

O ator instalou uma passarela que o leva da porta de casa até a cabine do avião. A obra da casa custou R$ 44 milhões e a taxa de manutenção mensal para os proprietários de imóveis no Jumbolair é de R$ 65 mil.
Fonte: iG - Fotos: Reprodução
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Temidos pelos adversários do regime militar, agentes do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops), órgão de repressão da ditadura, também tomaram seus sustos. Alguns afirmam ter visto objetos voadores não identificados em várias partes do País, inclusive no Rio. Os relatos estão entre os primeiros registros de avistamento de Ovnis liberados para consulta pública pela Aeronáutica. Na terça-feira, a Força publicou portaria orientando profissionais e usuários do tráfego aéreo nacional a repassar informações sobre aparições supostamente extraterrestres ao Comando de Defesa Aeroespacial, que as compilará com os arquivos já existentes para posterior divulgação. A novidade foi revelada com exclusividade por O DIA.
Nas 631 páginas prontas para consulta, distribuídas em duas pastas em bom estado de conservação, estão informações passadas pelos agentes da repressão nos governos de Getúlio Vargas e de presidentes militares, além de dados de integrantes do Estado-Maior da Aeronáutica, da PM de Pernambuco, de controladores de voo e até de integrante do escritório do adido brasileiro em Washington.
A abertura dos registros da Força Aérea sobre Ovnis foi assunto de reunião interna realizada ontem no Rio, onde se discutiu outro conjunto de relatos, de 1970 a 1979, ainda estão em fase de catalogação. Neste material — mais de quatro pastas e um filme em Super 8 —, haveria grande número de relatórios a respeito da Operação Prato, que investigou supostos ataques alienígenas que teriam ocorrido em 1977 na cidade de Vigia, no Pará.
Profissionais que dizem ter visto Ovnis em serviço aprovam a iniciativa da Aeronáutica. “É importante, pois agora o controlador de voo e pilotos terão respaldo oficial para relatar ocorrências. Eu presenciei quatro fatos estranhos, com objetos que surgiram nos radares, mas os controladores sempre tiveram temor de passar isso adiante”, afirma Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Voo.
Os primeiros documentos liberados — de 1952 a 1969 — foram encaminhados ao Arquivo Nacional aos poucos, antes da portaria. Estavam guardados sob sigilo absoluto no Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica, na Zona Oeste.
Ufólogo diz ter visto discos no Centro
Os ETs também estariam interessados nas maravilhas do Rio. Ufólogo amador, o sargento da Marinha José Cláudio Pinheiro Farias, 30 anos, captou em janeiro imagens que ele acredita serem de discos voadores riscando o céu do Centro da cidade. As fotos, feitas de uma corveta ancorada no Porto do Arsenal da Marinha, na Praça Mauá, eram dos prédios históricos, uma paixão do militar, mas acabaram revelando grandes objetos brancos e brilhantes em forma de círculos.
O ufólogo Marco Antônio Petit afirma que discos voadores podem ser vistos em qualquer lugar do planeta. No estado, a maior incidência se dá na Serra da Beleza, no Município de Valença, Sul Fluminense. Em mais de 20 anos de pesquisas na região, o ufólogo reuniu mais de 400 avistamentos de Ovnis. Em 2006, ele chegou a idealizar o Centro de Observação Ufológica e Espacial da Serra da Beleza, um complexo que consumiria R$ 6 milhões, mas o projeto acabou não saindo do papel.
Luzes que não aparecem no radar
Oficial experiente contou ontem a O DIA que a maioria dos relatos que serão colocados à disposição para consulta pública reúne dados da rotina operacional do controle de tráfego aéreo. São registros que resultam basicamente do avistamento de uma luz por algum piloto, que não aparece no radar da torre de comando. “O registro, na maioria das vezes, não considera se o objeto visto, se a luz vista, era ou não disco voador”, diz um controlador, que registrou nos últimos cinco anos, em formulário da Aeronáutica, dois casos afins.
Para o físico Henrique Oliveira, da Uerj, a liberação dos arquivos desmistifica a famosa e até hoje não comprovada Teoria da Conspiração. Segundo ufólogos, os governantes sempre esconderam do público as visitas que seres de outros planetas teriam feito à Terra para evitar histeria coletiva.
“É bom por causa disso, mas eu continuo sendo cético em relação aos Ovnis. Sim, pode existir vida alienígena, mas por que esses discos voadores só aparecem para um grupo muito seleto de pessoas, num espetáculo pirotécnico no céu? Não há lógica nessas visitas somente com o intuito de observação. Os astrônomos, que passam a vida inteira de olho no espaço, não relatam avistamento de Ovnis”.
Fonte: Celso Oliveira e Marco Aurélio Reis (O Dia Online) - Foto: Roberto Beck/Fernando Ramalho / Revista UFO
PIONEIRA
A SpaceShipOne foi a primeira nave tripulada privada a voar além de 100 quilômetros acima do nível do mar, linha considerada por convenção a fronteira entre a Terra e o espaço. Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft, pagou o desenvolvimento
No início do mês, a cantora americana Katy Perry comprou de presente de aniversário para seu noivo, o comediante inglês Russell Brand, uma viagem para o espaço. Perry pagou US$ 200 mil por uma passagem para um dos primeiros voos suborbitais turísticos da Virgin Galactic, no qual Brand não vai entrar em órbita, mas vai poder ver a curvatura da Terra e experimentar cinco minutos de ausência de gravidade. Ainda não há uma data para a realização do voo - as últimas especulações falam em segundo semestre de 2011 ou só em 2012 - e a empresa continua aceitando reservas.
A Virgin não é a única companhia privada que quer entrar na corrida espacial do século 21. Durante a década de 2000, vários empreendedores fundaram companhias com esse objetivo. Todos fizeram fortunas em outras indústrias, quase sempre com sites ou jogos de computador. Ricos e jovens - alguns ainda têm menos de 40 anos - decidiram gastar o dinheiro que ganharam com tecnologia para conquistar o espaço, ou pelo menos facilitar a ida para fora da nossa atmosfera - e é cada vez mais possível que eles consigam. Será a privatização o futuro da exploração espacial?
A ideia de turismo da Virgin Galactic - vendendo passagens para celebridades - é apenas a mais convencional das visões de futuro privado das viagens espaciais. Ela também tem o fundador mais tradicional: foi fundada em 2004 pelo magnata inglês Richard Branson, dono de um conglomerado - o Virgin Group - que se estende por dezenas de áreas diferentes, de lojas de departamento a operadoras de celular.
Viagens turísticas parecem de qualquer forma um jeito de lucrar com o espaço. A agência de viagens Space Adventures, que em parceria com o governo da Rússia colocou sete turistas em órbita entre 2001 e 2009 (por passagens entre US$ 20 milhões e US$ 35 milhões), pretende concorrer com a Virgin Galactic na área dos voos suborbitais, lançando um pacote semelhante por metade do valor da Virgin, US$ 100 mil. Para isso, a agência fez uma parceria com a Armadillo Aerospace, fundada em 2000 por John Carmack, criador dos jogos Doom e Quake, quando ele tinha apenas 30 anos.
Jeff Bezos, dono da Amazon, é outro empreendedor que investe a fortuna para desenvolver formas de chegar ao espaço: em 2000 ele fundou a Blue Origin, mas a existência da empresa só foi revelada em 2003, quando Bezos começou a comprar terrenos no Texas para construir um campo de testes. O principal veículo em desenvolvimento pela empresa, o New Shepard, também servirá para fazer voos comerciais suborbitais. Além disso, a Blue Origin recebeu US$ 3,7 milhões da Nasa, a agência espacial americana, para desenvolver tecnologias que possam ser usadas em futuros voos de humanos para o espaço.
CONQUISTA
O módulo Dragon tem janelas e design que lembra a exploração da década de 60: a SpaceX pretende enviar carga e astronautas para a ISS
Mais grandiosas são as ideias do americano Elon Musk, cofundador do site de pagamentos online PayPal, vendido para o eBay em 2002 por US$ 1,5 bilhão. No mesmo ano, Musk criou sua própria empresa espacial, a SpaceX. Em menos de uma década de existência, a SpaceX já chegou mais longe do que muitos países que possuem programas espaciais: colocou um satélite em órbita com seu primeiro foguete, o Falcon 1, em 2008, e, no começo de 2010, levou até o espaço o novo Falcon 9, muito maior que seu antecessor. “Quando entramos em órbita foi quando muitas pessoas pensaram: OK, isso é de verdade. Isso é algo que a Coreia do Sul tentou algumas vezes e falhou. O Brasil tentou três vezes e eles falharam”, afirmou Musk ao Observer no começo do mês.
A SpaceX agora está desenvolvendo uma cápsula espacial, a Dragon, que será colocado no Falcon 9 para levar carga até Estação Espacial Internacional (ISS) - e talvez, um dia, astronautas. A ideia não é abstrata: Musk já tem um acordo com a Nasa e vai receber US$ 1,6 bilhão para levar equipamentos até a ISS assim que a Dragon estiver pronta. E as cápsulas estão sendo construídas com janelas, o que é uma dica óbvia de que Musk pretende colocar pessoas dentro delas um dia. "Nosso sucesso é vital para o sucesso do programa espacial americano", afirmou Musk em março, antes de lançar com sucesso o Falcon 9. Musk acredita que a indústria espacial é dominada por órgãos governamentais ineficientes e que ir para o espaço pode ser feito de uma forma muita mais rápida e barata do que é feito hoje.
Se depender do presidente dos Estados Unidos, essa privatização da corrida espacial deve continuar. No começo de 2011, o governo americano vai aposentar seu último ônibus espacial, o Endeavour, e encerrar um programa que durou quase 30 anos. Barack Obama já afirmou que pretende transferir a responsabilidade de transportar equipamentos até a ISS para empresas privadas, como a SpaceX, que serão encorajadas a desenvolver novas formas de enviar pessoas para fora da nossa atmosfera. Segundo os planos do governo americano, a Nasa deve investir US$ 6 bilhões em companhias privadas nos próximos cinco anos.
As decisões de Obama foram muito criticadas por defensores do programa espacial do governo dos EUA, principalmente depois que o presidente cancelou o Constellation, que pretendia levar astronautas de volta para a Lua. O senador republicano Richard Shelby, por exemplo, acredita que as companhias privadas de viagens espaciais não têm a experiência necessária para levar carga até a ISS e que apostando nisso os EUA vão ficar sem nenhum meio de ir para o espaço.
Claro que os empreendedores que investem na área pensam o contrário. Eles querem diminuir os custos e tornar viagens espaciais populares. A obsessão de jovens ricos pelo espaço é uma boa notícia pelo menos para Stephen Hawking. O astrofísico disse nesta semana que a única hipótese para sobrevivência humana é a colonização do espaço nos próximos 100 anos. Se depender de Musk, que serviu de modelo para o Tony Stark de Robert Downey Jr. no filme Iron Man, isso pode acontecer bem antes: Musk já afirmou que quer ajudar a humanidade a se espalhar pelo universo e que ele, agora com 39 anos, pretende se aposentar em Marte.
Fonte: Renan Dissenha Fagundes (Revista Época)