terça-feira, 22 de abril de 2008

Avião localiza balões que podem ter sido usados por padre desaparecido

Padre Adelir de Carli voava com balões e desapareceu no domingo.

Fiéis rezam na igreja onde ele trabalha, no Paraná.

Balões usados por padre são encontrados no mar

Um aglomerado de balões que podem ter sido usados pelo padre Adelir de Carli foi avistado no mar por um avião da Força Aérea Brasileira, a cerca de 50 quilômetros da costa, na região de Florianópolis, nesta terça-feira (22). Um navio está se dirigindo ao local. O padre desapareceu no domingo (20), depois que deu início a um vôo com balões de gás coloridos.

O religioso decolou de Paranaguá (PR) no início da tarde de domingo, mesmo com o mau tempo. Ele pretendia permanecer 20 horas no ar. Pouco tempo depois, começaram os problemas. "O celular via satélite fica saindo do ar e a bateria está enfraquecendo", disse o religioso.

O último contato de Carli, pelo celular, ocorreu por volta das 21h de domingo. Pedaços de balões já foram encontradas em praias de Santa Catarina.

Buscas

As buscas foram concentradas em São Francisco do Sul, a 20 quilômetros da costa. Nesta terça, a companhia do celular usado pelo padre informou que ele pode ter caído ainda mais longe, o que aumenta a área de buscas. "Nessa circunstância, a cada hora que passa, fica mais difícil encontrá-lo com vida", afirma o capitão Nelson Coelho, da Polícia Militar.

Em Paranaguá, fiéis rezam e fazem vigília na igreja onde o padre trabalha.

Outro vôo

O padre já viajou do Paraná para a Argentina no dia 13 de janeiro deste ano. Ele levantou vôo na cidade de Ampére (PR). Os balões atingiram 5,3 mil metros de altitude e o vôo durou quatro horas. Para se aproximar do chão e pousar, o padre usou um estilete: foi furando e soltando uma parte dos balões.

Fonte: G1 - Foto: Gazeta do Povo / AE

Avião derrapa em pouso de emergência no AM

Após verificar pane, piloto decidiu parar em Coari

O avião EMB-110P1 Bandeirante, prefixo PT-OCV, da empresa Rico Linhas Aéreas, fretado para o Governo do Amazonas, fez um pouso forçado, na segunda-feira, 21, por volta das 14h40, no aeroporto do município de Coari, a 363 quilômetros a Oeste de Manaus. O avião saiu de Manaus com destino a Carauari, a 788 quilômetros da capital. O pouso forçado foi causado por uma pane em uma das turbinas, segundo informações da empresa.

O avião transportava 14 passageiros, todos funcionários públicos, e dois tripulantes. Os passageiros sofreram apenas escoriações leves. A empresa informou ainda que apenas o comandante da aeronave, Péricles Romano, teve um pequeno corte no rosto.

Uma das passageiras, que pediu para não ser identificada, disse que o piloto e o co-piloto foram os mais atingidos e chegaram a ficar presos na cabine. Segundo ela, a parte da frente do avião foi a mais atingida. Por causa da falha de uma das turbinas, a aeronave teve dificuldade de frenagem durante o pouso e saiu da pista do aeroporto de Coari, caindo numa vala aberta nas proximidades, segundo a empresa. O trem de pouso dianteiro quebrou e a parte da frente, chamada de ‘nariz’, bateu diretamente no solo.

Ela contou que, ainda no ar, os outros passageiros comentaram que um dos motores havia parado. “Olhei pela janela e vi que realmente estava tudo parado até que todas as luzes do avião, até aquelas vermelhinhas se apagaram e aí começamos a entrar em pânico”, disse. Nesse momento, os pilotos orientaram que todos colocassem o cinto de segurança, pois teriam de fazer um pouso forçado em Coari. “O comandante disse que, se não estivéssemos perto da cidade teríamos caído. Tudo o que eles fizeram foi de forma manual, graças à habilidade deles”, contou a passageira.

Ela relatou, ainda, que sentiram fortes trepidações durante a tentativa de pouso e que chegaram a ouvir um estalo antes do avião entrar em pane. “Quando pousamos, também sentimos um forte cheiro de queimado e saímos todos correndo pela porta de emergência sem saber pra onde”, disse.

Regulamento aéreo

A orientação do regulamento aéreo a que os pilotos estão submetidos, segundo a Rico, é para que, em casos de pane, o vôo prossiga até o destino final, mesmo com o funcionamento de apenas uma das turbinas. Entretanto, o comandante Romano decidiu não seguir viagem e pousar em Coari, porque era o aeroporto mais próximo.

Os motivos da pane ainda não foram identificados e uma equipe de mecânicos da empresa vai apurar as causas.

Onze passageiros permaneceram em Coari e seguem viagem hoje pela manhã. Outros três funcionários do governo retornaram para Manaus ontem, de acordo com a Agência de Comunicação do Governo do Estado (Agecom), que não soube informar os nomes de todos os passageiros e garantiu que todos passam bem. A Agecom informou, ainda, que só três passageiros tiveram algumas lesões, “nenhuma mais grave”. Dois deles machucaram a perna e, um, teve lesões no nariz.

Pelo menos cinco passageiros do vôo foram atendidos no Hospital Regional de Coari: Emil Caliril, 31; Elenice Guerra, 54; Maria A. Lobão; Meire Cavalcante, 41 e Raimundo da Penha, cuja idade não foi informada.

O EMB-110P1 Bandeirante, PT-OCV, no Aeroporto de Manaus em 2007

Fonte: Portal Amazônia / G1 - Foto1: Reprodução (TV Globo) / Foto2: Cleuma Justina (Em Tempo) / Foto3: Frederico Cavalcante (Airliners)

Companhias aéreas americanas vão cobrar pela segunda mala

Cinco das seis maiores companhias aéreas americanas planejam cobrar de seus clientes US$ 25 por uma segunda maleta, diz o New York Times, em matéria publicada nesta terça-feira. A estratégia é para aumentar a receita, segundo o jornal, e cobrir a alta dos gastos com combustíveis.

Com o preço do petróleo batendo recordes sucessivos (nesta terça-feira, no mercado futuro de Nova York, nova cotação recorde de US$ 118), as grandes empresas aéreas decidiram impor a nova tarifa, que vai afetar mais os clientes que viajam a passeio do que a negócio.

A United e a US Airways já anunciaram, em fevereiro, que cobrariam os US$ 25 pela segunda mala enviada. Desde então, outras companhias, como a Continental, a Delta e a Northwest, decidiram fazer a mesma cobrança a partir de maio.

Mas a decisão não é exclusiva das grandes empresas. Companhias de baixo custo, como a AirTran, também imporá, a partir de 15 de maio, a mesma tarifa, ainda que a um valor menor: US$ 10, exceto para passageiros que viajarem de primeira classe. Já a terceira maleta custará US$ 50 dólares.

Algumas companhias, segundo o New York Times, já cobram até US$ 100 dólares pela terceira maleta, dentro de uma estratégia de combinar rentabilidade e competitividade. Ela implica em oferecer bilhetes ao menor preço possível, mas cobrar taxas extras por custos adicionais como o de refeições para ganhar na rentabilidade.

Fonte: O Globo Online

Air France apresenta novo Airbus

Os passageiros que viajam no novo Airbus A321 da Air France têm a oportunidade de conhecer a nova cabina que será utilizada nos trinta A320 encomendados pela empresa em 2007, oito dos quais com entrega prevista para este ano.

A estrutura da cabina beneficiou-se de melhorias que a deixam mais espaçosa e moderna, com decoração interna modificada. Além disso os novos aparelhos vêm equipados com motores mais econômicos no consumo de combustível, e por isso menos poluentes.

Sua operação resulta em maior silêncio e menos 20% de NOx (óxido nítrico). O novo desenho das janelas oferece visão mais ampla aos passageiros e os compartimentos para bagagens de mão são mais espaçosos.

Fonte: Aerobusiness

Airbus e Boeing assinam acordo para reduzir impacto ambiental da aviação

Os dois gigantes da aeronáutica, Airbus e Boeing, assinaram nesta terça-feira um acordo de cooperação para reduzir o impacto do tráfego aéreo no meio ambiente.

Em um pacto excepcional, os dois maiores concorrentes do setor se comprometeram na terceira reunião de cúpula da aviação e meio ambiente, que acontece em Genebra, a adotar medidas para reduzir as emissões poluentes.

Os 13 participantes da reunião, entre eles Airbus, Boeing, a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), a canadense Bombardier e a brasileira Embraer, concordaram em uma declaração em avançar pelo caminho do crescimento neutro em emissões de carbono, com o objetivo de obter "um futuro sem carbono".

"Vamos otimizar a eficácia do combustível de nossa frota e a maneira como faremos voar nossos aviões, assim como nossas operações em terra", afirmam os 13 signatários da declaração.

Fonte: AFP

Avião espião investiga desmatamento na Amazônia

Um avião espião da FAB (Força Aérea Brasileira) que capta imagens de alta resolução está sendo usado em uma "perícia" nos 36 municípios responsáveis por 50% da devastação recente na Amazônia.

O sobrevôo pode acabar com as dúvidas sobre a extensão da área devastada estimada com dados de satélites analisados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As informações são questionadas pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).

Software demarca desmate em Marcelândia, no Mato Grosso; governo usa avião espião para investigar desmate na Amazônia

Com resolução de imagem de seis metros - cerca de cinco vezes melhor do que a usada pelo Prodes (Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia), do Inpe -, o mapeamento do avião R-99B apresentará com precisão a área desmatada nas cidades sobrevoadas. Além de mais preciso que os satélites Landsat e CBERS, usados pelo Prodes, o avião espião tem a vantagem de não ser prejudicado por nuvens.

O R-99B da FAB já realizou 94 horas e 15 minutos de vôo nesta missão. A estimativa é que o trabalho envolva no mínimo 400 horas, ao custo de cerca de US$ 1 milhão.

As imagens captadas pelo R-99B são processadas pelo Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), órgão vinculado à Casa Civil, que concluiu na semana passada o mapeamento de uma área de 264 mil quilômetros quadrados em municípios de Mato Grosso.

O trabalho com o avião da FAB, segundo o Sipam, pode ser chamado "de perícia que servirá como prova" para multar e mover ações judiciais contra o desmatamento ilegal.

Para o diretor-geral do centro gestor e operacional do sistema, Marcelo de Carvalho Lopes, não há como contestar as imagens. "Dá para ver até curvas de nível", afirmou, referindo-se aos patamares escavados em áreas cultivadas em terras com morros.

O trabalho iniciado em março ocorrerá nos 36 municípios amazônidas que estão sob embargo imposto pelo governo federal --proibidos de desmatar até que fique claro quais são os culpados pela devastação recente.

Juntos, todos os municípios da lista têm 790 mil quilômetros quadrados (equivalente à soma das áreas de RJ, SP, ES, PR, SC, PE e RN, na conta da FAB). A expectativa é que o sobrevôo de todas a áreas a serem analisadas dure 45 dias.

O Sipam não divulgou, porém, uma estimativa do desmatamento real nas regiões já sobrevoadas, pois afirma que processa as imagens sem interpretar informações. Os dados serão analisados pelo Ministério do Meio Ambiente --foi a pasta de Marina Silva que encomendou o trabalho.

Cerco fechado

Não há a intenção, segundo o ministério, de confrontar as imagens captadas pelo avião da FAB com os dados sobre desmatamento obtidos com satélites usados pelo Inpe.

O Ministério do Meio Ambiente diz que os desmatamentos passaram a ocorrer em área cada vez menor e que o mapeamento da FAB fecha o cerco contra esses infratores.

Mato Grosso foi o ponto inicial do trabalho porque, na relação de municípios com maior desmatamento de agosto a dezembro de 2007, tinha sete dos dez primeiros colocados.

O município líder foi Marcelândia, um dos primeiros alvos dos sobrevôos.

Os dados captados por um radar do avião chegam ao Sipam em Manaus (AM) como se fossem uma fita VHS de vídeo. Um programa de computador transforma os dados corridos em imagens e demarca a área desmatada. Os aviões R-99 são conhecidos como "olhos e ouvidos da FAB" e foram desenvolvidas pela Embraer a partir de jatos ERJ 145.

Fonte: Folha Online - Foto: Sipam

Alitalia: Air France retira sua oferta de compra

A companhia Air France-KLM retirou a sua oferta de compra daAlitalia, a empresa italiana que faliu, informou um comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira pela empresa aérea franco-holandesa.

"Seguido pelo pedido formulado pela Alitalia de esclarecer a situação legal sucessiva à ruptura das negociações" entre las partes, a Air France-KLM comunicou que "os acordos contratuais anunciados no dia 14 de março, com o objetivo de lançar uma oferta pública de intercâmbio sobre a Alitalia, não sã mais válidoss, já que não foram satisfeitas as condições preliminares para o lançamento da oferta".

Fonte: ANSA

Vai decolar a nova empresa aérea do Paraguai

Regional PARAGUAYA Linhas Aéreas com preparativos finais

A nova empresa aérea, Regional Paraguaya Líneas Aéreas, está finalizando detalhes para começar sua operação, devendo receber dentro de mais dez dias as primeiras aeronaves. Com dois Boeing 727 e aviões ABRO-VAE 146, estará realizando inicialmente as rotas entre Assunção-Ciudad del Leste-Buenos Aires e Ciudade del Leste-Assunção e Santiago do Chile.

A empresa deverá iniciar operações até o final de julho.Os investimentos da nova companhia somam US$ 12 milhões, para o projeto inicial de três anos.

Fonte: Brasilturis

Austrália proíbe canetas de laser após incidentes com pilotos

Pilotos de aviões relatam ter ficado temporariamente cegos após exposição a lasers durante pouso e decolagem

Um Estado australiano proibiu o uso de canetas de laser depois que uma série de incidentes nos quais pilotos de aviões ficaram temporariamente cegos, disse o governo nesta segunda-feira, 21.

Lasers de mão potentes, incluindo aqueles utilizados por astrônomos, serão listados como armas proibidas no Estado de New South Wales com risco de pena de mais de 14 anos para quem carregá-los sem permissão.

"É um ato covarde que poderia resultar em resultado pavoroso. É necessário apenas uma fraca de segundo para que o piloto fique temporariamente cego, o que poderia ter conseqüências catastróficas", disse o premier do Estado Morris Iemma.

Diversos pilotos relataram recentemente ter sido prejudicados por lasers intensos no momento da decolagem ou do pouso, e a polícia pediu ajuda a agências de inteligência para ajudar a combater o que os jornais chamar de "lunáticos do laser".

O último incidente ocorreu ao sul de Sydney no fim de semana, quando um helicóptero de ambulância foi atingido por um feixe verde.

Fonte: Estadão - Imagem: Reprodução Engadget

Governo fará auditoria internacional no setor aéreo

Nove meses depois do acidente com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas, o Ministério da Defesa está finalizando os procedimentos para realizar uma auditoria no setor de aviação civil. O governo decidiu contratar uma empresa internacional.

A informação foi repassada pelo próprio ministro Nelson Jobim (Defesa) a deputados da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Ele resumiu assim o objetivo da contratação: Vamos “verificar onde estão as deficiências, onde temos de promover ajustamentos.”

Jobim revelou-se preocupado com “o crescimento brutal que está acontecendo no tráfego aéreo no Brasil”. Segundo ele, há, hoje. “1.950 vôos diários controlados pelo sistema” submetido à gestão da Aeronáutica. Mais: há, nas palavras do ministro, “um crescimento exponencial em torno de 15% ao ano.”

“Ou seja, teremos, ainda em 2008, um acréscimo de 150 vôos. Isso nos leva a discutir a infra-estrutura aérea”, acrescentou Jobim na reunião com os deputados. Quem ouviu o ministro ficou com a impressão de que a atmosfera de tranqüilidade nos aeroportos não autoriza a conclusão de que a crise aérea acabou. Longe disso.

O levantamento das “deficiências” e a realização dos “ajustes”, como reconheceu o próprio ministro, ainda estão por ser feitos. O Comando da Aeronáutica sempre foi avesso à idéia de realizar uma auditoria externa no setor aéreo.

A julgar pelas palavras do ministro, porém, a renitência foi vencida. Jobim não informou aos parlamentares o nome da firma de auditoria que pretende contratar. Tampouco deu detalhes do processo de escolha. Limitou-se a dizer que será “uma empresa internacional.”

A CPI do Caos Aéreo do Senado incluíra em seu relatório final a sugestão de auditoria externa. O tema chegou a ser tratado pelo relator da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em audiência com Jobim.

Em outubro do ano passado, a Ifatca (Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo) meteu a sua colher no assunto. Numa entrevista à BBC, Cedric Murrell, vice-presidente da entidade, defendeu a seleção de uma equipe “multinacional” de auditores: ''Reconhecemos a soberania brasileira, mas acreditamos que existam autoridades competentes capazes de integrar tal equipe [de auditoria] tanto no Brasil como no exterior.''

Marc Baumgartner, presidente da Ifatca foi além. Disse que "é uma questão de tempo" até que outro acidente aéreo aconteça no Brasil. Segundo ele, o governo brasileiro consumiu “muita energia” na punição dos controladores de vôo, mas não teria tomado providências capazes de corrigir as falhas do sistema aéreo.

Jobim reagiu, à época, de forma azeda. Tachou de “jogo político” a avaliação de Baumgartner. E pôs em dúvida a isenção da Ifacta: "Não podemos atribuir isenção alguma a este tipo de manifestação. Elas têm um objetivo político de criar um ambiente para resolver questões salariais."

Também no Brasil ouviram-se críticas à suposta letargia do governo. Milton Zuanazzi, que renunciou à presidência da Anac em 31 de outubro de 2007, disse, no mês passado, que nada mudou na Agência Nacional de Aviação Civil:

“Todas as decisões que eu tomei como presidente, inclusive aquelas que anunciaram que seriam revogadas, todas elas voltaram atrás”, disse Zuanazzi. “Nós estamos vivendo a mesma política da minha gestão.”

Carlos Camacho, diretor de Segurança de Vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, afirmou, também no mês passado, o seguinte: “Os problemas [do setor aéreo] foram resolvidos à brasileira, de forma emergencial. Ou seja, correm o risco de se repetir.”

“A crise passou, mas a capacidade do setor não foi ampliada”, ecoou Alessandro Marques de Oliveira, diretor do Núcleo de Competição e Regulação do Transporte Aéreo do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). A simples intenção de contratar uma empresa internacional de auditoria revela que o governo não tira por completo a razão de seus críticos.

Escrito por Josias de Souza (Blog do Josias - Folha Online)

TAP implanta seu check-in on-line

A TAP disponibilizou os serviços de check-in on-line em oito aeroportos brasileiros, com vôos de origem em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador.

O check-in online pode ser feito entre 24 horas e 90 minutos antes da hora de partida do vôo. O serviço, que funcionava com êxito no Brasil, foi cancelado por várias companhias após a crise aérea iniciada em 2006.

Piloto morre na queda de um F-16 na Jordânia

Um F-16 da RJAF

Um F-16 da Real Força Aérea da Jordânia (RJAF) caiu no domingo (20), quando realizava exercícios de rotina. O piloto morreu.

Fonte: f-16.net - Foto: Jim Hedges

Cai avião com paraquedistas no Missouri, EUA

A queda de Cessna P206 da Freefall Express, prefixo N2537X, matou duas pessoas a oeste de Mount Vernon, no Missouri, no sábado a tarde (19).

O avião transportava seis de praticantes de skydiver e havia decolado do Aeroporto Municipal de Mount Vernon.

Quatro skydivers saltaram antes da queda do avião e se feriram levemente e dois que não tiveram tempo de pular, Marnie Fuller, 36 e Jennifer Collins, 32, morreram no acidente.

O piloto, Jason Rog, 32, foi levado para um hospital em Springfield em condições críticas. No domingo, seu estado foi atualizado para grave.

Investigadores da FAA (Federal Aviation Administration) e da National Transportation Safety Board foram ao local no domingo, coletando provas para o seu inquérito sobre a causa do acidente.

Uma testemunha disse que o avião estava baixo quando os pára-quedistas saltaram.

Os quatro skydivers saltaram com segurança: Emilee Barnett e Heather Mehl de Springfield, Tabitha Perkins de Webb City e Tera Smith de Overland Park, Kansas.

A FreeFall Express informou no domingo que o avião voava a a 10.000 pés, quando o piloto sofreu uma perda de controle.

Após seu 50º salto, Jennifer Collins produziu este vídeo que postou no YouTube:



Fonte: KY3

Pequeno avião sofre danos em aterrissagem na Alemanha

Um avião particular Cessna 180K Skywagon, prefixo D-EIRS, sofreu alguns danos estruturais quando realizava a aterrissagem no Aeroporto Paderborn-Lippstadt (EDLP), na cidade de Büren, na Alemanha, no sábado passado (19).

Seus dois ocupantes não se feriram.

Fonte: nw-news.de

Terceiro acidente aéreo em três dias na Califórnia

Um avião Cessna 510 Citation Mustang, prefixo N54PV, da empresa California Natural Products, saiu da pista ao aterrissar no Aeroporto McClellan-Palomar, na Califórnia, no domingo (20), mas ninguém se feriu.

O Cessna pousou na pista 24 logo após 10:10 hs. finalizando o vôo que proveniente do Aeroporto Regional Lincoln, a nordeste de Sacramento, também da Califórnia.

O piloto e três passageiros escaparam incólumes e a aeronave sofreu poucos danos.

O Citation 510 é classificado como jato empresarial, que pode transportar quatro passageiros e dois tripulantes.

Segundo a FAA o evento foi classificado como um "incidente", em vez de um "acidente", devido à falta de lesões maiores e danos à aeronave.

Em três dias seguidos aconteceram três ocorrências com pequenos aviões na Califórnia.

Fontes: ASN / CBS8

Outro acidente aéreo na Califórnia deixa um ferido

Um avião Cessna 175A, prefixo N6868E, caiu por volta das 19 hs. de sábado (19) próximo a Groveland, perto do Parque Nacional Yosemite, na Calfórnia.

O avião sofreu uma perda de potência logo após a decolagem e atingiu alguns cabos de energia elétrica ficando pensurado com o "nariz" para baixo.

O piloto, Bill Cranford, 69, ficou seriamente ferido e foi levado ao hospital na cidade de Modesto para tratamento.

No dia anterior, outro Cessna caiu na mesma região matando seus dois ocupantes.

Fonte: RecordNet

Dois morrem em acidente na Califórnia

A queda do Cessna 150J, prefixo N60760, da Seaplane Ventures, próximo a Cherry Lake, a oeste do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, deixou dois mortos na sexta-feira passada (18).

Edmond Thomas Snyder, 38 e L. Dave Cunningham, 56 são as vítimas desse acidente que a FAA investiga as causas.

Fontes: ASN / RecordNet

Porta-aviões americano chega ao Rio para exercício militar

Operação Unitas começa a ser realizado na terça-feira (22).

Participam da operação as marinhas do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina.

O porta-aviões americano George Washington na Baia da Guanabara

O porta-aviões americano George Washington chegou ontem (21) ao Rio. A embarcação com propulsão nuclear entrou na Baía de Guanabara no início da manhã e ficou fundeada na altura do Píer Mauá, próximo à Ponte Rio-Niterói. Maior arma de guerra dos Estados Unidos, o gigante pode ser visto por cariocas do centro e moradores da orla de Niterói. O George Washington veio ao Rio para participar do exercício militar entre as esquadras de Brasil, Argentina e Estados Unidos, a 49º edição da Operação Unitas. Realizado desde 1959 no Atlântico Sul, a operação é uma oportunidade para militares planejarem ações navais conjuntas e trocarem experiências técnicas. No total, 15 navios dos três países estarão envolvidos, mobilizando um total de 9 mil militares.

Os tripulantes do porta-aviões brasileiro São Paulo, que está em reparos e não participará da operação, integrarão o treinamento. Em nota, a Marinha do Brasil informou que serão realizados vários exercícios de guerra anti-submarino, de superfície e antiaérea, além de manobras transferência de combustível. O ponto alto da Unitas será uma situação de crise fictícia.

Acompanham o George Washington as fragatas Farragut e Kauffman, da Marinha dos Estados Unidos, além do Northland, da Guarda Costeira. No total, são cerca de 5 mil tripulantes americanos. Eles terão permissão para desembarcar no Rio e conhecer a cidade. Avisados dos riscos da epidemia de dengue, receberão repelentes. O George Washington permanecerá no Rio até o dia 2 de maio. Na véspera, nas comemorações do Dia do Trabalho, a embarcação americana participará de um desfile naval que brindará os banhistas das praias entre o Leblon e a Urca com a visão de todos os navios participantes da Unitas.

Fontes: Agência Estado / G1 - Foto: Marcos D´Paula (Agência Estado)

Geórgia acusa Rússia de abater avião teleguiado

O governo da Geórgia, ex-república soviética, disse na segunda-feira (21) que um jato da Força Aérea russa abateu uma aeronave georgiana de reconhecimento não-tripulada, num "ato de agressão não provocada", mas Moscou qualificou a alegação de bobagem.

Autoridades em Tbilisi mostraram imagens de vídeo que disseram ter sido feitas com a câmera a bordo do avião sem tripulantes e que, afirmaram, mostram um jato militar russo MiG-29 disparando um míssil contra o avião georgiano quando ele sobrevoava a região separatista georgiana de Abkázia.

A acusação deverá agravar as tensões entre Moscou e Tbilisi, que enfrentam um impasse devido às ambições da Geórgia de entrar para a Otan e o apoio dado por Moscou a regiões separatistas da Geórgia.

"O governo da Geórgia condena fortemente o ato de agressão não provocada ocorrido em 20 de abril de 2008 na Geórgia", disse o Ministério do Exterior georgiano em comunicado. O ministério convocou o embaixador russo para lhe entregar uma nota de protesto.

Um porta-voz da Força Aérea russa, indagado sobre a alegação da Geórgia, respondeu: "É bobagem. O que um caça russo estaria fazendo sobrevoando território da Geórgia?".

As imagens de vídeo fornecidas à Reuters pela Força Aérea georgiana mostram um jato inclinando-se lateralmente para enfrentar o avião não-tripulado. Um clarão breve pôde ser visto quando o míssil foi lançado e dirigiu-se ao avião de reconhecimento. Alguns segundos depois, a tela apagou.

Não havia marcações visíveis no avião que disparou o míssil.

O coronel David Nairashvili, comandante da Força Aérea da Geórgia, disse à Reuters: "No dia 20 de abril um caça russo MiG-29 abateu uma aeronave não-tripulada e desarmada que fazia reconhecimento básico sobre território georgiano."

"A presença de um MiG-29 russo ali é totalmente ilegal."

"O MiG-29 tem marcações próprias em sua cauda dupla. É uma aeronave russa. A Geórgia não possui esse avião, e tampouco os separatistas abkazes", disse o comandante da Força Aérea.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Tom Casey disse que os EUA estão preocupados com relatos do incidente e pediram informações ao governo russo.

Situada na costa do Mar Negro, a Abkázia é reconhecida internacionalmente como parte da Geórgia. Desde o início da década de 1990 a região está sob o controle de separatistas apoiados por Moscou.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidasdiscutirá nesta segunda-feira a possibilidade de promover, a pedido da Geórgia, uma reunião especial para tratar da questão da Abkázia.

O embaixador da Geórgia na ONU, Irakli Alasania, disse que, se a reunião for ocorrer, o ministro de Relações Exteriores, David Bakradze, participará e apresentará evidências do ataque.

Fonte: Reuters

Clique aqui para ler a informação anterior, que atribuia o ataque aos separatistas abkazes.

Vídeo mostra ataque contra avião da Geórgia
Segundo Força Aérea da ex-república soviética, ataque veio de avião russo que estava ilegalmente no espaço aéreo georgiano. A imagem é do avião atingido.



Vídeo: Reuters

Reportagem em português no Terra TV CLIQUE AQUI

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Avião da Ocean Air faz pouso forçado em Cuiabá

Aeronave parou no meio da pista, nesta segunda-feira.

Outros pousos e decolagens foram suspensos.



Um Fokker 100 da OceanAir, prefixo PR-OAR, que vinha de Ji-paraná (RO) fez um pouso de emergência hoje por volta das 9h20 (horário de Brasília), no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, Mato Grosso. Pelo menos três passageiros tiveram mal súbito e foram levados pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande.

"Fomos acionados pela torre de comando do aeroporto para qualquer incidente. O chamado inicial era porque o trem de pouso não queria abaixar e teríamos que jogar espuma na pista para auxiliar na aterrissagem. O avião teve que sobrevoar até acabar com o combustível. Ao aterrissar, o comandante conseguiu fazer com que o trem de pouso saísse. E nós atendemos os passageiros que tiveram mal súbito. Pelo menos três foram levados ao pronto-socorro", disse o atendente do Corpo de Bombeiros.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o avião da OceanAir ficou parado no meio da pista por cerca de 20 minutos, o que interditou o aeroporto para pousos e decolagens. A Infraero declarou que o avião da OceanAir já foi retirado da pista e o aeroporto Marechal Rondon voltou a funcionar normalmente.

Fontes: G1 / Terra

Encontrados destroços do equipamento do padre

Balões e cabos foram localizados em uma praia de Penha

As buscas pelo padre Adelir Antônio de Carli, 41, que começou por São Francisco do Sul, no Litoral Norte do Estado, concentram-se na região de Penha.

Nesta madrugada, um empresário da cidade localizou os destroços do equipamento — balões e cabos — entre a Ponta da Vigia e a Praia Vermelha. O Corpo de Bombeiros e a Capitania dos Portos foram notificados por volta das 7h30min.

A operação de resgate do padre mobiliza um navio da Marinha, um rebocador de apoio marítimo, dois barcos de pesca, cinco lanchas, 1 jet sky e aerononaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Militar. Por terra, os bombeiros contarão com um cão farejador.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Penha, Johnny César Coelho, as buscas serão intensificadas à tarde.

Fontes: AN.COM.BR, DIARIO.COM.BR E RBS TV

Padre está desaparecido no Litoral de SC

Carli voava numa cadeira paraglider atrelada a cerca de mil balões de festa cheios de gás hélio


O Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo de Joinville realiza buscas

Dois barcos particulares e um navio varredor da Marinha foram mobilizados neste domingo (21) à noite para resgatar em alto-mar o padre parananense Adelir de Carli. Ele levantou vôo no domingo de Paranaguá (PR) suspenso numa cadeira paraglider atrelada a cerca de mil balões de festa cheios de gás hélio. A intenção do padre - conhecido por esse tipo de aventura - era pousar em Ponta Grossa. Mas os ventos mudaram e ele foi desviado em direção Sudeste, o que o fez parar no meio do mar entre a boca da Barra do Sul e a Prainha, em São Francisco do Sul.

No último contato que fez com o Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar, antes de cair na água, por volta das 21 horas, ele estava de 21 a 31 quilômetros das Ilhas Tamboretes. Depois disso, ele ficou incomunicável.

De acordo com a capitania, Carli não usava equipamentos de salvamento ou que facilitem a localização. Em março, o religioso apareceu em rede de TV nacional após voar 11 quilômetros entre Ampére (PR) e San Antonio, na Argentina. Na ocasião, contou que queria divulgar a pastoral rodoviária, que presta apoio espiritual a caminhoneiros.

O padre Adelir escolheu o dia 20 de abril para seu segundo vôo por conta da lua cheia. Pretendia passar 20 horas no céu e contemplar o luar. Em entrevista ao site G1, disse que é cuidadoso ao planejar o vôo: usa macacão térmico, capacete, tem pára-quedas reserva, GPS e celular por satélite.

Fonte: A Notícia - Foto: Salmo Duarte (RBS)

Serviço de arapongagem na Infraero

Estatal cria departamento especial para coletar informações consideradas cruciais para a tomada de decisões. Servidores temem o monitoramento.

Especialistas em estratégia militar garantem que a inteligência é a melhor arma para combater o inimigo. Essa “arma” tem sido levada a sério por diferentes órgãos do governo federal. Muito antes do Palácio do Planalto preparar o dossiê com contas sigilosas do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e deflagrar a crise política do momento, a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, criou uma sessão exclusiva para coletar, produzir, analisar e interpretar dados “necessários à tomada de decisões”. Servidores da empresa e pessoas ligadas ao setor temem estar sendo monitorados pela Assessoria Especial de Inteligência Empresarial, que funciona no mezanino do aeroporto de Brasília.

Para o comando do setor de inteligência foi escolhido um coronel da reserva da Aeronáutica, Hélcio Medeiros Ribeiro, há 10 anos na estatal. Foi o ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, quem criou a Assessoria Especial de Inteligência, em 31 de maio do ano passado. Ele argumenta que a idéia inicial era colaborar com órgãos como a Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas, armas, carga, obter informações de pessoas nos aeroportos e também trabalhar com estatísticas e dados sobre o setor aéreo. O atual presidente da estatal, Sérgio Gaudenzi, manteve ativa a sessão de inteligência para, segundo a assessoria de imprensa da empresa, “garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborar com o presidente da Infraero e com os diretores”.

O criador do setor de inteligência jura que nunca mandou confeccionar dossiês nem espionar a vida de ninguém. Mas diz não ser possível garantir se houve ou não arapongagem em nome da segurança da aviação civil. “Não ponho a mão no fogo por ninguém”, disse, ao Correio, José Carlos Pereira. Ele próprio já foi do setor de inteligência da Força Aérea e também da Junta Interamericana de Defesa. Dentro da Infraero, há quem arrisque a dizer que o setor foi criado para tentar proteger o brigadeiro dos ataques inimigos e identificar quem eram os funcionários que repassavam a jornalistas informações e documentos internos.

Caixa-preta

Um dia antes de assinar o ato administrativo nº 947/PR/2007 — que deu vida a unidade e criou nove cargos com salários de R$ 4,3 mil até R$ 11 mil — o brigadeiro José Carlos Pereira viu o tempo se fechar contra a Infraero no Congresso. Era o primeiro sinal de que as duas CPIs instaladas na Câmara e no Senado poderiam trazer à tona contratos suspeitos e muitos problemas envolvendo a manipulação da estatal em todas as suas gestões mais recentes.

Em 30 de maio do ano passado, com o voto de governistas e oposicionistas, foi aprovada na CPI do Apagão Aéreo da Câmara a convocação de Pereira, e de quatro ex-presidentes da estatal, incluindo o deputado federal Carlos Wilson (PT-PE), que colecionava acusações de corrupção durante a gestão na estatal. Nesse mesmo dia, o procurador junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado fazia uma afirmação explosiva aos parlamentares da CPI do Senado: “A Infraero é uma caixa-preta em todos os sentidos”.

O advogado Airton Soares, integrante do Conselho da Infraero, diz desconhecer ações de espionagem dentro da estatal. Mas acredita que já foi investigado, em especial no final de 2006, quando afirma ter incomodado muita gente ao apontar mais de um contrato suspeito firmado pela empresa que agora são alvo de investigação no Tribunal de Contas da União (TCU). “Devo ter sido bisbilhotado e seguido. Ouvido também”, afirma, emendando que só não sabe por quem. Garante que nunca viu nenhum dossiê contra ele.

Já Denise Abreu, a ex-diretora da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), recebeu em casa um dossiê anônimo. A Polícia Federal concluiu, em novembro do ano passado, ser falso o documento onde aparecia o nome de Denise como titular de contas bancárias no Uruguai. Segundo a assessoria da ex-diretora, ela nunca teve contas bancárias no exterior e nem cartões de crédito das bandeiras citadas no dossiê. O documento também trazia informações sobre Jorge Luiz Brito Velozo, ex-diretor da Anac, e José Anchieta Moreira Hélcias, diretor de Relações Governamentais do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil de São Paulo para identificar quem confeccionou o documento.

Partilha de dados com Abin

A Infraero se preparou para fazer parte do Sistema Brasileiro de Inteligência. O objetivo é compartilhar dados e alimentar com informações sigilosas a Agência Brasileira de Informação (Abin), o serviço secreto brasileiro, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), dos centro de inteligência da Marinha, Aeronáutica e Exército e CGU.

“Seria bastante benéfico para a Infraero pois teria acesso ao cruzamento de informações entre o Sistema de Inteligência da Infraero e o Brasileiro de Inteligência”, escreveu o chefe da Assessoria Especial de Inteligência Empresarial, coronel Hélcio Medeiros Ribeiro, num ofício em agosto do ano passado (veja fac símiles acima). No documento, encaminhado logo depois de Sérgio Gaudenzi assumir o comando da Infraero, Hélcio colocou o cargo à disposição e aproveitou para informar os próprios objetivos no comando do Sistema de Inteligência da Infraero.

Ele revelou que chegou a dar uma palestra na Abin para o Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência. Por meio de nota, a Infraero esclarece que “a atividade de Inteligência tem como foco principal a coleta, a análise e a consolidação dos conhecimentos de interesse da Segurança da Aviação Civil”. Informa ainda que os dados são difundidos mensalmente para a Anac, como subsídio para a Avaliação do Nível de Ameaça à Aviação Civil Brasileira, conforme prevê o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil.

“As entidades e empresas públicas de administração aeroportuária poderão implementar um Setor de Inteligência e Segurança para tratamento de informações, envolvendo a Segurança da Aviação Civil”, afirma a Infraero, via assessoria de imprensa. Hoje, são oito empregados, sendo cinco orgânicos e três contratados, com experiência no setor e atuando na assessoria especial da estatal. Funcionários da Infraero vêem com desconfiança a sessão e arriscam a dizer que, para auxiliar o presidente a tomar decisões, como nomear cargos de confiança, o setor de inteligência fez levantamento de todo o histórico dos postulantes às vagas.

Manipulação

A declaração anual de bens de 151 ocupantes de função de confiança na Infraero, entregue anualmente por todos os funcionários em envelopes lacrados, foi digitalizada por solicitação do diretor de administração da empresa, Raimundo Miranda. Servidores da empresa questionam a legalidade da medida, oficializada na circular nº273 de outubro de 2007, porque não foram consultados sobre a manipulação de informações sigilosas.

Se dependesse da avaliação do ex-secretário da Receita Everardo Maciel não existiria nem mesmo a lei que obriga todo servidor entregar cópia da declaração de bens, para tomar posse e trabalhar em órgãos públicos. “Tentei acabar com essa lei. Ela ofende o código tributário”, salienta. Ele classifica como “estranho” o fato de um órgão pedir para digitalizar uma pequena parte do total de documentos entregues. “Conseguiram transformar o ruim em péssimo”, diz Everardo Maciel.

No documento assinado por Miranda e encaminhado a todas as superintendências da Infraero, o pedido é feito em caráter confidencial. O argumento: “Tendo em vista a necessidade de avaliação de diversos documentos por parte da empresa e dos órgãos fiscalizadores no que pertine aos processos em andamento no âmbito desses entes públicos”. O diretor solicitou a indicação de um profissional de “inteira confiança e responsabilidade” e diz que, ao término da digitalização, os formulários sigilosos deveriam ser encaminhados à Superintendência de Recursos Humanos em CDs lacrados sem mencionar o conteúdo do mesmo.

A Infraero justifica dizendo, por meio da assessoria de imprensa, que o “trabalho foi solicitado pela auditoria interna da Infraero, a partir de demanda da CGU (Controladoria-Geral da União)”. Quem definiu as categorias de servidores que teriam os documentos manipulados foi a CGU e o controle interno da estatal. Tratam-se dos cargos com salários mais elevados. A CGU esclarece que, por força de decreto, pode analisar, sempre que julgar necessário, a evolução patrimonial dos agentes públicos. Garante que esses dados são manejados apenas por um número restrito de servidores, especializados em segurança da informação. (FO)

Fonte: Fernanda Odilla (Correio Braziliense)

Há 90 anos morria Manfred von Richthofen, o "Barão Vermelho"

Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen (Breslau, 2 de maio de 1892 — Vaux-sur-Somme, 21 de abril de 1918) foi um piloto alemão e é considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um ás do vôo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial. Sua morte tem sido creditada ao piloto australiano Roy Brown. Todavia, é bem possível que tenha sido derrubado por um tiro a longa distância de um soldado australiano em solo, S. Evans.

Richthofen foi conhecido como der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.

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Animais: Os desbravadores espaciais

Por: Renato Las Casas*

No início da semana foi amplamente noticiado: Rússia seleciona macacos para futura missão a Marte.

Humanos e macacos têm sensibilidades quase idênticas à radiações. Além de estudar os efeitos de radiações possíveis de se exporem os astronautas em uma viagem até esse nosso vizinho, os cientistas russos também analisarão, em simulações de laboratório, as reações de nossos 'primos' a longos períodos sem gravidade (mínimo de seis meses; que é o tempo de uma viagem a Marte); suas reações à dieta também prolongada de sucos e purês (alimentos práticos e seguros de serem consumidos no espaço); etc.

Começa-se assim mais um capítulo do drama: 'Animais, os desbravadores espaciais'. Dessa vez o palco de fundo será Marte. Desnecessário dizer que essas experiências geram muitas polêmicas.

Já nos anos 40, pensando em ir ao espaço, os norte-americanos sacrificaram dois macacos (Albert I e Albert II) embarcando-os em mísseis V2 capturados dos alemães durante a guerra.

O primeiro primata que alcançou o espaço foi Gordo, um macaco-esquilo enviado também pelos norte-americanos a bordo de um foguete Jupiter AM-13; em dezembro de 1958. Segundo A Agência Espacial Norte Americana (NASA), Gordo teria regressado à Terra com vida; porém um defeito no mecanismo de flutuação da cápsula que o trazia impediu o resgate. Gordo teria morrido no fundo do mar.

Em maio de 1959 uma nova experiência norte-americana. Baker (um macaco-esquilo) e Able (uma fêmea de macaco rhesus) foram enviados ao espaço a bordo de um foguete Jupiter AM-18. A experiência foi um sucesso e marcou o primeiro resgate com êxito de seres vivos enviados ao espaço. Able teve menos sorte que Baker, morrendo na cirurgia de retirada dos sensores que haviam sido implantados em seu corpo para transmissão de seus sinais vitais.

Em dezembro de 1959 os norte-americanos enviaram em um voo sub-orbital, a bordo do foguete 'Little Joe', o macaco rhesus Sam e em janeiro de 1960 a sua namorada Miss Sam. Ambos foram resgatados com sucesso. Contam que Sam, após o seu retorno do espaço, de volta ao laboratório da NASA, abraçou emocionado Miss Sam.

Ham foi o primero chimpanzé enviado ao espaço, em janeiro de 1961, a bordo de um foguete Redstone 2 da NASA. Seu resgate também foi um sucesso.

O segundo chimpanzé enviado ao espaço e o primeiro a orbitar a Terra foi Enos, em novembro de 1961, a bordo de um foguete Atlas 5, também da NASA. Vários problemas ocorreram durante a missão. Enos teria sido resgatado ainda com vida, falecendo pouco depois.

Primatas foram os precursores dos astronautas norte-americanos e cães foram os precursores dos cosmonautas soviéticos.

Os cientistas norte americanos preferiram os primatas em suas pesquisas nos primórdios da astronáutica, por suas semelhanças com os seres humanos.

Já os cientistas russos preferiram os cães por considerá-los mais adequados a passarem por longos períodos de inatividade. Eram escolhidos cães de rua, uma vez que esses teriam estrutura psicológica mais adequada para suportar o rigor e o 'estresse' de tais viagens, do que cães 'bem criados'. Eram também escolhidas fêmeas, não apenas por seus temperamentos mais dóceis, mas também porque o equipamento desenvolvido para coletar a urina e as fezes dos animais foi desenvolvido apenas para as femeas.

O primeiro animal enviado ao espaço foi Laika, uma cadela russa lançada a bordo do Sputinik 2, em novembro de 1957. A era espacial havia sido 'inaugurada' menos de um mês antes, com o lançamento do Sputinik 1.


Laika era 'vira lata', tinha dois anos de idade, pesava aproximadamente seis quilos e vivia solta pelas ruas de Moscou quando foi capturada para o programa espacial soviético.

O Sputinik 2, com Laika a bordo, foi lançado na madrugada do dia 3 de novembro de 1957. Os sinais vitais de Laika, colhidos por sensores presos a seu corpo, eram enviados à Terra em ondas de rádio e seguidos pelos cientistas soviéticos (vários rádio amadores, em diversas partes do mundo, também captaram esses sinais).

Após três horas de micro gravidade, Laika estava agitada e estressada, porém comendo. A recepção dos dados vitais dessa nossa heroina, parou entre cinco e sete horas após a decolagem. Laika morreu devido ao alto estresse a que foi submetida e ao superaquecimento da cápsula em que viajava, porém nos trouxe a certeza: -Animais, incluindo aí os Humanos, poderiam sobreviver à microgravidade.

O Sputinik 2 ficou no espaço com o corpo de Laika já sem vida, durante 163 dias e deu 2.570 voltas em torno de nosso planeta. A cápsula explodiu ao reentrar na atmosfera em 14 de abril de 1958.

Embora autoridades soviéticas houvessem afirmado em um primeiro momento que pretendiam resgatar Laika com vida, isso era impossível. A decisão de se mandar um ser vivo ao espaço fora tomada poucos dias antes, após o grande sucesso do Sputinik 1. O Sputinik 2 fora construido às pressas. O retorno de seu ocupante seria um problema a ser encarado em futuras missões. Pretendiam dar comida envenenada a Laika, se ela sobrevivesse por dez dias no espaço.

Laika foi o primeiro animal a morrer no espaço. Muitos outros já tiveram o mesmo destino e muitos outros ainda lhe seguirão. Laika, entretanto, foi o primeiro e ultimo cão a ser enviado ao espaço sem esperança de resgate.

Em julho de 1960, em um teste de vôo da nave soviética Vostok, o foguete explodiu durante o lançamento, matando seus dois ocupantes, as cadelinhas Bars e Lisichka.

O primeiro resgate com sucesso de cães enviados ao espaço foi de Belka e Strelka, lançados em agosto de 1960 a bordo do Sputinik 5, em companhia de quarenta camundongos; dois ratos e algumas plantas. Um filhote de Strelka, que recebeu o nome de Pushinka foi dado de presente a Caroline Kennedy por Nikita Khruschev, em 1961. São conhecidos vários descendentes de Pushinka.

Em dezembro de 1960 foi a vez de Pchelka e Mushka, lançadas a bordo do Sputinik 6. Essas cadelinhas passaram um dia em órbita. A reentrada da cápsula na atmosfera, entretanto, não se deu no ângulo previsto. O Sputinik 6 explodiu, matando suas ocupantes.

Ainda em dezembro de 1960, Damka e Krasavka, a bordo do Sputinik 7, quase tiveram a mesma sorte. Devido a um problema no estágio superior do foguete a missão foi abortada pouco após o lançamento. Essas cadelinhas foram então forçadas a realizarem um vôo sub-orbital não planejado, sendo em seguida resgatadas com segurança.

Em março de 1961 a cadela Chernushka, foi lançada a bordo do Sputinik 9, junto com alguns ratos e um porco da Guiné. Essa viagem foi um sucesso total. Duas semanas depois, em outra missão de sucesso, foi a vez de Zvezdochka ser lançada a bordo do Sputinik 10.

Após Zvezdochka, os soviéticos se sentiram confiantes para mandarem o primeiro homem ao espaço. Yuri Gagarin subiu a bordo de uma cápsula Vostok em 12 de abril de 1961.

Testes com animais no espaço continuaram sendo realizados, não apenas pelos Estados Unidos e pela União Soviética. Na década de 60 a França enviou ao espaço sete missões com animais. Em três delas foram enviados ratos; em duas gatos e nas outras duas macacos. Nessas missões foram resgatados com vida um rato, um gato e os dois macacos.

Em julho de 1973 a NASA lançou duas aranhas, Arabella e Anita, a bordo do foguete Saturno V, com destino à estação espacial Skylab, onde passaram vários dias. Essa havia sido uma idéia de um estudante secundarista norte americano. Seriam as aranhas capazes de tecerem teias na microgravidade? Anita morreu na Skylab, pouco antes de seu retorno à Terra e Arabella morreu na cápsula de regresso, durante a reentrada na atmosfera. Seus corpos permanecem até hoje em exibição no Museu Smithsonian de Washington.

Nas décadas de 70, 80 e 90, a Rússia e a antiga União Soviética lançaram onze satélites levando seres vivos, como parte do projeto Bion. Foram ratos, macacos, peixes, anfíbios, minhocas, insetos, protozoários, etc.

Também a NASA, desde a década de 80, tem usado os ônibus espaciais para o envio de animais ao espaço. Além de macacos, ratos, peixes, minhocas, aranha, plantas, também já foram enviados bichos da seda, abelhas, fungos, bactérias, lesmas, larvas, ostras e musgos.

Sexta feira passada, dia 11 de abril, foi inaugurado mais um monumento em homenagem à Laika, no centro de Moscou, em uma alameda próxima ao Instituto de Medicina Militar, onde Laika foi preparada para a sua missão. É um obelisco de dois metros de altura, representando um dos estágios de um foguete que se transforma em uma mão humana, sobre a qual está a figura dessa nossa heroína.

Fonte: Portal UAI

* Renato Las Casas é professor do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas e Coordenador do Grupo de Astronomia da UFMG.

Exupéry aqui? Impossível!

Temos acompanhado ao longo dessas semanas, através do ‘‘O POTI/DIÁRIO DE NATAL’’, matérias diversas envolvendo a figura mística do aviador e escritor francês Antoine de Saint Exupéry. Trata-se da questão que já se tornou polêmica, referente à suposta passagem - por diversas vezes - do citado aviador nesta agradável cidade de Natal na década de 30.

De forma costumeira, são repetidas justificativas de testemunhas daquela época que ‘‘viram’’ ou ‘‘ouviram dizer’’ da movimentação de Saint-Exupéry na capital potiguar.

E não deixaram de surgir algumas absurdidades, como a de um cidadão que certa vez perguntou-me se Saint-Exupéry havia realmente plantado aquele baobá que pode ser visto na rua São José, próximo ao Centro de Velório Morada da Paz, em Lagoa Seca.

Essa casmurrice fio atravessando os anos passando a constar das conversações relativas ao autor do famoso livro ‘‘O Pequeno Príncipe’’, situando Saint-Exupéry como um apaixonado pela capital potiguar e pela constante presença no chamado Canto do Mangue para ‘‘apreciar o pôr-do-sol!’’.

Exageros à parte, desejo participar dessa controvérsia baseado não no ‘‘ouvi dizer’’, mas sim com documentação apropriada onde está plenamente confirmado que Saint-Exupéry nunca esteve em Natal.

Ele nunca foi partícipe dessa fase dourada da aviação comercial francesa, concernente às travessias Dakar-Natal-Dakar (3.200km em cada trecho), ocasiões nas quais os tripulantes enfrentavam condições meteorológicas adversas, o capricho dos ventos alíseos, o frio das madrugadas e a imensidão de céu e água em viagens que consumiam 15 a 20 horas de vôo.

Para tanto, é recomendada a leitura da detalhada publicação francesa ‘‘Répertoire Dês Traversés Aériennes De L’Atlantique Sud Par L’Aéropostale Et Air France (1930-1940)’’, escrita por Pierre Labrousse e publicada em Paris em 1974.

Trata-se de uma publicação idônea que não deixa dúvidas aos assunto em tela. Se tudo passa na vida, a História fica e ela não perdoa os que não lhe entendem a lição.

As travessias do Atlântico Sul

No supracitado ‘‘Répertoire’’, encontramos a listagem das 512 travessias programas (256 em cada sentido: Dakar-Natal ou Natal-Dakar), entretanto somente 4 não foram cumpridas. São as seguintes:

1. Viagem 001-regresso, de 8 para 9 de julho de 1930. Motivo: amerissagem forçada a 700km de Dakar, em conseqüência de vazamento de óleo do motor. Tripulantes e malotes do correio recolhidos pelo navio Phocée (‘‘Aviso’’). Foram voadas 14 horas a partir de Natal.
2. Viagem 035-regresso, em 10 de fevereiro de 1936. Motivo: perdido no oceano depois de 7 horas de vôo, na etapa Natal-Dakar. Perda total da aeronave e dos 5 tripulantes, além de 1 passageiro.
3. Viagem 074-ida, em 7 de dezembro de 1936. Motivo: perdido no oceano depois de 3 horas e 57 minutos de vôo. Perda total da aeronave e dos 5 tripulantes.
4. Viagem 074-regresso. Não foi cumprida devido ao acidente constante na travessia anterior (074-ida). Seria a etapa Natal-Dakar.

A primeira travessia foi efetuada de 12 para 13 de maio de 1930, com o monomotor Late 28, matrícula F-AJNQ, sendo o primeiro vôo realizado para o Brasil com malas postais. Apenas 3 tripulantes: Mermoz (piloto), Dabry (navegador) e Gimié (radiotelegrafista).

A última (512, ou 256-regresso) ocorreu em 2 de julho de 1940, voando o F-AQCX de Natal para Dakar, com 5 tripulantes e tempo de vôo de 15 horas e 51 minutos. A Air France suspendeu as atividades por se encontrar a Europa imersa na 2ª. Guerra Mundial.

O nome de Saint-Exupéry NÃO consta na relação das viagens.

A empresa, que contava com 13 aeronaves, destinava-se unicamente ao transporte de malas postais; em apenas 19 travessias foram incluídos 22 passageiros e esses somente viajaram com autorização expressa do presidente da companhia. É oportuno esclarecer que Saint-Exupéry também não participou dessa relação.

O quadro de pessoal aeronavegante, na época pesquisada (1930-1940) compunha-se de 17 comandantes, 41 copilotos, 12 navegadores, 10 radiotelegrafistas e 15 mecânicos; nesse grupo de 95 tripulantes que operavam no Atlântico Sul, não é encontrado o nome de Saint-Exupéry.

Na historiografia referente aos famosos reides aéreos que tiveram Natal como ponto de apoio (aproximadamente 30 reides registrados), e dos quais tomaram parte aviadores franceses, italianos, portugueses espanhóis, uruguaios, norte-americanos, alemães, etc., não existe qualquer registro acerca da presença de Saint-Exupéry.

Nos livros escritos por Saint-Exupéry não se encontra referência de sua presença no rio Grande do Norte, e a Air France também esclareceu que não há nenhum registro dele em Natal.

O que realmente ocorreu pode ser esclarecido: Saint-Exupéry foi designado para ocupar a gerência da Companhia Latécoère na cidade de Buenos Aires, onde a empresa francesa estava ampliando a sua linha aérea na América do Sul. Deixou a França viajando em navio de grande porte, e chegou à capital portenha em outubro de 1929.

Na ida, o navio fez escalas no Rio de Janeiro e Santos. No rio, ele teve algumas horas para conhecer a cidade, prosseguindo a viagem com destino à Argentina.

Regressando à França, após pouco mais de um ano e também por via marítima, Saint-Exupéry passou pelas mesmas localidades da ida. Tanto na vinda da Europa como no regresso para a França, não ocorreu atracação no porto de Natal.

No livro ‘‘No caminho do avião’’, lançado em Natal em dezembro de 2007 e de autoria do Mestre Luís da Câmara Cascudo, o autor apresenta uma série de reportagens escritas de 1922 a 1933, acerca de 13 reides famosos com passagens por Natal.

Esses registros de Câmara Cascudo constitui importante contribuição para a História Aeronáutica.

E Saint-Exupéry? Nenhum comentário, nenhuma anotação. Caso ele estivesse na capital potiguar, Cascudo não perderia a oportunidade de entrevistar o aviador francês.

As travessias do Atlântico Norte

Os aviadores franceses também participaram das travessias aéreas do Atlântico Norte, existindo registros de 12 viagens de longa duração, consideradas ‘‘experimentais’’ e decorridas nos anos de 1938 e 1939.

As informações constam da publicação ‘‘La Ronde S’Arrête’’, de autoria de George Bouchard, o qual tomou parte todas as viagens.

Um registro importante: na viagem no. 7, transcorrida de 7 a 10 de julho de 1939, Saint-Exupéry viajou da França aos Estados Unidos como passageiro em aeronave de matrícula F-NORD, sob o comando de Guillaumet, uma das ‘‘estrelas’’ da aviação francesa.

Regressou à França (viagem no. 8), deixando os Estados Unidos em 14 de julho de 1939, com a mesma tripulação e novamente na condição de passageiro.

Conclusão da história

‘‘A História não se escreverá senão com o recuar do tempo e com os fatos e documentos’’. Quem assim afirmou foi o nosso imortal ‘‘Pai da Aviação’’, o brasileiro Alberto Santos-Dumont.

Fica apresentada, de maneira reduzida, a réplica baseada em documentação oficiosa, ao contrário de alguns que pretendem justificar suas opiniões com o providencial auxílio do ‘‘ouvi dizer’’.

E o tempo encarrega-se de transmitir às novas gerações disparatados epílogos que não traduzem a realidade. De minha parte, posso afirmar à luz da História e com o apoio na documentação em meu poder, e ainda sem qualquer vacilação, que Antoine de Saint-Exupéry nunca esteve em Natal.

Estando de acordo com o ilustre Prefeito de Natal, Sr. Carlos Eduardo Alves o qual, agindo com prudência e serenidade, decidiu cancelar a idéia da colocação de uma estátua de Saint-Exupéry na recém-criada ‘‘Praça do Pôr-do-sol’’, onde o aviador francês supostamente costumava - segundo alguns apressados historiadores - ‘‘assistir ao crepúsculo vespertino sobre o rio Potengi’’.

Vale mais o conhecido provérbio: ‘‘Há coisas que melhor se dizem, calando’’.

Fonte: Diário de Natal

Aéreas brasileiras perderam R$ 2 bi para estrangeiras em 2007

O Brasil perdeu no ano passado R$ 2 bilhões para as companhias aéreas estrangeiras, que ofereceram mais assentos aos passageiros brasileiros em vôos internacionais do que as empresas nacionais, informa o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), com base em números da balança comercial brasileira. A perda é equivalente à receita da TAM com vendas para o mercado internacional, que, no acumulado até o quarto trimestre de 2007, foi de R$ 2,1 bilhões.

Hoje, a TAM é a única empresa a oferecer vôos para a Europa e os EUA na concorrência com as estrangeiras. A saída da Varig do mercado internacional de longa distância, deixando de voar para Paris, Madri e Cidade do México, anunciada na semana passada, deverá reduzir em até 3% a presença das empresas brasileiras no segmento internacional a partir de julho. Pode parecer pouco, mas, segundo o presidente do Snea, José Márcio Monção Mollo, é uma redução expressiva, que poderá baixar a participação das brasileiras em vôos internacionais dos atuais 22% para 19%:

- Quando a antiga Varig deixou de fazer vôos internacionais por causa da crise, tínhamos 52% do mercado. Hoje, são 22%. Com a segunda saída da Varig, teremos mais uma queda, em torno de 3%.

Fonte: O Globo

Avião é esvaziado na Venezuela por alerta de bomba

A operação ocorreu em Caracas, depois que a companhia aérea recebeu uma ligação.

Segundo passageiro, agentes retiraram a bagagem dos 258 passageiros do vôo UX 72 para averiguação.

Um avião Airbus A330 da companhia espanhola Air Europa foi esvaziado na noite deste domingo (20) no aeroporto internacional de Maiquetía, em Caracas, depois que a companhia aérea recebeu uma ligação "sobre um passageiro com supostos explosivos", segundo informou a rede de televisão venezuelana "Globovisión".

A gerente da Air Europa em Maiquetía, Xiomara Marín, explicou que "foi recebida uma ligação sobre um passageiro com supostos explosivos", segundo a rede de televisão.

"A aeronave foi transferida a um ponto 'X' onde está sendo revistada", acrescentou Marín, indicando que foram recebidas duas ligações que alertavam da mesma situação: uma da Venezuela e outra da Espanha. O vôo UX 72 da Air Europa iria da capital venezuelana para Madri.

Antonio González, passageiro do vôo, explicou à "Globovisión" que funcionários da Guarda Nacional e de outras forças de segurança venezuelanas entraram na aeronave e retiraram todos os passageiros.

Os agentes revistaram por baixo do assento do piloto e retiraram a bagagem dos mais de 200 passageiros que o vôo levava para conferi-la, segundo González.

O passageiro também explicou que as forças de segurança levaram quatro jovens a uma clínica para realizar radiografias de tórax. Os outros passageiros se encontram no terminal do aeroporto sob vigilância.

"Para ir ao banheiro um funcionário te acompanha, o que é absolutamente uma violação dos direitos humanos", se queixou o passageiro em suas declarações à rede de televisão venezuelana.

Fonte: EFE

Passageiro de avião já pode falar ao celular

Europa é a primeira região do mundo a autorizar o uso do aparelho

A tecnologia ainda precisa ser aprimorada e vai demorar para o serviço estar plenamente difundido, mas a permissão para o uso de celular a bordo dos aviões na Europa, na semana passada, já provoca polêmica.

A União Européia foi a primeira região do mundo a acabar com as restrições, que até então eram impostas com o argumento de que os sinais poderiam interferir nos equipamentos de bordo dos aviões. De acordo com os reguladores europeus, além de não provocar interferências, o celular pode servir como uma proteção contra o terrorismo. O maior problema, contudo, não são os terroristas, mas os passageiros tagarelas. O uso generalizado de celulares poderá acabar com um dos poucos refúgios públicos de tranqüilidade.

Mas, por enquanto, a preocupação é apenas européia. Nos Estados Unidos, o uso é proibido por dois órgãos reguladores: da aviação e de telecomunicação. No Brasil, também existe a proibição, mas a chegada do empresário David Neeleman, americano nascido no Brasil, ao mercado talvez possa acelerar a corrida tecnológica em céus nacionais. O fundador da JetBlue, que pretende lançar uma companhia no Brasil em janeiro do ano que vem, é um apaixonado por tecnologia. Os aviões da nova empresa, jatos E-195 da Embraer, serão equipados com um sistema de televisão ao vivo, disponível em monitores individuais em cada assento. A JetBlue foi a primeira companhia a oferecer esse serviço no mundo, em 2005. Hoje, a JetBlue está testando o uso de internet e de troca de e-mails em aparelhos como Blackberry.

A TAM diz que iniciou estudos para a implementação de telefonia celular e internet a bordo. “Estamos também em contato com as agências reguladoras das referidas áreas (Anac, de aviação, e Anatel, de telecomunicações) para discutir o assunto”, afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.

A Gol ainda não tem planos de oferecer o serviço, mas pretende esperar o aprimoramento das tecnologias para fazer qualquer investimento. “A tecnologia está em processo de mutação e estamos em um momento de definição sobre qual será a melhor tecnologia para os próximos anos. É difícil prever quando vamos introduzir qualquer desses serviços”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, em uma entrevista recente ao Estado.

Na Europa, a AirFrance é a primeira companhia aérea européia a oferecer o serviço de telefonia, em parceria com uma empresa chamada OnAir, especializada em telefonia a bordo de aviões. Mas a companhia francesa está tendo o cuidado de testar a preferência do consumidor. Faz uma série de testes e pesquisas para saber se a preferência é apenas pelo serviço de texto ou se texto e voz.

Os testes começaram em dezembro. Por três meses, foi possível mandar e receber mensagens de texto e e-mails. No início de abril, começou a segunda fase, com o serviço de voz.

Para poder fazer ou receber chamadas, basta ao usuário ter acordos de roaming. A ligação é cobrada normalmente na conta do celular - e não sai barato. O minuto do roaming a 39 mil pés custa 3.

A Lufthansa decidiu que não pretende oferecer o serviço. A empresa disse que tomou a decisão após passageiros manifestarem claramente a insatisfação com a possibilidade de serem incomodados com a conversa no assento ao lado.

Para receber sinal em pleno vôo, os aviões precisam estar equipados com uma espécie de “mini torre” de celular, conectada a um satélite, que, por sua vez, fará a ligação com as redes terrestres. O comandante do vôo terá o poder de ligar e desligar o serviço quando achar necessário.

Fonte: Mariana Barbosa (O Estado de S.Paulo)

domingo, 20 de abril de 2008

Queda de pequeno avião mata um nos EUA

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida após a queda do avião Lake LA-250, prefixo N14037, por volta do meio dia de sexta-feira (18).

O avião particular decolou de um pequeno aeroporto em Syracuse (Syracuse-Hancock), com duas pessoas a bordo, de acordo com a FAA. Ele caiu perto do Aeródromo de Skaneateles, em Nova York.

Nenhuma palavra sobre o que causou o acidente foi dada até o momento.

Fontes: ASN / 13WHAM TV

Paquistão testa com sucesso míssil com capacidade nuclear de longo alcance

O míssil Shaheen-2

O Paquistão testou com sucesso, neste sábado (19), seu míssil terra-terra de maior alcance (2 mil km) e com capacidade nuclear, o Shaheen-2, segundo um comunicado do comando militar paquistanês.

Este projétil de longo alcance pode levar tanto armamento convencional como nuclear, informou a nota.

O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, assistiu ao lançamento do míssil junto com o ministro da Defesa, Ahmed Mukhtar.

Gillani felicitou os cientistas que contribuíram para o êxito do teste e assegurou que estes ensaios têm como objetivo "garantir a paz" no Sul da Ásia.

O primeiro-ministro disse ontem no Parlamento que o arsenal nuclear paquistanês está em mãos seguras e acrescentou que os Estados Unidos não têm acesso ao programa atômico do país.

O Paquistão mantém com a Índia uma forte tensão militar desde sua independência do Império Britânico, em 1947. Os dois países disputam uma corrida de armamento com freqüentes testes de mísseis.

Fonte: EFE - Foto: AP

Separatistas da Abkházia afirmam que derrubaram um avião espião georgiano

O ministro da Defesa da região separatista georgiana da Abkházia, Merab Kishmaria, confirmou neste domingo que os soldados da autoproclamada república derrubaram um avião espião não pilotado pertencente à Geórgia.

O responsável da Defesa da Abkházia disse em declarações à Agência Efe que o avião foi abatido quando sobrevoava a região de Gali e acrescentou que já se começou a busca pelos restos do aparelho.

"Trata-se do segundo avião de reconhecimento não pilotado derrubado pela Força de Defesa Antiaérea em nossa região nas últimas semanas", disse Ruslan Kishmaria, representante do presidente na região de Gali.

O presidente da Abkházia, Serguei Bagapsh, declarou hoje que as forças armadas não vão permitir a violação de seu espaço aéreo por aviões militares georgianos.

"Nos últimos dias, a Geórgia intensificou os vôos de reconhecimentos sobre nosso território", destacou.

Fonte: EFE

sábado, 19 de abril de 2008

Cápsula russa Soyuz erra alvo ao pousar na Terra

Local da aterrissagem da cápsula Soyuz

A cápsula russa Soyuz que retornou neste sábado à Terra não atingiu o alvo programado para seu pouso no norte do Cazaquistão. Segundo a agência espacial russa, o módulo aterrissou a mais de 400 quilômetros da área prevista.

No interior da cápsula estavam o astronauta russo Yuri Malenchenko, sua colega norte-americana Peggy Whitson e a primeira astronauta sul-coreana, Yi So-yeon.

O porta-voz da missão da Soyuz, Valery Lyndin, afirmou que a condição de saúde dos tripulantes eram satisfatórias.

Segundo Lyndin, a aterrissagem ocorreu cerca de 20 minutos depois do previsto, já que o módulo se desviou de seu curso.

Três helicópteros das equipes de resgate foram ao local para atender a tripulação.

Quatro aviões, 13 helicópteros e sete veículos estavam desde a sexta-feira (18) nas cidades de Kustanai, Baikonur, Karaganda, Arkalyk e Dzhezkazgan para prestar atendimento aos viajantes da Soyuz.

Fontes: Folha Online / EFE / Associated Press - Foto: Shamil Zhumatov (AP)

Avião cai no interior de SP

Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve mortos.

Acidente ocorreu na estrada que liga as cidades de Batatais e Sales Oliveira.


Um avião bimotor, modelo Seneca II, prefixo PT-RMG, caiu na noite de sábado em um canavial às margens da Rodovia Altino Arantes (SP-351), na cidade de Batatais, interior de São Paulo. No avião havia cinco pessoas, do município vizinho de Franca, que ficaram feridas. O local continua preservado à espera de técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de São Paulo, que investigarão as causas da queda.

A Policia Militar de Batatais informa que todos os ocupantes foram socorridos e nenhum deles foi ouvido formalmente, por isso o motivo do acidente ainda é uma incógnita. Estavam no avião o piloto Alair Cândido Oliveira, 57 anos, Paulo Eduardo Maciel, 60, seu filho Paulo Roberto Maciel, 34, Isaque Ferreira, 23, e Itamar Pimenta, 38.

O pequeno avião saiu da cidade de João Pinheiro, em Minas Gerais, e caiu quando o grupo tentava voltar para Ribeirão Preto para pousar no Aeroporto Leite Lopes, depois de não conseguir descer em Franca, cidade em que residem as vítimas, em virtude do mau tempo e da chuva que dificultava a visibilidade.

Policiais militares informaram que Itamar Pimenta, um dos ocupantes do avião, conseguiu andar alguns metros em meio ao canavial pesado com a lama até chegar à beira da rodovia e pedir ajuda. O avião, avaliado em cerca de R$ 400 mil, ficou destruído. Uma asa caiu, vidros e poltronas se soltaram.

De acordo com a PM, o piloto do bimotor, que é empresário em Franca, está internado na Santa Casa de Batatais. Os outros quatro ocupantes foram encaminhados ao Hospital Regional de Franca. Policiais continuam no local da queda preservando a cena à espera dos técnicos da Anac, que, segundo a PM, deveriam chegar a cidade por volta do meio-dia.

Fonte: Terra - Foto: Tiago Brandão (Jornal Comércio da Franca) - atualizado em 21/04/08

Tenente é indiciado por queda de helicóptero do estado (RN)

O Inquérito Policial Militar (IPM), que apura a queda do helicóptero Falcão 1 (modelo Esquilo AS 350 B2) no campo de futebol do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, foi concluído e remetido à Auditoria Militar quase cinco anos após o acidente ocorrido em 1º de maio de 2003. A informação foi confirmada pelo presidente do IPM, coronel Sebastião Saraiva.

Ele disse que remeteu o Inquérito na semana passada, mas que ainda aguarda a chegada de dois documentos a serem anexados ao processo. ``Passei 60 dias com este Inquérito e fiz a solicitação no dia 2 para remeter dia 10 deste mês'', informou.

A conclusão do IPM foi o indiciamento do tenente coronel Oliveira Júnior, que pilotava a aeronave, por lesão corporal culposa ao sargento Jorge Alves - ferido durante o acidente - e avarias à aeronave. ``Anexei o exame de corpo de delito feito pelo sargento ao Inquérito'', disse.

Coronel Saraiva disse que, em depoimento, o tenente coronel Oliveira Júnior ``confirmou que estava pilotando a aeronave e disse também que o acidente não ocorreu por falha humana''. ``Com relação aos danos na aeronave, isso será auditado pelo Tribunal de Contas da União'', informou.

O oficial informou que dois documentos solicitados ainda não foram entregues. ``Pedi um relatório da aeronave ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, e o depoimento, por carta precatória, do coronel Magnago, que estava na aeronave e mora no Espírito Santo'', declarou.

Ele explicou que depois da Auditoria Militar, o IPM vai para o Ministério Público. ``Nesse caso, o promotor vai analisar e oferecer ou não denúncia ao juiz, que por sua vez pode receber ou não. Caso receba, será formado um conselho especial de justiça composto por oficiais mais antigos da Corporação'', explicou.

O presidente do IPM acredita que o documento pode ser remetido de volta pelo promotor para que sejam feitas novas diligências com relação ao caso. Ele reforçou que ainda faltam os dois documentos a serem anexados ao IPM.

Memória

O helicóptero Falcão 1 - comprado por R$ 5 milhões numa parceria do Governo do Estado e do Plano Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - caiu no campo de futebol do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar no dia 1º de maio de 2003. A aeronave estava com quatro tripulantes (coronel Magnago, tenente coronel Oliveira Júnior, o sargento Jorge e a tenente Leila Macedo) no momento do acidente quando em decorrência de um problema pendeu para o lado direito e as hélices bateram no gramado. O detalhe à época é que o helicóptero não tinha seguro.

Fonte: David Freire (DN Online)

Helicópteros de Ataque: decisão nas próximas semanas

No dia primeiro de abril a FAB recebeu as propostas finais da licitação de helicópteros de ataque iniciada em 2007. O ritmo, e o mais expressivo, a manutenção das datas tem surpreendido positivamente aos participantes.

O ritmo dado à licitação manteve as empresas participantes ativas inclusive durante o período das festas de passagem de ano. Equipes da FAB já estiveram na Rússia e Itália pilotando os modelos que foram selecionados para a competição final.

Os Finalistas

Eram quatro modelos que foram apresentados para a licitação: o russo Mi-35M, o Eurocopter Tigre e dois da AgustaWestland o AW-109LUH e AW-129. Dois modelos foram selecionados para a fase final: o ítalo AgustaWestland AW-129 e o russo Rostvertol Mi-35M. Para o Mi-35M não há surpresas, mas o outsider AW129 cresceu e tem reais chances dar um gosto amargo à vodka e caviar russo.

Após a vitória na Turquia, em 2007, o AW-129 teve sua carreira no mercado internacional renascida com ímpeto. O AW-129 deverá ocupar um espaço no mercado internacional com um posicionamento de um aparelho de excelente performance a um custo de aquisição e operação menor que os top do mercado: o Boeing AH-64D Apache e o Eurocopter Tigre e o novo russo Mi-28 e compatível de enfrentar o Mi-35M em termos de custo.

O conhecido Mi-35M está operando na Venezuela batizado como Caribe. Baseado no Mi-24 Hind um projeto de sucesso da antiga União Soviética dos quais vários milhares foram produzidos. O Mi-35M é uma versão modernizada para exportação com nova aviônica e motores com maior potência além de uma maior gama de armas que pode carregar.

Os eliminados foram o Eurocopter Tigre, que tinha poucas chances, não pelas qualidades técnicas ou performance, mas devido ao seu elevado custo unitário. O AgustaWestland AW109LUH ao contrário foi apresentado como uma proposta de baixo custo para enfrentar diretamente o Mi-35M.

O Xadrez das Asas Rotatórias

A licitação dos helicópteros de ataque continua, porém o governo manteve em suspenso a licitação para os helicópteros de transporte. Aqui começa uma complexa partida de xadrez jogada na: FAB, Ministério da Defesa, Governo, incluindo o próprio Palácio do Planalto e grupos industriais nacionais e estrangeiros.

O governo menciona que a licitação dos helicópteros de transporte será mantida em suspenso até que saia uma definição das propostas apresentadas pelo grupo EADS/Eurocopter para a instalação de uma linha de produção no Brasil do helicóptero de transporte Super Cougar.

Foi montado um Grupo de Trabalho Interministerial (Ministérios da Defesa e da Indústria e Comércio) para avaliar a proposta. Os três Comandos Militares participam do GTI através dos seus centros de aviação. Também a área financeira está presente com o BNDES e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) .

Há uma certa impaciência russa pois o que membros da administração brasileira ao fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio tinham sinalizado ao governo russo era de um processo relativamente tranqüilo com o casamento de interesses brasileiros e russos: exportação de carnes e derivados do Brasil e a venda de produtos de defesa pela Rússia.

Porém foram atropelados pela proposta do grupo EADS e também pelas diversas rearticulações que estão ocorrendo na base da indústria de defesa da Rússia na preparação da passagem do governo Putin para o de Medvedev.

Os russos sempre consideram que o primeiro negócio na área de defesa de um país é sempre através dos helicópteros. Na Venezuela os primeiros produtos a serem negociados e recebidos foram os helicópteros Mi-35M e o Mi-17.

Para o grupo AgustaWestland considerado como um outsider viu ser alçado em paridade com o Mi-35M e poder ganhar uma concorrência que nem estava em suas pretensões. Também o reforça para outras batalhas no Brasil e na América Latina.

A decisão

A FAB anuncia a decisão para fins de Abril ou início de Maio o que pela história recente desta licitação é bem plausível de realmente acontecer. Porém a decisão talvez não fique só no âmbito das avaliações: técnicas, operacionais e financeiras. Há uma série de desdobramentos possíveis na escolha do modelo de helicóptero de ataque da FAB, listamos alguns:

1 – A escolha de um helicóptero russo tiraria um pouco da pressão sobe o governo para maiores compras da Rússia;

2 - Por outro lado poderia indicar que o Brasil estaria na órbita do Presidente Hugo Chávez;

3 – A escolha de um helicóptero italiano seria interessante porém reforçaria as pressões russas, e um possível embargo às exportações de carne brasileira para a Rússia, e,

4 – Para os fabricantes ocidentais: Bell, Boeing, Sikorsky e Eurocpter a escolha da AgustaWestland seria entronizar um duro concorrente no mercado internacional.

Uma visão da própria licitação vem da Rússia, com ironia e certo constrangimento, um representante do complexo industrial de defesa russo afirmou à Defesanet, durante a FIDAE 2008, recém realizada no Chile: “As vendas de nossas armas para a Venezuela abriram o mercado da América Latina aos nossos concorrentes”.

Portanto a decisão não estará só na performance, apoio logístico e custos dos modelos, mas no caminho de longo prazo que o governo brasileiro projeta à frente entre estes o programa de caça F-X2. A decisão desta licitação sinalizará vários cenários futuros tanto no campo de asas rotativas como outros projetos de defesa.

DADOS TÉCNICOS:

Helicópteros de Ataque

AgustaWestland AW-129

Fabricante: AgustaWestland

País: Itália

Tripulantes: 2

Armamento: Canhões 1×20 mm , foguetes 4 pods 38×81 mm
Mísseis 8×AGM-114 Hellfire ou BGM-71 TOW miseis anti-carro e 4-8× AIM-92 Stinger ou Mistral como mísseis ar-ar

A Turquia adquiriu 52 unidade por U$ 3 Bilhões(Março 2007)

Assista ao vídeo do AW129

Rostvertol Mi-35M

Mi35M

Fabricante: Rostvertol

País: Rússia

Tripulantes: 3

Turbinas: 2 x VK-2500

Armamento: um canhão lateral 30mm, uma metralhadora 12,7mm no nariz, foguetes e mísseis terra-ar e ar-ar(Igla) Autonomia: 415 km (s/ tanques extras)

Assista ao vídeo do Mi35M



Fonte: http://www.defesanet.com.br/md1/helos_1.htm#