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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Baixe e leia: "Os Balões de Observação na Guerra do Paraguai"

Para a Força Aérea Brasileira, o episódio dos balões de observação na Guerra do Paraguai adquire um significado todo especial; nele se encontram as primeiras atividades aeronáuticas exercidas por militares brasileiros; por isso, constitui o primeiro capítulo da história da Força Aérea Brasileira.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Aconteceu em 6 de novembro de 2022: Voo Precision Air 494 - Falha na aproximação e queda no Lago Vitória


Em 6 de novembro de 2022, o avião ATR 42–500, prefixo 5H-PWF, da Precision Air (foto abaixo), denominado "Bukoba", operava o voo 494 (PW494), um voo doméstico regular de passageiros dentro da Tanzânia, do Aeroporto Internacional Julius Nyerere para o Aeroporto de Bukoba via Aeroporto de Mwanza.

Havia 39 passageiros e 4 tripulantes a bordo, incluindo 1 criança. A maioria deles eram tanzanianos, e a mídia local afirmou que pelo menos dois eram quenianos, incluindo o primeiro oficial. O piloto da aeronave foi identificado como Capitão Buruhani Rubaga; o copiloto era o primeiro oficial Peter Odhiambo.


O voo 494 decolou de Dar es Salaam por volta das 06h00, horário da África Oriental, levando a bordo 39 passageiros e quatro tripulantes, com previsão de pousar em Bukoba por volta das 08h30, após uma escala em Mwanza.

O tempo no caminho foi bom e o voo para Bukoba transcorreu sem intercorrências. O tempo em Bukoba estava bom até às 08h20, quando mudou abruptamente e começou a chover com trovoadas e ventos fortes. A visibilidade relatada reduziu de 10 km para 2 km.

O voo chegou a Bukoba às 08h25 e descobriu que o tempo havia mudado vários minutos antes. Houve trovoadas, nuvens Cumulonimbus (CBs) e ventos fortes. De acordo com testemunhas oculares, a aeronave circulou duas vezes na área de Bukoba e a tripulação avisou aos passageiros que o voo poderia ter de ser desviado para Mwanza se o tempo em Bukoba não melhorasse.

Porém, na terceira tentativa, a pista ficou visível e o piloto iniciou a aproximação para o pouso na pista 31. Na aproximação final a aeronave impactou nas águas do Lago Vitória  às 08h45, 500 metros (1.600 pés) antes da pista. O trem de pouso principal se separou e o piso da cabine foi desalojado pelo impacto, permitindo que a água entrasse na cabine em alta pressão enquanto a aeronave desacelerava antes de parar.

Sobreviventes afirmaram que a parte frontal da aeronave foi imediatamente preenchida com grande quantidade de água, causando pânico dentro da cabine. Os comissários abriram então as saídas de emergência e os passageiros começaram a escapar da aeronave que afundava. Fotos e vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o avião quase totalmente submerso, com apenas a cauda visível acima da linha d'água.


Os pescadores locais foram os primeiros a chegar ao local do acidente. Eles quebraram a porta traseira com um remo, resgatando com sucesso aqueles que estavam sentados atrás. Ambos os pilotos ainda estavam conscientes e vivos, pois não havia vazamento de água no interior da cabine. 


Um pescador tentou quebrar as janelas da cabine com um machado, mas foi orientado a parar por quem estava em comunicação com os pilotos. Ele então amarrou uma corda na porta de emergência da cabine e tentou abri-la usando outros barcos próximos. A corda quebrou, porém, deixando-o inconsciente.

Equipes de resgate chegaram ao local para resgatar os que ainda estavam presos dentro da aeronave. De acordo com Albert Chalamila, administrador-chefe da região de Kagera, equipes de emergência entraram em contato com os pilotos na cabine e tentaram puxar o avião para mais perto da costa usando cordas e guindastes.

Das 43 pessoas a bordo, 19 morreram, incluindo os dois pilotos, que se afogaram antes que as equipes de resgate pudessem alcançá-los. 


Um sobrevivente afirmou que os pilotos tiveram que redirecionar a aeronave devido à deterioração do tempo e que a aeronave teve que voar em direção à fronteira Tanzânia-Uganda antes de voltar para Bukoba. O passageiro afirmou ainda que durante a aproximação encontrou forte turbulência após ser informado de que pousaria em breve, acabando por se encontrar no lago com o avião começando a entrar na água.


Durante o funeral das vítimas no Estádio Kaitaba de Kagera, o primeiro-ministro Kassim Majaliwa ordenou uma investigação sobre o acidente. A Autoridade de Aviação Civil da Tanzânia (CAA) estaria envolvida na investigação. O Gabinete Francês de Inquérito e Análise para a Segurança da Aviação Civil (BEA) confirmou que os seus membros viajariam para a Tanzânia para ajudar na investigação. Consultores técnicos da ATR também se juntariam ao esforço de investigação.


Em 2023 a CAA divulgou seu relatório preliminar. Afirmou que a aproximação foi conduzida sob regras de voo visual em mau tempo e que a tripulação de voo ignorou os alertas do Sistema Aprimorado de Alerta de Proximidade do Solo (EGPWS).


A presidente Samia Suluhu Hassan tuitou: “Recebi com tristeza a informação da queda do voo da Precision Air no Lago Victoria, na região de Kagera, envio minhas condolências a todos os afetados por este incidente. a operação de resgate continua e oramos a Deus para nos ajudar." Majaliwa visitou o local e disse que uma extensa investigação seria realizada para determinar todas as causas do acidente.


No dia 7 de novembro, um funeral foi realizado no Estádio Kagera Kaitaba. O Primeiro-Ministro Majaliwa, juntamente com clérigos muçulmanos e cristãos, conduziram orações pelas vítimas no Estádio Kaitaba, onde centenas de pessoas se reuniram. Mais tarde, ele afirmou que os custos do funeral seriam cobertos pelo governo, acrescentando que um milhão de xelins adicionais seriam fornecidos aos parentes das vítimas.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e baaa-acro 

(Esta é a postagem nº 40 mil deste Blog)

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Aconteceu em 31 de outubro de 1996: Voo TAM 402 - Tragédia em São Paulo


O Fokker 100 PT-MRK da TAM partiu no dia 31 de outubro de 1996, para realizar o voo 402 da Ponte Aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro. Apenas 24 segundos após a decolagem, o avião caiu sobre o bairro do Jabaquara, próximo ao aeroporto de Congonhas, matando seus 96 ocupantes e três pessoas em solo.

Este acidente envolveu o autor deste Blog e do Site Desastres Aéreos, como morador de uma casa seriamente atingida pela aeronave.

Eu, Jorge Tadeu, ao lado do trem de pouso em um dos quartos de minha casa


Hoje na História: 31 de outubro de 1996 - Acidente com Fokker 100 da TAM completa 27 anos

Jorge Tadeu, o autor deste Blog e do site Desastres Aéreos
Em um dia como hoje (31), há 27 anos, o jornalista Jorge Tadeu da Silva, levantou cedo e saiu de sua casa, na rua Luís Orsini de Castro, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, para dar aula de português em um colégio particular ali perto. Mal chegou à escola, uma pessoa da secretaria o procurou dizendo que seu irmão estava ao telefone.

“Achei estranho. Mas fui lá [atender]. Devia ter acontecido alguma emergência. Ele falou, com uma voz meio assustada, que um avião tinha caído em cima da minha casa e que eu precisava ir para lá. Em princípio, achei que ele estava brincando”, contou Silva, em entrevista à Agência Brasil.

O jornalista morava em um sobrado geminado: seus pais eram seus vizinhos de parede. E foi justamente nessa casa que parte do avião Fokker 100, da TAM (empresa que foi fundida com a Lan e se tornou a Latam) caiu, por volta das 8h26 da manhã do dia 31 de outubro de 1996. "Eles [meus pais] estavam na casa. Eles haviam acabado de sair da cama e estavam no andar de cima, descendo para tomar o café da manhã, quando o avião caiu", disse.

Silva mostra à reportagem uma foto da época, estampada em um jornal, que mostra um trem de pouso do avião dentro da casa dos pais. Felizmente, todos da família sobreviveram. O pai teve apenas uma queimadura no braço. Foi levado ao hospital, mas no mesmo dia foi liberado. O acidente, no entanto, jamais foi esquecido pela família. E provocou traumas.

O jornalista Jorge Tadeu da Silva, um dos afetados pelo acidente com o avião modelo Fokker 100 da TAM que vitimou 99 pessoas em 1996, segura foto de como ficou a casa dele na rua Luís Orsini de Castro, no Jabaquara (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
“Para meus pais, que tinham mais idade, foi um período muito difícil, que marcou muito a vida deles. Eles passaram a ter dificuldade de dormir no escuro", relatou. “Eu tenho memória olfativa, para você ter uma ideia. O cheiro era muito desagradável e ficou marcado."

No aeroporto

Pouco antes de o acidente acontecer, Sandra Assali havia levado seu marido, o médico cardiologista José Rahal Abu Assali, para o aeroporto de Congonhas. Naquele mesmo dia, ele daria aula em um congresso no Rio de Janeiro e retornaria a São Paulo.

“Eu levei meu marido ao aeroporto. Tinha o hábito de levá-lo porque ele viajava muito. Morávamos perto do aeroporto, então, quando possível, eu o levava. E naquele dia não foi diferente. Eu deixei ele lá e, como ele viajava muito, ele chegava já bem próximo do horário de embarque”, contou Sandra. “Era um dia normal, de rotina. Ele voltaria no mesmo dia. Eu me despedi dele e fui embora. Meia hora depois tive a confirmação do acidente, de que ele tinha morrido”, afirmou.

Ela não viu o acidente acontecer. Mas quando já havia saído do aeroporto e estava dentro do carro, chegou a ouvir um barulho. “Ouvi um grande barulho e vi um grande clarão, apesar de ter sido de manhã. Naquele momento eu achava que era [algo] num posto de gasolina. Na verdade, você nunca imagina que pode ser um avião”, destacou.

Ela só ficou sabendo do acidente depois. A lista dos passageiros que morreram com a queda e a explosão do avião ela soube pela TV. Da companhia aérea, Sandra jamais recebeu um telefonema sobre a morte do marido.

Cenário de guerra

Ao saber do acidente pelo irmão, Jorge Tadeu da Silva voltou correndo para casa. Ele lembra de estar tudo em chamas e de ter se juntado aos vizinhos na tentativa de abrir alguns portões e gritar por sobreviventes. Segundo ele, o avião destruiu oito casas na sequência.

"Ele pegou a minha na parte da frente. Na dos meus pais, um pouco mais a estrutura da frente. Na terceira casa, a parte principal da fuselagem caiu. E o cockpit do avião, a ponta do avião, percorreu mais cinco ou seis casas cortando elas pelo meio. Imagine um cenário de destruição, muito fogo. O avião havia acabado de decolar e estava com o tanque cheio. Estava abastecido para o voo até o Rio de Janeiro", lembrou.

"A primeira visão que eu tive foi essa: de uma cena clichê de um bombardeio de guerra ou algo assim. Era muito fogo, muita fumaça preta. Você via os destroços, mas não conseguia ver o que que era, na hora", completou.

O avião havia acabado de sair de Congonhas, aeroporto de São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro. Mas apenas 24 segundos depois, de acordo com relatório final elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave bateu em três prédios e caiu em cima de diversas casas na Rua Luis Orsini de Castro, a cerca de 2 quilômetros do aeroporto. Com a queda, o avião pegou fogo matando todos as 96 pessoas a bordo. Três pessoas que estavam no solo também morreram.

São Paulo - Rua Luís Orsini de Castro, no Jabaquara, onde há 27 anos caiu um avião modelo
Fokker 100 da TAM que vitimou 99 pessoas (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Uma das vítimas em solo era um pedreiro que trabalhava no telhado de uma casa, contou Silva. As duas outras vítimas foram um professor, que estava em sua garagem no momento do acidente, e um parente dele, que sofreu queimaduras severas, chegou a ser socorrido, mas morreu 30 dias após o acidente.

"De maneira surpreendente, apenas três pessoas no solo faleceram. Para um acidente desse porte, numa área urbana, foi realmente um milagre. É uma rua em que muitas crianças usam para ir para a escola. Mas devido ao horário, tinha pouca gente na rua", disse.

Após a tragédia, Silva teve uma grande vontade de escrever sobre o acidente. Ele começou a pesquisar sobre desastres aéreos e criou um site para falar sobre o assunto. “Mais para frente, vim a saber com uma psicóloga que eu estava usando uma maneira de lidar com o luto ou com o estresse pós-traumático, que é escrever sobre o assunto".

Quanto ao sobrado geminado, ele foi reformado com o dinheiro que os pais tinham guardado antes do acidente. "A gente [reconstruiu uma das casas] com recursos próprios, recursos que meu pai tinha guardado. E, ao longo de dez anos, fomos reconstruindo a outra, mas não no mesmo padrão”, contou.

Da empresa, o dinheiro de indenização demorou a chegar. "Foi um processo longo para recuperar [o que foi perdido no acidente] e sem receber a indenização porque as propostas [da empresa] eram absurdas. Foi levado para a Justiça porque não houve acordo. Levou muito tempo para a gente conseguir receber alguma coisa. Levou, na verdade, onze anos", disse ele, relembrando que recebeu a indenização no ano em que um outro avião da TAM caiu em Congonhas, em 2007, matando 199 pessoas.

Associação

Sandra tinha dois filhos à época do acidente: um menino, de 7 anos, e uma menina, de 4. Sem receber o apoio necessário da empresa, ela e outros parentes de vítimas criaram a primeira associação de parentes de vítimas de acidente aéreo do Brasil, a Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), da qual ela é presidente. A associação ajudou a mudar a aviação no Brasil, principalmente em relação à indenização e ao tratamento dispensado aos familiares das vítimas de acidentes com aeronaves.

Sandra também passou a escrever sobre o episódio, publicando dois livros. O primeiro deles, O Dia que Mudou a Minha Vida, foi lançado em 2017, quando a tragédia completou 20 anos. O segundo, Acidente Aéreo – O que Todo Familiar de Vítima Pode e Deve Saber, foi lançado em março deste ano e pretende ser um guia para orientar famílias sobre direitos em caso de acidente aéreo.

O acidente

A queda do avião foi provocada por uma falha no reversor da turbina direita (o freio aerodinâmico), que abriu durante a decolagem. O reversor é um equipamento que se abre para ajudar a aeronave a desacelerar, preparando o avião para o pouso. Mas, naquele dia, o equipamento abriu na decolagem, em pleno voo. Isso foi como acionar o freio no momento em que a aeronave precisava acelerar para ganhar mais sustentação. Um problema para o qual o piloto e o copiloto não haviam sido treinados, já que as chances de que isso ocorresse eram raríssimas.

“O manual da Fokker 100 dizia que não havia necessidade desse tipo de treinamento porque a possibilidade era de uma em um milhão do reverso abrir em voo. Ou seja, os pilotos, dentro do que tinham de treinamento, fizeram o que sabiam. Não eram treinados para essa eventualidade", disse Sandra Assali.

“Um acidente aéreo, como eu sempre digo, acontece sempre por vários fatores. Nunca é um fator só”, destacou Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, em entrevista à Agência Brasil. Sarrubbo foi o promotor do caso à época.

Antes de decolar de Congonhas com destino ao Rio de Janeiro, naquela manhã de quinta-feira, o Fokker tinha feito uma viagem de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, para São Paulo. Quando o piloto desse voo chegou a Congonhas, ele relatou aos tripulantes do voo seguinte que um alarme havia indicado um defeito no acelerador automático, o chamado autothrottle, um mecanismo que ajuda o piloto a controlar a velocidade da aeronave, mas que não é essencial para o voo. Durante a investigação, se descobriu que o problema, na realidade, não estava no autothrottle, mas no reversor de uma das turbinas.

“Interessante é que até hoje a gente não sabe se o reverso abriu em voo anteriormente em outros locais, porque a tripulação que levou o Fokker para Congonhas naquele dia reportou para o piloto que assumiu o voo [de São Paulo para o Rio de Janeiro] que o controle de acelerador automático, chamado de autothrottle, estava com defeito, que o manete [alavanca que acelera ou reduz a potência do motor] estava voltando em algum momento. Por isso, o piloto [do voo que caiu] foi enganado. Não era o acelerador automático. No caso dele, era o reverso em voo, que acabou sendo o fio da tragédia”, disse o procurador-geral.


“Os fatores determinantes para a queda da aeronave: um relé [espécie de interruptor elétrico] que entrou em curto, e o piloto ter sido induzido a erro em função da movimentação do manete em decorrência desse curto”, explicou o promotor. “A possibilidade do reverso abrir em voo era muito pequena. Por isso, o piloto nem pensou em reverso em voo”, acrescentou.

Se o piloto tivesse conhecimento de que o problema no avião era o reverso, seu procedimento no voo teria sido outro, acredita Sarrubbo. “Ele desligaria aquele motor e alternaria para Cumbica, pousaria ali, não iria para o Rio de Janeiro. Ele faria alternância para Cumbica, desligaria aquele motor - o reverso pode ficar aberto com o motor desligado, e ele pousaria em Cumbica com toda a segurança e nada aconteceria.”

Após a investigação sobre as causas do acidente, nenhuma pessoa foi responsabilizada pela tragédia. “Na nossa manifestação, arquivamos o inquérito policial porque entendíamos que não dava para se atribuir culpa criminal a quem quer que fosse. Foi realmente uma situação absolutamente inusitada”, disse Sarrubbo. “Não havia nenhuma responsabilidade em nível pessoal criminal que pudesse fazer com que fizéssemos um processo criminal. Fui o autor do arquivamento porque realmente, sob o prisma do crime, não havia nenhum tipo de responsabilização. Foi mesmo inusitado”, relembrou.

Latam

Procurada pela Agência Brasil, a Latam informou não ter hesitado em “dar assistências às famílias das vítimas, mesmo não tendo protocolos e normas globais para assistência humanitária”.

Segundo a empresa, “todas as famílias das vítimas envolvidas [no acidente] foram indenizadas”.

A Latam disse ainda que tem um plano robusto, estruturado e detalhado de resposta à emergência cuja premissa número um é a “segurança é valor inegociável”. Esse plano, de acordo com a empresa, contempla dez pontos, que prevê, por exemplo, atendimento e assistência às famílias envolvidas.

Por  Elaine Patricia Cruz (Repórter da Agência Brasil) Edição: Lílian Beraldo - Fotos: Rovena Rosa

Logo mais, a partir das 11 horas, os relatos completos deste e de outros acidentes.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Baixe e leia: "Os Balões de Observação na Guerra do Paraguai"

Para a Força Aérea Brasileira, o episódio dos balões de observação na Guerra do Paraguai adquire um significado todo especial; nele se encontram as primeiras atividades aeronáuticas exercidas por militares brasileiros; por isso, constitui o primeiro capítulo da história da Força Aérea Brasileira.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Aos amigos leitores do Blog: O Blog foi temporariamente bloqueado

Aos amigos leitores do Blog.

Às 17h43, desta sexta-feira, 14 de maio de 2021, o Blog foi bloqueado com a mensagem que 'printei' e reproduzo abaixo. 

Ao pesquisar a razão, provavelmente houve alguma denúncia infundada de "phishing", que - pesquisando - descobri que nada mais é do que a prática do crime de enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito. 

Como todos sabem, este Blog já publicou mais de 28.200 matérias sobre aviação e espaço e jamais solicitou a interação dos leitores relacionadas à assuntos financeiros ou compras ou qualquer pedido de informação ou dados pessoais. A única interação aqui se dá pela caixa de comentários, que são realizados pelos leitores do Blog. 

Tentei acessar o Blogger para solucionar o caso, mas os canais são escassos, contando apenas com links para questões pré-determinadas por eles. Espero que, em breve, o Blog volte ao ar, já que nenhuma diretriz do Blogger foi descumprida. Fica aqui este registro e minhas desculpas aos amigos pela injustificada ocorrência.

Abraços a todos.
Jorge Tadeu 

 

terça-feira, 9 de março de 2021

Quase 10 anos depois, avião de Gaddafi continua parado num aeródromo da França

O ex-ditador líbio Muammar al-Gaddafi
Quase uma década depois de ter aterrado em solo francês, o avião presidencial do ex-ditador líbio continua parado num aeródromo no sul do país, estando no meio de vários processos judiciais que parecem não ter fim.

Em agosto de 2011, as imagens captadas no Aeroporto Internacional de Trípoli, na Líbia, tornaram-se prova da queda do regime de Muammar al-Gaddafi, ditador que governou o país durante mais de 40 anos.

Além de capturarem o próprio Gaddafi, que acabaria por ser morto em outubro desse mesmo ano, as forças opositoras assumiram o controlo do aeroporto e ainda conquistaram um “prêmio”, um dos maiores símbolos de poder do ditador.

O Airbus A340 com o registro 5A-ONE que pertencia a Gaddafi (Foto: R. Bexten)
Estamos falando do seu avião presidencial, o Airbus A340-200 que, embora do lado de fora se parecesse com mais um avião da companhia aérea líbia Afriqiyah Airways, no seu interior possuía, entre outros luxos, uma banheira de hidromassagem e até um cinema.

Tal como recorda a CNN, as novas autoridades do país viram-se a braços com um dilema: qual o destino a dar a esta luxuosa aeronave que, no fundo, representava tão intimamente os excessos do falecido ditador.

Foi então que, em 2012, o avião voou para as instalações da EAS Industries (atual Sabena Technics), uma empresa de manutenção de aeronaves subcontratada pela Air France, sediada no sul de França. A aeronave foi reparada e, um ano depois, estava pronta para ser usada novamente, tendo ficado na posse do Governo líbio para uso próprio.


Mas, de acordo com a mesma cadeia televisiva, essa acabou por ser uma viagem curta. Em março de 2014, e com a situação do país a deteriorar-se novamente, o avião voltou a solo francês. Desta vez, a sua chegada marcou o início de um imbróglio judicial internacional que o mantém parado até hoje, sete anos depois.

O Airbus A340 foi comprado por Gaddafi, em 2006, por cerca de 100 milhões de euros. No mesmo ano desta aquisição, o Governo líbio assinou um acordo com o grupo Al Kharafi, empresa com sede no Kuwait, para desenvolver um resort em Tajura, perto de Trípoli.

Não demorou muito para o negócio começar a ir por água abaixo e, em 2010, foi cancelado por parte do Executivo. O grupo privado respondeu, tendo processado o país num tribunal do Cairo, no Egito, que, em 2013, decidiu que a empresa devia ser indemnizada em quase 800 milhões de euros.

O grupo Al Kharafi também processou o estado líbio em França, por isso, quando o avião aterrou, houve uma tentativa de apreensão. Porém, em 2015, um tribunal francês decidiu que a aeronave pertencia a uma nação soberana e, por isso, gozava de imunidade para uma ação judicial desta natureza. A empresa recorreu desta decisão, os anos foram passando e o avião continuou abandonado à sua sorte.

Sala de conferências acima das nuvens (Foto: Spiegel Online)
Em 2016, os custos de manutenção do Airbus A340 já ascendiam a quase três milhões de euros, o que fez com que a Air France também se tornasse parte do processo judicial, dando uma nova complexidade ao caso.

Apesar de tudo, parece que a aeronave continua a ser cuidada. No ano passado, observadores locais viram os seus motores a trabalhar, um procedimento regular entre aviões que estão parados há muito tempo. Contudo, no meio de vários processos judiciais que parecem não ter fim à vista, é difícil dizer o que o futuro lhe reserva.

Via Filipa Mesquita (ZAP)

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Nossos sentimentos


Nossas condolências ao povo de Chapecó e à valorosa torcida da Chapecoense, bem como parentes e amigos dos mortos na tragédia.


Dia trágico

O Blog Notícias sobre Aviação esteve inativo em razão da total falta de tempo de seu criador em realizar o acompanhamento dos acontecimentos relacionados à aviação.

Hoje, um dia trágico para todos brasileiros, o Blog retorna para informar sobre a tragédia com o voo do time da Chapecoense.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo


Desejo aos amigos e amigas do Blog e
do Site Desastres Aéreos 
um Ano Novo 
repleto de
paz, 
saúde e
conquistas.

Abraços,

Jorge Tadeu