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O C-130E 2430 da FAB, similar ao envolvido no acidente
O avião militar Lockheed C-130E Hercules, número de cauda 2450, da Força Aérea Brasileira (FAB) (foto acima), que vinha de Londres, na Inglaterra, rumo a Guanabara, com sete tripulantes a bordo, fez uma escala no Recife, em Pernambuco, onde pernoitou.
Na manhã seguinte, dia 21 de dezembro de 1969, logo após a decolagem, um de seus motores da asa direita começou a pegar fogo. A tripulação entrou em contato com a torre de controle no Recife, em Pernambuco, e avisou que tentaria uma aterrissagem forçada, mas a partir de então, começou a perder altitude.
O avião sobrevoou a Cidade Universitária e, ao que tudo indica, o piloto procurou por uma estrada sem movimento para aterrissar, mas como havia muitos automóveis, ele preferiu tentar alcançar novamente o Aeroporto de Guararapes.
Pouco tempo depois, às 6h45min, o FAB2450 mergulhou sobre uma olaria no bairro de Apipucos, perto do Zoológico Dois Irmãos, e explodiu imediatamente. Os bombeiros chegaram ao local 15 minutos depois da queda, mas nada puderam fazer para salvar os tripulantes ou o aparelho, que, exceto a cauda, ficou todo destruído.
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Todos os ocupantes morreram. Era eles os pilotos, Capitão Nei Custódio Adriano e José da Silva; os tripulantes suboficial Luis Pereira da Fonseca, soboficial Milton Pinto da Rocha, 1º sargento Edmundo Silva e 2º sargento Osvaldo Pereira Davi.
Veterano avião de instrução da FAB recebeu diversas melhorias, ampliando vida útil e redução de custos operacionais.
O primeiro T-25 Neiva modernizado da FAB agora conta com equipamentos de última geração
para garantir a formação das próximas turmas de aviadores (Foto: Sargento Müller Marin/FAB)
A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu nesta quinta-feira (05/12), a primeira unidade do protótipo modernizado da aeronave T-25 Universal.
O projeto foi conduzido e apresentado no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), em Minas Gerais, sob supervisão da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIMAB), em parceria com o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV).
Diante do protótipo T-25M FAB 1880, o voo inaugural com o modelo modernizado foi conduzido pelo Major Aviador Peixoto, do IPEV, e pelo Comandante do Segundo Esquadrão de Instrução Aérea da AFA, Major Aviador Fernandes, com passagens aéreas sobre o local da solenidade antes de retornar ao solo.
O pacote de modernização conta com melhorias estruturais, novos aviônicos e componentes eletrônicos de última geração e a renovação total das cablagens. A modernização do T-25 Universal proporcionará à FAB uma aeronave de treinamento atualizada e capaz de contribuir para a formação das próximas turmas de aviadores, especialmente na Academia da Força Aérea (AFA).
Modernização trouxe pata o T-25 novos padrões tecnológicos mais avançados (Foto: Sargento Müller Marin/CECOMSAER)
Presente na FAB por mais de 50 anos, o T-25 Neiva é uma aeronave utilizada para a formação de novos pilotos. Este é o primeiro modelo que os cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) operam, auxiliando-os na aprendizagem dos princípios básicos de voo.
Por ser um avião de fácil manuseio, robusto e apto a realizar manobras acrobáticas, o T-25 é ideal para ensinar as competências essenciais que os pilotos militares necessitam. Após dominarem o T-25, os alunos avançam para modelos mais sofisticados, como o Embraer T-27 Tucano e o A-29 Super Tucano.
Na AFA, a formação dos Oficiais Aviadores e Intendentes ocorre em quatro anos de instruções teóricas e práticas. No caso dos aviadores, a instrução em voo começa no T-25 no segundo ano, sendo finalizada no T-27 Tucano no último ano.
Assentos vagos em aeronaves da FAB podem ser ocupados por cidadãos civis; transporte gratuito deve ser agendado com antecedência.
Não é preciso ser militar ou membro do alto escalão político para viajar em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Qualquer cidadão pode embarcar em aeronaves de transporte da FAB e ir para diversas localidades do Brasil. O serviço é gratuito e ilimitado, mas a experiência é bem diferente de um voo comercial.
Viagens de civis em aeronaves da força aérea são coordenadas pelo Correio Aéreo Nacional (CAN), subordinado ao Comando-Geral de Apoio da FAB. O interessado no voo deve entrar em contato com um posto do CAN (veja aqui os contatos) e preencher uma ficha de cadastro informando o destino para o qual pretende viajar.
Cargueiro C-130 Hercules
O passageiro, entretanto, não escolhe o dia ou horário da viagem no avião da FAB, pois os voos não são regulares como os de uma companhia aérea. Em vez disso, a pessoa seleciona um intervalo de 15 dias. Se nesse espaço de tempo surgir uma vaga na aeronave que vai para o destino informado na ficha de inscrição, o cidadão é chamado para o voo.
A FAB informa que o transporte de civis acontece “em aproveitamento de alguma missão previamente planejada” e que “o embarque de passageiros não representa custo algum”.
Jato C-99 Condor
Ou seja, é uma aeronave que invariavelmente precisa realizar um voo (ou missão, no jargão da aviação) pelo território nacional e se houver espaço extra na cabine, é permitido a entrada de passageiros.
O passageiro pode viajar em aviões como o C-95 Bandeirante, C-98 Caravan, C-99 Condor e até nos cargueiros C-130 Hercules e KC-390 Millennium.
C-95 Bandeirante da FAB
A prioridade de embarque nos voos do CAN, pela ordem, é para oficiais da Aeronáutica, Marinha, Exército, familiares de oficiais e, por fim, os civis inscritos no programa.
Quem viaja por essa modalidade também precisa ficar atento à quantidade de bagagem que leva no voo. Se não houver espaço no avião para o passageiro que leva muitos itens, embarca quem traz menos bagagens.
Cargueiro KC-390 Millennium
Também vale ressaltar que as aeronaves não têm serviço de bordo para os passageiros, e alguns aviões de transporte militar, como os turboélices C-95 e o C-98, não possuem banheiros.
Voos exclusivos para autoridades
As missões operadas pelo Correio Aéreo Nacional transportam essencialmente militares e os civis inscritos no programa. Membros do escalão político nacional, por outro lado, podem solicitar voos exclusivos do Grupo de Transporte Especial (GTE).
Nesse caso, o transporte aéreo pode ser solicitado pelo presidente da República, vice-presidente, ministros de estado, comandantes das forças armadas e os presidentes do Senado Federal, Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.
Monomotor C-98 Caravan
O Grupo de Transporte Especial é o esquadrão da FAB que opera o avião presidencial brasileiro, o FAB VC-1A “Santos Dumont” (designação nacional do jato executivo Airbus A319CJ), entre outras aeronaves oficiais de acesso restrito.
A aeronave da FAB precisou queimar combustível para diminuir o peso e conseguir aterrissar; presidente embarcou em avião reserva para Brasília.
Reprodução de site de monitoramento de aeronaves mostra trajeto em círculos perto do aerporto da Cidade do México (Imagem: Reprodução/FlightAware)
O avião Airbus A319CJ (VC1A), da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pousou no México, no mesmo lugar de onde saiu, após mais de quatro horas sobrevoando o país. A aeronave, que saiu às 14h19 (horário local) do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles da Cidade do México, apresentou problema técnico após a decolagem.
Até o pouso, que ocorreu às 19h17 (no horário local), o avião estava “andando em círculos” sobre o país. O procedimento foi adotado para que a aeronave pudesse queimar combustível e, desta forma, diminuir o peso para possibilitar a aterrissagem. Em nota enviada ao Correio, a FAB comunicou que, após o desembarque, Lula deve pegar outro avião presidencial e retornar para Brasília.
O perfil oficial do governo do Brasil publicou um vídeo de Lula desembarcando no México. "Presidente Lula e comitiva pousam em segurança no Aeroporto Internacional Benito Juárez, na Cidade do México, após problema técnico na aeronave", informou a publicação. Confira o vídeo:
Lula esteve no país para prestigiar a posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, primeira mulher a chefiar o país. Nas viagens internacionais, o avião presidencial costuma ser acompanhado por, pelo menos, um avião de reserva, além de aviões de apoio e os que levam ministros e servidores do governo.
A tripulação e os passageiros – incluindo Lula e a primeira-dama, Janja – foram transferidos para um avião "reserva", também da Força Aérea Brasileira, usado pelo chamado "Escalão Avançado" (Escav) que organiza as viagens presidenciais.
O segundo avião decolou pouco após as 23h30 (horário de Brasília), com previsão de uma escala no Panamá e de dez horas de viagem até Brasília.
Voo de Lula pousa em Brasília quase 17 horas após problema em avião presidencial no México
O voo de retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil, após viagem à Cidade do México, pousou em Brasília às 10h12 desta quarta-feira (2).
Avião presidencial pousa em Brasília com Lula e comitiva (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ao todo, foram quase 17 horas desde a primeira decolagem do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, na Cidade do México, às 17h30 de terça (2) no horário de Brasília. Bem mais que as 13 horas previstas em um voo comercial com escalas, ou as 10 horas em um voo executivo como esse.
Piloto da Força Aérea Brasileira em caça A-29 Super Tucano durante treinamento de interceptação contra tráfico de drogas realizado com Peru e Colômbia na região amazônica (Foto: Sargento Johnson Barros - 21.jun.17/Divulgação Força Aérea Brasileira)
Aviões e helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) interceptaram, de janeiro de 2019 até o último dia 3 de julho, 4.020 aeronaves sem autorização para voar no espaço aéreo brasileiro ou que pudessem significar alguma ameaça à segurança pública.
Em 90 dessas operações houve a necessidade de disparos para que o piloto advertido pousasse ou mudasse sua rota para uma indicada.
Números obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Comando da Aeronáutica mostram que, somente neste ano, 207 aeronaves foram interceptadas no país até 3 de julho, —ou seja, quase uma por dia.
Esses aviões suspeitos são na sua maioria usados para tráfico de drogas ou que voam em áreas proibidas, como a Terra Indígena Yanomami, que teve seu espaço aéreo fechado no ano passado, entre outros, por causa de ações contra o garimpo ilegal.
Nessa conta não entra um avião modelo Cessna 172, identificado na fronteira com o Peru no último dia 28 de julho. Houve disparo de alerta, e a aeronave acabou queimada pelos próprios ocupantes, que fugiram após pouso de emergência no município de Barcelos (AM). Junto aos destroços, policiais federais encontraram 95 quilos de pasta base de cocaína e clorídrico de cocaína.
O número até 3 de julho é menor que o dos anos anteriores. No mesmo período do ano passado, por exemplo, 232 aeronaves entraram para as as estatísticas dessas ocorrências aéreas no Brasil.
Nesses cinco anos e meio desde 2019, o ano de 2021 foi o que registrou a maior quantidade de ações: 1.147 entre janeiro e dezembro.
Apenas no ano de 2023, mais de 30 casos foram relatados por pilotos à FAB, segundo documentos revelados pelo Arquivo Nacional.
Ovni avistado em São Sebastião (SP) em 1956 (Foto: Arquivo Nacional)
A presença de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) já foi relatada diversas vezes por profissionais que atuam no espaço aéreo brasileiro. Os dados são compilados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Somente em 2023, cerca de 30 notificações foram realizadas.
Recentemente, o Arquivo Nacional divulgou novos relatos feitos por pilotos brasileiros aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) a respeito de avistamento de OVNIs. Embora os casos sejam catalogados, a FAB “não realiza estudos e análises acerca do tema”, diz comunicado da instituição.
Mas, afinal, qual é o procedimento que deve ser adotado por profissionais que atuam em aeronaves? A CNN conversou com especialistas e entidades do setor aéreo. Saiba abaixo quais são os procedimentos que devem ser adotados.
Regras estabelecidas pela FAB
De acordo com a FAB, cabe ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) ser o responsável por reportar ao Arquivo Nacional, qualquer avistamento de OVINIs. A partir disso, “o Comando da Aeronáutica recebe, registra, cataloga e encaminha as ocorrências para aquele órgão, onde serão disponibilizadas para consulta” diz a instituição.
A regra é estabelecida pela Portaria do Comando da Aeronáutica nº 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, que trata sobre o envio dos relatos de fenômenos aéreos. Os relatos são feitos em formulário próprio por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo e encaminhados ao Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC), que notifica o Arquivo Nacional.
Procedimentos padrão
O especialista em segurança de voo, Maurício Pontes, afirma que não há procedimentos padrão da aviação civil para lidar com objetos voadores não identificados.
“Existe um sistema de reportes mandatórios sobre possíveis ameaças ao tráfego aéreo, como pássaros, balões, etc.”, diz Pontes, que é porta-voz da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (AOPA Brasil).
Ele explica que não existe previsão de comunicação. Se um aviador julgar algo que chame sua atenção a ponto de comunicar a um órgão de controle, ele descreverá.
“Isso se aplica a qualquer coisa, como um acidente que presencie em voo, por exemplo. Não existe nada relacionado especificamente para fenômenos não identificados”, completa Pontes.
Para Enio Beal Júnior, que atua como piloto há quase 40 anos, essa comunicação é feita pelas mesmas razões daquelas usadas para interceptação de aeronaves “convencionais”.
“Sempre que houver uma aeronave ou objeto que o piloto considere próximo ou em trajetória que possa se tornar conflitante, ele deve questionar os órgãos de controle”, revela Beal.
Os pilotos não são treinados para lidar com esse tipo de situação. O piloto explica que atuando por mais de 20 anos na FAB, nunca soube de um procedimento específico.
“Fui piloto de Caça, tendo voado por 11 anos nessa aviação que tem registros de tentativas de interceptação de OVNI. Não havia nenhum treinamento específico para esses objetos”, pontua Beal.
O piloto diz que o avistamento de OVNIs, por si só, não representa problemas de segurança aos pilotos. Ele comenta a possibilidade de forma cômica, revelando que nunca viu tais objetos.
“Nunca vi, em quase 40 anos de profissão (…) O pior que poderia ocorrer é o piloto se distrair. Ou então se um “marciano kamikaze” resolvesse jogar sua nave para cima de algum avião, o que, até onde sei, nunca ocorreu”, analisa Enio.
Para o porta-voz da AOPA Brasil, os treinamentos dos pilotos devem focar outras questões.
“Há coisas muito mais importantes para ocupar a grade de treinamento extenso na aviação”, complementa Pontes.
Registro de ocorrências
Eles explicam que não existe nenhuma documentação específica para relatar um encontro com um OVNI, não havendo um “padrão” adotado por pilotos, e que toda documentação depende do fenômeno encontrado.
“Em princípio não há como discriminar um protocolo para um evento tão raro”, disse Pontes.
Para o ex-piloto da FAB, o principal desafio ao relatar a presença de um OVNI é descrever com clareza a posição, velocidade, direção de movimento etc. Por se tratar de objetos não-convencionais, seria mais difícil do que se tratando de um avião, por exemplo.
“No caso de aviões, uma interceptação permite que se diga até a matrícula, pois o caçador se posiciona embaixo da aeronave interceptada. Pode dizer também rota, altitude, velocidade etc, coisas impossíveis no caso de OVNI”, disse o piloto que, atualmente, atende voos executivos.
Em nota, a FAB informa que “todos os documentos, vídeos, fotografias, relatos, entre outros, disponíveis, no âmbito do Comando da Aeronáutica, sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público”.
Assunto não merece aprofundamento, diz especialista
Para o especialista Mauricio Pontes, o fato da FAB não promover estudos sobre o assunto, não torna o assunto mais importante, não havendo necessidade de maiores evoluções.
”A questão é: precisamos deste aprofundamento? Normalmente esses fenômenos são avaliados quando realmente parecem ter alguma legitimidade”, diz Pontes.
Para o ex-piloto da FAB, na reserva desde 2013, não há nenhuma estigma ou tabu entre os profissionais do setor.
“Parece-me que é mais uma aura de mistério que criam em torno do assunto, do que qualquer outra coisa. Não existe, nem mesmo no meio militar, qualquer proibição de se falar sobre o tema”, relata Enio.
Novos reportes foram feitos à FAB e disponibilizados pelo Arquivo Nacional.
O Arquivo Nacional divulgou novos relatos feitos por pilotos brasileiros aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) a respeito de avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Somente no ano passado, cerca de 30 reportes foram feitos ao órgão, que é vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).
Em um dos relatos, protocolado no dia 7 de fevereiro do ano passado, o piloto de uma aeronave diz ter visto, por volta das 3h, uma luz nas cores vermelho e verde em formato circular do tamanho de uma “uma bola pequena a grande (variando)“. Ele indicou que o objeto voava “dez vezes mais rápido que um avião comercial“. O avistamento ocorreu em Navegantes, no litoral de Santa Catarina.
Registro feito no dia 21 de janeiro de 2023
Registro feito em Porto Alegre no dia 6 de fevereiro de 2023
Registro feito em Navegantes (SC) em fevereiro de 2023
Registro feito por piloto da Latam perto de Porto Alegre em fevereiro de 2023
Piloto da Latam relatou avistamento de OVNI em abril de 2023
Relato feito por piloto da Azul em Minas Gerais em maio de 2023
“O piloto relatou que esta ocorrência assemelha-se a outros episódios ocorridos em outubro de 2022 no mesmo setor e já reportados”, diz o documento.
No dia 20 de abril, um piloto comunicou ter visto um OVNI parado, por volta das 21h30, quando já se aproximava para pouso no aeroporto de Porto Alegre (RS). Segundo informou, o objeto também aumentava e diminuía e apresentava cor branca/alaranjada.
“Nesta semana, o observador relata ser o quarto dia que observa tal objeto”, diz o registro do Cindacta.
Outro profissional da aviação, que fazia um voo em direção a Santa Catarina, relatou que, por volta das 2h do dia 21 de janeiro, quando sobrevoava a cidade paulista de Ilha Comprida, visualizou de quatro a cinco objetos com luzes brancas intermitentes e a longa distância. A velocidade, segundo ele, era “muito rápida”: “No mínimo 8 mach [oito vezes a velocidade do som]“.
Os objetos, conforme reportado, faziam movimentos circulares “por vezes formando um círculo, aproximando e distanciando um do outro“.
“O espanto foi em decorrência de as luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido”, afirmou.
Em 5 de fevereiro, um piloto de companhia aérea que fazia um voo entre Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre relatou que, na aproximação ao aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, viu de cinco a seis objetos cujos tamanhos, nas palavras dele, se aproximavam a faróis de aeródromos.
Ele relatou que o jato voava a cerca de 38 mil pés de altitude (cerca de 11,6 mil metros) e que os OVNIs voavam “um palmo e meio acima” da aeronave a “três ou quatro vezes a velocidade do som”.
Em abril, outro piloto de linha aérea que fazia a rota Brasília/Marabá (PA) disse que, perto da meia-noite, viu uma “luz amarela esbranquiçada, como se fosse um farol de pouso de avião, girando no sentido anti-horário”. O objeto “estava acima do seu nível de voo” –a 34 mil pés.
“O observador conduzia a aeronave na rota Sinop [MT]-Campinas [SP], FL 390 [a 39 mil pés] quando avistou o OVNI no seu horizonte, 20º acima. Segundo o observador, muito acima do FL 400 [nível de 40 mil pés]. O objeto realizava movimentos circulares, tinha forma semelhante a uma estrela ou um farol, emitia luz branca e por vezes tinha cor de uma sombra avermelhada”, diz outro relato.
Piloto relatou ter visto OVNI no Mato Grosso em junho de 2023
Registro de avistamento de OVNI feito por piloto da Latam em julho de 2023
Piloto da Azul relatou avistamento de OVNI em agosto de 2023
Registro feito em agosto de 2023 em Belém (PA)
Relato feito pela tripulação de voo da Azul em outubro de 2023
Piloto que ia do Panamá a Guarulhos relatou ter visto OVNI em novembro de 2023
Um piloto que sobrevoava a cidade de Belém (PA) por volta das 6h40 do dia 23 de agosto disse que viu dois objetos estranhos em formato de uma estrela. Ao fazer o registro, disse que tentou filmar a situação, mas que o objeto não apareceu nos vídeos ou nas fotos.
A FAB informa que “todos os documentos, vídeos, fotografias, relatos, entre outros, disponíveis, no âmbito do Comando da Aeronáutica, sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público”.
“Em complemento, o Comando da Aeronáutica informa que não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional”, diz a FAB.
A CNN procurou a Latam e a Azul, já que os pilotos de linhas aéreas que fizeram reportes ao Cindacta são dessas companhias.
A Azul disse que seus tripulantes “seguem os mais rigorosos protocolos de segurança” e que “qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo e segue para investigação das autoridades competentes”.
Em nota, a Latam informou que “seus tripulantes são treinados e orientados a reportarem qualquer eventualidade de forma imediata ao controle de tráfego aéreo para as devidas orientações”. A companhia disse também que “segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo aos regulamentos das autoridades nacionais e internacionais”.
Segundo o Arquivo Nacional, o primeiro registro oficial de avistamento de OVNI no Brasil é de 1952.
Primeiro OVNI registrado no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1952
A primeira documentação da aparição de um OVNI no Brasil aconteceu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e foi registrada com nove imagens fotográficas.
Registro de avistamento de OVNI reportado à FAB
A busca ao sistema virtual do Arquivo Nacional revela que quase 1.000 registros relacionados a OVNIs já foram feitos no Brasil. Isso não quer dizer que todos os casos sejam referentes a extraterrestres, podendo se tratar de drone, estrela, satélite, balão meteorológico ou fenômeno natural.
Qualquer pessoa pode pegar carona em missões planejadas da Força Aérea, a depender da disponibilidade de vagas; não há limite de idade nem custo.
Avião da FAB: cidadãos podem embarcar em aviões oficiais (Foto: Divulgação/Força Aérea Brasileira)
Voar em jato da Força Aérea Brasileira (FAB) não é uma prerrogativa só de militares e autoridades. Qualquer cidadão pode pegar carona em voos da FAB sem precisar desembolsar nenhum valor. Mas, para isso, é preciso contar com a sorte.
Enquanto autoridades só podem voar com a Força Aérea a serviço, civis podem embarcar para qualquer finalidade, ilimitadamente, e para diversos destinos em solo nacional.
Não espere, no entanto, encontrar o presidente ou um ministro nesse tipo de transporte aéreo. Os voos para autoridades são organizados em caráter oficial, enquanto civis pegam carona em missões militares. Justamente por isso, “o embarque de passageiros não representa custo algum”, explicou a FAB.
As viagens são coordenadas pelo Correio Aéreo Nacional (CAN), órgão subordinado ao Comando-Geral de Apoio da FAB, e devem ser solicitadas por e-mail (can.basp@fab.mil.br), mediante o preenchimento de uma ficha de cadastro. No documento, além de dados pessoais, como RG, CPF, peso, telefone e endereço da residência, é preciso informar o destino pretendido e a quantidade de acompanhantes. Não há limite de pessoas que podem viajar juntas nem de idade dos passageiros. Pode ser, porém, que não tenham vagas para todos.
Também não há como garantir que a viagem ocorra em um determinado dia e horário. A pessoa “pega carona”, literalmente, em uma missão já planejada pela FAB. O que ela escolhe é uma janela temporal de dez dias. Se, dentro desse período, houver vaga em uma aeronave que vai ao destino informado, o cidadão é chamado por e-mail até três horas antes da partida. Se não houver disponibilidade no intervalo escolhido, uma nova data pode ser solicitada pelo envio de outro formulário. Toda a comunicação é via correio eletrônico.
A viagem de volta também não é garantida, já que um novo pedido de voo precisa ser feito. Então, é importante que, antes de embarcar em uma aeronave militar, o passageiro tenha condições de voltar por conta própria.
De onde partem as aeronaves?
Segundo a FAB, as viagens de maior frequência são para Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). Os aviões partem e chegam em bases aéreas dispostas em todas as cinco regiões do País:
- Sul: Canoas (RS), Santa Maria (RS), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR);
- Sudeste: São Paulo (SP), Pirassununga (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Lagoa Santa (MG);
- Centro-Oeste: Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Anápolis (GO);
- Norte: Belém (PA), Boa vista (RR), Manaus (AM) e Porto Velho (RO);
- Nordeste: Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).
Não há serviço de bordo nesses voos, e, em alguns aviões, como os turboélices C-95 Bandeirante e C-98 Caravan, não há banheiros.
Também é importante ficar atento às bagagens: o limite de peso é 15 kg. A depender da lotação da aeronave, o passageiro que leva muitos itens pode ter que ceder a vaga para outro.
Outro ponto de atenção é a prioridade de embarque nos voos da FAB. Segundo o CAN, a ordem é: emergência médica, militares a serviço na missão em questão, comandantes das Forças Armadas, luto, demais militares, familiares de militares e, por último, civis inscritos no programa.
E, mesmo após os passageiros serem acionados, “há chances de o voo ser cancelado ou não ter mais vagas, pois as missões evoluem de acordo as necessidades da FAB”.
O Hércules C-130 é um avião fabricado pela Lockheed Martin, dos Estados Unidos, que fez história não apenas em sua terra natal, mas em 74 países, incluindo o Brasil. A aeronave fabricada pela primeira vez em 1954 teve mais de 10 mil unidades produzidas até hoje, porém, está em vias de se aposentar.
A Força Aérea Brasileira (FAB) já confirmou que o avião militar, utilizado principalmente para transporte e em missões humanitárias, dará adeus à frota nacional ainda em 2023 ou, no máximo, em 2024, ano em que o Hércules completará seu 70º aniversário.
O Hércules levou o Brasil até a Antártica, mas sofreu acidente e voltou desmontado (Imagem: Divulgação/Ag. Força Aérea, Ten.Guerrero)
A gigantesca aeronave é um quadrimotor turboélice de asa alta, que mede 40,4 metros de envergadura, 29,8 m de comprimento e peso máximo de decolagem de 69,7 toneladas. E deixará saudades. Então, nada melhor do que conhecer a história deste verdadeiro ícone da aviação mundial, não é?
O Canaltech preparou um conteúdo informativo e com muitas curiosidades a respeito do Hércules em seus quase 70 anos de vida. Você sabia, por exemplo, que o avião não foi batizado com esse nome à toa? A escolha remete ao filho de Zeus na filosofia grega, e faz referência à força da aeronave em toda e qualquer situação, por mais desafiadora que seja.
Para se ter uma ideia da versatilidade do Hércules C-130, o avião conseguiu, entre muitas operações de sucesso a serviço da Força Aérea Brasileira, pousar em pistas pequenas e sem pavimentação na Amazônia, e até mesmo levar o País à Antártica por meios próprios. Nessa última missão, porém, um acidente acabou deixando a unidade do C-130 encalhada e o avião só voltou ao Brasil após ser desmontado.
Saiba mais sobre o Hércules e as muitas histórias curiosas de um dos aviões mais queridos da FAB a seguir.
O nascimento do Hércules
Hércules nasceu nos Estados Unidos após mais uma crise com a extinta União Soviética (Imagem: David Mark/Pixabay/CC)
O imponente quadrimotor, agora em vias de aposentadoria, nasceu por uma necessidade. O Exército dos Estados Unidos resolveu modernizar a frota de sua força aérea logo após mais um capítulo da interminável crise com a hoje extinta União Soviética, em 1951. A ideia era encontrar um avião de assalto, capaz de pousar e decolar em qualquer tipo de pista, por mais curta e acidentada que ela fosse.
No ano seguinte, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) aceitou o projeto apresentado pela Lockheed, chamado YC-130A, e encomendou duas aeronaves. Em dezembro de 1952, o C-130A entrou em serviço e começou a fazer história mundo afora.
O Hércules C-130 e a FAB
Apesar do final triste do capítulo que envolveu a ida da aeronave para a Antártica, a história do avião Hércules C-130 com a Força Aérea Brasileira é recheada de momentos marcantes e finais felizes.
O ‘Gordo’, apelido carinhoso que ganhou da FAB, chegou à frota brasileira em 1964, em um modelo C-130E. A partir daí, iniciou-se uma relação duradoura e de sucesso. Ao todo, foram 29 exemplares, passando pelo SC-130E, C-130H e KC-130H, até chegar aos modernos C-130M, versão que substituiu os ‘reloginhos analógicos’ por modernas telas de LCD.
O Hércules foi de fundamental importância para a Força Aérea Brasileira. Afinal, foi utilizando esse avião que a FAB transportou seringas, aventais, filtros bacteriológicos e demais materiais hospitalares para ajudar no combate à pandemia da Covid-19, levou toneladas de suprimentos para a população carente em Moçambique e trabalhou no combate a inúmeros focos de incêndio.
Duas missões memoráveis do Hércules a serviço da Força Aérea Brasileira foram a participação na busca por destroços do voo AF447 ocorrido com o Airbus A330 da Air France, em 2009, que vitimou 216 passageiros e 12 tripulantes, e o resgate dos corpos no acidente aéreo que matou praticamente todo o elenco da Chapecoense, na Colômbia, em 2016.
As várias "faces" do Hércules
O Hércules C-130 vai se aposentar deixando para trás um legado composto por várias ‘faces’. O gigantesco avião teve, durante suas sete décadas de existência, mais de uma dúzia de variações, desde os dois protótipos YF-130 até o C-130J, versão modernizada do cargueiro.
Hércules EC-130J, o Comando Sollo II (Imagem: Divulgação/USAF)
No total, foram 15 as versões do Hércules produzidas pela fabricante e entregues às Forças Aéreas de 74 países ao redor do globo. Há, porém, alguns modelos que se destacaram entre as inúmeras facetas do Hércules, seja pelo visual ‘diferente’, seja pelas funções (missões) designadas a ele.
1. EC-130J (Comando Sollo II)
Uma unidade do Hércules recebeu o nome Comando Sollo II por exercer um serviço bem particular e importante: atuar nas chamadas missões psicológicas. Ele trabalhava para a Guarda Aérea Nacional, braço da Força Aérea dos EUA, transmitindo sinais de rádio e, de acordo com o Ministério da Defesa, “visando a motivar públicos-alvo amigos, neutros e hostis a atingir comportamentos desejáveis”.
2. JC-130 (Caçador de Baldes)
O segundo Hércules que merece destaque por sua história única é o modelo JC-130, que ganhou o apelido de Caçador de Baldes. O motivo? Exatamente o que o nome significa. O JC-130 foi utilizado, a partir do fim da década de 1950, para missões de reconhecimento fotográfico.
A forma encontrada para recuperar os filmes jogados pelos satélites por meio de ‘baldes’ que desciam à atmosfera com pára-quedas embutidos, foi utilizar o JC-130, que os recuperava ‘pescando’ com um gancho. Um apelido mais bonitinho para a função foi o de ‘Apanhador de Estrelas’.
3. C-130K (Snoopy)
Complementando o pódio de modelos do avião Hércules que merecem destaque por suas características peculiares está o C-130K. A aeronave tem um histórico de brilhantes serviços prestados para a Força Aérea Real Britânica (RAF), mas o que chama a atenção nele, sem sombra de dúvidas, é o visual, digamos, peculiar.
Utilizado pela RAF para missões de reconhecimento meteorológico, ele se destacava pela enorme sonda listrada no nariz, mas não foi esse o visual que lhe rendeu o apelido de Snoopy. O radar original foi recolhido e posicionado acima da cabine. Em seu lugar, um novo “nariz” foi colocado, e foi esse (na parte inferior da foto) que lhe tornou ‘xará’ do cãozinho das histórias em quadrinhos e desenhos animados.
Versões diferentes, mas igualmente esquisitas, do Snoopy (Imagem: Mike freer/touchdow aviation, Marshall/Aerospace)
Os herdeiros do "Gordo"
O ‘Gordo’, apelido carinhoso dado pela Força Aérea Brasileira ao Hércules C-130, já tem um herdeiro a caminho. O novo avião será desenvolvido em conjunto por Suécia, França e Alemanha, e o projeto ganhou o nome de Future Mid-Size Tactical Cargo (FMTC) ou, na tradução para o português, Futuro Cargueiro Tático de Tamanho Médio.
De acordo com memorando assinado pela Cooperação Estruturada Permanente, o herdeiro do ‘Gordo’ “enfrentará coletiva e eficientemente os próximos desafios de transporte em operações militares ou situações de resposta a crises”. O novo avião tem previsão de entrar em operação a partir de 2040.
Este, no entanto, não deve ser o único sucessor do Hércules C-130. O Ministério de Defesa da Holanda, por exemplo, já avisou que colocará em sua frota o Embraer C-390M, produzido pela empresa brasileira. Cinco aviões serão fabricados e entregues aos europeus a partir de 2026.
Embraer C-390M já foi encomendado pelo Ministério de Defesa da Holanda (Imagem: Embraer)
Outras curiosidades sobre o Hércules
Reabastecimento aéreo: Uma das múltiplas funções do Hércules é realizar o reabastecimento de outras aeronaves em pleno voo. Segundo a FAB, o modelo KC-130 realizou, em várias ocasiões, o exercício com dois caças F-5EM.
Recordista: O Hércules também é dono de uma marca histórica. O quadrimotor é o dono do recorde referente ao ciclo de produção de aviões militares, com o primeiro exemplar levantando voo no dia 23 de agosto de 1954.
Pousou em um estádio: O YMC-130H participou da missão Credible Sport. A ideia era adaptá-lo para pousar e decolar em um estádio. Para isso, várias modificações foram feitas, como a instalação de um conjunto de foguetes, barbatanas ventrais e dorsais e muito mais. O resultado? Sucesso, claro.
Nomes invocados: O Hércules recebeu nomes bem interessantes e imponentes em suas muitas variantes ao longo das décadas. Ghost rider, Spooky, Combat King, Super Hércules e Sombra de Combate foram alguns dos muitos apelidos que outras versões do Lockheed C-130 receberam até hoje.
Única foto colorida conhecida do 'Super Maconha' com sua polêmica “pintura comemorativa” (Foto: Aparecido Camazano Alamino via Airway)
Em 1942, a FAB (Força Aérea Brasileira) realizou seu primeiro ataque, ainda durante a Segunda Guerra Mundial. Em 22 de maio daquele ano, um avião bombardeiro B-25 que havia chegado ao Brasil no mês anterior atacou o submarino Barbarigo, da Marinha Italiana.
A equipe a bordo do avião realizava uma patrulha na costa brasileira quando foi preciso realizar o ataque, que contou com o lançamento de dez bombas de 45 kg sobre o alvo. Esse foi o início da história de um modelo de avião que permaneceria em serviço na Aeronáutica brasileira pelas décadas seguintes, até ser aposentado em 1974.
Um desses bombardeiros tinha um apelido um tanto inusitado para um avião, ainda mais para um ligado às Forças Armadas. Era o Super Maconha, nome dado ao modelo CB-25J registrado como FAB 5097.
No contexto da época, não seria tão estranho quanto hoje, já que o uso da substância era visto de outra maneira antes do início da campanha de guerra às drogas pelos Estados Unidos na década de 1970. Tanto que o Super Maconha substituiu outro B-25 na FAB, chamado de Maconha.
Origem do nome
Super Maconha, da FAB, pintado com a personagem Amigo da Onça (Foto: FAB)
No livro "Bombardeiros Bimotores da FAB" (C&R Editorial, 2011, R$ 29 na amazon.com.br, 80 páginas), de Aparecido Camazano Alamino, é contado de onde vem esse nome. Segundo o autor, que é coronel reformado da Aeronáutica, o Super Maconha tinha esse apelido "em decorrência de seu soberbo desempenho".
Isso ocorria porque o avião tinha ficado mais leve do que os demais do mesmo modelo após terem sido retirados vários itens: blindagem, torres dos atiradores e acessórios desnecessários.
Assim, ele conseguia atingir velocidades superiores às dos seus irmãos, algo que chega a ser eengraçado quando se está diante do apelido de Super Maconha.
Esse avião já não servia mais ao combate, e tinha sido adaptado para o transporte. Daí a retirada de seus equipamentos que seriam utilizados em caso de conflito.
No corpo do avião, junto ao apelido, estava pintada a personagem de quadrinhos Amigo da Onça, que foi publicada a partir da década de 1940 na revista "O Cruzeiro". Era uma figura de humor, que costumava colocar os amigos em situações embaraçosas.
Apelidos são comuns
B-25 Mitchell apelidado de Yankee Warrior (Foto: Divulgação/Frederick S. Brundick)
À época, era comum dar apelidos aos aviões. O bombardeiro norte-americano que lançou a bomba atômica em Hiroshima (Japão) durante a Segunda Guerra Mundial em 1945 tinha sido batizado de Enola Gay, nome da mãe do piloto, Paul Tibbets.
No Brasil, os antigos aviões de transporte oficial de autoridades tinham o apelido de sucatão e sucatinha, devido à idade avançada que tinham quando encerraram seu serviço na FAB.
O principal avião presidencial do Brasil atualmente foi batizado de Santos Dumont, embora também tenha sido apelidado de Aerolula, por ter sido comprado durante o primeiro mandato do governo do petista.
Bombardeiro B-25 Mitchell usado na Segunda Guerra, com pintura de pin-up (Foto: Reprodução/Creative Commons)