segunda-feira, 19 de abril de 2010

Europa é criticada por precaução excessiva no fechamento do espaço aéreo

A decisão de fechar quase por completo o espaço aéreo europeu em consequência da nuvem de cinzas vulcânicas gerou críticas de companhias aéreas e especialistas, que questionam se os governos não levaram longe demais o princípio de precaução, como com a gripe H1N1.

O lobby das companhias aéreas, que calculam as perdas em 200 milhões de dólares por dia, foi o estopim das críticas, questionando ainda os argumentos científicos sobre o perigo das partículas que fundamentaram a decisão de manter em terra os aviões e, com isso, centenas de milhares de passageiros.

"Os europeus ainda utilizam um sistema baseado em um modelo teórico, ao invés de adotar uma decisão baseada em fatos e em uma análise dos riscos", declarou em Paris o diretor da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Giovanni Bisignani, que manifestou a insatisfação das companhias com a gestão dos governos ante a crise.

Com a nuvem de cinzas expelida pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajojkull, sul da Islândia, 63.000 voos foram cancelados no espaço aéreo europeu desde quinta-feira.

Passageiro aguarda no aeroporto Fiumicino, perto de Roma

As dúvidas sobre as medidas rígidas europeias surgiram no fim de semana, depois que duas companhias aéreas alemãs realizaram voos domésticos sem passageiros e afirmaram que as aeronaves não apresentaram nenhum dano.

"As companhias aéreas e os transportes europeus consideram que a segurança é uma prioridade absoluta, mas questionam a proporcionalidade das restrições impostas atualmente", advertiu a AIEA, principal associação das linhas aéreas europeias e dos administradores aeroportuários.

Aos questionamentos sobre a pertinência de fechar o espaço aéreo europeu, com um alcance sem precedentes desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, se somaram outros sobre a falta de coordenação na resposta dos países europeus, que mantêm a soberania na área de gestão aérea.

Alguns países como a República Tcheca decidiram reabrir nesta segunda-feira o espaço aéreo, mas outros mantêm as restrições.

"É um problema para a Europa. É um caos europeu. Foram necessários cinco dias para organizar uma teleconferência entre os ministros dos Transportes da União Europeia (UE)", reclamou um indignado Bisignani à BBC.

A Iata reúne 230 companhias aéreas, que representam 93% do tráfego comercial internacional.

O presidente da Fundação Schuman, um centro de pesquisas sobre assuntos europeus, Jean Dominique Giuliani, falou de uma "decisão mais motivada pelo medo do que pela ciência".

"O verdadeiro culpado seria este famoso princípio de precaução, este símbolo do medo que aterroriza os que tomam decisões e transfere toda a responsabilidade a uma potência pública?", questionou.

O recurso crescente deste princípio, que já fez os governos adotarem medidas de proibição em casos de dúvidas para não criar problemas, em particular nas áreas da saúde e meio ambiente, já provocou várias polêmicas na Europa.

Um exemplo recente foi a gestão da pandemia de gripe suína (H1N1) em 2009, que resultou em, por exemplo, campanhas de vacinação gigantescas que se mostraram inúteis em muitos casos, já que o vírus era menos contagioso que o previsto.

A crise do mal da vaca louca ou do perigo dos alimentos transgênicos também já passaram por este tipo de debate.

No caso do vulcão islandês, as autoridades justificam a decisão.

"Não acredito que as precauções sejam demasiadas. Aplicamos um método regulamentar, mas antes de mais nada de segurança", afirmou Patrick Gandil, da Direção Geral de Aviação Civil da França.

Um oficial americano informou nesta segunda-feira, em Bruxelas, que foram encontrados restos de vidro na turbina de um avião de combate F16 da Otan durante um voo na Europa ao ser indagado sobre o impacto da nuvem de cinzas vulcânicas na aviação militar.

Fonte: Yacine Le Forestier (AFP)

Pluna penalizará agências por reservas incorretas

A área comercial da Pluna Linhas Aéreas informa aos agentes de viagens que, a partir de 1º de maio, iniciará um processo regular de auditorias para verificar infrações nos procedimentos de reservas.

Segundo a companhia aérea, “a Pluna está realizando um grande esforço para reduzir seus custos de distribuição globais. Temos detectado várias práticas danosas que se originam de reservas desnecessárias ou incorretas por parte das agências”.

Entre as práticas denunciadas pela Pluna estão nomes fictícios, reservas duplicadas, segmentos passivos, bilhetes “frios”, e mesmo reservas sem prazo e bilhete, ocasionando no-show nos aeroportos. “Assim sendo a partir da data informada, e em virtude das resoluções que regem os procedimentos de reservas e as consequências de suas informações previstas no Manual dos Agentes de Viagens (Iata), iniciaremos um processo regular de auditoria que permitirá identificar as infrações, aplicando uma penalização de US$ 5 por cada segmento de reserva considerado incorreto/indevido, além de uma taxa administrativa de US$ 50 por PNR irregular”, diz a companhia em comunicado.

A Pluna explica que a medida tem caráter corretivo e instrutivo. “Por esta razão, solicitamos que nos próximos dias deste mês de abril as agencias possam auditar seus procedimentos internos e ajustá-los (caso necessário) e assim evitando custos adicionais que atentam contra a rentabilidade de nossos negócios”, finaliza.

Fonte: Portal Panrotas

Saiba mais: Dia do Exército

No dia 19 de abril comemora-se o dia do exército brasileiro. A data é marcada pela primeira luta dos povos do Brasil contra a dominação holandesa, em 1648. Os indivíduos que treinam e lutam para defender os espaços e direitos de um país são os integrantes dessa corporação.

O Brasil possui três forças armadas, responsáveis pela defesa do país, e o exército é uma delas.

No período de 1808 até 1967 o responsável pelas ações do exército era o ministério da guerra; entre 1967 e 1999, o controle passou a ser feito pelo ministério do exército. A partir de 1999, criou-se o ministério da defesa, responsável pela defesa nacional, unindo as três forças armadas do país: o exército, a marinha e a aeronáutica.

O comandante supremo do exército brasileiro é o presidente da república, mas existem os cargos hierárquicos dentro da corporação.

As tropas do exército praticam fortes treinamentos, como preparo para operar em circunstâncias de guerra e de conflitos mais extremos. São responsáveis pela segurança da pátria junto às fronteiras, compartilhando tal responsabilidade com os serviços da aeronáutica.

Além disso, o exército participa de campanhas sociais, leva alimentos e faz serviços de atendimento médico às localidades do país que são muito isoladas, onde a população não tem acesso aos mesmos.

Para ingressar no exército do Brasil é necessário participar do alistamento militar, que acontece todos os anos. O serviço militar é obrigatório para os rapazes, que devem se alistar aos dezoito anos de idade. Existem vagas tanto para homens como para mulheres.

Caso haja interesse em participar dessas atividades após os dezoito anos de idade, o candidato deverá apresentar currículo, com graduação superior, podendo exercer cargos mais elevados, como os de tenentes.

A hierarquia do exército está dividida entre a infantaria, a cavalaria e a artilharia, indo de soldados até os cargos da alta patente.

O exército brasileiro é composto ainda por tropas de elite, especializadas em missões não convencionais, como a Brigada de Operações Especiais, a Brigada de Infantaria Paraquedista, além das especializadas em defender o bioma nacional.

No setor educacional, o exército desenvolve projetos de pesquisa, na área científico-tecnológica, através do IME (Instituto Militar de Engenharia), uma das melhores faculdades do país.

Quanto aos veículos blindados, entre carros de combate, veículos de tropa e outros, possui uma quantidade bem maior que as outras forças do Brasil.

Por ser mais popularmente conhecido, o exército brasileiro é formado com mais de duzentos mil soldados, tendo um cadastro de reserva que chega a quase quatro milhões.

Por Jussara de Barros (Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola) - Imagem: Divulgação

Nota do autor: só para lembrar, 19 de abril é, também, o Dia do Índio.

Dia do Exército é comemorado com exposição do Cavex em shopping de Taubaté (SP)

Visitantes poderão utilizar simulador de voo e ter a sensação de como se pilota um helicóptero

Hoje é Dia do Exército Brasileiro. E o Comando de Aviação do Exército de Taubaté realiza uma exposição para mostrar os equipamentos, materiais e trabalhos dos militares, em um shopping da cidade.

Quem prestigiar a exposição poderá ver réplicas de turbinas, uniformes utilizados pela corporação entre diversas outras peças. Segundo o major do Cavex Carlos Brilhante, o objetivo da exposição é estreitar os laços com a sociedade, aproximando-os do dia a dia dos militares. “É importante a gente divulgar nosso trabalho e poder expor o material usado pala viação do exército, já que é de difícil conhecimento da sociedade”, diz.

Todo o armamento exposto é de verdade. “São dois tipos de armamentos usados pela aviação do exército, como um lançador de foguetes e também uma metralhadora, esses dois são aéreos, e utilizados nas aeronaves de ataque”, explica o major.

Um simulador de voo também faz parte da exposição e pode ser utilizado pelos visitantes, que conhecerão como é a sensação de pilotar um helicóptero. “Esse simulador foi todo desenvolvido pelos militares e é de grande proveito para as nossas tripulações, pois serve para o treinamento dos nossos pilotos”, conclui o major Carlos Brilhante.

A exposição está no pátio do Shopping Taubaté e pode ser vista durante todo o dia, até às 22h.

Fonte: VNews - Foto: Reprodução/TV Vanguarda

Neblina e chuva obrigam ao adiamento do pouso do ônibus espacial

Chuva e céu encoberto impedem que o ônibus espacial Discovery retorne à Terra na hora marcada hoje, e a NASA tentará um pouso em uma segunda e última oportunidade nesta segunda se o tempo melhorar.

O Controle de Missão deu as más notícias nas primeiras horas da manhã.

"Eu sei que vocês estão trabalhando duro”, disse o comandante da missão Alan Poindexter. "Estamos ansiosos para que uma melhora no tempo aconteça nas próximas horas."

"Vamos manter os olhos abertos nisso e informamos vocês”, disse o controle de missão.

Até o nascer-do-sol, a chuva que caiu sobre o Centro Espacial Kennedy Space Center de madrugada começou a se mover para a costa. No entanto, grossas nuvens ainda pairam e choveu um pouco – o que abortou a missão de pouso, pois o Controle de Missão não queria correr nenhum risco.

Se o tempo melhorar para uma segunda tentativa, a Discovery irá cruzar os Estados Unidos para voltar para casa da Estação Espacial Internacional.

O rastro brilhante poderia ser visto do chão, enquanto a nave passa pelos estados de Washington, Idaho, Wyoming, Colorado, Kansas, Oklahoma, Arkansas, Mississipi, Alabama, Georgia e, finalmente, Flórida.

A última vez que um ônibus espacial passou por tantos estados americanos foi em 2007. A NASA tentou manter os vôos continentais reduzidos desde que a Columbia sofreu um acidente em 2003 sobre o Texas.

Tipicamente, uma nave retorna do sudeste, passando sobre o pacífico, América Central e Golfo do México. A NASA mudou a rota da Discovery antes da decolagem, em 5 de Abril, para maximizar o tempo de trabalho da equipe em órbita e reduzir a fadiga.

A erupção vulcânica na Islândia, pelo menos, não interferiu com os esforços de trazer a Discovery para casa. Se a tentativa de hoje de trazer a Discovery falhar, a próxima janela será na terça – e há sempre um local alternativo de pouso no sul da Califórnia. A nave tem suprimentos para permanecer em órbita até quarta.

Os astronautas estão encerrando uma viagem bem sucedida de duas semanas a Estação Espacial Internacional. Eles deixaram toneladas de experimentos científicos e equipamentos para os próximos anos de operação. A maior contribuição foi um novo tanque de refrigerador de amônia; foram necessárias três caminhadas no espaço para posicioná-lo. .

Este é o penúltimo voo da Discovery. A NASA tem só mais três voos de ônibus programados. A Atlantis deve decolar em menos de quatro semanas. E a Discovery fará o derradeiro voo dos ônibus espaciais em setembro.

Fonte: INFO Online - Foto: AFP

Crise aérea complica situação econômica da Europa

A erupção do vulcão da Islândia pode complicar a situação econômica da Europa, que estava começando a se recuperar da queda provocada pela crise. Neste primeiro trimestre, várias economias estavam crescendo, como a Inglaterra.

As perspectivas para 2010 eram muito boas, mas esta crise, dependendo da extensão e do tempo, afetará muita gente. Não só as empresas aéreas, que são as primeiras a serem atingidas, já que o prejuízo é de US$ 200 milhões por dia com todos os aviões parados. Mas todo o comércio sofre também, de flores a software, além dos produtos que se deterioram rapidamente e precisam de avião.

Com o tráfego aéreo parado, o efeito na economia é imprevisível, porque todo mundo precisa de logística e esse é um modal importante de qualquer país. A torcida é para que seja só esse vulcão e que seja somente neste momento, mas há cenários piores com a erupção de outros vulcões e deste mesmo que, na última vez em que entrou em atividade, demorou dois anos. Tudo é muito perigoso e a economia europeia, que começava a se recuperar, é afetada.

Ouça aqui o comentário na CBN.

Fonte: MiriamLeitão.com

Caos aéreo põe em risco pacientes que necessitam de transplante na Grã-Bretanha

Uma criança de três anos corre risco de vida em um hospital britânico por causa do caos no tráfego aéreo provocado pelas cinzas de um vulcão na Islândia, que está impedindo a chegada de uma medula óssea do Canadá para um transplante.

Segundo a entidade beneficente britânica Anthony Nolan Trust, que oferece auxílio a pacientes que precisam desse tipo de transplante, 16 pessoas estão em situação crítica por causa da crise que afeta os transportes aéreos na Grã-Bretanha.

Falando à BBC, a assessora de imprensa da entidade, Victoria Moffet, disse que se a suspensão nos voos for mantida, mais e mais pacientes correrão risco de vida.

O espaço aéreo da Grã-Bretanha, encoberto por uma nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, está fechado desde quinta-feira passada.

Moffet disse que os couriers da entidade, que trabalham como voluntários, estão explorando todas as alternativas possíveis de transportes em um esforço hercúleo para trazer material para os transplantes, pelo continente europeu, para a Grã-Bretanha.

Ela defendeu a ideia de que essas pessoas tenham prioridade na hora de embarcar e contou o caso de uma voluntária que, depois de uma longa jornada por países europeus, conseguiu o último assento livre para viajar para a Inglaterra pelo Eurostar, o trem que cruza o Canal da Mancha.

Drama Humano

Entre os vários casos críticos, chama a atenção o drama de uma criança de três anos que aguarda a chegada de células vitais que deverão ser doadas por uma pessoa no Canadá.

Na expectativa de receber o transplante, ela teve todas as células brancas (ou leucócitos, responsáveis pelo sistema de defesa do organismo) retiradas de seu corpo, em um processo preparatório que dura em torno de quatro dias.

Nesse meio tempo, do outro lado do Atlântico, no Canadá, uma pessoa com o tipo de sangue apropriado se preparava para doar sangue que seria transportado, por avião, para a Grã-Bretanha - mas o procedimento teve de ser suspenso.

O doador é a única pessoa identificada até agora com o exato tipo de sangue necessário para salvar a vida da criança britânica.

Uma vez que as células são extraídas, podem sobreviver por um período máximo de 72 horas.

Moffet disse que, em algumas circunstâncias, o material pode ser congelado, mas, nesse caso específico, cada minuto é vital, porque a criança - cujo nome não pode ser revelado - já teve sua imunidade retirada e corre risco de vida no hospital.

A assessora não soube precisar se a situação da criança pode ser revertida (ou seja, se sua imunidade poderia ser restituída temporariamente) ou por quanto tempo ela poderá sobreviver em isolamento total no hospital.

Ela apelou para que mais pessoas se voluntariem como doadores, especialmente aquelas que vivem na Grã-Bretanha.

A medula óssea é o tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos.

O transplante de medula é indicado como tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma.

Fonte: BBC Brasil - Foto: PA

Avião de combate da Otan afetado pela nuvem de cinzas na Europa

Um oficial americano informou nesta segunda-feira (19), em Bruxelas, que foram encontrados restos de vidro na turbina de um avião de combate F-16 da Otan durante um voo na Europa, ao ser indagado sobre o impacto da nuvem de cinzas vulcânicas sobre a aviação militar.

"Foi detectado um processo de cristalização dentro dos motores de um aparelho, que não sofreu, no entanto, qualquer percalço", declarou o oficial.

A cinza vulcânica pode se transformar em vidro a altas temperaturas como, por exemplo, quando entra na turbina de um avião.

"É algo muito sério, que pode começar a ter um impacto real nas capacidades militares", acrescentou a fonte, que não quis ser identificada.

Ele explicou que a execução de vários exercícios militares previstos nos Estados Unidos foi limitada enquanto são estudados os efeitos da nuvem de cinzas nos aparelhos.

Fonte: AFP

Europa cancela 70% dos voos no 5º dia de caos aéreo

Cerca de 20 mil voos não decolarão nesta segunda, informa Eurocontrol.

Espaço aéreo está liberado em alguns países do sul e norte do continente.


Aviões parados em aeroporto de Frankfurt, na Alemanha

A Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) prevê que entre 8 mil e 9 mil voos decolarão para esta segunda-feira (19) na Europa, 70% a menos dos pousos e decolagens previstos para uma segunda-feira normal.

A nuvem de cinzas gerada pela erupção de um vulcão na Islândia impossibilitará a saída de cerca de 20 mil voos, informou a Eurocontrol, em comunicado, o que, em termos geográficos, significa que 50% do continente europeu ficará paralisado.

No entanto, a agência confirmou que o tráfego aéreo no sul da Europa permanece aberto, em países como Espanha, Portugal, partes da Itália e da França, Bulgária, Grécia, Hungria e Turquia, além de alguns no norte do continente, como Noruega e Suécia.

Já Sérvia, Montenegro e Eslovênia abriram à meia-noite local de domingo seu espaço aéreo, que ficou fechado durante o sábado.

No domingo, a União Europeia previra que metade do tráfego aéreo europeu poderia retornar à normalidade nesta segunda-feira.

Em algumas regiões, o espaço aéreo mais elevado já pode ser utilizado graças à redução dos níveis de cinza, mas é difícil ter acesso a estas zonas já que as que as rodeiam continuam sem poder ser sobrevoadas.

A agência espera divulgar uma nova atualização da situação às 13h30 (horário de Brasília), depois que seus técnicos examinarem a situação e realizarem uma videoconferência com a Comissão Europeia e os países da União Euorpeia (UE) para coordenar uma resposta conjunta.

Canadá

Meteorologistas britânicos afirmam que as cinzas do vulcão podem atingir a costa leste do Canadá nesta segunda-feira durante o dia.

Fonte: G1 (com informações da EFE e Reuters) - Foto: Michael Probst/AP

domingo, 18 de abril de 2010

Foto do Dia

Clique sobre a foto para ampliá-la

O Bristol 167 Brabazon Mk1, prefixo G-AGPW, no Aeroporto Farnborough (FAB/EGLF), em Hampshire, na Inglaterra, em 1952. A foto foi tirada por Frank T Taylor e divulgada por seu sobrinho Nicholas Denbow, no site Airliners.net.

Repórteres chegam perto do vulcão na Islândia

Antes de decolar, o piloto do helicóptero avisa que as turbinas podem ser danificadas por causa das cinzas do vulcão. Mesmo assim, nossa equipe decola.



Islândia. Frio e fogo. Na terra do gelo, o planeta mais uma vez mostrou sua força. Pela boca do Eyjafjallajokull. Este é um voo perigoso. Antes de decolar, o piloto do helicóptero nos explica: "Se as cinzas entrarem nas turbinas, o motor será destruído e o seu dia acaba ali." Mesmo assim, decidimos decolar.

Em pouco tempo, encaramos a montanha fumegante. A gigantesca coluna de fumaça tem quase oito quilômetros de altura.Perto dela, os ventos mudam muito rápido.Não podemos ficar mais do que alguns minutos.

Mas é o suficiente para compreender que quem manda aqui é a natureza. A equipe chega a pouco mais de um quilômetro da boca do vulcão. A fumaça e todas as partículas são jogadas para o alto, a quase seis quilômetros de altura. Segundo os geólogos, pode ser só um pequeno aviso de uma gigantesca erupção que pode acontecer a qualquer momento.

Neste domingo (18), a quantidade de cinzas diminuiu. Mas os geólogos avisam: a montanha é como uma panela de pressão: debaixo de todo o gelo, há lava em altíssima temperatura, que ainda pode jorrar a qualquer momento.

Lá embaixo, o pó vulcânico cobre os vilarejos, escurece o dia e espalha um macabro cheiro de enxofre no ar. A chuva de hoje limpou o céu, mas transformou a poeira em barro vulcânico.

O vulcão não fez nenhuma vítima na Islândia. As equipes de resgate conseguiram retirar todos os habitantes dos lugares onde ocorreram avalanches. A maior preocupação agora é reconstruir casas, celeiros e manter os animais confinados porque o que sobrou do pasto está contaminado.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

Piloto conta ao Fantástico como foi voar por nuvem de cinzas vulcânicas

Eric Moody passou pelo problema em 1982, com 247 passageiros a bordo.

As quatro turbinas do jumbo perderam força por 15 minutos.



O maior caos da história da aviação já deixou pelo menos 7 milhões de passageiros no mundo sem viajar. Os transtornos são para evitar tragédias - ou pelo menos um susto.

A erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, lançou no ar uma nuvem composta por partículas de vidro, areia e rocha. O fechamento do espaço aéreo europeu, resultado da erupção de um vulcão islandês na última quarta-feira, pode ter provocado o cancelamento de mais de 63 mil voos até este domingo (18).

Na noite de 24 de junho de 1982, havia um vulcão na rota de um jumbo da British Airways. O avião ia de Londres à Nova Zelândia com 247 passageiros a bordo, em uma viagem de maisd e 20 horas.

Durante a noite, o piloto não viu a nuvem de fumaça vulcânica. Quando o avião entrou nela, as quatro turbinas pararam de funcionar. Felizmente, a pane durou só 15 minutos. Para o comandante daquele avião, porém, foi uma eternidade.

Eric Moody jamais vai se esquecer do momento em que as turbinas silenciaram na imensidão do céu. O avião voava a 11 mil metros de altitude quando mergulhou na fumaça carregada de cinzas vulcânicas, que entupiram os motores.

"Tentamos tudo o que aprendemos nos simuladores de vôo", diz Moody. "Nada funcionou. Então decidi embicar o avião pra baixo, pra ganhar velocidade e continuar planando. Enquanto isso, o co-piloto e os mecânicos tentavam religar as turbinas."

"Quando o avião chegou a 7 mil metros, quase a metade da altitude de cruzeiro, estávamos sobre a ilha de Java, na Indonésia. A idéia era tentar pousar no mar", conta o piloto. "Lá pelos 4.000 metros de altitude, tentei avisar os comissários pra que eles tomem as devidas providências'', diz ele. "Ninguém atendeu o intefone. Então usei o alto-falante, que foi ouvido por todos. Fui transparente e sincero, sem perder o otimismo: 'Senhores passageiros, tivemos um problema e perdemos a força das quatro turbinas. Estamos buscando uma solução. Pelo que o chefe dos comissários entre em contato com a cabine de comando'."

Segundo Moody, muitos passageiros começaram a escrever bilhetes de despedida, mas, surpreendentemente, a maioria parecia confiante. Depois de 15 minutos, com o avião já abaixo da nuvem vulcânica, as turbinas voltaram a funcionar.

Por causa do que aconteceu com o comandante britânico, as companhias aéreas não se arriscam mais.

Fonte: G1 (com informações do Fantástico)

MAIS

Leia mais: Avião foi “engolido” por nuvens de cinzas nos anos 80.

Dia termina com 25 voos de partida e chegada à Europa cancelados em SP

Só 12 voos indo ou saindo do continente são mantidos, segundo a Infraero.

Nuvem de cinzas de vulcão não se dissipa e complica operações.


Vinte e cinco voos foram cancelados no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, Grande São Paulo, neste domingo (18), após mais um dia de caos aéreo na Europa, com reflexos em várias partes do mundo. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), foram suspensas 13 chegadas e 12 partidas.

Os passageiros que tentaram chegar ou sair de cidades como Paris, Londres, Frankfurt, Munique, Amsterdã, Milão e Zurique não conseguiram alcançar seu destino. Voos para Lisboa e Madri têm sido as saídas para quem quer entrar no continente. À noite, apenas voos para essas localidades foram mantidos pelas companhias aéreas, que reclamam das rígidas restrições impostas. A estimativa é que o caos aéreo esteja provocando prejuízos de cerca de R$ 350 milhões por dia às companhias.

Neste domingo, segundo a Infraero, apenas 12 voos saindo ou indo para o continente europeu foram mantidos. Às 20h30, passageiros de dois voos (um para Madri, às 21h05, e outro para Lisboa, às 22h25) faziam o check-in e se preparavam para a decolagem.

A nuvem que se espalhou com a erupção do vulcão é composta por partículas de vidro, areia e rocha. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão possam danificar os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.

Além das companhias, passageiros "ilhados" também têm tido que arcar com despesas imprevistas como diárias e alimentação. Muitos decidiram aguardar em hoteis, que têm ficado lotados. O caos aéreo também provocou uma corrida aos guichês de remarcação de passagens.

Fonte: G1 - Imagem: Reprodução/TV Globo

Metade do tráfego aéreo pode voltar ao normal nesta segunda, diz UE

Previsão do tempo diz que céus estão se livrando da nuvem de cinzas.

Alguns aeroportos na França e Alemanha foram reabertos neste domingo.


Metade do tráfego aéreo europeu pode retornar à normalidade nesta segunda-feira (19), anunciou neste domingo (18) a União Europeia. O bloco espera que se confirme a previsão do tempo de que os céus em mais da metade do continente estão se livrando das cinzas vulcânicas que provocaram o caos na avião comercial na região.

Neste domingo, alguns aeroportos no sul da França e na Alemanha foram reabertos. Na Espanha, os aeroportos haviam sido fechados no início do dia mas foram posteriormente reabertos.

Aeroporto quase vazio em Roissy, na França, devido ao cancelamento de voos por conta da nuvem de cinzas

Diego Lopez Garrido, secretário de Estado para Assuntos da União Europeia para a Espanha, país que detém a presidência rotativa da União Europeia, afirmou que "agora é necessário adotar uma abordagem conjunta europeia" em relação à abertura e ao fechamento de aeroportos, no lugar de decisões individuais.

"Provavelmente amanhã metade do território da União Europeia será ativado. Isso significa que metade dos voos vão operar" afirmou Lopez Garrido sobre as condições previstas para esta segunda-feira.

O fechamento do espaço aéreo europeu, resultado da erupção de um vulcão islandês na última quarta-feira, pode ter provocado o cancelamento de mais de 63 mil voos até este domingo, segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol). Só neste domingo, a previsão é que mais de 20 mil voos sejam cancelados, de um total de 24 mil previstos. . O prejuízo diário é de pelo menos US$ 200 milhões para o setor de aviação, segundo cálculo da Associação Internacional de Transporte Aéreo.

A erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, lançou no ar uma nuvem composta por partículas de vidro, areia e rocha. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.

Fonte: G1 (com informações da Agência Estado) - Foto: Michel Euler/AP

Pai e filho sofrem acidente com pequeno avião na Áustria

No Distrito de Schärding, na Áustria, na manhã deste domingo (18), um pequeno avião caiu durante a aproximação para a aterrissagem, a 140 metros da pista do Aeródromo de Suben.

Os dois ocupantes do avião - Alexander P., o pai, de 55 anos de idade, e seu filho Leo P., de 23 anos - ficaram feridos no acidente.

O acidente ocorreu cerca de 140 metros da pista de pouso. O avião de dois lugares com o rapaz de 23 anos no comando, foi atingido por uma rajada de vento e, ao perder o controle, o piloto tentou uma aterrissagem de emergência.

A aeronave HOAC HK36R Super Dimona, prefixo OE-9354 (foto acima em 08.05.08 - Por: Solda Andreas (flugzeugbilder.de)), registrada para ASKÖ Flugsportverein Linz, não conseguiu alcançar a pista e, ao tocar o solo de uma área próxima, o trem de pouso se partiu e o pequeno avião derrapou por toda a área até a parada final. A fuselagem do planador espalhou-se por cerca de 30 metros em todo a área e ficou completamente destruída.

Pai e filho foram hospitalizados com ferimentos de grau ainda indeterminado.

A causa exata do acidente ainda é desconhecida.

Fontes: ooe.orf.at / kurier.at / ASN - Tradução: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação) - Fotos (acidente): APA / picturenews.at

Cinco coisas que você não sabia sobre o espaço

Para o físico Stephan Hawking, considerado por muitos o maior gênio vivo, até o final deste milênio a humanidade pode ser destruída por milhares de eventos. Vírus geneticamente modificados, meteoros, catástrofes nucleares. Somos tão sujeitos à extinção quanto os dinossauros. A única escapatória para preservar o conhecimento, a arte e a tecnologia seria a colonização do espaço e a criação de uma base de emergência em outros planetas. Essa tese é usada por Jorge Luiz Calife, autor do livro “Como os astronautas vão ao banheiro e outras questões perdidas no espaço” para justificar por que o homem deve continuar investindo milhões na exploração do espaço.

Nas 254 páginas da obra, Calife responde às questões mais corriqueiras e curiosas sobre o Universo e as viagens ao espaço. E para celebrar o Dia Mundial da Astronomia, a Galileu compartilha com você algumas delas. Um belo aperitivo para a humanidade enquanto nem o fim do mundo nem a colonização do espaço chegam...

Como os astronautas vão ao banheiro?

Livro: Editora Record, 254 páginas, R$32,90

A pergunta é tão comum que está até no filme Apollo 13, com Tom Hanks. A resposta depende do tipo de nave em que o astronauta está viajando. Os primeiros astronautas, por exemplo, faziam viagens tão curtas que a nave nem sequer tinha banheiro. O primeiro dispositivo sanitário, que surgiu com as cápsulas Gemini, na década de 60, era bem rudimentar: uma garrafa plástica na qual eles faziam suas necessidades e com as quais tinham que conviver dolorosamente durante todo o tempo da viagem – imagine estar por 14 dias coexistindo com um vaso sanitário sem dar a descarga?

E o constrangimento não tem fim. Enquanto os astronautas do Projeto Apollo passeavam na superfície da Lua, em 1970, eles usavam grandes fraldas descartáveis como se fossem bebês. A primeira nave espacial americana a conter um banheiro decente foi a Skylab, de 1973. Os dejetos depositados em seu vaso sanitário eram guardados em sacos plásticos contendo germicidas – alguns deles eram levados para a Terra para exames mais tarde.

Quando os ônibus espaciais decolaram, a situação mudou de vez. Com a necessidade de transportar tripulações mistas de homens e mulheres, a Nasa teve que achar um jeitinho de garantir privacidade. Tudo que era feito na pequena cabine-banheiro desses ônibus era armazenado em um compartimento lacrado e exposto ao vácuo espacial. O vácuo levava os líquidos e todo o resto era trazido de volta pra Terra, para não emporcalhar o espaço.

O que são as manchas escuras na Lua?

Se você tiver a vista boa e observar a Lua esta noite vai reparar em duas manchas. Um ponto brilhante em uma das extremidades e uma pinta circular, escura, na extremidade oposta. O ponto brilhante é a gigantesca cratera de Tycho – que foi nomeada em homenagem ao astrônomo Tycho Brahe - e a pinta escura é o Mar das Crises. Todos os pontos escuros da superfície da Lua se chamam “mares” porque os astrônomos antigos acreditavam que fossem parte de um oceano lunar. Mais tarde, com a invenção do telescópio, eles descobriram que estas eram na verdade planícies secas, como é o caso do Mar das Crises.

Onde acaba a gravidade?

Quando assistem aos filmes espaciais algumas pessoas pensam que os astronautas estão flutuando porque saíram do campo de gravidade da Terra. Esse pensamento está errado. A gravidade não acaba num ponto qualquer do espaço. A Lua está a 383 mil quilômetros do nosso planeta e ainda sofre atração da gravidade terrestre. As pessoas dentro das naves só flutuam porque estão em queda livre ao redor do planeta. E essa velocidade é tão alta que ela anula a gravidade.

A mesma experiência pode ser repetida aqui mesmo, na Terra. Imagine um elevador cujo cabo foi cortado. Todo mundo dentro dele ficará flutuando dentro da cabine, até que ela toque o chão. Nem mesmo quando uma nave vai em direção a outros planetas ela perde a influência da gravidade. Quando se afasta muito da Terra, ela pode começar a agir sob a influência de outros corpos, como o Sol.

Existe outro Planeta como a Terra?

A agência espacial americana acredita que sim. Só na nossa galáxia devem existir uns mil mundos como a Terra, orbitando outros sóis muito distantes de nós. Em 2012 a Nasa pretende ir à caça dessas possíveis Terras. Eles vão lançar no espaço um telescópio gigante, o Terrestrial Planet Finder (descobridor de planetas terrestres). Esse super telecóspio será capaz de observar planetas do tamanho da Terra até 500 trilhões de quilômetros.

É claro que ninguém espera encontrar um planeta habitado por homens e mulheres como os da Terra. A forma de vida que nós somos hoje é resultado de milhares de acidentes e coincidências ao longo de milhões de anos. Qualquer forma de vida que apareça por aí deve ser tão diferente quanto uma girafa de uma lesma.

De onde vem a lenda, que alimentou tantos filmes de ficção científica, de que existe vida inteligente em Marte?

Tudo começou com os gregos. Quando viam Marte da Terra, assim como hoje, eles enxergavam uma estrela avermelhada como o sangue. Por isso a chamaram de Ares, o deus da guerra. Por associação, eles esperavam que os habitantes desta estrela fossem um povo guerreiro. Em 1877, quando já existia o telescópio, o italiano Giovanni Schiaparelli afirmou que tinha visto “canali” na superfície do Planeta. A palavra italiana quer dizer “trechos navegáveis de um rio”, mas foi erroneamente traduzida para o inglês como “canals”, canais de construção artificial. O mundo todo ficou animado acreditando que ele tinha visto sinais de vida inteligente em Marte.

Um desses entusiasmados era o americano milionário Percival Lowell, que mandou construir um observatório no Arizona crente que descobriria mais sobre a vida inteligente em Marte. Logo saiu por aí dando palestras e desenhando mapas sobres os canais artificiais marcianos que eles haviam construído por todo o planeta para aliviar seus problemas com a seca – mais ou menos como uma gigantesca transposição do São Francisco. Foi por aí que surgiram livros como o de H.G. Wells, que mais tarde daria origem ao filme “A guerra dos Mundos”. Obviamente, em pouco tempo, outros astrônomos descobriram que o ar de Marte era tênue demais para permitir a existência de água líquida em sua superfície e que Lowell estava errado. De toda forma foi um mal-entendido de bons frutos: afinal, o que faríamos com nosso cinema de ficção científica sem os marcianos?

Fonte: Mariana Lucena (Revista Galileu) - Imagens: Agência Shutterstock / Divulgação

Ex-astronauta defende colonização de Marte

Com 734 horas de espaço entre viagens, caminhadas espaciais e visitas à Estação Espacial Internacional, Dan Barry diz que viver em Marte poderá salvar humanidade da extinção

Convidado a dar palestras motivacionais, o engenheiro norte americano Dan Barry, de 56 anos, passou 13 deles tentando entrar na Nasa. Depois de muito insistir e estudar, conseguiu ser uma das pessoas a passar mais horas no espaço: 734. Hoje, aposentado, ele tem uma empresa de robótica e ajuda a pensar soluções para o futuro como professor na University Singularity, a universidade do Google. Galileu ouviu essas histórias e outras, confira a entrevista:

Como você entrou na Nasa?

Sempre quis voar ao espaço desde que me lembro. Pulava do telhado fingindo que sabia voar. Sempre amei estar no ar. Comecei a me candidatar para a Nasa desde que eles começaram a aceitar inscrições. Me inscrevi tantas vezes...

Quantas?

Me inscrevi pela primeira vez em 1978, realmente há muito tempo, fui rejeitado. Em 1979, rejeitado. Em 1980, rejeitado. Em 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, rejeitado. Para mim, 1986 foi um bom ano, porque eles não estavam recebendo inscrições, daí não tinha como ser rejeitado. Tentei em 1987, 1988, 1989... Estava envergonhado de continuar tentando. Pedi uma carta de recomendações a meu chefe, que disse: “Você precisa se concentrar no trabalho, e não ficar pensando em voar para o espaço”. Mas o convenci a escrever em 1989: fui rejeitado. Em 1990, o convenci de novo e fui rejeitado. Ele me disse: “Você é velho demais, nunca vai conseguir”. Liguei para Nasa e perguntei. O cara responsável pela seleção disse “Não, você não é velho, nós sabemos quem você é” – Eu esperava que soubessem mesmo – E ele disse: “Continue se candidatando”.Certo, tentei em 1991, fui rejeitado. Mas, em 1992, fui aceito.

Como conseguiu?

Na Universidade, escrevi uma carta para um astronauta dizendo que o que mais queria era voar ao espaço. E tinha duas escolhas: entrar para as Forças Armadas e me tornar piloto ou continuava estudando engenharia. O que fazer? O astronauta me respondeu com uma longa carta: “Se o que você quer para sua vida é voar em aviões, vá ser piloto. No entanto, se o que gosta de fazer é engenharia, faça engenharia. Você tem que fazer o que ama. Se fizer isso, se tornará o melhor do mundo. Se for o melhor do mundo, encontrará um jeito de relacionar aquilo a voos espaciais. É isso que a Nasa busca: pessoas que são as melhores do mundo em alguma coisa.” As coisas que estudei – engenharia e medicina – eram as que estava interessado em aprender. Um jeito delas serem aplicadas a viagens espaciais é porque quando você vai ao espaço, seus ossos perdem resistência e seus músculos ficam mais fracos. Na medicina, estudei ossos e músculos, sabia que essas coisas importavam à Nasa.

O que você acha do cancelamento das missões Constellation da Nasa (projeto vetado por Obama que visava enviar o homem à Lua novamente até 2020)?

O mais importante é que as pessoas passem a viver não só neste planeta. Precisamos ir à Lua, Marte. Não importa como chegaremos lá. Se for com um programa como Constellation, tudo bem. E, em nosso tempo de vida, saímos de uma época onde todos vivíamos num só lugar a outra onde há gente vivendo fora. Sempre haverá pessoas fora do planeta. Agora mesmo, existem 6 pessoas no espaço. Esta é uma mudança fundamental na existência de nossa espécie. Se formos além disso para chegar à Marte, chegaremos ao ponto onde as pessoas que estão fora da Terra não precisarão mais dela. Hoje, se não ajudarmos às seis pessoas que estão fora da Terra [na Estação Espacial Internacional], elas morrerão. Mas se formos à Marte, é possível viver lá sem precisar de nada da Terra.

Tem certeza?

Absolutamente, Marte é diferente da Lua, onde sempre precisaremos de suporte da Terra. Se tivermos uma existência independente em lá, nada poderá matar a espécie nunca mais. Agora, com impacto de asteroides, problemas ecológicos, bioterrorismo, cada ser humano pode morrer. Vivendo em dois planetas separados, nenhum evento poderá matar a todos. Significa que nossa espécie se tornará imortal, que Star Trek pode ser real. Uma vez vivendo em dois planetas independentes, continuaremos até povoar esta galáxia inteira.

É possível tecnicamente viver em Marte?

Não temos a tecnologia construída, mas entendemos como fazer isso. É realmente uma decisão política: gastar o dinheiro para construir uma tecnologia que já conhecemos para chegar até lá. No início, claro, não seremos independentes. Seremos muito dependentes da Terra. Mas em 50 anos, 100 anos, aquele lugar poderia ser independente. Não podemos fazer isso amanhã, mas podemos começar amanhã.

Não é melhor gastar o dinheiro para resolver os problemas aqui da Terra?

Precisamos ter um equilíbrio entre o dinheiro que gastamos no presente e aquele que investimos no futuro. Se você me perguntar se prefiro gastar um dólar num foguete ou um dólar com um lanche para uma criança faminta, eu diria com a criança, claro. Mas pense em sua vida, você investe para ir à Universidade, é um investimento em seu futuro. A sociedade precisa ter um balanço entre o que gastamos agora e no futuro. Se só tomarmos conta dos problemas de agora, estaremos limitando o futuro. Há muita justificativa em gastar dinheiro com expansão. Nos Estados Unidos, gastamos cerca de 0,6% do orçamento federal em missões espaciais. Acho que é uma quantia razoável.

Você tem uma empresa de robótica, o que podemos esperar desta área no futuro próximo?

Robôs autônomos e para propósitos gerais podem tornar-se companhia, como empregados, guarda-costas ou enfermeiros em hospitais, ajudando a medicar pacientes. Mas o uso real destes robôs, nós não sabemos ainda. Antes, as pessoas não queriam um computador em casa porque não tinham o que fazer com ele e eram caros demais. Hoje, as coisas que um robô faz, você faz muito mais facilmente sozinho. Não há boa razão para você comprar um agora. Naquele tempo, não tínhamos nenhuma noção da importância que os computadores têm hoje. Ninguém imaginou a internet, nem a ficção científica. É a mesma coisa com robôs, quando tivermos eles em nossas casas, vamos encontrar usos fantásticos. Sua existência criará novos usos.

No futuro, a tendência é que os robôs sejam como as pessoas?

Terão características humanas, mas não estou tão interessado em fazer um humano mecânico. Já conheço muito humanos. Apesar de serem assistentes úteis, não acho que esta seja a característica mais importante dos robôs. A Inteligência Artificial vai nos mostrar uma camada diferente. Na medida em que desenvolvermos robôs inteligentes, eles poderão fazer coisas e irão aprender outras formas de pensar o mundo. Inteligência robótica soma-se à inteligência humana, não irá substituí-la. É como hoje, estou conhecendo pessoas de uma outra cultura, só conhecendo você, já estou aprendendo coisas novas. Quero construir um robô que seja como uma cultura diferente.

Na Singularity University vocês discutem desafios da humanidade. Qual é o maior?

Não tentamos dizer este é o maior desafio. Dizemos, estes são os desafios, vamos ver como a tecnologia pode ser aplicada para resolver estes problemas. Pensamos como podemos usar o rápido desenvolvimento tecnológico para prever o futuro. Por exemplo, sei que em cinco anos teremos bons sensores de reconhecimento de voz. Assim, posso começar hoje a construir um robô que vai tirar vantagem disso. Podemos aplicar este mesmo conceito aos grandes desafios da humanidade.

Como foi ver a Terra do espaço?

Da primeira vez, entrei por uma parte onde não haviam janelas, flutuei até uma e vi a Terra. [pausa] É tão bela que nenhuma fotografia poderia te mostrar. O verde da Amazônia é o verde mais profundo que nunca poderemos produzir. O azul da atmosfera tem tantas nuances, do azul mais negro ao mais claro e esbranquiçado. No branco das nuvens contra a escuridão do espaço, o contraste está além do que qualquer câmera jamais poderá registrar. Se quer saber como a Terra é do céu, tem que ir ver. Quando dou palestras, não uso fotos, porque não posso mostrar a beleza da Terra.

Lá de cima, dá também uma noção do quão frágil ela é. A atmosfera é como uma casca de maçâ, tão fina. Do Brasil, consegui ver fumaça da floresta amazônica queimando. Ela percorre todo Oceano Pacífico até o Havaí. Dá para ver como estamos todos conectados, como é frágil. Temos que trabalhar juntos para proteger isso.

Marte poderá ser tão bonito?

Com certeza. Há tanto gelo em Marte. Se derretermos tudo, o planeta ficará debaixo d’água. Há água suficiente para construir uma atmosfera e poderemos transformar Marte para parecer com isto aqui [aponta para algumas árvores na janela]...

Fonte: Denise Dalla Colletta (Revista Galileu) - Foto: Arquivo Pessoal

Pentágono recebe mensagens e “conselhos” de internautas

A seção “Fale conosco” no site do Pentágono, tem recebido mensagens dos mais diversos lugares do mundo, com perguntas, opiniões e ideias um tanto quanto exóticas.

Segundo divulgado no jornal militar Star and Stripes, uma das mensagens recebidas pelo Pentágono propõe que os Estados Unidos enviem ursos paraquedistas equipados com aparelhos de GPS ao Afeganistão para capturar Osama bin Laden. “Os ursos têm um faro muito superior aos cães de caça! Ursos treinados com GPS e câmeras noite/dia no pescoço poderiam rastrear Osama bin Laden, até mesmo dentro de cavernas e túneis! À noite, mandem alguns ursos de paraquedas para locais onde Osama pode estar. Tentem treinar os ursos para retirar os paraquedas após a aterrissagem, ou usem paraquedas que se auto-destruam após o pouso”, escreveu o internauta.

Provavelmente, segundo o jornal Guardian, a inspiração do criador da estratégia para capturar bin Laden veio de um incidente ocorrido no dia 3 de novembro de 2009, na Caxemira, na Índia. De acordo com a rede BBC, um urso atacou e matou dois militantes separatistas após descobrir que os guerrilheiros estavam abrigados em sua toca. Se matou duas pessoas em uma toca, não poderia fazer o mesmo com Osama?

11 de Setembro

Na mesma seção do site, muitos questionamentos são feitos sobre os atentados de 11 de Setembro. Uma pessoa, que diz ter lido diversos livros sobre os atentados, pergunta: “como é possível que o avião AA 175 seja maior do que o buraco feito no Pentágono”?

Outro, em um tom revoltado, questiona a falta de imagens sobre o assunto. “Aqui está a minha pergunta e eu tenho certeza que vocês não vão ler isso, ou responder, ou até mesmo mentir para mim, mas é simples: por que não há imagem de avião no Pentágono após a suposta queda? Eu estive fazendo uma pesquisa e as coisas não fecham. Eu estou muito muito muito curioso. Se vocês puderem, por favor, responder o meu email, eu agradeceria. Obrigado”.

Um internauta “vidente” enviou mensagem para alertar as autoridades sobre a ocorrência de “algo grande na sexta” e perguntou se o Departamento de Defesa sabe de alguma coisa. “Eu não tenho ideia de o que pode ser. Vocês têm?” “Vocês têm alguma informação secreta que gostariam de me contar? Eu estou fazendo um trabalho para a aula de economia e estava pensando... me mandem um email”, questionou outro curioso.

Fonte: Gazeta Brazilian News - Foto: icis.com

Quando crescer, quero voar!

Por histórias, filmes e superpoderes, crianças entram no mundo mágico e, às vezes, escolhem a profissão

Nem sempre a escolha por uma profissão segue apenas a lógica que muitos adultos tentam impor às crianças e aos adolescentes: ganhar muito dinheiro. Fora a remuneração, muitas vezes, a definição do que "quero ser quando crescer..." vem a partir da identificação com personagens, histórias e "poderes" que nos são apresentados ainda na infância.

Como exemplo, eis os pilotos. Afinal, quem nunca ouviu, numa simples brincadeira que seja, uma criança revelar que pode voar e, assim, vestir-se de uma capa que deveria lhe dar poderes especiais? Foi justamente dessa forma que o tenente-aviador do Esquadrão Rumba, Igor Rocha, 29 anos, decidiu que voaria pelos ares do País, servindo à Aeronáutica. Quando criança, lembra, enquanto seus amigos revelavam que seriam médicos, advogados, ele simplesmente respondia: "sei voar e você não".

Aviadores do Esquadrão Rumba, em Fortaleza, o capitão James Martins, 33, e o tenente Igor Rocha, 29, afirmam que a escolha aconteceu ainda na infância, por identificação com a carreira

Conforme a psicóloga e Doutora em Educação, Veriana Colaço, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), a escolha profissional é um processo que ocorre ao longo da vida e passa por diferentes influências. Como cita, há os vínculos com os que exercem a profissão; a representação social que a profissão tem na cultura; o modo como acreditamos ser capazes de realizar atividades; as idealizações acerca do que significa; as expectativas de futuro; as pressões familiares e sociais; e, claro, as vivências que temos nas brincadeiras e fantasias infantis.

"Desde criança, queria muito ser aviador. Era um sonho de infância. Ninguém da minha família é, mas meus pais sempre me incentivaram muito, me levavam para ver aviões. Além disso, também assistia a muitos filmes, desenhos animados", recorda Igor Rocha.

Já o capitão-aviador cearense James Martins, de 33 anos, comenta que a decisão pela carreira veio da identificação com o "ser militar". De acordo com ele, a disciplina e a organização dos militares o encantaram quando era criança. Além disso, claro, as brincadeiras sempre envolviam os aviões.

Segundo Veriana, escolher a profissão não é apenas um ato, mas a construção, um exercício de vida. "Os super-heróis neste processo têm papel importante, na medida em que são percebidos como personagens idealizados, perfeitos e modelos. Neste sentido, as ações que realizam podem também ser as ideais".

O sonho de infância de Ari Josino (acima), 60 anos, é realizado nos voos de ultraleve no clube que preside. Para o pequeno Arnaldo (abaixo), 10, a vontade é de ser piloto, quando finalmente crescer

Para a psicóloga, portanto, a carreira militar entra nesse contexto pois, no caso dos super-heróis, por serem percebidos como defensores e protetores da humanidade, podem ser relacionados com personagens e carreiras que socialmente representam a defesa das pessoas e da nação. "Assim são identificados os militares de um modo geral".

Prova disso é que, como destaca o pedagogo Fábio Soares, Coordenador das Turmas ITA/IME do Colégio Antares, a procura pela área é grande na escola. Como calcula, cerca de 60% dos alunos de 5º ano desejam entrar no Colégio Militar. No Ensino Médio, a procura é de 10% pela Escola Preparatória de Cadetes do Ar e pelo Colégio Naval.

CLUBE DE AVIAÇÃO

Sonho de ser aviador apenas no lazer

Para aqueles que a carreira militar não foi almejada ou possível, a continuidade do sonho pode ser dada, sim, nos momentos de lazer. No Estado, um exemplo de que os civis também podem voar é mantido pelo Catuleve - Clube de Aviação Desportiva. Às margens do Rio Catu, o local, que já existe há 25 anos, antes com o nome Aeroleve, reúne adultos, jovens e crianças que, mais do que aviadores, são eternos sonhadores e dão, literalmente, asas à imaginação.

Como define o presidente do clube, o industrial Ari Josino, 60 anos, a vontade de voar "é de todo mundo". Segundo ele, ao tentar explicar a paixão pelos ares que surgiu ainda na infância, uma possibilidade é que a inspiração tenha surgido a partir da observação do voo dos pássaros. "Às vezes, até sonhamos voando", compartilha Josino, comentado que acredita que todo mundo pensa, pelo menos uma vez na vida, em ser piloto.

O estudante Arnaldo César Gadelha é prova da "tese" de Josino. Com apenas 10 anos, o garoto já se decidiu pela carreira de piloto. Tanto que, como exalta seu pai, César Gadelha, o estudante não perde uma oportunidade de ir ao clube ou de ver a apresentação da "mágica" Esquadrilha da Fumaça. "Já fui ao aeroporto ver os aviões. Passei a gostar vendo televisão e por causa do meu pai. Meu irmão tem medo de voar, mas eu não", conta o menino.

Como defende Josino, "todo mundo que vê um avião fica com vontade". Alguns realizam o sonho, tornando-se profissionais. Outros encontram a realização no lazer. No entanto, independentemente da vocação, o presidente frisa que, para a prática da atividade, é preciso algo em comum com os aviadores da Aeronáutica: a disciplina. Como compara, qualquer pessoa que busque e tenha coragem de voar de ultraleve precisa seguir bem as normas e se manter bastante atento às instruções.

A opinião do especialista

Buscar o projeto de vida

ROSITA PARAGUASSÚ
Mestre em Psicologia e prof. da Unifor


A abordagem que nós professores de orientação de estágio da Unifor acreditamos concebe a orientação como um resultado, um desfecho, mesmo que por um tempo, de um processo que envolve o autoconhecimento, o conhecimento das profissões e a escolha. Pode-se dizer que toda a história de vida e valores aprendidos nas etapas do desenvolvimento, no contato com grupos humanos com os quais o participante interagiu influenciam nos processos de escolha, inclusive, de uma profissão.

Isso se dá quando o participante é adolescente e, nesta fase, encontra-se em formação de sua identidade, portanto, suscetível às influências. Quando adulto, esses aspectos estarão presentes. Outros relacionados com a vida atual aparecerão com mais força na tomada das decisões, por exemplo, na necessidade de trabalho, família etc. Em relação aos valores, força e poder, alguns buscarão atividades de trabalho que exercem o controle sobre os iguais. Porém, esses aspectos são expostos, questionados e analisados na fase do autoconhecimento.

Enfim, ponto marcante nesse trabalho de ajuda ao orientando sobre a escolha é sempre a oportunidade de ele se envolver consigo mesmo, descobrindo seus potenciais, definindo uma área de atuação no mundo do trabalho e, assim, construindo um projeto de vida que dê sentido à sua existência.

Fonte: Janine Maia (Diário do Nordeste) - Fotos: Alex Costa

Pacote com mísseis e aviões-robô

TRUNFOS DA TROPA

As mudanças não incluem apenas movimentação de tropas, mas modernização de arsenal. Os exportadores de armas não saem de Brasília. Sabem que o Brasil está indo às compras e representa a bola da vez no mercado bélico internacional. Caso seja levado ao pé da letra, o Plano Nacional de Defesa efetivará compras no valor de R$ 20 bilhões.

Entre as metas está um sistema antiaéreo com mísseis de médio e pequeno porte e aviões não tripulados (Vants), além de equipamentos de comunicações e radares. O Exército planeja ainda substituir os blindados sobre rodas Cascavel e Urutu por outros, mais modernos. A Marinha quer logo seu submarino nuclear. E a Aeronáutica está prestes a renovar sua frota de caças.

Os russos saíram na frente na tentativa de vender mísseis e ofertaram um sistema antiaéreo denominado Tor, para proteger cidades com grupamentos de artilharia anti-aérea como Brasília, Guarujá, Rio e Caxias do Sul. No páreo estão Israel, Suécia, França e China, que oferecem também mísseis pequenos, capazes de serem manejados por até dois homens.

Os mesmos países, além de Estados Unidos e Alemanha, ofereceram Vants, aviões que não usam piloto e fazem espionagem por meio de câmeras. A Polícia Federal já tem os seus, agora é a Aeronáutica que os deseja. O Exército planeja também adquirir pontes móveis para ceder, em casos de catástrofes. Ele tem algumas, alemãs. Quer ampliar a quantidade. Pretende ainda comprar telefones via satélite para os pelotões de fronteira e 150 mil fuzis, já que muitos dos FAL (arma-padrão nas Forças Armadas) estão com 40 anos de uso.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)

Sul se transformou no reino dos blindados

TRUNFOS DA TROPA

Desde 2004 o Rio Grande do Sul vem recebendo unidades de blindados para guarnecer fronteira


As mudança no Exército mexem diretamente com a vida de 200 mil brasileiros (os militares e seus familiares) e, indiretamente, com milhões nas cidades que serão afetadas. Mas pouco atingirá o Rio Grande do Sul. É que a Região Sul já viveu sua maior alteração nas casernas. Juntos, paranaenses e gaúchos receberam três grandes unidades de blindados ao longo da última década, todas do Rio de Janeiro. Um regimento de carros de combate foi para Santa Maria, um foi para Ponta Grossa (PR) e os santamarienses receberam, ainda, o Centro de Instruções de Blindados.

O resultado disso é que a Região Sul concentra 90% dos blindados sobre lagarta (a maioria em Rosário do Sul, Santa Maria e Ponta Grossa, no Paraná), 100% da artilharia sobre carros (obuseiros), concentrados em Santa Maria, e 75% dos blindados sobre rodas (Cascavel e Urutu) .

– O pampa e as planícies centrais do Paraná são as áreas do país mais apropriadas para uso de carros de combate – explica o coronel Sylvio Cardoso, chefe de Comunicação Social do Comando Militar do Sul.

Além de sediar a maioria dos blindados, a Região Sul terá os melhores. Já começaram a chegar 250 carros de combate Leopard 1 A5, de fabricação alemã, considerados os melhores do mundo.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora) - Foto: Charles Guerra (08.11.04)

Nova cartada do Exército brasileiro

TRUNFOS DA TROPA

Com investimentos de R$ 149 bilhões até 2030, arma desloca quartéis para ampliar vigilância da Amazônia e prapara reforço de contingente com mais 59 mil novos integrantes

Os quartéis brasileiros estão em ebulição e não se trata apenas de comemorar a Semana do Exército, que transcorre até segunda-feira. É que está em andamento a maior modificação no tabuleiro de tropas já realizada no país desde que os militares assumiram o poder no Brasil, em 1964. A diferença é que a motivação agora não é ideológica, mas geopolítica. No cenário atual, brigadas de infantaria se mudaram ou estão em processo de mudança, desde o Litoral para o Planalto Central e para a Amazônia. Serão criados 28 novos postos de fronteira na região amazônica, para se somar aos 21 existentes. Outras unidades, de blindados, foram transferidas do Rio para o Rio Grande do Sul e Paraná ao longo dos últimos anos – e esses regimentos vivenciam, agora, o processo de modernização e aquisição de tanques de última geração.

Quando toda essa movimentação cessar, o Brasil terá 59 mil novos militares do Exército, a se somar aos 210 mil existentes agora. E um aparato bélico mais ágil. Os primeiros 8,3 mil soldados devem ser incorporados em até quatro anos. As mudanças no desenho das forças disponíveis das Forças Armadas começaram em meados dos anos 2000 e acontecerão até 2030. Como tudo na área militar, são cuidadosamente planejadas, a curto, médio e longo prazo. A maioria faz parte do Plano Nacional de Defesa, concebido pelo ministro da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim em 2009.

Como sempre, as principais modificações atingem a maior das forças, o Exército, que denominou Estratégia Braço Forte o seu planejamento estratégico para os próximos anos. A Braço Forte tem dois programas, Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria. No primeiro, serão criados 28 pelotões de fronteira, cada um deles com 50 integrantes, além de uma brigada com sede em Manaus. Com isso, o efetivo atual na Amazônia deve quase dobrar, passando de 25 mil para 49 mil militares (22 mil dos 59 mil previstos no reforço de contingente brasileiro devem ir para essa região).

Reforço é recado a países vizinhos

O segundo programa do Exército, o Sentinela da Pátria, prevê reforço de estruturas operacional e logística do meio para o oeste do país. É aí que entram as transferências de brigadas de infantaria do Rio para o Planalto Central e também de uma base da Força Aérea composta de aviões de transporte Hércules. A maior parte das mudanças envolve brigadas, que são módulos de combate independentes, cada uma delas com 3 mil militares. Elas são unidades capazes de se autogerenciar, já que, além de combatentes, têm servidores nas áreas de logística e contam com apoio de fogo (canhões ou tanques).

Para o fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), coronel reservista do Exército Geraldo Cavagnari, não acontece por acaso essa interiorização do Exército. O país é fronteiriço com 10 nações – algumas com sérias tensões fronteiriças. O reforço na Amazônia seria um recado subliminar a dois países vizinhos do Brasil que figuram entre os que mais investiram em aparato bélico na última década, Venezuela e Colômbia.

Nos venezuelanos, governados por um dirigente socialista, os militares brasileiros veem um adversário em potencial, até porque Hugo Chávez adquiriu dezenas de caças russos e centenas de milhares de fuzis nos últimos meses. Os militares colombianos, em tese, são aliados dos brasileiros, mas enfrentam guerrilhas que costumam entrar em território brasileiro. Investir em patrulhamento na fronteira com essas duas nações é dissuadi-las (ou a seus adversários internos) de tentarem qualquer enfrentamento aventureiro. Já o fortalecimento das unidades de blindados no Rio Grande do Sul é para exibir musculatura militar aos rivais históricos, os argentinos. No Paraná, também com forças mecanizadas reforçadas, a ideia é proteger a usina de Itaipu.

Tudo isso significa dinheiro, muito dinheiro. Mesmo quando não há aquisição de aparato bélico, a simples mudança de quartéis representa despesa, com transferência dos militares e suas famílias. Até 2030, somente para atendimento dos programas defendidos pelo Exército, a necessidade total de recursos atinge R$ 149 bilhões, o que equivale a R$ 7,5 bilhões por ano, durante duas décadas. O ministério da Defesa teve em 2009, para investir, apenas R$ 4,1 bilhões – e só o Exército precisa, agora, de R$ 7,5 bilhões anuais para se adequar à Estratégia Braço Forte. Nelson Düring, editor do site Defesanet.com.br e especialista em assuntos militares, diz que o pré-sal talvez resulte em verbas para o Braço Forte. Talvez.

– Há três décadas os militares imploram verbas. Se não sair agora, será posta em xeque a credibilidade do governo – pondera Düring.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)

MAIS

Saiba mais: aqui (em .pdf)

Avião de combate francês Rafale será testado em junho no Kuwait em meio a polêmica

O Kuwait vai testar os caças franceses Rafale em junho antes de tomar uma decisão final sobre a compra da aeronave, anunciou neste domingo o porta-voz do governo, Mohammad al-Bassiri, após uma reunião no Parlamento da qual participou o ministro da Defesa.

"O ministro da Defesa declarou aos deputados que a transação ainda está em estágio preliminar e que o ministério realizará avaliações técnicas", acrescentou o porta-voz aos jornalistas.

Vários deputados da oposição haviam ameaçado na semana passada submeter o primeiro-ministro ou o ministro da Defesa a uma audiência parlamentar se o contrato de milhões de dólares fosse assinado.

Os deputados haviam afirmado que a avaliação técnica dos Rafale feita pela Aeronáutica kuwaitiana tinha sido negativa, pois as aeronaves não apresentam avanços tecnológicos e seu preço é alto.

O projeto de compra pelo emirado de 28 aviões Rafale foi mencionado esta semana durante um encontro entre o presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro do Kuwait, Nasser Mohammed al-Ahmed al-Sabah, em visita a Paris.

No Brasil, o Rafale, da francesa Dassault, é considerado por muitos o favorito na disputa por um contrato de vários bilhões de dólares para a venda de 36 aeronaves com o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e com o Gripen NG, da sueca Saab.

Fonte: AFP

Cinzas vulcânicas não devem atrapalhar chegada da Discovery na 2ª feira

A nuvem de cinzas vulcânicas que atrapalha o tráfego aéreo na Europa não deve impedir a aterrissagem da nave espacial Discovery na Terra nesta segunda-feira, de acordo com o Centro Espacial Kennedy.

"A erupção do vulcão não afetará o pouso da Discovery. O percurso de regresso não é próximo à nuvem de cinzas", afirma o twitter do centro espacial.

A Discovery deixou a Estação Espacial Internacional neste sábado, encerrando uma missão de 10 dias para entrega de suprimentos e peças sobressalentes, antes que a Nasa aposente sua frota no fim deste ano.

O piloto Jim Dutton impulsionou suavemente os motores de navegação para retirar o ônibus espacial de seu porto na Estação às 12h52 (9h52 no horário de Brasília). A nave partiu a uma velocidade de 350 km/h em direção a Nova Guiné, no sudoeste do Oceano Pacífico.

Fonte: O Globo (com agências) - Imagem: NASA

Aéreas da Europa questionam critério para proibição

As empresas aéreas europeias questionaram neste domingo os critérios para a proibição de voos em grande parte do continente, depois de o embargo ter sido prorrogado até segunda-feira.

Fotografia de satélite europeu mostra as cinzas sobre o Reino Unido

Essas empresas já perderam milhões de euros devido à erupção de um vulcão na Islândia, que lançou uma enorme nuvem de cinza vulcânica no ar e forçou autoridades a proibir o tráfego aéreo em várias partes da Europa.

A Eurocontrol, organização responsável pela segurança aérea no continente, disse que ao final deste domingo o número total de voos cancelados desde o início da proibição, em 15 de abril, deverá chegar a 63 mil.

Os questionamentos foram motivados pela realização de voos-testes bem-sucedidos por empresas como Air France-KLM e Lufthansa. A British Airways informou que estava aguardando autorização realizar um voo teste no domingo.

As alemãs Lufthansa e Air Berlin criticaram o que eles chamaram de falta de pesquisa científica. Segundo o porta-voz da Air Berlin, Hans-Christoph Noack, a decisão de fechar o espaço aéreo foi tomada exclusivamente com base em uma simulação de computador. "Não foi usado sequer um único balão meteorológico para medir a quantidade de cinza vulcânica no ar", disse.

Axel Raab, porta-voz da agência nacional de segurança aérea da Alemanha, defendeu a decisão, alegando que ela seguiu regras internacionais e relatórios de serviços meteorológicos. Autoridades alemães autorizaram a decolagem de aviões em aeroportos de Berlim, Hamburgo, Hannover, Erfurt e Leipzig até as 18.00 GMT (15h de Brasília) de domingo.

A British Airways, uma das empresas mais afetadas pela proibição, cancelou todos os voos que partiriam de Londres no domingo e na segunda.

No Reino Unido, o espaço aéreo ficará fechado pelo menos até 00.00 GMT (21h de Brasília) de domingo. Na Irlanda, o embargo vale até pelo menos 12.00 GMT (9h de Brasília) de segunda-feira. Na França, os aeroportos do norte do país ficarão fechados até 06.00 GMT (3h de Brasília).

Fontes: DJ/Agência Estado - Imagem: ESA via INFO Online

Mobilização via Twitter dá carona de barco a europeus sem aviões

Com caos aéreo, europeus cruzam Canal da Mancha em barcos infláveis.

Resgate foi organizado por apresentador de TV.

Erupção de vulcão na Islândia fechou o tráfego aéreo britânico.


Passageiros chegam em barcos infláveis ao porto de Dover, na costa da Inglaterra, depois de cruzar o Canal da Mancha vindos de Calais, na França. A travessia foi ideia do apresentador de TV Dan Snow, que lançou uma "missão de resgate" depois que o fechamento do tráfego aéreo britânico por conta da erupção de um vulcão islandês deixou centenas de pessoas "presas" na França.

Snow e um amigo lançaram pelo serviço de microblog Twitter uma campanha convidando aqueles que precisassem retornar ao Reino Unido com urgência a entrar em contato para fazer a travessia. Na tarde deste domingo, no entanto, o serviço foi encerrado sem explicações.

Fonte: G1 (com informações da AP) - Fotos: AP

Austríaco bate campeão e fica com a vitória na 2ª etapa da Red Bull Air Race

O austríaco Hannes Arch conseguiu deter o domínio de Paul Bonhomme e derrotou o atual campeão na segunda etapa da Red Bull Air Race. A prova foi realizada neste domingo na cidade de Perth, Austrália, para um público estimado em 140 mil pessoas.

O austriaco Hannes Arch voa em Perth, na vitória da 2ª etapa da Red Bull Air Race

Bonhomme foi o vencedor da etapa inicial, em Abu Dhabi, mas desta vez não passou da terceira posição, apesar de liderar no geral, com 22 pontos. Arch, terceiro na classificação, ficou com o tempo de 1min26s51, seu melhor no fim de semana.

A segunda posição foi do australiano Matt Hall, que com a ajuda da torcida fez sua melhor posição na competição.

“Eu tive de lutar muito neste fim de semana. Não sabia se devia atacar ou apenas desacelerar. Estou satisfeito com o resultado”, disse o vencedor austríaco.

A próxima etapa da Red Bull Air Race será no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 9 de maio.

Brasileiro pode usar avião emprestado

Depois do acidente no treino de quinta-feira, o brasileiro Adilson Kindlemann pode voltar a pilotar em avião emprestado. O espanhol Alejandro MacLean se ofereceu para ajudar o colega na readaptação para a prova do Rio de Janeiro, em maio.

“Sou muito próximo a Adilson. Talvez seja o vínculo pelo sangue latino”, disse o espanhol, ao jornal O Globo. “É possível que ele vá à Espanha voar em um outro avião que tenho para treinar e se preparar para as próximas corridas.”

O acidente de Kindlemann foi o primeiro da Red Bull Air Race. Seu avião caiu no Rio sobre o qual é disputada a prova, mas ele foi tirado com ferimentos leves, apenas.

Fonte: UOL Esporte - Fotos: Divulgação/Red Bull

Parapente cai em Campo Magro (PR) e homem está desaparecido

Helicóptero da PRF auxilia bombeiros nas buscas

Equipes do Corpo de Bombeiros se deslocam ao Morro da Palha, em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba. A informação é que um parapente caiu e um homem está desaparecido. Helicoptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxilia na busca está desaparecido.

O parapente é um aeroplano em cuja asa (inflável e semelhante a um pára-quedas, que não apresenta estrutura rígida) são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros.

Fonte: Bem Paraná

MAIS


Moradores de Campo Grande (MS) reclamam de voos rasantes nos treinos da FAB

Os moradores do bairro Oliveira II, na região sul de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, reclamam dos voos "rasantes" praticados pelo pilotos da Força Aérea Brasileira. Segundo eles, os aviões e helicópteros passam em altura baixa, próximo às residências.

"Treme tudo aqui quando eles voam perto. Eu já nem tento assistir televisão, o barulho é demais", relata o gerente comercial Joviniano Duarte Ramos, morador da rua Maria Lúcia Passarelli, no limite com a cerca que delimita a área do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

O morador conta ainda que os voos chegam a ser feitos até altas horas da noite. "Temo pelos meus filhos. Se esses dias caiu um helicóptero lá no hospital, o que impede de cair em cima da minha casa?", diz o gerente comercial, relembrando o caso do helicóptero 8689 H-1H que caiu no pátio do Hospital Regional em 5 de fevereiro.

Para a professor Lauro Cristiano Guedes, os pilotos poderiam realizar os testes em outros locais. "Aqui moram famílias, que precisaram se acostumar com esse barulho e esses treinamentos. Mas é uma sensação constante de medo. A gente nunca sabe o que pode acontecer".

Residente em uma chácara próxima, a estudante Josileide Valim (foto) precisou se acostumar com os voos baixos dos aviões. "Tem dias que dá pra ver os pilotos dentro do avião de tão baixo que eles passam. Minha televisão nem funciona mais por conta disso", fala sobre o barulho.

Os bairros União, Oliveira, São Conrado e Santa Emília localizam-se no entorno da área do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Fonte: Campo Grande News - Foto: Fernando Dias

Queda de helicóptero mata soldado americano no Iraque

Pelo menos um soldado americano morreu e outros três ficaram feridos na queda de um helicóptero, de causas ainda desconhecidas, no norte do Iraque.

Segundo um comunicado divulgado hoje pelo Exército, o aparelho caiu na noite de sábado (17). "O acidente não foi atribuído a fogo inimigo e está atualmente sob investigação", assinala.

Não é a primeira vez que um helicóptero das Forças Armadas dos EUA cai no Iraque.

Em 21 de fevereiro, dois pilotos americanos morreram em um acidente de helicóptero numa base do Exército no norte do país.

Um total de 4.391 soldados dos EUA morreram desde o início da invasão em 2003.

Fontes: EFE via EPA / AFP - Foto: AFP