quinta-feira, 5 de agosto de 2010

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Ao fundo, vindo da Grecia, o Boeing 737-86J, prefixo D-ABAP, da Air Berlin, aterrissando na pista 28 do Aeroporto de Nuremberg (NUE/EDDN), na Alemanha, em 25 de julho de 2010, em meio a névoa baixa pela manhã.


Foto: Thomas N.F. Niepel
(Airliners.net)

Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial completa 50 anos

O Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, completou hoje (5) 50 anos. O memorial, inaugurado em 1960, guarda os restos mortais de 462 soldados brasileiros que morreram durante as batalhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, na década de 40.

O monumento poderá, em breve, ser tombado como patrimônio histórico nacional. Segundo o diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, o tombamento do conjunto arquitetônico deverá ser discutido na próxima reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reunião ainda não tem data marcada, segundo informou a assessoria de imprensa do Iphan.

“[O tombamento] favorece o monumento de várias maneiras. Primeiro, pelo reconhecimento pela nação brasileira como patrimônio nacional. Segundo, que temos alguma facilidade até mesmo em termos de recursos para a manutenção do monumento”, disse o general.

Os restos mortais dos mais de 400 soldados brasileiros que morreram na Itália permaneceram durante muitos anos no Cemitério de Pistoia, em território italiano. Em 1952, o governo brasileiro resolveu trazer os corpos para o país e construir um monumento em homenagem aos soldados.

O conjunto arquitetônico, que reúne um museu e o mausoléu, é marcado por uma plataforma, uma escultura metálica em forma de avião e um grande pórtico que guarda o túmulo de um dos 13 “soldados desconhecidos” mortos na guerra.

“O Brasil teve uma participação durante a 2ª Guerra Mundial muito importante. Nós mandamos para a Itália uma divisão expedicionária com 25 mil homens, que fizeram um trabalho operacional em defesa dos nossos princípios e dos nossos valores”, afirmou Cunha, ao lembrar que muitos desses jovens acabaram morrendo. “Eles foram e são nossos heróis, por isso temos que reverenciar a memória deles”, afirmou.

Segundo o general, apenas o corpo de um soldado permaneceu no Cemitério de Pistoia, na Itália, como um símbolo da presença brasileira em terras italianas durante a guerra.

Fonte: Vitor Abdala - Edição: Juliana Andrade (Agência Brasil) - Foto: Fernando Dall'Acqua (Flickr)

Embraer disputa com Airbus e Boeing novas encomendas da Pantanal

Franco-italiana ATR fica fora da disputa devido à reduzida capacidade de passageiros de suas aeronaves

A ATR deve ficar de fora da disputa pela família de jatos que integrará a frota da Pantanal. O presidente da TAM, Líbano Barroso, sinalizou em rápida conversa com a Agência Estado que a frota da subsidiária deve ser equipada com modelos com capacidade "entre 100 e 150 passageiros". Fabricam hoje aeronaves deste porte a Airbus, com a qual a TAM trabalha, a Boeing e a Embraer.

Segundo Líbano, o grupo decide até o fim do ano os modelos que irão compor a frota da subsidiária. Comprada no final de 2009 pela TAM, a Pantanal tem hoje cinco ATRs, embora esteja utilizando apenas quatro destas aeronaves. O maior avião fabricado pela franco-italiana acomoda 80 passageiros, o que a deixa de fora da disputa. No caso da Embraer, o ERJ 195 é preparado para até 122 pessoas.

Recentemente, a TAM anunciou a ampliação da malha aérea da Pantanal, que passa a atender 15 cidades a partir de 23 de agosto. Antes, a companhia voava para seis destinos.

Os voos com as aeronaves ATR 42 passam a ser operados a partir do aeroporto de Guarulhos. A empresa começou também a trabalhar com Airbus desde Congonhas. A nova malha totaliza 44 voos - 21 em Congonhas, 21 em Guarulhos e outros dois de Brasília.

Os ATR 42 têm capacidade para 45 passageiros, enquanto os três Airbus contam com 144 lugares (A319) ou 174 assentos (A320). Essas três aeronaves Airbus foram alugadas para a Pantanal por um período de seis meses pela controladora TAM. Contratos de leasing foram prorrogados até que a Pantanal defina a ampliação e renovação de sua frota própria.

Com a nova malha, a Pantanal aumentará em 660% sua oferta semanal em ASK, medida que multiplica o número de assentos oferecidos pelo total de quilômetros voados.

Às cidades atendidas pela Pantanal em Guarulhos - Bauru, Araçatuba, Marília, Presidente Prudente, no interior de São Paulo, mais Maringá (PR) e Juiz de Fora (MG) - somam-se São José do Rio Preto (SP), que terá duas frequências diretas. A Pantanal voará também para Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro/Galeão (RJ), Belo Horizonte/Confins (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Salvador (BA) e Recife (PE).

Fonte: Michelly Chaves Teixeira (Agência Estado)

TAM vai vender passagens em lojas das Casas Bahia

Inicialmente, empresa terá estandes em três lojas da rede em São Paulo.

Aérea também quer expandir número de lojas da TAM Viagens.


A companhia aérea TAM anunciou nesta quinta-feira (5) que vai instalar estandes de venda de passagens em filiais de lojas das Casas Bahia, como parte de um conjunto de ações para incentivar o uso do transporte aéreo. A empresa também informou que vai dar continuidade ao plano de inaugurar franquias da TAM Viagens, para chegar a um número maior de cidades em todo o país, chegando a 200 lojas em 2012.

“A companhia aérea também está criando uma série de produtos voltados para o público emergente e para os que já são usuários de seus serviços”, afirmou a empresa em nota.

Inicialmente, a companhia terá estandes de vendas nas filiais das Casas Bahia da Praça Ramos, da Vila Nova Cachoeirinha e de São Mateus, em São Paulo. As passagens poderão ser parceladas em até 12 vezes, com parcela mínima de R$ 20. A TAM também vai vender passagens aéreas pelo site das Casas Bahia.

Fonte: G1

Até 2011, 10,7 milhões de brasileiros farão 1ª viagem aérea, diz pesquisa

Destes, 8,7 milhões pertencem às classes C e D, segundo a Data Popular.

Emergentes devem movimentar R$ 11 bi com turismo de lazer em 2011.


O maior acesso das classes emergentes ao transporte aéreo deve fazer com que 10,7 milhões de brasileiros façam sua primeira viagem de avião até 2011, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (5) pelo instituto Data Popular. Destes, 8,7, ou 82% do total, devem ser brasileiros das classes C e D.

Até o final do próximo ano, o número total de brasileiros que pretendem realizar ao menos uma viagem aérea chega a 26,4 milhões de pessoas.

“Nos últimos anos, a chegada de novas companhias ao setor, a queda no valor das passagens e principalmente as opções de parcelamento na hora de pagar os bilhetes aéreos ajudaram a democratizar as viagens de avião”, afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular.

De acordo com o instituto, a presença crescente de brasileiros das classes C e D nas aeronaves é reflexo de uma maior participação da população de baixa renda nas atividades de turismo de lazer. Em 2011, esses gastos deverão ultrapassar os R$ 23 bilhões, sendo os emergentes responsáveis por 48% do total, ou R$ 11 bilhões.

Fonte: G1

Conheça o JN no Ar, o projeto especial do Jornal Nacional para as eleições

Uma equipe comandada por Ernesto Paglia vai visitar uma cidade de cada estado brasileiro e do DF. Cada destino será decidido por sorteio ao vivo durante o telejornal.

Você vai conhecer agora o projeto especial do Jornal Nacional para as eleições 2010. Você deve lembrar que, em 2006, nós tivemos a Caravana JN. A nossa equipe correu o país de ônibus e de barco pra investigar os desejos dos brasileiros naquele momento, às vésperas da eleição.

Este ano, uma equipe do Jornal Nacional, comandada pelo repórter Ernesto Paglia, vai visitar uma cidade de cada estado brasileiro e o Distrito Federal. Na noite de 23 de agosto, vai decolar o projeto "JN no Ar".

A democracia voa com as asas da informação. E nós vamos decolar Brasil adentro para ajudar a informar o seu voto. Nas últimas cinco semanas antes da eleição, nossa equipe vai embarcar diariamente num avião e disparar a jato a mais de 800 km/h para um pedaço do Brasil que o eleitor vai ver em seguida no Jornal nacional.

Vamos voar pelo menos 55 horas a bordo deste jato executivo de fabricação francesa. As asas do Falcon 2000 são capazes de nos levar, sem escalas, a qualquer ponto do território nacional.

Dá pra cruzar o mapa de Porto Alegre a Rio Branco, por exemplo, em pouco mais de três horas. Na bagagem, 700 quilos de equipamento.

Eletrônicos que serão montados em cada aeroporto para enviar nossas reportagens de qualquer lugar do país. E nos conectar, ao vivo, toda noite, aos estúdios do Jornal Nacional.

Nosso rumo poderá ser uma entre mais de 400 cidades nos 26 estados e o Distrito Federal. A equipe de terra trabalha desde outubro do ano passado num levantamento impressionante para me dar suporte em cada cidade onde eu chegar.

E, antes de cada reportagem, o telespectador vai ver um retrato do estado, feito com base em dados de pesquisas de instituições respeitadas como o IBGE.

Mas como vai ser decidido o destino nosso de cada noite? Pra onde vamos decolar a bordo do nosso superjato? William Bonner e Fátima Bernardes explicam.

Como será o sorteio das cidades

A cidade de destino do Paglia vai ser decidida, durante o Jornal Nacional, por sorteio. Antes, a gente vai determinar qual será o estado a ser visitado que é uma forma de garantir que o deslocamento da equipe será feito dentro de um tempo razoável, com segurança e em condições de realizar em seguida uma reportagem.

Numa urna, estarão os nomes de municípios com mais de 40 mil habitantes. Em estados onde forem mais raros, nós teremos também cidades menores pra ampliar as opções. Todas as cidades estão, no máximo, a uma hora e meia de carro do aeroporto mais próximo. Assim, a equipe do Paglia pode chegar na mesma noite e começar a trabalhar na manhã seguinte.

A empresa de auditoria Price Waterhouse Coopers vai fiscalizar os sorteios. Vai ser no Jornal Nacional, ao vivo. Só como exemplo, nesta quinta, temos a urna com cidades de Minas Gerais. A gente vai tirar um papelzinho, esse tem o nome de Betim, vai mostrar o nome da cidade e contar pro Paglia, que já estará num aeroporto, esperando o resultado do sorteio.

Deslocamentos serão feitos em dois aviões

As poderosas turbinas do Falcon 2000 são indispensáveis para quem, como nós, precisa correr o país todo em um curto espaço de tempo. Mas elas também impõem algumas limitações.

Não é qualquer aeroporto brasileiro que aceita um avião deste porte. E, pra muitos lugares, não há sequer a opção de ir de carro.

E como nós queremos ir ao maior número possível de cidades em todos os estados do país, é preciso ter um plano B. E o nosso é classe A: um segundo avião. Uma espécie de quatro por quatro dos ares, um Caravan capaz de pousar em praticamente qualquer pista brasileira.

O Caravan é o complemento ideal para a jornada que começa a bordo do jato. E ele já está quase pronto para cumprir a missão, inédita para nós, e para veteranos como o comandante Kede. Trinta e cinco anos de aviação, mais de 20 só na FAB, o piloto nunca encarou um desafio como esta cobertura.

“Isso tudo vai fazer um quadro bem elucidativo do nosso país, que é tão grande. As pessoas do Sul não estão sabendo o que está acontecendo no Norte e, consequentemente, vai poder proporcionar um voto mais consciente”, acredita o comandante Reinaldo Leone Kede.

Em cada cidade que visitarmos, vamos buscar respostas. O que pode melhorar? O que o lugar tem de bom para mostrar ao país? O que o Brasil pode aprender com o povo de suas cidades?

E vamos falar, também, daquilo que não aparece nas planilhas, mas faz o orgulho de cada lugar: o bom humor dos seus moradores, suas ruas limpas, sua riqueza de cultura e história.

Na edição seguinte do JN, nossa jornada se repete. Com rapidez, eficiência, tecnologia e investimento, nenhum estado vai ficar de fora.

Em 27 dias no ar, cinco semanas de segunda a sexta, vamos construir um retrato das riquezas e diferenças deste país. Um voo para ajudar você a escolher melhor quem vai pilotar o Brasil depois da próxima eleição.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

MAIS

As duas aeronaves:

1) Dassault Falcon 2000EX, prefixo PR-WSM
2) Cessna 208B Caravan, prefixo PR-RJZ

O ataque a Hiroxima

Hiroshima foi o alvo principal da primeira missão de ataque nuclear dos EUA, a 6 de Agosto de 1945. O B-29 Enola Gay, nome da mãe do piloto, Coronel Paul Tibbets, decolou da base aérea de Tinian no Pacífico Oeste, a aproximadamente 6 horas de voo do Japão.

O Enola Gay e a sua tripulação, que lançou a bomba atômica "Little Boy" sobre Hiroshima

O dia 6 foi escolhido por ter havido anteriormente alguma formação de nuvens sobre o alvo. Na altura da decolagem, o tempo estava bom e tanto a tripulação como o equipamento funcionaram adequadamente. O capitão da Marinha William Parsons armou a bomba durante o voo, já que esta se encontrava desarmada durante a descolagem para minimizar os riscos. O ataque foi executado de acordo com o planejado até ao menor detalhe, e a bomba de gravidade, uma arma de fissão de tipo balístico com 60 kg de urânio-235, comportou-se precisamente como era esperado.

Uma cópia exata da bomba Little Boy, no pós-guerra

Cerca de uma hora antes do bombardeamento, a rede japonesa de radar de aviso prévio detectou a aproximação de um avião americano em direcção ao sul do Japão. O alerta foi dado e a radiodifusão foi suspensa em várias cidades, entre elas Hiroshima.

Fotografia de Hiroshima após o bombardeamento

O avião aproximou-se da costa a grande altitude. Cerca das 8:00, o operador de radar em Hiroshima concluiu que o número de aviões que se aproximavam era muito pequeno - não mais do que três, provavelmente - e o alerta de ataque aéreo foi levantado. Para poupar combustível, os japoneses tinham decidido não interceptar formações aéreas pequenas, as quais presumiam ser, na sua maioria, aviões meteorológicos. Os três aviões em aproximação eram o Enola Gay, The Great Artist (em português, "O Grande Artista") e um terceiro avião sem nome na altura mas que viria a ser mais tarde batizado de Necessary Evil ("Mal Necessário"). O primeiro avião transportava a bomba, o segundo tinha como missão gravar e vigiar toda a missão, e o terceiro foi o avião encarregado de fotografar e filmar a explosão.

No aviso radiodifundido foi dito às populações que talvez fosse aconselhável recolherem aos abrigos antiaéreos caso os B-29 fossem realmente avistados, embora nenhum ataque fosse esperado para além de alguma missão de reconhecimento. Às 8:15, o Enola Gay largou a bomba nuclear sobre o centro de Hiroshima. Ela explodiu a cerca de 600 m do solo, com uma explosão de potência equivalente a 13 kton de TNT, matando um número estimado de 70.000 a 80.000 pessoas instantaneamente. Pelo menos 11 prisioneiros de guerra dos E.U.A. morreram também. Os danos infraestruturais estimam-se em 90% de edifícios danificados ou completamente destruídos.

Hiroshima antes do bombardeamento

Hiroshima depois do bombardeamento

Fonte: Wikipédia - Fotos: Wikimedia Commons

Hiroshima lembra 65 anos da bomba atômica

Hiroshima lembrou hoje com uma convocação ao desarmamento nuclear o 65º aniversário do lançamento da bomba atômica contra a cidade, e pela primeira vez a cerimônia foi assistida por um representante dos EUA e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Milhares de pessoas se concentraram no Parque Memorial da Paz às 8h15 (hora local), o horário exato em que em 1945 o avião americano "Enola Gay" deixou cair sobre Hiroshima a bomba "Little Boy".

Três dias depois, os EUA lançaram sua segunda bomba atômica, batizada como "Fat Boy", sobre a cidade de Nagasaki, o que levou à rendição do Japão em 15 de agosto de 1945 e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

No final de 1945, o número de mortos por conta das bombas era de aproximadamente 140 mil pessoas em Hiroshima e 74 mil em Nagasaki, embora o número de mortos nos anos seguintes pelas sequelas das radiações tenha sido muito maior.

Esteve presente na cerimônia o embaixador americano no Japão, John Ross, o primeiro representante de um Governo dos EUA a assistir a um aniversário do ataque, além de delegados da França e do Reino Unido, também pela primeira vez, e outros 70 países.

Após lembrar o instante no qual a bomba caiu sobre a cidade com um minuto de silêncio e várias badaladas, o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, engrossou o coro dos que pedem um mundo sem armas nucleares e pediu ao Governo japonês que lidere os esforços para isso.

Em sua "Declaração de Paz", Akiba reivindicou que o Japão "abandone a proteção nuclear dos EUA", principal aliado de segurança do país asiático.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, se uniu à convocação para o desarmamento e lembrou os avanços conseguidos em maio deste ano, durante a conferência para a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

"As armas nucleares não devem causar sofrimento nunca mais", afirmou.

O secretário-geral da ONU também falou brevemente e ressaltou que "o único caminho sensato para um mundo mais seguro é um mundo livre de armas de destruição em massa".

"Enquanto existirem armas atômicas, viveremos sob uma sombra nuclear", disse, para depois acrescentar que, em setembro, deverá convocar uma Conferência de Desarmamento em Nova York.

O embaixador americano, por sua vez, destacou a necessidade de os países "seguirem trabalhando juntos para conseguirem um mundo sem armas nucleares, pelo bem das futuras gerações".

Após a cerimônia, as autoridades visitaram o Museu Memorial da Paz de Hiroshima, fundado em 1955 no Parque da Paz para recolher as experiências das vítimas e manter viva a lembrança da tragédia.

Fonte: EFE via Terra - Foto: AFP

Estopim de atrasos, escala da Gol ainda tem erros, dizem trabalhadores

Fabricante do software diz não ter encontrado problemas no sistema da Gol.

Em nota, empresa afirmou que 'já superou' problemas com escala de trabalho.


Estopim dos atrasos e cancelamentos dos voos da Gol desde o fim de semana passado, o sistema de escalas de trabalho implantado pela empresa continua apresentando erros e impondo uma carga excessiva aos trabalhadores, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e funcionários ouvidos pelo G1.

Na avaliação dos trabalhadores, caso não haja mudanças no sistema, uma nova onda de atrasos e cancelamentos pode ocorrer no fim deste mês, uma vez que muitos tripulantes podem voltar estourar o limite de horas mensais trabalhadas.

O SNA diz que já recebeu denúncias de que a situação não melhorou.

Desde o fim de semana, a Gol apresenta problemas com cancelamentos e atrasos. Na segunda, mais da metade dos voos atrasou. No decorrer da semana, a situação se normalizou. A empresa atribuiu a situação a um erro durante o "upgrade" no sofware que produz as escalas. Por conta do erro, tripulantes atingiram o limite de horas previsto em lei e foram impossibilitados de trabalhar, "gerando um efeito em cadeia". Na quarta (4), a Gol divulgou em nota que "já superou as dificuldades com os ajustes na escala".

Na terça-feira (5), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o Plano de Ação da Gol previa a ativação da escala de agosto nos mesmos de junho. Na quarta, a agência anunciou que multaria a empresa por conta dos atrasos e cancelamentos; o valor inicial apurado foi de R$ 2 milhões.

Apesar de a Gol afirmar que foi um "upgrade" no sistema que causou o desequilíbrio na escala, o Sindicato Nacional dos Aeronautas disse que, na verdade, a causa foi a implantação do novo sistema, o mesmo utilizado pela aérea alemã Lufthansa, em julho.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (5), a Lufthansa informou que a fabricante do software, NetLine/Crew, não encontrou nenhum problema técnico no sistema da Gol.

"A Lufthansa System está constantemente verificando o desempenho do sistema e não encontrou nenhuma indicação de avarias técnicas ou funcionais nos últimos dias e semanas, que poderiam conduzir a problemas operacionais, nem tão pouco qualquer dessas questões foram relatadas pela Gol", diz a nota. De acordo com a companhia alemã, mais de 40 companhias do mundo usam o sistema. A nota afirma ainda que o sistema foi configurado conforme as exigências da Gol.

De acordo com os trabalhadores, trata-se de um sistema digital, no qual cada tripulante obtém os dados de sua escala. Esse sistema permite que você veja a escala dos próximos 30 dias. Ou seja, não é possível ver datas passadas, o que dificulta o controle por parte do aeronauta de horas voadas. Por ser online, também não se não sabe o que foi alterado, a não ser que faça o acompanhamento constante.

"A escala é eternamente conflitante. (...) É o ‘calcanhar de Aquiles’ dos pilotos. Todo mundo reclama. Mas dessa vez, foi mal implementada. Se não mudarem, vai afetar tudo de novo. E isso mostra que falta gente para trabalhar. E por isso eles querem tentar o máximo de cada piloto"
Piloto da Gol, que preferiu não se identificar

O novo sistema de escala, na avaliação de trabalhadores e especialistas, proporciona o excesso de trabalho porque, sendo totalmente automatizado, tem como intuito o melhor aproveitamento da tripulação. O sistema não deixa margem, porém, para eventuais horas em excesso decorrentes de tráfego aéreo, por exemplo.

Até junho, a escala era feitas por pessoas e já tinha essa margem, dizem os trabalhadores. A reportagem procurou a Gol para saber se novas mudanças ainda serão implantadas e aguarda resposta.

Um piloto da Gol, que não quis se identificar, afirmou ao G1 que a nova escala tenta "otimizar ao máximo" o uso dos pilotos e que continua nos mesmos moldes que a de julho. Em julho, o problema estourou no fim do mês, conforme os trabalhadores, porque muitos atingiram o limite de 85 horas e precisaram parar de voar. A empresa disse que a força de trabalho foi reduzida no começo de agosto para regularizar a situação já neste mês.

"Em julho eu cheguei a 84 horas. Muitos estouraram e ninguém quis mais voar e a empresa não tinha o que fazer. A de agosto está do mesmo jeito e já está publicada, saiu do mês inteiro. (...) A gente nunca voou tanto. Achamos que vai dar problema de novo no fim do mês porque continua tudo igual e o que está faltando é pessoal. No final de setembro (fim do trimestre) vai ser um caos e todo mundo vai estourar [o limite de horas]."

A análise do piloto faz referência à Lei do Aeronauta, lei 7183/84, que prevê 85 horas mensais de voo por mês e 230 por semestre. Isso significa que, na prática, os tripulantes deveriam cumprir em média 76 horas por mês para não estourar no trimestre.

O piloto também ressaltou que há muitas reclamações sobre o fato de não se poder consultar as datas anteriores da escala. "Prejudica porque você não tem controle. Posso ter voado 88 horas e a companhia coloca 84. Se eu não imprimi o que passou, não tenho como contestar. Eu anoto todos os voos, mas é uma marcação informal. O sistema favorece a manipulação"

"A escala é eternamente conflitante. (...) É o ‘calcanhar de Aquiles’ dos pilotos. Todo mundo reclama. Mas dessa vez, foi mal implementada. Se não mudarem, vai afetar tudo de novo. E isso mostra que falta gente para trabalhar. E por isso eles querem tentar o máximo de cada piloto."

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Gelson Fochesato, que também é piloto da Gol, também afirma que o sistema continua igual e também aponta a impossibilidade do controle. "Hoje eu não sei o que fiz ontem. Se não imprimir a primeira escala, não tem como saber."

Um comissário de bordo que também preferiu não se identificar critica o mesmo ponto. "A gente trabalha com aviação, nem sempre tem uma impressora perto. Não tem como gravar. E a escala modifica sua vida. Não tem como comprovar que foi alterado, é tudo digital."

Ele também citou o excesso de trabalho por conta do novo sistema. "Além de o sistema estar descumprindo a regulamentação e a gente estar voando a mais do que o limite, a empresa desrespeita o funcionário, liga para ir trabalhar na folga. Está todo mundo muito desgastado", disse o comissário. "A empresa já falou que vai manter a escala como está, não mudou e nem melhorou nada. Só piorou porque os passageiros tratam a gente mal como se a culpa dos atrasos fosse nossa."

Problema histório

O brigadeiro Adyr da Silva, que presidiu a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) entre 1995 e 1998, afirmou ao G1 que as escalas são um problema histórico para as companhias aéreas. "A escala é o ponto mais complicado das empresas e onde mexe com mais gente com capacidade de reagir bem, que são os comandantes e co-pilotos", destaca.

Essa crise na Gol escandalizou porque a aviação civil está fragilizada. Eles resolveram modernizar a escala e em uma migração sempre dá rolo. Mas é um problema pontual. Em alguns dias, estará tudo em ordem. (...) O sistema de aviação civil no Brasil precisa de renovação para se igualar ao que tiver de bom e eficiente"Brigadeiro Adyr da Silva, que presidiu a InfraeroPara ele, no entanto, as críticas dos trabalhadores das companhias aéreas em relação às escalas são "choro". "Não passa de choro. Foi um problema grave nas empresas que quebraram, Vasp, Transbrasil e Antiga Varig. Mas isso não tem relação com a má situação da aviação civil. O problema é a gestão. Falta experiência aos representantes da aviação civil", destacou.

Silva, que também preside a Sociedade Brasileira de Direito Aeroespacial (SBDA), destaca que todas as companhias ainda estão desatualizadas em relação à tecnologia.

"Essa crise na Gol escandalizou porque a aviação civil está fragilizada. Eles resolveram modernizar a escala e em uma migração sempre dá rolo. Mas é um problema pontual. Em alguns dias, estará tudo em ordem. (...) O sistema de aviação civil no Brasil precisa de renovação para se igualar ao que tiver de bom e eficiente no mundo."

'Dentro da lei'

O advogado Duque Estrada, especializado em Direito Aeronáutico, afirmou ao G1 que, embora objeto de reclamações, as escalas não causam processos trabalhistas. "Os aeronautas estão sobrecarregados, a escala é pesada, mas não é objeto de ação porque a companhia age dentro da lei. O que está desgastando todo mundo não é ilegal."

O também advogado da área, Ricardo Jubilut, que já foi piloto, afirmou que as escalas estão apertadas porque faltam profissionais no mercado. Para ele, "vai faltar piloto daqui uns dois anos". "Não há formação de novos pilotos. Já há guerra entre as empresas aéreas pelos profissionais. As companhias não acompanham o ritmo de crescimento e a formação de um piloto é muito cara. (...) Enquanto se discute a construção de aeroportos, eu acredito que vai haver um apagão de mão de obra na aviação se não forem feitos investimentos."

Fonte: Mariana Oliveira (G1) - Foto: Agência Estado

Churchill ordenou sigilo sobre visões de ovnis para evitar pânico

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill (foto) ordenou que ficassem ocultos durante 50 anos as supostos registros de objetos voadores não identificados (ovnis) pela Força Aérea, para não provocar "pânico na população".

A informação surgiu em uma série de documentos do Ministério da Defesa britânico que acabam de se tornar públicos e que documentam a seriedade com a qual o tema foi tratado em círculos dos serviços de inteligência, informa a "BBC".

O Governo de Londres chegou a encarregar um comitê de analistas em questões de inteligência a apresentar um relatório semanal sobre registros de ovnis.

Segundo um desses especialistas chamado Nick Pope, citado hoje pela "BBC", "a maior parte do material de arquivo dos anos 50 foi destruída".

"Mas um cientista cujo avô era um dos seguranças de Churchill disse que ele e (o então presidente dos Estados Unidos Dwight) Eisenhower decidiram ocultar do público uma extraordinária imagem de ovnis pela tripulação de um avião da Royal Air Force que retornava de um bombardeio", disse Pope.

"O motivo da ocultação é que Churchill achava que poderia causar pânico em massa ou transtornar os ideais religiosas do povo", afirmou.


Fonte: EFE - Imagens: Reprodução

Webjet também registrou tripulantes com jornada de trabalho excedida, diz Anac

No mesmo fim de semana em que a companhia aérea Gol cancelou voos por excesso de trabalho da tripulação, a Webjet também teve problemas relacionados à carga horária dos tripulantes. A revelação foi feita hoje pela presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Vieira.

Segundo ela, uma fiscalização do órgão regulador no último final de semana detectou irregularidades na Webjet, que foi proibida de operar os voos comandados por trabalhadores que excediam a jornada permitida por lei, de 85 horas por mês. Vieira afirmou que a companhia aérea contratou uma outra empresa, que cedeu a tripulação a ela, e assim conseguiu evitar o cancelamento daqueles voos.

"Nós identificamos bastante problemas desse tipo [de excesso de trabalho da tripulação] na Webjet, mas, como eles fizeram a contratação de outra empresa, ninguém percebeu o problema", disse.

Vieira afirmou que a Anac recebe regularmente denúncias do Sindicato Nacional dos Aeronautas sobre descumprimento do limite de jornada de comandantes e comissárias de bordo e que apura as denúncias que lhe são encaminhadas. A Webjet foi procurada para comentar a afirmação de Vieira, mas não foi localizada até as 11h30 de hoje.

De acordo com ela, não há indícios de que haverá cancelamentos e atrasos significativos de voos nos próximos dias na Gol ou nas outras companhias aéreas. "Brasília não teve problemas nesta manhã e a situação também está normal em Congonhas e Guarulhos", disse Vieira, após fiscalização no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Ontem, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou que a companhia será multada em R$ 2 milhões devido aos problemas. A empresa também foi proibida, por tempo indeterminado, de fazer novos fretamentos.

Em nota divulgada no fim da tarde de ontem, a Gol informou estar "comprometida em cumprir à risca o plano de ação que apresentou ontem à Anac e que acatará todas as instruções que recebeu da agência".

Fonte: Folha.com

"Já dormi algumas vezes durante o voo", diz copiloto da Gol, ao relatar excesso de viagens

Em meio ao novo caos aéreo que se instalou nos aeroportos nessa semana, tripulantes da companhia aérea Gol acusam a empresa de desrespeitar a legislação trabalhista e obrigá-los a cumprir jornadas de trabalho “desumanas”. Por conta do problema, copilotos entrevistados pelo UOL Notícias afirmam que é comum tripulantes dormirem em plena cabine do voo.

Um copiloto de 31 anos baseado em São Paulo, funcionário da Gol desde 2005, disse que ele mesmo e vários colegas já pegaram no sono durante viagens. “Eu já dormi algumas vezes em voo. Estamos bem sobrecarregados mesmo, e está complicado de manter a cabeça no que estamos fazendo. Precisamos de tranquilidade e de uma jornada decente, mas o que acontece é que somos explorados ao máximo”, disse o tripulante, que preferiu não se identificar para não sofrer retaliações da empresa.

Desde o último fim de semana, um alto índice de atrasos e cancelamentos em voos da empresa prejudica o funcionamento dos aeroportos e atrapalha a vida dos passageiros em todo o país. Em reunião convocada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta terça-feira, a Gol afirmou que problemas em um novo software para planejamento das escalas dos funcionários gerou "dados incorretos que culminaram no planejamento inadequado da malha aérea e da jornada de trabalho dos tripulantes”.

Um outro copiloto que também não quis se identificar afirmou que quando não há uma jornada de trabalho regular não é “incomum piloto e copilotos dormirem em pleno voo”. “Pedimos para o chefe de cabine ir de meia em meia hora checar se há alguém acordado. É um risco enorme, e tudo isso foi muito agravado em julho”, diz o funcionário, de 30 anos, há quatro na Gol.

O tripulante narra um episódio ocorrido com um comandante com quem voou recentemente. “Ele estava com duas olheiras enormes, parecia um zumbi. Estava com 95 horas de voo na semana, viajando pela quarta madrugada seguida, dormindo apenas três horas por dia. Ele pediu para eu o acordar na hora de fazer o táxi do avião. Eu o acordei, mas ele me pediu para dormir mais um pouco e só acordá-lo na hora do pouso. O acordei novamente só bem na hora de pousar. O cara estava mal”, relata.

Como começou o caos

Após se reunir com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a Gol aceitou reformular as escalas para impedir que os tripulantes continuassem trabalhando mais do que o permitido. Com menos mão-de-obra, a Gol não conseguiu dar conta de todos os voos que estavam programados, o que acabou resultando no caos sentido por passageiros em vários aeroportos do Brasil.

Segundo tripulantes da companhia, há muito tempo os funcionários estão sendo submetidos a condições de trabalhos inadequadas, em desacordo com a legislação trabalhista que regulamenta a categoria. De acordo com eles, em julho ocorreu um agravamento da situação, após o problema com a nova escala, que é operada por computadores e foi instalada em substituição ao modelo anterior, controlado manualmente.

“O sistema novo não computa algumas variáveis presentes na legislação brasileira. Ele não considera os atrasos e os cancelamentos de voos, nem fechamento de aeroportos por conta do mau tempo, por exemplo”, diz uma chefe de cabine de 30 anos, que trabalha na Gol há sete e preferiu não se identificar com medo de sofrer retaliações pela empresa.

“Essa falha gerou um ‘efeito dominó', que refletiu em toda malha aeroviária. Os tripulantes que já haviam trabalhado mais do que o permitido tiveram que parar. Aí começou o assédio moral e as ameaças da empresa para obrigar os funcionários a trabalhar e a desrespeitar a legislação”, afirma.

Greve convocada para 13/08

Em um blog criado para mobilizar a categoria e em listas de emails, os trabalhadores convocaram uma greve para o próximo dia 13. Na convocatória para a paralisação, além de reivindicar uma escala “mais humana”, os trabalhadores exigem aumento salarial de 25% para toda a categoria, planos de saúde e previdência privada, além da implementação de plano de carreira para todos os funcionários.

A chefe de cabine afirma que a categoria sofreu uma defasagem salarial de 50% nos últimos 10 anos, o que está fazendo com que muitas pessoas desistam da função. “No início da década um tripulante da Varig recebia R$ 40 por hora de voo, em média. Hoje é de R$ 22. Nossa função é estressante. Tripulante fica cinco, seis dias fora de casa, trabalha dia e noite, não pode frequentar nenhuma atividade fixa, vive por escala”, diz.

Brechas na lei trabalhista

De acordo com a Lei do Aeronauta (Lei 7.183/84), por questões de segurança operacional, um tripulante de avião a jato não pode exceder 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano. O texto também impede que a tripulação que cumpriu três horas de jornada entre 23h e 6h viaje na madrugada do dia seguinte.

Há três brechas na lei, segundo aeronautas entrevistados pela reportagem. Para o comandante Carlos Camacho, diretor do SNA, algumas empresas aproveitam uma falha no texto da regulamentação da categoria e obrigam os tripulantes a trabalhar durante várias madrugadas seguidas.

“As empresas se apropriaram de uma falha na regulamentação que permite uma interpretação segundo a qual só não podem ser escalados na madrugada seguinte os tripulantes que voltaram à sua base. O problema é que muitas vezes os trabalhadores viajam de madrugada, mas não voltam para sua base, vão para outras cidades”, diz. “Mas o que está em questão é a condição física do ser humano, e não a cidade para onde o tripulante vai”, afirma.

Já o copiloto de 30 anos que falou com a reportagem disse as empresas encontraram um outro “buraco” na lei. “Se o tripulante chegar na base entre 23h e 6h, não pode ser acionado para voar na noite seguinte. Mas se ele decolar 22h e pousar 6h05, por exemplo, as empresas dizem que não há problema nenhum e esfregam a lei na nossa cara. A regra foi mal escrita”, diz.

Uma outra chefe de cabine, que possui 31 anos e está há seis na Gol, afirma que além do excesso de trabalho, os tripulantes estão sujeitos a riscos decorrentes da falta de infraestrutura adequada no espaço aéreo brasileiro.

“Existem ‘buracos negros’ na região do norte do país, nos quais não há comunicação entre piloto e torre”, diz. “Uma vez, saindo de Fortaleza para Natal, desviamos de um tucano (aeronave de pequeno porte) a um pouco mais de 100 metros. Uma amiga que tripulava no dia 1º de agosto num voo do Recife para Campinas contou que a aeronave quase colidiu com um avião cargueiro, que teve que arremeter o pouso para não ter colisão. Infelizmente só dão importância para isso quando aconteceu um acidente”, conta.

Outro lado

Por meio da sua assessoria de imprensa, a Gol negou que desrespeita a legislação trabalhista e obriga os funcionários a trabalhar mais. A companhia disse que os problemas com atrasos e cancelamentos foram causados justamente porque o limite de horas trabalhadas pelos tripulantes foi respeitado. A Gol afirmou ainda que o problema com a escala foi resolvido.

A Anac informou que está acompanhando a normalização da situação e fiscalizando o cumprimento da lei do aeronauta. Segundo a agência, caso o passageiro não seja atendido pela companhia aérea, ele pode registrar queixa pelo 0800 725 4445 ou pelo site:
www.anac.gov.br/faleanac.

Fonte: UOL Notícias - Foto ilustrativa: thebat-sf.com

Gol opera normalmente, diz em vistoria presidente da Anac

Solange Vieira acompanha operações da Gol no Santos Dumont

A presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, afirmou nesta quinta-feira que os voos da companhia Gol já operam normalmente, após cinco dias de atrasos e cancelamentos acima da média. Em vistoria no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Solange disse nesta manhã que o problema verificado no software que elabora a escala da tripulação da Gol, apontado pela companhia como o principal motivo pelos transtornos, já foi contornado. "Felizmente, o tempo contribuiu", afirmou.

O diretor de relações institucionais da Gol, Alberto Fajerman, esteve presente na vistoria feita pela Anac e afirmou que o problema já está superado. Segundo o diretor, a companhia trabalha agora para garantir que não ocorram novas panes no sistema. "O problema foi seríssimo. Estamos muito tristes com o que aconteceu com os nossos passageiros", afirmou.

Segundo Fajerman, apesar de reduzir os custos no serviço aos passageiros, a companhia prima pela pontualidade. "A Gol sempre foi muito pontual. Servimos barra de cereal, mas vamos no horário e temos avião novo", disse. Além do problema no sistema de escalas da tripulação, o diretor apontou como agravantes o fechamento de aeroportos e a volta das férias escolares.

Fiscalização

A presidente da Anac seguiu seu roteiro de vistorias no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), onde embarcou, às 11h29, no voo 1385 da Gol, com destino ao terminal de Congonhas, em São Paulo. Acompanhada de outros quatro funcionários da agência, usando colete azul, Solange fez o check in no balcão da companhia.

De Congonhas, a presidente da Anac vai até o aeroporto internacional de Guarulhos (SP), onde deve pegar outro voo da Gol para a Argentina.

De acordo com Solange, os problemas nos aeroportos não devem voltar a ocorrer. "Não temos nenhum problema nos aeroportos. Todas as companhias estão com praticamente 0% de atrasos. Não há nenhum indicativo de que isso possa voltar a ocorrer", afirmou.

Segundo a presidente, a questão de excesso de horas semanais dos pilotos da Gol foi um problema isolado, causado por falha no sistema da companhia. "A gente está acompanhando semanalmente com a Gol a questão da tripulação. Tudo indica que foi um problema da companhia, que contabilizou as horas dos pilotos de forma errada", disse.

Cada piloto pode voar 85 horas por mês e a soma de 3 meses não pode passar de 230 horas. Solange afirmou que o Brasil não sofre problemas de falta de piloto para a aviação comercial. Ela, no entanto, admitiu que às vezes o limite de horas não é respeitado. "Eventualmente isso acontece, mesmo porque às vezes os voos atrasam e às vezes a programação sai um pouco do previsto. Isso é normal", afirmou.

De acordo com ela, quando a Anac identifica a ocorrência de extrapolação do número de horas, a agência não deixa o piloto voar e a companhia tem que contratar os serviços de outra empresa para substituir o voo.

Multa recorde

A multa recorde para a Gol, estimada em R$ 2 milhões, pode ser ainda maior, segundo a agência. O cálculo foi feito com base no valor máximo pago por atrasos não justificados. De acordo com a Anac, isso pode ocorrer se houver outras multas provenientes de reclamações de passageiros sobre o tratamento dado pela Gol na ocorrência da crise.

Pagamento de multas

De acordo com Solange, a Anac tem melhorado o processo administrativo para que as multas aplicadas sejam pagas pelas companhias aéreas. Em 2008, foram pagas 60% das multas aplicadas, em 2009, esse número subiu para 70%. Nos demais casos, as empresas recorreram e as multas foram retiradas.

Fonte: Luís Bulcão Pinheiro (Terra) - Foto: Fabio Motta/Agência Estado

Suposto acidente com Boeing em aeroporto do Zimbábue

Um Boeing 767 proveniente de Londres supostamente sofreu um acidente na pista do aeroporto de Harare, no Zimbábue, segundo informações de autoridades da aviação civil do país africano fornecidas na manhã de hoje (5).

Segundo David Chawota, chefe executivo da autoridade da aviação civil do Zimbábue, "há feridos, mas não há mortos". Testemunhas viram diversas ambulâncias se dirigindo ao aeroporto de Harare.

Mais tarde, as autoridades do Zimbábue voltaram atrás e disseram que o "acidente" com avião "foi um exercício de simulação".

Assim confirmaram à Agência EFE fontes oficiais, que desmentiram informações prévias que indicavam que um Boeing 767 procedente de Londres tinha sofrido um acidente no aeroporto da capital do país às 9h no horário local.

Oficiais disseram à imprensa local após a divulgação do suposto acidente que "um número indeterminado de pessoas tinham ficado feridas" e que o avião "não era da companhia Air Zimbabwe".

Mais tarde, o chefe da Autoridade de Aviação Civil do Zimbábue, David Chawota, afirmou que "o acidente fazia parte de um exercício prático" e que "todas as agências que devem responder as situações de emergência estão preparadas".

"A Polícia, os serviços médicos e as unidades de desativação de explosivos responderam ao exercício", detalhou Chawota.

Não há confirmação, no entanto, se algum dos participantes ficou ferido. Embora testemunhas tenham afirmado terem visto ambulâncias chegando ao Aeroporto Internacional de Harare, fontes ligadas aos pilotos de Air Zimbabwe asseguraram que nenhum avião procedente de Londres aterrissou no aeroporto às 9h (4h de Brasília), como havia sido informado.

Desde que a companhia aérea do Reino Unido British Airways cancelou a rota Londres-Harare durante a profunda crise econômica vivida pelo Zimbábue em 2008 e 2009, a Air Zimbabwe é a única companhia com voos diretos entre estes dois países.

Fontes: EFE / Reuters / AFP / G1 - Fotos: AFP / AP

Avião da TAM faz pouso forçado em aeroporto do interior de SP

Aeronave saiu de São Paulo com destino a Cuiabá.

Um avião da TAM fez um pouso forçado por volta das 11h desta quinta-feira (5), em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, após a aeronave atingir um poste de concreto de sustentação do alambrado do aeroporto (foto abaixo), cerca de 100 metros antes da pista 25/07. No choque contra a cerca, um pneu estourou.

A aeronave, o Airbus A319-100, prefixo PR-MAN, saiu de São Paulo com destino a Cuiabá e faria uma escala em São José do Rio Preto. Quando chegava à cidade do interior paulista, houve o incidente e o pouso teve de ser feito cerca de 100 metros antes do limite da pista.

A TAM informou que a aeronave que realizava o voo JJ 3740 (Congonhas – Rio Preto – Cuiabá) teve um dos seus pneus danificados ao pousar em Rio Preto.

O avião foi encaminhado para manutenção no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Dos 137 passageiros a bordo, 107 desembarcaram em Rio Preto e 30 seguiram viagem para Cuiabá, às 12h20, em uma aeronave reserva da companhia, o Airbus A319-100, prefixo PT-MZD.

Fontes: G1 (com informações da TV Tem) / Aviation Herald - Fotos: Natália Clementin / AVH