quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Como funciona a investigação de um acidente aéreo?


Poucas horas após a queda do avião que levava a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em Minas Gerais, no dia 5, os órgãos oficiais já deram início à apuração do que pode ter contribuído para o acidente.

Até o momento, investigadores do Seripa 3 (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que atua na região, estiveram no local para coletar informações, fazer registros fotográficos, entrevistar testemunhas e recolher peças-chave da aeronave para análise. Os investigadores do Seripa integram o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da FAB (Força Aérea Brasileira) responsável por esse tipo de investigação no país.

Bombeiros fazem segurança de peritos durante trabalhos no local da queda do avião
que vitimou Marília Mendonça (Foto: Divulgação/CBMMG)
A Aeronáutica também recolheu na sede da PEC Táxi Aéreo, empresa que operava o voo com a cantora, amostra de combustível, documentação relativa à manutenção do avião e os registros dos voos dos pilotos e da aeronave.

O avião não tinha caixa-preta, segundo a FAB, mas um geolocalizador, que foi encontrado e irá auxiliar a definir qual foi o trajeto voado antes da queda. Neste domingo, os destroços da aeronave foram retirados do local com o auxílio de um guincho e aguardam para serem levados para o Rio de Janeiro, sede do Seripa 3.

Relatório final deve demorar


O relatório final da investigação, que irá apontar os fatores que contribuíram para a queda da aeronave, não tem prazo para ser entregue, podendo demorar de alguns meses a vários anos. Nele, não irão constar os responsáveis pela queda, já que esse não é o objetivo da investigação do órgão.


Se houve algum crime, quem irá investigar isso é a polícia, que terá de fazer uma apuração paralela à do órgão. Diferentemente da polícia, o objetivo do Cenipa é evitar que outros acidentes aconteçam, e não responsabilizar culpados.

Entenda a seguir o passo a passo da investigação de acidentes aeronáuticos:


Ação inicial

Destroços de aeronave da FAB no Cenipa, em Brasília (Foto: Alexandre Saconi/UOL)
A ocorrência aeronáutica pode ser notificada por qualquer cidadão diretamente aos órgãos oficiais. Com isso, uma das equipes dos Seripas é designada para ir ao local e iniciar a análise do acidente.

Se todos estiverem seguros e a ação dos bombeiros já tiver sido encerrada, tem início a preservação da área e coleta de dados e indícios, além das entrevistas com testemunhas e sobreviventes. Partes da aeronave podem ser recolhidas para análise em laboratório, assim como a caixa-preta, quando existente.

Várias especialidades

Na investigação, costumam estar envolvidos diversos profissionais de áreas como engenharia, psicologia e medicina. Por exemplo, é analisado se o piloto estava enfrentando uma carga de trabalho estressante ou se estava sob efeito de drogas. 

A aeronave pode até mesmo ter seus destroços remontados para verificar o que pode ter ocorrido, como uma falha mecânica. Aí entra o trabalho da equipe de engenharia, que, por meio de exames e testes laboratoriais, pode detectar se houve fadiga do material, se um cabo se rompeu ou se foi forçado além do limite.

Conclusão do trabalho

Caixa-preta é o principal item buscado em uma investigação de um acidente aeronáutico
(Foto: Alexandre Saconi/UOL)
Com todas as informações em mãos, o investigador encarregado elabora o relatório final, que contém os fatores que contribuíram para o acidente e recomendações de segurança. Ainda podem ser emitidos outros documentos, como informes aos fabricantes e empresas aéreas com o objetivo de alertar sobre possíveis problemas que possam ocorrer.

Curiosidades

  • Os relatórios finais do Cenipa não possuem nomes das pessoas que estavam no voo. A intenção é reforçar o objetivo de prevenção, e não de incriminação.
  • A caixa-preta, na verdade, é laranja. Essa cor ajuda os investigadores a encontrar o equipamento em locais de acidente.
  • A caixa-preta é feita de materiais muito resistentes, como o titânio, e costumam ficar na cauda dos aviões comerciais. Elas têm de resistir a uma temperatura de mais de 1.000º C por, pelo menos, uma hora, além de aguentar ficarem submersas a profundidades de até 6.000 metros.
  • Existem caixas-pretas denominadas CVR (Cockpit Voice Recorder), que são os gravadores de voz, e FDR (Flight Data Recorder), que são gravadores de dados. Os aviões comerciais são obrigados a possuir o modelo que inclui os dois tipos de gravador.
  • O Cenipa possui uma área onde estão diversos destroços de acidentes com aviões e helicópteros da Aeronáutica. Ela serve de treinamento para os investigadores compreenderem o que ocorreu em casos reais.
  • Após o término da investigação, os destroços das aeronaves são devolvidos aos proprietários.
Por Alexandre Saconi (UOL)

iPhone cai de avião em movimento e não sofre nenhum dano

Nos últimos anos, a Apple tem investido bastante na resistência estrutural dos iPhones, com tecnologias como o Ceramic Shield para evitar que os celulares tenham a tela quebrada em choques mais fortes. O recurso pode ter sido providencial para que um modelo tenha sobrevivido intacto durante um episódio que ocorreu no aeroporto Orlando Executive, localizado nos Estados Unidos.

O piloto de um avião bimotor que tinha acabado de decolar percebeu que tinha derrubado o aparelho ainda na pista do aeroporto, e conseguiu localizá-lo por meio do Find My, serviço de rastramento posicional para produtos da Apple. De acordo com informações exibidas, o iPhone estava caído a cerca de um quilômetro do início da pista, um pouco mais para a direita em relação à linha central que serve de referência para o posicionamento das aeronaves.

Os dados foram transmitidos por rádio para funcionários do aeroporto, que foram então procurar o dispositivo. De acordo com o diálogo divulgado no YouTube, o Find My conseguiu identificar exatamente onde o smartphone estava, o que facilitou as buscas. Porém, a maior surpresa aconteceu no momento em que o iPhone foi localizado no chão — ele foi ligado normalmente, todas as funções estavam intactas e nem mesmo a tela foi danificada

O fato deixou os responsáveis pela torre de comando impressionados. Antes de o smartphone ser recuperado, o operador apontou que "seria uma boa notícia para a Apple se ele [o iPhone] ainda funcionar". Logo após receber a informação de que até o painel frontal estava intacto, ele brincou: "o celular deveria estar dentro de um bloco de concreto ou algo parecido, não é possível!".

Não foi divulgado qual foi o modelo que sobreviveu à queda, então não há como ter certeza que se tratava de algum aparelho da linha iPhone 12 ou iPhone 13, que receberam reforços estruturais em relação às gerações anteriores. É provável que ele tenha caído a uma velocidade horizontal de aproximadamente 60 milhas por hora (ou seja, algo em torno de 96 quilômetros por hora), além da altura da cabine.

O diálogo completo entre o operador da torre de comando e o funcionário de solo pode ser conferido no vídeo abaixo (em inglês - ative a tradução automática do Youtube):


Por Vinícius Moschen | Editado por Wallace Moté (Canaltech)

Aconteceu em 10 de novembro de 1971: Queda de um Vickers Viscount na Indonésia

Um Vickers 828 Viscount similar ao envolvido no acidente
Em 10 de novembro de 1971, o Vickers 828 Viscount, prefixo PK-MVS, da Merpati Nusantara Airlines, batizado "Sabang", partiu para realizar o voo doméstico entre o Aeroporto Aeroporto Kemayoran, em Jacarta e o antigo  Aeroporto de Padang, ambas cidades da Indonésia.

A bordo da aeronave estavam 62 passageiros e sete tripulantes. Todos os passageiros a bordo eram cidadãos indonésios, exceto um médico alemão e sua esposa, e um piloto de helicóptero britânico que trabalhava na Indonésia. Oito crianças também estavam a bordo.

O voo transcorreu normalmente até cinco minutos antes do horário programado para a chegada a Padang, quando os controladores de tráfego aéreo perderam o contato por rádio com o Viscount.

Os controladores do Aeroporto Sultan Mahmud Badaruddin II, em Palembang, Sumatra relataram que a aeronave emitiu um sinal de socorro. A tripulação de voo teria dito que não poderia pousar em Padang por causa do mau tempo e visibilidade ruim. 

A aeronave posteriormente caiu no Oceano Índico, matando todos os 62 passageiros e sete tripulantes a bordo da aeronave. 

Três dias após o acidente, pedaços dos destroços foram encontrados flutuando a 120 quilômetros de Sumatra, na Indonésia. Um pescador encontrou assentos na aeronave entre as ilhas Beringin e Katang- Katang. Um barco da Marinha da Indonésia também recuperou roupas e botes salva-vidas não inflados. 

Jornais da época relataram o acidente
Este continua sendo o terceiro pior acidente com um Visconde de Vickers na história desse tipo de aeronave. 

Por Jorge Tadeu (com ASN e Wikipedia)

Embraer busca expandir centros de serviços próprios

A Embraer possui atualmente cinco centros de serviços próprios e uma rede de mais de
60 centros de serviços autorizados (Foto: Embraer)
Conforme a Embraer completa 15 anos de seu programa Embraer Executive Care (EEC), o airframer brasileiro está reforçando suas capacidades de serviço pós-venda e planejando expandir sua rede de centros de serviços próprios, disse a chefe de relações com o cliente e vendas pós-venda da Embraer Jatos Executivos Marsha Woelber à AIN. “Sabemos que nossos clientes desejam vir para o OEM em muitos casos e queremos atender a essa demanda”, disse ela.

Atualmente, a empresa opera três centros de serviços próprios nos Estados Unidos - Mesa, Arizona e Fort Lauderdale e Melbourne, na Flórida - junto com um em Sorocaba, Brasil, onde a Embraer dobrou recentemente sua capacidade, e um quinto em Paris Le Bourget. Além disso, a empresa possui mais de 60 centros de serviços autorizados.

Além dos planos da Embraer para mais centros de serviços próprios, seu centro de serviços em Fort Lauderdale foi recentemente certificado como Centro de Conclusão Aeroespacial Collins para modificação e reparo de assentos em sua frota em serviço de Legacy 450s e 500s, bem como Praetor 500s e 600s . Com a certificação, a Embraer pode projetar novos looks de estofamento dentro dos limites do certificado de tipo original. “Com esses clientes que são novos na Embraer, existe um mercado secundário incrível que nos trouxe muitas oportunidades com a reforma de interiores”, disse Woelber.

Com uma cadeia de suprimentos mais apertada provocada pela pandemia, ela disse que a Embraer está focando seus investimentos em peças de reposição de alta demanda, melhorando a comunicação com os clientes em caso de atrasos de peças e deslocando estoques para estar mais perto de frotas maiores de suas aeronaves. A Embraer também tem se comunicado com seus fornecedores em nível executivo, acrescentou Woelber. “Acho que fizemos um excelente trabalho para manter nossos clientes voando, mas não é um ambiente normal”, disse ela. “Estamos prontos para lidar com isso e temos todas as pessoas certas muito focadas nisso”.

Quanto ao EEC, Woelber disse que mais de 700 clientes estão inscritos no programa e tem uma taxa de retenção de cerca de 90 por cento. De acordo com o programa de manutenção ponta-a-ponta, o EEC fornece orçamento e suporte que são combinados em uma taxa mensal fixa, mais uma cobrança por hora para as horas de voo voadas. Os custos de manutenção programada e não programada são definidos e os clientes são informados no momento da inscrição no programa.

GOL divulga dados preliminares de tráfego para outubro de 2021

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA (NYSE: GOL e B3: GOLL4) , maior companhia aérea doméstica do Brasil, anuncia hoje os números preliminares de tráfego aéreo do mês de outubro de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020.

Destaques:
  • No mercado doméstico, a demanda (RPK) pelos voos da GOL cresceu 13,9% e a oferta (ASK), 5,3%. A taxa de ocupação doméstica da GOL foi de 84,3% em outubro, 6,4 pp maior em relação a outubro de 2020. A GOL transportou 1,9 milhão de passageiros no mês, um aumento de 23,5% em relação a outubro de 2020.
  • A GOL não operou voos internacionais regulares durante o mês.

Dois Airbus A350s voam através do Atlântico em uma formação semelhante a dos pássaros

A Airbus completou um teste de voo em formação com dois de seus A350 (Foto: Getty Images)
A Airbus demonstrou como o vôo em formação pode ajudar na sustentabilidade com dois Airbus A350s de teste voando sobre o Atlântico, no que apelidou de “a demonstração final”. Inspirando-se na formação de voo empregada por gansos, a Airbus tem trabalhado muito na ideia desde 2019.

Em todo o mundo, a indústria aérea está procurando reduzir as emissões de CO2. Nenhuma ideia está fora de questão, com alguns, como a Etihad, chegando ao ponto de calcular rotas ótimas que evitam a geração de rastros. Enquanto a Airbus busca o voo de hidrogênio , uma solução que pode ser mais fácil de implementar é o voo em formação, especialmente em rotas de alta densidade, como North Atlantic Tracks.

Uma demonstração de sucesso


Esta manhã, dois Airbus A350 partiram de Toulouse em sucessão próxima. A decolar primeiro foi o Airbus A350-941 com MSN1, registrado como F-WXWB. Este partiu de Toulouse como AIB 1 às 08h57. Momentos depois, o Airbus A350-1000 com MSN59, registrado como F-WMIL, voou para os céus de Toulouse às 08h59 como AIB 2.

As aeronaves cruzaram o Atlântico, uma atrás da outra (Imagem: FlightRadar24.com)
Após um ligeiro desvio em sua trajetória de voo sobre a França para se alinhar, os dois jatos voaram em formação do oeste da França até chegarem bem ao Canadá. Eles então voaram para Montreal em formação sobre o Oceano Atlântico e pousaram com apenas um minuto de diferença às 10h40 e 10h41, respectivamente. A aeronave usou o espaço aéreo do General Air Traffic sobre o Atlântico para evitar o entupimento das trilhas do Atlântico Norte .

A ideia foi inspirada na forma como os gansos voam em formação (Foto: Pixabay)
Parece que a missão foi um sucesso. A Airbus comentou que, durante o voo, a segunda aeronave economizou mais de seis toneladas de CO2. Segundo o fabricante de aviões, isso equivale a cerca de 5% nos voos de longo curso.

Comentando sobre a missão bem-sucedida, o Diretor Técnico da Airbus, Sabine Klauke, comentou: “Este voo de demonstração é um exemplo concreto de nosso compromisso em tornar nosso roteiro de descarbonização uma realidade... A oportunidade de implementá-lo para aeronaves de passageiros em meados desta década é muito promissora. Imagine o potencial se o 'fello'fly' fosse implantado em toda a indústria!”

Como funciona?


Como funciona a formação de voo? É uma pergunta interessante. Os aviões não voam um atrás do outro, mas sim em um padrão diagonal, como visto quando pássaros como patos e gansos sobrevoam. As duas aeronaves possuem um sistema de controle de voo conectado que se comunica. A aeronave a seguir fica na esteira de atualização do líder, o que reduz um pouco o trabalho que ela precisa fazer.

Embora a tecnologia seja sem dúvida empolgante, parece que seria uma dor de cabeça implementá-la. Isso exigiria que as partidas das aeronaves fossem coordenadas para garantir que uma aeronave não estivesse esperando por outra, o que poderia ser um desafio comercial.

A tecnologia teria sido perfeita para a British Airways e a Virgin Atlantic (Foto: British Airways)
Em vez disso, parece mais uma tecnologia que poderia ser empregada quando as aeronaves estão entrando nas principais vias aéreas, como as pistas do Atlântico Norte, ao mesmo tempo. Teria sido perfeito para a British Airways e a Virgin Atlantic, que operaram voos simultâneos de Heathrow para Nova York ontem. 

É claro que, nessa situação, você também precisa decidir qual aeronave seguirá e, portanto, usará um pouco menos de combustível, por isso custa um pouco menos para operar.

Vídeo: Aviões da British Airways e da Virgin Atlantic realizam decolagens duplas em Heathrow

Bebê entregue às tropas dos EUA sobre a cerca do aeroporto de Cabul está desaparecido


Um bebê de 2 meses entregue às tropas dos EUA por cima de uma cerca no aeroporto de Cabul em meio à caótica evacuação do presidente Biden em agosto está desaparecido, de acordo com um relatório.

O governo dos EUA reconheceu que está tentando resolver o desaparecimento da criança Sohail Ahmadi - com o Departamento de Estado dizendo à Reuters que está trabalhando "para explorar todas as vias para localizar a criança".

O pai do bebê, o ex-guarda da embaixada dos EUA Mirza Ali Ahmadi, sua esposa Suraya e os outros quatro filhos do casal entraram no aeroporto de Cabul logo após a transferência, mas não conseguiram encontrar Sohail.

Mirza Ali Ahmadi não fala inglês, noticiou o noticiário e, inicialmente, por meio de um tradutor, foi informado que a criança pode ter estado em uma parte separada do aeroporto de Cabul ou que pode ter sido evacuada separadamente para o Catar.

O resto da família foi levado de avião para o Qatar e depois para Fort Bliss, no Texas.

Ahmadi disse ter visto outros pais entregando seus bebês às tropas americanas por cima da cerca em 19 de agosto, logo depois que o Taleban invadiu a capital afegã, enviando uma multidão de civis contra aviões militares americanos. Acredita-se que os outros bebês tenham sido devolvidos aos pais.

O aeroporto de Cabul era o último trecho do território controlado pelos EUA antes do prazo de retirada de Biden em 31 de agosto e foi o local de um atentado a bomba em 26 de agosto por supostos terroristas do Estado Islâmico que mataram 13 soldados americanos e mais de 150 afegãos em um posto de controle.

Imagens de crianças passando pela cerca do aeroporto circularam amplamente durante os dramáticos dias finais da guerra de 20 anos.

Passageiros são presos e outros fogem após pouso de emergência na Espanha, possivelmente ligados à imigração ilegal


A polícia de Mallorca prendeu 12 passageiros e estava procurando mais 12 no sábado (6), que fugiram de um avião durante um pouso de emergência em um incidente "sem precedentes" possivelmente ligado à imigração ilegal, disseram as autoridades.

O êxodo não autorizado ocorreu após um passageiro aparentemente adoecer em um voo do Marrocos para a Turquia, com o avião forçado a fazer um pouso de emergência em Palma de Maiorca, um dos aeroportos mais movimentados da Espanha.

“Doze pessoas foram presas e outras 12 ainda não foram encontradas”, disse Aina Calvo, representante do governo espanhol nas Ilhas Baleares, em entrevista coletiva.

O incidente ocorreu em um voo da AirArabia de Marrocos para a Turquia, que foi redirecionado para Palma na sexta-feira, devido a uma emergência médica.

A polícia disse anteriormente que um passageiro “aparentemente sofreu um coma diabético e foi levado de ambulância ao hospital com um acompanhante”, mas na chegada foi considerado bom e teve alta.

“Ele foi preso sob suspeita de encorajar a imigração ilegal e violar a lei de imigração espanhola”, disse um comunicado da polícia, observando que seu companheiro havia fugido.


Durante a evacuação, outros 21 passageiros saíram do avião por volta das 19h00 (18h00 GMT) da noite de sexta-feira e correram para a pista, disse Calvo, o que levou a uma busca policial em massa que obrigou o fechamento do aeroporto até cerca de meia-noite.

Outra pessoa foi presa por “insultos e agressão” dentro do avião, elevando para 24 o número total de envolvidos no incidente - a maioria marroquinos, exceto um “que acreditamos ser palestino”, disse ela, acrescentando que o incidente foi “sem precedentes”.

Fake News: Avião que aparece caindo em vídeo viral não é o de Marília Mendonça


Circula no WhatsApp um vídeo que mostra o suposto momento da queda do avião em que estava a cantora Marília Mendonça. Na última sexta-feira (5), a aeronave que transportava a artista e outras quatro pessoas caiu em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais. O acidente matou os cinco ocupantes. 

A gravação viral mostra um bimotor voando baixo e aparentemente sem controle. Na sequência, a aeronave cai em uma área descampada. No momento da queda, um homem que está próximo ao que parece ser a asa de um avião assiste à cena. O vídeo tem uma música de Marília Mendonça como trilha sonora e apenas sugere, em uma tarja, que o acidente teria sido gravado bem na hora em que ocorreu.

A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo não mostra o momento da queda do avião que matou cinco pessoas, entre elas Marília Mendonça, em Minas Gerais. Na verdade, a cena foi gravada em maio de 2012, e não em 2021, na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. 



Gravações originais da época, que mostram o mesmo acidente, podem ser encontradas no YouTube. Na ocasião, duas pessoas morreram depois que o avião de pequeno porte apresentou problemas ao decolar e, na tentativa de um pouso forçado, acabou caindo a cerca de 300 metros da pista do aeroporto do município paulista.

Há outros detalhes no vídeo que evidenciam que a cena foi registrada em um lugar diferente do local onde aconteceu o acidente com Marília Mendonça. Um desses detalhes é a área de pasto, que difere da região de serra, e uma queda d’água onde a aeronave que transportava a cantora caiu. Além disso, a partir das imagens divulgadas depois do acidente da última sexta, é possível constatar que não havia nenhum aeródromo ou pátio para estacionamento de aeronaves no terreno próximo à cachoeira. Já no vídeo que viralizou, é possível notar a asa de um avião e um muro localizado a poucos metros de onde o bimotor caiu.

Esse conteúdo também foi verificado pelo Boatos.org.

Maquiagens, joias, iPhone, bolsas: veja os itens recolhidos pela PM no avião onde estava Marília Mendonça

Cantora e outras quatro pessoas morreram após queda de avião bimotor em Caratinga, no interior de Minas Gerais, na última sexta-feira (5).

Pertences de Marília Mendonça e das outras vítimas que estavam dentro do avião em Caratinga
(Foto: Carlos Eduardo Alvim / TV Globo)
Malas, bolsas, equipamentos de informática, joias. Estes e outros pertences foram recolhidos, identificados e lacrados pelos policiais militares que fizeram o resgate no local onde caiu a aeronave que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas, na zona rural de Caratinga (MG), na última sexta-feira (5).

Além da cantora, morreram no acidente o produtor Henrique Ribeiro; o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Medeiros Júnior; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

Os objetos foram, depois, encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil de Caratinga, onde foram mais tarde repassados para os advogados. No mesmo dia, eles foram ouvidos pela equipe que está à frente das investigações.

Pertences de Marília Mendonça e das outras vítimas que estavam dentro do avião em Caratinga
(Foto: Carlos Eduardo Alvim / TV Globo)
O g1 teve acesso à identificação dos 19 itens encontrados dentro da aeronave. O case do violão de Marília não aparece entre eles. Nenhum item do copiloto Tarciso Pessoa Viana consta na lista.
Clique na imagem para amplia-la
Por Carlos Eduardo Alvim, TV Globo — Belo Horizonte

Policiais viram vítima do avião que caiu com Marília Mendonça ainda com vida

Um vídeo registrado por uma câmera acoplada na farda de um policial militar que trabalhou no resgate dos corpos do avião bimotor Beechcraft King Air C90A, que caiu na sexta-feira matando a cantora Marília Mendonça, aos 26 anos, e mais quatro pessoas, mostra que, no início do socorro, um dos agentes chegou a dizer que uma das vítimas apresentava sinal de vida.

— Dá para ver o braço, só o antebraço ali — afirmou um policial militar ao se aproximar da aeronave.

— Tá mexendo? — questionou outro.

O agente respondeu: — A princípio, sim! Tremendo, tremendo muito.

Nas imagens, não é possível identificar o passageiro. A esperança foi desfeita quando os policiais entraram no avião, onde o cenário era de devastação.

— De longe era uma coisa; de perto, parecia que tinha passado um furacão. O assoalho estava todo destruído, os bancos fora do lugar... Tudo foi arrancado dentro do avião. Não tem como não pensar no que as pessoas passaram. Fiquei atordoado — lembra Amadeu Alexandre, de 55 anos, dono de uma empesa de guinchos há 35, que foi acionado no sábado pela manhã para retirar o avião que caíra na véspera no Córrego do Lage, dentro de um condomínio de Caratinga (Minas Gerais).

O legista responsável disse que as vítimas sofreram politraumatismo, mas a polícia aguarda a finalização dos laudos sobre a causa das mortes.


Amadeu nunca tinha guinchado uma aeronave. Seu dia a dia de trabalho consiste na retira de carros e ônibus acidentados. Naquele sábado, embarcou na caminhonete e seguiu rumo ao cenário que já tinha visto pela TV: um avião que parecia, a olhos leigos, quase intacto. O trabalho de remoção mobilizou oito pessoas e dois caminhões — um guincho de 200 toneladas e outro de 40. O acesso à cachoeira era difícil, o tempo não estava bom, as ruas do condomínio não foram projetadas para a passagem de veículos pesados. E o avião pesa 8 toneladas.

— A parte mais complicada foi a remoção de um dos motores. Ele se desprendeu do corpo do avião e foi lançado a cerca de 300 metros, numa região íngreme e escorregadia, com muito limo — conta ele.

Cada motor do avião pesa 100kg. O segundo estava perto da aeronave e foram resgatados com cabos de aço e um caminhão-guincho. A polícia local afirma que um cabo foi encontrado enrolado à hélice de um motore. Ainda não é possível afirmar que ele seria da torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas.

No sábado e no domingo, a aeronave foi deslocada para um terreno onde ficavam os caminhões para transportá-la. Para ser embarcada, ela foi dividida em quatro partes. Na manhã de ontem, um caminhão levou os destroços da fuselagem para um galpão em Caratinga. O trabalho foi acompanhado por investigadores do Seripa, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e por policiais civis. A Aeronáutica investiga o motivo de o piloto estar voando a baixa altitude, o que causou a colisão com o cabo de energia. A empresa que guinchou o bimotor planejava enviar o material, durante a noite, para o Rio, onde os destroços serão periciados. A Polícia Civil de Minas abriu inquérito para apurar responsabilidades pela queda.

Via Extra