domingo, 18 de outubro de 2009

As decisões do TCU sobre a farra das passagens, na íntegra

Câmara e Senado são obrigados a apurar o assunto e a cobrar a devolução de despesas, mas terão autonomia para indicar os gastos passíveis de ressarcimento e conduzir investigações

Determinação do tribunal sobre voos de parlamentares mostra ambiguidade nas decisões do órgão composto por ex-deputados e ex-senadores

As íntegras das decisões adotadas na última quarta-feira (14) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a farra das passagens aéreas deixam clara a ambiguidade das deliberações do órgão a respeito do tema. Por um lado, os ministros do tribunal determinam à Câmara e ao Senado que apurem os “fatos noticiados” quanto ao uso indevido da cota parlamentar e obtenham o “ressarcimento das despesas”.

Por outro, encarregam a Câmara e o Senado de indicar quais gastos foram feitos “com finalidade estranha ao objetivo do mandato e ao interesse público” e lhes conferem plena autonomia para conduzir as investigações sobre o assunto, que veio à tona depois que o Congresso em Foco relatou indícios de irregularidades no uso da cota de deputados e senadores.

Dos ministros do TCU que deliberaram sobre o tema, dois foram diretamente citados nas matérias deste site: José Múcio, por ter usado a cota parlamentar quando já não exercia o cargo de deputado; e Augusto Nardes, por ter viajado na cota de um amigo. Outros cinco mantêm fortes ligações com o Congresso: Ubiratan Aguiar (presidente), Valmir Campelo, Aroldo Cedraz, e José Jorge são ex-parlamentares; e Raimundo Carreiro (relator do caso no tribunal) foi secretário-geral do Senado por mais de uma década.

Veja, a seguir, um breve retrospecto do caso e as íntegras dos acórdãos do TCU.

Retrospecto

Os primeiros sinais de utilização indevida da cota parlamentar de passagens aéreas remontam ainda à legislatura anterior, como demonstrou processo movido contra o ex-deputado Lino Rossi. Em março deste ano, o Congresso em Foco voltou ao tema relatando sinais de uso indevido da cota por parte da então líder do governo e senadora Roseana Sarney (PMDB), atual governadora maranhense.

A partir de abril, por várias semanas consecutivas, sucederam-se novas revelações, envolvendo praticamente todos os partidos em atos de legalidade questionada pelo Ministério Público Federal. Incluindo parlamentares e ex-parlamentares, os fatos reportados atingiam mais de 400 políticos, vários deles entre os mais influentes da república.

Câmara e Senado adotaram a mesma estratégia. Tomaram providências imediatas para pelo menos moderar a farra das passagens, mas evitaram investigações mais amplas sobre o assunto. A melhor parte da história é que as duas Casas estabeleceram restrições à utilização de passagens aéreas que representam uma economia anual superior a R$ 25 milhões (cerca de um quarto dos mais de R$ 100 milhões gastos em 2008 pelo Congresso com viagens aéreas).

O problema é que nem Senado nem Câmara demonstraram até o momento grande interesse em ir fundo na apuração dos fatos. Os senadores, às voltas com uma tempestade de denúncias, mal tiveram tempo para cuidar do assunto nos últimos meses. A Câmara foi além, mas tem concentrado o trabalho na investigação de servidores.

Para construir uma argumentação jurídica em favor dos parlamentares, a Câmara gastou R$ 150 mil em troca de dois pareceres. Um deles reafirmava o mesmo o que o Congresso em Foco ouviu de vários juristas: jamais houve autorização legal para deputados e senadores usarem a cota aérea com voos não relacionados diretamente com o exercício de seu mandato. O outro dizia que a legislação em vigor não proibia práticas como a utilização da cota para viagens de turismo ao exterior, transporte de amigos e familiares ou mesmo para negócios privados. Esse parecer foi usado para inocentar o deputado federal Fábio Faria (PMN-RN),um dos personagens mais notórios da farra das passagens.

Conforme matéria de Adriano Ceolin e Ranier Bragon, publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo, os relatórios técnicos do TCU apontaram como “flagrante afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade” o uso da cota aere para “viagens de férias com a família e turismo internacional”. Os repórteres relatam que os ministros do TCU suavizaram bastante as determinações que, no entender dos técnicos, o tribunal deveria tomar (leia mais).

As íntegras dos acórdãos do TCU

ACÓRDÃO Nº 2426/2009 - TCU - Plenário

1. Processo TC 009.647/2009-4
2. Grupo II - Classe de Assunto: VII - Representação
3. Interessada: 3ª Secex
4. Entidade: Câmara dos Deputados
5. Relator: Ministro Raimundo Carreiro
6. Representante do Ministério Público: não atuou
7. Unidade Técnica: 3ª Secex8. Advogado constituído nos autos: não há
9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representação formulada por unidade técnica deste Tribunal, em face de notícias, em matérias jornalísticas, acerca de irregularidades na concessão e na utilização da cotas de passagens aéreas de membros da Câmara dos Deputados.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1 conhecer a presente representação, nos termos do art. 237, inciso VI, do Regimento Interno deste Tribunal, para, no mérito, considerá-la parcialmente procedente;

9.2 determinar à Câmara dos Deputados, nos termos dos arts. 5º, §1º, e 8º, da Lei n° 8.443/92, c/c art. 1º da Instrução Normativa TCU n° 56/2007, que:

9.2.1 prossiga com a apuração dos fatos noticiados na presente representação, quanto à utilização irregular da cotas de passagens aéreas de Deputados Federais com finalidade estranha ao objetivo do mandato e ao interesse público, franqueando aos interessados o direito ao contraditório e à ampla defesa, nos termos da Súmula Vinculante STF n° 3;

9.2.2 adote as providências cabíveis, nos termos da Instrução Normativa TCU n° 56/2007, para obter o ressarcimento das despesas eventualmente impugnadas em face da determinação contida no subitem 9.2.1 deste Acórdão, bem como em decorrência das apurações objeto da sindicância instituída mediante a Portaria nº 52/2009-DG, versada no Processo nº 112.498/2009-CD, e do Inquérito Civil n° 1.16.000.002149/2005-21, instaurado pela Procuradoria da República no Distrito Federal;

9.3 determinar ao Controle Interno da Câmara dos Deputados, nos termos do art. 74, §1º, da Constituição Federal, que acompanhe as apurações administrativas e as devoluções de recursos decorrentes das determinações expedidas neste Acórdão, informando ao Tribunal, na próxima tomada de contas, sobre o resultado das medidas adotadas pelo Órgão, sem prejuízo de eventual representação a esta Corte de Contas, em caso de omissão dos responsáveis;

9.4 dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentam, à Presidência da Câmara dos Deputados, para adoção das providências cabíveis, e à Procuradoria da República no Distrito Federal, em subsídio às investigações objeto do Inquérito Civil n° 1.16.000.002149/2005-21;

9.5 arquivar os presentes autos.

10. Ata n° 42/2009 - Plenário.

11. Data da Sessão: 14/10/2009 - Ordinária.

12. Código eletrônico para localização na página do TCU naInternet: AC-2426-42/09-P.
13. Especificação do quorum:

13.1. Ministros presentes: Ubiratan Aguiar (Presidente), Valmir Campelo, Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro (Relator), José Jorge e José Múcio Monteiro.

13.2. Auditores presentes: Marcos Bemquerer Costa, André Luís de Carvalho e Weder de Oliveira.

ACÓRDÃO Nº 2427/2009 - TCU - Plenário

1. Processo nº TC 009.648/2009-1.
2. Grupo II - Classe de Assunto: VII - Representação
3. Interessada: 3ª Secex
4. Entidade: Senado Federal
5. Relator: Ministro Raimundo Carreiro
6. Representante do Ministério Público: não atuou
7. Unidade Técnica: 3ª Secex
8. Advogado constituído nos autos: não há
9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representação formulada por unidade técnica deste Tribunal, em face de notícias, em matérias jornalísticas, acerca de irregularidades na concessão e na utilização da cotas de passagens aéreas de membros do Senado Federal.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1 conhecer a presente representação, nos termos do art. 237, inciso VI, do Regimento Interno deste Tribunal, para, no mérito, considerá-la parcialmente procedente;

9.2 determinar ao Senado Federal, nos termos dos arts. 5º, §1º, e 8º, da Lei n° 8.443/92, c/c art. 1º da Instrução Normativa TCU n° 56/2007, que:

9.2.1 prossiga com a apuração dos fatos noticiados na presente representação, quanto à utilização indevida da cota de passagens aéreas de Senadores com finalidade estranha ao objetivo do mandato e ao interesse público, ou, ainda, que tenha extrapolado injustificadamente os limites de passagens estabelecidos, à época, no Ato da Comissão Diretora do Senado Federal n° 62/1988, sucedido pelo Ato n° 2/2009, devendo franquear aos interessados o direito ao contraditório e à ampla defesa, nos termos da Súmula Vinculante STF n° 3;

9.2.2 adote as providências cabíveis, nos termos da Instrução Normativa TCU n° 56/2007, para obter o ressarcimento das despesas eventualmente impugnadas em face da determinação contida no subitem 9.2.1 deste Acórdão;

9.3 determinar ao Controle Interno do Senado Federal, nos termos do art. 74, §1º, da Constituição Federal, que acompanhe as apurações administrativas e as devoluções de recursos decorrentes das determinações expedidas neste Acórdão, informando ao Tribunal, na próxima tomada de contas, sobre o resultado das medidas adotadas pelo Órgão, sem prejuízo de eventual representação a esta Corte de Contas, em caso de omissão dos responsáveis;

9.4 dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentam, à Presidência do Senado Federal;

9.5 arquivar os presentes autos.

10. Ata n° 42/2009 - Plenário.

11. Data da Sessão: 14/10/2009 - Ordinária.

12. Código eletrônico para localização na página do TCU naInternet: AC-2427-42/09-P.
13. Especificação do quorum:

13.1. Ministros presentes: Ubiratan Aguiar (Presidente), Valmir Campelo, Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro (Relator), José Jorge e José Múcio Monteiro.

13.2. Auditores presentes: Marcos Bemquerer Costa, André Luís de Carvalho e Weder de Oliveira

Fonte: Rodolfo Torres e Sylvio Costa (Site Congresso em Foco)

TCU condena "farra aérea", mas deixa Congresso decidir

Relator, indicado pelo Senado, recusou medidas mais duras sugeridas por técnicos

Pareceres da área técnica afirmam que o mau uso da cota de passagens aéreas por congressistas é "afronta aos princípios da legalidade"


RANIER BRAGON
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Sem citar valores ou casos específicos, o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou na quarta-feira dois acórdãos cobrando do Senado e da Câmara a devolução aos cofres públicos do dinheiro da chamada "farra aérea", mas transferiu ao próprio Congresso a tarefa de investigar os desvios e, se for o caso, adotar as providências.

As duas decisões do tribunal foram relatadas pelo ministro Raimundo Carreiro, indicado ao posto pelo Senado, onde ocupou por 12 anos o cargo de secretário-geral da Mesa. Ele recusou várias recomendações da área técnica do TCU, que sugeria medidas mais duras contra senadores e deputados.

Os relatórios técnicos que embasaram os acórdãos listam exemplos de lideranças partidárias das duas Casas que usaram suas cotas aéreas para emitir bilhetes para viagens com familiares para destinos turísticos na Europa, na América do Norte e na Argentina.

"É flagrante que a utilização de passagens aéreas para viagens de férias com a família e turismo internacional, como nos casos reportados pela imprensa, caracteriza afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade", afirmam os relatórios.

Os textos citam casos como o do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que usou sua cota para viagem de turismo a Porto Seguro (BA), o do ministro das Comunicações e senador licenciado, Hélio Costa, que viajou com a família para férias em Miami usando a cota de seu suplente, Wellington Salgado (PMDB-MG), e o do deputado Fábio Faria (PMN-RN), que usou o dinheiro da Câmara para presentear a então namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, com uma passagem para Natal.

O escândalo, que ficou conhecido como a "farra das passagens aéreas", foi divulgado no primeiro semestre, inicialmente pelo site Congresso em Foco, e envolveu políticos de vários partidos, mas não resultou em nenhuma punição até agora.

Na ocasião, o argumento dos congressistas foi o de que não havia, entre as normas que regulavam o uso da cota, uma vedação explícita à prática.

O único efeito até agora foi que a Câmara e o Senado editaram norma proibindo a doação dos bilhetes aéreos para parentes e terceiros, além de, no caso dos deputados federais, ter havido corte de 20% na verba e o início da divulgação dos dados sobre o uso na internet.

O TCU, baseado no princípio de que o agente público só pode fazer o que está expresso em lei, entendeu que a ausência da vedação não permitia uso da cota para objetivos particulares.

"Assiste razão à unidade técnica ao asseverar que as lacunas das normas então vigentes não autorizavam a prática de atos com desvio de finalidade, em desrespeito aos princípios basilares da legalidade, da moralidade e da impessoalidade. São princípios de raiz constitucional", escreveu Carreiro.

Sugestões

Entre as recomendações da área técnica que o ministro não aceitou estão uma auditoria de todas as emissões de bilhetes da cota dos senadores desde 1989 e a possibilidade de que as milhagens aéreas promocionais obtidas com o uso da verba fiquem com o Congresso e não com os congressistas.

Nos acórdãos aprovados não há menção a valores, só a determinação da continuidade de apuração de todos os casos citados pela imprensa e, se for o caso, o posterior ressarcimento.

O TCU também isentou senadores como Tasso Jereissati (PSDB-CE) de ter fretado jatinhos com a cota, acatando sem questionamento resposta do Senado segundo a qual a verba usada para isso foi a "indenizatória", que teria previsão para esse tipo de gasto.

Carreiro também fez elogios às medidas tomadas pelo Congresso: "O teor principal desse ato denota um caráter moralizador, inclusive quanto à busca de transparência".
Câmara e Senado destinam mensalmente a cada congressista, como cota aérea, valores que podem passar R$ 30 mil.

outro lado

Relator diz que pediu apuração a congressistas


O ministro Raimundo Carreiro afirmou que o fato de ter sido funcionário de confiança do Senado não o impede de julgar casos envolvendo o Congresso. "A decisão não foi contra nenhum parlamentar. A instituição já tomou providência", disse.

Carreiro afirmou que os congressistas não terão de devolver o dinheiro imediatamente. "Não é fato consumado. A Câmara e o Senado estão apurando e eu pedi que prossigam a investigação. Eventualmente, se tiver irregularidade, vão ter de tomar as providências", completou.

Câmara e Senado informaram que não foram informadas oficialmente sobre a decisão do TCU, mas anteciparam que vão obedecer a determinação do órgão de "prosseguir com as investigações".

A assessoria de imprensa da Câmara argumentou que já segue grande parte das recomendações do TCU, já que realizou auditorias, cortou 20% da verba, começou a colocar na internet os dados sobre o seu uso e restringiu a emissão de bilhetes somente para o próprio deputado ou assessor.

Sobre o uso anterior da cota para fins turísticos, prática adotada por vários deputados, a Câmara afirma que não ocorreu punição porque na época não havia restrição, na Casa, ao uso da cota.

A Diretoria-Geral do Senado informou também que já tomou uma série de medidas que impedem o uso da cota área dos senadores por parentes.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o diretor-geral Haroldo Tajra informou que o prosseguimento das investigações ficará sob o comando do Controle Interno, que vai definir a necessidade do ressarcimento aos cofres públicos.

Até o fechamento desta edição, o ministro Hélio Costa (Comunicações) não havia respondido.

Câmara livra acusados de vender bilhetes

Após mais de dois meses de investigações, a comissão de sindicância formada pela Corregedoria da Câmara decidiu livrar todos os deputados acusados de uso indevido de passagens aéreas.

Apenas o caso de Paulo Roberto (PTB-RS) deve ser enviado ao Conselho de Ética, mas por uma outra suspeita: a de ficar com parte dos salários de seus servidores.

Investigado inicialmente pelo esquema das passagens, o caso dele teve uma reviravolta com depoimentos de funcionários. As acusações são de que ele teria contratado, por um salário alto, um ex-ambulante sem condições de exercer uma função. O intuito seria ficar com parte de seus vencimentos. Teria ocorrido o mesmo com dois filhos de seu ex-chefe de gabinete Luiz Nogueira.

Paulo Roberto não foi localizado. Anteriormente, ele havia atribuído as acusações a vingança de seu ex-funcionário, exonerado em 2008.

Já o processo contra o deputado Eugênio Rabelo (PP-CE) será arquivado. O relator Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) entendeu que o colega provou não ter responsabilidade pelo mau uso das passagens e que o esquema era feito pelos servidores.

Outros quatro congressistas foram investigados. Dois processos já foram arquivados e os outros dois devem seguir o mesmo rumo.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo

FAB cria frota de caças para reforçar defesa da Amazônia

Em meio à tensão entre Venezuela e Colômbia, país deslocará até 16 F-5M para Manaus

Brigadeiro Juniti Saito diz que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar a 88 novos aparelhos até 2025

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Num clima de tensão e de armamentismo entre países da América do Sul -como Colômbia e Venezuela-, o governo brasileiro vai criar a primeira unidade de aviões de caça na Amazônia a partir do ano que vem, quando deverá ser transferida para a região uma frota inicial de 12 a 16 aviões do tipo F-5M, que hoje compõem a força operacional de Natal.

Os F-5M são jatos supersônicos adquiridos nos anos 70, modernizados pela Embraer nesta década. Eles vão ficar baseados em Manaus, enquanto as únicas frotas da FAB existentes na região (de turboélices Super Tucanos fabricados pela Embraer) devem continuar em Porto Velho e Boa Vista.

A informação foi dada ontem pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, em palestra a oficiais da reserva, na qual adiantou que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar até a 88 novos aparelhos até 2025.

Desse total, 36 serão obtidos inicialmente com o programa FX-2, a ser fechado neste ano. Estão em disputa o F-18 Super Hornet da Boeing (EUA), o Rafale da Dassault (França) e o Gripen NG da Saab (Suécia).

O vencedor não apenas fornecerá as 36 primeiras unidades, como será base para as etapas seguintes da renovação, substituindo gradativamente os Mirage e os F-5, da década de 1970, e o AMX, programa Brasil-Itália da década de 1990. A expectativa da FAB é que, além de adquirir aeronaves, o país também possa se habilitar a montá-las e a produzir parte de suas peças internamente.

Os concorrentes acenam com a possibilidade de integrar às suas aeronaves componentes que venham a ser fabricados no Brasil, que passaria assim a ser fornecedor nos pacotes de exportação da vencedora.

Os governos e as empresas estrangeiras que concorrem têm tido uma atuação agressiva com o governo, o Congresso e a imprensa, já que se trata de uma das maiores disputas no setor hoje. Além do Brasil, só Índia e Dinamarca estão em processo de compra de caças.

Os novos caças vão aprofundar o remanejamento das bases da Aeronáutica (iniciado com a nova frota de Manaus), que tem dois objetivos básicos: atender a Amazônia e começar a patrulhar a área do pré-sal, faixa de 800 quilômetros entre Espírito Santo e Santa Catarina.

Visando esses dois alvos, o ministro Nelson Jobim (Defesa) irá na próxima quarta para a Itália, onde visitará estaleiros e discutirá parcerias na área de navios-patrulha, que atuam tanto em alto-mar quanto em rios. Esse é um novo projeto da Marinha, agregado ao pacote com a França de compra de submarinos Scorpène e de construção de um submarino nacional de propulsão nuclear.

Jobim, que conversou ontem com o chanceler Celso Amorim no Itamaraty, também discute com países da África, como Angola, uma política comum de proteção do Atlântico Sul. Defesa e Itamaraty tentam acertar ainda projetos de cooperação com a China para desenvolver e operar porta-aviões e um discurso comum do Brasil na conferência internacional sobre o TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear), que a ONU patrocina em abril de 2010.

Jobim fez um apelo a Amorim para que o Itamaraty acelere a assinatura de um acordo Brasil-EUA, para que a Força Aérea norte-americana possa adquirir cem aviões Super Tucano da Embraer sem licitação agora e a Marinha do país possa fazer o mesmo mais adiante.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo - Foto: O Curumim

Infraero aprova ampliação do aeroporto de Macaé

Uma verba de R$ 120 milhões concedida pelo governo federal foi aprovada pela Infraero e será aplicada em obras de ampliação do Aeroporto de Macaé. Até 2012, será construído um novo terminal de passageiros, obra considerada fundamental para ampliar negócios e o desenvolvimento de toda a região. O superintendente do aeroporto, Hélio Batista, deu a boa notícia na reunião do Gabinete de Gestão Integrada do município: "As instalações serão ampliadas para melhorarmos o serviço à população".

O secretário de governo de Macaé, André Braga, lembrou que a área necessária para a ampliação foi desapropriada. "Além de agregar valor logístico no cenário internacional de negócios em que Macaé está inserida, outro benefício com a ampliação do aeroporto é o atendimento do transporte de passageiros em voos domésticos", avaliou André.

O Aeroporto de Macaé é o maior da América Latina em pouso e decolagem de helicópteros. Diariamente, são confirmados 150 pousos e decolagens de aeronaves e 1.200 passageiros. Devido à descoberta de petróleo na camada pré-sal, tudo indica que a demanda no Aeroporto de Macaé será ainda maior.

Fonte: O Dia Online - Foto: Romulo Campos

Confins terá novo terminal para a Copa

Até 2013, Aeroporto Internacional Tancredo Neves ganhará outro terminal, capaz de dobrar o número de passageiros, para 10 milhões de pessoas por ano

Em no máximo quatro anos, Belo Horizonte vai contar com um novo terminal aeroviário no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana. Com estrutura semelhante ao atual, o novo terminal será maior, com capacidade para atender 10 milhões de passageiros por ano, praticamente o dobro do potencial de hoje. Em 2008, cerca de 5 milhões de pessoas embarcaram e desembarcaram no aeroporto. Até o fim deste ano, a previsão é de que o número chegue a 6 milhões. A alta demanda, que se justifica, segundo representantes da Infraero, pelos preços promocionais das passagens e pelo número cada vez maior de companhias aéreas, tem resultado em irritação de motoristas, que chegam a passar 30 minutos procurando uma vaga no estacionamento do local.

Obra do novo estacionamento, que terá 1.538 vagas, atrasou e deve ficar pronta somente em fevereiro: empreendimento se estrutura para a Copa de 2014

Ainda em estudo, o novo terminal, se colocado em prática, vai ser concluído no máximo em 2013, um ano antes da Copa do Mundo no Brasil, para a qual a capital mineira será uma das cidades-sede. “Temos observado um aumento alto na demanda de passageiros. Até o meio deste ano, acreditávamos que o número de pessoas embarcando e desembarcando não passaria de 5 milhões, como foi em 2008. Mas a estimativa mudou e apostamos que passaremos dos 6 milhões”, afirma o superintendente da Infraero no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Silvério Gonçalves. Ele revela que o novo espaço terá uma capacidade maior que o atual aeroporto, podendo receber até 10 milhões de pessoas por ano. “Ainda não sabemos se haverá uma segmentação nesse novo terminal, destinando-o apenas para viagens internacionais ou nacionais. É ainda um projeto em análise.”

Desde a transferência dos voos do aeroporto da Pampulha para Confins, em 2004, novas companhias aéreas desembarcaram lá e alavancaram o movimento de passageiros. Só para se ter ideia, em 2003, o movimento de passageiros no aeroporto foi de 388,5 mil pessoas. Em 2008, fechou com 5,18 milhões de pessoas transportadas. A Azul Linhas Aéreas Brasileiras começou a operar em Confins em um espaço restrito. “Foi a área que conseguimos”, afirmou o presidente da companhia, Pedro Janot, durante o lançamento do voo diário entre Confins e Viracopos (Campinas/SP), em agosto deste ano. A regional Trip Linhas Aéreas também estreou em Confins em junho com quatro rotas, que ligam a capital mineira ao Rio de Janeiro (Santos Dumont), Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Ji-Paraná (RO).

Aperto

A novidade do novo terminal cairá como uma luva. O aeroporto tem 25 anos e já dá sinais de esgotamento. Ainda que não haja grandes problemas nos embarques e desembarques de passageiros, como superlotação, o transtorno está no estacionamento do aeroporto, que conta com 1,4 mil vagas. Das segundas às quartas-feiras, a ocupação dos veículos chega a 95%. Das quintas-feiras aos domingos e, principalmente, nos feriados, a capacidade chega ao seu limite, ocupando 100% do espaço.

Para aliviar a situação, em fevereiro, um novo estacionamento será inaugurado, ao lado do aeroporto. Com o novo empreendimento, a capacidade de vagas para os carros passará para o dobro. Com área de 41,2 mil metros quadrados, o local está em obras desde setembro de 2008 e seria inaugurado em junho deste ano. “Mas no início de 2009 a empresa licitada para fazer a intervenção apontou problemas no terreno, dizendo que o desenvolvimento da base do pavimento não suportaria”, conta Silvério. De acordo com ele, por causa disso, o andamento do novo espaço ficou lento. “Levamos até quatro engenheiros ao local para mostrar à empresa responsável que o projeto estava correto e não haveria problemas. Além disso, fizemos teste de compactação que comprovaram a viabilidade da construção.”

Acertadas as divergências de opinião, a previsão era de que, em novembro, a obra, que é do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estaria concluída. “Mas sabemos que será somente em fevereiro”, lamenta o superintendente, acrescentando que, para convencer a empresa de que o empreendimento não poderia parar, a Infraero apontou duas soluções: “Eles cumpririam o que deveria ser feito ou haveria rescisão de contrato”. A primeira opção foi acatada. Como não está tão perto das salas de embarque e desembarque do aeroporto, o novo estacionamento contará com serviço de translado para transportar os passageiros e suas bagagens. “Mas a ideia é de que as 1.538 vagas a mais pertençam ao novo terminal”, antecipa Silvério.

Fonte: Luciane Evans - Estado de Minas (Colaborou Geórgea Choucair) - Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press

MAIS

Leia também: Estacionamento em Confins vai subir 50%

Aeroporto Internacional de Guarulhos: O horror da volta

Projetados para atender no horário de pico da manhã, das 5 às 7 horas, a um fluxo de 3 600 pessoas, os dois terminais de Cumbica recebem até 52% a mais de passageiros. Em dias complicados, os viajantes chegam a levar duas horas para vencer as etapas do desembarque: imigração, retirada de bagagem e alfândega.

A Infraero, empresa estatal que controla os aeroportos do país, considera aceitável um intervalo entre 45 minutos e uma hora para cumprir todo esse périplo. Já os parâmetros internacionais recomendam uma espera de, no máximo, trinta minutos

Viajantes na sexta-feira (9), às 6h25, na fila da imigração

Depois de voltar tranquilamente de Milão a bordo de um Boeing da Alitalia num voo de brigadeiro, o consultor em internet Renato Mendes enfrentou turbulência inimaginável em terra firme. Desembarcou no Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, na última terça (13), às 5h45, e só conseguiu sair de lá às 7h10, quase uma hora e meia depois de deixar a aeronave. O tempo que perdeu no labirinto de cordinhas seria suficiente para ir e voltar do Rio de Janeiro. O calvário começou na fila da imigração. Foram dez minutos. Levou outros 35 para recolher a bagagem e quarenta minutos para vencer a etapa da alfândega. "Essa última foi a pior e a mais desorganizada", conta Mendes. "A confusão e a ânsia para furar a fila eram tão grandes que vi umas três pessoas batendo boca." Cansado e insone depois de doze horas de voo, ele até desistiu de dar aquela passadinha pelo free shop, outro famoso gargalo do aeroporto.

Naquela manhã, dezenove aviões e cerca de 4 750 viajantes aterrissaram em São Paulo entre 5 e 7 horas da manhã nos dois terminais de passageiros, que recebem tanto desembarques domésticos quanto internacionais. Essas duas horas são críticas porque concentram a maior parte dos voos que vêm da Europa, Estados Unidos e América Latina com destino ao Brasil. As manhãs em Cumbica costumam ser caóticas. Dependendo do dia da semana, até 22 aeronaves chegam ao aeroporto nesse intervalo, o que significa 5 500 pessoas circulando pelos quase 10 000 metros quadrados dos dois terminais. Trata-se de um movimento 52% maior do que aquele que o aeroporto comporta.

Resultado: brasileiros e estrangeiros chegam a gastar até duas horas para enfrentar a fila da imigração, recolher as malas nas esteiras e passar pela alfândega nos voos domésticos, é necessário apenas retirar a bagagem. "A situação daqui só se compara à de aeroportos africanos", diz Dario Chemerinski, diretor da divisão internacional da empresa alimentícia Gomes da Costa, que viaja duas vezes por mês para o exterior. "É um verdadeiro congestionamento de gente." Ele não é o único a reclamar do inferno do desembarque. A chiadeira é geral.

A Infraero, empresa estatal que controla os aeroportos do país, considera aceitável um intervalo entre 45 minutos e uma hora para cumprir todo esse périplo. Os parâmetros internacionais recomendam uma espera de, no máximo, trinta minutos. No aeroporto Incheon, de Seul, inaugurado em 2001 e considerado o melhor do mundo pelo quarto ano consecutivo em pesquisa do Airports Council International (AIC), realizada em 108 aeroportos, a espera no desembarque não ultrapassa os tais trinta minutos. Para comportar um movimento de 30 milhões de passageiros por ano, Seul conta com cinquenta postos de alfândega e 120 de inspeção de passaporte. "Além dessa infraestrutura, a maioria dos bons aeroportos é administrada pela iniciativa privada", afirma Eduardo Flores, secretário regional do AIC na América Latina. "Isso ajuda no diálogo com órgãos como a imigração e a alfândega."

A demora na chegada reflete a saturação vivida pelo mais movimentado aeroporto da América do Sul. Projetado para receber 17,5 milhões de passageiros por ano, Cumbica fechou 2008 com 20,4 milhões de usuários e a projeção é que esse número ultrapasse 21 milhões neste ano. Aviso aos viajantes: a situação tende a se complicar nas férias de dezembro, quando o movimento costuma aumentar até 15%. "É no horário de pico que esse estrangulamento fica mais evidente", explica o engenheiro Oswaldo Sansone, especialista em planejamento de aeroportos da Escola de Engenharia Mauá e superintendente de Cumbica na década de 90.

Desde sua inauguração, em 1985, Guarulhos sempre teve de lidar com um movimento maior do que o que poderia suportar. Pensado inicialmente para ser um terminal doméstico, o aeroporto logo passou a receber voos da América do Sul e teve de improvisar a estrutura de imigração e de alfândega. "Naquela época, o governo militar queria que o principal aeroporto internacional do país fosse o do Galeão, no Rio de Janeiro", explica o engenheiro Nicolau Fares Gualda, professor de engenharia de transportes da Poli-USP e um dos idealizadoresdo projeto. Não deu certo. Em 1991, quando parte do terminal 2 entrou em operação, o primeiro já estava saturado.

Aeroporto Incheon, em Seul, o número 1 do mundo: cinquenta postos de alfândega e 120 de inspeção de passaporte

Pressionadas por uma demanda cada vez maior, muitas companhias aéreas transferiram suas operações do Rio de Janeiro para São Paulo. Há cinco anos, a alemã Lufthansa, por exemplo, mantinha sete voos semanais de Frankfurt para São Paulo. Atualmente são doze. A espanhola Iberia também dobrou o número de voos diários desde 2004. E todas querem chegar ao Brasil no horário da manhã, mais conveniente para o passageiro que prefere viajar na madrugada e aproveitar o dia por aqui. "Hoje já não aceitamos mais novos voos entre 5 e 7 horas", diz o superintendente de Guarulhos, Jaime Parreira. "Estamos tentando ocupar os horários da tarde, quando o aeroporto fica mais ocioso."

O caos que reina na chegada a São Paulo é uma combinação de carências. Faltam tanto infraestrutura e espaço físico como também funcionários da Polícia e da Receita Federal para fazer literalmente a fila andar. A Infraero afirma que até 2013, quando deve ficar pronto o primeiro módulo do terceiro terminal, terá de quebrar a cabeça para ampliar os 10 000 metros quadrados disponíveis hoje para o desembarque. "Achar áreas livres no térreo, onde está localizada a chegada dos voos, é quase uma missão impossível", admite o superintendente Jaime Parreira. De fato, há pouca opção para crescer, mas uma das alternativas seria desapropriar lojas, cafés e outros pontos comerciais. No desembarque, poderiam começar pelo free shop, que ocupa mais metros quadrados que os setores de imigração e alfândega (veja as soluções dos especialistas mais abaixo). A Polícia Federal precisa investir na compra de mais máquinas leitoras de passaporte para povoar oito dos vinte guichês que estão vazios. Já à Receita cabe disponibilizar o mesmo efetivo que recruta para atender os passageiros na temporada de férias. "Isso acontece quando todas as esferas federais trabalham juntas", afirma Flores, da AIC.

Cumbica é uma cidade. Tem orçamento de 466,9 milhões de reais por ano. Diariamente passam por ali pelo menos 100 000 pessoas. Instalado em uma área de 13,7 milhões de metros quadrados, o aeroporto opera com apenas dois dos quatro terminais projetados. As 44 companhias aéreas nacionais e estrangeiras realizam 475 pousos e decolagens por dia. Aviões de quarenta modelos partem e chegam de 117 cidades espalhadas por 26 países. "Guarulhos é a principal porta de entrada de São Paulo e do país, mas conta com terminais que não suportam nem o fluxo de voos domésticos", afirma Nicolau Fares Gualda, professor de engenharia de transportes da Poli-USP. "É inadmissível que o maior aeroporto da América do Sul seja conhecido pelo excesso de burocracia e pela ineficiência de seus serviços".

Onde estão os gargalos

SETOR DE IMIGRAÇÃO

Quando há concentração excessiva de voos, os cerca de 1 000 metros quadrados destinados às filas de controle de passaporte da Polícia Federal em cada terminal ficam tomados de passageiros. A visão do labirinto de cordinhas, repleto de gente, é desanimadora. O congestionamento de pessoas chega a se espalhar pelos corredores que ligam os fingers à imigração. Há duas filas, uma exclusiva para brasileiros, que costuma fluir mais rápido, e outra para residentes no exterior. Os funcionários gastam de trinta segundos a um minuto e meio para verificar cada passaporte. Existem vinte guichês, mas não há funcionários em todos eles. Na sexta-feira (9), apenas doze funcionavam. "Faltam máquinas leitoras de passaporte para colocá-los em operação", diz a delegada Gilse Landgraf, coordenadora-geral de Imigração da PF. "Quatro delas, que estavam ociosas no Rio Grande do Sul, serão instaladas nos próximos quinze dias."

RETIRADA DE BAGAGENS

Cada um dos dois terminais dispõe de seis esteiras de bagagem, que, por sua vez, comportam as malas de até dois voos ao mesmo tempo. Ou seja: não há como atender mais que doze aeronaves simultaneamente em cada terminal. Quando isso acontece "e não é raro", cerca de 3 000 pessoas têm de se espremer, com carrinho e tudo, num espaço de 2 800 metros quadrados. Menos de 1 metro quadrado por passageiro. Efeito sardinha na certa.

ALFÂNDEGA

A última etapa obrigatória do processo de desembarque é a Receita Federal, que seleciona por amostragem os passageiros que terão a bagagem inspecionada. Podem ser retidas de 1% a 100% das pessoas, dependendo da origem do voo. Um funcionário, ao fim da fila, é responsável por apontar quem terá de abrir a mala, numa sala reservada. Segundo a Receita Federal, os dez agentes que trabalham por turno chegam a atender cerca de 2 500 passageiros por hora em cada terminal. Por isso, não raro, a fila costuma invadir a área das esteiras de bagagem. O efetivo dobra apenas em época de férias, quando o movimento aumenta em até 15%.

FREE SHOP

A Dufry responde por 22% da receita comercial do Aeroporto de Cumbica, estimada em 222 milhões de reais por ano. Mas o espaço que ocupa no terminal é maior do que o de muitos setores essenciais à circulação de passageiros. A butique se espalha por 1 516 metros quadrados, 50% mais do que os 1 008 metros quadrados do setor de controle de passaportes, por exemplo.

Chiadeira geral

‘Depois de ter passado uma noite inteira no avião, não é nada agradável ter de encarar até quarenta minutos na fila da imigração. E olha que sou francês naturalizado brasileiro desde 1997 e, por isso, a espera é na ala dos residentes, que costuma ser mais rápida que a de estrangeiros. Como viajo duas vezes por mês ao exterior, conheço muitos aeroportos. Em outros países existe espera no controle de passaporte, mas nada comparado ao que vivemos aqui.’ - Roland de Bonadona, diretor-geral da Accor Hospitality da América Latina

‘Viajo duas vezes por mês para países da África, do Oriente Médio e da América Central. O pior dia para desembarcar em Guarulhos é na segunda-feira pela manhã, das 4 às 8 horas. Já cheguei a ficar uma hora e meia na fila da imigração. É um verdadeiro congestionamento de gente. Como sei que vou me atrasar, sempre evito marcar reuniões na segunda cedo. A situação daqui só se compara à de aeroportos africanos.’ - Dario Chemerinski, diretor da divisão internacional da empresa alimentícia Gomes da Costa

‘Viajo para o exterior pelo menos dez vezes por ano. Acabo de voltar da China e do Japão. Sempre que regresso a São Paulo é como se passasse por um choque de civilizações. Perco pelo menos uma hora entre conseguir descer do avião, passar pela alfândega e deixar o aeroporto. Na época da epidemia de gripe A, cheguei a ficar duas horas na fila até ser liberada. Como sei que a demora é uma rotina em Cumbica, costumo viajar apenas com bagagem de mão.’ - Mayana Zatz, geneticista

‘Vivo em Miami desde 1994 e venho a São Paulo pelo menos três vezes por ano. Cansei de ver gente perder a conexão porque ficou presa na fila da imigração. Há muito mais agentes da Polícia Federal para fiscalizar a chegada dos brasileiros, que supostamente desembarcam com mais produtos importados, do que os estrangeiros, que vêm passar férias. Em Miami colocam o mesmo número de agentes nas duas filas. Deveria ser assim para agilizar o processo.’ - Dayse Martins, corretora de imóveis da Sotheby’s International Realty

‘Viajo cerca de seis vezes por ano para os Estados Unidos e países europeus e já me acostumei a gastar uma hora e meia de espera na imigração quando chego a São Paulo pela manhã. Apesar de morar aqui há dois meses, tenho passaporte sueco e preciso pegar a fila dos estrangeiros. Vejo que faltam pessoas trabalhando e uma maior organização.’ - Svante Hjorth, diretor-geral da empresa de telecomunicações Arycom

‘Nasci em Veneza e moro em São Paulo há cinco anos. Vivo no Brasil com visto de trabalho. Viajo com frequência para países da Europa e da América Latina. Perdi as contas de quantas vezes tive de aguardar até uma hora e meia na fila em Cumbica simplesmente porque a pessoa que me atendeu jamais tinha ouvido falar em um visto como o meu. Aí ela chamava o gerente, depois o chefe da Polícia Federal... O governo brasileiro precisa contratar mais pessoas para trabalhar na recepção de turistas e, acima de tudo, treiná-las melhor.’ - Matteo Murador, economista

O que pode e deve ser feito

Especialistas ouvidos por "Veja São Paulo" apontam algumas medidas viáveis que melhorariam a vida de quem chega a São Paulo em voos internacionais

PROPOSTA: ampliar Cumbica

Desde os anos 90, quando foi inaugurado o Terminal 2, a Infraero já falava em construir um terceiro setor para passageiros, com áreas exclusivas de imigração, alfândega e esteiras de bagagem, em Cumbica. A obra seria bancada pela empresa que administra os aeroportos brasileiros e deveria estar concluída em 2007. O tempo passou e nada foi feito. Somente em setembro último teve início o processo licitatório para a ampliação do aeroporto. Pelo novo projeto, está prevista a construção de um terminal de passageiros com 230 000 metros quadrados, um pátio com capacidade para até 44 aviões e um edifício-garagem com vagas para até 4 500 veículos. O Terminal 3 deve custar 1,6 bilhão de reais e levar quatro anos para ficar pronto. Na melhor das hipóteses, os 20 milhões de passageiros que passam por Cumbica anualmente verão a reforma concluída em 2013.

EFEITO: desafogaria o tráfego nos Terminais 1 e 2 e diminuiria o tempo entre o pouso do avião e a liberação do passageiro.

PROPOSTA: sobretaxar os horários mais concorridos para voos internacionais

Na Europa, as companhias se dispõem a pagar mais para ter o direito de explorar os horários mais procurados pelos passageiros. Com isso, viajantes atrás de passagens mais baratas optariam por voos que pousam em horários menos disputados. Críticos da medida argumentam que ela prejudicaria as empresas de pequeno porte, que não têm cacife para entrar nesse "leilão".

EFEITO: diminuiria o congestionamento de voos nos horários de pico e, consequentemente, as filas.

PROPOSTA: equipar melhor os guichês da Polícia Federal

Dos vinte guichês da Polícia Federal destinados a fiscalizar a documentação de passageiros brasileiros ou estrangeiros que chegam diariamente a Cumbica, apenas doze funcionam. E não é por falta de pessoal. De acordo com a delegada Gilse Landgraf, coordenadora-geral do setor de imigração da PF, os oito terminais restantes não operam por falta de maquinário específico para a leitura de passaportes. "Neste mês, pedimos à direção da PF para nos enviar quatro leitoras do Rio Grande do Sul", afirma. "Nos aeroportos de lá não há tanto movimento, e elas estavam ociosas." Descompassos como esse são bastante comuns na rede de fiscalização dos aeroportos. "O setor de imigração do Aeroporto de Guarulhos, que recebe 8,8 milhões de estrangeiros por ano, tem praticamente o mesmo número de fiscais da PF que o do Galeão, no Rio, que recebe 2,2 milhões de estrangeiros", diz Adalberto Febeliano, professor de economia do transporte aéreo na Universidade Anhembi Morumbi. Outro ponto delicado é a falta de treinamento de alguns profissionais terceirizados que lidam com turistas. Além de conhecimentos de inglês e espanhol, é desejável que esses atendentes saibam reconhecer os padrões de vistos de turismo, trabalho e de estudante exigidos pelo Brasil.

EFEITO: aumentaria a eficiência do serviço de imigração.

PROPOSTA: transferir a administração do Aeroporto de Viracopos para a iniciativa privada e torná-lo um novo polo para voos internacionais

Até a inauguração do Aeroporto de Guarulhos, em 1985, era Campinas, a 100 quilômetros da capital, que concentrava a maior parte dos voos internacionais que chegavam ou saíam do estado de São Paulo. De janeiro a agosto deste ano, Viracopos recebeu 1,9 milhão de passageiros em voos domésticos e apenas 1 785 em voos internacionais. Devido à proximidade da Copa de 2014, dirigentes da Iata, sigla em inglês da entidade que reúne 230 companhias aéreas de todo o mundo, têm se reunido com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Defesa para pedir que Viracopos seja transferido para a iniciativa privada e volte a ser um terminal de vocação cosmopolita. "Não se trata de privatização, e sim de concessão, como aconteceu com as rodovias", explica um dirigente da Iata que prefere não se identificar. De acordo com ele, construir um terceiro aeroporto paulistano no prazo de três anos é inviável. "Um aeroporto internacional custa de 4 bilhões a 5 bilhões de dólares e leva de cinco a dez anos para ficar pronto."

EFEITO: desafogaria o tráfego de voos internacionais na capital e criaria um novo polo regional para conexões.

PROPOSTA: mudar os free shops e as lojas da área de desembarque para outro setor do aeroporto

Desde 1978, quando a antiga Brasif inaugurou o primeiro free shop do país, os brasileiros que voltavam de viagens ao exterior se habituaram a passar pela imigração e ir direto às compras. Sete anos depois, a empresa abriu uma loja de 1 516 metros quadrados bem ao lado da esteira de bagagens do Aeroporto de Guarulhos. A butique de importados, hoje pertencente ao grupo Dufry, ocupa quase um terço da área de desembarque internacional, que tem 5 000 metros quadrados. A filial que funciona no Terminal 2 tem exatamente o mesmo tamanho: 1 516 metros quadrados. É maior, por exemplo, que o setor de conferência de passaportes, que tem 1 000 metros quadrados. Na opinião de Anderson Correia, diretor da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), a transferência dos pontos comerciais que ocupam o setor de desembarque para outras áreas do aeroporto seria uma solução para diminuir as filas. "Com o número de passageiros que recebe hoje, Guarulhos precisaria no mínimo de mais dez esteiras de bagagem, mas simplesmente não existe espaço onde alocá-las", explica.

EFEITO: poderiam ser aumentados tanto o número de esteiras de bagagem quanto o de cabines da Polícia Federal, usadas para conferência de passaportes.

Fonte: Maria Paola de Salvoe Sara Duarte (Veja São Paulo) - Fotos: Greg Salibian (Folha Imagem)

Paranaenses participarão de competição de Aerodesign

A equipe Fênix vai participar com um avião biplano

Três equipes de estudantes de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) irão representar o Estado na 11.ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, que acontece de 22 a 25 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, no estado de São Paulo.

As equipes irão competir com aviões radiocontrolados e projetados pelos próprios estudantes. Da UFPR, irão participar do evento a equipe Fênix, com um avião biplano; e a X Goose, com uma aeronave Canard. Já da UFPR, a equipe participante é a Anhanguera, com um monoplano. “No total, devem participar da SAE Brasil 85 equipes, de diversos estados. A competição tem um nível bastante alto”, comenta o integrante da Anhanguera, Roger Assunção.

Segundo o integrante da Fênix, Murilo Heeren, a competição tem como objetivo despertar o interesse dos estudantes pela aviação, que anualmente necessita de um número grande de novos engenheiros. “A Engenharia Aeronáutica é um ramo da Engenharia Mecânica. A competição nos estimula a gostar da área e ensina coisas que não aprendemos em sala de aula”, afirma.

Durante a competição, as avaliações e a classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo. Os critérios utilizados são baseados em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica. As equipes que obtiverem a melhor pontuação ganham o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, no próximo ano, nos Estados Unidos.

Fonte: Cintia Végas (Paraná Online) - Foto: Átila Alberti

Azul põe Natal (RN) em nova rota aérea

No próximo dia 1º de dezembro, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras começará a atuar em Natal, com tarifas a partir de R$ 199. A companhia irá operar um vôo diário, sem escalas, entre a capital potiguar e a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, com a rota sendo realizada por dois jatos Embraer, que juntos terão capacidade de transportar 224 passageiros.

De acordo com o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting, o mercado potiguar estava nos planos da empresa há muito tempo, por Natal ser uma cidade com grande potencial turístico. “Mas decidimos começar a atuar a partir de dezembro próximo, por incorporar dois novos aviões à nossa frota e ter a possibilidade de oferecer um serviço de qualidade para a capital do estado”, revela.

O diretor de marketing ressalta que a Azul Linhas Aéreas é uma empresa de baixos custos, que prima pela alta qualidade de seus serviços, apontando como um dos diferenciais o fato de os aviões da companhia possuírem apenas duas fileiras, com duas poltronas cada. Um dos modelos do jato da Embraer que integram a frota da empresa tem capacidade para transportar 106 passageiros, enquanto no outro viajam 118 pessoas.

Além disso, se o cliente optar pela tarifa Azul Flex Plus, passa a ter o direito de sentar na parte dianteira da aeronave, com um espaço adicional de 12 centímetros entre as fileiras. “Dessa forma, o cliente fica com 86 centímetros entre as fileiras, que é o maior espaço da classe econômica do país. E também pelos nossos aviões não terem a poltrona do meio, principalmente em vôos longos, os clientes da Azul viajam com muito conforto e isso faz uma tremenda diferença”, completa.

Outro serviço oferecido pela companhia é o acesso ao Programa de Vantagens Tudo Azul, por meio do qual os clientes se cadastram e passam a receber créditos para utilizar ao comprar passagens, no site da companhia (www.voeazul.com.br). “O passageiro potiguar pode se cadastrar antes mesmo de a empresa começar a voar na capital e já pode utilizar os créditos em sua primeira compra”, conta Gianfranco Beting.

Ainda segundo o diretor de marketing da companhia, o vôo partirá de Natal às 12h50 e, em Campinas, o passageiro embarcará com destino a Natal às 10h. “Os clientes que saírem de Natal terão a opção de realizar conexões no aeroporto de Viracopos, com tempo de solo muito pequeno, para cidades do estado de São Paulo localizadas ao sul de Campinas ou para os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, explica Beting.

Com a entrada de Natal na rota da Azul, a companhia aérea passa a atuar em 15 cidades brasileiras. Na região Nordeste, as cidades de Recife, Salvador, Fortaleza e Maceió já integram a malha aérea da empresa e, por enquanto, Natal será a única cidade potiguar a receber vôos da Azul.

Atualmente, a frota da empresa é composta por 12 aeronaves, sendo sete jatos modelo Embraer 190 e cinco do Embraer 195 e a previsão é de que até o final do ano, sejam 14 aviões.

Fonte: Tribuna do Norte

Trip cresce 70% e planeja chegar a R$ 1.183 milhões de faturamento até 2011

Evaristo Mascarenhas, diretor de Marketing da Trip, divulgou na sexta-feira (16), durante palestra na 4º Convenção da Abav-BA, alguns dados e previsões da companhia aérea. Segundo o diretor, a empresa, que cresceu 40% anualmente até 2007, vem apresentando, desde o ano passado, crescimentos de 70%, e a expectativa é manter a taxa pelo menos até ano que vem. Dessa forma, o faturamento anual da Trip, que este ano deverá fechar em R$ 502 milhões, deve chegar a R$ 1,183 em 2011.

Mascarenhas também anunciou um aumento na frota da companhia, que deve chegar a 63 aeronaves em 2013. Atualmente a empresa trabalha com 27. "Encomendamos cinco jatos Embraer 175 este ano, dos quais quatro já chegaram. Para 2010 e 2011, já pedimos mais dez do mesmo modelo", conta. As cidades operadas pela Trip devem aumentar também. De 73 cidades que a companhia trabalha atualmente, número deve aumentar para 100 até 2010.

O executivo salientou que a Trip apresenta um perfil de aviação regional e que espera que o Brasil aposte nesse segmento, como é feito no resto do mundo. Suas aeronaves possuem uma média de 70 assentos e devem transportar, até o final do ano, 1,6 milhão de passageiros.

Fonte: Juliana Siqueira (Mercado & Eventos)

Grupo finaliza proposta para incentivo à aviação regional

Anteprojeto que será apresentado na próxima semana amplia a atividade econômica do setor e vai indicar fontes de recursos para subsidiar as linhas essenciais e reformar os aeroportos.

A Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aéreo Regional e especialistas dos ministérios da Fazenda e da Defesa vão trabalhar em conjunto para finalizar, em uma semana, uma proposta que amplie essa atividade econômica.

O grupo pretende definir de que forma viriam os recursos federais para reformar os aeroportos e promover o subsídio das chamadas linhas essenciais, as que precisam ficar ativas mas não são economicamente viáveis.

A apresentação do anteprojeto para ampliar e estimular os investimentos no setor está prevista para a solenidade de lançamento oficial da frente parlamentar, que vai ocorrer na próxima semana.

A aviação regional é aquela que trabalha predominantemente em cidades do interior, dentro de um estado ou entre estados. Esse transporte não possui o mesmo tamanho nem movimenta o mesmo capital do transporte aéreo nacional, mas é importante para ligar de forma ágil regiões do País que, sem o acesso aéreo, ficariam isoladas.

Financiamentos do BNDES

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional, Apostele Lack, que participou de reunião na Câmara com a frente parlamentar, o anteprojeto pretende melhorar a infraestrutura dos aeroportos pequenos e médios, que precisam de reformas. "Além disso, o setor quer conquistar para as empresas o direito de pegar financiamentos do BNDES para comprar aviões, e assim não comprometer o caixa delas", disse Lack.

Outro ponto de discussão é o subsídio para as chamadas linhas essenciais. O presidente da frente parlamentar, deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), acredita que é importante definir de onde virá o capital, para evitar a desativação dessas linhas.

"Elas são necessárias para o sistema federativo do Brasil, para a União. E o subsídio dessas linhas especiais deverá sair de algumas fontes", ressaltou o parlamentar, para o qual a participação do Ministério da Fazenda nessa indicação é imprescindível.

Fonte: Bruno Angrisano/Rádio Câmara/SR (Agência Câmara)

Aeroporto de Ilhéus (BA) só será liberado em dezembro

A novela dos voos noturnos para o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, na Bahia, parece que está longe do capítulo final. Em julho o Ministério da Defesa assegurou que o aeroporto voltaria a funcionar normalmente em outubro.

Porém, no início deste mês, o jornal A Região informou, com exclusividade, que isso não iria ocorrer. Ao ler a notícia, os deputados Raymundo Veloso e Geraldo Simões tentaram esclarecer a situação com o Decea, mas não tiveram retorno.

Na quinta-feira o superintendente da Infraero em Ilhéus, João Bosco Bezerra, afirmou que o retorno dos voos noturnos só deve ocorrer em um prazo de 60 dias. O aeroporto Jorge Amado está operando com restrições desde 2007.

O aeroporto ainda depende da autorização do Departamento de Controle do Tráfego Aéreo (Decea) para voltar a operar normalmente. No início do mês a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil informou que foram encontradas irregularidades.

Ela não informou quais, mas a Infraero diz que não há mais restrições. O que existe é a necessidade do Decea informar os novos procedimentos de pouso e decolagem às empresas aéreas e receber delas planos para novos horários.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ilhéus, João Bosco Bezerra afirmou que o relatório do Decea concluiu que o aeroporto se encontra apto para voltar a ter os voos noturnos.

Fonte: A Região

Exército da Colômbia prende dois acusados de planejar atentado contra o avião do presidente Álvaro Uribe

O Exército da Colômbia informou ontem (17) as prisões de supostos integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) acusados, entre outros crimes, de terem planejado um atentado contra o avião do presidente Álvaro Uribe.

Liliana Gutiérrez, conhecida por Juana Camila, e Eduardo Sarmiento, de codinome Pacho, foram detidos em uma zona central da cidade de Tunja, no departamento de Boyacá, leste do país, e levados a Bogotá, onde serão decretadas as ordens de captura.

A Procuradoria pede a prisão dos dois pelos crimes de rebelião, terrorismo e extorsão. Eles também são acusados de serem os autores intelectuais e materiais dos atentados cometidos em 2002 e em 2005 contra o ex-senador Germán Vargas Lleras, agora pré-candidato às presidenciais de 2010.

Além dos ataques contra Lleras, também são atribuídos aos detidos o planejamento do sequestro do filho do empresário Luis Carlos Sarmiento Angulo, a autoria de incêndios de vários veículos oficiais em setembro de 2008, em Bogotá, e a organização de protestos na Universidade Pedagógica e Tecnológica da Colômbia.

Segundo o Exército, em um computador do líder da Frente Urbana das Farc, Antonio Nariño, conhecido por El Negro Antonio, havia informações que vinculava os detidos aos crimes. O material foi apreendido anteriormente e atualmente o chefe guerrilheiro está preso.

Fonte: ANSA

NASA finalmente observa poeira do impacto lunar

Em 9 de Outubro o foguete Centaur, da NASA, foi lançado contra a cratera Cabeus, na Lua, seguido pela sonda LCROSS. A missão era lançar um impacto contra a cratera com força para criar uma explosão de poeira e esperava-se que a LCROSS capturasse diferentes tipos de imagens dela. O objetivo era investigar se existia água abaixo da superfícia da Lua, mas imagens iniciais mostravam que a LCROSS não foram muito promissoras.

No entanto, ontem a NASA divulgou imagens melhores que mostram algum tipo de poeira se desenvolvendo alguns segundos depois do impacto do foguete Centaur. Com isto, a NASA tem os dados para começar a trabalhar se realmente há uma camada de gelo na Lua.

As imagens foram tiradas por uma sonda viajando logo atrás do foguete Centaur, que também se chocou contra o solo lunar. Em 9 de Outubro, cientistas esperavam que o impacto levantaria uma poeira gigantesca de 10 km, permitindo aos cientistas analisarem o material. Mas nada especial foi visto por observadores na Terra nem mesmo pelo Telescópio Hubble.

A equipe de cientistas da LCROSS vai continuar a analisar e verificar dados coletados pelos impactos da LCROSS.

Fonte: sodalimao.com.br - Foto: NASA

Viracopos completa 49 anos e ganha portal de serviços na internet

Site reúne notícias vinte e quatro horas, guia cultural e diversos serviços para usuários do aeroporto internacional de Campinas.

Em 19 de outubro o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, completa 49 anos. Para celebrar essa história que marca o transporte no Brasil, foi lançado um portal de conteúdo na internet, reunindo as principais informações sobre este que é um dos maiores aeroportos do Brasil devido a sua localização estratégica e capacidade de carga para a América Latina. O Aeroporto, situado há 100 km da cidade de São Paulo e há 14 km do centro de Campinas, é hoje um dos grandes centros de investimentos da Infraero.

Com o Viracopos Portal de Serviços, o grupo empreendedor Web Info pretende disponibilizar aos internautas informações sobre a região de Campinas, sobre o Brasil e de negócios, além de reunir todos os serviços presentes no aeroporto, como companhias aéreas, casas de câmbio, operadores logísticos, entre outros, possibilitando, inclusive, cotações, reservas e compras. O Portal está no domínio: www.viracopos.com.br.

O grupo, que não é ligado ao aeroporto, também está lançando um perfil na rede social Twitter, trazendo notícias expressas para executivos em trânsito. O perfil pode ser conhecido e seguido por meio do endereço: @ViajanteCEO. A iniciativa objetiva aproximar os usuários do Viracopos Portal de Serviços, promovendo discussão, interação, sugestões e dicas que possam ser úteis a quem passa pelo aeroporto para fazer negócios.

Viracopos é referência em logística de exportação

O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação de Viracopos possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano. Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa pelo aeroporto.

Viracopos também é um importante centro distribuidor de cargas, devido a sua localização geográfica privilegiada - um dos mais importantes pólos tecnológicos do país, situado entre grandes empresas, indústrias e universidades.

O aeroporto conta ainda com um completo centro de treinamento para todos os envolvidos em atividades aeroportuárias nas áreas de Safety, Security (segurança da aviação civil), Transporte de Cargas Perigosas (DGR - Dangerous Goods), Transporte de Animais Vivos (AVI), entre outros.

Atualmente, Viracopos tem capacidade para movimentar dois milhões de passageiros por ano. O transporte de passageiros é crescente em vista da expansão das companhias aéreas e da entrada de novos players no país. Em 2008, mais de 1 milhão de passageiros utilizaram o terminal. [www.viracopos.com.br - Twitter:@ViajanteCEO]

Fonte: Portal Fator Brasil

Licitado o Aeroporto Regional da Ibiapaba em São Benedito (CE)

A Licitação para construção do Aeroporto Regional da Ibiapaba, no município de São Benedito, no Ceará, foi feita na quinta-feira dia 15 de outubro.

A obra faz parte dos trabalhos de desenvolvimento e valorização do turismo, lazer, negócios e serviços.

Com valor estimado em R$ 6.200.000,00 o Aeroporto Regional de São Benedito terá pista de pouso e decolagem de 1.500 metros de extensão por 30 de largura, pista de taxiamento e pátio de estacionamento de aeronaves, balizamento noturno, serviço de combate a incêndio e urbanização com pavimentação da via de acesso.


Fonte: AVOL

Convenção Internacional de Aviação Geral da China de 2009 começa de Shaanxi

A Convenção Internacional de Aviação Geral da China de 2009 começou neste sábado (17) nas cidades de Xi'an e Weinan, na província de Shaanxi, oeste do país.

A exposição, que teve presença de 100 empresas chinesas e 30 estrangeiras, é a primeira do gênero criada pelo país a nível nacional.

Cerca de 80 aeronaves de aviação geral, incluindo o avião A2C, helicópteros de Rotoway e o Cessina 172 vão participar de apresentações no evento.

A "aviação geral" refere-se às atividades aéreas com exceção do transporte público e envolve principalmente trabalhos para a agricultura, indústria e alivio de conseqüências de calamidade.

Fontes: CRI - China Radio International / China Central Television - Fotos: Xinhuanet

Gol estende cobrança de serviço de bordo nos voos

A companhia aérea Gol anunciou que o serviço de bordo pago foi ampliado para outras rotas e horários.

O cardápio inclui produtos como sanduíches, cerveja, vinho, refrigerante, suco, chocolate e outros aperitivos. A empresa aceita cartões de crédito e moeda nacional como formas de pagamento.

A Gol afirmou que decidiu ampliar o serviço após receber solicitações dos clientes.

Com a medida, o número de voos que oferecem a opção de compra a bordo foi triplicado para 37.

Os clientes são informados sobre o serviço durante o processo de aquisição do bilhete, e as opções são apresentadas em menu.

O serviço de bordo padrão continua sendo oferecido gratuitamente em todos os voos diários, de acordo com a companhia.

Fonte: Folha Online

Alunos da UFPE criam protótipo de avião para competição nacional

A equipe tem nove alunos do curso de Engenharia Mecânica, que passaram um ano preparando o que vão mostrar em São José dos Campos, na competição Brasil de Aerodesign

Alunos do curso de Engenharia Mecânica da UFPE criaram um protótipo de um avião cargueiro para participar da competição Brasil de Aerodesign.

A equipe tem nove alunos, que passaram um ano preparando o que vão mostrar em São José dos Campos, São Paulo, na próxima semana: um aeromodelo de 63 centímetros de altura, 1,68 metro de comprimento e três metros de envergadura de asa. O projeto é de um avião de carga, que vai concorrer com outros criados por 91 equipes de todo o País e também da Venezuela, do México e da Índia.

O estudante Leonardo Barbosa (foto 4) está empolgado com a chance de mostrar a aeronave, orgulho da equipe Mandacaru, que participou de várias edições da competição Brasil de Aerodesign. "O projeto é uma oportunidade para a gente aplicar o que a gente vê em sala de aula. É uma grande vitrine para conhecer pessoas ligadas ao setor aeronáutico e para as pessoas conhecerem a gente também", diz.

O professor que orientou o projeto, Armando Lúcio (foto 5), disse que na competição ganha o aeromodelo que decolar mais rápido, carregando mais peso. O da equipe pernambucana foi montado para levantar voo em 61 metros, com nove quilos no compartimento de carga. "O avião tem que ter peso mínimo para poder maximizar a sua capacidade de carga e com isso a sua estrutura tem que ser muito bem pensada, muito bem projetada para suportar principalmente a aterrissagem, que dá um choque bastante elevado".

Fonte: pe360graus - Fotos: Reprodução / TV Globo

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Assista a reportagem do NE TV (TV Globo): AQUI.

Site do evento: SAE AeroDesign 2009

Transportadora aérea açoriana lança novo site

Novos aviões, integração das novas tecnologias, tarifas mais reduzidas e reforço na relação com os passageiros são algumas das novas apostas da Sata. A aviação comercial ultrapassa um período bastante conturbado. A crise económica teve como principal consequência o encerramento de muitas companhias aéreas, algumas delas dominadoras do mercado, durante largos anos.

Nos Açores, a transportadora aérea açoriana tem procurado contrariar os efeitos da recessão, com o lançamento de novos produtos, não se coibindo mesmo em renovar a frota, com a aquisição de novos aviões para uso interno (ligações inter-ilhas) e para as rotas nacionais e internacionais.

Nos últimos anos, foi também evidente a aposta em novos destinos e nas novas tecnologias, factores preponderantes para o crescimento da companhia. No campo tecnológico, a Sata apresta-se para lançar um novo site, ferramenta tida como essencial para melhorar a comunicação com os passageiros.

Ao expressodasnove.pt, o presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana diz que “o novo site surpreende pelas inovações introduzidas. É um site que visa transmitir a nossa imagem corporativa e foi desenvolvido com uma lógica funcional muito própria. Queremos que seja um site com óptima performance, na medida em que trivializa o encontrar da melhor tarifa disponível. Performance e transparência, acima de tudo! Tem aspectos inovadores. Inclusive, inovaremos pela utilização de redes sociais. Tudo em prol de uma relação de proximidade com os passageiros, principalmente aqueles que utilizam regularmente os serviços da companhia”. António Gomes de Menezes adianta, à nossa reportagem, que “neste momento, o site está pronto.

Estamos agora a criar um grupo de trabalho, ou de análise melhor dizendo, a quem vamos propor que teste o seu funcionamento, para que possamos melhorar o que está menos bem. Só depois de este trabalho estar concluído é que iremos proceder ao seu lançamento. Tudo a seu tempo, porque a pressa é inimiga da perfeição”.

No entanto, no campo da inovação tecnológica, os avanços da Sata não se ficam pelo lançamento do novo site. Ainda recentemente a empresa lançou uma aplicação para os aparelhos iPhone e iPod Touch, que proporciona informação, de forma gratuita e actualizada ao minuto, sobre os horários e estado dos voos efectuados pela transportadora. Esta aplicação permite aos clientes do Grupo Sata estarem permanentemente informados acerca dos horários e estado dos voos, a qualquer hora e em qualquer lugar, bastando ter um iPhone ou iPod Touch, com acesso à internet. A aplicação está disponível para download gratuito na loja online da Apple e acessível a partir do link http://www.sata.pt/iphone.

Para o responsável pela Sata, “o lançamento desta aplicação faz parte da nossa proposta de valor, na prestação de um serviço eficiente de informações aos nossos passageiros”.

O presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana realça que a aposta da Sata nos serviços de internet e telemóvel, torna toda a informação sobre as actividades da companhia “trivialmente acessível”, já que são meios de comunicação muito em voga, nos dias de hoje. António Menezes justifica a escolha da Apple iPhone como plataforma de lançamento para esta aplicação, com o facto da empresa norte-americana ser reconhecidamente líder de mercado, a nível mundial.

O trabalho não está, contudo, concluído, sendo que, em breve, serão acrescentadas novas valências que estsrão disponíveis em outras plataformas, que não as da Apple.

Não menos importante é referir que a Sata foi a primeira companhia aérea em Portugal, e uma das primeiras no mundo, a disponibilizar este serviço gratuitamente aos seus passageiros.

Informação sobre voos sempre disponível

A Sata desenvolveu uma plataforma que permite que os passageiros, se assim o desejarem, possam estar sempre ao corrente da situação dos seus voos. Através do serviço SMS, que recentemente sofreu alterações, os clientes podem solicitar informações, através do número 68630, sobre o estado de um determinado voo. Para isso, o cliente deve escrever na mensagem“Sata nº de voo”. Para saber os horários programados de partidas e chegadas, deverá digitar “SATA TT ORI DES”, tomando como exemplo “SATA TT PDL LIS”, para aceder aos horários dos voos entre Ponta Delgada e Lisboa. Em caso de dúvida, a transportadora disponibiliza ajuda, bastando enviar para o 68630, a mensagem “SATA HELP”. O custo por cada SMS é de 35 cêntimos. Este sistema, também pioneiro a nível mundial, foi desenvolvido em parceria com a Amadeus, sendo que permite ainda que a transportadora aérea açoriana envie, sempre que necessário, alertas aos passageiros.

Fonte: Pedro Botelho (Expresso das Nove - Portugal)

Anac publica participação de mercado das empresas aéreas brasileiras

A Anac – Agência Nacional de Aviação Civil divulgou nesta quarta-feira (14) as tabelas com dados comparativos de participação de mercado das empresas aéreas brasileiras, nas linhas domésticas e internacionais, relativos a setembro de 2009 e o acumulado de janeiro a setembro de 2009.

A TAM manteve a liderança nos voos domésticos e internacionais em setembro , com 44,2% no mercado nacional e 84.5% no internacional. A Gol/Varig aparece em segundo, com 41,8% no doméstico e 12,6% no internacional.

A Azul e a WebJet, praticamente empatam no market share nacional. A primeira com 4,68% e a segunda com 4,76%, seguidas pela Ocean Air, com 2,24%.

A Taxa de ocupação (load factor) dentre essas principais companhias nacionais foi a seguinte: Azul (80,4%), Gol (67,1), TAM (65,4%) e Ocean Air (63.4%)

Dado a ressaltar é que a TAM manteve a liderança no segmento de linhas internacionais aéreas brasileiras, com market share de 87,3% no mês passado, seguido pela Gol, com 12,63%. O load factor dos voos internacionais da TAM foi de 76,1% enquanto que o da Gol foi de 60,4.

Fonte: Diário do Turismo

Comandante da PM de MS enfrenta 10 minutos de pânico no ar

O comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David, diz que enfrentou ontem os 10 piores minutos de toda sua vida.

Dentro de um bimotor modelo Baron, com outros 3 passageiros, além de piloto e co-piloto, o comandante enfrentou nuvens carregadas que tiraram a estabilidade da aeronave e provocaram momentos de pânico.

O avião ficou cerca de 10 minutos em turbulência forte, conta o coronel. “Só pensava que ia morrer. Aquele tempo pareceu uma eternidade”, lembra

O grupo saiu de Campo Grande às 13h45, com destino a Aparecida do Taboado, para acompanhar evento do governador André Puccinelli.
Quando a aeronave sobrevoava Ribas do Rio Pardo, os problemas começaram. “Primeiro eram correntes de vento. O piloto tentava desviar, mas então pegamos pela frente a formação de uma tempestade”, relata David.

Durante cerca de 10 minutos, em que o avião perdia altitude e o nível mais alto, o coronel diz que o semblante de todos passageiros era de pânico.

Ele comenta que as primeiras imagens em um momento assim são da família. No caso dele, principalmente do filho Gabriel, de 8 anos.

Junto de David, estavam o ajudante de Ordens, major Cláudio Rosa Cruz, o chefe de gabinete da Secretaria de Justiça e Segurança Público, José Lazaro Oliveira, e o assessor do deputado Diogo Tita, Cássio Silva.

Ao perceber que pela frente poderia enfrentar risco ainda maior, o piloto propôs ao grupo o retorno a Campo Grande. “Aceitamos no mesmo momento, porque pior do que aquilo seria a morte certa”, resume David.

Depois do sufoco, o coronel diz que ao conversar com o piloto teve a certeza de que se eles estivessem em uma aeronave Seneca, que é menor que a Baron, a queda seria certa. “Não resistiria a toda aquela situação por ser menor”, avalia.

O governo do Estado também usa Seneca, mas ontem a aeronave estava na revisão.

No mesmo dia, também em viagem a Aparecida do Taboado, o avião Bandeirantes que levava o governador André Puccinelli e comitiva enfrentou problemas no ar e teve de fazer pouso de emergência em Três Lagoas.

Quando era comandante da Polícia Ambiental, David diz que enfrentou situações parecidas, mas nunca tão graves. “Na época, a Polícia Ambiental tinha um monomotor 185, que a gente chamava de Tremendão. Passei apuros, mas nada como agora”, comenta o coronel.

Apesar do medo enfrentado, o comandante diz que não tem como se livrar dos vôos, por conta do cargo que ocupa, “Não tenho como evitar, isso economiza tempo”.

Na próxima semana já tem viagens agendadas para Paraíba e Três Lagoas, para trocas de comando.

Hoje, o comandante está em Dourados, “mas desta vez preferi vir de carro”, ri o coronel.

Fonte: Ângela Kempfer (Campo Grande News) - Foto: Adriano Hany

Estudantes maranhenses criam aeronave para competir em SP

Um grupo formado por 13 alunos de Engenharia Mecânica do Instituto Federal do Maranhão (ex-Cefet) – Campus Monte Castelo – desenvolve, desde o ano passado, o projeto de um pequeno avião. Depois de meses de trabalho a idéia saiu do papel e um protótipo deve ganhar os ares numa competição nacional de AeroDesign, promovida pela Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade, de 21 a 25 de outubro, em São José dos Campos (SP).

A aeronave criada pelos estudantes maranhenses pesa 6,5 quilos, tem 2,5 metros de envergadura e 1,8 metros de comprimento. Ele é feita de madeira de paparaúba e alumínio e está coberta com vinil. A maioria das peças, inclusive o motor, veio dos Estados Unidos. A previsão é que, durante a decolagem, o protótipo atinja uma velocidade de 55 km por hora. O combustível é uma mistura de óleo lubrificante e nitro e o controle é feito via rádio, com alcance de três quilômetros.

O projeto custou quase cinco mil reais e contou com a orientação do professor André Pereira Santana, que havia participado em 2004 e 2005 dessa mesma competição como estudante. “Este ano iremos concorrer com outras 60 equipes de todo o país. Nosso projeto está maduro e temos todas as condições de representar bem nossa instituição”, analisou ele.

Ganhará a competição, a equipe que conseguir decolar o protótipo com a maior carga. O projeto maranhense tem capacidade para receber até nove quilos de placas de aço no compartimento de carga, o que poderá garantir um bom desempenho frente aos concorrentes.

De acordo com o aluno Edan de Paula, um dos maiores desafios foi projetar a asa. “Ela é mais difícil. Tem que ser perfeita para não sofrer oscilações de vento e derrapar”, explicou.

Os estudantes contaram ainda com a assessoria de um artesão conhecido internacionalmente por seu trabalho de construção de aeromaquetes. Joaquim Neto cedeu o espaço de seu ateliê, no Bairro de Fátima, para que os jovens desenvolvessem o avião. “Os meninos estão de parabéns. Eles demonstraram muita capacidade e competência e acredito no sucesso deles”, confessou o artesão.

Fonte: Jornal Pequeno - Fotos: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

Airbus dá boas vindas a Abu Dhabi Aircraft Technologies

A Abu Dhabi Aircraft Technologies (ADAT), afiliada à Mubadala Development Company, assinou um acordo que a torna a mais nova associada da rede mundial de MRO (Maintenance, Repair & Overhaul) da Airbus. A ADAT, criada pela Mubadala em novembro de 2007 a partir da transformação da antiga Gulf Aircraft Maintenance Company (GAMCO), está sediada no Emirado de Abu Dhabi e lidera o segmento de serviços técnicos independentes para aviação civil e militar no Oriente Médio.

A rede MRO da Airbus tem como objetivo oferecer aos seus clientes opções mundiais em serviços de manutenção competitivos por meio de seus fornecedores com experiência em aeronaves Airbus. Desde seu lançamento, em março de 2005, a Airbus e seus parceiros da rede MRO têm estabelecido padrões de referência mundial em eficiência de manutenção e satisfação de clientes. A Airbus também integra, por meio da rede, uma ampla gama de soluções de engenharia e de manutenção customizada denominada “Flight Hour Services” (FHS). Os critérios para credenciamento na rede MRO foram recentemente ampliados, passando a exigir que os novos membros sejam capazes de oferecer serviços de manutenção para os novos modelos da Airbus: o A380 e o A350 XWB.

Bruce Jones, Vice-Presidente Sênior da Divisão de Serviços e Suporte ao Cliente da Airbus, disse: “Temos imenso prazer em receber a ADAT como membro da rede MRO da Airbus. A região do Oriente Médio é muito importante para nossa empresa e a ADAT possui capacidade de prover grande variedade de serviços de manutenção para aeronaves Airbus, além de estar equipada com um hangar A380 de última geração. Sua chegada à rede MRO irá enriquecer as opções de serviços de manutenção da região”.

John Byers, CEO da ADAT declarou que esse é um passo importante na estratégia da empresa para assegurar sua liderança em serviços de manutenção, reparo e revisão na região, desenvolvendo manutenção especializada para as novas aeronaves e fornecendo uma rede de suporte global aos clientes. “O foco da Airbus na eficiência de manutenção e na satisfação do cliente é um elemento central de nossa própria filosofia de trabalho e nosso ingresso na rede da empresa comprova a qualidade de nossos serviços e a capacidade de nossos profissionais”.

A rede MRO da Airbus conta agora com os seguintes membros: Abu Dhabi Aircraft Technologies, Lufthansa Technik AG, Aeroman, Mexicana MRO Services, Air France Industries, Sabena Technics, Air New Zealand Engineering Services, SIA Engineering Company, Aveos, Singapore Technologies Aerospace, GAMECO, SR Technics, Hong Kong Aircraft Engineering Company, TAP Maintenance & Engineering, Iberia Maintenance e TIMCO Aviation Services.

Fonte: Aviação Brasil