e última saída é a válvula de segurança, também utilizada durante o abastecimento, quando é aberta para deixar o vapor sair, permitindo que o propano líquido entre com mais facilidade e, quando começa a sair o gás líquido, é porque já está cheio, de acordo com a capacidade do cilindro. Esta válvula de segurança tem um pequeno “pescador” que vai até o limite onde o gás deveria chegar, para não colocar excesso de pressão no cilindro.

O cesto (gôndola)

Temos dois tipos básicos de cestos: o flexível (feito de vime) e o rígido (feito de fibra de vidro, ferro, etc...). O cesto é preso no envelope através de cabos de aço (ou kevlar, como nos balões mais modernos nos Estados Unidos, para minimizar os riscos em contato com fios de alta tensão), que dão a volta por baixo do cesto, e são ligados por mosquetões aos cabos de aço vindos do balão.

Varas de nylon conectadas ao cesto dão sustentação ao maçarico quando o balão está no solo. Quando em voo, essas varas são dispensáveis, pois o que dá sustentação são os cabos de aço. O cesto rígido perdeu espaço para o flexível, uma vez que amortece o choque de um pouso mais conturbado. Esses cestos são feitos de vime, um material bastante resistente.

No cesto temos, além dos bujões de gás, os instrumentos, que são basicamente o altímetro e o variômetro, que informa com bastante precisão quanto o balão está subindo ou descendo. Ainda há o termômetro interno, que fica na parte superior do envelope, indicando a sua temperatura (que não deve ultrapassar em muito os 120°C).

Fonte: Sacha Haim* (360graus.com.br) - Foto: Gabriela Slavec

* Sacha Haim começou a voar como navegador aos 10 anos (pois só se pode tirar breve aos 18) e se tornou o mais jovem campeão brasileiro, com apenas 19 anos. A experiência adquirida pelo balonista está compartilhada com o leitor no site www.360graus.com.br/sachahaim.

Saiba mais: Campeonatos de balonismo

Saiba mais sobre os Campeonatos de Balonismo e as principais provas realizadas

Campeonatos

Conheça algumas regras básicas utilizadas nos campeonatos de Balonismo:

O balão só deve ser inflado após a autorização do diretor, feita através de uma bandeira verde. Uma vez que o balão decola, ele não teve ter nenhum contato com o solo durante o voo, sob pena de penalização. O que pode ser autorizado, dependendo da tarefa, é abortar o voo antes do término da tarefa, isto quer dizer que o piloto tem uma nova chance de fazer a tarefa.

A meta do piloto é alcançar um determinado alvo, que é um ponto notável em relevo, que tem sua representação correta no mapa de competição. Ele é definido e verificado pela comissão técnica.

O piloto deve lançar uma marca no alvo, e a marca que estiver mais próxima do centro será vencedora. A marca é feita de nylon, envolvendo um saquinho de areia pesando 70gm e uma rabiola de 170cm.

As técnicas de campeonato de balonismo vêm evoluindo a tal ponto, que é comum, numa prova de vários kms de voo, duas, três ou mais marcas estarem no raio de um metro do alvo.

Conheça algumas das principais provas utilizadas em campeonatos de balonismo

Alvo declarado pelo piloto

O piloto deve selecionar um alvo antes do início da tarefa, quando então irá decolar a partir da área de decolagem e tentará lançar sua marca o mais próximo possível do alvo por ele previamente selecionado.”

Alvo declarado pelo juiz

Cada competidor voará a partir da área de decolagem e tentará lançar a marca próximo ao alvo determinado.

Fly-in

Os competidores escolherão seus próprios locais de decolagem e tentarão atingir um alvo determinado. Um voo pode ser abortado para uma nova tentativa de outro local tantas vezes quantas o piloto desejar, a não ser que haja determinação contrária no “briefing”. No briefing é informada a distância mínima e máxima do ponto de inflagem até o alvo.”

Fly-on (continuação do voo)

É uma tarefa suplementar, onde o piloto declara um segundo alvo o qual ele deve alcançar, após ter cumprido a primeira tarefa.”

Mínima distância

Os competidores tentarão voar a mínima distância possível durante um período de tempo definido. A posição para contagem de pontos será estabelecida pela marca, se o observador designado tiver visto a queda da marca após o tempo mínimo (período). Caso contrário a posição de contagem de pontos será a posição de aterrissagem, desde que o balão tenha sido visto em vôo, por um oficial, após o período mínimo.

Valsa de hesitação

Os competidores voarão a partir da área de decolagem e tentarão lançar a marca perto de um dos alvos (mais que um).

Tarefa de taxa de aproximação calculada (TTAC)

Se não for a mais interessante, está com certeza entre as primeiras: Os pilotos irão lançar suas marcas dentro de uma área de pontuação válida tão próxima quanto possível do alvo marcado. A área de pontuação será dividida em “janelas”, e cada uma delas terá um único período (horário) válido.” Existem infinitas formas de se definir esta prova. A que vai ser usada como exemplo foi utilizada no Campeonato Norte-Americano de 1991:

A meta dos pilotos será jogar suas marcas no centro do círculo A (ver croqui página anterior), ficando desta forma mais próximo do X. Cada área tinha um horário em que podia ser lançado a marca.

O piloto deveria então calcular o tempo necessário de voo para encontrar a “janela” desejada aberta, lembrando que cada uma ficava aberta apenas 10 minutos.

No balonismo é muito importante o trabalho de grupo. Óbvio que um bom piloto é indispensável, porém uma boa equipe pode ser uma grande ajuda. Caso esta falhe, desde o não cumprimento de ordens do piloto até a um comportamento não adequado, inclusive infração de trânsito, poderá acarretar uma penalização do piloto.

Equipe

Enquanto o piloto voa, a equipe de resgate também tem suas aventuras, pois não é nada fácil seguir o balão sem ter noção de onde está indo. Muitas coisas podem ocorrer. Um pneu furado seria fácil de resolver, porém atravessar rios com a caminhonete ou atolar numa poça de lama no meio do nada já é um pouco mais problemático.

Fonte: Sacha Haim (360graus.com.br) - Foto: D. Leroy

1º Campeonato Europeu Feminino de Balonismo

No próximo dia 15/06 começa em Alytus, na Lituânia, o 1º Campeonato FAI Europeu Feminino. É a primeira vez que um evento oficial de balonismo somente para mulheres pilotos acontece com sanção da FAI - Federação Aeronáutica Internacional.

A categoria feminina foi aprovada pela Comissão de Balonismo da FAI em 2008, durante a reunião anual em Salzburgo e desde então, organizadores de diversos países vêm trabalhando para sediar os campeonatos continentais e mundiais.

28 pilotos de 12 países diferentes da Europa estão inscritas no evento, sendo que este é um número recorde de participação feminina em campeonatos de balonismo.

A piloto inglesa Lindsay Muir é a favorita, já tendo acumulado mais de 2400 horas de voo em balão de ar quente.

Representando a Eslovênia desde o ano passado, a piloto Gabriela Slavec, nascida no Brasil, também estará competindo no evento. Com alguns títulos no Brasil, como o de campeã no Festival de Torres (2007) e no Sul-Brasileiro em Maringá (2006), esta será a terceira vez que ela compete fora do país. "Estou muito feliz de poder competir neste primeiro Europeu, ao lado de pilotos como a Lindsay, que tem tantas horas de experiência de voo e de competição", diz Gabriela.

O Diretor do Campeonato, Mathijs de Bruijn, da Holanda, será responsável por elaborar as tarefas durante os 6 vôos competitivos que serão realizados, dependendo das condições do tempo.

Bons ventos!

Leia mais sobre o evento em:

eurowomenhab2010.orobalionai.lt e
www.balonismonoar.com.br

Fonte: 360 Graus.com.br - Foto: Foto: Marius Aleksynas

A crise dos aeroportos

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado no dia 31/5, reconhece a situação de caos do sistema aeroportuário, fala em "apagão aéreo" e na instabilidade da ação reguladora e indica que a capacidade dos principais aeroportos do País - Guarulhos, Congonhas, Santos-Dumont, Confins, Pampulha, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Manaus e Natal - é inferior à demanda. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, tentou desqualificar o texto, afirmando, por exemplo, que a capacidade dos aeroportos de Brasília e Manaus é superior à citada.

O documento foi apresentado pelo diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Marcio Wohlers; pelo coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos; pelo coordenador de Desenvolvimento Urbano, Bolívar Pêgo; e pelo assistente de pesquisa do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD), Josef Barat.

Entre os principais riscos que o estudo aponta está o do colapso aeroportuário decorrente do aumento da demanda em eventos como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

Apenas em São Paulo está previsto um acréscimo de 600 mil visitantes em relação à situação atual, o que causará grandes transtornos em Guarulhos e Congonhas, se não forem removidos a tempo os gargalos que afetam os aeroportos.

E não há uma definição clara de estratégias para a aviação civil nos próximos 30 anos nem políticas e regras de regulação econômica que balizem a evolução dos mercados de voos internacionais, domésticos e regionais. Faltou investir em terminais, pátios, pistas e sistemas de aproximação e proteção ao voo.

Entre as hipóteses para superar a crise aeroportuária têm sido mencionadas, segundo o Ipea, a abertura de capital da Infraero; regras para a concessão de aeroportos rentáveis e não rentáveis, com a exigência de investimentos; a ampliação de terminais; e a construção de novos terminais nos aeroportos saturados, por intermédio de Parcerias Público-Privadas.

Sugestões de abertura do capital da Infraero foram feitas, nos últimos meses, com vistas a superar as notórias deficiências de atendimento nos aeroportos por falta de investimentos, como os destinados à construção da terceira pista do Aeroporto de Guarulhos e os necessários para aumentar a segurança do Aeroporto de Congonhas. O ministro Jobim desqualificou essa possibilidade, explicando, com razão, que a Infraero não tem patrimônio nem é detentora de concessões.

Outro estudo, encomendado pelo BNDES à consultoria McKinsey, propõe a transferência, do Ministério da Defesa para o Ministério dos Transportes, da responsabilidade pela aviação civil. Sugere, ainda, transferir da Aeronáutica para uma agência civil o controle do tráfego aéreo. Neste caso, a Infraero seria reestruturada e perderia o monopólio da administração dos aeroportos, que passaria a ser compartilhada com o setor privado.

Segundo a McKinsey, a demanda de transporte aéreo de passageiros quase triplicará até 2030 e existem gargalos críticos em 13 dos 20 principais aeroportos do País. Esses aeroportos precisarão, nos próximos 20 anos, receber investimentos entre R$ 25 bilhões e R$ 34 bilhões, com ênfase em obras nos aeroportos de Guarulhos, Brasília, Viracopos e Confins e acesso mais rápido aos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Galeão.

O estudo da McKinsey, divulgado pelo Globo, apontou a falta de articulação entre os órgãos do setor, além da falta de planejamento para expandir a capacidade dos aeroportos e acompanhar o crescimento da demanda. Não há, segundo o texto, um marco regulatório para o setor, com as regras sobre os contratos de concessão de aeroportos.

O "apagão aéreo", pano de fundo dos estudos do Ipea e da McKinsey, é conhecido por passageiros que viveram situações dramáticas nos últimos anos e de fato pode comprometer o crescimento do País e afetar acontecimentos como as Copas e os Jogos Olímpicos.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Habilitações e certificados da Anac passam a ser impressos pela Casa da Moeda

A partir do dia 1º de julho, as Carteiras de Habilitação Técnica (CHT) e certificados expedidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) serão impressos pela da Casa da Moeda do Brasil. Além dos requisitos de segurança, que dificultam a falsificação, a parceria garantirá mais agilidade e comodidade na entrega dos documentos. A nova carteira de habilitação terá foto, assinatura e um chip com todas as informações do profissional. A arte gráfica, desenvolvida na Anac, retrata na cor azul claro o busto do brasileiro Alberto Santos Dumont e o voo do 14 Bis.

Os certificados serão impressos em papel especial com marca d’água de identificação, moldura com microtextos negativos, fundo invisível reagente à luz ultravioleta, que incorpora o logotipo da Anac, efeito íris e tinta de segurança de variação ótica com luminescência.

As novas licenças serão emitidas para todos os pilotos, mecânicos de voo, comissários, mecânicos de manutenção aeronáutica, despachantes operacionais de voo e operadores de equipamentos especiais regulados pela Anac, sempre que seu titular requerer uma nova licença, uma nova habilitação, a revalidação de uma habilitação já existente, incluir ou retirar uma observação, ou solicitar uma segunda via.

Fonte: Mercado & Eventos - Imagem: Divulgação/ANAC

MAIS

Para solicitar a CHT, basta preencher e assinar o Requerimento de Licenças e Habilitações, disponível na Internet neste endereço:

http://www.anac.gov.br/habilitacao/rbha61/FORMGPEL.pdf

Depois, é só apresentá-lo ou enviá-lo (via Sedex) para a ANAC ou qualquer uma de suas Unidades Regionais. É importante que o titular da licença mantenha sempre atualizado seu endereço cadastrado na Agência para receber o documento pelos Correios. O valor cobrado pela emissão dos novos documentos não sofrerá reajuste.

AZUL cria sistema de pré-venda de excesso de bagagem

Excesso de bagagem é um dos maiores pesadelos de quem viaja, seja a negócios ou em viagens de lazer. Por isso, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras decidiu inovar e está oferecendo um sistema de pré-reserva de bagagem que garante desconto de até 60% em relação ao valor que seria pago no check-in já no aeroporto.

O novo sistema funciona da seguinte forma, o cliente, no ato da reserva do bilhete, solicita também uma cota de excesso de bagagem que vai necessitar. Por exemplo, o limite permitido é de 23 quilos por cliente, se a pessoa sabe que a bagagem que vai levar tem 33 quilos, pode solicitar mais 10 quilos extras. Só para dar um exemplo, vai pagar nos voos sem escala de curta distância mais R$ 2 por quilo e não R$ 5 como pagaria sem a pré-reserva.

“Temos muitos clientes que vão visitar parentes distantes e querem levar um pouco mais de bagagem ou pessoas que viajam a trabalho e levam material de apoio, instrumentos musicais, ferramentas, sempre acima do limite permitido”, explica o presidente Executivo da Azul, Pedro Janot.

O sistema de pré-venda de blocos de excesso de bagagem começa a funcionar esta semana.

Fonte: Brasilturis