segunda-feira, 26 de julho de 2010

EUA repetirão no Afeganistão destino que tiveram no Vietnã

Para o presidente do parlamento iraniano, Ali Larijani (foto), os Estados Unidos verão o Afeganistão se transformar em um novo Vietnã, ao comentar os erros que os ocupantes estão cometendo na nação asiática, invadida desde outubro de 2001.

Larijani fez a consideração durante entrevista à uma emissora de televisão suíça de língua francesa, que procurava obter opiniões do governo iraniano sobre a Conferência Internacional realizada no dia 20 deste mês em Cabul.

"Há alguns anos, a então URSS (ex-União Soviética) cometia exatamente o mesmo erro... Ela teve muitas baixas e, por fim, retirou-se . A história se repete. Nós conhecemos o Afeganistão. Sabemos que o país jamais vai se subjugar aos exércitos estrangeiros", acrescentou o líder do parlamento.

Cerca de 140 mil soldados americanos e da Otan participam da ocupação do país, ocupado há 9 anos e meio e que transforma-se cada vez mais em um beco sem saída. Os Estados Unidos puseram na liderança da ocupação o general David Petraeus, que substituiu Stanley McChrystal, demitido por insubordinação. McChrystal expôs em entrevista que a ocupação dificilmente realizará a missão alegadamente a que foi submetida.

O presidente do Parlamento iraniano, presente em Genebra para a Conferência Mundial dos Presidentes de Parlamentos organizada pela União Interparlamentar, também aproveitou a entrevista para protestar contra as novas sanções votadas em junho pelo Conselho de Segurança da ONU.

Ele alertou que o Irã tomará medidas de retaliação caso seus navios ou aeronaves fossem interceptados e invadidos em circunstâncias determinadas pelas sanções. "Se um avião ou barco iraniano for inspecionado por outro país, deve-se esperar que tomemos medidas retaliativas", insistiu.

Fonte: Portal Vermelho, com agências (22.07.10)

Wikileaks: como um simples site pode mudar a história

Julian Assange, criador do Wikileaks, é o expoente maior do "ativismo hacker", dificultando a vida de governos e corporações

A imprensa internacional foi tomada nesta segunda-feira pela notícia do vazamento de 92 mil documentos sobre a campanha dos Estados Unidos no Afeganistão, seu principal campo de batalha no momento. O escândalo tem o potencial de assumir as mesmas dimensões da divulgação de um vídeo, em abril, em que um helicóptero apache disparava contra civis no Iraque, causando um constrangimento para o governo norte-americano que obrigou até o secretário de Defesa, Robert Gates, a se pronunciar. E por trás dos dois maiores furos da imprensa no ano está um site sueco: o Wikileaks.

Criado pelo australiano Julian Assange, o site Wikileaks já colocou na web 1,2 milhão de documentos desde o lançamento, em 2007, se tornando um pesadelo para governos, políticos e grandes empresas. Ex-empregados em busca de vingança de seus patrões e militares e funcionários de governos com acesso a informações confidenciais são sempre uma fonte abundante de informações, mas na prática qualquer um pode apresentar uma denúncia. O que fez o Wikileaks ganhar respeito com o passar do tempo é sua política editorial.

Se no início o site afirmava estar interessado primariamente em "expor regimes opresssores na Ásia, o ex-bloco soviético e no Oriente Médio", foi a segunda parte da declaração de princípios, "ajudar pessoas de todas as regiões que desejam revelar o comportamento antiético de seus governos e corporações" que o tornou um divulgador priviligiado de informações comprometedoras. A política recentemente evoluiu para a publicação apenas de documentos "de interesse político, diplomático, histórico ou ético". Ao mesmo tempo, deixou de publicar comentários.

Hacktivismo

À frente do Wikileaks, Assange se tornou o maior expoente do ativismo hacker - ou hacktivismo - em qualquer época. Ex-estudante de Física e Matemática, ex-programador de computadores, é considerado o maior hacker surgido na Austrália e já foi condenado por roubar informações da Inteligência americana e publicar uma revista que inspirou ataques à Commonwealth, a comunidade britânica de nações. Não se sabe sua idade ao certo, mas estima-se que tem 40 anos. Ele também é co-autor do livro Underground (Subterrâneo), com histórias sobre hackers. Recebeu créditos de colaborador na pesquisa.

No início do ano, Assange explicou a mecânica por trás das publicações: uma equipe de cinco pessoas avalia as informações e as checa antes de que sejam colocadas na internet. O Wikileaks ainda conta com nove integrantes no conselho consultivo, mas apenas Assange fala à imprensa. Ele não revela o volume de denúncias vetadas, mas o fato é que o Wikileaks raramente é contestado.

No caso do vídeo do ataque do helicóptero apache - vazado por um soldado americano, atualmente preso depois de ser denunciado pelo hacker Adrian Lamo (veja link nas matérias relacionadas) - o secretário Robert Gates disse se tratar da "guerra vista por um canudo de refrigerante", mas ao mesmo tempo não negou que fossem imagens verdadeiras.

Outro caso que veio à público, o "manual de tortura" americano para a prisão iraquiana de Abu Ghraib, não apenas não foi negado como resultou no compromisso do presidente Barack Obama, sob críticas internacionais, de fechar o polêmico centro de detenção.

Sob fogo inimigo

Ao causar tamanho incômodo, o Wikileaks não teria como ficar ileso. O governo dos Estados Unidos reiteradamente acusa Assange de colocar vidas em risco. A imprensa, mesmo beneficiária das notícias que o site descobre, faz, pelo menos parcialmente, coro.

"O último vazamento da Wikileaks, que postou 92 mil documentos secretos na internet e desafia leitores a encontrar algo notável neles, põe um número enorme de pessoas em risco. E E Assange não parece se importar", acusou nesta segunda-feira Joshua Foust, da rede americana PBS.

"Esta informação ajuda e conforta o inimigo e parece uma WikiTraição", acusou, no jornal inglês The Guardian, Ross Baker, professor da universidade americana Rutgers e ex-assesor de democratas e republicanos no Congresso.

Depois da divulgação do vídeo do ataque do helicóptero, o Wikileaks passou por um processo de quase falência, ficando quase dois meses sem publicar nenhum documento. Empresas e governos, notadamente Austrália e China e o banco suíço Julius Baer já tentaram censurá-lo ou tirá-lo do ar, mas o complexo sistema de hospedagem - em vários países - impede que seus servidores sejam identificados.

O Wikileaks também usa os serviços da PRQ, companhia sueca considerada "à prova de balas", mantendo poucos registros e se recusando a dar informações sobre seus clientes.

Para conforto ou desconforto, o bem ou mal, o site marcou com a denúncia no Afeganistão a sua reentrada em cena e promete incomodar. Na semana passada, numa entrevista à revista , Assange garantiu ter uma "enorme quantidade de munição de alto calibre" que só não está na internet devido à falta de jornalistas colaboradores para verificar sua autenticidade. O material, adiantou, envolve a petrolífera British Petroleum (BP), responsável pelo gigantesco vazamento de óleo no Golfo do México.

Fonte: Alexandre Rodrigues (Terra) - Foto: Reuters

MAIS

Clique aqui e leia a íntegra no Wikileaks (em inglês)

Vazamento de documentos sobre Afeganistão é ilegal, diz Casa Branca

Casa Branca volta a criticar wikileaks e diz que esforço de guerra pode ser prejudicado

O governo do presidente americano, Barack Obama, qualificou o vazamento de 91 mil documentos militares pelo site Wikileaks como ilegal e uma ameaça ao esforço de guerra do país no Afeganistão.

"O vazamento é alarmante e pode ser potencialmente potencial", disse Gibbs.

De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs (foto), Obama soube do vazamento na semana passada, quando representantes de jornais que publicaram o vazamento (The New York Times, The Guardian e Der Spiegel) se reuniram com membros do governo.

Papel do Paquistão

Muitos dos documentos sugerem que o serviço de espionagem do Paquistão pode estar ajudando o Taleban a planejar e realizar ataques contra as forças internacionais no Afeganistão. Alguns relatórios também apontam a cooperação dos paquistaneses com a organização terrorista Al-Qaeda.

Oficiais da inteligência americana dizem que há alguns anos o Paquistão cortou o contato com os grupos taleban. O material, porém, sugere que o diretório de Interserviços de Inteligência, conhecido também como ISI, pode ter ajudado os rebeldes pelo menos no passado.

Os documentos detalham várias ocasiões de cooperação entre o general aposentado Hamid Gul, chefe do ISI no fim da década de 80, e os insurgentes afegãos que lutavam contra os americanos nas regiões montanhosas do leste do país.

Segundo eles, o general auxiliava combatentes mujaheddin e tentava estabelecer contato com Gulbuddin Hekmatyar e Jalaluddin Haqqani, dois dos maiores líderes insurgentes do Afeganistão. Além dos últimos dois, Gul também fez contato direto com Mohammed Omar, atual líder do Taleban.

O governo paquistanês negou as alegações. "Esses relatórios não refletem nada além de comentários e rumores de apenas uma fonte, que não considera os lados do Afeganistão e do Paquistão e geralmente se revelam falsos depois de melhor examinados", disse Husain Haqqani, embaixador do Paquistão nos EUA.

Alienação

Boa parte do material divulgado também apresenta queixas de funcionários do governo e civis afegãos. Há reclamações sobre tropas mal equipadas, autoridades corruptas e sobre tropas americanas que parecem aguardar recursos para lutar.

Os documentos ainda destacam que as mortes de civis causadas por erros em operações militares alienou os afegãos. Embora o número de baixas de pessoas não ligadas à guerra tenha decaído nos últimos meses, muitas não foram registradas.

Wikileaks

O Wikileaks.org é um site fundado em 2006 pelo jornalista australiano Julian Assange destinado a receber denúncias anônimas dobre documentos de alto sigilo de empresas, governo e outras organizações. O site foi o responsável pela divulgação de diversos documentos polêmicos, como o vídeo que mostra as tropas dos EUA fuzilando civis no Iraque de um helicóptero.

Fonte: estadão.com.br - Foto: Jim Lo Scalzo/EFE

Os principais pontos dos relatórios afegãos vazados pelo Wikileaks

Documentos revelam falta de registro da morte de civis, operações sigilosas contra líderes taleban e papel do Paquistão na guerra

Mais de 91 mil documentos, a maioria dos quais são relatórios militares secretos dos EUA, foram divulgados pelo Wikileaks.org no domingo. Leia a seguir alguns detalhes e destaques dos documentos, que foram veiculados primeiramente pelo jornal americano The New York Times, pelo jornal britânico The Guardian e pela revista alemã Der Spiegel.

DIÁRIO DA GUERRA AFEGÃ

O "Diário da Guerra Afegã" é uma compilação de documentos e relatórios cobrindo a guerra no Afeganistão desde 2004. Os relatórios descrevem as ações militares letais envolvendo o Exército dos EUA, incluindo número de mortos, feridos e detidos, assim como a localização geográfica exata de cada evento. Eles também revelam as unidades militares envolvidas e os grandes sistemas de armas usadas. A maioria das anotações foi escrita por soldados e autoridades de inteligência enquanto ouviam relatos transmitidos por rádio de militares em combate.

Principais pontos dos documentos

* Mortes de civis

Os registros estão cheios de relatos de mortes de civis e feridos. The Guardian disse que 144 entradas relatam um amplo espectro de agressões contra afegãos. O jornal britânico diz que os arquivos mostram que a coalizão de soldados liderada pelos EUA matou centenas de civis em incidentes não registrados.

Os incidentes vão de disparos contra indivíduos inocentes à perda maciça de vida por ataques aéreos. Um relatório detalhando como uma criança foi morta e outra ferida quando o carro onde estavam foi atingido por soldados mostrou que os civis recebiam indenizações - nesse caso, 100 mil afghanis (US$ 2.170) por morte, 20 mil afghanis (US$ 434) por ferido e 10 mil afghanis (US$ 217) pelo veículo.

Os relatórios incluíram cerca de 100 incidentes de civis atingidos por disparos por soldados psicologicamente instáveis nos postos de controle, perto de bases ou de comboios, de acordo com o The Guardian. Motoristas e motociclistas que não cooperaram com as autoridades foram alvos frequentes.

Segundo o WikiLeaks, a grande maioria de pequenas tragédias normalmente não é relatada mais representa a "grande maioria de mortos e feridos"

* Taleban usando bombas caseiras

Documentos mostram que, durante 2004 e 2009, os artefatos explosivos improvisados (IEA, na sigla em inglês) tornaram-se a arma favorita da milícia islâmica Taleban e a que mais mata soldados da coalizão. Segundo o The Guardian, em 2004 os registros indicaram 308 bombas caseiras, enquanto em 2009 o número saltou para 7.155. Segundo o jornal, os registros suferem que o Taleban matou ou feriu pelo menos 7 mil civis em ataques com IEA entre 2004 e 2009.

* Unidade "Secreta" busca líderes do Taleban

Uma unidade "secreta" das forças especiais lideradas pelos EUA - Força Tarefa 373 - vinha sendo usada para caçar líderes do Taleban e para "matá-los ou capturá-los" sem julgamento. Os documentos mostram que a unidade matou homens, mulheres, crianças e forças afegãs enquanto buscava seus alvos. A força secreta tem uma "lista de capturar/ matar" com cerca de 70 principais comandantes insurgentes, indica o jornal americano The New York Times.

* Mísseis termoguiados

O comando militar dos EUA sabe que o Taleban usou mísseis termoguiados portáteis contra aeronaves dos aliados, embora não tenha revelado o fato. O New York Times citou um relatório dizendo que um helicóptero foi atingido por um míssil terra-ar termoguiado, matando todos os sete a bordo. Apesar de outros helicópteros terem sido derrubados da mesma forma, um porta-voz da Organização do Atlântico Norte (Otan) na época disse que os helicópteros poderiam ter sido derrubados por armas de baixo calibre.

* Paquistão auxilia os militantes no Afeganistão

Os documentos sugerem que o Paquistão permitiu que representantes de seu serviço de inteligência (ISI, na sigla em inglês) se encontrassem com o Taleban para organizar grupos militantes que combatessem soldados americanos, indicou o New York Times.

O jornal citou alguns relatórios que descrevem membros da inteligência paquistanesa trabalhando com a Al-Qaeda para planejar ataques.

Um dos documentos discute um encontro de insurgentes ao qual compareceu uma ex-autoridade graduada do Paquistão que parece trabalhar contra as forças americanas no Afeganistão.

A revista Der Spiegel disse que os documentos mostraram que o ISI era o "maior cúmplice" do Taleban fora do Afeganistão. Ela diz que o Paquistão serviu como um abrigo seguro para forças inimigas.

A publicação alemã cita um relatório de 14 de janeiro de 2008 que alegava que o ISI instruiu um oficial do Taleban para "ver que (o presidente afegão, Hamid) Karzai, foi assassinado".

O New York Times disse que os relatórios também detalham os esforços de autoridades do ISI de gerenciar redes de homens-bomba no Afeganistão, dizendo que eles mostram que o ISI ajudou a organizar ofensivas do Taleban em períodos-chave da guerra.

* Os relatórios também documentam problemas com a força policial afegã, recontam a brutalidade policial, corrupção e planos de extorsão.

Fonte: Reuters via iG - Imagem: AFP

Site promete mais documentos secretos dos EUA sobre Afeganistão

EUA, Reino Unido e Paquistão condenaram vazamento de 91 mil arquivos.

Eles citam mortes civis na guerra e envolvimento do Paquistão com o Talibã.


A revelação de cerca de 91 mil documentos secretos das Forças Armadas dos EUA sobre a Guerra do Afeganistão é "só o começo", disse nesta segunda-feira (26) Julian Assange, fundador do site que revelou os papéis.

O dono do WikiLeaks disse que ainda tem milhares de arquivos confidenciais para postar.

A Casa Branca, o Reino Unido e o Paquistão condenaram o vazamento, ocorrido no domingo. O governo do Afeganistão disse que ficou "chocado" com a revelação, mas insistiu que a maioria das informações já era conhecida.

Fonte: G1, com agências internacionais

EUA e Israel firmam acordo para ampliar escudo antimíssil israelense

Sistema Arrow terá capacidade para destruir artefatos fora da atmosfera e mísseis de longa distância

Israel e Estados Unidos firmaram um acordo para ampliar a capacidade do sistema antimíssil Arrow, que dará ao país o poder de destruir artefatos fora da atmosfera e destruir mísseis de longa distância. O anúncio foi feito neste domingo, 25, pelo Ministério de Defesa israelense.

O Estado judeu, que descreve seu escudo antimísseis como uma defesa contra o Irã, disse que a versão melhorada extinguirá suas defesas aéreas de muitas camadas.

O Arrow foi produzido conjuntamente pela estatal Israel Aerospace Industries e empresa americana Boeing Co., e já absorveu cerca de US$ 1 bilhão de fundos diretos dos EUA desde seu início, em 1988.

A força israelense disse no ano passado que o Arrow III levaria mais de quatro anos para ficar pronto e dependeria dos recursos dispostos para o projeto.

Os Estados Unidos, outras potências ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear civil iraniano tenha como objetivo construir uma bomba nuclear, o que Teerã nega.

Israel, que supostamente tem o único arsenal atômico no Oriente Médio, já insinuou que pode recorrer à força para impedir que o Irã obtenha meios nucleares para ameaçar a existência do Estado judeu.

O Irã já ameaçou qualquer ataque a suas instalações com represálias de mísseis de médio alcance a Israel.

Fonte: Reuters via Estadão - Imagem: www.mda.mil

Embraer está iInteressada em utilizar o aeroporto de Beja, em Portugal

O aeroporto de Beja está na mira da Embraer, de acordo com notícia avançada pelo “Jornal de Negócios”. Luís Fuchs, presidente da Companhia, referiu ao jornal que “a infraestrutura aeroportuária em Beja vai ser importante para a Embraer”.

Recordamos que a Embraer está a investir 150 milhões de euros na instalação de duas fábricas em Évora, que este grupo brasileiro prevê começar o transporte de peças para o Brasil a partir do segundo semestre de 2012 e que essa possibilidade poderá exigir transporte aéreo.

Seja como for, o certo é que as companhias aéreas de voos não regulares têm demonstrado interesse em utilizar o aeroporto de Beja para estacionar as suas aeronaves, de modo a evitar as taxas suplementares que são obrigadas a pagar em Lisboa.

Lembramos também que a portuguesa EuroAtlantic tem um plano de investimento para o aeroporto de Beja de cerca de 25 milhões de euros e que esta Companhia pretende fazer manutenção de aviões Boeing.

Fonte: Ana Elias de Freitas (Rádio Voz da Planície)

Band é condenada em primeira instância a pagar indenização a Alitalia por críticas feitas por Datena

A Band foi condenada pela Justiça a pagar indenização no valor de R$ 51 mil por danos morais a empresa aérea Alitalia. No processo, a companhia acusa o jornalista José Luiz Datena, do “Brasil Urgente”, de expor a empresa ao ridículo.

A Band recorreu da sentença do juiz Régis Bonvicino. Se a emissora perder novamente, além de pagar a indenização, Datena será obrigado a se retratar no ar, lendo o texto da decisão.

As críticas à empresa foram feitas em julho de 2009, quando o jornalista, de férias, ligou para Márcio Campos, que apresentava o “Brasil Urgente” na ocasião, e reclamou que havia sido vítima de overbooking, prática em que as empresas aéreas vendem um número de passagens superior ao de assentos disponíveis. “O Brasil recebe todos os imigrantes de braços abertos, então esse episódio da Alitalia é um estelionato”, disse Datena na época, que chegou a desejar no ar a falência da empresa.

Além disso, o jornalista, que acabou sendo ressarcido pelo problema enfrentado, reclamou do valor e acusou a companhia de ser preconceituosa com os brasileiros. Além do processo movido pela Alitalia, Datena enfrenta outra ação na justiça, movida pelo Ministério Público, que acusa o apresentador da Band de cometer prática discriminatória contra travestis, ao se referir a um transexual como “travecão safado”. Caso seja condenado, a Band poderá ser multada em até R$ 48 mil.

Fonte: Na Telinha - Foto: Reprodução

Pais de 120 jovens aguardam solução sobre excursão para Bariloche

Outros 109 estudantes não conseguiam voltar da Argentina.

Agência de turismo diz que houve briga com companhias aéreas.

Frustração e ansiedade são as palavras que, por enquanto, melhor definem as férias de meio de ano de 120 jovens que pretendiam embarcar para Bariloche, na Argentina, e de outros 109 que estão na estação de esqui e não conseguem voltar para casa. Segundo o representante da agência de turismo que vendeu o pacote de viagem, houve um problema burocrático para a liberação da aeronave da companhia argentina Macair, que faria o transporte dos turistas.

Segundo a advogada Marinete Rangel, mãe de um adolescente de 16 anos, que deveria ter embarcado para Bariloche às 15h50 de domingo (25), até o final da manhã desta segunda-feira (26), a agência de turismo não deu qualquer explicação sobre o assunto.

“Chegamos na hora marcada, 12h50 para que as crianças fizessem o check-in e só então fomos informados por representantes da agência de turismo sobre o problema com o avião. A cada duas horas, havia uma reunião no saguão para decidir quando seria o embarque. Ficamos no aeroporto até 20h, quando disseram que não teria mais como arrumar outro avião para embarcar o pessoal”, contou Marinete.

A advogada contou que todos os 120 jovens voltaram frustrados para casa e estão até agora aguardando uma resolução da agência de turismo. As pessoas que não são do Rio foram acomodadas pela agência no hotel do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador.

“Está tudo muito confuso. Não importa qual seja a solução, só vou permitir que meu filho embarque no avião de uma companhia que seja confiável, não mais por essa Mac Air. Quando comprei o pacote, em março, a viagem seria feita pela TAM. Se atrasarem a viagem por mais um dia, vou pedir o ressarcimento do pacote, pois as aulas do meu filho recomeçam na próxima segunda-feira (2)”, disse a advogada, que comprou o pacote turístico em março.

O que diz a agência de turismo

Procurado pelo G1, um dos diretores da agência de turismo College, Alejandro Ilvento, explicou, sem dar muitos detalhes, que o atraso na viagem foi causado por uma briga interna de companhias aéreas. Ainda segundo ele, os passageiros do Rio vão embarcar nesta segunda-feira (26) às 18h para Buneos Aires e depois para Bariloche, e serão ressarcidos pelo dia de viagem que perderam.

O grupo que estava em Bariloche já está retornando ao Rio, segundo o diretor.

Fonte: Alba Valéria Mendonça (G1)

Colômbia terá três novas empresas aéreas

Entre este segundo semestre de 2010 e até o do ano que vem, a Colômbia deverá contar com mais três empresas aéreas, uma com capital exterior. O vice-ministro de Turismo, Oscar Rueda, informou que as solicitações foram recebidas pela Aerocivil, entre elas uma com destaque para o ingresso do grupo LAN.

A AerOasis em aliança com o grupo chileno deverá iniciar operações até fevereiro de 2011, iniciando com a participação de assessoria técnica para depois converter-se, definitivamente, em LAN Colômbia, como acontece na Argentina e Peru.

Outra empresa será a Air San Andrés, que deverá formalizar em setembro o seu pedido societário. Sua base principal deverá ser Barranquilla, com proposta de 11 rotas nacionais e 10 internacionais. A terceira será a Fast, com previsão para fevereiro e março. Deverá operar rotas entre a capital Bogotá e algumas das principais cidades do interior colombiano como Medellin, Cartagena e Santa Marta.

Fonte: Brasilturis

Em três dias, juizado especial em Cumbica recebe 36 reclamações

Em Aeroporto da Grande SP, índice foi de 44% de acordos fechados.

Balanço da Justiça paulista vai de 23 a 25 deste mês.


Após três dias de funcionamento, os Juizados Especiais Cíveis instalados nos dois principais aeroportos de São Paulo registraram, juntos, 43 reclamações. No terminal de Cumbica, em Guarulhos, 36 passageiros deram queixas. Dezesseis delas resultaram em acordo, o que representa um índice de 44%. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Tribunal de Justiça paulista e vai de sexta (23) a domingo (25).

De acordo com o TJ, ainda em Cumbica, de onde partem voos domésticos e internacionais, os conciliadores deram 46 orientações aos usuários. Esses juizados começaram a funcionar em alguns aeroportos do país no dia 23 para tratar de problemas como extravio de bagagens, atrasos e cancelamentos de voos.

No balanço, o tribunal informou que o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, recebeu nesses três dias sete reclamações e somente um acordo foi fechado. Naquele posto, os servidores do judiciário orientaram 13 passageiros.

Os horários de funcionamento de cada juizado foram determinados pelas justiças estaduais onde eles foram criados. Em São Paulo, os espaços vão funcionar nos em Cumbica e Congonhas a partir das 10h.

Os atendimentos, tanto na esfera estadual como na federal, são feitos em uma mesma sala. Isso ocorre para facilitar a vida do passageiro, que pode ter dúvidas quanto a quem acionar. Casos em que apenas a companhia aérea é a responsável pelo prejuízo do passageiro devem ser tratados junto à Justiça Estadual.

Fonte: G1 - Foto: Paulo Toledo Piza/G1

MPF quer que companhias aéreas monitorem danos ambientais em Guarulhos

O Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos solicitou, na semana passada, que as companhias aéreas que operam no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, informem quais são as taxas médias de ocupação dos aviões, consumo de combustível e índice de atrasos. O pedido foi feito na semana passada com o objetivo de apurar quais os danos ao meio ambiente provocados pelas aeronaves.

A ação foi movida a pedido da prefeitura de Guarulhos por conta da possibilidade de expansão do setor no futuro. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Alexandre Kise, responsável pela representação ao MPF, a proposta da administração municipal é a de que seja criado um fundo de compensação ambiental. “Não necessariamente um fundo financeiro. Mas quem vai discutir isso com mais propriedade será o MPF. Ele é quem vai estabelecer a forma de compensar”.

Kise disse que mesmo que a atividade seja legal, deve compensar o município pelos danos ambientais causados e o aeroporto é uma das fontes mais poluidoras da cidade. “A tendência como a própria Organização das Nações Unidas pesquisou é a de que em 2050 a maior fonte de emissão de gás carbônico do planeta será a aviação civil, que atualmente contribui com 7% das emissões do planeta, o que é muito”.

O secretário disse que a ideia é aumentar o potencial florestal de Guarulhos de 30% para 45% e solicitar que as empresas invistam também em educação ambiental, tecnologia de combustíveis mais limpos, recuperação de Áreas de Proteção Permanente e outras atividades que possam fazer para compensar o dano. “Se fossemos plantar árvores para minimizar a emissão de gás carbônico teríamos que plantar 2,9 bilhões de árvores e não temos espaço para isso”, disse.

As empresas têm 30 dias para responder os questionamentos do MPF, que enviou os ofícios no último dia 12. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias informou que não se pronunciará sobre o assunto, porque ainda não recebeu nenhum documento. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, a entidade deve se pronunciar por meio de seus advogados, após analisar o conteúdo dos ofícios.

Fonte: Flávia Albuquerque - Edição: Rivadavia Severo (Agência Brasil)

Sindicatos apoiam antidoping em pilotos de avião

Os principais sindicatos da aviação civil no Brasil são favoráveis à implementação do exame antidoping nos pilotos e demais funcionários do setor. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) colocou em consulta pública uma proposta que obriga os pilotos a fazerem testes toxicológicos periódicos ou após acidentes e outros problemas.

A ideia é que o profissional flagrado no exame, que identifica álcool, maconha, cocaína, LSD e outras drogas, seja afastado e retorne apenas depois de um tratamento.

"O exame tem de ser usado para recuperar a pessoa, e não para as empresas demitirem por justa causa", defendeu a secretária de Previdência do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, à Folha de S.Paulo. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias também é favorável à implementação do antidoping.

Fonte: Luisa Santosa/Destak Jornal

Companhias aéreas têm receio com aeroportos para Copa de 2014

As principais companhias aéreas brasileiras estão preocupadas com a habilidade do governo para resolver os gargalos nos aeroportos do país nos próximos quatro anos, a tempo da realização da Copa do Mundo de futebol de 2014.

O aumento da renda da população nos últimos anos, em meio ao crescimento da economia, vem fazendo com que mais brasileiros usem o avião como meio de transporte. De janeiro a junho, o tráfego de passageiros no país disparou 27,6 por cento ante igual período de 2009, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Assim, a própria demanda atual por transporte aéreo exige soluções imediatas, para problemas que vão de estacionamentos com poucas vagas em aeroportos até a falta de espaço para aviões, passando por terminais de passageiros insuficientes.

"Aeroporto bom é aeroporto em obras", afirmou à Reuters o vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, companhia aérea líder no Brasil, Paulo Castello Branco.

"Existe um gargalo de infraestrutura aeroportuária notório no país, especialmente em São Paulo... Só não existe um caos aéreo porque a Anac limitou o número de operações nos aeroportos."

Segundo recente estudo da consultoria McKinsey, a capacidade dos aeroportos do país encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma demanda de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.

O levantamento da McKinsey aponta que dos 20 principais aeroportos, sete estão com pátios e terminais de passageiros saturados. E das 12 cidades-sede da Copa, apenas quatro não têm aeroportos com saturação em pátio ou terminal de passageiros atualmente.

"A Copa é oportunidade única de expor o Brasil para o mundo todo e o aeroporto é a primeira impressão do país para o turista. Dado o histórico (de investimentos do governo), a situação preocupa. Sem dúvida, os investimentos exigem foco e têm que deixar o alerta ligado", disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

O governo federal trabalha com um orçamento de 6,5 bilhões de reais para investir nos aeroportos nos próximos anos, dos quais cerca de 5,5 bilhões de reais irão para as cidades-sede.

A cifra contrasta com o que vinha sendo aplicado nos aeroportos. Em 2003, por exemplo, foram apenas 42 milhões de reais. Em 2006, 1 bilhão de reais foram injetados, valor que tombou para 270,3 milhões de reais em 2007, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento.

Procurada, a Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos, não comentou o assunto até a publicação da reportagem.

"Estamos preocupados, sim, com o investimento do governo, mas estamos confiantes que esses mais de 6 bilhões de reais serão investidos num tempo que dará respaldo ao crescimento", disse o presidente-executivo da Azul, Pedro Janot.

As estimativas sobre o fluxo de passageiros que será gerado durante a Copa variam. Para a McKinsey, serão de 2,9 milhões a 5,8 milhões de passageiros a mais. Já a Ernest & Young calcula fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros no período do Mundial.

Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters) via O Globo

Helicóptero israelense cai com 7 militares na Romênia

Acidente aconteceu perto da cidade de Brasov e não deixou sobreviventes

Um helicóptero Sikorsky CH-53 Sea Stallion (similar aos da foto), da Força Aérea israelense utilizado para o transporte de tropas caiu nesta segunda-feira (26) perto da cidade de Brasov, no centro da Romênia, em um acidente que deixou sete mortos.

Fontes do Ministério da Defesa romeno informaram que a aeronave caiu em uma região montanhosa quando participava de manobras conjuntas com o Exército da Romênia. As mesmas fontes disseram que o helicóptero transportava seis militares israelenses e um romeno.

O acidente aconteceu em uma área muito acidentada e de difícil acesso. O Ministério da Defesa romeno informou que helicópteros romenos e israelenses estão participando das operações de resgate.

Os jogos de guerra militar batizados de "Blue Sky 2010" começaram em 18 de julho e estão programadas para durar até 29 de julho. Os jogos de guerra como objetivo a formação das tripulações conjuntas para aviões de transporte que voam a baixa altitude, em missões de busca e salvamento, sem utilização de munições de fogo real.

Fontes: EFE via R7 / GlobalCrisisNews.com

Profissional ajuda a evitar erros na produção em série

A existência de um curso de piloto de prova com reconhecimento internacional no Brasil ajuda o país a economizar divisas. O preço de um curso de piloto de prova militar nos padrões da FAB é de US$ 1,2 milhão.

A existência de um curso de piloto de prova com reconhecimento internacional no Brasil ajuda o país a economizar divisas. O preço de um curso de piloto de prova militar nos padrões da FAB é de US$ 1,2 milhão. "Isso sem incluir o salário e outros custos como transferência e passagens aéreas", explica o comandante do Grupo Especial de Ensaios em Voo (GEEV) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, coronel Alan Elvis de Lima.
Segundo ele, existem cursos mais baratos e de curta duração (nove semanas), equivalentes ao Curso Preparatório para Recebimento de Aeronaves (CPRA), que o DCTA também oferece. "Esse tipo de curso é vendido no exterior a um custo que fica entre US$ 200 mil e US$ 300 mil", afirma o comandante Elvis.

Em empresas como a Embraer, por exemplo, o piloto de prova é visto como um profissional indispensável nos processos de desenvolvimento e certificação de suas aeronaves, pois são eles que testam e voam os aviões antes mesmos de serem produzidos em série. "Hoje, temos 29 pilotos de ensaios em voo: 11 de origem militar e 6 civis", explica o piloto chefe da área de Ensaios em Voo da Embraer, Mozart Marques Louzada Júnior.

Segundo Louzada, os outros 12 pilotos, que não fizeram o curso, trabalham na parte de voos de produção, além de compor a tripulação para voos de desenvolvimento. Piloto de prova formado pela FAB, Louzada está na Embraer há 10 anos, desde que se aposentou da carreira militar.

O trabalho do piloto de prova, segundo ele, exige uma habilidade de pilotagem incomum e extremamente precisa, bem como conhecimento técnico de engenharia - em especial nas áreas de desempenho, aerodinâmica, mecânica e controle de voo.

As situações de risco também não devem ser descartadas pelos profissionais da área. "Durante um voo, uma bomba que tinha um paraquedas abriu debaixo da asa de um caça F-5 que eu estava pilotando. Tive de pousar com a bomba e, felizmente, tudo acabou bem", conta Eitel de Melo Sousa, ex-piloto de prova da FAB e atual chefe de Operações da Metro Táxi Aéreo, uma empresa do grupo Alfa, localizada em São Paulo.

"Costumamos dizer que a experiência de voo não significa apenas muitas horas de voo. Na aviação comercial, o comandante pode ligar o piloto automático e ir tomar um cafezinho. O piloto de prova primeiro participa do desenvolvimento de todo o avião e testa seus limites. Só depois ele pode instalar o piloto automático. É muito mais desafiador", garante Sousa.

Os salários dos pilotos de prova também são atrativos e atualmente giram em torno de R$ 30 mil na iniciativa privada. Nas empresas, eles, geralmente, também assumem funções de comando em razão do conhecimento técnico e operacional adquiridos ao longo da carreira. "Os pilotos comerciais têm um conhecimento de tráfego aéreo muito bom, possivelmente até melhor que o do piloto militar. Em relação à parte técnica da aeronave e habilidades em situações de emergência, no entanto, o piloto de prova está mais preparado", ressalta o diretor da Metro Táxi Aéreo. (VS).

Fonte: Virgínia Silveira (Valor) via Administradores.com.br

Amplos horizontes para os pilotos que testam aviões

Concorrido curso da FAB forma profissionais que chegam a receber R$ 30 mil mensais em empresas privadas

Comandante Cará testa aeronaves da Embraer há três décadas e meia

Pouco conhecido do público em geral, mas bastante valorizado pelo mercado onde está inserido, o piloto de prova é o profissional que testa aviões que ainda não voaram - chamados de protótipos. O trabalho envolve risco, precisão e muita habilidade. Essas características, aliadas ao alto nível de formação a que são submetidos, permitem que eles controlem qualquer tipo de aeronave, pois foram treinados para testar todos os limites técnicos e operacionais de um avião.

"Pilotar uma aeronave nova e ensiná-la a alçar os ares é como uma criança que está aprendendo a andar", define o piloto militar de prova Eitel de Melo Sousa, formado na ETPS (Empire Test Pilot School), do Reino Unido, e um criadores do curso de Ensaios em Voo da Aeronáutica brasileira. Acima de tudo, segundo ele, é um trabalho que exige planejamento. "Em média, para cada hora de voo de ensaio gasta-se cerca de 10 horas com preparação e mais 20 horas para analisar os dados e confeccionar o relatório", explica o comandante do Grupo Especial de Ensaios em Voo (GEEV), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, coronel Alan Elvis de Lima.

A experiência de voo e a capacidade para a tomada de decisões de emergência aportadas pelo curso do GEEV também ajudaram o militar Marcos César Pontes a se tornar o primeiro astronauta brasileiro. Pontes concluiu o curso de ensaios em voo em 1994 e alcançou o espaço em 2006, à bordo da nave russa Soyus TMA-8.

A excelência do curso da FAB trouxe ainda o reconhecimento internacional da conceituada Sociedade dos Pilotos de Prova de Aeronaves Experimentais (SETP), dos Estados Unidos. Além da escola brasileira, apenas seis no mundo - sendo três nos EUA, uma na Inglaterra, uma na França e outra na Índia, têm sua estrutura de ensino reconhecida pela SETP. Isso permite que os alunos do curso de ensaios em voo se tornem membros efetivos da entidade. A lista inclui nomes como o de Charles Lindbergh, primeiro homem que atravessou o Atlântico de avião, e o de Igor Sikorsky, pioneiro no desenvolvimento de helicópteros de grande porte, além de Howard Hughes, precursor dos satélites de comunicação e criador de um dos maiores aviões do mundo, o Spruce Goose.

Dois brasileiros figuram como membros honorários da SETP: Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer, e o brigadeiro da reserva Hugo de Oliveira Piva, que coordenou o desenvolvimento de todos os foguetes de sondagem e armamentos guiados no Brasil no período de 1974 a 1987.

Desde 1986, quando foi iniciado, o curso de ensaios em voo do DCTA, em São José dos Campos, formou um total de 71 profissionais entre pilotos de prova de aviões e helicópteros. O curso também envolve a formação de engenheiros e de instrumentadores de ensaios, que somam mais 140 profissionais. A escola oferece ainda os cursos de recebimento de aeronaves prontas para entrar em operação, um processo posterior ao do ensaio em voo. Até o momento, segundo o comandante do GEEV, 131 pilotos de aviões e 68 de helicópteros, além de 31 engenheiros, tornaram-se especialistas no recebimento de aeronaves.

O total de pilotos de prova em atividade hoje nas Forças Armadas é de 38, sendo quatro da Marinha e no Exército e o restante da Aeronáutica. "A Aeronáutica conta ainda com mais 15 pilotos que já passaram pelo GEEV e ainda são oficiais da ativa com curso de ensaios em voo", explica o coronel Elvis. Quando atingem o tempo para aposentadoria na FAB, a maioria dos pilotos de prova vai trabalhar na iniciativa privada - em companhias de aviação comercial e executiva - e em empresas fabricantes de aeronaves como a Helibras e, principalmente, a Embraer.

Fonte: Virgínia Silveira (Valor) via Administradores.com.br - Foto (19/08/09): Roosevelt Cassio/G1

Falha na sinalização da pista fecha aeroporto em MT

Luzes às margens da pista apagaram após curto-circuito, segundo Infraero.

Passageiros ficaram irritados com atrasos nos voos.


Uma falha na sinalização da pista provocou o fechamento do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, na Região Metropolitana de Cuiabá, na madrugada desta segunda-feira (26). O terminal permaneceu fechado por cerca de 3 horas.

De acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), um curto-circuito apagou as luzes às margens da pista por volta de 1h30. O problema foi solucionado por volta de 4h20 e o aeroporto foi reaberto pouco depois.

Segundo a Infraero, no período em que esteve fechado, um voo que deveria pousar no terminal foi desviado para Goiás. Outros cinco voos partiram com atraso.

Muitos passageiros ficaram irritados e fizeram reclamações. A situação foi normalizada ainda durante a manhã. As causas do problema ainda não foram determinadas.

De acordo com balanço divulgado pela Infraero, dos 28 voos domésticos programados para o aeroporto até o meio-dia, dez partiram com atraso (35,7%) e um foi suspenso (3,6%).

Fonte: G1 - Foto: ExpressoMT

Documentos dos EUA revelam mortes de civis e missões secretas no Afeganistão

Cerca de 90 mil relatórios militares classificados dos Estados Unidos vazados à imprensa revelam operações secretas dos militares americanos e mortes de civis que nunca antes haviam sido informadas publicamente.

Os documentos foram cedidos pela organização Wikileaks ao jornal norte-americano The New York Times, ao britânico The Guardian e ao alemão Der Spiegel. Espera-se que nas próximas horas esses documentos sejam também divulgados no site da entidade.

Segundo o The New York Times, os documentos destacam que os serviços de inteligência paquistaneses ajudaram secretamente o movimento talibã no Afeganistão, mesmo o Governo de Islamabad recebendo mais de 1 bilhão de dólares anuais dos EUA para o combate aos insurgentes.

Os documentos, relatórios de campo no Afeganistão, "indicam que os soldados americanos no terreno estão inundados de relatórios de uma rede de agentes e colaboradores paquistaneses que opera desde o anel tribal paquistanês ao longo da fronteira com o Afeganistão, o sul desse país e chega a Cabul".

O diário indicou em sua página digital que muitas das informações não são checáveis, mas que "inúmeros relatórios se baseiam em fontes que os militares consideram confiáveis".

Os relatórios também incluem relatos de primeira mão sobre a falta de vontade paquistanesa a enfrentar os insurgentes que atacam perto dos postos de fronteira paquistaneses, apontou The New York Times.

Segundo o jornal, esses documentos assinalam que o Paquistão "permite representantes de seus serviços secretos reunirem-se diretamente com os talibãs em sessões secretas de estratégia para organizar redes de grupos militantes que enfrentam os soldados dos EUA no Afeganistão, e inclusive tramam planos para assassinar líderes afegãos".

Já o The Guardian indicou que esses relatórios revelam que "um grande número de incidentes até agora desconhecidos" referentes a mortes de civis "parecem ser resultado de soldados que abrem fogo contra motoristas desarmados ou motociclistas, pela determinação de se proteger de terroristas suicidas" (clique sobre a imagem acima para acessar o mapa dos incidentes).

Segundo o The Guardian, os documentos constatam 195 civis mortos e outros 174 feridos, mas que é provável que esses números estejam subestimados "porque muitos incidentes em dúvida são omitidos" dos relatórios de campo.

A publicação dos documentos levou o Governo americano a condená-los imediatamente. Em comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, general James Jones, indicou que o vazamento dos relatórios "põem em perigo as vidas dos americanos e de nossos parceiros".

Jones também ressaltou que os documentos vazados abrangem o período entre janeiro de 2004 e dezembro de 2009, a maior parte durante o mandato do presidente George W. Bush.

Ele enfatizou que o atual presidente americano, Barack Obama, emitiu em dezembro de 2009 a nova estratégia para o Afeganistão. Além disso, ressaltou a "profunda aliança" entre EUA e Paquistão e assegurou que a cooperação antiterrorista contribuiu para resultados significativos no combate aos líderes da Al Qaeda.

A publicação dos documentos ocorre após a detenção do analista de inteligência Bradley Manning, acusado neste mês pelo vazamento de dados classificados.

Manning foi detido depois de um cracker, Adrian Lambo, denunciar que o analista havia baixado 260 mil documentos classificados e tê-los enviado à organização Wikileaks.

Fonte: Opera Mundi via Blog Notícias sobre Aviação

Vídeo de apresentação do avião "Malabar Princess"

Cartas perdidas após queda de avião há 60 anos são achadas nos Alpes

Estudantes escoceses encontraram, por acaso, uma sacola de cartas que se perdeu depois que o avião que as transportava se acidentou nos Alpes italianos há 60 anos.

Por causa do movimento dos glaciais, a correspondência viajou mais de três quilômetros de distância e desceu mais de 2,5 mil metros de altitude ao longo dos anos.

A sacola foi encontrada por acaso por estudantes de Geografia da Universidade de Dundee que recolhiam dados para uma pesquisa sobre os efeitos da mudança climática na região.

Dentro, foram recuperadas dezenas de cartas pessoais, cartões postais, correspondências bancárias, recibos corporativos e até um cartão de aniversário que sobreviveram aos anos e ao clima rigoroso.

O 'Malabar Princess', nome de batismo do Lockheed L-749 Constellation, prefixo VT-CQP, operado pela Air India, caiu no Mont Blanc às 9:43 (hora local) do dia 3 de novembro de 1950 com 40 passageiros e oito tripulantes a bordo. Não houve sobreviventes.

Equipes de resgate tentaram durante três dias alcançar o local do acidente, mas foram impedidos por conta das condições climáticas difíceis na região.

Segundo a equipe de estudantes que descobriu a correspondência, nenhuma das cartas parece ter sido escrita pelos passageiros a bordo, marinheiros que vinham da Índia e deveriam embarcar em um navio em Sunderland, na Inglaterra.

O avião, que havia iniciado o voo 245 em Bombaim, na Índia, decolou após escala na cidade do Cairo, no Egito, com destino a sua segunda escala, em Genebra, na Suiça. O destino final do voo era Londres, na Inglaterra.

A aeronave caiu quando se preparava para fazer a escala em Genebra, na Suíça.

A última transmissão a partir da aeronave foi recebida pelos controladores de voo em Grenoble e em Genebra às 10:43: "Eu estou em vertical com Voiron, a 4.700 metros de altitude."

Em seguida, o "Malabar Princess" atingiu a encosta da montanha de la Tournette, de 4.677 metros de altitude (15.344 pés) do lado francês do Mont Blanc.

Os destroços foram localizado por um avião suíço, mas as tempestades impediram as equipes de resgate de alcançá-los até o dia 5 de novembro daquele ano. Não houve sobreviventes. Sexta perda de uma aeronave Lockheed L-749.

Os 40 passageiros eram soldados da marinha indiana que voltavam para Newcastle, onde estava o navio em que trabalhavam.

Dezesseis anos depois, o voo 101 da Air India, caiu quase no mesmo local.

A descoberta animou a estudante de 22 anos Freya Cowan, que encontrou a sacola no momento em que se afastou da companhia dos colegas, a embarcar em um projeto para encaminhar 75 cartas e cartões perdidos a seus respectivos destinatários.

Um dos especialistas que fazia parte da expedição, Tim Reid, já conseguiu traçar o paradeiro da filha de um aviador americano que morreu em 1999 e que contava, em uma carta enviada de Mumbai, suas andanças pela Índia e o Oriente Médio.

"Ela ficou boquiaberta (quando soube da existência da carta)", disse Reid.

Fontes: BBC via UOL Notícias / ASN / Wikipédia via Blog Notícias sobre Aviação - Fotos: BBC / AP