quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Exposição celebra os 100 anos do primeiro voo entre São Paulo e Rio

Por dia, cerca de 10,5 mil passageiros realizam a viagem de 45 minutos na ponte aérea Rio-São Paulo. Quando foi feita pela primeira vez, há cem anos, a viagem demorou seis horas e meia.


Sozinho e sem o auxílio de instrumentos de navegação, sequer um rádio, Eduardo Pacheco Chaves (1887-1975), obstinado por bater recordes, completou a viagem entre as duas cidades com um motoplanador.

Em comemoração aos cem anos da viagem pioneira, realizada em 15 de julho de 1914, o Museu da TAM, em São Carlos (a 232 km de São Paulo), montou uma exposição de fotos e objetos sobre a vida do aviador.

O trajeto feito por Edu Chaves, como era conhecido, é hoje o mais realizado pela aviação comercial no Brasil. São, em média, 115 voos por dia na ponte aérea, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

"Ele foi um dos heróis da aviação nacional, mas muito pouco lembrado. Poucos o conhecem e os objetos dele foram perdidos com o tempo, os aviões que teve viraram sucata", disse João Amaro, presidente do Museu da TAM. 

Os voos comerciais na ponte aérea só começaram a operar em 1936, 22 anos depois da experiência de Edu Chaves, que abriu a primeira escola de pilotos do Brasil e também dá nome a um bairro de São Paulo.

Percurso


O trajeto foi feito da Mooca, em São Paulo, até o Campo dos Afonsos, atual Base Aérea dos Afonsos, no Rio.

A viagem feita pelo continente, pela serra do mar, ainda exigiu que o piloto atingisse 3.000 metros de altitude -feito arriscado para o porte do avião, segundo Amaro.

"Foi uma aventura. A viagem foi guiada apenas de forma visual. Qualquer nuvem poderia atrapalhar a visão do Edu e, mesmo assim, ele a concluiu", disse Amaro.

James Rojas Waterhouse, professor do departamento de engenharia aeronáutica da USP São Carlos, disse que o trajeto feito por Chaves ainda é um dos utilizados. Devido à densidade do tráfego aéreo, alguns desviam a rota para o norte ou o litoral.

As fotos em exibição na mostra faziam parte da coleção pessoal de Chaves e foram doadas para a Fundação Santos Dumont, que atualmente está com o acervo guardado, sem exposição ao público.

O Museu da TAM funciona de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h. Os ingressos custam R$ 25 e R$ 12,50 (meia). Mais informações podem ser obtidas no site do local: museutam.com.br




Fonte: Isabela Palhares (Folha de S.Paulo) - Fotos: Edson Silva/Folhapress

Bombeiros finalizam buscas por corpos em Santos


O ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas morreram na queda de um avião nesta quarta-feira, no litoral de SP. O Corpo de Bombeiros de Santos, no litoral de São Paulo, concluiu os trabalhos no local onde se formou uma cratera após a queda do jato que levava o candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos. O acidente matou o político e mais seis pessoas nesta quarta-feira.

Os últimos vestígios dos corpos já foram recolhidos e estão sendo encaminhados para o IML central de São Paulo, onde deve ser feito o DNA para reconhecimento das vítimas.

De acordo com o perito criminal Antônio Nogueira, apesar das dificuldades, todos os sete corpos serão identificados. No entanto, ele não soube precisar quanto tempo será necessário para esse trabalho.

Fonte: band.com.br - Foto: Divulgação/Viver em Santos

Veja também:







▪ Busca por destroços será contínua até liberação de área a moradores.

Bombeiros localizam cabine do avião de Campos e carteira com documentos

Bombeiros utilizam retroescavadeira em buscas no local do acidente

Os bombeiros localizaram na madrugada desta quinta-feira a cabine do avião do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), que caiu na manhã de quarta-feira (13). No interior da cabine, foram encontrados partes de corpos e uma carteira com documentos.

Os bombeiros concentravam as buscas desde a tarde em uma área onde suspeitavam estar a cabine, embaixo de uma laje de uma das casas atingidas. Eles passaram a trabalhar no local com retroescavadeiras e manualmente.

Próximo ao local das buscas, era possível ver pedaços de fuselagem da aeronave enroscados em um bambuzal. Duas partes da turbina foram parar dentro de uma casa.

Após retirar a laje, os bombeiros localizaram a cabine do avião, que está enterrada a cerca de quatros metros de profundidade.

"Assim que chegamos a cabine visualizamos partes de um corpo", disse o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros.

Os bombeiros retiraram nesta madrugada partes de um corpo e uma carteira com documentos do interior da cabine.

Ainda não há previsão para a conclusão do trabalho de busca, mas esta e a última área que faltava para o corpo de bombeiros vasculhar.

Eles não acreditam que existam mais restos mortais em outros pontos próximos ao local do acidente.

Perícia  


Os restos mortais removidos do local do acidente aéreo que matou Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência, chegaram à noite no IML (Instituto Médico Legal), no bairro Pinheiros, em São Paulo. O acidente aéreo matou o presidenciável e outras seis pessoas em Santos.

Uma equipe de 30 profissionais de perícia já começou a trabalhar na identificação dos corpos das sete vítimas. Quatro peritos da Polícia Federal estão acompanhando os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficará sob a responsabilidade de dez peritos criminais do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense.

O caminhão que levava os corpos entrou pela garagem dos fundos do prédio. Nenhuma autoridade confirma se todos os restos mortais já foram entregues.

A Polícia Militar montou uma base comunitária móvel do dado de fora do prédio. A entrada de pessoas é controlada por ao menos três viaturas da PM e quatro da polícia civil.

Clique AQUI e assista reportagem.

Fonte: Martha Alves (Folha de S.Paulo) - Foto: Rodrigo Martins (G1 Santos)

Conheça a aeronave que caiu com Eduardo Campos

Cessna 560XL era de 2010, segundo consultoria que tentou vendê-lo.

Ele pertencia a empresa sediada em Ribeirão Preto (SP).


A aeronave que caiu em Santos com Eduardo Campos nesta quarta-feira (13) em Santos, é um Cessna 560XL, também conhecido como Citation XLS+.

Trata-se de um jato executivo de porte médio com duas turbinas e 16 metros de comprimento, 5,23 m de altura e 17,17 m de largura, de acordo com o site do fabricante.

Considerado uns dos mais modernos, o jato é capaz de transportar 9 passageiros. O alcance da aeronave é de 3.900 km, o que significa, por exemplo, que pode voar de Porto Alegre a Belém sem escalas. Sua velocidade máxima de cruzeiro é de 800 km/h.

Clique AQUI e veja o vídeo.

A tecnologia avançada dos equipamentos de navegação e os dois motores potentes garantem voos seguros, mesmo em condições de tempo ruim, segundo especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional.

Segundo a Anac, a aeronave é operada pela AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda.*, sediada em Ribeirão Preto (SP), ligada a uma destilaria. A documentação da aeronave estava em dia e, de acordo com a agência, o jato tinha totais condições para operar e nunca havia registrado incidentes. Seu certificado de aeronavegabilidade era válido até fevereiro de 2017, e a inspeção anual de manutenção venceria somente em fevereiro de 2015.

O piloto Fabiano de Camargo Peixoto, de Ribeirão Preto, era prestador de serviços da destilaria e operou a aeronave envolvida no acidente por um ano e meio como copiloto. Segundo ele, o jato foi entregue aos responsáveis pela campanha de Campos há cerca de três meses. "Tem uns 90 dias o último voo que fizemos [com a aeronave]. O pessoal da campanha contratou novos pilotos, e eles começaram a operar a aeronave", afirma.

De acordo com a Anac, a situação da aeronave é de "arrendamento operacional".


Segundo Peixoto, o jato somava 350 horas de voo na época em que foi entregue aos responsáveis pela campanha do presidenciável. "É uma aeronave muito nova, ano 2010. Uma das mais confiáveis da Cessna, top de linha deles. A última revisão foi feita em janeiro deste ano. Não havia nenhum problema com a documentação", afirma.

Há cerca de seis meses, o avião que caiu nesta quarta, prefixo PR-AFA, foi colocado à venda pelo proprietário por meio da consultoria especializada Asa Consulting.

Segundo o diretor da empresa, Guilherme Machado, um jato como esse vale cerca de US$ 9 milhões. Ele não vistoriou o avião detalhadamente, mas destacou que aviões desse valor geralmente têm a manutenção impecável. Machado não informou quem era o dono da aeronave, mas disse que ela não foi vendida por sua empresa, que acabou desistindo de trabalhar com esse modelo para se dedicar a outros tipos. De acordo com a Asa Consulting, quando estava à venda, o avião, ano 2010, tinha 435 horas de voo.

Como explicou ao Jornal Hoje o especialista James Waterhouse, professor de engenharia de Universidade de São Paulo, "essa aeronave é um pequeno jato bastante popular pelo mundo, bastante seguro e muito adequado à operação a que se destinava, como voar entre Guarujá e o Santos Dumont".

Segundo o professor, um avião desse porte tem que ter gravador de dados (caixa preta). No Brasil, há 44 aeronaves do mesmo modelo deste acidente.



Fonte: G1 - Imagens: Reprodução

* Atualização: A aeronave havia sido vendida há 3 meses por grupo usineiro de Ribeirão Preto.

Relato de uma testemunha do acidente em Santos


Faz sentido, mas só mesmo o CENIPA para definir as causas do acidente.

Fonte: Facebook via Fórum Contato Radar

Simulação: Como foi o acidente que matou Eduardo Campos

 


Clique AQUI e assista a simulação do Jornal Hoje (TV Globo)

Clique AQUI e veja os fatos que tentam explicar como aconteceu o acidente aéreo.

Fonte: G1

Mais uma das muitas hipóteses:

 
Fonte: TV Folha