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O vocalista do grupo de rock Iron Maiden, Bruce Dickinson, pilotou dois aviões que trouxeram turistas britânicos de volta para casa no final de semana, depois que uma companhia aérea faliu e deixou centenas de passageiros sem vôo.
A operadora de turismo e companhia aérea XL - uma das maiores da Grã-Bretanha - faliu na sexta-feira passada.
Mais de 20 aviões da companhia não puderam decolar e cerca de 85 mil passageiros britânicos não conseguiram voltar para casa de destinos turísticos como Espanha, Egito, Grécia e Caribe.
Bruce Dickinson é funcionário da Astraeus Airline, uma das companhias que ajudou na volta dos turistas que tinham bilhetes da XL.
Na sexta-feira passada, o astro do rock pilotou o Boeing 757 da cidade egípcia de Sharm el-Sheik para o aeroporto de Gatwick, em Londres. No sábado, ele voou da ilha grega de Kos para o mesmo aeroporto em Londres.
Nas duas ocasiões, os vôos estavam lotados com 221 passageiros - todos turistas que haviam comprado pacotes da XL.
Dickinson trabalha há oito anos como piloto da Astraeus, uma empresa que aluga aviões e funcionários para outras companhias aéreas, como a British Airways.
O porta-voz da Astraeus disse à BBC Brasil que Dickinson estava de folga nos dois dias, mas as cancelou para ajudar os turistas britânicos.
Para conciliar sua atividade de piloto com a de vocalista, Dickinson tira férias e licenças especiais da Astraeus. O Iron Maiden, formado nos anos 70, é uma das maiores bandas de heavy metal do mundo.
Apesar de conseguir a licença ambiental para o início da construção do terceiro terminal no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos-SP, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) ainda tenta resolver um impasse com o Tribunal de Contas da União (TCU) para retomar as obras de ampliação do pátio de aeronaves, paradas há três meses.
Depois de enviar ao TCU seguidas justificativas técnicas de preços que não afastaram a suspeita de superfaturamento, paralisando obras em quatro aeroportos, a Infraero mudou de tática e decidiu provocar o impasse. Acatou a tabela usada pelo TCU e, com base nela, apontou um "superfaturamento" de R$ 8,8 milhões maior que o encontrado pela auditoria do próprio tribunal nas obras de ampliação do pátio de aeronaves.
O problema é que o consórcio construtor já avisou que não repactua o contrato com base na tabela usada pelo TCU, porque os preços rebaixados não cobrem os custos. As empreiteiras alegam que o material e a mão-de-obra empregados na construção de uma pista de aeroporto e de uma rodovia não guardam semelhanças, a partir do cimento asfáltico. A Infraero concorda que o custo das especificações técnicas internacionais é mais alto. Resultado: as obras no pátio de aeronaves em Cumbica continuarão paradas, a exemplo do que já ocorre em intervenções nos aeroportos de Vitória, Goiânia e Macapá.
"Não reconhecemos superfaturamento nenhum. Só adotamos a planilha de serviços do tribunal porque chegamos ao nosso limite de justificativas.Não adianta mais brigar", desabafa o presidente da empresa, Sérgio Gaudenzi. Segundo o diretor de Engenharia da Infraero, Mário Jorge Moreira, uma equipe de orçamentários "luta há dois anos" com justificativas de preços que não satisfazem os técnicos do tribunal.
Na tentativa de solucionar o impasse com o TCU e parar de medir forças, a Infraero encomendou um estudo à Caixa Econômica Federal para criar uma tabela de preços aeroportuários. O diretor de Engenharia conta que as composições dos custos foram feitas pela Universidade de São Paulo (USP), considerando os parâmetros técnicos de engenharia, e as cotações de materiais foram realizadas em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi encaminhado ao TCU há três semanas e está sendo examinado pelos analistas do tribunal.
A China se tornou em 2008 o segundo maior mercado da Embraer depois dos Estados Unidos e a companhia brasileira é a fabricante de aviões com a maior presença no país depois de Boeing e Airbus. O presidente da Embraer na China, Guan Dong Yuan, estima que o faturamento da empresa vai mais que triplicar neste ano, para algo entre US$ 500 milhões e US$ 550 milhões, ante US$ 150 milhões em 2007.
Das 80 aeronaves com menos de 120 lugares que voam na China, 39 são da Embraer. Na estimativa de Guan, o número vai chegar a 47 ou 48 até o fim do ano, o que dará à empresa brasileira uma participação de mais de 50% no mercado.
Além de vender aviões de 50 lugares que fabrica desde 2003 na China, em parceria com a estatal Avic II, a Embraer exporta aeronaves produzidas no Brasil. Neste ano, pela primeira vez, o item aviões aparece com destaque na pauta de exportações brasileiras para o país asiático, com vendas de US$ 148,8 milhões até julho. No mesmo período de 2007, os embarques foram de meros US$ 24 mil, compostos integralmente por peças de reposição.
Um piloto de 49 anos está em estado crítico no Hospital Hawke's Bay depois que seu helicóptero atingiu linhas de alta tensão e caiu na tarde desta segunda-feira (15) em Puketitiri, a 56 km a noroeste de Napier, na Nova Zelândia.
O helicóptero Robinson R44, prefixo ZK-ISM, registrado para a empresa Bay Heliwork Ltda, caiu sobre uma área agrícola ao norte de Napier, depois do meio-dia.
Um porta-voz do hospital informou que o piloto está na UTI em estado crítico.
A polícia foi alertada sobre o acidente às 13:15 (hora local) quando o helicóptero não retornou de um serviço de pulverização agrícola que havia saido para realizar.
As equipes de salvamento encontraram o helicóptero por volta das 14:00 horas numa fazenda perto de um pântano.
O piloto era a única pessoa a bordo. O porta-voz da equipe de salvamento informou que ele colidiu com cabos de alta tensão durante o trabalho de pulverização.
Três pessoas morreram na queda do avião Cessna U206, prefixo VH-JDQ, a noroeste de Scone, na Austrália, no domingo (14).
Um helicóptero de resgate encontrou os destroços perto de Hanging Rock, a cerca de 55 quilômetros de Scone, por volta do meio-dia.
O helicóptero pousou a cerca de 100 metros dos destroços e um médico que estava a bordo confirmou que não haviam sobreviventes.
"O avião caiu através das árvores, as asas e a cauda do avião ficaram dilaceradas pelo forte impacto", disse um membro da polícia local.
O avião havia reabastecido em Scone na manhã de ontem e decolado rumo ao Aeroporto Brisbane Archerfield, em Queensland.
A polícia divulgou nota informando que a aeronave era pilota por um homem de 39 anos de idade de Brisbane, que decolou de Bankstown por volta das 8:00 h de domingo com dois passageiros, uma mulher de 38 anos de idade, de Brisbane, e seu filho de sete anos.
O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, afirmou nesta tarde, em São Paulo, que um dos maiores desafios para o monitoramento do espaço aéreo que compreende a maior região metropolitana do País é o crescimento de sua frota de helicópteros. Segundo números de relatório da Aeronáutica, a cidade de São Paulo concentra mais da metade da frota brasileira de 1,1 mil deste tipo de aeronave e deve receber mais 80 até o ano de 2010. Isso é agravado ainda pelo fato de que a cidade recebe boa parte do restante de helicópteros que existem nas outras regiões do País, segundo a Aeronáutica.
"Tivemos 97 acidentes em 2007. Apenas dois ocorreram na aviação regular (comercial). Dezenove desastres foram com helicópteros, ou seja, quase 20%, um número bem mais expressivo", disse Kersul.
O brigadeiro afirmou que a circunscrição regional (Seripa) do órgão que monitora o Estado de São Paulo é a mais propoensa à ocorrência de acidentes aéreos. De acordo com estudo realizado pelo Cenipa entre 1998 e 2007, o Seripa-4 (Estado de São Paulo) foi o que mais registrou desastres, com 129 ocorrências.
"A probabilidade de ocorrer acidentes é maior por conta da maior exposição ao risco com o número de aeronaves circulando". O Cenipa subdivide o território brasileiro em quatro serviços regionais de investigação e prevenção à acidentes aéreos (Seripa).
Kersul garantiu que o espaço aéreo brasileiro é seguro. Segundo ele, a percepção de insegurança da população se deve à "coincidência infeliz" de dois acidentes aéreos de grandes proporções que ocorreram em menos de um ano - a colisão do avião da Gol com o jato Legacy, em 2006, e o acidente com o Airbus da TAM em julho de 2007.
O chefe do Cenipa concedeu entrevista coletiva, nesta tarde, para divulgar um relatório sobre o cenário de aidentes aéreos no País. A coletiva ocorreu após a divulgação em notícia do Fantástico de um evento em que uma aeronave da Gol e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) passaram a 60 m de distância nas proximidades do aeroporto de Rio Branco (AC).
Duas aeronaves quase colidiram em junho, na região da Amazônia.
Cenipa diz que está investigando o caso.
O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, admitiu, nesta segunda-feira (15), que houve falha humana no incidente entre o Boeing da Gol e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Reportagem exibida no Fantástico, no domingo (14), mostrou que as duas aeronaves quase colidiram em 18 de junho, quando sobrevoavam a Amazônia.
Na reportagem, o advogado da Federação Brasileira dos Controladores de Vôo, Roberto Sobral, disse que há falhas de comunicação no controle aéreo brasileiro e faltam equipamentos, como radares. Ainda de acordo com ele, essas alegações fazem parte de uma ação penal movida há dois meses pela federação contra o comando da Aeronáutica no Supremo Tribunal Federal (STF).
“O advogado está fazendo o trabalho dele, que é defender a categoria dos controladores de vôo, mas ele seria mais isento se questionasse a conduta do controlador de vôo no momento daquele evento aéreo”, afirmou Kersul Filho, nesta segunda, durante uma entrevista coletiva, em São Paulo.
O brigadeiro do Cenipa disse que o controle do espaço aéreo na região onde ocorreu o incidente é feito via rádio, seguindo procedimento normal, e o mesmo controlador estava monitorando os dois vôos. "Não há radar na região. A reação dos pilotos foi normal. O Boeing tem um sistema que permite identificar a aeronave de menor porte e mensurar a distância, mas o piloto da aeronave militar não consegue identificar."
Kersul Filho disse que há dois anos não havia registro de incidentes aéreos na região de Rio Branco, onde ocorreu a quase colisão entre os aviões da FAB e da Gol. O caso está sendo investigado pelo Cenipa e a conclusão deverá ser divulgada até o fim do ano.
Um acidente envolvendo uma aeronave ultraleve Zenair CH601XL, prefixo PH-4B6 no domingo (14) custou a vida a duas pessoas na Holanda.
A aeronave caiu nas águas do Lago Hoornsche Hop, a cerca de 900 metros da costa. A causa do acidente ainda é desconhecida. Um dos corpos foi resgatado e o da outra vítima ainda está desaparecido.
Identidades
As identidades das vítimas ainda não foram formalmente divulgadas. No entanto, as famílias já foram informadas. Segundo relatos no local do Noordhollands Dagblad, o piloto era um experiente aviador de Purmerend e, também, tesoureiro do Clube de Vôo Wieringermeer.
O ultraleve caiu por volta das 13:00 (hora local).
Segundo agências internacionais, 88 passageiros morreram.
Boeing 737 se dirigia para a cidade de Perm.
Um avião russo da empresa aérea Aeroflot com mais de 80 pessoas a bordo caiu na região dos Montes Urais. Os destroços ocupam uma área de cerca de 4 km², o que indica uma grande explosão. A aeronave, um Boeing 737, tinha saído de Moscou e caiu perto da cidade de Perm, para onde se dirigia.
O governo russo confirmou a morte de todos os passageiros, porém, ainda não oficializou o número total de vítimas.
Autoridades citadas por meios de comunicação russos e agências internacionais dizem que o vôo levava 88 pessoas, entre eles sete crianças. As mesmas fontes afirmam que a companhia aérea teria confirmado que 21 estrangeiros – de Azerbaijão, Ucrânia, França, Suíça, Letônia, Alemanha, Turquia, Estados Unidos e Itália - estavam a bordo.
O contato com o avião foi perdido quando ele estava a uma altura de 1.800 metros, segundo declarou à agência russa “Itar-Tass” Irina Andianova, porta-voz do Ministério de Situações de Emergência.
Os destroços do avião, que se incendiou na queda, foram localizados perto da cidade de Perm, que era o destino final do vôo. A cidade fica a cerca de 1.700 km de Moscou - trajeto que, pelo ar, é percorrido em duas horas.
Não há informações sobre as causas do acidente. O avião teria caído sobre uma linha férrea do Transiberiano, que suspendeu as viagens de trens na região.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvédev, informou que ordenou a criação de uma comissão governamental encabeçada pelo ministro dos Transportes, Igor Levitin, que irá à região do desastre para investigar as causas do acidente.
Porta-voz do Ministério de Situações de Emergência infirmou que cerca de 300 especialistas trabalham na área onde o avião caiu. Irina Andianova afirmou ainda que o governo enviará equipe de psicólogos para atender familiares das vítimas.
Para muitos especialistas, região tem a pior comunicação aérea do país.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) quase bateu em um Boeing da Gol, segundo mostra gravação obtida com exclusividade pelo “Fantástico”. Ela faz parte de um relatório de perigo com timbre do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). As aeronaves estavam sobre a Amazônia, uma região que, para muitos especialistas, tem a pior comunicação aérea do país.
O piloto do esquadrão grifo - uma equipe de elite da FAB, com base em Porto Velho (RO) e o instrutor, também da força aérea, realizavam uma missão de treinamento no comando de um turbo hélice tucano.
De repente, um susto enorme: bem perto deles, surgiu um Boeing 737 da Gol.
A reportagem teve acesso a uma gravação de áudio de cinco minutos que revela mais detalhes sobre o episódio. “O que aconteceu foi que o Gol passou por cima da gente aqui, quase bateu na gente”, diz trecho da gravação de áudio de cinco minutos.
Os documentos a que a reportagem também teve acesso revelam que o incidente ocorreu no dia 18 de junho deste ano, sobre Rio Branco, no Acre.
Depois de analisar o material, o especialista em segurança aérea Jorge Barros, que já foi instrutor de vôo em aviões tucano, afirma: foi sorte não ter acontecido mais uma tragédia na aviação brasileira. “Foi um incidente muito grave. Houve uma proximidade muito grande, com risco alto de colisão em vôo”, diz.
De acordo com os documentos, o avião da Gol fazia o vôo 1938. Este vôo sai diariamente de Cruzeiro do Sul, no Acre, e faz escalas em Rio Branco, Porto Velho, Manaus, Belém e Fortaleza.
Perto do aeroporto
O áudio mostra que a quase colisão aconteceu quando o Boeing e o tucano do esquadrão grifo se aproximavam do aeroporto de Rio Branco. O mesmo controlador era responsável pelos dois vôos.
“- Grifo 127, na perna de aproximação. - está livre o procedimento x-ray. Informe visual com a pista, Grifo 127. - Grifo 127, chamará.”
De acordo com a gravação, cerca de um minuto e meio depois, o controlador autorizou o piloto do Boeing a fazer o mesmo procedimento de aproximação do aeroporto.
“- informe iniciando a perna de aproximação. - já está na perna de aproximação, descendo pra 3 mil (pés). - já está autorizado iniciar o procedimento x-ray.”
O especialista Jorge Barros explica o procedimento do operador. “Dois aviões são autorizados para descer pra mesma altitude, fazer a mesma aproximação pra mesma pista, digamos, no mesmo segmento do espaço aéreo”.
A cerca de 15 km do aeroporto de Rio Branco, a 450 metros de altura, os pilotos do tucano viram o tamanho do perigo.
A quantidade de palavrões registradas na gravação dá idéia do espanto que tiveram.
“Como o avião da Gol é a jato e voa muito mais rápido que o avião da FAB, que é a hélice, é um turbo hélice, então esse avião da Gol se aproxima muito do avião da força aérea. E passa a 200 pés de altura do avião da FAB”, diz o especialista. Duzentos pés são pouco mais de 60 metros.
Para se ter uma idéia de como os aviões passaram perto um do outro, as asas do Boeing têm cerca de 30 metros. As do tucano, dez.
Logo depois da quase colisão, o instrutor que estava no tucano falou com o controlador.
Ainda bastante nervoso, o instrutor da FAB passou orientações, como mostra o áudio.
“- Rio Branco, Gol pode prosseguir na aproximação final. O que aconteceu foi que o Gol passou por cima da gente aqui, quase bateu na gente. Pode prosseguir aí que a gente tá no visual. Tá ok, Rio Branco? Copiou? " -"afirmativo, foi copiado, senhor”.
A gravação mostra que, na seqüência, o instrutor do tucano faz uma pergunta para o piloto do Boeing.
“Gol, confirme. Você entendeu que poderia prosseguir no ILS?”
No áudio a que tivemos acesso, o piloto da Gol não responde se entendeu ou não que poderia continuar a aproximação por instrumentos.
A seqüência final é esta.
“- piiii! que medo! - Gol 1938 está arremetendo.”
Susto
O vôo 1938 chega todos os dias ao aeroporto de Rio Branco lotado, com mais de 180 pessoas. Quem estava no Boeing que quase bateu no avião da FAB provavelmente não percebeu o perigo. Mas naquele dia, o momento mais tenso dos passageiros foi quando o jato da Gol arremeteu e teve que fazer uma nova manobra para aterrisar.
“Cada vez que o avião passa um susto grande, ele desiste de pousar. Agora, o acaso esteve presente aí, a ausência de colisão foi mero acaso”. A reportagem procurou os pilotos que se envolveram neste incidente; os da FAB não foram localizados.
Por telefone, o piloto do Boeing conversou com a reportagem. O comandante Carlos Joubert confirmou o incidente, mas não passou nenhum outro detalhe. Segundo ele, por determinação da Gol.
“Gostaria muito de colaborar. Agora eu não posso contrariar o que a empresa determinou pra mim”, disse.
Procurada pelo “Fantástico”, a Gol enviou uma nota que também não dá esclarecimentos sobre o incidente.
A empresa diz que segue os procedimentos de segurança e que os eventos que mereçam registro são feitos dentro dos padrões estabelecidos pelas autoridades competentes.
Também em nota, a Aeronáutica informa que em nenhum momento, houve uma situação crítica de quase colisão. Mesmo assim, foi feita uma avaliação que concluiu deficiências de procedimento por parte do controlador de vôo.
“Em verdade o fato não chega a nos surpreender. Muito pelo contrário". A estrutura de trabalho é deficiente, diz o advogado da Federação Brasileira dos Controladores de Vôo.
Segundo ele, há falhas de comunicação e faltam até equipamentos como radares. Essas alegações fazem parte de uma ação penal movida há dois meses pela federação contra o comando da Aeronáutica no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós queremos uma auditoria isenta para que apontadas as falhas nós possamos corrigir e saiamos dessa situação de risco em que vive a sociedade civil brasileira.
Segundo a Aeronáutica, cerca de 600 novos controladores foram capacitados para o trabalho nos últimos dois anos.
A aeronáutica informa ainda que na torre de Rio Branco a operação é coordenada de forma convencional, via rádio, em razão da baixa demanda de tráfego. Mas afirma que existe cobertura de radar plena para aeronaves comerciais voando naquela região.
O especialista em segurança aérea Jorge Barros dá um alerta. Segundo ele, ainda há muito o que fazer para evitar situações de risco, como aconteceu com o vôo 1938.
"Pura sorte não ter havido um acidente. Por isso é fundamental que a equipe de controladores seja bem escolhida, bem treinada e bem equipada, para que ela possa desenvolver um trabalho de excelente qualidade”.
Feridos na queda de um avião monomotor na tarde deste domingo, em Erechim, no norte do Estado, os pilotos Walmir Badalotti, 54 anos, e Altair Bras Zanferrari, 52 anos, foram submetidos a cirurgia e ao tratamento de fraturas no Hospital de Caridade do município.
Zanferrari pilotava o avião rebocando um planador quando houve uma pane. Ele sobrevoava o bairro Cristo Rei, na periferia da cidade, e iniciava a aterrissagem na pista do Aeroporto de Erechim.
Ao chocar-se contra uma árvore, o avião perdeu uma asa e, em seguida, caiu no meio da mata, a cerca de um quilômetro das casas localizadas na Rua Santa Marta. Moradores do bairro ajudaram a socorrer os pilotos, que ficaram presos nas ferragens.
— O piloto estava com a cabeça para fora do avião e sangrava muito. O de trás (Badalotti) pediu para eu cortar o cinto de segurança para socorrê-lo — conta o estudante Tiago Daniel, 11 anos.
Os dois pilotos foram levados conscientes ao hospital. Eles são conhecidos como veteranos no aeroclube da cidade. Segundo informações prestadas por familiares durante a noite deste domingo, Badalotti e Zanferrari não correm risco de morte, apesar da gravidade dos ferimentos. Após a recuperação da cirurgia, os dois devem ser mantidos em observação na UTI do hospital.
Um avião rebocador do Aeroclube de Erechim, no norte do Estado, caiu no Bairro Cristo Rei, na periferia da cidade, deixando duas pessoas feridas.
O acidente ocorreu às 17h35min de hoje, quando o rebocador sobrevoava o bairro, rebocando um planador. O estudante Tiago Daniel, 11 anos, conta que jogava bola quando viu o avião soltar a corta que prendia o planador, voar em círculos e desviar para uma mata, distante cerca de mil metros das casas.
— Ele voava muito baixo e saía fumaça. A gente viu que ele estava desviando das casas — relata.
O menino e moradores do bairro foram os primeiros a chegarem no local, auxiliando o piloto e o passageiro a saírem do avião. Estavam a bordo o empresário Valmir Badalotti, e o piloto Altair Braz Zanferrari. Eles foram socorridos pelos Bombeiros e levados para o Hospital de Caridade de Erechim, onde estão internados. De acordo com as informações preliminares, o estado de saúde dos dois é grave.
Depois de se soltar do avião, o planador seguiu viagem em direção ao aeroclube. Antes de cair no chão, o monomotor ainda teria batido em uma árvore e perdido uma das asas. Técnicos do aeroclube acreditam que a aeronave tenha sofrido uma pane no motor.
A Brigada Militar isolou o local. De acordo com o administrador do Aeroporto de Erechim, Antônio Carlos Carbonari, uma equipe da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve vistoriar a aeronave.
A aeronave era um Aero Boero 180, de fabricação argentina, com três lugares, mas somente duas pessoas estavam a bordo. É utilizada em vôos de instrução e em reboque de planadores. Atinge uma velocidade de 180 Km/h.
Fonte: Zero Hora (RS) - Fotos: Marielise Ferreira (Zero Hora/Ag.RBS)