sexta-feira, 16 de julho de 2010

Atropelamento livra suspeito da explosão de avião da TAM em 1997

Em julho de 1997, engenheiro Fernando Caldeira de Moura Campos morreu após ser ejetado da aeronave

Um atropelamento é o motivo para que a explosão em um Fokker 100 da TAM em 1997, que causou a morte do engenheiro Fernando Caldeira de Moura Campos, siga sem condenados e sem esperança de solução 13 anos depois.

Técnicos avaliam rombo causado por bomba na fuselagem do avião da TAM, em julho de 1997

O avião Fokker 100, prefixo PT-WHK, que fazia a rota Vitória-São Paulo, sofreu uma explosão no ar 23 minutos antes do horário previsto para pousar no Aeroporto de Congonhas, em 9 de julho de 1997. O estouro provocou um rombo de cerca de 3 metros na fuselagem da aeronave, fazendo com que Campos, de 38 anos, fosse arremessado para fora.

O engenheiro despencou de uma altura de 2,4 mil metros, e seu corpo foi encontrado por uma agricultora em uma fazenda na cidade de Suzano, a 35 km de São Paulo. Dentro da aeronave, os outros 54 passageiros e 5 tripulantes viveram momentos de terror até que, quase por milagre, o comandante Humberto Angel Scarel conseguiu fazer em segurança um pouso de emergência em São Paulo.

No mesmo mês, a Polícia Federal indiciou o professor Leonardo Teodoro de Castro, então com 58 anos, um dos passageiros, como o autor da explosão. Como base do indiciamento, a polícia apontou os depoimentos contraditórios do professor, o fato de ele ter feito 13 seguros de vida dias antes da explosão e a presença, em sua casa, de um par de luvas com vestígios químicos idênticos aos da bomba.

Mas, como explicou ao iG Tales Castelo Branco, advogado de Castro, o professor nunca poderá responder pela acusação de homicídio e de 58 tentativas. Três dias depois da explosão, ele foi atropelado por um ônibus na avenida Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, sofreu graves lesões e ficou mais de cem dias internado. À época, a polícia chegou a cogitar a possibilidade de tentativa de suicídio, o que o advogado nega: “Foi um acidente comum, uma desgraça.”

Até 2009, a cada dois anos o professor era submetido a testes para avaliar o nível de atividade mental e se teria condições de ser julgado. Mas, segundo Castelo Branco, no ano passado o processo foi suspenso definitivamente. “O último exame demonstrou que o quadro dele não tem nenhuma possibilidade de modificação e ele foi declarado integralmente incapaz”, afirmou.

Atualmente, o professor vive em Divinópolis (MG) na companhia de uma irmã e de uma empregada. Segundo Castelo Branco, a família quer esquecer o que aconteceu. “É um incômodo essa história, um sofrimento atroz.” O advogado também diz que torcia para que Castro pudesse responder à acusação. “Seria melhor se ele estivesse bom, que tivesse enfrentado o processo e hoje (estivesse) absolvido”, afirmou.

Procurada pelo iG, a TAM informou que a aeronave foi recuperada por engenheiros da própria Fokker e voltou a voar no início de 1998, mas, desde maio de 2008, não está mais na empresa porque a companhia suspendeu as operações com aviões desse modelo. A companhia aérea afirmou também que pagou indenização aos familiares do engenheiro Fernando Campos, mas não quis divulgar o valor.

Fonte: Lecticia Maggi (iG) - Foto: AE

Veja a lista dos piores acidentes aéreos no Brasil

Saiba quais foram os acidentes aéreos que deixaram mais de 50 mortos no País

17 Julho de 2007 - São Paulo - 199 mortos

O Airbus A320 da TAM, voo 3054, vindo de Porto Alegre, não conseguiu pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atravessou a pista e colidiu contra um hangar da própria companhia área. Morreram no acidente as 187 pessoas a bordo da aeronave e outras 12 que estavam no edifício atingido.

29 de setembro de 2006 - Mato Grosso - 154 mortos

O Boeing B737-800 da Gol, voo 1907, saiu de Manaus (AM) rumo a Brasília, mas no ar colidiu com um jato Legacy, da Embraer, e caiu na Serra do Cachimbo, no Mato Grosso. Todos os 154 ocupantes morreram.

31 de outubro de 1996 - São Paulo - 99 mortos

Após apresentar problemas no reverso, um Fokker 100 da TAM, que saiu de São Paulo e tinha como destino o Rio Janeiro, caiu sobre casas na região do Jabaquara, zona sul paulista. Morreram os 96 ocupantes e mais três pessoas em terra.

8 de junho de 1992 - Serra da Ataranha (CE) – 137 mortos

O Boeing 727-212, voo 168, da Vasp, saiu de São Paulo, fez escala no Rio de Janeiro e a 8 km da cidade de Pacatuba, seu destino final, se chocou contra uma montanha da Serra de Ataranha, na região metropolitana de Fortaleza (CE). Todos os 137 passageiros a bordo morreram.

12 de abril de 1980 – Florianópolis – 54 mortos

O Boeing 727- 27C da Transbrasil decolou de Congonhas (SP) e se preparava para pousar no aeroporto de Florianópolis quando colidiu com o Morro da Virgínia, a 600 metros de altitude, no norte da cidade. A área de difícil acesso dificultou o acesso dos bombeiros e o resgate das vítimas. Apenas 4 das 58 pessoas a bordo conseguiram sobreviver.

Junho 1960 – Rio de Janeiro – 53 mortos

O avião Convair, da Companhia Real, caiu na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, matando 53 pessoas.

Fevereiro 1960 – Rio de Janeiro – 61 mortos

Em fevereiro, outro avião da Companhia Real sofreu acidente no Rio de Janeiro. A aeronave Douglas se chocou contra um quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos no Rio matando 61 pessoas.

Fonte: iG

Terroristas são fascinados por aviões, diz especialista

O 11 de Setembro e outros atentados impulsionaram mudanças na segurança de aeroportos e aeronaves

Desde o 11 de Setembro, quando o maior ataque terrorista da história deixou quase 3 mil mortos em Nova York e Washington, autoridades em todo o mundo – e em especial nos EUA – pautam o reforço da segurança de aeroportos e aviões às contínuas tentativas de usar as aeronaves como arma do terrorismo.

Mas esse contínuo esforço para evitar novos ataques ironicamente vem transformando os aviões em um objeto cada vez mais cobiçado pelos terroristas. “Se alguém explode uma bomba em um shopping, não obtém o mesmo efeito porque não há tanto esforço e dinheiro por trás da segurança dos shoppings”, explicou, em entrevista ao iG, Arnold Barnett, professor de Ciência e Administração do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Segundo Barnett, considerado o principal especialista americano em segurança da aviação, os terroristas são “fascinados” por aviões. “Um ataque em um avião passa uma mensagem mais forte. As pessoas ficam consternadas e com a sensação de que não estão seguras em nenhum lugar, de que não há nada que o governo possa fazer para protegê-las.”

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De acordo com o jornal “The New York Times”, o governo americano gastou US$ 40 bilhões para reformular a segurança aérea desde os ataques de 11 de Setembro de 2001. O maior atentado terrorista da história também motivou a criação da Administração de Segurança de Transportes, agência que assumiu a responsabilidade por decisões que antes eram tomadas pelas próprias companhias, e unificou os processos de segurança em todo o país.

Antes do 11 de Setembro, a maioria dos aeroportos contava com sistemas simples: passageiros passavam por detectores de metais ou eram revistados, enquanto bagagens eram inspecionadas por aparelhos de raio x ou cães farejadores.

Tais procedimentos não impediram que terroristas embarcassem com facas e canivetes nos quatro aviões que foram sequestrados no 11 de Setembro. Depois dos ataques, a segurança do cockpit, como é conhecida a cabine dos pilotos, foi reforçada. As portas que separam a área do resto da aeronave são mais fortes e, em alguns casos, até duplicadas: uma só se abre após a anterior se fechar.

Segundo o professor Barnett, a inspeção de bagagem também recebeu atenção redobrada. “Hoje é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para despachar as malas, pois os testes são demorados”, explicou. Segundo ele, como em cada país os procedimentos de segurança são similares, mas não idênticos, é comum que os EUA façam uma segunda verificação nas malas se o voo tiver origem em um país cujas regras são consideradas menos rígidas.

É o caso do Canadá, onde uma falha na inspeção do aeroporto de Toronto permitiu que supostos militantes do sikhismo (religião criada na Índia que combina hinduísmo e islã) despachassem uma mala com explosivos que causaram o pior atentado da história canadense, em 23 de junho de 1985. A bomba destruiu um avião da Air India sobre o Oceano Atlântico, próximo a Irlanda, que seguia em direção a Mumbai, matando todas as 328 pessoas a bordo – a maioria canadense.

Um relatório publicado em junho deste ano determinou que uma das principais falhas de segurança na época foi a não utilização da medida conhecida como “reconciliação de passageiro e bagagem”, segundo a qual o avião só decola depois de ser confirmado o embarque dos passageiros relacionados a cada uma das malas despachadas.

A medida também não foi utilizada no atentado de Lockerbie, na Escócia. Em 21 de dezembro de 1988, homens ligados ao governo da Líbia despacharam malas com explosivos no Aeroporto de Heathrow, em Londres, mas não embarcaram no voo da Pan American World Airways, cujo destino era Nova York. O avião explodiu sobre a cidade escocesa, matando todos os 259 a bordo e mais 11 em terra. Atualmente na maioria dos países, a decolagem só é feita após a reconciliação de passageiros e bagagens.

Sapato, líquidos, listas

Atentados terroristas frustrados também estimularam mudanças na segurança dos aeroportos. Em 22 de dezembro de 2001, o britânico Richard Reid tentou acionar explosivos que escondia no sapato durante um voo da American Airlines que seguia de Paris para Miami. Após o incidente, o governo americano impôs como norma que os passageiros tirem os sapatos ao passar por postos de controle antes do embarque.

Em 9 de agosto de 2006, o serviço secreto britânico prendeu um grupo de terroristas britânicos que planejava misturar líquidos explosivos durante sete voos da Inglaterra para os EUA e Canadá, explodindo os aviões sobre o Atlântico. Como resultado, passageiros de todo o mundo – incluindo do Brasil – só podem carregar líquidos em pequenas quantidades na bagagem de mão.

Em maio de 2010, o paquistanês naturalizado americano Faisal Shahzad, acusado de ter abandonado um carro com explosivos na Times Square, em Nova York, conseguiu embarcar em um voo para Dubai mesmo após ter seu nome incluído em uma lista de passageiros com restrições para voar.

A falha ocorreu porque, até então, as companhias aéreas tinham 24 horas para verificar a lista de passageiros proibidos após receberam a notificação de que um novo nome fora adicionado. Agora, o prazo é de duas horas.

Scanners corporais

Falha semelhante ocorreu no Natal de 2009, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab foi preso ao tentar explodir um avião que fazia a rota Amsterdã-Detroit. Em novembro, o nome do nigeriano foi incluído na mais ampla lista de monitoramento, mas não em uma relação menor de passageiros que precisam passar por revista detalhada antes de entrar nos EUA – ou podem até mesmo ser proibidos de embarcar em voos para o país. O episódio motivou uma revisão nas normas de inteligência dos EUA, entre elas um reforço nos critérios para inclusão de pessoas nas listas de observação.

O fato de os aparelhos de inspeção não terem detectado os explosivos que o nigeriano escondeu na cueca estimulou o uso de scanners corporais nos EUA e em alguns países da Europa. Os aparelhos – que chegam a quatro aeroportos brasileiros este mês – provocam polêmica porque capturam imagens “sob as roupas” dos passageiros. Além de alguns viajantes se irritarem com a falta de privacidade, também há reclamações sobre a maior lentidão do processo de embarque. Como cada passageiro leva mais tempo para passar pelos postos de controle, as filas aumentam.

Funcionário do governo americano demonstra uso de scanner corporal em em Chicago, Illinois

Favorável ao uso de scanners corporais, o professor Barnett acredita que o incômodo é um preço razoável a se pagar para evitar uma catástrofe. “As consequências de um ataque terrorista com aviões são enormes. Se o 11 de Setembro não tivesse ocorrido, talvez não houvesse as guerras no Afeganistão e no Iraque”, argumentou.

Futuro

Para o professor, parte da resistência dos americanos em relação aos scanners corporais está relacionada à sensação de que o risco de um atentado terrorista já não é tão grande. Afinal, quase dez anos após o 11 de Setembro, nenhum grande ataque ocorreu.

O especialista acredita, porém, que as medidas de segurança já existentes tendem a ser aperfeiçoadas, mas não eliminadas. “É preciso ter em mente que a ameaça é para sempre”, afirmou. “Por isso, as autoridades tentarão tornar os procedimentos menos incômodos.”

Nos EUA, foi determinado que o funcionário que analisa a imagem obtida pelo scanner corporal não pode ser o mesmo que aborda o passageiro, numa tentativa de reduzir constrangimentos. Além disso, já estão em fase de testes máquinas capazes de detectar explosivos em sapatos sem que as pessoas precisem descalçá-los e de determinar se líquidos em bagagens de mão são perigosos.

Além disso, um projeto de lei que aguarda votação no Congresso obriga a Administração de Segurança dos Transportes a apoiar um programa privado que acelera o processo de embarque para pessoas “confiáveis” dispostas a pagar pelo serviço. A proposta segue outro caminho estudado pelas autoridades: distinguir quais passageiros são de alto risco e liberar os demais de algumas medidas.

Para o professor Barnnett, a ideia levanta nova questão: “Hoje o governo confia em mim e me deixa passar no aeroporto”, afirmou. “Mas se amanhã eu virar terrorista, como vão saber que ainda sou confiável?”

Fonte: Luísa Pécora (iG) - Fotos: AP /Getty Images

Saiba mais sobre acidentes de avião que mataram personalidades

Aviadores, empresários e integrantes das famílias Kennedy e Bin Laden foram vítimas de desastres aéreos

José Carlos Martinez, deputado e presidente do PTB
Nacionalidade: brasileira
Idade: 55 anos
Data do acidente: 04/10/2003
Local do acidente: Guaratuba, Paraná
Total de mortos: todos os 4 a bordo

Descrição do acidente (foto): avião decolou em Curitiba (PR) com destino a Navegantes (SC), mas bateu em morro por causa das más condições climáticas. Além de Martinez, também estavam no avião o piloto Cláudio Luiz da Luz e os empresários João Luiz Goebel e André Surugi. Os corpos foram encontrados entre os morros do Rolando e do Agudinho, entre as cidades de Matinhos e Guaratuba.

Edson Queiroz, empresário
Nacionalidade: brasileira
Idade: 57 anos
Data do acidente: 08/06/1982
Local do acidente: Pacatuba, Ceará
Total de mortos: todos os 137 a bordo
Descrição do acidente: piloto do Boeing 727 da Vasp pediu para iniciar a descida antes do recomendado e recebeu autorização do controle de tráfego de aeroporto em Fortaleza. Apesar do alerta de altitude da aeronave ter disparado mais de uma vez, o piloto continuou a descer e o avião bateu contra a Serra da Aratanha, em Pacatuba.

Amelia Earhart, piloto de avião

Nacionalidade: americana
Idade: 40 anos
Data do acidente: 02/07/1937
Local do acidente: Lae, Nova Guiné
Total de mortos: todos os 2 a bordo
Descrição do acidente: o avião de Amelia e do navegador Fred Noonan desapareceu durante um voo para a Ilha Howland, no Oceano Pacífico. Os corpos nunca foram encontrados, mas há duas hipóteses para o desaparecimento da aeronave: um acidente provocado por uma tempestade ou uma queda por falta de gasolina após erro de navegação ter desviado a dupla da rota.

Charles Rolls, co-fundador da Rolls Royce
Nacionalidade: britânica
Idade: 32 anos
Data do acidente: 12/07/1910
Local do acidente: Bornesmouth, Inglaterra
Total de mortos: 1 (único a bordo)
Descrição do acidente: Royce fazia acrobacias aéreas com um bimotor quando a cauda do avião se partiu e provocou uma queda em alta velocidade.

FAMÍLIA KENNEDY

John F. Kennedy Jr., filho do presidente John F. Kennedy
Nacionalidade: americana
Idade: 38 anos
Data do acidente: 16/07/1999
Local do acidente: Martha’s Vineyard, EUA
Total de mortos: todos os 3 a bordo
Descrição do acidente: John-John pilotava o avião que levava sua mulher, Carolyn, e a irmã dela, Lauren Bessette, para Martha’s Vineyard. Quando iniciou a descida, à noite, ele perdeu o controle da aeronave, que caiu no mar.

Kathleen Kennedy Cavendish, irmã do presidente John F. Kennedy

Nacionalidade: americana
Idade: 28 anos
Data do acidente: 13/05/1948
Local do acidente: Saint-Bauzile, França
Total de mortos: todos os 10 a bordo
Descrição do acidente: avião caiu durante tempestade. Kathleen voava ao lado do conde britânico Peter Wentwort-Fitzilliam, de quem era amante.

Joseph Kennedy Jr., irmão do presidente John F. Kennedy
Nacionalidade: americana
Idade: 29 anos
Data do acidente: 12/08/1944
Local do acidente: Blythburgh, Inglaterra
Total de mortos: todos os 2 a bordo
Descrição do acidente: filho mais velho de Joseph e Rose Kennedy, Joseph Jr. era tenente da Marinha e combateu na Segunda Guerra. Durante um voo sobre a Inglaterra, os explosivos levados em seu avião foram detonados acidentalmente.

FAMÍLIA BIN LADEN

Salem bin Laden, irmão de Osama bin Laden
Nacionalidade: saudita
Idade: 42 anos
Data do acidente: 29/05/1988
Local do acidente: San Antonio, EUA
Total de mortos: 1 (único a bordo)
Descrição do acidente: ultraleve que Salem bin Laden pilotava bateu em um poste elétrico de San Antonio, no Texas, onde ele tinha uma casa. Salem era o irmão mais velho de Osama.

Mohammed bin Laden, pai de Osama bin Laden
Nacionalidade: saudita
Idade: 59 anos
Data do acidente: 03/09/1967
Local do acidente: Usran, Arábia Saudira
Total de mortos: desconhecido
Descrição do acidente: avião da empresa de Bin Laden, a Beechcraft, caiu ao pousar por razões desconhecidas.

Fonte: Luísa Pécora (iG) - Fotos: AP / Reprodução

Saiba mais sobre acidentes de avião que mataram líderes mundiais

Desastres aéreos envolvendo presidentes e outras autoridades costumam provocar teorias conspiratórias

Lech Kaczynski, presidente da Polônia
Mandato: 2005-2010
Idade: 60 anos
Data do acidente: 10/04/2010
Local do acidente: Smolensk, Rússia
Total de mortos: todos os 96 a bordo (88 passageiros e oito tripulantes)
Descrição do acidente: o Tupolev 154M, prefixo 101, da Força Aérea da Polônia, voava de Varsóvia, na Polônia, para Smolensk, na Rússia, levando a bordo o presidente, a primeira-dama e integrantes do governo. O piloto foi aconselhado a não pousar por causa das más condições climáticas, mas manteve o plano de voo. Avião caiu em uma floresta. Gravações mostraram que duas autoridades polonesas estavam no cabine no momento do acidente, mas investigadores dizem não ter provas de que os pilotos tenham sido pressionados a pousar.

Boris Trajkovski, presidente da Macedônia
Mandato: 1999-2004
Idade: 47 anos
Data do acidente: 26/02/2004
Local do acidente: Mostar, Bósnia-Herzegóvina
Total de mortos: todos os 9 a bordo
Descrição do acidente: o líder voava de Skopje, na Macedônia, para Mostar, na Bósnia-Herzegovina, para participar de uma conferência sobre economia. Ao tentar pousar apesar das condições climáticas ruins, o piloto bateu o avião Beechcraft 200 Super King Air, prefixo Z3-BAB, do Governo da Macedõnia, em montanhas perto do aeroporto.

Juvénal Habyarimana, presidente de Ruanda
Mandato: 1973-1994
Idade: 57 anos
Data do acidente: 06/04/1994
Local do acidente: Kigali, Ruanda
Total de mortos: todos os 12 a bordo (nove passageiros e três tripulantes)
Descrição do acidente: avião do Governo de Ruanda, o Dassault Falcon 50, prefixo 9XR-NN, foi derrubado por míssil ao sobrevoar aeroporto de Kigali. O país vivia um momento de tensão entre as etnias hutu e tutsi, e o assassinato de Habyarimana, um hutu, foi o estopim para o massacre de Ruanda, no qual cerca de 800 mil foram mortos, a maioria tutsi. Investigação atribuiu o ataque ao atual presidente Paul Kagame, que na época era líder de um grupo rebelde tutsi. Kagame nega envolvimento e atribui o atentado a extremistas hutus. O acidente também matou Cyprien Ntaryamira, de 57 anos, presidente do Burundi.

Muhammad Zia-ul-Haq, presidente do Paquistão
Mandato: 1978-1988
Idade: 64 anos
Data do acidente: 17/08/1988
Local do acidente: Bahawalpur, Paquistão
Total de mortos: todos os 30 a bordo (17 passageiros e 13 tripulantes)
Descrição do acidente: a aeronave Lockheed C-130B Hercules, prefixo 23494, da Força Aérea do Paquistão, caiu dez minutos após decolar, provavelmente por causa de uma bomba ou gás explosivo. A autoria do ataque é desconhecida até hoje, mas houve suspeita de envolvimento de países como Rússia, Índia, Irã e Israel, além de paquistaneses que faziam oposição ao presidente, um aliado dos EUA. O acidente também matou o embaixador americano no Paquistão, Arnold Raphel.

Samora Machel, presidente de Moçambique
Mandato: 1975-1986
Idade: 53 anos
Data do acidente: 19/10/1986
Local do acidente: Komatipoot, África do Sul
Total de mortos: 34 dos 44 a bordo (26 passageiros e oito tripulantes)
Descrição do acidente: durante uma tempestade, avião Tupolev 134A-3, prefixo C9-CAA, da República de Moçambique, caiu em área de montanhas da África do Sul, perto da fronteira com Moçambique. Desde então, especula-se que o avião tenha sido sabotado pelo governo sul-africano da época, pois Machel defendia o fim do apartheid (sistema de segregação racial) e tinha recorrentes conflitos com as autoridades do país vizinho. Em 1998, a viúva de Machel, Graça, casou-se com Nelson Mandela.

Jaime Roldós Aguilera, presidente do Equador
Mandato: 1979-1981
Idade: 40 anos
Data do acidente: 24/05/1981
Local do acidente: Guachala, Equador
Total de mortos: todos os 27 a bordo das duas aeronaves que colidiram
Descrição do acidente: dois aviões da Força Aérea do Equador colidiram sobre avião bateu em montanhas, próximo a Guachala, por razões desconhecidas. Como Aguilera promoveu reformas que contrariavam os interesses de empresas petrolíferas americanas, há quem acredite na hipótese de assassinato. Na aeronave Beechcraft 200 Super King Air, prefixo FAE-723, onde estava o então presidente do Equador, morreram os nove ocupantes. Na outra aeronave, o de Havilland Canada DHC-6 Twin Otter, prefixo FAE-457, morreram os 18 ocupantes.

Francisco de Sá Carneiro, primeiro-ministro de Portugal
Mandato: 1980
Idade: 46 anos
Data do acidente: 04/12/1980
Local do acidente: Camarate, Portugal
Total de mortos: todos os 7 a bordo (cinco passageiros e dois tripulantes)
Descrição do acidente: o avião particular emprestado ao partido do primeiro-ministro de Portugal para a campanha eleitoral, o Cessna 421 Golden Eagle, prefixo YV-314P, bateu em um prédio pouco depois de decolar em direção a cidade do Porto, matando também o ministro da Defesa de Portugal, Amaro da Costa. Especulações sobre sabotagem nunca foram confirmadas, e o relatório oficial afirmou se tratar de um acidente.

Džemal Bijedić, primeiro-ministro da Iugoslávia
Mandato: 1971-1977
Idade: 59 anos
Data do acidente: 18/01/1977
Local do acidente: Sarajevo, Bósnia-Herzegóvina
Total de mortos: todos os 8 a bordo
Descrição do acidente: segundo relatórios oficiais, o piloto do Learjet 25B cometeu um erro quando se aproximou de aeroporto em Sarajevo e o avião bateu na Montanha Inac. Teorias conspiratórias, porém, afirmam que Bijedic, defensor da independência da Bósnia, foi assassinado por sérvios.

Dag Hammarskjöld, secretário-geral da ONU
Dag Hammarskjöld em foto de 19 de maio de 1953, pouco após ser nomeado secretário-geral da ONU
Mandato: 1953-1961
Idade: 56 anos
Data do acidente: 18/09/1961
Local do acidente: Ndola, Zâmbia
Total de mortos: todos os 16 a bordo (11 passageiros e cinco tripulantes)
Descrição do acidente: o avião Douglas DC-6B, prefixo SE-BDY, da Transair Sweden operando para a ONU (Organização das Nações Unidas), caiu em uma floresta a 15 km a oeste do Aeroporto de Ndola durante tentativa de pouso à noite. Segundo investigação oficial, um erro de navegação fez com que o piloto se aproximasse rápido demais do solo. Hammarskjöld, que liderou esforços diplomáticos durante a Guerra da Coreia (1950-1953) e recebeu o prêmio Nobel da Paz postumamente, em 1961.

Ramón Magsaysay, presidente das Filipinas
Mandato: 1953-1957
Idade: 49 anos
Data do acidente: 17/03/1957
Local do acidente: Cebu, Filipinas
Total de mortos: 24 dos 25 a bordo (20 passageiros e cinco tripulantes)
Descrição do acidente: o avião Douglas C-47A-75-DL, prefixo 2100925, da Força Aérea das Filipinas, bateu no Monte Manunggal, em Cebu, por motivo desconhecido. Apenas um jornalista sobreviveu.

Wladyslaw Sikorski, primeiro-ministro da Polônia
Mandato: 1922-1923 (e no exílio: 1939-1943)
Idade: 62 anos
Data do acidente: 04/07/1943
Local do acidente: Gibraltar, sul da Península Ibérica
Total de mortos: 10 dos 11 a bordo
Descrição do acidente: o avião Consolidated B-24C Liberator Mk.II, prefixo AL523, do 511 Esquadrão da RAF (Royal Air Force), caiu 16 segundos após decolar de aeroporto em Gibraltar, por motivo desconhecido. Sikorski comandava o governo polonês no exílio após invasão e partilha da Polônia. Teorias conspiratórias afirmam que ele foi vítima de sabotagem russa, mas investigações concluíram não haver evidências de assassinato.

Fontes: Luísa Pécora (iG) / ASN / Site Desastres Aéreos - Fotos: AP / Wikipédia / Reprodução

Saiba mais sobre acidentes de avião que mataram esportistas

Boxeador Rocky Marciano, piloto José Carlos Pace e times de futebol inteiros estão entre as vítimas de desastres aéreos

Seleção de futebol da Zâmbia
Data do acidente: 27/04/1993
Local do acidente: Libreville, Gabão
Total de mortos: todos os 30 a bordo (25 passageiros e cinco tripulantes)
Descrição do acidente: o avião da Força Aérea da Zâmbia, de Havilland Canada DHC-5D Buffalo, prefixo AF-319,com a seleção fazia a rota Lusaka, na Zâmbia, para Dacar, no Senegal, onde seria disputada uma eliminatória da Copa do Mundo. Após escala em Libreville, no Gabão, um dos motores pegou fogo e o avião caiu no Oceano Atlântico. Entre as vítimas, 18 eram jogadores.

José Carlos Pace, piloto de Fórmula 1

Nacionalidade: brasileira
Idade: 32 anos
Data do acidente: 19/03/1977
Local do acidente: Mairiporã, São Paulo
Total de mortos: todos os 3 a bordo
Descrição do acidente: Pace voava em direção a Araraquara ao lado do colega de automobilismo Marivaldo Fernandes e do amigo Carlos Roberto de Oliveira, que pilotava o monomotor de prefixo PP-EHR. Pouco depois da decolagem no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, o avião bateu em uma árvore em meio à forte tempestade. Em 1985, o nome do Autódromo de Interlagos foi alterado para Autódromo José Carlos Pace, em sua homenagem.

Seleção de esgrima de Cuba
Data do acidente: 06/10/1976
Local do acidente: Bridgetown, Barbados
Total de mortos: todos os 73 a bordo

Descrição do acidente: os 24 integrantes da equipe voltavam de Bridgetown para Havana (voo 455) após participar do Campeonato de Esgrima da América Central e do Caribe. Nove minutos após a decolagem, duas bombas explodiram e o McDonnell Douglas DC-8-43, prefixo CU-T1201, da Cubana de Aviacion (foto acima), caiu no mar caribenho. Quatro venezuelanos que faziam oposição ao então presidente cubano, Fidel Castro, foram presos pelo atentado. O governo da ilha acusou a CIA de estar envolvida no ataque e, em 2005, a agência americana admitiu que, na época, tinha “informações concretas” sobre um plano contra aviões cubanos.

Graham Hill, piloto de Fórmula 1
Nacionalidade: britânica
Idade: 46 anos
Data do acidente: 29/11/1975
Local do acidente: Hertfordshire, Inglaterra
Total de mortos: todos os 6 a bordo
Descrição do acidente: quatro meses após se aposentar, Hill pilotava seu avião particular Piper PA-23-250 Turbo Aztec D, prefixo N6645Y, da França para Londres. Ao encontrar forte neblina, deixou de controlar a aeronave, que perdeu altitude e chocou-se contra árvores. Entre as vítimas estavam integrantes de sua equipe de Fórmula 1, a Embassy Hill, incluindo o também piloto Tony Brise.

Rocky Marciano, boxeador
O boxeador Rocky Marciano ao anunciar sua aposentadoria, em 27 de abril de 1956
Nacionalidade: americana
Idade: 45 anos
Data do acidente: 31/08/1969
Local do acidente: Newton, EUA
Total de mortos: todos os 3 a bordo
Descrição do acidente: 13 anos após se aposentar, Rocky Marciano voava de Chicago para sua casa em Des Moines, onde daria uma palestra e seria recebido em uma festa de aniversário surpresa. O avião Cessna 172H, prefixo N3149X, decolou à noite e em meio à forte chuva, apesar de o piloto não estar qualificado para voar usando instrumentos e ter pouca experiência em voos noturnos. Ao tentar um pouso de emergência, ele perdeu o controle da aeronave, que bateu em um carvalho.

Seleção de patinação artística dos EUA
Data do acidente: 15/02/1961
Local do acidente: Bruxelas, Bélgica
Total de mortos: todos os 72 a bordo (61 passageiros e 11 tripulantes) e uma pessoa em solo

Descrição do acidente (foto): todos os 18 integrantes da equipe viajavam de Nova York, nos EUA, para Bruxelas, para depois seguir em direção à Praga, onde disputariam o Campeonato Mundial de Patinação Artística. Na hora do pouso, os controles de voo do Boeing 707-329, prefixo OO-SJB, da Sabena, falharam e o avião caiu em um terreno.

Manchester United, time de futebol da Inglaterra
Data do acidente: 06/02/1958
Local do acidente: Munique, Alemanha
Total de mortos: 23 dos 44 a bordo (21 passageiros e dois tripulantes)
Descrição do acidente: o time voltava para casa no voo 609 após um jogo em Belgrado, na Sérvia, mas uma parada em Munique foi necessária para reabastecer. Problemas no motor do Airspeed AS.57 Ambassador 2, prefixo G-ALZU, da British European Airways - BEA, impediram a decolagem duas vezes. Na terceira tentativa, resíduos de neve na pista fizeram com que a aeronave levantasse voo com velocidade abaixo da necessária. Sem ganhar altitude, o avião bateu em uma cerca e, depois, em uma casa desocupada. Entre as vítimas, oito eram jogadores do time. O treinador Bert Whalley também morreu no acidente.

Torino, time de futebol da Itália
Data do acidente: 04/05/1949
Local do acidente: Superga, Itália
Total de mortos: todos os 31 a bordo (27 passageiros e quatro tripulantes)

Descrição do acidente (foto): o time voltava para a Itália após um amistoso com o Benfica em Lisboa. Ao se aproximar de Torino, os pilotos do avião Fiat G.212CP, prefixo I-ELCE, da Avio Linee Italiane - ALI, encontraram forte chuva, trovões e baixa visibilidade. O avião perdeu altitude e a asa esquerda bateu no muro da Basílica de Superga, localizada em uma montanha. Todo o time morreu, com exceção de um jogador que não voou porque estava machucado.

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Fontes: Luísa Pécora (iG) / Site Desastres Aéreos- Fotos: AP / Getty Images / Reprodução

Saiba mais sobre acidentes de avião que mataram artistas

Atriz Leila Diniz, escritor Antoine de Saint-Exupéry e o grupo Mamonas Assassinas estão entre as vítimas de desastres aéreos

Aaliyah Haughton, cantora
Nacionalidade: americana
Idade: 22 anos
Data do acidente: 25/08/2001
Local do acidente: Marsh Harbour, Bahamas
Total de mortos: todos os 9 a bordo
Descrição do acidente: avião estava com excesso de peso, e piloto, que tinha cocaína e álcool no sangue, perdeu o controle da aeronave.

John Denver, cantor
Nacionalidade: americana
Idade: 53 anos
Data do acidente: 12/10/1997
Local do acidente: Baía de Monterrey, EUA
Total de mortos: 1 (único a bordo)
Descrição do acidente: piloto experiente, Denver fazia decolagens e pousos com sua aeronave particular quando uma falha de motor provocou uma queda a 152 metros de altitude.

Mamonas Assassinas, grupo musical
Nome e idade dos integrantes: Alberto Hinoto (Bento), 25 anos; Alecsander Alves (Dinho), 24 anos; Júlio César Barbosa, 28 anos; Samuel Reis de Oliveira, 22 anos; Sérgio Reis de Oliveira, 26 anos.
Nacionalidades: brasileiras
Data do acidente: 02/03/1996
Local do acidente: Serra da Cantareira, São Paulo
Total de mortos: todos os 9 a bordo

Descrição do acidente (foto): a pedido da torre de controle do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o piloto teve de repetir o processo de aterrissagem e, para isso, arremeteu o avião. No entanto, fez uma curva para a esquerda – e não para a direita, como recomendam os procedimentos de segurança do aeroporto –, e o jatinho bateu na Serra da Cantareira.

Ricky Nelson, cantor
Nacionalidade: americana
Idade: 45 anos
Data do acidente: 31/12/1985
Local do acidente: De Kalb, EUA
Total de mortos: 7 dos 9 a bordo
Descrição do acidente: fumaça começou a sair do avião, provavelmente por causa de um aquecedor com defeito localizado na cabine. Após um pouso de emergência, a aeronave bateu em um poste e em árvores. Os pilotos sobreviveram, mas o cantor, sua mulher e integrantes de sua banda morreram.

Randy Rhoads, guitarrista da banda Ozzy Osbourne
Nacionalidade: americana
Idade: 25 anos
Data do acidente: 19/03/1982
Local do acidente: Leesburg, EUA
Total de mortos: todos os 3 a bordo
Descrição do acidente: Rhoads e dois amigos usaram um pequeno avião para fazer manobras perto de um ônibus estacionado onde outros integrantes da banda dormiam. Durante a brincadeira, a aeronave bateu no ônibus, em uma árvore e em uma mansão.

Ronnie Van Zant e Steve Gaines, vocalista e guitarrista do Lynyrd Skynyrd
Steve Gaines e Ronnie Van Zant durante show do Lynyrd Skynyrd em Nova Jersey (20/07/1977)
Nacionalidades: americanas
Idade: 29 anos (Zant) e 28 anos (Gaines)
Data do acidente: 20/10/1977
Local do acidente: Gillsburg, EUA
Total de mortos: 6 dos 26 a bordo
Descrição do acidente: o avião que levava os oito integrantes do grupo Lynyrd Skynyrd ficou sem combustível e, durante um pouso forçado, a aeronave colidiu com árvores. O acidente também matou a irmã de Steve Gaines, Cassie, que era back vocal (vocal de apoio) da banda.

Leila Diniz, atriz
Nacionalidade: brasileira
Idade: 27 anos
Data do acidente: 14/06/1972
Local do acidente: Nova Déli, Índia
Total de mortos: 82 dos 87 a bordo
Descrição do acidente: a atriz voltava da Austrália para o Brasil em um avião da Japan Airlines que bateu ao tentar pousar em Nova Délhi. Segundo autoridades indianas, o piloto errou ao abandonar cedo demais os procedimentos conhecidos como Regras de Voo por Instrumentos (IFR, na sigla em inglês), usados quando não há visibilidade. No caso, a tripulação deixou de usar o IFR antes de conseguir enxergar a pista de pouso.

Otis Redding, cantor
Nacionalidade: americana
Idade: 26 anos
Data do acidente: 10/12/1967
Local do acidente: Madison, EUA
Total de mortos: 7 dos 8 a bordo
Descrição do acidente: por motivo desconhecido, o avião bimotor no qual o cantor viajava com sua banda de apoio, a Bar-Kays, girou, caiu e afundou no Lago Monona. O único sobrevivente foi o trompetista Ben Cauley, que estava dormindo e acordou segundos antes do impacto, mas não soube explicar o que aconteceu.

Patsy Cline, cantora
Nacionalidade: americana
Idade: 30 anos
Data do acidente: 05/03/1963
Local do acidente: Camden, EUA
Total de mortos: todos os 4 a bordo
Descrição do acidente: o piloto, Randy Hughes, empresário de Patsy, não tinha experiência para voar com ajuda de instrumentos e perdeu o controle da aeronave durante uma tempestade. O acidente também matou os cantores Hawkshaw Hawkins (39 anos) e Cowboy Copas (49 anos), que voltavam com Patsy de um show de música country em Kansas City.

Ritchie Valens, Buddy Holly e J.P. “The Big Bopper” Richardson, cantores
Nacionalidades: americanas
Idade: 17 anos (Valens), 22 anos (Holly) e 28 anos (Big Bopper)
Data do acidente: 03/02/1959
Local do acidente: Mason City, EUA
Total de mortos: todos os 4 a bordo

Descrição do acidente (foto): o piloto Roger Peterson, de 21 anos, não tinha experiência para voar com ajuda de instrumentos, mas decolou apesar das más condições climáticas. Pouco após a decolagem, em alta velocidade, ele perdeu o controle da aeronave, que caiu em uma área rural. A morte dos três cantores, no auge do sucesso, inspirou a música “American Pie”, lançada por Don McLean em 1971. A data do acidente ficou conhecida por um verso dessa canção: “O dia em que a música morreu.”

Glenn Miller, cantor
Nacionalidade: americana
Idade: 40 anos
Data do acidente: 15/12/1944
Local do acidente: avião desapareceu no Canal da Mancha e não foi encontrado Total de mortos: todos os 3 a bordo
Descrição do acidente: Miller voava de Twinwood, Inglaterra, para Paris, na França, para fazer uma apresentação para soldados americanos. O monomotor operado pelas Forças Armadas dos EUA desapareceu no Canal da Mancha e os corpos nunca foram encontrados.

Antoine de Saint-Exupéry, escritor
Nacionalidade: francesa
Idade: 44 anos
Data do acidente: 31/07/1944
Local do acidente: mar perto de Marselha, na França
Total de mortos: 1 (único a bordo)
Descrição do acidente: o escritor, que lutava pelos Aliados na Segunda Guerra, morreu durante um voo de reconhecimento, em circunstâncias nunca esclarecidas. Na época, um corpo foi encontrado, mas a confirmação de que era Exupéry só veio em 1998, quando uma pulseira de identificação com seu nome foi achada.

Carole Lombard, atriz
A atriz Carole Lombard, em foto de 18 de agosto de 1933
Nacionalidade: americana
Idade: 33 anos
Data do acidente: 16/01/1942
Local do acidente: Monte Potosi, EUA
Total de mortos: todos os 22 a bordo
Descrição do acidente: aeronave bateu no Monte Potosi, em Nevada, e explodiu, matando a atriz, sua mãe e seu agente. A causa do acidente é desconhecida, mas sabe-se que o avião voava fora de curso e, para economizar energia durante a guerra, balizas de sinalização da área estavam apagadas.

Will Rogers, ator
Nacionalidade: americana
Idade: 56 anos
Data do acidente: 15/08/1935
Local do acidente: Point Barrow, EUA
Total de mortos: todos os 2 a bordo
Descrição do acidente: durante um voo com condições climáticas ruins, houve falha no motor da aeronave, que foi lançada pelo vento em um lago.

Carlos Gardel, cantor
Nacionalidade: incerta
Idade: 45 anos
Data do acidente: 24/06/1935
Local do acidente: Medellín, Colômbia
Total de mortos: todos os 20 a bordo
Descrição do acidente: ídolo da Argentina se preparava para deixar a Colômbia quando sua aeronave colidiu com outra no Aeroporto Olaya Herrera. O vento teria feito com que um dos aviões, que acabara de decolar, batesse no outro, ainda parado.

Fonte: Luísa Pécora (iG) - Fotos: Reprodução

Vários famosos foram vítimas de desastres aéreos

Artistas, atletas, líderes mundiais e outras personalidades estão entre as vítimas de acidentes de avião

Turnês, campeonatos e eventos diplomáticos representam frequentes viagens de avião para músicos, esportistas e líderes mundiais. Em alguns casos, mandatos e carreiras de sucesso foram interrompidos por desastres aéreos.

Autor do hit “La Bamba”, o cantor americano Richie Valens tinha apenas 17 anos e estava no auge da carreira quando morreu em um acidente de avião em Mason City, Iowa, em 3 de fevereiro de 1959.

Pôster mostra imagens de Ritchie Valens, Big Bopper e Buddy Holly, mortos no mesmo acidente de avião

Valens voltava de um show acompanhado de outros jovens cantores: Buddy Holly, 22 anos, e J.P. “The Big Bopper” Richardson, 28 anos. Todos morreram na queda da aeronave, que aconteceu pouco depois da decolagem feita por um piloto inexperiente e em más condições climáticas.

No Brasil, um acidente encerrou de forma trágica a trajetória de sucesso do grupo Mamonas Assassinas, em 2 de fevereiro de 1996. O avião da banda caiu na Serra da Cantareira, em São Paulo, após um erro do piloto ao tentar repetir o processo de aterrissagem no aeroporto de Guarulhos. Todos os cinco integrantes da banda – Bento, Dinho, Júlio e os irmãos Samuel e Sérgio – morreram.

Os integrantes da banda Mamonas Assassinas, em foto de setembro de 1995. Da esquerda para a direita: Júlio, Dinho, Samuel, Bento e Sérgio

Equipes esportivas também foram vítimas de acidentes trágicos, como o ocorrido com o Manchester United, time de futebol da Inglaterra, em 6 de fevereiro de 1958. Os atletas voltavam para casa após um jogo em Belgrado, mas foi preciso parar em Munique, na Alemanha, para reabastecer. Após duas decolagens frustradas, resíduos de neve na pista fizeram com que a aeronave levantasse voo na terceira tentativa com velocidade abaixo da necessária. O avião não ganhou altitude e bateu em uma cerca e, depois, em uma casa desocupada, matando 23 das 44 pessoas a bordo – incluindo oito jogadores e o treinador Bert Whalley.

Neve cai sobre destroços do avião que levava o time do Manchester United em Munique, na Alemanha

Uma tragédia recente, em 10 de abril de 2010, matou o então presidente da Polônia, Lech Kaczynski, que voava de Varsóvia para Smolensk, na Rússia.

Presidente da Polônia, Lech Kaczynski, que morreu em acidente aéreo em 10 de abril de 2010

O piloto do avião, no qual também voava a primeira-dama e outros integrantes do governo, foi aconselhado a não pousar por causa das más condições climáticas, mas manteve o plano de voo e o avião caiu em uma floresta. Gravações mostraram que duas autoridades polonesas estavam na cabine no momento do acidente, mas investigadores dizem não ter provas de que os pilotos tenham sido pressionados a pousar.

Entre as personalidades que morreram em acidentes aéreos também estão três familiares do ex-presidente americano John F. Kennedy. Seu irmão mais velho, Joseph, morreu em 12 de agosto de 1944, quando combatia na Segunda Guerra. Ele estava a bordo de um avião que levava explosivos que foram detonados acidentalmente.

Ao lado da mulher, Carolyn, John Kennedy Jr. é visto no funeral de seu primo, Michael, que morreu em um acidente de esqui

Quatro anos depois, em 13 de maio de 1948, a irmã do presidente, Kathleen, morreu na queda de um avião durante tempestade. Em 16 de julho de 1999, mais de 35 anos após a morte de Kennedy, seu filho, conhecido como John-John, morreu ao perder o controle da aeronave que pilotava em direção a Martha’s Vineyard, nos Estados Unidos.

Fonte: Luísa Pécora (iG) - Fotos: AE / AP

Decolagem e pouso são as fases mais perigosas do voo

Nessas fases, a tripulação está sob forte estresse e tem menos tempo de decisão para manobras de emergência

Quando o piloto coloca as turbinas em potência máxima e o avião começa a acelerar na pista, é difícil não sentir um frio na barriga. A mesma coisa acontece quando a aeronave começa a se aproximar do aeroporto e os prédios ao redor ficam cada vez mais próximos. O temor que afeta os passageiros nesses momentos do voo não é infundado.

“As fases mais críticas de um voo são a aproximação para aterrissar e a decolagem”, disse, em entrevista ao iG, o brigadeiro Pompeu Brasil, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), com sede em Brasília.

Segundo um levantamento da Boeing divulgado em julho de 2009 com dados de desastres aéreos de 1998 a 2008, 43% dos acidentes com vítimas acontecem durante a fase de decolagem, desde a aceleração do avião na pista até a chegada à altitude de cruzeiro.

As fases de aproximação, quando o avião começa a descida, e pouso correspondem a 41% dos acidentes. Apenas 16% dos incidentes fatais são registrados durante o voo de cruzeiro, quando o avião está com altitude e velocidade estabilizadas, segundo as estatísticas da Boeing.

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Durante essas fases, o avião está mais próximo do chão e mais vulnerável a falhas. Na decolagem, a aeronave opera em capacidade máxima de potência e sofre grande pressão estrutural. Na hora do pouso, as falhas mais comuns são humanas, porque a tripulação está sob maior pressão psicológica e estresse e tem menos tempo de decisão para manobras de emergência.

Decolagem

"Na decolagem, o avião está mais pesado, porque está cheio de combustível, e ainda está ganhando velocidade e subindo. Sua margem de sustentação é menor", explicou o brigadeiro Pompeu Brasil.

Ao levantar voo, as normas da aviação exigem que o avião seja capaz de voar com peso máximo, mesmo que perca a potência de um motor, pelo tempo suficiente para tentar um pouso de emergência. "Essa é uma situação mais difícil de contornar do que durante o voo de cruzeiro, a 35 mil pés (10,6 mil metros)", explicou o brigadeiro.

O militar dá como exemplo o voo 236 da Air Transat, em que um Airbus A330, com 316 pessoas a bordo, perdeu a potência nos dois motores por falta de combustível sobre o Oceano Atlântico e "virou um planador", pousando sem maiores problemas na Ilha dos Açores em agosto de 2001.

Aproximação e pouso

A aproximação e o pouso também são momentos críticos porque qualquer falha humana ou mecânica pode dar início a uma sequência de erros que eventualmente causam um acidente fatal.

Acidentes na hora do pouso, no entanto, não são os mais fatais, segundo as estatísticas. Um avião que “vara” a pista, termo usado para dizer que a aeronave não conseguiu frear e ultrapassou os limites do asfalto, geralmente resulta em apenas alguns feridos.

Não foi o que aconteceu no voo 3054 da TAM, que fazia a rota Porto Alegre-São Paul em 17 de julho de 2007 e ultrapassou os limites da pista ao pousar no Aeroporto de Congonhas, no entanto. Por não ter uma grande área de escape, o Airbus ultrapassou os limites do aeroporto, atravessou uma movimentada avenida e explodiu ao colidir com um terminal de cargas da própria companhia, matando todos a bordo.

Outro fator que aumenta as chances de acidente na hora do pouso é a condição meteorológica do aeroporto de destino. “Se as condições meteorológicas não são excepcionais, o avião não decola. Se o avião já estiver no ar, ele precisa pousar, mesmo em condições adversas”, afirmou Pompeu Brasil. "A chegada em mau tempo tem uma margem de risco maior", explicou o brigadeiro.

Fonte: Leandro Meireles Pinto (com Fred Raposo, iG)

Acidentes aéreos e falhas alteram tecnologia de aviação

Após tragédias, órgãos governamentais e independentes investigam causas para evitar acidentes semelhantes no futuro

Falhas mecânicas, erros de comunicação, colisões no ar, incêndio a bordo. São dos acidentes que surgem os avanços tecnológicos e de treinamento que aumentam a segurança aérea. Após um acidente, órgãos governamentais e independentes investigam as causas e, ao final da investigação, divulgam um relatório com recomendações para que acidentes semelhantes não aconteçam. Confira abaixo alguns acidentes que mudaram as normas de segurança aérea.

Colisão no ar entre United e TWA

O acidente: Em 30 de junho de 1956, um avião Super Constellation da TWA e um DC-7 da United decolaram de Los Angeles com apenas três minutos de intervalo. Os dois tinham o leste dos EUA como destino. Dezenove minutos depois, enquanto manobravam para dar aos passageiros a vista do Grand Canyon, as duas aeronaves colidiram no ar, matando as 128 pessoas a bordo dos dois aviões.

O resultado: Após o acidente, o governo americano investiu cerca de US$ 250 milhões (uma fortuna para a época) na modernização dos sistemas de controle de tráfego aéreo. Além disso, a colisão também provocou a criação da Agência Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), que até hoje supervisiona a segurança aérea nos EUA.

Colisão no ar entre Piper Archer e DC-9

O acidente: Em 31 de agosto de 1986, um pequeno avião Piper Archer sobrevoou a região do aeroporto internacional de Los Angeles, na Califórnia. Não detectado pelos controladores de tráfego aéreo, a aeronave entrou na rota de um DC-9 da Aeroméxico que se aproximava do terminal. O Piper atingiu um estabilizador horizontal do DC-9, os dois aviões perderam o controle e caíram em um bairro residencial a 30 quilômetros do aeroporto, matando 82 pessoas, incluindo 15 em terra.

O resultado: Embora a colisão no ar entre aviões da TWA e da United, em 1956, tenha melhorado o sistema de controle de tráfego aéreo, as pequenas aeronaves ainda não eram controladas. Com a colisão em Los Angeles, a FAA exigiu que pequenos aviões passassem a utilizar o transponder, dispositivo eletrônico que transmite a altitude e velocidade do avião aos controladores. Além disso, os aviões foram obrigados a ter sistemas anticolisão TCAS II, que detecta possíveis colisões com outras aeronaves. Desde então, nenhum pequeno avião colidiu com um avião em voo nos EUA.

Perda de fuselagem no Havaí

O acidente: Em 28 de abril de 1988, um Boeing 737 da Aloha Airlines, que fazia o voo entre Hilo e Honolulu, no Havaí, perdeu parte da fuselagem, deixando dezenas de passageiros voando em um "avião conversível". Apesar do incidente, os pilotos conseguiram pousar a aeronave com sucesso e apenas uma comissária de bordo morreu ao ser arremessada para fora do avião. A investigação apontou que a causa do acidente foi uma combinação de corrosão e fadiga das partes mecânicas da aeronave, que tinha 19 anos de uso e mais de 89 mil voos registrados.

O resultado: Após o acidente, a FAA iniciou um programa de fiscalização e inspeção das aeronaves para verificar a manutenção dos aviões com muitas horas de voo.

Explosão no ar de um 747

O acidente: Em 17 de julho de 1996, um Boeing 747 da TWA, com 230 pessoas a bordo, explodiu após decolar do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, com destino a Paris. Após cuidadosa montagem dos destroços, órgãos que investigavam o acidente descartaram a possibilidade de uma bomba ou de um ataque de míssel contra o avião. Eles concluíram que um curto-circuito causou faíscas em um sensor de medição de combustível, causando a explosão dos gases no tanque central do avião.

O resultado: Após o acidente, a Boeing desenvolveu um sistema que injeta gás nitrogênio nos tanques de combustível para reduzir as chances de explosões. A FAA, por sua vez, pediu mudanças no sistema de fiação das aeronaves para evitar fagulhas.

Queda de DC-10 na França

O acidente: Em 3 de março de 1974, um avião DC-10 da Turkish Airlines caiu nos arredores de Senlis, na França. Conhecido como "Desastre Aéreo de Ermenonville", por causa da floresta onde houve a queda, o acidente foi causado por uma fala de projeto do avião que fez a porta do compartimento de cargas se desprender da aeronave durante voo. As 346 pessoas a bordo morreram.

O resultado: Após o acidente, a McDonnell Douglas, fabricante do DC-10, implementou um completo redesenho do sistema de travamento das portas do compartimento de cargas. As modificações tiveram de ser implementadas em toda a frota produzida até então. O DC-10 parou de ser fabricado em 1988, mas ainda tem 150 unidades em operação, a maioria (85) pela empresa FedexExpress.

Colisão entre dois jumbos em Tenerife

O acidente: Em 27 de março de 1977, dois aviões Boeing 747, um da companhia holandesa Royal Dutch Airlines (KLM) e outro da Pan American World Airways (Pan Am), se chocaram na pista do aeroporto de Los Rodeos, na Ilha de Tenerife, na Espanha. Os aviões explodiram, causando a morte de 583 pessoas e ferindo 61. A investigação concluiu que houve falhas de comunicação entre a torre de controle e os aviões e também interferência de rádio nas transmissões. Além disso, os pilotos não usavam linguagem padronizada para conversar com os controladores de voo ou outras aeronaves.

O resultado: Após o acidente, autoridades do mundo inteiro padronizaram a linguagem e os termos técnicos utilizados na comunicação via rádio e adotaram o inglês como idioma oficial de trabalho.

Incêndio após pouso de emergência em Riad

O acidente: Em 19 de agosto de 1980, um Lockheed L1011-200 TriStar que partiu de Karachi, no Paquistão, pegou fogo no aeroporto de Riad. A aeronave havia decolado para a cidade saudita de Jeddah, mas piloto voltou para Riad por problemas no voo minutos após decolagem, quando houve alertas de fumaça no compartimento de carga. O piloto voltou para Riad e pousou em segurança.

O resultado: Após o acidente, a Lockheed alterou a composição da espuma que fazia o isolamento térmico do compartimento de carga da aeronave, que era altamente inflamável. Além disso, a empresa revisou e reforçou os treinamentos para ocasiões de emergência.

Fim da Era Concorde

O acidente: Em 25 de julho de 2000, um avião Concorde da Air France que decolava do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com destino a Nova York, pega fogo durante a decolagem e cai sobre a vila de Gonesse, a poucos quilômetros de distância do aeroporto. As 109 pessoas a bordo morreram, assim como quatro pessoas em solo. De acordo com a investigação, uma peça de titânio desprendida por outro avião na pista do Charles de Gaulle atingiu o Concorde e iniciou o incêndio na hora da decolagem.

O resultado: Após o acidente, todos os voos com o Concorde foram suspensos. A aeronave, que atingia velocidades muito mais altas e era considerada o futuro da aviação, foi aposentada definitivamente em 2003.

Acidente em Congonhas

O acidente: Em 17 de julho de 2007, um Airbus A320-233 da companhia brasileira TAM, que saiu de Porto Alegre com destino a São Paulo, ultrapassou o final da pista durante o pouso no Aeroporto de Congonhas, atravessou uma avenida e explodiu após colisão com um prédio do setor de cargas da própria companhia. As 187 pessoas a bordo da aeronave morreram, assim como 12 pessoas atingidas em terra.

O resultado: A investigação do acidente concluiu que a principal causa foi o posicionamento dos manetes de aceleração na hora do pouso. O manete da direita estava, por erro humano ou falha mecânica, em posição de aceleração. Além disso, foi constatado que a pista do aeroporto de Congonhas estava escorregadia e que o aeroporto não comportaria tantos voos diários. Após o acidente, o comando da Aeronáutica restringiu o uso do aeroporto em dias de chuva forte e diminuiu a capacidade operacional das pistas.

Queda de Airbus da Air France no Atlântico

O acidente: Em 31 de maio de 2009, o voo 447 da Air France decolou do Rio de Janeiro com destino a Paris. A aeronave, um Airbus A330-200, levava 12 tripulantes e 216 passageiros. A aeronave atravessou uma zona de tempestade com fortes turbulências e caiu no meio do Oceano Atlântico, matando todos a bordo. A investigação do acidente ainda está em andamento, mas evidências apontam para uma falha nos sensores de velocidade do Airbus A330.

O resultado: Um mês após o acidente, em 30 de junho de 2009, a empresa Airbus recomendou que todas as companhias proprietárias dos modelos Airbus A330 e A340 trocassem o sensor de velocidade (conhecido também como "Pitot") em suas aeronaves.

Fonte: Leandro Meireles Pinto (iG) - Imagens: Reprodução