domingo, 18 de abril de 2010

Sul se transformou no reino dos blindados

TRUNFOS DA TROPA

Desde 2004 o Rio Grande do Sul vem recebendo unidades de blindados para guarnecer fronteira


As mudança no Exército mexem diretamente com a vida de 200 mil brasileiros (os militares e seus familiares) e, indiretamente, com milhões nas cidades que serão afetadas. Mas pouco atingirá o Rio Grande do Sul. É que a Região Sul já viveu sua maior alteração nas casernas. Juntos, paranaenses e gaúchos receberam três grandes unidades de blindados ao longo da última década, todas do Rio de Janeiro. Um regimento de carros de combate foi para Santa Maria, um foi para Ponta Grossa (PR) e os santamarienses receberam, ainda, o Centro de Instruções de Blindados.

O resultado disso é que a Região Sul concentra 90% dos blindados sobre lagarta (a maioria em Rosário do Sul, Santa Maria e Ponta Grossa, no Paraná), 100% da artilharia sobre carros (obuseiros), concentrados em Santa Maria, e 75% dos blindados sobre rodas (Cascavel e Urutu) .

– O pampa e as planícies centrais do Paraná são as áreas do país mais apropriadas para uso de carros de combate – explica o coronel Sylvio Cardoso, chefe de Comunicação Social do Comando Militar do Sul.

Além de sediar a maioria dos blindados, a Região Sul terá os melhores. Já começaram a chegar 250 carros de combate Leopard 1 A5, de fabricação alemã, considerados os melhores do mundo.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora) - Foto: Charles Guerra (08.11.04)

Nova cartada do Exército brasileiro

TRUNFOS DA TROPA

Com investimentos de R$ 149 bilhões até 2030, arma desloca quartéis para ampliar vigilância da Amazônia e prapara reforço de contingente com mais 59 mil novos integrantes

Os quartéis brasileiros estão em ebulição e não se trata apenas de comemorar a Semana do Exército, que transcorre até segunda-feira. É que está em andamento a maior modificação no tabuleiro de tropas já realizada no país desde que os militares assumiram o poder no Brasil, em 1964. A diferença é que a motivação agora não é ideológica, mas geopolítica. No cenário atual, brigadas de infantaria se mudaram ou estão em processo de mudança, desde o Litoral para o Planalto Central e para a Amazônia. Serão criados 28 novos postos de fronteira na região amazônica, para se somar aos 21 existentes. Outras unidades, de blindados, foram transferidas do Rio para o Rio Grande do Sul e Paraná ao longo dos últimos anos – e esses regimentos vivenciam, agora, o processo de modernização e aquisição de tanques de última geração.

Quando toda essa movimentação cessar, o Brasil terá 59 mil novos militares do Exército, a se somar aos 210 mil existentes agora. E um aparato bélico mais ágil. Os primeiros 8,3 mil soldados devem ser incorporados em até quatro anos. As mudanças no desenho das forças disponíveis das Forças Armadas começaram em meados dos anos 2000 e acontecerão até 2030. Como tudo na área militar, são cuidadosamente planejadas, a curto, médio e longo prazo. A maioria faz parte do Plano Nacional de Defesa, concebido pelo ministro da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim em 2009.

Como sempre, as principais modificações atingem a maior das forças, o Exército, que denominou Estratégia Braço Forte o seu planejamento estratégico para os próximos anos. A Braço Forte tem dois programas, Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria. No primeiro, serão criados 28 pelotões de fronteira, cada um deles com 50 integrantes, além de uma brigada com sede em Manaus. Com isso, o efetivo atual na Amazônia deve quase dobrar, passando de 25 mil para 49 mil militares (22 mil dos 59 mil previstos no reforço de contingente brasileiro devem ir para essa região).

Reforço é recado a países vizinhos

O segundo programa do Exército, o Sentinela da Pátria, prevê reforço de estruturas operacional e logística do meio para o oeste do país. É aí que entram as transferências de brigadas de infantaria do Rio para o Planalto Central e também de uma base da Força Aérea composta de aviões de transporte Hércules. A maior parte das mudanças envolve brigadas, que são módulos de combate independentes, cada uma delas com 3 mil militares. Elas são unidades capazes de se autogerenciar, já que, além de combatentes, têm servidores nas áreas de logística e contam com apoio de fogo (canhões ou tanques).

Para o fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), coronel reservista do Exército Geraldo Cavagnari, não acontece por acaso essa interiorização do Exército. O país é fronteiriço com 10 nações – algumas com sérias tensões fronteiriças. O reforço na Amazônia seria um recado subliminar a dois países vizinhos do Brasil que figuram entre os que mais investiram em aparato bélico na última década, Venezuela e Colômbia.

Nos venezuelanos, governados por um dirigente socialista, os militares brasileiros veem um adversário em potencial, até porque Hugo Chávez adquiriu dezenas de caças russos e centenas de milhares de fuzis nos últimos meses. Os militares colombianos, em tese, são aliados dos brasileiros, mas enfrentam guerrilhas que costumam entrar em território brasileiro. Investir em patrulhamento na fronteira com essas duas nações é dissuadi-las (ou a seus adversários internos) de tentarem qualquer enfrentamento aventureiro. Já o fortalecimento das unidades de blindados no Rio Grande do Sul é para exibir musculatura militar aos rivais históricos, os argentinos. No Paraná, também com forças mecanizadas reforçadas, a ideia é proteger a usina de Itaipu.

Tudo isso significa dinheiro, muito dinheiro. Mesmo quando não há aquisição de aparato bélico, a simples mudança de quartéis representa despesa, com transferência dos militares e suas famílias. Até 2030, somente para atendimento dos programas defendidos pelo Exército, a necessidade total de recursos atinge R$ 149 bilhões, o que equivale a R$ 7,5 bilhões por ano, durante duas décadas. O ministério da Defesa teve em 2009, para investir, apenas R$ 4,1 bilhões – e só o Exército precisa, agora, de R$ 7,5 bilhões anuais para se adequar à Estratégia Braço Forte. Nelson Düring, editor do site Defesanet.com.br e especialista em assuntos militares, diz que o pré-sal talvez resulte em verbas para o Braço Forte. Talvez.

– Há três décadas os militares imploram verbas. Se não sair agora, será posta em xeque a credibilidade do governo – pondera Düring.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)

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Avião de combate francês Rafale será testado em junho no Kuwait em meio a polêmica

O Kuwait vai testar os caças franceses Rafale em junho antes de tomar uma decisão final sobre a compra da aeronave, anunciou neste domingo o porta-voz do governo, Mohammad al-Bassiri, após uma reunião no Parlamento da qual participou o ministro da Defesa.

"O ministro da Defesa declarou aos deputados que a transação ainda está em estágio preliminar e que o ministério realizará avaliações técnicas", acrescentou o porta-voz aos jornalistas.

Vários deputados da oposição haviam ameaçado na semana passada submeter o primeiro-ministro ou o ministro da Defesa a uma audiência parlamentar se o contrato de milhões de dólares fosse assinado.

Os deputados haviam afirmado que a avaliação técnica dos Rafale feita pela Aeronáutica kuwaitiana tinha sido negativa, pois as aeronaves não apresentam avanços tecnológicos e seu preço é alto.

O projeto de compra pelo emirado de 28 aviões Rafale foi mencionado esta semana durante um encontro entre o presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro do Kuwait, Nasser Mohammed al-Ahmed al-Sabah, em visita a Paris.

No Brasil, o Rafale, da francesa Dassault, é considerado por muitos o favorito na disputa por um contrato de vários bilhões de dólares para a venda de 36 aeronaves com o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e com o Gripen NG, da sueca Saab.

Fonte: AFP

Cinzas vulcânicas não devem atrapalhar chegada da Discovery na 2ª feira

A nuvem de cinzas vulcânicas que atrapalha o tráfego aéreo na Europa não deve impedir a aterrissagem da nave espacial Discovery na Terra nesta segunda-feira, de acordo com o Centro Espacial Kennedy.

"A erupção do vulcão não afetará o pouso da Discovery. O percurso de regresso não é próximo à nuvem de cinzas", afirma o twitter do centro espacial.

A Discovery deixou a Estação Espacial Internacional neste sábado, encerrando uma missão de 10 dias para entrega de suprimentos e peças sobressalentes, antes que a Nasa aposente sua frota no fim deste ano.

O piloto Jim Dutton impulsionou suavemente os motores de navegação para retirar o ônibus espacial de seu porto na Estação às 12h52 (9h52 no horário de Brasília). A nave partiu a uma velocidade de 350 km/h em direção a Nova Guiné, no sudoeste do Oceano Pacífico.

Fonte: O Globo (com agências) - Imagem: NASA

Aéreas da Europa questionam critério para proibição

As empresas aéreas europeias questionaram neste domingo os critérios para a proibição de voos em grande parte do continente, depois de o embargo ter sido prorrogado até segunda-feira.

Fotografia de satélite europeu mostra as cinzas sobre o Reino Unido

Essas empresas já perderam milhões de euros devido à erupção de um vulcão na Islândia, que lançou uma enorme nuvem de cinza vulcânica no ar e forçou autoridades a proibir o tráfego aéreo em várias partes da Europa.

A Eurocontrol, organização responsável pela segurança aérea no continente, disse que ao final deste domingo o número total de voos cancelados desde o início da proibição, em 15 de abril, deverá chegar a 63 mil.

Os questionamentos foram motivados pela realização de voos-testes bem-sucedidos por empresas como Air France-KLM e Lufthansa. A British Airways informou que estava aguardando autorização realizar um voo teste no domingo.

As alemãs Lufthansa e Air Berlin criticaram o que eles chamaram de falta de pesquisa científica. Segundo o porta-voz da Air Berlin, Hans-Christoph Noack, a decisão de fechar o espaço aéreo foi tomada exclusivamente com base em uma simulação de computador. "Não foi usado sequer um único balão meteorológico para medir a quantidade de cinza vulcânica no ar", disse.

Axel Raab, porta-voz da agência nacional de segurança aérea da Alemanha, defendeu a decisão, alegando que ela seguiu regras internacionais e relatórios de serviços meteorológicos. Autoridades alemães autorizaram a decolagem de aviões em aeroportos de Berlim, Hamburgo, Hannover, Erfurt e Leipzig até as 18.00 GMT (15h de Brasília) de domingo.

A British Airways, uma das empresas mais afetadas pela proibição, cancelou todos os voos que partiriam de Londres no domingo e na segunda.

No Reino Unido, o espaço aéreo ficará fechado pelo menos até 00.00 GMT (21h de Brasília) de domingo. Na Irlanda, o embargo vale até pelo menos 12.00 GMT (9h de Brasília) de segunda-feira. Na França, os aeroportos do norte do país ficarão fechados até 06.00 GMT (3h de Brasília).

Fontes: DJ/Agência Estado - Imagem: ESA via INFO Online

Mobilização via Twitter dá carona de barco a europeus sem aviões

Com caos aéreo, europeus cruzam Canal da Mancha em barcos infláveis.

Resgate foi organizado por apresentador de TV.

Erupção de vulcão na Islândia fechou o tráfego aéreo britânico.


Passageiros chegam em barcos infláveis ao porto de Dover, na costa da Inglaterra, depois de cruzar o Canal da Mancha vindos de Calais, na França. A travessia foi ideia do apresentador de TV Dan Snow, que lançou uma "missão de resgate" depois que o fechamento do tráfego aéreo britânico por conta da erupção de um vulcão islandês deixou centenas de pessoas "presas" na França.

Snow e um amigo lançaram pelo serviço de microblog Twitter uma campanha convidando aqueles que precisassem retornar ao Reino Unido com urgência a entrar em contato para fazer a travessia. Na tarde deste domingo, no entanto, o serviço foi encerrado sem explicações.

Fonte: G1 (com informações da AP) - Fotos: AP

Austríaco bate campeão e fica com a vitória na 2ª etapa da Red Bull Air Race

O austríaco Hannes Arch conseguiu deter o domínio de Paul Bonhomme e derrotou o atual campeão na segunda etapa da Red Bull Air Race. A prova foi realizada neste domingo na cidade de Perth, Austrália, para um público estimado em 140 mil pessoas.

O austriaco Hannes Arch voa em Perth, na vitória da 2ª etapa da Red Bull Air Race

Bonhomme foi o vencedor da etapa inicial, em Abu Dhabi, mas desta vez não passou da terceira posição, apesar de liderar no geral, com 22 pontos. Arch, terceiro na classificação, ficou com o tempo de 1min26s51, seu melhor no fim de semana.

A segunda posição foi do australiano Matt Hall, que com a ajuda da torcida fez sua melhor posição na competição.

“Eu tive de lutar muito neste fim de semana. Não sabia se devia atacar ou apenas desacelerar. Estou satisfeito com o resultado”, disse o vencedor austríaco.

A próxima etapa da Red Bull Air Race será no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 9 de maio.

Brasileiro pode usar avião emprestado

Depois do acidente no treino de quinta-feira, o brasileiro Adilson Kindlemann pode voltar a pilotar em avião emprestado. O espanhol Alejandro MacLean se ofereceu para ajudar o colega na readaptação para a prova do Rio de Janeiro, em maio.

“Sou muito próximo a Adilson. Talvez seja o vínculo pelo sangue latino”, disse o espanhol, ao jornal O Globo. “É possível que ele vá à Espanha voar em um outro avião que tenho para treinar e se preparar para as próximas corridas.”

O acidente de Kindlemann foi o primeiro da Red Bull Air Race. Seu avião caiu no Rio sobre o qual é disputada a prova, mas ele foi tirado com ferimentos leves, apenas.

Fonte: UOL Esporte - Fotos: Divulgação/Red Bull

Parapente cai em Campo Magro (PR) e homem está desaparecido

Helicóptero da PRF auxilia bombeiros nas buscas

Equipes do Corpo de Bombeiros se deslocam ao Morro da Palha, em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba. A informação é que um parapente caiu e um homem está desaparecido. Helicoptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxilia na busca está desaparecido.

O parapente é um aeroplano em cuja asa (inflável e semelhante a um pára-quedas, que não apresenta estrutura rígida) são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros.

Fonte: Bem Paraná

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Moradores de Campo Grande (MS) reclamam de voos rasantes nos treinos da FAB

Os moradores do bairro Oliveira II, na região sul de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, reclamam dos voos "rasantes" praticados pelo pilotos da Força Aérea Brasileira. Segundo eles, os aviões e helicópteros passam em altura baixa, próximo às residências.

"Treme tudo aqui quando eles voam perto. Eu já nem tento assistir televisão, o barulho é demais", relata o gerente comercial Joviniano Duarte Ramos, morador da rua Maria Lúcia Passarelli, no limite com a cerca que delimita a área do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

O morador conta ainda que os voos chegam a ser feitos até altas horas da noite. "Temo pelos meus filhos. Se esses dias caiu um helicóptero lá no hospital, o que impede de cair em cima da minha casa?", diz o gerente comercial, relembrando o caso do helicóptero 8689 H-1H que caiu no pátio do Hospital Regional em 5 de fevereiro.

Para a professor Lauro Cristiano Guedes, os pilotos poderiam realizar os testes em outros locais. "Aqui moram famílias, que precisaram se acostumar com esse barulho e esses treinamentos. Mas é uma sensação constante de medo. A gente nunca sabe o que pode acontecer".

Residente em uma chácara próxima, a estudante Josileide Valim (foto) precisou se acostumar com os voos baixos dos aviões. "Tem dias que dá pra ver os pilotos dentro do avião de tão baixo que eles passam. Minha televisão nem funciona mais por conta disso", fala sobre o barulho.

Os bairros União, Oliveira, São Conrado e Santa Emília localizam-se no entorno da área do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Fonte: Campo Grande News - Foto: Fernando Dias

Queda de helicóptero mata soldado americano no Iraque

Pelo menos um soldado americano morreu e outros três ficaram feridos na queda de um helicóptero, de causas ainda desconhecidas, no norte do Iraque.

Segundo um comunicado divulgado hoje pelo Exército, o aparelho caiu na noite de sábado (17). "O acidente não foi atribuído a fogo inimigo e está atualmente sob investigação", assinala.

Não é a primeira vez que um helicóptero das Forças Armadas dos EUA cai no Iraque.

Em 21 de fevereiro, dois pilotos americanos morreram em um acidente de helicóptero numa base do Exército no norte do país.

Um total de 4.391 soldados dos EUA morreram desde o início da invasão em 2003.

Fontes: EFE via EPA / AFP - Foto: AFP

Obama tem plano de pousar em asteróide

Pousar o homem na Lua foi um grande feito. Agora, o presidente dos EUA deu à NASA um trabalho ainda mais difícil, com um certo “que” de Hollywood: enviar astronautas a um asteróide, uma rocha gigante em movimento, em 15 anos.

Especialistas do espaço dizem que esta viagem poderia levar vários meses a mais do que a viagem para a Lua, e possui muitos perigos.

"É a coisa mais difícil que podemos fazer" disse o administrador da NASA Charles Bolden.

Ir a um asteróide poderia fornecer treinamento completo para uma eventual missão a Marte, além de ajudar a entender os segredos da formação do universo. E pode dar á humanidade o conhecimento para fazer algo que só foi feito em filmes por galãs: salvar a Terra de uma colisão com um asteróide.

"Poderíamos salvar a humanidade. Isso vale a pena, não?”, disse Bill Nye vice presidente da Planetary Society.

O presidente Barack Obama reforçou o novo caminho da NASA durante visita ao Kennedy Space Center na quinta.

"Até 2025, esperamos que novas naves para longas jornadas permitam a primeira missão tripulada além da Lua e em direção ao espaço”, disse ele. “Vamos começar enviando astronautas a um asteróide pela primeira vez na história”.

No dia que o presidente anunciou a meta, uma junta de cientistas da NASA, engenheiros, e ex astronautas se encontrou em Boston para trabalhar em um plano que protegesse a Terra da colisão da terra com um cometa.

A NASA rastreou cerca de sete mil objetos próximos à Terra, dos quais 1.111 podem ser asteróides potencialmente perigosos.

Pousar em um asteróide “demonstraria de uma vez por todas que nós somos mais espertos que os dinossauros e podemos evitar o que eles não puderam”, disse o conselheiro de ciências da Casa Branca John Holdren.

Não há ainda um asteróide definido, mas alguns candidatos que passam a pelo menos 8 milhões de milhas da Terra. Isso é 20 vezes a distância da Lua, de 380 mil km.

A maioria dos candidatos tem menos de 1 km de largura. Ir a um asteróide poderia fornecer pistas da formação do sistema solar porque o asteróide é basicamente um fóssil de 4, 6 bilhões de anos, de quando os planetas se formaram, disse Don Yeomans, gerente do Near Earth Object, da NASA.

"Se humanos não conseguem chegar a objetos próximos à Terra, eles não podem chegar a Marte”, disse o professor de astrofísica do MIT Ed Crawley.

Asteróides contêm substâncias como hidrogênio, carbono, ferro e platina que poderiam ser usadas pelos astronautas para fazer combustível e equipamentos – habilidades necessárias para visitar Marte.

Enquanto a Apollo 11 levou oito dias para ir e voltar da Lua em 1969, uma viagem a um objeto próximo à Terra levaria cerca de 200 dias, disse Crawley. Isso exigiria novos propulsores e tecnologia de apoio. E seria mais arriscado. Abortar a missão em uma emergência seria o mesmo que deixar as pessoas presas no espaço por semanas.

A agência espacial pode ter que desenvolver novas tecnologias para que os astronautas passe tanto tempo no espaço, disse o chefe de tecnologia da NASA, Bobby Braun.

Mesmo que um asteróide esteja distante da Lua, a viagem usaria menos combustível e seria mais barata porque o asteróide não possui gravidade. O foguete que carrega os astronautas não gastaria combustível para escapar do campo de gravidade na volta.

Por outro lado, por causa da falta de gravidade, uma nave não poderia pousar em segurança, e os astronautas teriam que descer sozinhos ao solo, disse Yeomans.

"Será necessária uma maneira de se prender ao chão", disse Yeomans “Ou você se lançaria ao espaço a cada passo”.

Estar lá, em si, poderia ser completamente desorientador, disse o cientista Tom Jones, co diretor da equipe da NASA que protege a Terra de objetos perigosos. A pedra seria tão pequena que o Sol giraria pelo céu e o horizonte estaria a alguns passos de distância.

"Será um ambiente alienígena estranho" disse Jones. Mas ele, que é ex astronauta, disse que isso não impediria a vontade de astronautas de participar da missão. “Haverá muitas pessoas empolgadas com a ideia de explorar um mundo alien estranho”.

Fonte: AP via INFO Online

Portugal e Espanha são ‘saídas’ para brasileiros na Europa

Voos desses países estão chegando normalmente, segundo a Infraero.

Número de voos cancelados na Europa deve chegar a 63 mil.


Aeroporto de Milão foi transformado em 'dormitório' para passageiros que não conseguem embarcar

Com a maioria dos aeroportos europeus fechados por conta da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que espalhou nuvem por todo o continente, Portugal e Espanha são as “saídas” do continente para os brasileiros que precisam voltar ao país. De acordo com a Infraero, estatal que administra os aeroportos nacionais, os voos vindos desses países estão chegando normalmente.

Também não há registros de cancelamentos de voos vindos de Roma, onde o aeroporto se mantém aberto. Na Espanha, 11 aeroportos estão fechados – mas os voos para o Brasil partindo de Madri operam normalmente.

No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o principal do país, dez voos foram cancelados neste domingo, vindos de Milão, Frankfurt, Munique, Londres, Paris e Zurique. A Infraero ainda não tinha o balanço de voos cancelados no aeroporto do Rio de Janeiro.

Fonte: G1 (com informações de agências internacionais)

Nuvem de cinzas: testes feitos por companhias aéreas não revelam problemas

Nesta foto, tirada por uma janela, os aviões são vistos estacionados na pista no aeroporto de Malpensa, nos arredores de Milão, na Itália, hoje

As companhias aéreas KLM e Lufthansa efetuaram voos de teste e não detectaram quaisquer problemas com os aparelhos. Os ministros dos transportes da União Europeia reúnem-se amanhã, em videoconferência, para examinar os resultados.

Após voos de teste e a respectiva inspeção dos aparelhos, a companhia aérea holandesa KLM não verificou danos nos motores nem concentrações de cinza que pudessem ser perigosas. A alemã Lufthansa também não detectou problemas. As transportadoras italianas e francesas anunciaram que também vão efetuar voos de teste ainda hoje, domingo.

A Associação de Pilotos Holandeses (VNV) acredita na possibilidade dos voos serem retomados, com algumas restrições, apesar da nuvem de cinza que se encontra no espaço aéreo europeu.

A KLM, que voou a pedido da União Europeia, fez os testes com um Boeing 737-800, sem passageiros, a uma altitude regular de 10 km. Já a Lufthansa fez voar 10 aviões vazios de Munique para Frankfurt a uma altitude de 8 km.

“Não encontrámos nada fora do vulgar nem irregularidades, o que indica que a atmosfera está limpa e é segura para voar”, disse um porta-voz da KLM, que é parte da Air France – KLM.

A KLM espera que sete dos seus aviões possam voar ainda hoje, domingo, da Alemanha para Amesterdã, e uma permissão para voltar a voar.

Amanhã, segunda-feira, os ministros dos transportes da União Europeia vão reunir-se em videoconferência para examinar os resultados dos voos de teste, disse o ministro dos Transportes britânico, Andrew Adonis, hoje, domingo, à BBC.

Fonte: Jornal de Notícias (Portugal) - Foto: AP

Saiba mais: Raio-x da Islândia

Nome oficial: República da Islândia
Capital: Reykjavík
População: 306.694
Tipo de governo: República Constitucional
Clima: Temperado; moderado pela Corrente do Atlântico Norte, inverno suave, ventoso, úmido, verão fresco
Relevo: Maioria de planaltos intercalados com picos de montanhas e campos gelados; litoral profundamente recortado por baías e fiordes
Perigos naturais: Terremotos e atividade vulcânica

Fonte: CIA Factbook via UOL Notícias

Aeroportos da Espanha e da França reabrem; caos aéreo na Europa já dura quatro dias

Os aeroportos do norte e do leste da Espanha, que tinham sido fechados neste domingo por causa da nuvem de cinzas vulcânicas, foram todos reabertos às 13h30 (10h30 de Brasília), anunciou um porta-voz da aviação espanhola (Aena). Diversos aeroportos franceses voltaram a operar voos e devem continuar abertos pelo menos até a tarde de segunda-feira.

Menina aguarda voo no aeroporto dde Frankfurt, na Alemanha

O caos no transporte aéreo na Europa continua neste domingo sem previsão de término. Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados há quatro dias, desde o início da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que lançou uma nuvem de partículas vulcânicas na atmosfera.

A maioria dos aeroportos internacionais europeus continua inoperante e 18 países permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, enquanto a nuvem vulcânica não se dissipa. Segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol), está totalmente restrito o tráfego aéreo da Bélgica, Estônia, Finlândia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Polônia, Croácia, Hungria, Suécia, Eslovênia, República Tcheca, Romênia, Suíça, Sérvia, Bulgária, Letônia e Eslováquia.

Há fechamentos parciais nos céus da Alemanha, Itália, França, Áustria, Irlanda, Noruega, Letônia e Ucrânia. Cerca de 20 mil voos foram ou serão cancelados hoje.

No sábado, cerca de 17 mil voos, três quartos dos voos previstos, foram cancelados. Passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas. O serviço Eurostar, que liga a Grã-Bretanha ao continente europeu está lotado até segunda-feira.

Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão – uma mistura de partículas de vidro, areia e rocha – podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.

Nuvem está parada

Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão já está produzindo menos cinzas. No entanto, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas continuam não colaborando para dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas. De acordo com Brian Golding, chefe de pesquisa de previsão da Agência Meteorológica Britânica (Met Office), ela deve permanecer sobre o país "durante vários dias". "Precisamos de uma mudança na direção dos ventos que permaneça assim durante vários dias. E não há qualquer sinal disso no futuro imediato", disse Golding.

A erupção do vulcão se mantém estável e nas últimas 36 horas não foi registrado o aumento das águas por causa do derretimento da geleira. O derretimento estava acontecendo, embora em menor velocidade, em quantidade suficiente para que a água alcançasse o magma e causasse explosões. Entre 100 e 150 milhões de metros cúbicos tinham derretido até ontem, cerca de 10% a 15% do gelo depositado na base do vulcão.

A fissura vulcânica tem uma longitude de cerca de um quilômetro e se estende do norte ao sul na parte sudoeste do alto da cratera.

Veja fotos da situação nos aeroportos

Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia

Os espaços aéreos da Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia continuavam fechados neste domingo. A entidade estatal que controla a navegação aérea na Dinamarca, a Naviair, estendeu hoje as restrições totais até às 22h (de Brasília). Na Finlândia, o fechamento total do espaço aéreo foi prorrogado até às 13h da segunda-feira. A Agência de Administração da Aviação Civil sueca limitou as restrições até às 10h de hoje, incluindo algumas regiões do norte do país que tinham estado abertas de forma limitada durante algumas horas os últimos dias. Já a Avinor, estatal que controla o tráfego aéreo e os aeroportos noruegueses, decretou a abertura de uma ampla área, desde Kristiansund, no centro do país, até Berlevag, na província de Finamarca, fronteira com a Rússia.

Grã-Bretanha, Irlanda, República Tcheca e Itália

A proibição de voos na Grã-Bretanha foi estendida até as 19h deste domingo (15h, no horário de Brasília. As autoridades afirmaram que a decisão foi tomada após consultar a última previsão do Escritório de Meteorologia, que mostram que a nuvem de cinzas continua cobrindo a prática totalidade do espaço aéreo britânico. O tráfego aéreo está fechado no Reino Unido desde a manhã da quinta-feira.

O professor Brian Golding, chefe de previsões do Escritório Meteorológico britânico, disse que é provável que a nuvem vulcânica permaneça sobre o Reino Unido durante vários dias mais.

"Em termos de fechamento de espaços aéreos, isso é pior que 11 de setembro. A interrupção é pior do que qualquer coisa que já vimos", disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.

Outros países que confirmaram hoje o fechamento de todos os aeroportos para pousos e decolagens até segunda-feira foram República Tcheca e Irlanda. O espaço aéreo de ambos não abrirá antes do início da tarde de amanhã (na hora local).

Enquanto isso, os aeroportos do norte da Itália continuavam fechados, o que levou a um excesso da demanda do serviço ferroviário, que ficou lotado. Segundo a Sociedade Aeroportuária de Milão, citada pelo "Corriere della Sera", calcula-se que ao redor de 50 mil pessoas tiveram que perder a viagem até agora. O Ente Nacional de Aviação Civil italiano (Enac) dispôs ontem o fechamento dos aeroportos do norte do país até a segunda-feira 19 de abril.

Suíça, Bélgica, Holanda e Alemanha

O espaço aéreo suíço permanecerá fechado, pelo menos, até as 14h (9h, Brasília) de segunda-feira, segundo anunciou hoje o Escritório Federal de Aviação Civil. A decisão amplia ainda mais a proibição de voos na Suíça, que ainda hoje tinha sido estendida até a manhã de segunda-feira. O espaço aéreo da Suíça permanece fechado desde a meia-noite de sexta-feira (19h de quinta).

Na Bélgica, o fechamento do espaço aéreo foi prolongado até pelo menos às 10h.

Já a Holanda prolongou o fechamento de seu espaço aéreo até, pelo menos, as 10h horas (Brasília). O aeroporto de Schiphol de Amsterdã, um dos que operam mais voos na Europa, vai continuar fechado "até novo aviso".

O espaço aéreo alemão permanecerá fechado pelo menos até às 16h de hoje (horário de Brasília) como consequência da nuvem de cinzas de um vulcão islandês que afeta ao tráfego aéreo europeu, informaram hoje as autoridades aeroportuárias. O bloqueio afeta os 16 aeroportos internacionais do país assim como todos os regionais.

Na Alemanha e na Holanda, as companhias aéreas Lufthansa e KLM realizaram voos de teste e estudam as aeronaves para detectar qualquer problema que possa ter sido provocado pelas partículas vulcânicas. As empresas ainda não divulgaram conclusões definitivas sobre as experiências.

A holandesa KLM afirmou que uma de suas aeronaves, um Boeing 737, atingiu a sua altitude máxima de cruzeiro, sobrevoando a Holanda a cerca de 13 km, e não registrou problemas durante o voo.

Na Alemanha, a Lufthansa afirmou ter realizado dez voos entre Frankfurt e Munique. "Todos os aviões foram inspecionados ao pousar em Frankfurt, mas não detectamos danos às janelas da cabine dos pilotos ou à fuselagem e nenhum impacto sobre os motores", disse um porta-voz.

Mesmo assim, a previsão é que o espaço aéreo da Holanda e da Alemanha permaneça fechado até as 14h e 19h, respectivamente. As autoridades aéreas só vão liberar os voos no país depois de extensos testes técnicos em terra para detectar qualquer possível avaria aos sistemas.

Bulgária, Estônia, Letônia e Lituânia

A Bulgária fechou indefinidamente seu espaço aéreo desde as 9h hora local (3h de Brasília) de hoje informou à Efe em Sófia fontes do Ministério de Transporte. Essas fontes acrescentaram que devido à nuvem de cinzas todos os aeroportos do país balcânico permanecerão fechados, por isso que não haverá nem aterrissagens nem decolagens.

O espaço aéreo de Estônia, Letônia e Lituânia continuará fechado pelo menos até a tarde de hoje. Fontes da Direção de Aeronáutica da Lituânia informaram que a medida vai ficar em vigor até as 16h local (12h de Brasília). Restrições similares foram impostas pelas autoridades da Letônia e Estônia, as outras duas repúblicas bálticas que fizeram parte da extinta União Soviética. O espaço aéreo dos países bálticos permanece fechado desde a sexta-feira passada.

Funeral afetado

Os funerais e o enterro do presidente polonês, Lech Kaczynski, e sua esposa Maria, mortos há oito dias em acidente aéreo, acontecem hoje na Cracóvia com a ausência em massa da maioria dos estadistas mundiais que tinham anunciado sua presença nas exéquias.

A nuvem de cinza vulcânica que paralisa o tráfego aéreo em uma grande parte da Europa causou a suspensão da viagem à Cracóvia do presidente americano, Barack Obama, e também de lideres geograficamente mais próximos como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o rei Juan Carlos da Espanha, o príncipe de Gales e o rei Carl Gustav da Suécia.

A princípio tinham anunciado sua presença nos funerais do presidente polonês altas representações de 98 países, embora desde as primeiras horas da tarde do sábado começaram a acontecer os cancelamentos, começando pelos países mais afastados como foi o caso da Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Paquistão e Índia.

Prejuízos milionários

Somados às dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas, estão prejuízos milionários provocados pela nuvem vulcânica. Além dos voos europeus, a grande maioria dos voos transatlânticos – apenas 55 de 337 viagens previstas foram realizadas – também está sendo cancelada, bem como os voos da China para a Europa.

Em cidades como Bangcoc e Cingapura, cujos aeroportos são muito usados como escalas para voos da Ásia para a Europa, as informações são de que a ocupação dos hoteis está próxima de sua capacidade máxima.

A estimativa é que o caos aéreo esteja provocado prejuízos de cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 350 milhões) por dia às companhias aéreas. Para os passageiros ilhados, a conta pode incluir despesas imprevistas com diárias de hotel, extensão de seguros de viagem, médicos e com alimentação, entre outros.

De acordo com o editor de economia da BBC Robert Peston, os problemas podem se transformar em um "grande desastre econômico", já que várias companhias aéreas vinham atravessando dificuldades financeiras mesmo antes do caos vulcânico.
Peston afirma que, segundo informações de executivos das empresas aéreas, se os problemas continuarem por muito mais dias, várias delas vão afundar em dificuldades financeiras e talvez precisem de socorro dos governos.

Fonte: UOL Notícias (com agências internacionais) - Foto: AP

sábado, 17 de abril de 2010

Foto do Dia

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O Airbus A380-861, prefixo F-WWDD/28, da Airbus Industrie, fotografado em 15 de novembro de 2009, no Dubai Airshow 2009, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.


Foto: Lystseva Marina - Russian AviaPhoto Team
(Airliners.net)

Duas pessoas morrem calcinadas em queda de avião no México

Uma passageira e uma criança em solo ficaram feridas

Duas pessoas morreram neste sábado (17) calcinadas e duas ficaram feridas na queda de um pequeno avião em Hidalgo, centro do México, no estacionamento junto a uma zona residencial, informou a Defesa Civil.

O avião Cessna, de quatro lugares, pertencente a escola de aviação Aeropacífico, havia ficado retido no aeroporto da Cidade do México por 15 dias, por não terem autorização da Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) para decolar. Depois de cumprir todas as formalidades, hoje foi finalmente autorizada a voar pela DGAC. A autorização dava permissão para levar apenas duas pessoas a bordo.

A aeronave partiu da Cidade do México com destino a cidade de Acapulco (sudeste), com previsão de realizar uma escala para reabastecimento, levando três pessoas a bordo.

O acidente ocorreu após essa escala para reabastecimento realizada por volta das 10:30 (hora local) no aeroporto Juan Guillermo Villasana, em Pachuca de Soto, no Estado de Hidaldo.

Logo após a decolagem, a aeronave passou a sobrevoar um bairro residencial a baixa altitude e, em seguida, caiu num estacionamento, chocando-se contra a parede de um imóvel que estava vazio naquele momento. A aeronave explodiu em chamas.

Morreram calcinados no acidente o piloto Roberto Angel Ortiz, 28 anos, e o copiloto Juan Marroquin, 30.

A passageira Leyva Silvia Davalos, 29, noiva do copiloto, ficou gravemente ferida e foi transferida para um hospital da cidade.

Uma menina, de três anos de idade, que estava vendo televisão em uma residência próxima ao local da queda, ficou ferida devido a queimaduras provenientes do calor gerado pelo fogo na aeronave. Alguns residentes na área sofreram crise nervosa.

Segundo o Chefe de Estado da Proteção Civil, Miguel Garcia Conde, durante a queda, o avião colidiu em fios de alta tensão, o que causou um apagão na área.

Foram para o local as autoridades de Proteção Civil estadual e municipal, os bombeiros, a polícia estadual e o Exército, que isolou a área.

Especialistas da DGAC trabalham na área, que está sob vigilância por elementos militares. A Procuradoria Geral da República (PGR) está a cargo do inquérito.

Fontes: Diario Rotativo de Querétaro / El Sol de Hidalgo - Tradução: Jorge Tadeu (Blog Notícias sobre Aviação) - Fotos: rotativo.com.mx

Avião russo tenta voar sobre espaço aéreo europeu e é obrigado a desviar rota e pousar em Viena

Um A321 da companhia russa Ural Airlines realizando o voo U6-3511 - entre Moscou e Roma -, foi obrigado a realizar uma aterrissagem em Viena, na Áustria, neste sábado (17) ao meio-dia (hora local), ignorando o encerramento do espaço aéreo austríaco, decretado desde a noite de sexta-feira, informou a Peter Schmidt, autoridade do Controle de Tráfego Aéreo da Áustria.

O Airbus A321-211, prefixo VQ-BDA, estava voando no espaço aéreo a baixa altitude, em FL 180, durante todo o trajeto. Essa altitude não é afetada pela proibição das medidas tomadas devido à presença de uma nuvem de cinzas vulcânicas da Islândia nos céus europeus.

Vários países percorridos a partir da capital da Rússia até a Itália haviam fechado seu espaço aéreo na sexta-feira ou madrugada de sábado. "Não sei por que os pilotos da aeronave não foram informados do encerramento do espaço aéreo", completou Schmidt.

Em rota, algumas milhas a oeste de Cracóvia, na Polônia, o avião foi obrigado a descer para 9.500 pés. Quando estava a 60 nm a sudoeste de Viena, na Áustria, (Áustria) e cerca de 30 nm a nordeste da cidade de Graz, (também na Áustria), a tripulação relatou estar com pouco combustível e desviou para Viena, onde o avião pousou em segurança 30 minutos mais tarde.

O Aeroporto de Viena informou que a tripulação relatou estar com pouco combustível, mas sem declarar emergência. O aeroporto, que permaneceu aberto apesar do encerramento do espaço aéreo para todo o tráfego IFR, recebeu o avião.

A tripulação não relatou nenhuma anormalidade. O avião foi inspecionado e estava sem avarias, apesar de ter voado quase todo o caminho no espaço aéreo fechado para o tráfego IFR, devido às nuvens de cinzas.

A Austrian Airlines, com sede em Viena, bem como a FlyNiki, exigem agora um exame minucioso do Airbus A321-200 para verificar se houve qualquer contaminação nos motores e nas medições da densidade de cinzas na atmosfera. O objetivo é avaliar se os modelos matemáticos sobre o perigo das cinzas na atmosfera são corretos ou são realizados com dados insuficientes.

Fontes: AFP / Aviation Herald - Foto (Aeroporto Salzburg Maxglan, na Áustria, em 13.03.2010): Edwin Romijn/JetPhotos

Memorial de acidente aéreo da Polônia atrai 100 mil

Aproximadamente 100 mil poloneses compareceram à praça Pilsudski, em Varsóvia, para participar de uma cerimônia em memória das 96 pessoas mortas em um acidente aéreo ocorrido há uma semana. A multidão agitava bandeiras polonesas decoradas com faixas pretas, simbolizando luto, em frente a um grande palco branco, com uma cruz no centro, com fotos das vítimas do acidente ao fundo - entre elas a do presidente polonês Lech Kaczynski.

Os nomes das vítimas foram lidos em voz alta, começando pelo presidente e por sua esposa, Maria, enquanto Marta - filha única do casal - e Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo de Lech e ex-primeiro ministro da Polônia, ouviam. Também compareceram à cerimônia o ex-presidente Lech Walesa, o primeiro-ministro, Donald Tusk, e o presidente interino, Bronislaw Komorowski.

"Nosso mundo desmoronou pela segunda vez no mesmo lugar", disse Komorowski sobre o acidente aéreo, ocorrido perto da floresta Katyn, na Rússia, local onde também ocorreu um massacre de oficiais poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Tusk disse que o acidente foi um evento calamitoso e o classificou como "a maior tragédia na Polônia desde a guerra".

O memorial é uma das cerimônias que serão realizadas entre sábado e domingo e será seguido por uma missa na catedral de São João às 18h em horário local (13h em horário de Brasília), em Varsóvia.

No domingo, ocorrerá o funeral do presidente e de sua esposa. Alguns líderes mundiais que pretendiam participar do evento cancelaram os planos, citando a nuvem de poeira vulcânica que paira sobre a Europa e provocou a interrupção das operações em diversos aeroportos.

Até o momento, as delegações do Egito, da Macedônia, da Índia, do Japão, da Coreia do Sul, do México, da Nova Zelândia e do Paquistão cancelaram os planos para comparecer ao funeral, de acordo com o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Piotr Paszkowski. O rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, e a presidente da Finlândia, Tarja Halonen, também cancelaram a viagem.

A Polônia ainda espera a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, e do presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.

O gabinete do presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que embora os aeroportos franceses estejam fechados até segunda-feira, ele pretende viajar a Cracóvia no domingo. O presidente da República Checa, Vaclav Klaus, disse que viajará à Polônia de trem e carro, enquanto o presidente da Eslováquia, Ivan Gasparovic, e o presidente da Eslovênia, Danilo Turk, divulgaram que iriam de carro.

Todos os aeroportos na Polônia permanecem fechados neste sábado para voos que ultrapassem uma altura de 6 mil metros por conta da nuvem de cinzas vulcânicas, inclusive em Cracóvia e em Balice, cidades que devem receber a maior parte das autoridades no domingo, segundo Grzegorz Hlebowicz, porta-voz das autoridades do setor aéreo da Polônia.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Un-chan, cancelou a viagem e o cardeal Angelo Sodano, reitor do Sacro Colégio Pontifício, não conseguiu embarcar num avião de Roma até a Polônia para realizar a missa em memória dos mortos.

O funeral de domingo deve começar às 14h em horário local (9h no horário de Brasília), começando com uma missa na Basílica de Santa Maria de Cracóvia. Os corpos do presidente e da primeira-dama serão então transportados pela cidade antiga até a catedral de Wawel, onde serão enterrados.

Fonte: AP/Agência Estado - Foto: AFP

Confirmado: Queda de helicóptero mata quatro soldados espanhóis no Haiti

Conforme notíciado por este Blog nesta sexta-feira (16), quatro soldados espanhois que estavam desaparecidos após a queda do helicóptero Agusta-Bell 212ASW, da Marinha da Espanha (Eslla 003), em que viajavam, na manhã desta sexta-feira, no Haiti, morreram, informou à AFP o porta-voz da Missão da ONU de Estabilização no Haiti (Minustah).

"Os quatro militares espanhóis morreram", declarou o porta-voz da Minustah George Ola-Davies.

Sua morte foi constatada pela tripulação dos dois helicópteros americanos Black Hawk enviados ao local. Os corpos dos soldados "seguem no local" e serão resgatados, "com segurança, após a chegada das forças espanholas", disse o porta-voz.

Os corpos dos soldados "serão rapidamente repatriados para a Espanha", disse por sua parte o consul geral espanhol no Haiti, Juan Pedro Gómez.

O acidente ocorreu em Fond Verrettes (sudeste haitiano) às 10h30 locais (12H30 de Brasília), declarou à AFP o porta-voz da Missão de Estabilização para o Haiti da ONU (Minustah), Georges Ola-Davies.

Um helicóptero chileno da Minustah chegou rapidamente à zona e "localizou o ponto da queda", mas não pôde pousar por se tratar de uma área montanhosa.

A Minustah pediu ajuda então ao Exército americano, que enviou dois helicópteros Blackhawk. Além disso, o exército espanhol também mandou duas aeronaves ao local do acidente.

O helicóptero espanhol fazia parte de um contingente de 450 soldados enviados por Madri ao Haiti, após o terremoto de 12 de janeiro que deixou 220 mil mortos e 1,3 milhão de desabrigados.

Os espanhóis não integram a Missão da ONU no Haiti.

Em outubro passado, 11 capacetes azuis da ONU morreram em um acidente aéreo na mesma região.

Fontes: AFP / ASN - Foto: El País

Após acidente de helicóptero, cinegrafista volta à TV Record

Alexandre Borracha (foto/meio), cinegrafista da Record que sofreu um acidente de helicóptero em fevereiro, voltou à emissora nesta semana.

O profissional passou 14 dias em coma induzido, além de mais de um mês no hospital, período em que foi induzido a quatro cirurgias. Recuperado, Borracha está fazendo fisioterapia com o objetivo de recuperar a massa muscular perdida. Ele não tem nenhuma sequela.

Os âncoras do "Jornal da Record" Ana Paula Padrão e Celso Freitas registraram o momento em uma foto, publicada no twitter da jornalista.

Em fevereiro, um helicóptero da Record caiu no Jockey Clube, na Zona Sul de SP. A aeronave começou a rodopiar enquanto sobrevoava o local, perdeu altitude e caiu sobre o gramado do Jockey. Logo em seguido os bombeiros foram acionados. O piloto da helicóptero morreu no momento da queda.

Fonte: NaTelinha - Fotos: Reprodução (via Twitter de Ana Paula Padrão) / Mario Ângelo (AE)

Discovery se desacoplou da Estação Espacial Internacional

O ônibus espacial Discovery se separou hoje da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), 12 dias depois de dar início a uma missão para transferir mais de sete toneladas de equipamentos à plataforma.

O piloto James P. Dutton finalizou a separação do Discovery às 9h52 (horário de Brasília), e depois deu um giro completo em volta da ISS para fazer uma série de fotografias e vídeos da parte exterior do complexo espacial.

Se não surgirem problemas originados pelo mau tempo, o Discovery pousará no Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, na segunda-feira de manhã, informou a Nasa (agência espacial americana) em seu site.

"Foram excelentes hóspedes. Retornem em breve. Que tenham um bom pouso", disse o engenheiro da ISS, Timothy Creamer.

Em sua última viagem de ida e volta à ISS, o ônibus espacial voltará para a Terra com 2,5 toneladas de resultados de vários experimentos científicos.

A separação das estruturas ocorreu pouco depois de os astronautas completarem a revisão do escudo térmico da nave e determinarem que o equipamento não sofreu danos durante o lançamento e que está pronto para suportar a colisão molecular de sua entrada na atmosfera terrestre.

A revisão geralmente é realizada pouco antes do acoplamento das naves na ISS, mas o procedimento teve que ser cancelado devido a problemas na antena do radar Ku-Band, que transmite vídeos e informação, em tempo real, aos engenheiros em terra.

Fonte: EFE via iG - Imagem: NASA

NASA começa voos com jatos robóticos

Um dos jatos de pesquisa mais novos da NASA voou sobre o Pacífico na terça-feira em uma missão de 24 horas para estudar a atmosfera da Terra.

A NASA controla o avião acima usando um computador

O piloto permaneceu sentado em uma cadeira, em um compartimento sem janelas, no deserto de Mojave, monitorando o voo autônomo do Global Hawk através de uma série de telas de computador.

Os Global Hawks foram projetados para atuação em grandes altitudes, durante muito tempo e em missões inteligentes da Força Aérea, que entregou à NASA três versões durante o projeto de desenvolvimento.

Este mês, a NASA começou a testar um deles pela primeira vez em vôos em grandes áreas do Pacífico, para demonstrar sua utilidade científica.

"Ela nunca foi usada por uma agencia civil e nunca foi usada para estudos científicos da Terra”, disse David W. Fahey, pesquisador da National Oceanic and Atmospheric Administration.

Com seu nariz largo, em forma de baleia e cauda em V, o Global Hawk tem 44 pés de comprimento e suas asas se estendem por 35 metros — quase a envergadura de um Boeing 737.

Capaz de carregar mais de 450 kg em instrumentos científicos, o Global Hawk pode operar em altitudes de mais de 20 km e permanecer 30 horas no ar, voando mais de 20 mil km. Isso permite que ele observe regiões remotas da atmosfera como o equador e os árticos, disse Fahey.

"Com seu alcance e duração, podemos estar longe desses locais e ainda assim operar uma plataforma que recolhe amostras necessárias”, ele disse.

O Global Hawk é um híbrido entre um satélite e uma nave, disse Paul Newman, cientista sênior do Goddard Space Flight Center.

"Este avião voa naturalmente na atmosfera, então é uma plataforma perfeita para estudos de ozônio”, disse. No outono, um Global Hawk será testado em pesquisas de furacões do Atlântico. A aquisição da nave marca a mais nova conversão de tecnologia militar em uso civil pela NASA.

A Agência Espacial voa um avião espião U-2 convertido, rebatizado de ER-2, e um Predator B não tripulado batizado de Ikhana. Nos anos 90, a NASA usou dois aviões espiões de alta velocidade Air Force SR-71 Blackbird para pesquisas.

Um dos objetivos da NASA é aumentar o desenvolvimento dos Global Hawks, disse Newman . "os militares geralmente voam a uma altitude constante, ele sligam seus instrumentos quando chegam a um alvo, e os desligam quando o alvo sai”, disse.

A ideia dos cientistas é ligar os instrumentos em terra e mantê-los ligados até que a aeronave retorne, mas muitos problemas impedem que isso aconteça agora.

A Federal Aviation Administration permite que os Global Hawks operem somente sobre os oceanos, enquanto a segurança das aeronaves em solo americano é estudada.

O Global Hawk testado esta semana deveria voar pelo norte do Pacífico e costa da América do Norte, virando depois seu rumo. Abaixo do Havaí, a nave deveria virar a leste e passar próxima de um aglomerado de satélite que observam a área.

Isso permitiu uma amostragem da atmosfera que os satélites medem remotamente do espaço, já que o laser a bordo é idêntico a um dos instrumentos do espaço. “Assim, podemos provar que os satélites estão funcionando corretamente”, disse Newman.

O primeiro voo do Global Hawk em seu teste no Pacífico durou 14 horas e mais três vôos estão programados.

Fonte: AP via INFO Online - Foto: AP/NASA

Nasa divulga imagem de satélite de fumaça de vulcão

Especialistas temem que cinzas da fumaça entrem nos motores de aviões entupindo as turbinas

A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou nesta sexta-feira imagens de satélite que mostra a propagação das plumas de fumaça geradas pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia. Mais de 50% dos voos programados para hoje na Europa foram cancelados por causa de uma nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão.

O temor dos especialistas é de que cinzas contidas na fumaça entrem nos motores de aviões entupindo as turbinas o que pode provocar a parada do motor em pleno voo.

Diferente da fumaça suave da queima de vegetação, cinzas vulcânicas carregam finíssimas partículas pontiagudas de rocha que, se sugadas pelas turbinas, podem danificar o motor.

Os radares meteorológicos da aeronave não conseguem registrar as cinzas vulcânicas em suspensão. Desde ontem, os aeroportos de várias cidades europeias estão fechados por causa dessa nuvem. A Europa tem, diariamente, cerca de 28 mil voos programados.

Fonte: Zero Hora - Foto: NASA

Brasileiros que não viajaram podem pedir dinheiro de volta

Segundo Anac, passageiros de 19 voos cancelados ontem no País poderão remarcar viagem sem custo

O fechamento dos aeroportos europeus em decorrência das cinzas do vulcão islandês provocou ontem o cancelamento de 19 voos no Brasil. As partidas para Londres, Paris, Amsterdã, Frankfurt, Munique e Zurique foram suspensas.

As companhias aéreas British Airways e Air France cancelaram todos os voos previstos para hoje. Ontem, a TAM suspendeu os voos que iam para Londres, Paris e Frankfurt. Partidas da KLM, Lufthansa, Swissair e as conexões da TAP em Lisboa também foram suspensas.

Os passageiros com viagem marcada para o fim de semana devem entrar em contato com as empresas para confirmar se houve cancelamento. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os passageiros podem remarcar a viagem sem custo adicional ou optar pela devolução integral do valor do bilhete.

Além dos que não conseguiram embarcar, outras pessoas que vivem no País acabaram ficando "presas" nos aeroportos da Europa, sem conseguir voltar para o Brasil ou seguir viagem.

É o caso do advogado e empresário chinês radicado em São Paulo Tang Wei, que é secretário-geral da Câmara do Comércio Brasil-China.

Feira. Wei lideraria um grupo de cerca de 30 empresários brasileiros que vão à Contonfair, a maior feira comercial chinesa, na cidade de Guangzou, no Cantão. O grupo já está no país asiático, porque saiu de São Paulo nos dias 11 e 13 e viajou via África do Sul. O secretário-geral, no entanto, precisou ir pela Europa, pois teve compromissos em alguns países europeus.

Na noite de quarta-feira, Wei foi para o aeroporto de Amsterdã, mas já não conseguiu embarcar por causa das cinzas do vulcão. Desde então, ele está na sala de espera e aguarda a oportunidade de seguir para a China, apesar de já ter perdido compromissos importantes.

Na última vez que fez contato com o escritório brasileiro, mandou fotos nas quais aparecem centenas de pessoas deitadas nos bancos e sobre malas, no saguão do aeroporto.

Fonte: Talita Eredia e Renato Machado (O Estado de S.Paulo)

Vulcão leva Europa ao terceiro dia de caos aéreo

Pelo terceiro dia consecutivo, os aeroportos da Europa permaneceram fechados em razão da erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, ampliando o caos no transporte aéreo internacional. Sem melhorias na meteorologia, as nuvens de cinzas continuam invadindo o continente, rumando ao sul e ao leste, e ampliando o número de países prejudicados pela proibição de voar. As principais autoridades de aviação civil estenderam o fechamento dos aeroportos, alguns até segunda-feira.

Pela previsão do Eurocontrol, o escritório de controle do tráfego aéreo na Europa, mais 16 mil voos devem ser cancelados hoje - de 22 mil previstos em um sábado normal. No balanço dos três últimos dias, cerca de 41 mil decolagens foram proibidas em razão do risco de panes mecânicas e eletrônicas que podem ser provocadas pelas cinzas.

Pior: não há perspectivas de melhoria do quadro. Segundo Magnus Tumi Gudmundsso, geólogo do Escritório Islandês de Meteorologia, os prognósticos para o final de semana não são favoráveis. "A atividade foi vigorosa durante na noite (de sexta-feira para o sábado), causando um reforço da coluna eruptiva", explicou, falando à agência Associated Press. "É uma mistura de magma e de gelo que cria a explosividade. E, infelizmente, parece que não estamos próximos do fim."

A consequência do fenômeno foi mais uma vez o caos no transporte aéreo da Europa. Aeroportos da Irlanda e da Escócia, onde pousos e decolagens chegaram a ser autorizados pela manhã, voltaram a fechar. Na Inglaterra, todos os terminais seguiam fechados, inclusive os de Heathrow, o maior aeroporto da Europa em número de passageiros. Apenas voos de urgência eram autorizados no sábado, e a perspectiva era de que o quadro se mantivesse pelo menos até as 18h, horário local, 14h no Brasil.

Na França, a situação é idêntica. No Aeroporto Charles de Gaulle, o segundo maior entroncamento aéreo do continente, os aviões permaneceram no chão. Em Orly, o segundo maior do país, os saguões permaneciam cheios de passageiros à espera da confirmação de seus voos - o que não aconteceu. As filas de passageiros se transferiam dos balcões de check-in para as lojas das companhias aéreas, obrigadas a cancelar todos os voos e a reembolsar os clientes.

Além da Grã-Bretanha e da França - onde alguns aeroportos ficarão fechados até a manhã de segunda-feira -, o espaço aéreo permanecia total ou parcialmente fechado mais de 20 países da Europa, incluindo a Holanda e Alemanha, onde se localizam os aeroportos de Schiphol e Frankfurt, dois importantes entroncamentos do continente.

Para ver o mapa da nuvem atualizado, clique sobre a imagem abaixo:

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Fonte: Andrei Netto (Agência Estado) - Mapa via USA Today

Companhias aéreas europeias cancelam voos até segunda-feira

Empresas e governos temem o perigo da nuvem de cinzas gerada pelo vulcão islandês

Uma nota divulgada pelas autoridades de aviação italiana neste sábado, 17, afirma que os aeroportos do norte da Itália permanecem fechados até às 6h (horário local) da segunda-feira, 19, em consequência da nuvem de cinzas produzida pela erupção vulcânica na Islândia.

A medida foi adotada pelo departamento de aviação civil da Itália, ENAC, para "garantir a máxima segurança nos voos em território italiano", já que o problema nos céus europeus ainda persiste. Essa decisão amplia a restrição anterior que era a de reabrir os aeroportos às 18h deste sábado, 17.

Os aeroportos afetados pela medida até o momento são, entre outros, os das cidades de Turim, Gênova, Milão, Bérgamo, Veneza, Ancona e Bolonha. E com essa decisão, a companhia Alitalia, uma das maiores do país, cancelou todos os seus voos, dos mais diversos destinos.

A companhia ferroviária do estado italiano, Trenitalia, informou que foi registrado um grande aumento no número de passageiros. Segundo a empresa, serão colocados dez trens a mais do que o normal, o que representa 6.000 praças adicionais.

Sem voos na Inglaterra

A empresa aérea British Airways afirmou neste sábado, 17, em Londres, que cancelou todos os voos de domingo, 18, para destinos dentro e fora da Grã-Bretanha.

Segundo um porta-voz da British Airways, a decisão de cancelar outros voos já agendados pode ser tomada mais tarde.

Aeroporto Heathrow, em Londres, foi um dos que foram fechados

Autoridades de aviação fecharam o espaço aéreo britânico até às 24h local (20h de Brasília) deste sábado por conta do perigo oferecido pelas cinzas e fumaça decorrentes da erupção de um vulcão na Islândia.

Aeroportos franceses são fechados

O Governo francês anunciou também neste sábado, 17, que os três aeroportos de Paris, Roissy-Charles de Gaulle, Orly e Le Bourget, permanecerão fechados até a próxima segunda-feira às 8h locais.

O anúncio, confirmado à Agência Efe por fontes oficiais, foi feito depois da reunião que aconteceu na manhã deste sábado na sede do Governo, em Paris, na qual participaram o primeiro-ministro, François Fillon, e vários ministros.

Anteriormente, as autoridades de aviação civil francesa tinham anunciado que os três aeroportos da capital permaneceriam fechados até as 20h locais de hoje, além de outros 23 aeroportos da França. Além disso, os aeroportos de Grenoble e Bordeaux serão fechados a partir das 16h locais e os do sul do país "permanecerão abertos até as 20h de hoje", segundo o comunicado, que não deu mais detalhes.

Já o aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, um dos mais movimentados da Europa, anunciou que permanecerá fechado por tempo indeterminado.

"Infelizmente, neste momento não sabemos quando poderemos retomar o tráfego aéreo", informa um comunicado do aeroporto.

Fontes: Reuters e EFE via Estadão - Foto: Steve Parsons/AP

Preso no aeroporto de Nova York, primeiro-ministro da Noruega governa país pelo iPad

Com boa parte da Europa isolada pelo cancelamento de milhares de voos , a Noruega está sendo governada pelo iPad. O primeiro-ministro Jens Stoltenberg ficou preso no aeroporto em Nova York e disse à CNN que apelou para o tablet da Apple administrar a situação em sua terra natal. A Noruega está com o espaço aéreo fechado devido cinzas de uma erupção de vulcão ocorrida na Islândia.

Uma imagem de Stoltenberg utilizando o aparelho (foto acima) foi publicada por funcionários do governo norueguês com o título "O primeiro-ministro está trabalhando no aeroporto".

- É uma boa forma de comunicação. Eu estou em contato com a minha equipe o tempo todo e temos muito o que fazer para minimizar na Noruega as consequências da erupção - disse Stoltenberg à CNN.

Ele afirma ainda que é muito comum para um primeiro-ministro visitar outroas países, e nessas ocasiões a internet e o celular cumprem importante papel para manter a proximidade com o governo.

Para voltar para casa, Stoltenberg procurou uma via alternativa, por Madrid. Mas o ministro só deverá chegar à Noruega sábado, pois boa parte da viagem na Europa será feita de carro.

Fonte: O Globo Digital - Foto: Reprodução

MAIS

O iPad vale a pena? O Globo Digital testou e analisou o novo tablet da Apple.

Nelson Jobim: "Com Dilma ou Serra, a defesa não muda"

O ministro diz que projetos estratégicos na área militar terão continuidade no próximo governo

O ministro da defesa, Nelson Jobim, desfruta uma situação única no governo Lula. Homem de confiança do presidente numa das áreas mais sensíveis da Esplanada, Jobim mantém estreitas relações com o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB). A dupla militância permite a previsão de que, em assuntos de Defesa, o Brasil manterá as diretrizes atuais caso a eleição seja vencida por Serra ou pela ex-ministra Dilma Rousseff. “Fiz reuniões com PT, PMDB, DEM e com o ex-presidente Fernando Henrique”, diz Jobim, ao explicar as mudanças na área militar, como a subordinação ao poder civil, aprovadas no Congresso. Nesta entrevista a ÉPOCA, Jobim faz um balanço dos acordos internacionais do país e das medidas para tentar organizar a aviação no Brasil.

ENTREVISTA - NELSON JOBIM

QUEM É

Formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tem 64 anos.

A CARREIRA NO EXECUTIVO E NO JUDICIÁRIO

Assumiu o Ministério da Defesa em julho de 2007. Antes, foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso e presidente do Supremo Tribunal Federal.

A CARREIRA NO CONGRESSO

Foi deputado federal entre 1987 e 1995. Exerceu as funções de sub-relator da Assembleia Nacional Constituinte, de líder do PMDB na Câmara e de relator da Revisão Constitucional em 1993.

ÉPOCA – Como vai ficar a defesa nacional do Brasil no futuro?

Nelson Jobim – Os políticos e os governos civis viam a defesa com certa distância. Na época da Constituinte, a defesa se confundia com repressão política. Com isso, militares tinham de tomar certas decisões que, a rigor, eram decisões de governo civil. Exemplo: quais as hipóteses de emprego (das Forças Armadas) que politicamente interessam ao país? Isso é um misto de política internacional com defesa. Cabe ao poder civil definir o que os militares devem fazer em termos de defesa. Os militares decidem a parte operacional.

ÉPOCA – Isso aconteceu no governo Lula?

Jobim – Tudo é um processo. Não acontece assim, bum! Começou no governo Fernando Henrique, com a criação do Ministério da Defesa, em 1999, nas condições possíveis naquele momento. No governo Lula, avançou-se um pouco no início, com o ministro Viegas (José Viegas, primeiro ministro da Defesa de Lula). Os avanços mais doutrinários são consolidados pelo vice-presidente (José Alencar) que o sucedeu e, depois, pelo Waldir Pires. Quando assumi, decidi que precisávamos realizar uma mudança de concepção para dar mais musculatura ao Ministério da Defesa.

ÉPOCA – Como assim?

Jobim – O orçamento, por exemplo. Antes, as Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) se acertavam entre si dentro do limite fixado pelo Ministério do Planejamento. O ministro (da Defesa) não tinha participação. Também foi aprovado na Câmara o projeto de alteração da Lei Complementar nº 97. O Estado-Maior de Defesa passa a ser o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Será chefiado por um oficial de quatro estrelas escolhido pelo presidente, indicado pelo ministro da Defesa. Vai ter a mesma precedência dos comandantes de Força. Ao assumir, vai para a reserva. Hoje, ele volta para a Força de origem.

ÉPOCA – Qual é o problema?

Jobim – Dá constrangimentos. Às vezes, precisa tomar decisão contrária ao interesse da Força de origem e tem dificuldade. Outra mudança é na política de compras, que hoje é fixada pelas Forças, mas será fixada pelo ministério em função do que o poder civil considera relevante. Precisamos de monitoramento e controle, mobilidade e presença. O monitoramento deve ser feito, por satélite, na Amazônia Legal e na Plataforma Continental, onde o Brasil tem soberania.

ÉPOCA – São planos de longo prazo?

Jobim – Ah, uns 20 anos...

ÉPOCA – O senhor, então, não espera grandes mudanças se o próximo presidente for Dilma Rousseff ou José Serra?

Jobim – Eu não espero.

ÉPOCA – A Defesa está acima das questões políticas?

Jobim – Tudo que estou falando foi discutido com todos os partidos. Fiz reuniões com o PT, o PMDB e com o DEM. Fui ao Instituto Fernando Henrique Cardoso. Estava cheio de gente lá, todos os ministros dele, todos meus colegas, e várias outras pessoas, intelectuais também.

ÉPOCA – Não há ideologia nessa área?

Jobim – Eu quis descolar, mostrar que não é um programa do governo. É um programa do Estado.

ÉPOCA – O que mais mudou?

Jobim – Tem uma mudança doutrinária. Saímos do conceito de operações combinadas para o conceito de operações conjuntas. Na combinada, cada Força tem seu comando próprio. Na conjunta, tem um comando só para as três Forças. O comandante da operação vai depender do teatro de operações. Se for a Amazônia, o comandante da operação vai ser do Exército. Se for no mar, vai ser um almirante.

ÉPOCA – O que, de fato, interessa ao Brasil em termos de defesa?

Jobim – O Brasil não é um país com pretensões territoriais, não vamos atacar ninguém. Então, devemos ter um poder dissuasório. Temos três coisas fundamentais. Uma é energia, que tem o pré-sal e também energia alternativa, energia limpa, entre elas a energia nuclear. Segundo, o Brasil tem as maiores reservas de água potável do mundo: a Amazônia e o Aquífero Guarani. E, terceiro, temos a maior produção de grãos. São coisas que, progressivamente, o mundo vai demandar mais.

ÉPOCA – Na América do Sul, quais são as maiores preocupações?

Jobim – A estabilidade política e econômica. Quanto mais desenvolvido o país, mais estável será. Quando o Brasil paga mais pelo excedente de energia elétrica do Paraguai, ajuda a criar condições para que o Paraguai se estabilize. Um país que tem a dimensão do nosso não pode botar o pé em cima dos outros.

ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre a relação do Brasil com a Venezuela?

Jobim – É boa. A Venezuela viveu sempre do óleo. A elite se apropriou dessa riqueza e não investiu no país. Ficou um conjunto de pessoas muito pobres. Aí, surgiu o presidente Hugo Chávez, que lidera esse setor. Está conseguindo avançar. Agora, o Chávez é um homem, digamos, de uma retórica forte. Isso não atrapalha. Faz parte do hispano-americano. É preciso ter paciência. Boa sorte à Venezuela.

ÉPOCA – E com os Estados Unidos?

Jobim – Estamos muito bem. Com a vitória do presidente Obama, mudou muito. Concluímos um acordo de defesa para criar novas perspectivas de cooperação bilateral. Vai nos permitir, por exemplo, vender aviões da Embraer para eles sem licitação.

ÉPOCA – O Irã é o maior ponto de divergência entre Brasil e Estados Unidos?

Jobim – A posição do presidente Obama não é nesse sentido. Há setores nos EUA, principalmente no governo Bush, que demonizam o islã. O islã é pacífico. A posição do Brasil é assegurar a legitimidade do enriquecimento do urânio para fins pacíficos. Nós temos tecnologia para isso e temos urânio. Ainda precisamos completar a parte industrial.

ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares?

Jobim – É assimétrico. Divide os países em nucleares e não nucleares. Os nucleares assumiram compromisso de reduzir as armas e transferir tecnologia nuclear com fins pacíficos para os não nucleares. Não fizeram nem uma coisa nem outra. O Brasil só desenvolveu tecnologia de urânio com luta própria, com cientistas militares brasileiros.

ÉPOCA – Quais são os interesses do Brasil na área de defesa em Israel?

Jobim – Temos interesses em Veículos Aéreos Não Tripulados, os Vatns, para fazer monitoramento. Algumas empresas israelenses produzem. Estou examinando a possibilidade de produzirmos no Brasil, com uma empresa brasileira associada a uma israelense.

ÉPOCA – E a compra dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), quando se resolve?

Jobim – Pretendo terminar em abril uma exposição de motivos para o presidente, com uma opção. O presidente convoca o Conselho de Defesa Nacional, que emite um parecer e, aí, o presidente decide.

ÉPOCA – Como estão as buscas dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia?

Jobim – A segunda etapa já começou.

ÉPOCA – A irmã de um guerrilheiro desaparecido encontrou ossadas. Isso ajuda?

Jobim – Sim. Qualquer pessoa que encontrar ossos tem de chamar a polícia e identificar. Se isso estiver no âmbito de execução da sentença penal que estamos cumprindo com as buscas, vamos ter de aproveitar isso. Não há um conflito.

ÉPOCA – O senhor foi nomeado para resolver o caos aéreo do Brasil. Considera a missão cumprida?

Jobim – Vou falar o que fizemos. A primeira medida foi substituir a direção da Infraero, despartidarizar. Formulamos a Política Nacional de Aviação Civil. Ela foi aprovada. Pretendemos oferecer um tratamento diferente para a aviação regional. Vamos enviar um projeto de lei ao Congresso. Em 2005, instituímos liberdade de rota e liberdade tarifária. Esse sistema funciona para a aviação doméstica, mas não para a regional, que precisa de estímulos. Vamos investir nos aeroportos regionais.

ÉPOCA – Nossa estrutura de aeroportos estará preparada para as Olimpíadas do Rio em 2016?

Jobim – Sim. Tem um calendário da Infraero para as obras necessárias. Temos um crescimento anual médio de 10% na aviação civil. Na Copa do Mundo, terá um aumento de 2% em dois meses. Mas nossa preocupação não é só com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Tem muito mais gente viajando, os preços caíram. Em 2002, o quilômetro voado custava R$ 0,71. Em 2009, custa R$ 0,49.

ÉPOCA – E em relação aos passageiros?

Jobim – Incentivamos uma resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sobre a responsabilidade das empresas em relação a atrasos, overbooking. É o que a Anac podia fazer dentro da legislação. Paralelamente, nós mandamos para o Congresso um projeto que cria um dever de indenização por parte das empresas se os atrasos forem devidos a qualquer agente. Se o atraso for decorrente da Infraero, a empresa se ressarce do que entregou ao passageiro.

ÉPOCA – E se for culpa da meteorologia?

Jobim – Nesse caso, não tem ressarcimento.

ÉPOCA – Dá trabalho ser ministro da Defesa?

Jobim – Na época das demissões da Infraero, recebi críticas de amigos meus porque eu demiti pessoas indicadas por eles. Fiz exatamente o que eu precisava fazer. Como não sou candidato a coisa nenhuma e sempre gostei de confusão, não teve problema.

Fonte: Eumano Silva - Foto: Adriano Machado - Revista Época