quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Conheça os caças que o governo avalia comprar para a Aeronáutica

EUA, Suécia e França disputam concorrência do governo brasileiro.

FAB elabora documento com vantagens e desvantagens de cada um.


Boeing, EUA - Modelo F-18 Super Hornet II Geração está em combate há mais de 15 anos. Empresa oferece investir no Brasil a mesma soma em dólares que for paga pela aquisição dos caças.

Saab, Suécia - Empresa defende o caça Grippen como o mais barato na comparação com os concorrentes.

Dassault, França - O fabricante defende que, com o Rafale, o Brasil tem a garantia francesa de transferência de tecnologia num compromisso de longa duração.

Fonte: G1 (com informações do Jornal da Globo)

Brasil quer que EUA ofereçam garantias de transferência de tecnologia de caças

Assessor da Presidência diz que nota da embaixada dos EUA é genérica.

Ele ressaltou ainda que Brasil não fechou negociação com franceses.



O assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse nesta quarta-feira (9), que a nota da embaixada norte-americana informando que o Congresso dos Estados Unidos aprova a transferência de tecnologia dos caças F/A-18 Super Hornet ao Brasil num possível processo de compra dessas aeronaves é genérica. Segundo ele, é preciso que o governo norte-americano ofereça garantias adicionais desta condição.

Conheça os caças que o governo avalia comprar

“Se houver garantias efetivas, porque transferência de tecnologia é um termo geral, nós queremos saber se há garantias efetivas de transferência [para negociar]”, afirmou. Mais cedo, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu nota para informar que o Congresso norte-americano havia aprovado a transferência de tecnologia no negócio com o Brasil. A nota é um indicativo de que o governo norte-americano não acredita que a negociação entre Brasil e França para aquisição de 36 caças Rafale esteja fechada.

“A análise feita pelo Congresso dos EUA sobre a venda potencial do F/A-18 Super Hornet ao governo brasileiro foi concluída em 5 de setembro sem nenhuma objeção formal à venda proposta. Isso significa que a aprovação do Governo dos Estados Unidos para transferir ao Brasil as tecnologias avançadas associadas ao F/A-18 Super Hornet é definitiva. O governo aprovou também a montagem final do Super Hornet no Brasil”, diz um trecho da nota da embaixada.

Garcia disse ainda que nesse tipo de negociação é preciso levar em conta os antecedentes dos sócios e lembrou que os antecedentes dos franceses são melhores que dos norte-americanos.

“O ministro [Nelson] Jobim [Defesa] declarou no Senado numa audiência sobre os submarinos [franceses] que como advogado, eu também sou, mas já não advogo faz tempo e ele como brilhante advogado, trabalhava com os antecedentes e os antecedentes com outros parceiros não eram bons e com a Franca no caso dos submarinos e dos helicópteros é bom”, comentou.

Já em relação aos Estados Unidos, o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de lembrar do episódio da venda dos aviões Super Tucanos, produzidos na Embraer e que usam tecnologia norte-americana, para a Venezuela. Em 2006, o governo norte-americano tentou impedir a venda dessas aeronaves para os venezuelanos alegando que a tecnologia não podia ser estendida para outros países.

“Queremos saber se não vamos sofrer nenhum tipo de restrição como sofremos na venda dos Super Tucanos. Este antecedente não é bom e diplomatas americanos reconheceram inclusive que não foi um bom antecedente”, argumentou Garcia.

Negociações em andamento

Garcia disse também que o comunicado conjunto dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e da França, Nicolas Sarkozy, não significa que o Brasil já tomou uma decisão sobre a compra de caças. “Já está dito que não estamos fechados a conversar com ninguém. Nós estamos conversando com o governo francês e se houver outras propostas tão atraentes ou mais atraentes que do governo francês, nós vamos discutir”, comentou.

Segundo ele, não há divisão no governo sobre essa questão. “Então não vamos fazer nenhuma especulação. Não há ambigüidade, não há divisão no governo, o governo tem posição muito clara e fará o que é melhor para o país”, disse.

Fonte: Jeferson Ribeiro (G1)

Veja o histórico dos casos de sequestros de aviões no mundo

O sequestro, nesta quarta-feira, de um avião da Aeroméxico com mais de 100 pessoas a bordo, se junta às dezenas de ocorrências semelhantes registradas nos últimos anos. Abaixo, confira a lista dos casos de sequestro de aviões no mundo desde 2002.

Dia 09/09/09 - Sequestrado avião com pelo menos 104 pessoas a bordo. Ele partiu do balneário de Cancún e pousou na Cidade do México.

Dia 20/04/09 - Um homem que aparentava ser doente mental sequestrou durante oito horas um avião da companhia canadense CanJet Flight em um aeroporto da Jamaica.

Dia 15/10/08 - Passageiros evitaram o sequestro de um avião que voava de Antália, na Turquia, com destino a São Petersburgo, na Rússia. O sequestrador afirmava ter explosivo a bordo do Airbus A320 da Turkish Airlines.

Dia 26/08/08 - Dois homens sequestraram um Boeing 737 da companhia sudanesa Sun Air que fazia a rota Niyala e Cartum, no Sudão. O avião foi desviado para a Líbia por sequestradores, que acabaram se rendendo.

Dia 08/04/08 - Um avião da companhia Birman Bangladesh Airlines, que viajava de Dacca a Kuala Lumpur, fez um pouso de emergência no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia, por causa de uma tentativa de sequestro por um passageiro armado com uma faca. O homem foi preso.

Dia 18/08/07 - Um homem de nacionalidade egípcia-palestina e um estudante turco que disseram agir em nome da Al-Qaeda sequestraram durante cinco horas um avião da companhia turca Atlas Jet. O voo havia partido do Chipre com 136 passageiros. Os sequestradores se renderam em Natalia, na Turquia.

Dia 03/05/07 - O aeroporto de Havana é cenário de um tiroteio entre policiais e bandidos que tentaram sequestrar um avião da companhia argentina Hola Airlines que viajaria para os Estados Unidos.

Dia 10/04/07 - O sequestrador de um avião de passageiros da companhia turca Pegasus Airlines que voaria de Diyarbakir e Istambul se entrega às autoridades de Ancara, para onde foi desviado.

Dia 30/03/07 - Fracassa a tentativa de sequestrar um avião da Aerolinhas Sudanesas com 221 passageiros que decolou de Tripoli com direção a Cartum. O sequestrador, um sudanês armado com uma faca, pretendia desviar o voo para uma a República Centroafricana, mas foi rendido pela polícia ao aterrissar.

Dia 24/01/07 - Um avião da companhia sudanesa Air West com 116 pessoas a bordo foi sequestrado em Cartum por um homem armado. O voo foi desviado para o Chade, onde o sequestrador se entregou

Dia 03/10/06 - Um homem turco sequestrou um avião de uma companhia aérea turca que voltava de Tirana para Istambul com 113 passageiros a bordo e o desviou para a Itália, em protesto contra a visita do Papa à Turquia. O sequestrador se rendeu às autoridades italianas, para quem pediu asilo político.

Dia 12/09/05 - Um deficiente físico colombiano acompanhado de seu filho de 17 anos sequestrou um avião da companhia regional Aires, que cobria a rota Flores e Bogotá com 25 passageiros. Ele exigia uma indenização do Estado por sua invalidez.

Dia 28/08/04 - Avião russo com 86 passageiros caiu depois de ser sequestrado por terroritas de origem chechena.

Dia 29/06/04 - Um turco sequestrou um avião da companhia Free Bird Airlines que decolou de Munique com rumo a Istambul com 164 passageiros.

Dia 01/04/03 - Um bimotor da companhia Cubana Aviación com 46 pessoas a bordo foi sequestrado por um cubano, que desviou o voo para os Estados Unidos.

Dia 29/03/03 - Avião da Turkish Airways com 203 passageiros foi sequestrado por um jovem turco. Ele foi desviado para Atenas, onde o sequestrador foi detido e os passageiros, liberados.

Dia 20/03/03 - Avião DC-3 da companhia cubana Aerotaxi com 37 pessoas a bordo foi sequestrado por seis cubanos, que obrigaram o piloto a desviar o avião para Miami.

Dia 05/01/03 - Um alemão sequestrou um avião de pequeno porte e parou o tráfego aéreo de Frankfurt, na Alemanha.

Dia 27/11/02 - Um voo da Alitalia com 74 pessoas a bordo foi obrigado a aterrissar em Lion depois que um italiano disse fazer parte da rede terrorista Al-Qaeda.

Dia 20/02/02 - Quatro guerrilheiros das Farc obrigaram o piloto de um voo da companhia aérea Aires a pousar em uma estrada.

Fonte: Terra

Boeing 737 é sequestrado no México; passageiros são libertados

Boliviano sequestrou avião no México para cumprir 'missão divina', diz governo.

Homem de 44 anos afirmou ter se inspirado no dia 9/9/9, segundo ministro.

Sequestro de mais de 100 pessoas acabou sem feridos na capital.




O sequestrador de um Boeing 737 da Aeromexico nesta quarta-feira (9) no México é um boliviano que mora no México e afirmou estar cumprindo uma "missão divina", informou o secretário de Segurança Pública, Genaro Garcia Luna.

Segundo as autoridades, José Marc Flores Pereira, de 44 anos, disse à polícia que a data de hoje 9/9/9 (nove de setembro de 2009) é o número 666, considerado "o número da besta", invertido, e isso o teria inspirado a sequestrar o avião comercial, no caminho entre o balneário de Cancún e a Cidade do México.

O boliviano José Flores Pereira, acusado de sequestrar um avião de passageiros, é mostrado nesta quarta-feira (9) à imprensa na Cidade do México - Foto: AP

O ministro disse que Flores usou uma falsa bomba para sequestrar o avião. Ele disse que queria avisar ao presidente do México, Felipe Calderón, sobre um suposto terremoto que iria atingir o país.

Nove pessoas foram presas durante a ação policial que encerrou o sequestro, mas a polícia disse que havia apenas um sequestrador de fato. Os outros aparentam ser apenas passageiros comuns que foram confundidos com suspeitos.

O ministro do Transporte, Juan Molinar, confirmou que não havia bomba a bordo da aeronave e que todos os passageiros e tripulantes foram retirados em segurança.

Eles desceram do avião e embarcaram em ônibus, segundo imagens mostradas pela TV local, carregando a bagagem de mão e aparentando calma.

Logo que eles saíram, as forças de segurança mexicanas invadiram a aeronave e detiveram os suspeitos.

O governo considerou a situação "sob controle" e disse que os passageiros estavam em segurança.


Mapa mostra a rota do avião que foi sequestrado na Cidade do México - Infográfico: Terra

Ameaça de bomba

O avião, o Boeing 737-800, prefixo EI-DRA , havia sido sequestrado no balneário de Cancún, no Caribe, e obrigado a pousar na Cidade do México às 13h40 locais (15h40 de Brasília).

De acordo com a France Presse, o voo AM-576 vinha da Bolívia, com escala em Cancún e destino final na Cidade do México.

Havia 112 pessoas a bordo, sendo 104 passageiros e oito tripulantes, segundo autoridades norte-americanas. Os passageiros seriam mexicanos, americanos e franceses.

Inicialmente, pensava-se que havia entre 5 e 8 sequestradores.

Os relatos iniciais davam conta de que eles ameaçaram explodir a aeronave com uma suposta bomba. Segundo relatos, eles tinham o que afirmavam ser explosivos atados a cintos.

A imprensa relatou que os supostos sequestradores exigiam conversar com o presidente mexicano, Felipe Calderón.

Calderón deveria chegar às 14h25 locais ao hangar presidencial, no aeroporto, de onde partiria para Campeche, no início de uma série de viagens de trabalho. Segundo alguns jornais, o presidente já estava no aeroporto durante o incidente.

Imagens da TV local mostraram o avião parado no aeroporto, cujas atividades foram suspensas. Ele parou na cabeceira 23, em um lugar afastado do tráfego aéreo.

Os aviões que pousariam no terminal foram desviados para aeroportos alternativos, como Toluca.

Passageiros

A maioria dos passageiros não teve consciência do que estava acontecendo até que o avião se deslocou, já em terra, a uma área remota do aeroporto da capital mexicana, enquanto o piloto os avisava que havia um sequestro em curso.

Marco Ramírez, um dos passageiros, disse à rede de televisão "Televisa" que, quando a aeronave pousou, a tripulação informou que havia uma "situação de negociação que escapava do alcance da companhia aérea" e pediu que crianças e mulheres fossem para o fundo do aparelho.

"Nos falavam pelo rádio que o avião tinha sido tomado por uma pessoa", disse, por sua parte, outro dos ocupantes do voo, identificado como Rodrigo Padilla.

Adriana Romero, uma das primeiras passageiras a sair, explicou que os passageiros só entenderam o que acontecia quando o avião foi cercado por vários veículos das forças de segurança mexicanas, com soldados que entraram no aparelho e começaram a tirá-los.

Romero e outros passageiros contaram que um dos sequestradores foi identificado como "um fanático boliviano" que carregava uma Bíblia.

Segundo as imagens mostradas pela "Televisa", vários militares entraram na aeronave depois que um grupo de pessoas saiu de dentro do avião e, minutos mais tarde, oito homens algemados foram retirados.

Padilla relatou que, na sala de embarque do avião em Cancún, viu vários homens aparentando nervosismo e que não paravam de se movimentar.

Já em voo, um deles se levantou várias vezes para tirar coisas dos armários superiores destinados à bagagem de mão.

"Foram momentos muito difíceis, de muito susto", disse Rocío García, outra passageira.

García também fez referência a um homem como possível sequestrador ou líder do sequestro. "Era uma pessoa de corpo robusto, morena, bem vestida."

Veja fotos do sequestro

O voo tinha procedência de Cancún - Foto: AP

Policiais e equipes de resgate acompanham o seqüestro do avião - Foto: Reuters

Imagem de TV mostra passageiros saindo do avião - Foto: AP

Os passageiros receberam atendimento médico, segundo o Terra México - Foto: AP

Policiais entram no avião da Aeroméxico - Foto: AP

Sequestradores do avião da Aeroméxico são escoltados algemados por policiais para fora da aeronave - Foto: AP

Os sequestradores, de origem boliviana, exigiam um encontro com o presidente mexicano Felipe Calderón - Foto: AP

Suspeito do sequestro é preso - Foto: AFP

Passageiros e tripulação ficaram como reféns por cerca de uma hora - Foto: AFP

Fontes: G1 / Terra / Aviation Herald

Jobim diz a deputados que compra de caças da França não está fechada

Ministro da Defesa se reuniu com líderes partidários nesta terça.

Segundo parlamentares, discussões com Suécia e EUA continuam.


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta terça-feira (8) a líderes partidários na Câmara que o governo ainda não se decidiu se realmente vai comprar caças franceses para reforçar as Forças Armadas brasileiras. Jobim participou de uma reunião e um almoço com líderes partidários da Câmara. Nessa segunda-feira (7), os governos de Brasil e França fizeram um comunicado anunciando a abertura de negociações.

De acordo com o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), a presença do presidente francês Nicolas Sarkozy no desfile militar de 7 de setembro pode ter pesado para o anúncio feito pelo Brasil. Segundo o deputado, Jobim disse aos deputados que as negociações para a compra de caças continuam também com Suécia e Estados Unidos.

“Segundo as palavras dele (Jobim), está tudo em aberto. A presença do presidente francês produziu este fato de abrir as negociações, mas a questão da transferência de tecnologia é que vai pesar muito na decisão final”, afirmou o líder do PSB.

A afirmação foi repetida pelo líder do PSC, Hugo Leal (RJ). “O que foi dito é que acordo só terá com transferência de tecnologia. Isso tudo ainda está em debate”.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), acredita que a exigência de uma ampla transferência de tecnologia praticamente elimina os Estados Unidos da disputa. “A situação com os americanos está praticamente descartada porque foram impedidas vendas para outros países. Mas continua com a Suécia e parece ser um negócio mais fechado com os franceses”.

Valente destacou que o tema ainda está longe de poder ser fechado, visto que após a decisão oficial o acordo terá de ser ratificado pelo Congresso. “Tudo precisa passar por negociações ainda, incluindo o Congresso. Precisa estar tudo escrito”.

Negociações

Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto na segunda-feira (7), anunciando a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Os dois também assinaram acordos para o desenvolvimento compartilhado de submarinos e helicópteros.

O comunicado diz ainda que o presidente francês manifestou a intenção de seu país de adquirir 10 unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390, que será produzida pela Embraer. Os franceses também pretendem contribuir com o desenvolvimento do programa desta aeronave.

Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.

Plano de Defesa

Jobim apresentou aos líderes um plano de defesa nacional para os próximos 20 anos. Segundo os deputados, dentro de 10 dias deve ser enviado ao Congresso um projeto alterando a estrutura do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.

Segundo Rollemberg, o projeto, entre outras ações, visa dar mais poder de “polícia” às Forças Armadas. “O Exército só tem esse poder em fronteira e se quer ampliar. A Marinha não tem e a Força Aérea quando detecta uma ação ilegal faz o avião descer mas não pode prender ninguém”.

Além disso, a proposta deve criar um novo organograma no caso de um futuro envolvimento do Brasil em um conflito militar. A intenção é criar um estado maior para comandar as três Forças Armadas em caso de combate. Segundo o líder do PSB, a proposta quer dar mais força à visão civil na defesa do Brasil.

Fonte: Eduardo Bresciani (G1)

Campanha polêmica com base nos atentados de 11/9

Faltam poucos dias para completar oito anos dos atentados que pararam o mundo no dia 11 de setembro. As imagens de dois aviões invadindo as torres gêmeas do World Trade Center, em Manhattan, Nova York, ficarão marcadas por muito tempo na mente não só de americanos.

Na ocasião, um outro avião, o American Airlines Flight 77, colidiu contra o Pentágono. Houve um quarto avião, o United Airlines Flight 93 - virou filme -, seus destroços foram encontrados próximos de Shanksville, Pensilvânia. Os atentados de 11 de setembro causaram a morte de quase 3 mil pessoas.

Para lembrar a data, a agência DDB Brasil criou uma peça (imagem acima) polêmica para o WWF Brasil. A campanha faz um elo entre os atentados e os problemas ambientais com a seguinte afirmação: "O Tsunami matou 100 vezes mais pessoas do que o 11 de Setembro de 2001. O planeta é extremamente poderoso. Respeite-o. Preserve-o.

"O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira, criado em 1996, com sede em Brasília, integra a Rede WWF e se dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

Campanha "nunca foi aprovada" (dizem) - Foto: DDB Brasil

Em 1961, quando foi fundado, a sigla WWF significava "World Wildlife Fund", o que foi traduzido como "Fundo Mundial da Natureza", em português. No entanto, com o crescimento da organização ao redor do planeta nas décadas seguintes, a atuação da instituição mudou de foco e as letras passaram a simbolizar o trabalho de conservação da organização de maneira mais ampla. Com isso, a sigla ganhou sua segunda tradução: "World Wide Fund For Nature" ou "Fundo Mundial para a Natureza".

Atualmente, porém, a sigla WWF tornou-se tão forte internacionalmente que, para evitar confusão ou mensagens equivocadas, não se faz mais tradução para qualquer significado literal. Ou seja, agora a organização é conhecida simplesmente como WWF, uma organização de conservação global. A única exceção é a América do Norte, onde o antigo nome de "Fundo Mundial para a Natureza" continua a ser usado. A Rede WWF é a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Para refrescar sua memória, a WWF Brasil foi responsável pela campanha a Hora do Planeta.

UPDATE [via Brainstorm9]: A WWF condenou a peça e disse que jamais viu e aprovou a criação. A DM9 distribuiu nota declarando que "O anúncio Tsunami para a WWF Brasil foi criado em dezembro de 2008. A agência se desculpa a todos que foram afetados ou ofendidos com o anúncio. Este anúncio nunca deveria ter sido feito e não retrata a filosofia desta agência. Os responsáveis pelo anúncio já não trabalham mais na agência".

Fonte: http://www.nossanoite.com.br/divadomasini via BrasilWiki!

Queda de helicóptero no Cazaquistão deixa 10 mortos

Dez guardas de fronteira morreram e três ficaram feridos nesta terça-feira (8) quando o helicóptero de patrulha cazaque Mil Mi-8 caiu ao perseguir suspeitos armados perto da fronteira usbeque, disseram as autoridades.

O Serviço de Segurança do Cazaquistão (KNB), que é responsável pelos guardas de fronteira no ex-Estado soviético, não deu detalhes sobre a causa do acidente em uma remota região montanhosa localizada ao sul do país.

"Os destroços queimados do helicóptero foram encontrados. A área ao redor de onde o helicóptero caiu foi totalmente pesquisada e não foram encontrados outros sobreviventes", informou a KNB em um comunicado citado pela agência Interfax.

Entre os mortos estão um coronel, dois majores, dois capitães e cinco recrutas. A nota divulgada pela KNB informa ainda que os três feridos foram levados para o hospital em Shymkent, a principal cidade da região sul do Cazaquistão.

Não foram revelados mais detalhes sobre a condição dos sobreviventes ou a causa do acidente.

As tropas se dirigiam para a fronteira com o vizinho Uzbequistão, após o Cazaquistão receber informações sobre a ação de um grupo armado ilegal na área, quando o helicóptero caiu.

"Recebemos informações do serviço de fronteira do Uzbequistão ... que seis homens armados haviam planejado atravessar ilegalmente a fronteira cazaque/usbeque", disse um oficial da KNB à AFP sob condição de anonimato.

A comunicação com o helicóptero foi perdida às 10:30 am (0430 GMT), uma vez que estava voando através de uma região montanhosa isolada, pouco antes de os funcionários do serviço florestal na Garganta Ugamsk relatarem ter visto o acidente.

Funcionários da KNB e do Ministério das Situações de Emergência se recusaram a comentar sobre a causa do acidente.

O Uzbequistão unilateralmente construir defesas em sua fronteira com o vizinho Quirguistão nos últimos meses, em meio a tensões crescentes na região volátil e uma série de incidentes fronteiriços envolvendo supostos militantes.

Diplomatas e analistas alertaram que a instabilidade crescente na região representa uma ameaça à segurança global e poderia ter um impacto negativo sobre as operações da coalizão no vizinho Afeganistão.

Tanto o Cazaquistão quanto o Uzbequistão ofereceram seu território para o trânsito de carga não militar destinadas à utilização pela coalizão liderada pelos EUA na luta contra os Talibãs e seus aliados no seu vizinho do sul.

Acidentes aéreos na região são comuns devido o envelhecimento das frotas civis da União Soviética, tendo mais de três dezenas de companhias aéreas que realizam voos regionais de operar na União Europeia.

Fontes: AFP / channelnewsasia.com - Tradução: Jorge Tadeu

Transferência de tecnologia pesa no mega-acordo militar

Decisão de comprar caças, helicópteros e submarinos franceses envolve transferência de tecnologia e promessa de aquisição de aeronave de carga produzida pela Embraer

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Além de reforçar a posição da Embraer no setor aeronáutico mundial, o acordo do governo brasileiro com o francês pode abrir portas para a venda da aeronave KC-390 a outros países, na avaliação de especialistas do setor. Para eles, a possibilidade de a França participar do desenvolvimento e comprar um lote do cargueiro abre caminho a pedidos de outros países. O plano de desenvolvimento tecnológico deste avião será de propriedade do Brasil e custará à Força Aérea Brasileira (FAB) US$ 1,3 bilhão.

Na avaliação do pesquisador do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de Economia da Unicamp, Marcos Barbieri, a intenção da França de comprar dez unidades do cargueiro facilita o acerto de parcerias com empresas francesas no projeto do KC-390. Outros países começam a sinalizar interesse em participar do projeto em execução pela Embraer, como os Estados Unidos.

Embora tenha destacado que o interesse da França em comprar os KC-390 dá mais credibilidade ao projeto, o professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício do Espírito Santo Junior, ressalvou que a decisão é política, uma “espécie de troca de gentilezas”, e poderá gerar protestos no futuro. É que a fabricante europeia EADS, controladora da Airbus, trabalha em um projeto bastante parecido com o da brasileira no momento.

A intenção de compra do KC-390 contou pontos a favor da França, mas o que norteou as negociações do governo brasileiro foi a transferência de tecnologia ao Brasil. O processo beneficiará toda a indústria aeronáutica brasileira. Analistas consideram que o Brasil poderá aprimorar um ponto que lhe é particularmente crítico: o de sistemas eletrônicos, principalmente aqueles que integram o funcionamento de armas e mecanismos que permitem ao piloto fazer curvas súbitas e manobras ainda mais arrojadas.

Ao deter o conhecimento para desenvolver partes complexas de um supersônico, o Brasil ganha flexibilidade, pois terá autonomia tecnológica em assuntos estratégicos e condições de manter sua frota atualizada. É de se esperar que o conhecimento técnico repercuta não só na indústria militar, mas também na civil, principal nicho da Embraer. A transferência tecnológica deve durar de um a três anos.

Fonte: Michelly Teixeira e Bethy Moreira (O Diário Maringa) - Infografia: O Diário