A Embraer e a Mitsubishi Heavy podem se beneficiar com a concordata da Japan Airlines, depois que a companhia aérea japonesa reformular sua frota com aviões menores e de consumo mais eficientes de combustível.
A JAL, que abriu processo de proteção contra credores nesta terça-feira como parte de reorganização apoiada pelo Estado, planeja aposentar todos os seus 37 Boeings 747-400 e todos os seus MD-90 para trocá-los por aviões menores.
A redução do tamanho da maior companhia aérea do Japão em receita pode gerar novas encomendas à Embraer e possivelmente ajudar o projeto de jato regional da Mitsubishi a sair do chão, afirmaram analistas.
"Isso vai colocar a Embraer e o jato da Mitsubishi em destaque", afirmou Kotaro Toriumi, analista do setor aéreo. "Aviões menores e regionais serão bem vindos pelas grandes companhias. A Embraer já tem crescido sua participação, mas isso pode ajudar a Mitsubishi a ter mais encomendas."
O fundo estatal que está apoiando a reestruturação da JAL, o Enterprise Turnaround Initiative Corp of Japan (Etic), afirmou em comunicado nesta terça-feira que a companhia aérea vai introduzir 50 aviões regionais de pequeno e médio portes como parte do plano de reformulação.
"A JAL tem uma série de aviões grandes e pouco eficientes no consumo e isso tem custado muito", disse Akitoshi Nakamura, diretor-executivo da Etic em conferência nesta terça-feira, depois da JAL fazer o pedido de concordata sob o peso de 25 bilhões de dólares em dívidas.
Apesar de a Etic não ter revelado que empresa vai receber encomendas da JAL, em um documento mais detalhado obtido pela Reuters o fundo especificamente cita os aviões regionais ERJ da Embraer como possíveis aeronaves para a nova frota da companhia aérea japonesa.
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo depois da Airbus e da Boeing e produz jatos com capacidade para até 120 passageiros, bem como aeronaves executivas e para área de defesa.
A JAL já tem dois ERJs e a operadora regional japonesa Fuji Dream Airlines deve receber o terceiro avião da Embraer na próxima semana.
Enquanto isso, a Mitsubishi Heavy recebeu 125 encomendas para o modelo MRJ, o primeiro jato de passageiros desenvolvido no Japão. Desse total, 25 pedidos são da All Nippon Airways, concorrente da JAL.
"O MRJ é o avião 'made in Japan' e o governo também tem se envolvido em seu desenvolvimento. Considerando isso, faz sentido que a JAL escolha fazer pedidos de MRJ depois do apoio recebido do Estado para a sua recuperação", afirmou Reiko Sonoyama, consultora da indústria de aviação.
Sonoyama também afirmou que a JAL pode decidir por aposentar seus 18 aviões A300, da Airbus, e usar Boeings 767 no lugar.
Fonte: Mariko Katsumura (Reuters) via O Globo
A JAL, que abriu processo de proteção contra credores nesta terça-feira como parte de reorganização apoiada pelo Estado, planeja aposentar todos os seus 37 Boeings 747-400 e todos os seus MD-90 para trocá-los por aviões menores.
A redução do tamanho da maior companhia aérea do Japão em receita pode gerar novas encomendas à Embraer e possivelmente ajudar o projeto de jato regional da Mitsubishi a sair do chão, afirmaram analistas.
"Isso vai colocar a Embraer e o jato da Mitsubishi em destaque", afirmou Kotaro Toriumi, analista do setor aéreo. "Aviões menores e regionais serão bem vindos pelas grandes companhias. A Embraer já tem crescido sua participação, mas isso pode ajudar a Mitsubishi a ter mais encomendas."
O fundo estatal que está apoiando a reestruturação da JAL, o Enterprise Turnaround Initiative Corp of Japan (Etic), afirmou em comunicado nesta terça-feira que a companhia aérea vai introduzir 50 aviões regionais de pequeno e médio portes como parte do plano de reformulação.
"A JAL tem uma série de aviões grandes e pouco eficientes no consumo e isso tem custado muito", disse Akitoshi Nakamura, diretor-executivo da Etic em conferência nesta terça-feira, depois da JAL fazer o pedido de concordata sob o peso de 25 bilhões de dólares em dívidas.
Apesar de a Etic não ter revelado que empresa vai receber encomendas da JAL, em um documento mais detalhado obtido pela Reuters o fundo especificamente cita os aviões regionais ERJ da Embraer como possíveis aeronaves para a nova frota da companhia aérea japonesa.
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo depois da Airbus e da Boeing e produz jatos com capacidade para até 120 passageiros, bem como aeronaves executivas e para área de defesa.
A JAL já tem dois ERJs e a operadora regional japonesa Fuji Dream Airlines deve receber o terceiro avião da Embraer na próxima semana.
Enquanto isso, a Mitsubishi Heavy recebeu 125 encomendas para o modelo MRJ, o primeiro jato de passageiros desenvolvido no Japão. Desse total, 25 pedidos são da All Nippon Airways, concorrente da JAL.
"O MRJ é o avião 'made in Japan' e o governo também tem se envolvido em seu desenvolvimento. Considerando isso, faz sentido que a JAL escolha fazer pedidos de MRJ depois do apoio recebido do Estado para a sua recuperação", afirmou Reiko Sonoyama, consultora da indústria de aviação.
Sonoyama também afirmou que a JAL pode decidir por aposentar seus 18 aviões A300, da Airbus, e usar Boeings 767 no lugar.
Fonte: Mariko Katsumura (Reuters) via O Globo
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